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resumo sobre relação professor-aluno

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Bárbara de Freitas Leitão
Resumo do texto “Relação professor-aluno e teorias psicológicas”
Os estudos sobre as diferentes teorias de aprendizagem apresentam-se sempre a partir dos
contextos de uma época, das concepções acerca do ensino e da aprendizagem, que se
constroem ao longo do processo, e das relações que se estabelecem entre professor e aluno
(NICÁCIO, 2022). O presente artigo trata em específico de um dos principais aspectos da
educação escolar: a relação professor-aluno.
A visão que a maioria das pessoas têm quando pensam nessa relação é aquela sala com
cadeiras enfileiradas, onde todos estão atentos olhando para o quadro na qual está a figura de
maior poder, o professor. Contudo, muitas mudanças ocorreram e essa visão tem sido
substituída, ainda que prevalência até os dias atuais, por modelos mais humanos, colocando
este aluno em outras posições que não a de um mero indivíduo que deve sentar e ouvir. As
teorias da aprendizagem é que buscam uma melhor configuração da sala de aula e dessa
relação, no qual o artigo tratará.
A forma como o professor pensa o aluno é que define seu comportamento e sua prática de
ensino. Ou seja, as concepções que um professor tem do que seja o aluno, de como ele
aprende, e que o aluno tem de como é um professor, de como ele ensina, é que determinam a
relação que será estabelecida entre eles. Algumas teorias buscam a origem do conhecimento,
ou seja, existe um sujeito que conhece ou adquirirá conhecimento e um objeto que será
conhecido. Epistemologicamente falando, as teorias evidenciam que sujeito e objeto, no
desenvolvimento do conhecimento,possuem uma relação. Assim, na perspectiva
epistemológica, existem três teorias que aprofundam essa relação sujeito e objeto: o inatismo,
o empirismo e o interacionismo.
Sobre o inatismo, se baseia no idealismo filosófico de Platão, que diz que as pessoas já
nascem com o conhecimento desde que nascem, que não existe aprendizagem pois o
indivíduo já possui toda a sabedoria de que precisa, e essa bagagem hereditária antecede
qualquer experiência. Por isso, o professor tem por objetivo fazer brotar esse conhecimento
do aluno que, nessa perspectiva, é alguém submisso ao seu mestre. Quando o aluno não
demonstrar que está aprendendo, atribui-se a ele o próprio fracasso, pois suas condições
biológica e hereditária é que não lhe deram as oportunidades para se desenvolver. Dessa
forma, nada há para ser mudado, e o professor não pode alterar essa situação.
Em relação ao empirismo, se tem a teoria behaviorista, que também é comportamentalista, na
qual os alunos eram vistos como sujeitos vazios de saberes — “tábulas rasas”, ou seja, não
possuíam nenhum saber em si e deveriam desenvolvê-lo por meio de experiências. Nessa
perspectiva, o professor olha para o aluno e acredita que ele não traz nenhum conhecimento
anterior à sua chegada na sala de aula. Dessa forma, o aluno só poderá aprender se o
professor o ensinar por meio da exposição oral. Essa hierarquia impede qualquer mudança no
comportamento do aluno, pois a reprodução do conhecimento prescinde da obediência e da
total atenção, e o erro não é aceito.
Em contraste com as teorias epistemológicas, é apresentada a teoria da epistemologia
genética de Jean Piaget, que se define como construtivista ou relacional a base interacionista.
Essa teoria se aproxima do empirismo, de fato, por considerar que a aprendizagem é um
produto da experiência, mas se distanciam ao defender que a mesma se constrói, e não se
aprende. Sendo assim, o aluno é um sujeito que pode se relacionar e interagir com o objeto
que é o professor, onde deve elaborar seu conhecimento, sendo provocado a pensar e
problematizar as questões tratadas, tendo como consequência o desenvolvimento de suas
estruturas e inteligência em amplo sentido.
A teoria histórico-cultural proposta por Lev S. Vygotsky herdou os princípios do
materialismo
histórico e dialético, uma vez que o ser humano, na sua perspectiva, não é: “[…] um produto
do meio, mas um ser historicamente constituído e constituinte nas relações com a sociedade”
(NOGUEIRA; LEAL, 2018, p. 151). Dessa forma, o aluno é visto como um ser que constrói
conhecimento durante toda sua vida social e, por isso, quando chega na escola, já possui
conhecimentos prévios a respeito de muitos conteúdos. E isso precisa ser considerado pelo
professor. Além disso, nessa perspectiva, o aluno é o centro de todo o processo, e sua
inteligência não é vista separada da sua afetividade, pois é nessa relação que constrói as
representações sobre o mundo.
Apesar das concepções atuais serem cada vez mais pertinentes, ainda é possível encontrar em
todo território relações de diferentes modelos entre professor e aluno. Portanto se deve
sempre estar atento e buscando ressignificar o modelo de aprendizagem a ser usado,
aperfeiçoando essas relações com boas práticas de ensino. Qualquer que seja a teoria e as
concepções, é preciso buscar cada vez mais a humanização e o desenvolvimento humano.

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