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capital de giro e equilíbrio financeiro

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646 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima 
vamente de disponível (se a venda for realizada à vista). Esse processo ininterrupto constitui-se. A administração do capital de giro (cir- em essência, no ciclo operacional (produção e enda) de uma empresa. 
culante) envolve basicamente as decisões de 
compra e vendas tomadas pela empresa, assim 
como suas mais diversas atividades operacio-
nais e financeiras. Nessa abrangência, coloca-
-se de forma nítida que a administração do 
capital de giro deve garantir a uma empre 
sa a adequada consecução de sua política de 
estocagem, compra de materiais, produção, 
venda de produtos e mercadorias e prazo de 
O capital de giro é formado basicamente por 
três importantes ativos circulantes: Disponi-
vel (caixa e aplicações financeiras), Valores 
a Receber e Estoques. 
recebimento. 
A importància da administração do capital de 
giro para as empresas tem-se acentuado bas-
tante nos últimos tempos, em razão, principal 
mente, das elevadas taxas de juros praticadas 
O nível e a importäncia do capital de giro va 
riam, evidentemente, em função das características 
de atuação de cada empresa, do desempenho da 
conjuntura económica e da relação risco (liquidez) 
e rentabilidade desejada. 
no mercado, do acirramento da concorrên-
cia determinados pela abertura de mercado 
e das politicas de expansão adotadas pelas A seguir são apresentados os diversos concej. 
tos básicos e definições da administração do capi. 
tal de giro. 
empresas. 
Como resultados da maior preocupação coma 
administração do capital de giro, foram apri-
moradas as técnicas de controle e gerencia-
mento dos valores circulantes, tornando esse 
24.1.1 Capital de Giro (CG) ou 
Capital Circulante (CC) 
segmento de estudo mais especializado. 
O capital de giro corresponde aos ativos cir-
culantes mantidos por uma empresa. Em sentido 
amplo, o capital de giro representa o valor total dos 
recursos demandados pela empresa para financiar 
seu ciclo operacional, o qual engloba as necessida-
des circulantes identificadas desde a aquisição de 
Questoes Básicas da Administração do Capi-
tal de Giro: 
Qual o volume de ativos circulantes que 
deve ser mantido por uma empresa. 
Como devem ser financiados os ativos cir-
matérias-primas atéé a venda e o recebimento dos 
produtos elaborados. 
culantes. 
Ciclo operacional éo período identificado 
desde a compra da matéria-prima (ou merca 
doria) até a venda e recebimento do produto 
24.1 Conceitos básicos 
O conceito de capital de giro apresenta, usual 
mente, diferentes interpretações e metodologias de 
cálculo de acordo com as definições consideradas. 
vendido. 
No entanto, qualquer que seja a definição ado-
tada, o conceito de capital de giro (ou de capital cir-
culante) identifica os recursos que giram (circulam) 
várias vezes em determinado período. Por exemplo, 
um capital alocado no disponível pode ser aplica 
do inicialmente em estoque, assumindo posterior 
Utilizando-se da ilustração desenvolvida por 
Assaf,' a Figura 24.1 retrata o fluxo de capital 
de 
ASSAF N., Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um 
enfoque econômico-financeiro. 8. ed. 
São Paulo: Atlas, 2006. p 
167. Para um estudo mais amplo sobre o tema, recomenda-
também: ASSAF N., Alexandre; TIBÚRCIOS. César A. Adm 
nistração do capital de giro. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2004 
mente a venda realizada ou a forma de realizável 
(crédito, se a venda for realizada a prazo) ou no-
Cap 24-Cace e Grr e Eatro Fnancera 
Recursos 
aplicados 
no ativo 
circulante 
Disponivel Estoque de 
materiais 
Realizável 
Vendas a Vendas a vista 
prazo 
Estoque de 
produtos 
acabados 
Produção 
a 24.1 
FliLxo do capital de giro. 
de acordo com o ciclo de produção e venda 
operacional) de uma empresa industrial. 
A finalidade da interpretação do cicdo operacio-
nal está voltado à melhor compreensão do fluxo do 
ativo circulante, pois, em qualquer momento poste 
rior, a empresa poderá apresentar, simultaneamen-
te, vários ciclos operacionais que se desenvolvem 
em diferentes estágios. Dessa maneira, conclui-se 
que uma importante característica do capital de giro 
éseu grau de volatilidade, que é explicado, conforme 
comentado, pela curta duração de seus elementos e 
constante mutação dos itens circulantes com outros 
Observa-se na Figura 24.1 que os recursos 
roprios ou de terceiros) aplicados no ativo circu 
ante são canalizados, numa etapa inicial do pro-
so de produção e venda da empresa, para o dis-
onivel, o qual irá alimentar todas as necessidades 
inanceiras de suas operações. 
Assim, numa primeira saída, os recursos são 
ransferidos para a produção da empresa, mediante 
zguisicóes de estoques de materiais e pagamentos 
e custos fabris. Posteriormente, os produtos aca-
bados são estocados à espera de serem vendidose 
eram novos dispêndios à empresa. Quando ven-
Gidos, os recursos obtidos retornam, alguns ime-
diatamente (se as vendas forem à vista) e outros 
de natureza idêntica. 
Capital de giro x capital fixo: por outro lado0, 
parando-se o capital de giro com o ativo fixo 
(permanente) de uma empresa, podem ser obser-
vadas duas outras importantes características. 
CO 
Aprimeira refere-se à baixa rentabilidade pro-
duzida pelos investimentos em itens circulantes. En curto prazo (se as vendas forem a prazo), ao 
Excetuando-se, em parte, as empresas em que a sponivel da empresa, dando-se início novamente 
o ciclo operacional descrito. 
Processo ininterrupto: esse processo ocorre de 
neira ininterrupta na atividade operacional de 
d empresa, e toda vez que os recursos retor-
a a0 disponível (pelas vendas realizadas) sao 
Escidos dos lucros auferidos e dos montantes 
E dispéndios não desembolsáveis (depreciação, or exemplo). 
administração do capital de giro consiste na essên 
cia de seus negócios (empresas comerciais, basica-
mente), para os setores industriais os investimentos 
circulantes tendem a produzir a mais baixa ren-
tabilidade. Como é evidente, essa situação induz 
a minimizar, tanto quanto possivel, as aplicações 
em circulante, notadamente nos itens em que os 
recursos se apresentam mais expostos à perda de 
poder aquisitivo. 
648 Curso de Administração Financeira . Assaf Neto | Lima 
A segunda característica refere-se à 
divisibilida-
de dos elementos circulantes, que se apresenta bem 
superior à dos ativos fixos. Esse aspecto permite 
Quadro 24.1 alanços por massas 
patrimoniais 
Ativo Circulante Passivo Circulante $ 150.000 
que o aporte de recursos nos itens de 
curto prazo 
Ocorra em níveis variados e relativamente baixos, 
$ 130.000 
podendo-se, muitas vezes, alocar recursos no mo-
mento do surgimento das necessidades financeiras. 
Realizável a LP 
$ 50.000 Exigivel a LP 
$80.000 
Ativo Circulante = Capital de Giro Capital 
Circulante 
Ativo Permanente Patrimonio Liquido $120.0000 
S110.000 
Ativo Circulante = Disponível + Valores a 
Receber de Curto Prazo + Estoques 
Observa-se que o valor do capital lante li quido (CCL) apresenta, para qualquer das identi 
des sugeridas, resultado positivo idêntico. ou 24.1.2 Capital de Giro Líquido 
(CGL) ou Capital Circulante 
Liquido (CCL) 
seja: 
CCL $ 150.000- $ 130.000 = $ 20.000 
ou: 
O CGL ou CCL representa, de maneira geral, o 
valor líquido dos investimentos (deduzidos das dí-
vidas de curto prazo) realizados no ativo (capital) 
circulante da empresa. Segundo essa conceituação, 
a forma mais direta de obter-se o valor do capital 
de giro líquido é mediante a simples diferença en-
tre o ativo circulante eopassivo circulante, ou seja: 
CCL = ($ 110.000 + $ 80.000) - ($ 120.00 
$ 50.000) = $ 20.000 
CCL "de cima para baixo": do total de $ 150.0 
aplicados no ativo circulante, $ 130.000 são oriu 
dos de créditos de curto prazo (passivo circulante) 
e os $ 20.000 restantes (que representam o CCL 
estão identificados nos recursOS permanentes da 
empresa (exigível a longo prazo e património li 
quido) que estãofinanciando o giro. 
CGL (CCL) = Ativo Circulante - Passivo 
Circulante 
Segundo um enfoque mais rigoroso, o capital 
circulante líquido representa normalmente a par 
cela dos recursos de longo prazo (recursos perma-
nentes) aplicada em itens ativos de curto prazo 
(circulantes). Na realidade, essa interpretação do 
capital de giro líquido é processada de 
"baixo para 
cima" no balanço, isto é, identificando-se os recur-
sos de longo prazo (próprios ou de terceiros) que 
estão financiando o ativo circulante da empresa. 
CCL "de baixo para cima": de forma inversa, 
dos $ 190.000 de fundos levantados a longo prazo 
(PL = $ 110.000 + ELP = $ 80.000), $ 170.00 
estão alocados em ativos também de longo prazo 
(realizável a longo prazo e ativo permanente), en 
quanto os $ 20.000 excedentes foram destinados 
a financiar o ativo circulante. Esse excedente de 
$ 20.000 é o capital circulante líquido (CCL). 
Essa posição induz, conforme comentado, 
uma 
folga na liquidez da empresa, a qual se processa 
pela 
manutenção de certa sobra de 
recursos de longo 
Em outras palavras, o CCL representa a parcela 
do financiamento total de longo prazo que excede 
as aplicações também de longo prazo. Algebrica-
mente, o cálculo desse valor pode ser obtido pela 
prazo disponíveis para suprir 
eventuais ausencias 
de sincronização entre os 
elementos de um tluxo 
de caixa. seguinte expressão: 
CGL (CCL) (Patrimônio Líquido+ 
Exigível a Longo Prazo) - (Ativo Permanente 
+Realizável a Longo Prazo) 
CCL Negativo ou Nulo 
Se a 
Na llustração apresentada, 
considerou 
ssivo. 
O balanço por massas patrimoniais, ilustrado 
no Quadro 24.1, evidencia os conceitos enunciados. 
existëncia de um capital 
circulante liquido pass 
expoSta, 
No entanto, de acordo com 
a 
conceituaçao e 
Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 649 
o 
CCL 
oderá ser 
Quadros 242 
essas possibilidades 
nulo ou, atér mesmo, negativo. Os 
tra o Quadro 24.2, quando hátotal igualdade entre OS prazos e os valores dos recursos captados e apll cados pela empresa. Por essa composição justa de 
valores, a empresa, na realidade, não trabalha com 
recursos de longo prazo financiando seus ativos cir-
culantes, ou seja, não apresenta folga financeira. As 
aplicações de curto prazo est�o totalmente finan-
ciadas com fundos de mesma duração, e a posição 
de liquidez não apresenta folga alguma. 
24.2 e 24.3 identificam, respectivamente, 
ulo. 
Quadro 
24.2 
CCL nul 
Passivo 
Circulante 
Ativo 
Circulante 
Realizável a Longo 
Prazo 
Qualquer das posições de liquidez comentadas 
é decidida muitas vezes (mas nem sempre) pela 
preferência entre risco (liquidea) e retorno (lucrati-
VIdade), e a opção deve recair evidentemente sobre 
a estrutura que melhor satisfaça às necessidades e 
aos objetivos da empresa. 
Exigivel a Longo 
Prazo 
Ativo 
Patrimonio Permanente 
Liquido 
Quadro 24.3 
CCL negativo. 
Ativo Passivo 
Circulante 
Reduções no capital circulante liquido 
(CCL) produzem dois grandes benefi-
Cios à empresa 
Circulante 
Realizávela Longo 
Prazo 
a)libera capital investido em giro. Como todo 
dinheiro investido na empresa tem um cus-Exigível a Longo 
Prazo to de oportunidade, menos capital inves-
tido atua no sentido de reduzir o custo 
Ativo de capital e gerar maior valor econômico 
(EVA) para a empresa; Permanente 
Patrimonio 
Liquido 
b) redução no giro "incentiva" a empresa 
demonstrar maior eficiência operacional 
em produzir e vender com menor folga 
financeira. Seus procedimentos de produ-
ção, estocagem e vendas devem evoluir 
CCL negativo: observe que quando o capital 
circulante líquido é negativo (Quadro 24.3), os re-
Cursos passivos permanentes da empresa não são 
suficientes para cobrir todas as suas necessidades 
de investimentos de longo prazo, devendo, nessa 
siruação, serem utilizados fundos provenientes do 
passivo circulante (curto praz0). 
de forma a atender a todas as demandas. 
Menor volume de capital investido gera 
menor custo de capital, e esse beneficio 
economico pode ser repassado aos clientes 
gerando maiores vendas. 
Dessa forma, um CCL negativo, conforme ilus-
rado no Quadro 24.3, identifica a presença de divi-
das de curto prazo financiando aplicaçQes com praz0s 
e retorno maiores. Essa posição, evidentemente, 
determina um aperto na liquidez da empresa, prin-
paimente ao observar-se que parte de suas dividas 
Cera em prazos inferiores aos dos retornos das 
aplicações desses recursOs. 
Limite: a redução no investimento em giro 
apresenta um limite mínimo suportável pela 
empresa, o qual deve ser bem avaliado para 
que os beneficios 
financeiros sejam superados 
pelos custos de uma mais baixa liquidez. 
Exemplos de alguns custos que podem ocorrer 
diante de uma reduç�o mais relevante no CCL: 
CCL nulo: a presença de um capital circulante 
uido nulo, por sua vez, ocorre, conforme demons 
perda de vendas por falta de estoques, 
atra-
b50 Curso de Administração 
Financeira 
Assaf Neto f Lima 
Verifica-se no demonstrativo que 
o capital d 
sOs na produção por 
falta de 
matérias-primas, 
perda de vendas 
determinada por uma politica 
mais rigida de crédito e 
cobrança etc. 
giro próprio é igual: $ 20 (patrimôni líquido = 120 realizável a longo prazo = : 40 ativo pern rmanente = $ 60), o qual se enconh 
do o ativo circulante, Juntamente com an 
dades da empresa (passivo circulante . 
longo prazo). zer-se que o patrimônio 
$ 120 excede em 20 as aplicações per 
exigivel a 
íquido de 
anentes, 
inanciar 
(capital próprio) vai s e que essa diferença o capital de giro não é correte 
destino dado, em termos de aplicações 
exigibilidades tanto de curto como de lon 
24.1.3 Capital de Giro Próprio 
(CGP) 
Outro indicador de capital de giro 
é o denomi 
nado capital de giro próprio (CGP). 
E comumente 
obtido pela seguinte expressão de 
cálculo: 
Cido o 
,as 
go prazo 
da empresa. Dessa maneira, prefere-se trabalhar com o conceito sugerido de cap 
culante) líquido. 
de giro (ou cir. 
XXX 
Patrimonio Liquido 
HAplicações Permanentes: 
Ativo Permanente 
Realizável a Longo Prazo 
Capital de Giro Próprio 
XXX 
XXX 
XXX 
Principais Transaçoes que Alteram o 
Capital Circulante Líquido 
Transações que elevam o CCL: 
O valor assim obtido é interpretado como 
o 
novos empréstimos e financiamentos de 
volume de recursos próprios que a empresa tem 
aplicado em seu ativo circulante (giro). longo prazo; 
aumento de capital por integralização de 
E importante acrescentar que essa medida 
não 
identifica rigorosamente os recursos próprios da 
empresa em que estão financiando sua 
atividade. 
Dada a evidente impossibilidade de "casarem-se" 
todas as operações de captação e aplicação de uma 
empresa (o dinheiro não é "carimbado"), o valor 
novas ações; 
geração de lucro liquido; 
reduções (vendas) de ativos permanentes; 
recebimentos de realizável a longo pra-
encontrado reflete mais adequadamente recursos 
do passivo de longo prazo (próprios ou de terceiros) 
alocados em itens ativos não permanentes, e não ne-
zo etc. 
Transações que reduzem o CCL: 
cessariamente do patrimônio líquido. reduções (amortizações) nas dividas de lon-
Um balanço por massas patrimoniais, conforme go prazo0 
apresentado a seguir, ilustra melhor a ideia. 
reduções do patrimônio líquido através, 
por exemplo, de ocorrência de prejuizos, 
Quadro 24.4 Exemplo para cálculo do CGP. recompra das próprias ações da compa-
nhia, pagamentos de dividendos etc., 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
S 100 $ 30 aumentos de ativos permanentes (aquis 
Gões) com pagamentos à vista. Exigível aLP 
$ 50 Realizável a LP 
$40 AS operações que ocorrem unicamente 
Patrimônio Liquido ambito do curto prazo ou do longo prazo 
nao 
Ativo Permanente 120 
60 
afetam o capital circulante liquido. Exemplo 
Cap. 24- Capital de Giroe Equilibrio Financeiro651 
tos de dividas de curto prazo re-
Zem o 
ativo 
circulante e passivo circulan-
de estoques 
àvista reduzem e 
pagamentos 
te no 
mesmo 
volume, não alterando o cc 
PMEPT compras 
cO ativo circulante no mesmo mon- Ou Espera PMEMP PMF PMV PMC elevam o 
tante: 
icicão de bens 
fixos através de finan- Ciclo Operacional Total 
amento de longo prazo,. 
Os valores não 
Ciclo Econômico 
transitam pelo 
circulante etc. 
PMPF 
- ------ Ciclo de Caixa (Financeiro) 
Figura 24.2 Ciclo operacional completo de uma em-
presa industrial. 
24.2 Ciclos operacionais 
As atividades operacionais de uma empresa en-
mtem, de forma sequenciale repetitiva, a produção 
ie hens e serviços, estocagem, vendase respectivos 
Rebimentos. Nessas operaçoes básicas, procura a 
Empresa obter 
determinado volume de lucros, de 
ioma a remunerar 
as expectativas de retorno de 
jas diversas fontes de financiamento (credores e 
Períodos Operacionais 
O ciclo operacional descrito na Figura 24.2 
revela diversas fases operacionais: compra, fabri-
cação, estocagem (matérias-primas e produtos em 
transformação), venda e cobrança. Cada uma des-
sas fases operacionais possui determinada duração. proprietários). 
E diante desse processo natural e permanente 
que sobressai o ciclo operacional da empresa, com-
posto por todas as fases de suas atividades operacio-
nais. 0 ciclo operacional pode ser explicado como 
ointervalo existente entre a compra da mercadoria 
EO recebimento das vendas realizadas. 
Assim, a compra (pedido) de matérias-primas 
embute, além do prazo de espera de recebimento, 
um prazo de armazenagem; a produção, o prazo 
de transformação das matérias-primas em produ-
tos terminados; a venda, o prazo de armazenagem 
dos produtos terminados; e a cobrança, o prazo de 
recebimento das vendas realizadas a prazo. 
O ciclo operacional completo, para o caso de 
uma empresa industrial, inicia-se com a aquiSiçao 
aS materias-primas, passa pela armazenagem, pro-
uao e venda e desemboca no efetivo recebimento 
as vendas realizadas. 
Ciclo Operacional, Ciclo 
Financeiro e Ciclo Econômico 
A Figura 24.2 ilustra, de forma linear, esse 
processo. 
A Figura 24.2 ilustra também três tipos de ci-
clos identificados nas operações da empresa: ope 
PME prazo médio de estocagem das 
racional, financeiro e econömico. 
O ciclo operacional total, confornme descrito,é 
composto de todas as fases operacionais da empre 
sa, iniciando-se no momento do recebimento dos 
materiais a serem utilizados no processo de produ-
ção e encerrando-se na cobrança das vendas reali-
zadas. Para uma empresa industrial típica, tem-se: 
matérias-primas 
ur s prazo médio de fabricação 
EP/PMV = prazo médio de estocagen 
rodutos terminados/ prazo médio de 
venda 
prazo médio de cobrança 
PMPF = CICLO OPERACIONAL TOTAL 
= PME MP + 
PMF +PMV + PMC prazo médio de pagament a for 
necedores 
bS2 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima 
negociar prazos de pagamentos mais lone 
O ciclo econômico engloba fundamentalmente 
toda a base de produção da empresa, ou seja, esto-
cagem de matérias-primas, fabricação e venda. E o 
periodo verificado entre as entradas de matérias-
ongos com os fornecedores, tendo sempre o cuj. dado em não incorrer em custos financeir ceiros acima dos ganhos. 
primas adquiridas e a e venda do produto final. 
O ciclo econômico destaca basicamente os pra 
zos de estocagem de matérias-primas, de produtos 
em elaboração e de produtos acabados. EXEMPLO ILUSTRATIvo 
Admita uma empresa industrial que tenha apresentado, ao final dos exercicios de X6e X7, os 
CICLO ECONÖMICO = PMEMP + PMF + PMV 
seguintes prazos operacionais: 
A primeira fase do ciclo operacional (PMEMp 
pode ser financiada, em sua totalidade ou em parte, 
mediante créditos de fornecedores. Assim, o ciclo 
financeiro (de caixa) identifica as necessidades de 
recursos da empresa que ocorrem desde o momento 
do pagamento aos fornecedores até o efetivo rece-
bimento das vendas realizadas, ou seja: 
Ano X6 Ano X7 
PME (matéria-prima) 15 dias 20 dias 
PMF 10 dias 15 dias 
PMV 20 dias 30 dias 
PMC 30 dias 30 dias 
CICLO OPERACIONAL 75 dias 95 dias CICLO FINANCEIRO = (PMEp + PMF + PMV 
+ PMC) - PMPF PMPF 20 dias 50 dias 
CICLO FINANCEIRO 55 dias 45 dias 
Como Gerenciar o Ciclo Financeiro 
As necessidades de caixa da empresa aumen-
tam à medida que os prazos de estocagem e de co-
brança das vendas crescerem acima dos prazos de 
No ano de X6, a empresa tardava 75 dias para 
completar todo seu ciclo operacional, cobrindo o 
período de compra da matéria-prima (e insumos) 
até a cobrança da venda do produto acabado. Esse 
período aumentou no ano seguinte, passando para 
95 dias. 
pagamento aos fornecedores. Ao contrário, reduzin 
do os praz0s operacionais dos ativos e alongando 
os dos passivos operacionais, verifica-se uma dimi-
nuição do ciclo de caixa (ciclo financeiro). As causas deste aumento são explicadas no 
vendas, que se processo de estocagem -produção-
apresentou 20 dias mais longo no ano de X7. 
As empresas, de maneira geral, apresentam ci-
clos de caixa positivos, indicando necessidades de 
financiamentos para o seu giro. Apesar dessa elevação dos prazos operacionais, 
as melhores condições de pagamento concedidas 
pelos fornecedores permitiram uma redução doc 
clo financeiro em dez dias (55 dias em X6 para 45 
dias em X7). Em outras palavras, maiores investi 
mentos nos ativos operacionais foram compensa-
dos, com folga, pelos prazos mais longos concedidos 
pelos fornecedores. 
Algumas estratégias básicas para gerenciar o 
ciclo financeiro: 
a) reduzir ao mínimo os investimentos em es-
toques (promover maior giro aos estoques), 
cuidando porém para que a estratégia não 
ocasione perdas de vendas ou atrasos na 
produção por faltas de produtos; 
b) manter um controle mais eficiente sobre as 
contas a receber, aprimorando as técnicas 
de análise de concessão de créditos e polí-
ticas de cobrança; 
Eimportante registrar que um aumento do C 
clo operacional pode indicar maior dificuldade da 
empresa em vender seus produtos, ou maior moro 
sidade no processo de fabricação. Como o prazo ae 
cobrança (PMC) manteve-se inalterado em 30 dias 
Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 653 
scarta-se, em princípio, 24.2.1 Formulações de cálculo 
no exemplo llustrativ0, 
problemas de cobrança (inadimplência). possive 
0 analista 
siveis problemas operacionais sejam enco-ses Pla forte elevação verificada nos prazos de 
financeiro não deve deixar que es-
dos prazos operacionais 
As expressões de cálculo das durações de cada 
rase operacional são apresentadas no Quadro 24.5. 
ESses indicadores são dinâmicos e permitem melhor 
avaliação do desempenho operacional da empresa. 
bertos pela 
agamento. 
fornecedore: Seu objetivo deve ser 
causas que determinaram este o de identificar as 
aumento nos prazos operaciona 
álculo dos prazos operacionais. Quadro 24.5 
Indice Fórmula 
O que identifica 
Saldo Médio de Materiais Prazo médio (em dias) em que os materiais per-
manecem estocados à espera de ingressarem no 
processo de produção. 
PMEMP Consumo Anual X 360 
Valor Médio dos produtos 
em elaboração 
Custo de Produção Anual 
Prazo médio (em dias) que a empresa despende em 
fabricar o produto final. 
PMF 360 
Valor Médio dos produtos Prazo médio (em dias) que o produto acabado 
permanece estocado à espera de ser vendido, isto é, 
Custo dos Produtos Vendidos prazo médio de estocagem do produto acabado. 
Acabados 
PMV 
Prazo médio (em dias) em que os estoques totais 
(materiais, produtoS em transformação e produtos 
acabados) permanecem armazenados à espera de 
serem consumidos, produzidos e vendidos. 
Ou seja, o tempo médio total compreendido desde 
a compra dos materiais até a venda do produto 
acabado. 
Prazo 
médio 
de armaze-
PMEMP+ PMF + PMV nagem total 
(PMAT) Na hipótese de não ser possível calcular os prazos 
para cada fase operacional dos estoques, utiliza-se 
esse índice como valor aproximado dos três primei-
ros apresentados. 
Prazo 
Valor Médio dos Estoques 
de MercadoriasCusto Total da Mercadoria 
Vendida 
Prazo médio (em dias), para empresas comerciais, 
em que as mercadorias permanecem armazenadas 
260à espera de serem vendidas. De outra forma, é o 
prazo médio de venda de empresas comerciais. 
médio 
de armaze-
nagem de 
mercadorias 
Valor Médio das Duplicatas 
a Receber 
Prazo médio (em dias) em que a empresa recebe as 
vendas realizadas a prazo. 
PMC 360 A Vendas Anuais a Prazo 
[Valor Médio das Duplicatas 
a Pagar 
Prazo médio (em dias) em que a empresa paga seus 
fornecedores. 
PMPF x 360 
Compras Anuais a Prazo 
b34 Curso de Administração financeira Assaf Neto|lima 
Prazo Médio de Cobrança (PMC) 
EXEMPLO ILUSTRATIvo (S 30.000 + $ 50.000) 
2 
Informações dos relatórios financeiros de uma PMC 360 20,0 dias 80% x $ 900.000 
empresa comercial, referentes aos dois últimos 
GIRO DAS DUPLICATAS 360 
A RECEBER 
exercícios, para cálculo de seus índices operacio- 18,0 vezes 20 
nais: 
Os clientes da empresa tardam, em média 
20,0 dias para pagar suas compras a prazo, deter. 
minando um giro das duplicatas a receber de 18 0 
20X6 20X7 
Duplicatas a receber $25.000 $ 30.000 vezes no exercício. 
Estoques de mercadorias $45.000$65.000 O ciclo operacional da empresa atinge a 80,0 
Fornecedores a Pagar $ 24.000 $ 28.000 dias, ou seja: 
CICLO OPERACIONAL = PMAM + PMC 
Custo da mercadoria 
CICLO OPERACIONAIL = 60 dias + 20 dias 
= 80,0 dias. 
vendida (CMV) $ 330.000 
Venda anual (total) $900.000 
A empresa gasta, em média, 80,0 dias desde 
a aquisição das mercadorias até o recebimento das 
Duplicatas a receber $ 30.000 $ 50.000 
Venda anual a prazo 
(média) 
vendas realizadas. 
80% 
CÁLCULO DO CICLO FINANCEIRO (CALXA) 
CÁLCULO DO CICLO OPERACIONAL S 24.000 +$ 28.000) 
Prazo Médio de Armazenagem (Estocagem) de PMPF - x 360 28,4 dias $ 330.000 
Mercadorias - PMAM 
Em razão dos relatórios financeiros não dispo 
nibilizarem as compras anuais a prazo efetuadas, 
foi utilizado no cálculo do prazo de pagamento o 
CMV do exercício. Esta prática é bastante adotada 
pelos analistas. 
S 65.000+ $ 45.000 
PMAM- x 360 = 60,0 dias $ 330.000 
As mercadorias tardam, em média, 60,0 dias 
para serem vendidas. Ou seja, o PMA revela que 
as mercadorias permanecem, em média, dois meses 
O ciclo financeiro é calculado pela diferença 
entre o ciclo operacional e o prazo médio de paga-
estocadas antes de serem negociadas. mento a fornecedores: 
Quanto maior o PMAp maiores as necessidades 
de recursos para investimento em estoques. 
CICLO FINANCEIRO = CICLO OPERACIO 
NAL PMPF 
M 
Ao gastar $ 330.000 nas mercadorias e man-
ter um estoque médio de $ 55.000, significa que a 
CICLO FINANCEIRO = 80,0 dias - 28,4 dias 
= 51,6 dias 
empresa girou seus estoques 6,0 vezes no exercí 
O ciclo de caixa calculado indica que a empresa 
tem um intervalo médio, de 51,6 dias, desde o mo-
mento em que pagou as compras das mercadorias 
até o do efetivo recebimento das vendas realizadas. 
cio, ou seja: 
360 
GIRO DOS ESTOQUES=- = 6,0 vezes 
60 PMAM 
O giro dos estoques é o inverso do prazo mé 
dio de estocagem. Indica quantas vezes os estoques 
(mercadorias) foram comprados e vendidos no 
Em outras palavras, a empresa adquire 
mer 
cadorias que tardam 60,0 dias para serem 
vendl-
das após a venda, permanecem ainda 
20 dias pard 
receber dos clientes. Com isso, completa um cu 
operacional de 80,0 dias. Deduzindo-se deste 
CICIo 
exercício, ou seja, quantas vezes ele girou. 
Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 655 
médio de 28,4 dias concedido pelos forne-
o prazo méc 
res para pagar as compras, chega-se ao ciclo 
Menor estoque, por exemplo, pode produzir 
perda de venda pela falta de mercadorias; ri-
gor mais exagerado nas cobranças pode levar 
a perda de clientes, e assim por diante. 
financeiro 
de 51,6 dias. 
24.3 Investimento em 
capital de giro 1 Nopat- Net Operating Profit After Taxes (Lucro opera-
cional liquido do IR). 
sabido que o ativo circulante constitui-se, diversos segmentos empresariais, no grupo imonial menos rentável Os investimentos em 
para 
Dessa maneira, o mais rentável para qualquer pital de giro, forme comentado, não geram diretamente unidades fisicas de produção e venda, 
meta final do processo empresarial de obtenção de 
lucros. A manutenção de determinado volume de 
recursos aplicado no capital de giro visa, fundamen-
talmente, à sustentação de atividade operacional 
empresa seria manter em seus ativos circulantes 
valores que atendam adequadamente as suas ne-
cessidades operacionais. Baixos níveis de ativo cir 
culante determinam, juntamente com o aumento na 
rentabilidade, uma elevação nos riscos da empresa. 
Eo conhecido dilema risco-retormo da administração 
do capital de giro. 
de uma empresa. 
A necessidade de investimento em capital de 
giro é explicada pelo tempo que tarda entre a em-
presa adquirir e pagar suas matérias-primas e o 
momento do recebimento das vendas realizadas. É 
Evidentemente, valores mais baixos de capi-
tal de giro podem levar a empresa a um aperto 
em sua liquidez, no caso de eventuais atrasos nos 
recebimentos, ou a sacrificar seu processo normal o denominado ciclo de caixa. 
de produção e venda, na eventualidade de falta de 
estoques. 
Investimento em Giro e Valor Dilema Risco-Retorno 
O Retorno sobre o Investimento (ROI), con 
forme amplamente detalhado na Parte l, é 
formado pelo Giro do Investimento e Mar-
Esse dilema risco-retorno é ilustrado em Bri-
gham, Gapenski e Ehrhardt com três posturas que 
uma empresa pode assumir com relação a seus 
investimentos em ativo circulante: conservadora, 
média e agressiva. 
gem Operacional, de acordo com a seguinte 
expressão: 
A política conservadora, segundo o raciocínio 
dos autores, levaria a empresa a diminuir seu risco 
mediante aplicações mais elevadas em capital de 
giro. Assim, seriam elevados os recursos aplicados 
em caixa para fazer frente a desembolsos não pre-
vistos; em valores a receber, permitiria, com uma 
política de cobrança mais frouxa, elevar as vendas; 
e, em Estoques, dinminuiria o risco de eventuais 
atrasos no processo produtivo ou a perda de ven 
das inesperadas e de maior volume, por falta de 
ROI = GIRO DO INVESTIMENTO x MARGEM 
OPERACIONAL 
Vendas 
Ativo Total Vendas 
Nopat' ROI= 
Uma redução do capital investido em giro 
pode afetar elevar o giro do investimento e, 
em consequência, o ROI. Menos capital inves-
ido gera menor custo de capital, promovendo 
n aumento da taxa de retorno da empresa. 
itens estocados. 
FOr Outro lado, deve-se ficar atento para uma 
posivel repercussão da redução do investi 
nento em giro sobre o resultado operacional. 
2 BRIGHAM, Eugene E; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, 
Michael C. Administração financeira. São Paulo: Atlas, 2001. 
Cap. 22. 
bS6 Curso de Administraçao 
financeira 
Assat Neto | Lima 
nente ssume um valor 
níveis de participação do ativo cir e 
fixo quaisquer 
As demais politicas 
que poderiarm 
ser 
adotadas 
(media e agressia) 
preveem 
progressivas 
reduções 
nesses 
investimentos 
circulantes, o que 
determina 
elevação do 
risco da empresa 
e também 
paralelo 
incremento em sua 
rentabilidade por 
adotar me-
nor participação 
relativa de itens 
menos 
rentáveis. 
seamos O passivo da empresa, por sua Sua vez, e estrutu Assim, o passivo ulante financia apicacies 
rado de forma proporciona ao total das 
P% do ativo total, o exigível de longo prazo 30%, e o patrimý nio líquido, 50%. 
Supondo-se que o custo nomina se crédito de curto prazo seja 15% e o do exigivel 
longo prazo de 20%, a empre apresentaria, para un lucro operacional bruto (lucro antes dos juros e d 
EXEMPLO ILUSTRATvo 
üm 
Imposto de Renda) de $ 1.000.000 
Considere no Quadro 24.5 
três níveis de apli 
cações em capital de giro. 
Para melhor 
ilustrar o 
dilema risco-retorno, 
admitiu-se que o ativo perma-
resultados para cada um dos níveis derados uintes 
(Quadro 24.6). 
Quadro 24.6 Diferentes 
estruturas de investimentos em giro. 
BaixoMédio Alto 
$ 800.000 $ 1.100.000 $ 1.400.000 Ativo circulante 
$ 1.200.00o $ 1.200.000 $ 1.200.000 Ativo permanente 
$ 2.000.000 S2.300.000 $ 2.600.000 Total 
$ 400.000 $460.000 $ 520.000 Passivo circulante 
$600.000 $ 690.000 $ 780.000 Exigivel a longo prazo 
$ 1.000.0000 $ 1.150.000 $ 1.300.000 Patrimônio liquido 
IMPORTANTE observe na ilustração 
numérica considerada que, quanto maior for 
a participação do capital de giro sobre o ativo 
total, menor será a rentabilidade da empresa. 
Ao adotar uma postura de maior risco, com 
A definição de volume adequado (ótimo) de 
capital de giro deverá, ao mesmo tempo, obede 
cidas as particularidades operacionais da empre-
sa e de seu ambiente, maximizar seu retorno e 
minimizar seu risco. No entanto, a fixação dese 
volume ótimo depende de uma série de expecta 
tivas futuras, cujos valores säo, muitas vezes, de 
quantificação incerta. 
menores aplicações no capital de giro, a em 
presa consegue auferir retorno maior do que 
se adotasse uma politica tradicional, definida 
pelos altos investimentos em circulantes. 
Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 65/ 
entos em giro e retornos. 24.7 investimentos em 
Baixa (S 000) 
Média 
ruto $ 1.000,00 
Alta 
$ 1.000,00 
pespesas Financeiras. 
passivo Circulante 
LUero Operacional Brt 
$1.000,00 
15% x 400,00 = 
15% x 460,00 = 
(60,00) 
20%x 600,00= 
(120,00) 
15% x 520,00 = 
(78,00) (69,00) 
viaivel a 
Longo 
Prazo 
20% x 690,00 = 20% x 780,00 = 
(156,00) (138,00) 
$ 820,00 
Lucro 
antes 
do IR $ 793,00 $ 766,00 
(328,00) (317,20) (306,40) 
mpos 
de 
Renda (40%) 
$ 492,00 $475,80 $ 459,60 LUCro Liquido 
Retorno s/ Patrimônio 
49,2% Liquido - ROOE 41,4% 35,4% 
Os custos do 
investimento em capital de giro 
são formados pelos gastos 
com manutenção e 
armazenagem de produtos e, principalmente, 
pelo custo de oportunidade 
do capital alocado 
a0 ativo circulante. 
São conhecidos por custos 
de carregamento.Quanto maior o volume 
do investimento, mais 
alto se apresenta o cus-
é explicada, basicamente, pelo risco envolvido na 
duração do empréstimo. Evidentemente, um cre-
dor assume maior risco ao comprometer a devolu-
ção de seu capital emprestado por cinco anos, por 
exemplo, em vez de em três meses. As menores 
condições de previsibilidade da capacidade de pa-
gamento do devedor impõem um custo adicional 
ao empréstimo. 
to de carregamento0. 
Quando diminui o investimento em giro, sur 
gem outros tipos de custos, 
identificados prin-
cipalmente pelos custos de falta. Os custos 
de falta podem incluir insuficiência de caixa 
O tomador de recursos de longo prazo, por sua 
vez, obriga-se também a remunerar expectativas de 
flutuações nas taxas de juros por um tempo maior, 
as quais assumem geralmente um comportamento 
crescente em razão da incerteza associada à dura-
para pagamentos ou para concessão 
de crédi-
to a clientes, falta de estoques para atender 
algum pedido de venda, entre outros. 
ção do empréstimo. Ou seja, quanto maior for o 
prazo de concessão de um empréstimo, 
maior será 
seu custo em razão do risco que o credor assume emn 
não obter um retorno condizente com os padrões 
de juros da época. Ao contrário dos custos de carregamento, 
o 
custo de falta diminui de acordo com o au 
mento de investimentos em capital de giro. 
Os juros dos empréstimos de longo praz0 
são 
geralmente maiores que os de curto prazo. 
24.4 Financiament0 Isto indica que o custo da empresa 
se eleva ao 
do capital de giro 
preferir financiar seu giro com 
financiamentos 
te livro, o custo de um crédito de longo prazo é 
de longo prazo. Razões: 
onforme foi estudado nas Partes I e Il des 
risco de tlutuação das taxas de juroS: 
as taxas de juros podem variar no tempo, 
mais caro que o de curto prazo. Essa desigualdade 
658 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima 
o risco melhor maneira possivel, o equilibrio entreor 
eo retorno. afetando o retorno do investidor. Quanto 
maior o prazo, maiores as chances de flu 
tuação dos juros; 
Antes de descrever as principais abordagens de 
financiamento, é importante entender o conceito 
de 
capital de giro mediante sua classificação em 
manente (ou fixo) e sazonal (ou variável). 
quanto maior o prazo, menor se apresenta per 
a capacidade de previsão de reembolso do 
investidor. A parte fixa do ativo circulante é determinada 
pela atividade normal da empresa, e seu montante 
definido pelo nível mínimo de necessidades de re. 
cursos demandados pelo ciclo operacional em deter. 
minado período. Por exemplo: se a empresa vende 24.4.1 Dilema risco-retorno na 
composição do financiamento $ 300 mil todo mês a prazo, e costuma receber, em 
A política de financiamento do capital de giro 
trata da composição do endividamento, identificada 
na definição da participação de recursos de curto 
prazo e de longo prazo. 
média, em 60 dias, manterá necessariamente um in. 
vestimento mínimo determinado por seus negócios 
igual a $ 600 mil em valores a receber. Identicamen-
te, o estoque mínimo necessário à manutenção das 
atividades normais da empresa é um investimento 
fixo em capital de giro, e assim por diante. 
Ao utilizar mais de crédito de longo prazo, há 
uma redução do risco; no entanto, por serem os 
juros de longo prazo geralmente superiores aos de 
curto prazo, este tipo de financiamento diminui, 
ao mesmo tempo, a taxa de retorno da empresa. 
Ao contrário, a preferência por endividamento de 
O capital circulante fixo constitui-se, em outras 
palavras, num investimento cíclico de recursos em 
giro que se repete periodicamente, assumindo em 
consequência um caráter permanente. 
O capital de giro sazonal, por sua vez, é deter 
minado pelas variações temporárias que ocorrem 
normalmente nos negócios de uma empresa. Por 
exemplo, maiores vendas em determinados pe. 
ríodos do ano, ou grandes aquisições de estoques 
antes de períodos de entressafra, produzem varia-
ções temporárias no ativo circulante; por isso, são 
denominados sazonais ou variáveis. O comporta-
mento do capital de giro permanente (cíclico) e 
sazonal (variável) érepresentado graficamente na 
Figura 24.3. 
curto prazo reduz a folga financeira e eleva o ris-
co diante de um menor custo financeiro da dívida, 
ocorre uma elevação da taxa de retorno da empresa. 
Este é o dilema risco-retorno no financiamento 
do capital de giro. 
Enquanto um empréstimo de longo prazo 
mantém o encargo de juros inalterado por 
um período de tempo maior, um empréstimo 
de curto prazo, a ser renovado periodicamen-
te, absorve com maior frequência as oscilações 
(normalmente crescentes) nas taxas de juros. 
Investimentos Capital de giro 
sazonal (variável) necessários ($) 
Capital de giro 
permanente (fixo) 24.4.2 Abordagem para o 
financiamento do 
capital de giro 
Tempo 
No dilema risco-retorno abordado, as decisões 
Figura 24.3 Comportamento fixo e variável do cir-relativas ao financiamento do capital de giro assu-
mem grande importância. Nesse processo, o passivo 
deve ser composto de forma que se mantenha, da 
culante. 
Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 659 
temporárias deverão ser financiadas, à medida que 
forem ocorrendo, por recursos de terceiros de cur 
to prazo; e os investimentos de caráter permanen-
te serão cobertos por fundos de prazo compatível 
(longo praz0) 
XPLICAND0 MELHOR 
0ativo circulante 
n longo do tempo, 
determinadas prin-
de uma empresa sofreu varia-
merca 
ado e 
pela 
sazonalia 
Este 
comportamento determina limites altos 
nte pelo 
crescimento da atividade, do 
alidade das vendas. Ao adotar essa abordagem compensatória, a 
empresa não teria recursos dispendiosos aplicados 
em itens sem nenhum retorno. Por exemplo, se fi-
snd e baixos (minimos) 
de investimen-
imaxi 
tivo circulante. Por exemplo, uma in- nanciasse suas necessidades sazonais de fundo com 
austria 
ia de brinquedo 
mantem altos níveis de 
aques e, 
consequentemente de capitalde 
captações de longo prazo, a empresa arcaria, em 
Após 
este período, 
o ativo circulante tende 
9 
airo é medida pela diferença, 
em determinado 
alguns períodos, com o custo desse dinheiro sem 
obter nenhum tipo de retorno. Evidentemente, essa 
limitação poderia desaparecer mediante aplicações 
financeiras temporárias no mercado, que deveriam 
render, no mínimo, o custo do dinheiro captado. 
a em meses 
anteriores ao pico de vendas. 
decrescer, 
atingindo: seus limites mínimos. 
decr 
A parte variavel 
(ou Sazonal) do capital de 
momento, entre 
o montante do investimento 
no pico máximo e 
no piCO minimo. O volume 
minimo de 
investimento é o capital de qiro 
permanente. 
Abordagem de Risco Mínimo 
Uma postura de minimização do risco pode ser 
adotada por uma abordagem conservadora para o 
financeiro do capital de giro, conforme é apresen-
tada na Figura 24.5. 
Abordagem pelo Equilíbrio 
Tradicional 
Investimentos 
necessários ($) 
Capital de giro 
sazonal 
De acordo com essa abordagem, representada 
na Figura 24.4, o ativo permanente e o capital de 
giro permanente são financiados também por re 
cursos de longo prazo (próprios ou de terceiros). 
As necessidades sazonais de capital de giro, por sua 
ez, ão cobertas por exigibilidades de curto prazo. 
Capital de giro 
permanente Financiamento 
a longo prazo 
Ativo 
Permanente 
Investimentos 
Tempo 
ecessårios ($) Financiamento Figura 24.5 Abordagem de risco mínimo. 
Capital de giro Va curto prazo 
sazonal 
Capital de giro 
permanente 
Nessa composição mais extrema e de pouca 
aplicação prática, a empresa encontra-se totalmente 
financiada por recursos permanentes (longo prazo), 
inclusive em suas necessidades sazonais de fundos. 
Financiamento 
a longo prazo 
Ativo O capital de giro líquido, nessa situação, é igual ao 
capital de giro (ativo circulante) da empresa. Permanente 
Tempo 
Fgura 24.4 Abordagem tradicional. 
O risco é colocado em níveis mínimos 
de a empresa não necessitar utilizar sua capacida-
de de captação de recursos de curto prazo, a qual 
razão 
Oscilações no capital de giro, essa necessidades 
Pela abordagem verifica-se que, 
seria acionada somente para atender a necessida-
des financeiras inesperadas (imprevistas). O custo 
dessa abordagem seria bem elevado, em raz�o da 
ocorrendo 
b60 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima 
das necessidades permanentes. Identicamente 
demarcação da parte permanente financiada 
fundos circulantes de terceiros é etetuada pela li. 
nha tracejada. Comparativamente, essa abordagem 
apresenta maior risco que a anterior, pelo maion 
esgotamento dos limites de credito de curto prazo 
da empresa, e também menores disponibilidades 
de aplicações financeiras. 
preferência por créditos de longo prazo (normal-
mente mais onerosos que os de curto prazo) e da 
Ociosidade desses recursos em vários períodos. 
a 
por 
Outras Abordagens de Financiamento 
Outras formas de composição do financiamen-
to do capital de giro podem, evidentemente, ser es-
tabelecidas. As Figuras 24.6 e 24.7 ilustram duas 
possiveis abordagens, que variam em função do 
nível de participação das fontes de financiamento. As Abordagens de Financiamento do 
Capital de Giro 
Investimentos A abordagem de equilibrio prevê que os Financiamento 
necessários ($) a curto prazo ativos fixos e a parcela permanente dos ativos 
circulantes sejam financiados pelo património 
líquido e pelo exigível de longo prazo. 
Capital de giro 
sazonal 
Capital de giro 
permanente A abordagem de risco minimo propõe 
que o patrimônio liquido e o exigivel de longo 
prazo sejam utilizados para financiarem o ati 
vo fixo e o total do ativo circulante, inclusive 
Financiamento 
a longo prazo 
Ativo 
Permanente 
sua parcela sazonal. 
Tempo Outras abordagens podem ainda ser estabe-
lecidas, prevendo diferentes composições de 
financiamento. As Figuras 24.6 e 24.7 descritas 
anteriormente, ilustram algumas abordagens 
Figura 24.6 
Investimentos alternativas. 
necessários () Capital de giro Financiamento 
sazonal a curto prazo 
Conclusã0: outras composições poderiam 
naturalmente ser estabelecidas. No entanto, a 
definição da melhor estrutura para a empresa é 
determinada, conforme se comentou, por suas ca 
racteristicas operacionais e de seu ambiente, pelo 
grau de aversão ao risco de seus administradores e 
pelas taxas de juros de mercado. Ao optar por maior 
participação de recursos de curto prazo, por serem 
mais baratos, a empresa deverá estar ciente do risco 
que a composição trará e do nível de sua flexibili-
dade em obter fundos adicionais no mercado toda 
Capital de giro 
Financiamento 
permanente 
a longo prazo 
Ativo 
Permanente 
Tempo 
Figura 24.7 
Figura 24.6: a abordagem da Figura 24.6 ilus-
tra uma empresa que financia todos os seus inves-
timentos permanentes (ativo permanente e capital 
de giro permanente) com recursos de longo prazo, 
inclusive uma parte de suas necessidades financei-
ras sazonais, que é demarcada pela linha tracejada. 
vez que surgirem saídas inesperadas do circulante. 
Uma posição mais conservadora poderá determinar 
menor risco e afetar a rentabilidade da empresa. 
Figura 24.7: a abordagem descrita na Figura 
24.7 revela maior participação de recursos de curto 
prazo no financiamento do capital de giro, os quais 
cobrem todas as necessidades variáveis e parte 
RESUMO 
Dese Os vários aspectos e caracteristicas do capital circulante. 
1. 
ronceito de capital de giro apresenta usualmente diferentes interpretações que 
ndo os critérios e a natureza do estudo desenvolvido. São descritos os aplicadas segunde 
principa 
inais conceitos e formas de remuneração do capital de giro, conforme são usualmen-
te considerados. 
O capital de giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa. Em sentido am-
adn 0 Capital de giro representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para 
hoanciar seu ciclo operacional, o qual engloba, para uma empresa industrial, as neces 
idades circulantes identificadas desde a aquisição de matérias-primas até a venda e o 
recebimento dos produtos elaborados. 
O Capital de Giro Líquido ou Capital Circulante Liquido representa o valor liquido das 
aplicações (deduzidas das dividas de curto prazo) efetuadas no ativo (capital) circulante 
da empresa. São os recursos de longo prazo (próprios ou de terceiros) que se encontram 
financiando ativos correntes (de curto prazo). 
Outro indicador de capital de giro utilizado na prática é o denominado capital de 
giro próprio. E calculado geralmente pela simples diferença entre o patrimonio liquido e 
oativo permanente. Nesse caso, a medida revela o volume de capital próprio da empresa 
que está financiando o ativo circulante e o realizável de longo prazo. 
2. Definir equilibrio financeiro. 
Ficou demonstrado que o capital circulante liquido adequado deve cobrir as neces 
Sidades minimas (permanentes) de ativos circulantes de uma empresa, e as necessidades 
Sa20mai5 (curto prazo) de recursos são supridas por passivos circulantes. Nesse contexto 
exgosto, o investimento em giro a ser mantido deve igualar, no mínimo, o montante do 
aLvo circulante caracterizado como permanente, e esses recursos, visando à manutenção 
equilibrio financeiro da empresa, devem ser lastreados por fundos de longo prazo. 
UTlizando-se de fundos de curto prazo para financiar suas necessidades ciclicas (ou per-
ntes) de capital circulante, a empresa, para manter sua posição de liquidez, assume 
uaiOr dependência pela renovação desses passivos, elevando seu risco financeiro. 
3. 
Analisar as aplicações práticas de cada item circulante dentro das caracte-A 
Tisticas do mercado brasileiro. 
tiva, à produção de bens e serviços e, em consequência, a realização de vendas e res 
dtividades operacionais de uma empresa envolvem, de forma sequencial e repe 
Volrecebimentos. Nessas operações básicas procura a empresa obter determinado 
volume de lucros, 
eCiamento (credorese proprietários). É diante desse processo natural e permanente 
de fina 
de forma a remunerar as expectativas de retorno de suas diversas fontes 
662 Curso de Administração financeira Assaf Neto | Lima 
todas as tases de suas ati. 
que sobresai o ciclo operacional da empresa, composto por todas as fases de 
vidades operacionais. 
0 ciclo operacional completo, para o caso de uma empresa industrial, inicia. 
desem-
a aquisição das matérias-primas, passa pela armazenagem, produção e venda e Com 
e 
é composto boca no efetivo recebimento das vendas realizadas. O ciclo operacional 
mento o 
de todas as fases operacionais da empresa, iniciando-se no momento do recebime 
das 
materiais a serem utilizados no processo de produção e encerrando-se na cohrado 
vendas realizadas. 
O ciclo econômico engloba fundamentalmente toda a base de produção da em 
ou seja, estocagem de matérias-primas, fabricação e venda. 
O ciclo financeiro (de caixa) identifica as necessidades de recursos da emoresa. 
ocorrem desde o momento do pagamento aos fornecedores até o efetivo recebimond 
empresa, 
oimento 
das vendas realizadas. 
Basicamente, o volume de capital de giro adequado para determinado negócio é a 
função da politica de produção e venda adotada, cabendo à administração da empresa 
adequar-se a esses critérios para delimitar suas necessidades de aplicações de curto prazo 
4. Analisar as características do financiamento do capital de giro. 
O custo do crédito de longo prazo apresenta-se, em geral, mais caro que o de curto 
prazo. Essa desigualdade é explicada, basicamente, pelo risco envolvido na duração do 
empréstimo. Evidentemente, um credor assume maior risco ao comprometer a devoluão 
de seu capital emprestado por inco anos, por exemplo, em vez de em três meses. As me 
nores condições de previsibilidade da capacidade de pagamento do devedor impõem um 
custo adicional ao empréstimo. 
O tomador de recursos de longo prazo, por sua vez, obriga-se também a remunerar 
expectativas de flutuações nas taxas de juros por um tempo maior, as quais assumem 
geralmente um comportamento crescente em raz�o da incerteza associada à duração do 
empréstimo. Ou seja, quanto maior for o prazo de concessão de um empréstimo, maior 
será seu custo em razão do risco que o credor assume em não obter um retorno condizente 
com os padrões de juros da época. 
No dilema risco-retorno abordado, as decisões relativas ao financiamento do capital 
de giro assumem grande importância. Nesse processo, o passivo deve ser composto de 
forma que se mantenha, da melhor maneira possivel, o equilibrio entre o riscoeo retorno. 
TESTES DE VERIFICAÇÃO 
1. Um indicador calculado pela relação capital circulante dividido pelas vendas deno 
a) A rentabilidade da empresa imobilizada em seu capital circulante líquid0. 
Cap. 24 Capital de Giro e Equilíbrio Financeiro b63 
cão de capital circulante liquido em que a empresa possui visando a 
b) A proporção 
atender seu volume de vendas, 
esse indicador, maior a capacidade de auto-sustentaç 
Quanto menor 
ação da em-presa. 
Au2nto maior esse indicador, mais rapido a empresa recebe suas contas a receber. 
Um maior volume de recursos aplicados em estoques. 
nsiderando que o endividamento de longo prazo da empresa seja destinado a fi-2. 
Considerando que o 
anciar seu capital circulante liquido, um indice Exigivel Total (curto prazo e longo nra70) dividido pelo capital circulante líiquido igual a 1 significa que pra 
aA empresa mant�m um capital circulante liquido inferior ao seu volume de suas 
dividas de longo prazo. 
b) A empresa captou recursos de terceiros de logo prazo para financiar seus ativos 
permanentes. 
0seu patrimönio liquido està em principio totalmente aplicado em ativos de lon-
go prazo e permanente. 
d0 ativo circulante da empresa não é suficiente para quitar as dividas totais. 
e) A empresa mantém um capital circulante liquido igual ao seu volume de dividas 
de curto prazo. 
3. ldentifique a expressão de cálculo correta: 
a) (AC-PC) = (PL + ELP) - (AP + RLP). 
b) CCL = AC. 
d CCL = AC+ Fornecedore 
d) CGP AC - PC. 
eCCL AT PL 
AC ativo circulante; PC: passivo 
circulante; PL: patrimônio liquido; 
ELP: exigivel a lon-
90 prazo; AP: ativo permanente; 
RLP: realizável a longo prazo; 
CCL: capital circulante 
iquido; CGP: capital de giro próprio; 
AT: ativo total. 
cpital circulante liquido (CCL) pode 
ser obtido pela seguinte expressão 
OCa 4. 
a) AC-PL 
b) AC-ELP. 
RLP-AP. 
d) PL+ELP -AP- RLP. 
e RLP ELP. 
5. Classificando 
as sentenças a seguir 
como verdadeiras () ou fsl.. 
correta pela ordem é 
664 Curso de Administração 
Financeira 
Assaf Neto | Lima 
alsas , a 
mdicarao 
1- O capital circulante liquido 
é a parcela dos recursos de lonan 
s de investimento er 
de longo prazo propios de terceiros) destinada a financiar as necessidade 
iro as necessidades 
prazo,e as 
manentes de capital de giro sejam financiadas por dividas do dades 
I1 A abordagem do equilibrio 
tradicional sugere que todas a 
de longo 
necessidades sazonais (variáveis) sejam cobertas por passivos de cun 
prazo. fixos, como má quinas, I1-
A parte fixa do ativo circulante é 
formada pelos bens fixose 
equipamentos etc. 
a) V;V:V. 
b) F;V;V. 
F;F; F 
d) VF;F 
e) V;V; F. 
6. A gestão do capital de giro compreende as seguintes atividades, exceto: 
a) Politica de estocagem. 
b) Produção e venda de produtos. 
Compra de materiais. 
d) Politica de dividendos 
e) Prazo de recebimento das vendas. 
- ExErcíciOS PROPOSTOS 
1. Suponha que uma empresa tenha realizado as sequintes operações em determinau 
exercicio social: aquisição de $ 9.500 de estoques, sendo $ 4.500 pagos no prp 
exercicio e $ 5.000 devidos quatro meses após o encerramento do exercidio, aua 
amor 
lucro tização de $ 2.800 de dívidas circulantes; ao final do exercício foi apurado unt 
liquido de $ 1.400; foi levantado um empréstimo bancário de curto prazo n 
s imo S 3.000 e um financiamento de longo prazo de $ 6.000; foram adquiridos u 
Valor de 
bilizados no valor de $ 9.000, sendo integralmente paqos no exercicio, a ac 
do ativo imobilizado atingiuS 800 no exercicio. Determine: a vaniagay 
inada 
por essas operações sobre o capital circulante líquido da empresa. 
Cap. 24-Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 665 
dnc financeiros prospectivos da Cia. Giro demonstraram que suas necessidades totais 2ic de investimento em capital de giro, para cada trimestre do próximo exercício, vão de um ínimo de $ 000.000 até $ 38.000.000, ou seja: 
Periodos 
1 trimestre 
2 trimestre_ 
Necessidade de Financiamentollnvestimento 
S20.000.000,00 
$ 27.000.000,00 
30 trimestre 
S24.000.000,00 
4 trimestre $ 38.000.000,00 
Pede-se: 
al Descreva graficamente o comportamento sazonal (variável) e permanente (fixo) do capital de giro. 
h) Descreva graficamente a composição de financiamento de capital de giro segundo abordagens do "Equilibrio Financeiro Tradicional"e "Risco Mínimo". Considere ainda uma abordagem intermediária na qual os recursos passivos de longo prazo 
financiam também 50%% dos investimentos sazonais de capital de giro. 
3 0 patrimônio líquido de uma empresa é de $ 6.000.000,00, o que corresponde a 60% 
do seu ativo permanente. A empresa possui direitos a receber no valor de $ 1.000.000 
para daqui a 24 meses e financiamentos a pagar para daqui a 19 meses no valor de 
$4.000.000. Determine o olume de recursos a longo prazo (próprios e de terceiros) 
da empresa que se encontra aplicado em itens circulantes. 
4. Uma empresa comercial, em fase de avaliaç�o de sua necessidade de investimernto 
em giro, apura, ao final do exercício de 2012, o seguinte balanço patrimonial: 
Passivo (S) 
150.000 Empréstimos (CP) 
670.000 
350.000Financiamentos (LP) 
1.000.000 
2.170.000 
(S) 
70.000 
360.000 
470.000 
Ativo 
Disponivel 
Duplicatas a Receber 
Estoque 
Permanente 
Fornecedores 
1.270.000 Capital Social 
Total 2.170.000 Total 
0S resultados projetados pela empresa para oprimeiro trimestre de 2013 são apre-
sentados a seguir. 
Resultados projetados 
Receitas de Vendas 
CMV 
3.770.000| 
(2.232.000) 
1.538.000 
(540.000) 
Lucro bruto 
|Despesas Operacionais 
Depreciaçaão 
Lucro Operacional 
Despesas Financeiras 
LAIR 
Provisão para IR 
60.000)| 
938.000 
S0.000) 
888.000 
(355.200) 
532.800 
LL 
666 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima 
de 45 dias, PMC de 18 
A empresa trabalha com os seguintes prazos operacionais: PME de 45 dias PA 
ao trimestre atingem dias e PMPF de 15 dias. As compras de mercadorias previstas para o trimestre a 
$ 2.998.000 
Complete o balanço final do trimestre, conforme apurado a seguir 
Passivo 
400.000Empréstimos (CP) 
Fornecedores 
Provisão para IR 
1.140.000 Financiamentos (LP) 
Capital Social 
Lucros Retidos 
Ativo (S) (S) 
120.333 Disponivel 
Duplicatas a Receber 
Estoque 
Permanente 
******'** *" *****"h*" 
'*********** *'| 
*******'****| 
400.000 
1.502.000 
************* 
Total 3.410.000 Total 3.410.000 
Uma empresa projetou, para determinado periodo, as seguintes necessidades mini 
mas e máximas de investimentos em capital de giro: 
5. 
|Valores a receber 
Estoques 
Investimento mínimo Investimento máximo 
$4.000.000,00 
$ 7.000.000,00 
S 7.000.000,00 
$12.000.000,00 
Por outro lado, as suas oportunidades de captação de recursos a curto prazo, também 
definidas em valores míinimos e máximos, estão previstas da forma seguinte 
Volume minimo de captação Volume máximo de captação 
a curto prazo 
$ 3.000.000,00 
$ 3.000.000,00 
a curto prazo 
$ 4.500.000,00 
$6.000.000,00 
Fornecedores 
Estoques 
Para um custo de capital de curto prazo inferior ao de longo prazo, pede-se: 
a) Determine o volume de capital circulante líquido que deve ser mantido pela em-
presa visando maximizar o seu nível de rentabilidade. 
b) Admitindo que a empresa mantenha um ativo permanente de $ 35.000.000 e 
um patrimonio liquido de $ 26.000.000, que seu realizável a longo prazo é nulo 
e o custo do dinheiro a curto prazo (aplicável a todo passivo circulante) é de 
12% a.a. e o de longo prazo de 15,5%, qual o montante de recursos de terceiros 
de longo praz0 necessårios em cada nivel de risco considerado? 
6. Uma empresa está considerando um novo investimento produtivo que irá determinar 
alteraçães relevantes nas contas do circulante. A empresa tem um ativo circulante 
total de $ 920.000 e um passivo circulante total de $ 640.000. Como resultado da 
proposta de investimento, as seguintes variações são previstas nos níveis das contas 
de ativos e passivos circulantes. Determinar a variação, se houver, no capital circulante 
liquido que é esperada como resultado da proposta de investimento. 
Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 667 
CONTA 
VARIAÇAO0 Contas a pagar 
Títulos negociáveis 
Estoques 
Duplicatas a pagar 
Empréstimos 
Duplicatas a receber 
Caixa 
+$ 40.000 
$ 10.000 
+S 90.000 
+$ 150.000 
+S 15.000 
LINK DA WEB 
Cwww.institutoassaf.com.br> Fornece indicadores médios de liquidez das companhias 
abertas brasileiras. 
SUGESTÕES DE LEITURAS 
ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, C.A. Tibúrcio. Administração do capital de giro. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 2012. 
ROSS Stephen A.;WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jefrey; LAMB, Roberto. Administra-
ção financeira. 10. ed. São Paulo: McGraw-Hill/Bookman, 2015. 
RESPOSTAS DOS TESTES DE VERIFICAÇÃO 
1. b 
2. 
3 a 
4 d 
5. e 
6. d

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