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(MONTE HOREBE 2019) Após a leitura da citação a seguir, extraída da obra Um Estranho em Goa do escritor angolano José Eduardo Agualusa (2010), assinale a alternativa que indica maior proximidade da citação com o conceito de tempo histórico reelaborado para o discurso historiográfico em contraposição ao discurso teórico do positivismo e pensamento metódico.
“Disse-me que dorme pouco, que quase não dorme, e que, para distrair, passa as noites a desenhar o que vê durante o dia. À noite reconstrói o dia.”
A reconstrução do passado na sua totalidade é a maior meta da historiografia contemporânea, uma vez que é preciso lembrar do passado como quem lembra de tudo que viveu ao longo dia, ao chegar à noite.
O passado não está morto e sempre estará relacionado ao presente. É do presente que se observa o passado.
O resgate do passado é tarefa urgente para a ciência que se dedica apenas ao estudo do passado: a ciência da história.
O passado está morto e, assim, deverá ser narrado como, de fato, aconteceu como se o tempo do passado fosse o dia e o tempo do presente, a noite que chega após o dia.
O tempo histórico será sempre linear e baseado na verdade absoluta de quem observa os fatos a luz do dia para descrevê-los rapidamente à noite.

(ENADE 2014) “Destruídos todos os documentos sobre um determinado período, nada pode ser dito por um historiador. Uma civilização da qual não tivéssemos nenhum vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por meio de outros povos, seria como uma civilização inexistente para o profissional de História? A categoria documento define uma parte importante de atuação do historiador e a amplitude de sua busca.”
Considerando a necessidade dos historiadores se valerem de registros documentais para produzir conhecimento e, paralelamente, o enorme alargamento de nossa compreensão atual do que sejam documentos históricos, avalie as seguintes afirmacoes:
I. Apesar das transformações pelas quais passou o campo historiográfico ao longo do século XX, ainda são os documentos oficiais (via de regra emanados das instâncias de poder) aqueles que permitem as interpretações efetivamente confiáveis.
II. Para a maioria dos historiadores, na atualidade, a compreensão que prevalecia no século XIX, de que o documento era portador d “verdade dos fatos” não é mais aceita, porque se entende que as interpretações sobre o passado se fundamentam no diálogo construído pelos historiadores envolvendo teoria, eventos e documentos.
III. Durante o século XX ocorreu um alargamento em relação aos objetos de interesse dos historiadores, o que implicou na ampliação do que se pode considerar como fontes históricas, chegando-se a conceder o estatuto de “fonte” a praticamente tudo que permita vislumbrar a ação humana.
IV. Um documento histórico não se define como importante a partir de uma determinada visão de época, ou seja, os documentos existem e mantêm seu valor independentemente do meio social que os conserva.
É correto apenas o que se afirma em I e IV
II e III
II e IV
I, III e IV.
I, II e III.

(ENADE 2014) “Ao se problematizar a produção do conhecimento histórico, as representações do tempo, do passado e da ciência com que operamos, um novo conceito de temporalidade se tornou possível: não mais o de um tempo definido aprioristicamente, em que o historiador inscreveria os acontecimentos, como num filme linear; mas o tempo da experiência, do acontecimento em sua singularidade, o que torna possível perceber que há diferença na repetição e que trabalhamos com a multitemporalidade, ao invés de restringirmo-nos a uma temporalidade única.”
Sobre o conceito de tempo, a partir das perspectivas teóricas mais atuais, avalie as afirmações a seguir:
I. Valoriza-se o tempo plural e em diferentes sintonias, em detrimento do tempo linear e progressivo, entendido como sentido único.
II. A História se constrói com base na ideia de tempo cumulativo, na qual a curta duração forma a longa duração.
III. Reconhecem-se múltiplas temporalidades, onde o tempo cronológico coexiste com o tempo das rupturas e das continuidades.
IV. O tempo deve ser entendido em seu contexto histórico e, nesse sentido, a divisão cronológica da História é o principal instrumento para explicar as ações humanas.
É correto apenas o que se afirma em II e IV.
I, III e IV.
II e III.
I e III.
I, II e IV.

(SEAP-DF 2013) Um dos nomes mais importantes da Escola dos Annales foi o historiador medievalista francês Marc Bloch. Sua proposta epistêmica buscou romper com o paradigma positivista em que a ciência histórica estava apoiada no início do século XX, problematizando a própria noção de história, que naquele momento definia o passado como um dado rígido, inalterável.
Dentre as contribuições conceituais desenvolvidas pela Escola dos Annales, também chamada posteriormente de História Nova, destacamos algumas noções desenvolvidas por essa corrente teórica:
I. História de longa duração;
II. História das mentalidades;
III. História das multidões e das massas.
Indique a opção que representa os conceitos desenvolvidos por tal escola teórica I e III apenas.
II e III apenas.
II apenas.
I, II e III.
I e II apenas.

(SEE-MG 2012) Leia o texto abaixo: A Escola dos Annales, inaugurada por Marc Bloch e Lucien Febvre, centrou-se na produção da história-problema para fornecer respostas às demandas surgidas no tempo presente.
A história-problema caracteriza-se por
preocupar-se com a narrativa dos acontecimentos históricos, voltados para a busca de uma verdade absoluta, por meio da adoção de um rigoroso método científico.
reconstituir os acontecimentos históricos em uma perspectiva cronológica, sempre no sentido do passado para o presente, aproximando-se da realidade vivenciada pelos alunos.
valorizar a neutralidade do historiador, que deve evitar o posicionamento político em nome de uma coletividade estável e marcada pela ausência de conflitos.
buscar a compreensão das relações entre presente e passado, conferindo maior sentido ao conhecimento histórico, ao analisar as questões contemporâneas considerando diferentes momentos históricos.
compreender que toda a produção historiográfica surge de um único problema, relacionado ao desenvolvimento progressivo e racional da humanidade.

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Questões resolvidas

(MONTE HOREBE 2019) Após a leitura da citação a seguir, extraída da obra Um Estranho em Goa do escritor angolano José Eduardo Agualusa (2010), assinale a alternativa que indica maior proximidade da citação com o conceito de tempo histórico reelaborado para o discurso historiográfico em contraposição ao discurso teórico do positivismo e pensamento metódico.
“Disse-me que dorme pouco, que quase não dorme, e que, para distrair, passa as noites a desenhar o que vê durante o dia. À noite reconstrói o dia.”
A reconstrução do passado na sua totalidade é a maior meta da historiografia contemporânea, uma vez que é preciso lembrar do passado como quem lembra de tudo que viveu ao longo dia, ao chegar à noite.
O passado não está morto e sempre estará relacionado ao presente. É do presente que se observa o passado.
O resgate do passado é tarefa urgente para a ciência que se dedica apenas ao estudo do passado: a ciência da história.
O passado está morto e, assim, deverá ser narrado como, de fato, aconteceu como se o tempo do passado fosse o dia e o tempo do presente, a noite que chega após o dia.
O tempo histórico será sempre linear e baseado na verdade absoluta de quem observa os fatos a luz do dia para descrevê-los rapidamente à noite.

(ENADE 2014) “Destruídos todos os documentos sobre um determinado período, nada pode ser dito por um historiador. Uma civilização da qual não tivéssemos nenhum vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por meio de outros povos, seria como uma civilização inexistente para o profissional de História? A categoria documento define uma parte importante de atuação do historiador e a amplitude de sua busca.”
Considerando a necessidade dos historiadores se valerem de registros documentais para produzir conhecimento e, paralelamente, o enorme alargamento de nossa compreensão atual do que sejam documentos históricos, avalie as seguintes afirmacoes:
I. Apesar das transformações pelas quais passou o campo historiográfico ao longo do século XX, ainda são os documentos oficiais (via de regra emanados das instâncias de poder) aqueles que permitem as interpretações efetivamente confiáveis.
II. Para a maioria dos historiadores, na atualidade, a compreensão que prevalecia no século XIX, de que o documento era portador d “verdade dos fatos” não é mais aceita, porque se entende que as interpretações sobre o passado se fundamentam no diálogo construído pelos historiadores envolvendo teoria, eventos e documentos.
III. Durante o século XX ocorreu um alargamento em relação aos objetos de interesse dos historiadores, o que implicou na ampliação do que se pode considerar como fontes históricas, chegando-se a conceder o estatuto de “fonte” a praticamente tudo que permita vislumbrar a ação humana.
IV. Um documento histórico não se define como importante a partir de uma determinada visão de época, ou seja, os documentos existem e mantêm seu valor independentemente do meio social que os conserva.
É correto apenas o que se afirma em I e IV
II e III
II e IV
I, III e IV.
I, II e III.

(ENADE 2014) “Ao se problematizar a produção do conhecimento histórico, as representações do tempo, do passado e da ciência com que operamos, um novo conceito de temporalidade se tornou possível: não mais o de um tempo definido aprioristicamente, em que o historiador inscreveria os acontecimentos, como num filme linear; mas o tempo da experiência, do acontecimento em sua singularidade, o que torna possível perceber que há diferença na repetição e que trabalhamos com a multitemporalidade, ao invés de restringirmo-nos a uma temporalidade única.”
Sobre o conceito de tempo, a partir das perspectivas teóricas mais atuais, avalie as afirmações a seguir:
I. Valoriza-se o tempo plural e em diferentes sintonias, em detrimento do tempo linear e progressivo, entendido como sentido único.
II. A História se constrói com base na ideia de tempo cumulativo, na qual a curta duração forma a longa duração.
III. Reconhecem-se múltiplas temporalidades, onde o tempo cronológico coexiste com o tempo das rupturas e das continuidades.
IV. O tempo deve ser entendido em seu contexto histórico e, nesse sentido, a divisão cronológica da História é o principal instrumento para explicar as ações humanas.
É correto apenas o que se afirma em II e IV.
I, III e IV.
II e III.
I e III.
I, II e IV.

(SEAP-DF 2013) Um dos nomes mais importantes da Escola dos Annales foi o historiador medievalista francês Marc Bloch. Sua proposta epistêmica buscou romper com o paradigma positivista em que a ciência histórica estava apoiada no início do século XX, problematizando a própria noção de história, que naquele momento definia o passado como um dado rígido, inalterável.
Dentre as contribuições conceituais desenvolvidas pela Escola dos Annales, também chamada posteriormente de História Nova, destacamos algumas noções desenvolvidas por essa corrente teórica:
I. História de longa duração;
II. História das mentalidades;
III. História das multidões e das massas.
Indique a opção que representa os conceitos desenvolvidos por tal escola teórica I e III apenas.
II e III apenas.
II apenas.
I, II e III.
I e II apenas.

(SEE-MG 2012) Leia o texto abaixo: A Escola dos Annales, inaugurada por Marc Bloch e Lucien Febvre, centrou-se na produção da história-problema para fornecer respostas às demandas surgidas no tempo presente.
A história-problema caracteriza-se por
preocupar-se com a narrativa dos acontecimentos históricos, voltados para a busca de uma verdade absoluta, por meio da adoção de um rigoroso método científico.
reconstituir os acontecimentos históricos em uma perspectiva cronológica, sempre no sentido do passado para o presente, aproximando-se da realidade vivenciada pelos alunos.
valorizar a neutralidade do historiador, que deve evitar o posicionamento político em nome de uma coletividade estável e marcada pela ausência de conflitos.
buscar a compreensão das relações entre presente e passado, conferindo maior sentido ao conhecimento histórico, ao analisar as questões contemporâneas considerando diferentes momentos históricos.
compreender que toda a produção historiográfica surge de um único problema, relacionado ao desenvolvimento progressivo e racional da humanidade.

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Pincel Atômico - 21/10/2022 15:06:22 1/6
Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 4 (19065)
Atividade finalizada em 30/08/2022 08:34:30 (465158 / 1)
LEGENDA
Resposta correta na questão
# Resposta correta - Questão Anulada
X Resposta selecionada pelo Aluno
Disciplina:
HISTORIOGRAFIA. [493974] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 1,67 pontos [capítulos - 2]
Turma:
Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A010822 [71014]
Aluno(a):
91343643 - MATHEUS USSAM JESUS - Respondeu 7 questões corretas, obtendo um total de 1,46 pontos como nota
[358652_1221
69]
Questão
001
(MONTE HOREBE 2019) Após a leitura da citação a seguir, extraída da obra Um
Estranho em Goa do escritor angolano José Eduardo Agualusa (2010), assinale a
alternativa que indica maior proximidade da citação com o conceito de tempo histórico
reelaborado para o discurso historiográfico em contraposição ao discurso teórico do
positivismo e pensamento metódico. “Disse-me que dorme pouco, que quase não
dorme, e que, para distrair, passa as noites a desenhar o que vê durante o dia. À noite
reconstrói o dia.”
 
X
A reconstrução do passado na sua totalidade é a maior meta da historiografia
contemporânea, uma vez que é preciso lembrar do passado como quem lembra de
tudo que viveu ao longo dia, ao chegar à noite.
O passado não está morto e sempre estará relacionado ao presente. É do presente
que se observa o passado.
O resgate do passado é tarefa urgente para a ciência que se dedica apenas ao estudo
do passado: a ciência da história.
O passado está morto e, assim, deverá ser narrado como, de fato, aconteceu como se
o tempo do passado fosse o dia e o tempo do presente, a noite que chega após o dia.
O tempo histórico será sempre linear e baseado na verdade absoluta de quem observa
os fatos a luz do dia para descrevê-los rapidamente à noite.
Pincel Atômico - 21/10/2022 15:06:22 2/6
[358652_1221
60]
Questão
002
(ENADE 2014) “Destruídos todos os documentos sobre um determinado período, nada
pode ser dito por um historiador. Uma civilização da qual não tivéssemos nenhum
vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por meio de outros povos,
seria como uma civilização inexistente para o profissional de História? A categoria
documento define uma parte importante de atuação do historiador e a amplitude de
sua busca.”
KARNAL, L; TATSCH, F. G. A memória evanescente. In: PINSKI, C. B.; LUCA, T. R. O
historiador e suas fontes. Contexto, 2009, p. 9.
“Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, os artefatos, as máquinas, por
trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais
desligadas daqueles que as criaram, são os homens que a história quer capturar.
Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom
historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali
está a sua caça.”
BLOCH, M. Apologia da História ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar, 1989, p.
54.
Considerando a necessidade dos historiadores se valerem de registros documentais
para produzir conhecimento e, paralelamente, o enorme alargamento de nossa
compreensão atual do que sejam documentos históricos, avalie as seguintes
afirmações:
I. Apesar das transformações pelas quais passou o campo historiográfico ao longo do
século XX, ainda são os documentos oficiais (via de regra emanados das instâncias de
poder) aqueles que permitem as interpretações efetivamente confiáveis.
II. Para a maioria dos historiadores, na atualidade, a compreensão que prevalecia no
século XIX, de que o documento era portador d “verdade dos fatos” não é mais aceita,
porque se entende que as interpretações sobre o passado se fundamentam no diálogo
construído pelos historiadores envolvendo teoria, eventos e documentos.
III. Durante o século XX ocorreu um alargamento em relação aos objetos de interesse
dos historiadores, o que implicou na ampliação do que se pode considerar como fontes
históricas, chegando-se a conceder o estatuto de “fonte” a praticamente tudo que
permita vislumbrar a ação humana.
IV. Um documento histórico não se define como importante a partir de uma
determinada visão de época, ou seja, os documentos existem e mantêm seu valor
independentemente do meio social que os conserva.
É correto apenas o que se afirma em
I e IV
X II e III
II e IV
I, III e IV.
I, II e III.
 
Pincel Atômico - 21/10/2022 15:06:22 3/6
[358654_1147
70]
Questão
003
(ENADE 2014) Destruídos todos os documentos sobre um determinado período, nada
pode ser dito por um historiador. Uma civilização da qual não tivéssemos nenhum
vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por meio de outros povos,
seria como uma civilização inexistente para o profissional de História? A categoria
documento define uma parte importante de atuação do historiador e a amplitude de
sua busca.
KARNAL, L; TATSCH, F. G. A memória evanescente. In: PINSKI, C. B.; LUCA, T. R. O
historiador e suas fontes. Contexto, 2009, p. 9.
Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, os artefatos, as máquinas, por
trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais
desligadas daqueles que as criaram, são os homens que a história quer capturar.
Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom
historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali
está a sua caça.
BLOCH, M. Apologia da História ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar, 1989, p.
54.
Considerando a necessidade dos historiadores se valerem de registros documentais
para produzir conhecimento e, paralelamente, o enorme alargamento de nossa
compreensão atual do que sejam documentos históricos, avalie as seguintes
afirmações:
I – Apesar das transformações pelas quais passou o campo historiográfico ao longo do
século XX, ainda são os documentos oficiais (via de regra emanados das instâncias de
poder) aqueles que permitem as interpretações efetivamente confiáveis.
II – Para a maioria dos historiadores, na atualidade, a compreensão que prevalecia no
século XIX, de que o documento era portador de “verdade dos fatos” não é mais
aceita, porque se entende que as interpretações sobre o passado se fundamentam no
diálogo construído pelos historiadores envolvendo teoria, eventos e documentos.
III – Durante o século XX ocorreu um alargamento em relação aos objetos de interesse
dos historiadores, o que implicou na ampliação do que se pode considerar como fontes
históricas, chegando-se a conceder o estatuto de “fonte” a praticamente tudo que
permita vislumbrar a ação humana.
IV – Um documento histórico não se define como importante a partir de uma
determinada visão de época, ou seja, os documentos existem e mantêm seu valor
independentemente do meio social que os conserva.
É correto apenas o que se afirma em
I, III e IV.
II e IV.
I, II e III.
X II e III.
I e IV.
[358652_1221
65]
Questão
004
(CUITÉ 2019) Sobre a Escola dos Annales é CORRETO afirmar:
O grupo dos Annales teve seu início a partir da Revista dos Annales fundada por um
grupo de historiadores ingleses e tinha por meta a reconstrução do conceito de classe
social através do conceito de identidades.
A Escola dos Annales trata-se uma teoria da história defensora da permanência de
temas clássicos e conservadores na pesquisa historiográfica e não proporcionou
nenhuma mudança no conhecimento histórico.
O grupo dos Annales teve seu início a partir da Revista dos Annales fundada por um
grupo de Historiadores e buscou destruir a proximidade da história com disciplinas
como: arqueologia, geografia e antropologia.
Pincel Atômico - 21/10/2022 15:06:22 4/6
X
O grupo dos Annales teve seu início a partir da Revista dos Annales fundada por um
grupo de Historiadores Franceses e não objetivava, de início se tornar uma Escola
Teórica para o conhecimento histórico mas revolucionou o conceito de tempo e
defendia a interdisciplinaridade.
O grupo dos Annales teve seuinício a partir da Revista dos Annales fundada por um
grupo de Historiadores e concordava com os princípios de neutralidade positivista e
defendia que a subjetividade era nociva ao historiador.
[358652_1221
61]
Questão
005
(ENADE 2014) “Ao se problematizar a produção do conhecimento histórico, as
representações do tempo, do passado e da ciência com que operamos, um novo
conceito de temporalidade se tornou possível: não mais o de um tempo definido
aprioristicamente, em que o historiador inscreveria os acontecimentos, como num filme
linear; mas o tempo da experiência, do acontecimento em sua singularidade, o que
torna possível perceber que há diferença na repetição e que trabalhamos com a
multitemporalidade, ao invés de restringirmo-nos a uma temporalidade única.”
ROSSI, V.L.S.; ZAMBONI, E. (org.) Quanto tempo o tempo tem! 2a ed. Campinas:
Editora Alínea, 2005 (adaptado)
O conceito de tempo associa-se diretamente à escrita da História, tendo em vista que
os acontecimentos são produzidos em uma determinada temporalidade, a qual
expressa sinais do pensamento, das ações e experiências humanas em uma
determinada época.
Sobre o conceito de tempo, a partir das perspectivas teóricas mais atuais, avalie as
afirmações a seguir:
I. Valoriza-se o tempo plural e em diferentes sintonias, em detrimento do tempo linear
e progressivo, entendido como sentido único.
II. A História se constrói com base na ideia de tempo cumulativo, na qual a curta
duração forma a longa duração.
III. Reconhecem-se múltiplas temporalidades, onde o tempo cronológico coexiste com
o tempo das rupturas e das continuidades.
IV. O tempo deve ser entendido em seu contexto histórico e, nesse sentido, a divisão
cronológica da História é o principal instrumento para explicar as ações humanas.
É correto apenas o que se afirma em:
II e IV.
I, III e IV.
II e III.
X I e III.
I, II e IV.
Pincel Atômico - 21/10/2022 15:06:22 5/6
[358653_1147
75]
Questão
006
(SEAP-DF 2013) Um dos nomes mais importantes da Escola dos Annales foi o
historiador medievalista francês Marc Bloch. Sua proposta epistêmica buscou romper
com o paradigma positivista em que a ciência histórica estava apoiada no início do
século XX, problematizando a própria noção de história, que naquele momento definia
o passado como um dado rígido, inalterável. Em Apologia da História, publicado em
1949 por Lucien Febvre ou O Ofício do Historiador (2002), último texto escrito por
Bloch, inacabado por causa da sentença de fuzilado imposta pela Gestapo em 1944,
na cidade francesa de Saint Didier de Formans, por ter participado da Resistência em
Lion contra o nazismo alemão, o referido livro traz grandes contribuições
metodológicas para as ciências humanas, tendo influenciado muitos historiadores
como Braudel, Duby, Le Goff, Ferro, Lepetit, entre outros. Dentre as contribuições
conceituais desenvolvidas pela Escola dos Annales, também chamada posteriormente
de História Nova, destacamos algumas noções desenvolvidas por essa corrente
teórica:
I. História de longa duração;
II. História das mentalidades;
III. História das multidões e das massas.
Indique a opção que representa os conceitos desenvolvidos por tal escola teórica
I e III apenas.
II e III apenas.
II apenas.
I, II e III.
X I e II apenas.
[358653_1147
78]
Questão
007
(SEE-MG 2012) Leia o texto abaixo:
A Escola dos Annales, inaugurada por Marc Bloch e Lucien Febvre, centrou-se na
produção da história-problema para fornecer respostas às demandas surgidas no
tempo presente. Esse grupo de historiadores insurgiu-se contra a história política,
centrada em ações individuais e o poder bélico como motor da história.
(BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos.
São Paulo: Cortez, 2004. p. 145)
A história-problema caracteriza-se por
preocupar-se com a narrativa dos acontecimentos históricos, voltados para a busca de
uma verdade absoluta, por meio da adoção de um rigoroso método científico.
reconstituir os acontecimentos históricos em uma perspectiva cronológica, sempre no
sentido do passado para o presente, aproximando-se da realidade vivenciada pelos
alunos.
valorizar a neutralidade do historiador, que deve evitar o posicionamento político em
nome de uma coletividade estável e marcada pela ausência de conflitos.
X
buscar a compreensão das relações entre presente e passado, conferindo maior
sentido ao conhecimento histórico, ao analisar as questões contemporâneas
considerando diferentes momentos históricos.
compreender que toda a produção historiográfica surge de um único problema,
relacionado ao desenvolvimento progressivo e racional da humanidade.
Pincel Atômico - 21/10/2022 15:06:22 6/6
[358654_1147
76]
Questão
008
(IFPR – 2014) A historiografia passou por consideráveis modificações metodológicas
que permitiram maior conhecimento do cotidiano do passado, por meio da
incorporação de novos tipos de fontes de pesquisa. Uma delas foi a criação da revista
intitulada Annales d’Histoire Économique et Sociale, cujos fundadores foram Lucien
Febvre e Marc Bloch, na primeira metade do século XX. Ao longo da década de 1930,
essa revista se tornaria símbolo de uma nova corrente historiográfica. Sendo assim,
assinale a alternativa que apresenta o nome dado a esse movimento historiográfico e a
proposta inicial do referido periódico.
X
Escola dos Annales. Pretendia substituir as visões breves anteriores, pautadas no
Positivismo, por análises de processos de longa duração. Além disso, preocupava-se
em tirar a história de seu isolamento disciplinar, de forma que as formas de pensar em
História estivessem abertas às problemáticas e a metodologias existentes em outras
ciências sociais, no que se costuma denominar de interdisciplinaridade.
Escola Positivista. Pretendia fortalecer a historiografia tradicional, apresentando todos
os aspectos possíveis da vida humana ligada à análise das estruturas.
Pós-Estruturalismo. Pretendia um estudo do poder e as suas formas de distribuição
pela sociedade, apresentando as relações de poder entre os corpos como objeto de
estudo, ao invés das formações sociais e do homem em sociedade, preconizadas por
marxistas.
Materialismo Histórico. Pretendia evidenciar a luta de classes como o verdadeiro
fundamento de uma História em movimento. O “acontecimento” e “as ações
individuais” seriam consequências naturais do estágio do modo de produção em curso.
Historicismo. Pretendia dedicar grande atenção à subjetividade e à interpretação,
aproveitando-se muito do método positivo. Além disso, preocupava-se em tirar a
história de seu isolamento disciplinar, de forma que as formas de pensar em História,
estivessem abertas às problemáticas e a metodologias existentes em outras ciências
sociais, no que se costuma denominar de interdisciplinaridade.

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