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646 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima vamente de disponível (se a venda for realizada à vista). Esse processo ininterrupto constitui-se. A administração do capital de giro (cir- em essência, no ciclo operacional (produção e enda) de uma empresa. culante) envolve basicamente as decisões de compra e vendas tomadas pela empresa, assim como suas mais diversas atividades operacio- nais e financeiras. Nessa abrangência, coloca- -se de forma nítida que a administração do capital de giro deve garantir a uma empre sa a adequada consecução de sua política de estocagem, compra de materiais, produção, venda de produtos e mercadorias e prazo de O capital de giro é formado basicamente por três importantes ativos circulantes: Disponi- vel (caixa e aplicações financeiras), Valores a Receber e Estoques. recebimento. A importància da administração do capital de giro para as empresas tem-se acentuado bas- tante nos últimos tempos, em razão, principal mente, das elevadas taxas de juros praticadas O nível e a importäncia do capital de giro va riam, evidentemente, em função das características de atuação de cada empresa, do desempenho da conjuntura económica e da relação risco (liquidez) e rentabilidade desejada. no mercado, do acirramento da concorrên- cia determinados pela abertura de mercado e das politicas de expansão adotadas pelas A seguir são apresentados os diversos concej. tos básicos e definições da administração do capi. tal de giro. empresas. Como resultados da maior preocupação coma administração do capital de giro, foram apri- moradas as técnicas de controle e gerencia- mento dos valores circulantes, tornando esse 24.1.1 Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (CC) segmento de estudo mais especializado. O capital de giro corresponde aos ativos cir- culantes mantidos por uma empresa. Em sentido amplo, o capital de giro representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo operacional, o qual engloba as necessida- des circulantes identificadas desde a aquisição de Questoes Básicas da Administração do Capi- tal de Giro: Qual o volume de ativos circulantes que deve ser mantido por uma empresa. Como devem ser financiados os ativos cir- matérias-primas atéé a venda e o recebimento dos produtos elaborados. culantes. Ciclo operacional éo período identificado desde a compra da matéria-prima (ou merca doria) até a venda e recebimento do produto 24.1 Conceitos básicos O conceito de capital de giro apresenta, usual mente, diferentes interpretações e metodologias de cálculo de acordo com as definições consideradas. vendido. No entanto, qualquer que seja a definição ado- tada, o conceito de capital de giro (ou de capital cir- culante) identifica os recursos que giram (circulam) várias vezes em determinado período. Por exemplo, um capital alocado no disponível pode ser aplica do inicialmente em estoque, assumindo posterior Utilizando-se da ilustração desenvolvida por Assaf,' a Figura 24.1 retrata o fluxo de capital de ASSAF N., Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2006. p 167. Para um estudo mais amplo sobre o tema, recomenda- também: ASSAF N., Alexandre; TIBÚRCIOS. César A. Adm nistração do capital de giro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004 mente a venda realizada ou a forma de realizável (crédito, se a venda for realizada a prazo) ou no- Cap 24-Cace e Grr e Eatro Fnancera Recursos aplicados no ativo circulante Disponivel Estoque de materiais Realizável Vendas a Vendas a vista prazo Estoque de produtos acabados Produção a 24.1 FliLxo do capital de giro. de acordo com o ciclo de produção e venda operacional) de uma empresa industrial. A finalidade da interpretação do cicdo operacio- nal está voltado à melhor compreensão do fluxo do ativo circulante, pois, em qualquer momento poste rior, a empresa poderá apresentar, simultaneamen- te, vários ciclos operacionais que se desenvolvem em diferentes estágios. Dessa maneira, conclui-se que uma importante característica do capital de giro éseu grau de volatilidade, que é explicado, conforme comentado, pela curta duração de seus elementos e constante mutação dos itens circulantes com outros Observa-se na Figura 24.1 que os recursos roprios ou de terceiros) aplicados no ativo circu ante são canalizados, numa etapa inicial do pro- so de produção e venda da empresa, para o dis- onivel, o qual irá alimentar todas as necessidades inanceiras de suas operações. Assim, numa primeira saída, os recursos são ransferidos para a produção da empresa, mediante zguisicóes de estoques de materiais e pagamentos e custos fabris. Posteriormente, os produtos aca- bados são estocados à espera de serem vendidose eram novos dispêndios à empresa. Quando ven- Gidos, os recursos obtidos retornam, alguns ime- diatamente (se as vendas forem à vista) e outros de natureza idêntica. Capital de giro x capital fixo: por outro lado0, parando-se o capital de giro com o ativo fixo (permanente) de uma empresa, podem ser obser- vadas duas outras importantes características. CO Aprimeira refere-se à baixa rentabilidade pro- duzida pelos investimentos em itens circulantes. En curto prazo (se as vendas forem a prazo), ao Excetuando-se, em parte, as empresas em que a sponivel da empresa, dando-se início novamente o ciclo operacional descrito. Processo ininterrupto: esse processo ocorre de neira ininterrupta na atividade operacional de d empresa, e toda vez que os recursos retor- a a0 disponível (pelas vendas realizadas) sao Escidos dos lucros auferidos e dos montantes E dispéndios não desembolsáveis (depreciação, or exemplo). administração do capital de giro consiste na essên cia de seus negócios (empresas comerciais, basica- mente), para os setores industriais os investimentos circulantes tendem a produzir a mais baixa ren- tabilidade. Como é evidente, essa situação induz a minimizar, tanto quanto possivel, as aplicações em circulante, notadamente nos itens em que os recursos se apresentam mais expostos à perda de poder aquisitivo. 648 Curso de Administração Financeira . Assaf Neto | Lima A segunda característica refere-se à divisibilida- de dos elementos circulantes, que se apresenta bem superior à dos ativos fixos. Esse aspecto permite Quadro 24.1 alanços por massas patrimoniais Ativo Circulante Passivo Circulante $ 150.000 que o aporte de recursos nos itens de curto prazo Ocorra em níveis variados e relativamente baixos, $ 130.000 podendo-se, muitas vezes, alocar recursos no mo- mento do surgimento das necessidades financeiras. Realizável a LP $ 50.000 Exigivel a LP $80.000 Ativo Circulante = Capital de Giro Capital Circulante Ativo Permanente Patrimonio Liquido $120.0000 S110.000 Ativo Circulante = Disponível + Valores a Receber de Curto Prazo + Estoques Observa-se que o valor do capital lante li quido (CCL) apresenta, para qualquer das identi des sugeridas, resultado positivo idêntico. ou 24.1.2 Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Liquido (CCL) seja: CCL $ 150.000- $ 130.000 = $ 20.000 ou: O CGL ou CCL representa, de maneira geral, o valor líquido dos investimentos (deduzidos das dí- vidas de curto prazo) realizados no ativo (capital) circulante da empresa. Segundo essa conceituação, a forma mais direta de obter-se o valor do capital de giro líquido é mediante a simples diferença en- tre o ativo circulante eopassivo circulante, ou seja: CCL = ($ 110.000 + $ 80.000) - ($ 120.00 $ 50.000) = $ 20.000 CCL "de cima para baixo": do total de $ 150.0 aplicados no ativo circulante, $ 130.000 são oriu dos de créditos de curto prazo (passivo circulante) e os $ 20.000 restantes (que representam o CCL estão identificados nos recursOS permanentes da empresa (exigível a longo prazo e património li quido) que estãofinanciando o giro. CGL (CCL) = Ativo Circulante - Passivo Circulante Segundo um enfoque mais rigoroso, o capital circulante líquido representa normalmente a par cela dos recursos de longo prazo (recursos perma- nentes) aplicada em itens ativos de curto prazo (circulantes). Na realidade, essa interpretação do capital de giro líquido é processada de "baixo para cima" no balanço, isto é, identificando-se os recur- sos de longo prazo (próprios ou de terceiros) que estão financiando o ativo circulante da empresa. CCL "de baixo para cima": de forma inversa, dos $ 190.000 de fundos levantados a longo prazo (PL = $ 110.000 + ELP = $ 80.000), $ 170.00 estão alocados em ativos também de longo prazo (realizável a longo prazo e ativo permanente), en quanto os $ 20.000 excedentes foram destinados a financiar o ativo circulante. Esse excedente de $ 20.000 é o capital circulante líquido (CCL). Essa posição induz, conforme comentado, uma folga na liquidez da empresa, a qual se processa pela manutenção de certa sobra de recursos de longo Em outras palavras, o CCL representa a parcela do financiamento total de longo prazo que excede as aplicações também de longo prazo. Algebrica- mente, o cálculo desse valor pode ser obtido pela prazo disponíveis para suprir eventuais ausencias de sincronização entre os elementos de um tluxo de caixa. seguinte expressão: CGL (CCL) (Patrimônio Líquido+ Exigível a Longo Prazo) - (Ativo Permanente +Realizável a Longo Prazo) CCL Negativo ou Nulo Se a Na llustração apresentada, considerou ssivo. O balanço por massas patrimoniais, ilustrado no Quadro 24.1, evidencia os conceitos enunciados. existëncia de um capital circulante liquido pass expoSta, No entanto, de acordo com a conceituaçao e Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 649 o CCL oderá ser Quadros 242 essas possibilidades nulo ou, atér mesmo, negativo. Os tra o Quadro 24.2, quando hátotal igualdade entre OS prazos e os valores dos recursos captados e apll cados pela empresa. Por essa composição justa de valores, a empresa, na realidade, não trabalha com recursos de longo prazo financiando seus ativos cir- culantes, ou seja, não apresenta folga financeira. As aplicações de curto prazo est�o totalmente finan- ciadas com fundos de mesma duração, e a posição de liquidez não apresenta folga alguma. 24.2 e 24.3 identificam, respectivamente, ulo. Quadro 24.2 CCL nul Passivo Circulante Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo Qualquer das posições de liquidez comentadas é decidida muitas vezes (mas nem sempre) pela preferência entre risco (liquidea) e retorno (lucrati- VIdade), e a opção deve recair evidentemente sobre a estrutura que melhor satisfaça às necessidades e aos objetivos da empresa. Exigivel a Longo Prazo Ativo Patrimonio Permanente Liquido Quadro 24.3 CCL negativo. Ativo Passivo Circulante Reduções no capital circulante liquido (CCL) produzem dois grandes benefi- Cios à empresa Circulante Realizávela Longo Prazo a)libera capital investido em giro. Como todo dinheiro investido na empresa tem um cus-Exigível a Longo Prazo to de oportunidade, menos capital inves- tido atua no sentido de reduzir o custo Ativo de capital e gerar maior valor econômico (EVA) para a empresa; Permanente Patrimonio Liquido b) redução no giro "incentiva" a empresa demonstrar maior eficiência operacional em produzir e vender com menor folga financeira. Seus procedimentos de produ- ção, estocagem e vendas devem evoluir CCL negativo: observe que quando o capital circulante líquido é negativo (Quadro 24.3), os re- Cursos passivos permanentes da empresa não são suficientes para cobrir todas as suas necessidades de investimentos de longo prazo, devendo, nessa siruação, serem utilizados fundos provenientes do passivo circulante (curto praz0). de forma a atender a todas as demandas. Menor volume de capital investido gera menor custo de capital, e esse beneficio economico pode ser repassado aos clientes gerando maiores vendas. Dessa forma, um CCL negativo, conforme ilus- rado no Quadro 24.3, identifica a presença de divi- das de curto prazo financiando aplicaçQes com praz0s e retorno maiores. Essa posição, evidentemente, determina um aperto na liquidez da empresa, prin- paimente ao observar-se que parte de suas dividas Cera em prazos inferiores aos dos retornos das aplicações desses recursOs. Limite: a redução no investimento em giro apresenta um limite mínimo suportável pela empresa, o qual deve ser bem avaliado para que os beneficios financeiros sejam superados pelos custos de uma mais baixa liquidez. Exemplos de alguns custos que podem ocorrer diante de uma reduç�o mais relevante no CCL: CCL nulo: a presença de um capital circulante uido nulo, por sua vez, ocorre, conforme demons perda de vendas por falta de estoques, atra- b50 Curso de Administração Financeira Assaf Neto f Lima Verifica-se no demonstrativo que o capital d sOs na produção por falta de matérias-primas, perda de vendas determinada por uma politica mais rigida de crédito e cobrança etc. giro próprio é igual: $ 20 (patrimôni líquido = 120 realizável a longo prazo = : 40 ativo pern rmanente = $ 60), o qual se enconh do o ativo circulante, Juntamente com an dades da empresa (passivo circulante . longo prazo). zer-se que o patrimônio $ 120 excede em 20 as aplicações per exigivel a íquido de anentes, inanciar (capital próprio) vai s e que essa diferença o capital de giro não é correte destino dado, em termos de aplicações exigibilidades tanto de curto como de lon 24.1.3 Capital de Giro Próprio (CGP) Outro indicador de capital de giro é o denomi nado capital de giro próprio (CGP). E comumente obtido pela seguinte expressão de cálculo: Cido o ,as go prazo da empresa. Dessa maneira, prefere-se trabalhar com o conceito sugerido de cap culante) líquido. de giro (ou cir. XXX Patrimonio Liquido HAplicações Permanentes: Ativo Permanente Realizável a Longo Prazo Capital de Giro Próprio XXX XXX XXX Principais Transaçoes que Alteram o Capital Circulante Líquido Transações que elevam o CCL: O valor assim obtido é interpretado como o novos empréstimos e financiamentos de volume de recursos próprios que a empresa tem aplicado em seu ativo circulante (giro). longo prazo; aumento de capital por integralização de E importante acrescentar que essa medida não identifica rigorosamente os recursos próprios da empresa em que estão financiando sua atividade. Dada a evidente impossibilidade de "casarem-se" todas as operações de captação e aplicação de uma empresa (o dinheiro não é "carimbado"), o valor novas ações; geração de lucro liquido; reduções (vendas) de ativos permanentes; recebimentos de realizável a longo pra- encontrado reflete mais adequadamente recursos do passivo de longo prazo (próprios ou de terceiros) alocados em itens ativos não permanentes, e não ne- zo etc. Transações que reduzem o CCL: cessariamente do patrimônio líquido. reduções (amortizações) nas dividas de lon- Um balanço por massas patrimoniais, conforme go prazo0 apresentado a seguir, ilustra melhor a ideia. reduções do patrimônio líquido através, por exemplo, de ocorrência de prejuizos, Quadro 24.4 Exemplo para cálculo do CGP. recompra das próprias ações da compa- nhia, pagamentos de dividendos etc., Ativo Circulante Passivo Circulante S 100 $ 30 aumentos de ativos permanentes (aquis Gões) com pagamentos à vista. Exigível aLP $ 50 Realizável a LP $40 AS operações que ocorrem unicamente Patrimônio Liquido ambito do curto prazo ou do longo prazo nao Ativo Permanente 120 60 afetam o capital circulante liquido. Exemplo Cap. 24- Capital de Giroe Equilibrio Financeiro651 tos de dividas de curto prazo re- Zem o ativo circulante e passivo circulan- de estoques àvista reduzem e pagamentos te no mesmo volume, não alterando o cc PMEPT compras cO ativo circulante no mesmo mon- Ou Espera PMEMP PMF PMV PMC elevam o tante: icicão de bens fixos através de finan- Ciclo Operacional Total amento de longo prazo,. Os valores não Ciclo Econômico transitam pelo circulante etc. PMPF - ------ Ciclo de Caixa (Financeiro) Figura 24.2 Ciclo operacional completo de uma em- presa industrial. 24.2 Ciclos operacionais As atividades operacionais de uma empresa en- mtem, de forma sequenciale repetitiva, a produção ie hens e serviços, estocagem, vendase respectivos Rebimentos. Nessas operaçoes básicas, procura a Empresa obter determinado volume de lucros, de ioma a remunerar as expectativas de retorno de jas diversas fontes de financiamento (credores e Períodos Operacionais O ciclo operacional descrito na Figura 24.2 revela diversas fases operacionais: compra, fabri- cação, estocagem (matérias-primas e produtos em transformação), venda e cobrança. Cada uma des- sas fases operacionais possui determinada duração. proprietários). E diante desse processo natural e permanente que sobressai o ciclo operacional da empresa, com- posto por todas as fases de suas atividades operacio- nais. 0 ciclo operacional pode ser explicado como ointervalo existente entre a compra da mercadoria EO recebimento das vendas realizadas. Assim, a compra (pedido) de matérias-primas embute, além do prazo de espera de recebimento, um prazo de armazenagem; a produção, o prazo de transformação das matérias-primas em produ- tos terminados; a venda, o prazo de armazenagem dos produtos terminados; e a cobrança, o prazo de recebimento das vendas realizadas a prazo. O ciclo operacional completo, para o caso de uma empresa industrial, inicia-se com a aquiSiçao aS materias-primas, passa pela armazenagem, pro- uao e venda e desemboca no efetivo recebimento as vendas realizadas. Ciclo Operacional, Ciclo Financeiro e Ciclo Econômico A Figura 24.2 ilustra, de forma linear, esse processo. A Figura 24.2 ilustra também três tipos de ci- clos identificados nas operações da empresa: ope PME prazo médio de estocagem das racional, financeiro e econömico. O ciclo operacional total, confornme descrito,é composto de todas as fases operacionais da empre sa, iniciando-se no momento do recebimento dos materiais a serem utilizados no processo de produ- ção e encerrando-se na cobrança das vendas reali- zadas. Para uma empresa industrial típica, tem-se: matérias-primas ur s prazo médio de fabricação EP/PMV = prazo médio de estocagen rodutos terminados/ prazo médio de venda prazo médio de cobrança PMPF = CICLO OPERACIONAL TOTAL = PME MP + PMF +PMV + PMC prazo médio de pagament a for necedores bS2 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima negociar prazos de pagamentos mais lone O ciclo econômico engloba fundamentalmente toda a base de produção da empresa, ou seja, esto- cagem de matérias-primas, fabricação e venda. E o periodo verificado entre as entradas de matérias- ongos com os fornecedores, tendo sempre o cuj. dado em não incorrer em custos financeir ceiros acima dos ganhos. primas adquiridas e a e venda do produto final. O ciclo econômico destaca basicamente os pra zos de estocagem de matérias-primas, de produtos em elaboração e de produtos acabados. EXEMPLO ILUSTRATIvo Admita uma empresa industrial que tenha apresentado, ao final dos exercicios de X6e X7, os CICLO ECONÖMICO = PMEMP + PMF + PMV seguintes prazos operacionais: A primeira fase do ciclo operacional (PMEMp pode ser financiada, em sua totalidade ou em parte, mediante créditos de fornecedores. Assim, o ciclo financeiro (de caixa) identifica as necessidades de recursos da empresa que ocorrem desde o momento do pagamento aos fornecedores até o efetivo rece- bimento das vendas realizadas, ou seja: Ano X6 Ano X7 PME (matéria-prima) 15 dias 20 dias PMF 10 dias 15 dias PMV 20 dias 30 dias PMC 30 dias 30 dias CICLO OPERACIONAL 75 dias 95 dias CICLO FINANCEIRO = (PMEp + PMF + PMV + PMC) - PMPF PMPF 20 dias 50 dias CICLO FINANCEIRO 55 dias 45 dias Como Gerenciar o Ciclo Financeiro As necessidades de caixa da empresa aumen- tam à medida que os prazos de estocagem e de co- brança das vendas crescerem acima dos prazos de No ano de X6, a empresa tardava 75 dias para completar todo seu ciclo operacional, cobrindo o período de compra da matéria-prima (e insumos) até a cobrança da venda do produto acabado. Esse período aumentou no ano seguinte, passando para 95 dias. pagamento aos fornecedores. Ao contrário, reduzin do os praz0s operacionais dos ativos e alongando os dos passivos operacionais, verifica-se uma dimi- nuição do ciclo de caixa (ciclo financeiro). As causas deste aumento são explicadas no vendas, que se processo de estocagem -produção- apresentou 20 dias mais longo no ano de X7. As empresas, de maneira geral, apresentam ci- clos de caixa positivos, indicando necessidades de financiamentos para o seu giro. Apesar dessa elevação dos prazos operacionais, as melhores condições de pagamento concedidas pelos fornecedores permitiram uma redução doc clo financeiro em dez dias (55 dias em X6 para 45 dias em X7). Em outras palavras, maiores investi mentos nos ativos operacionais foram compensa- dos, com folga, pelos prazos mais longos concedidos pelos fornecedores. Algumas estratégias básicas para gerenciar o ciclo financeiro: a) reduzir ao mínimo os investimentos em es- toques (promover maior giro aos estoques), cuidando porém para que a estratégia não ocasione perdas de vendas ou atrasos na produção por faltas de produtos; b) manter um controle mais eficiente sobre as contas a receber, aprimorando as técnicas de análise de concessão de créditos e polí- ticas de cobrança; Eimportante registrar que um aumento do C clo operacional pode indicar maior dificuldade da empresa em vender seus produtos, ou maior moro sidade no processo de fabricação. Como o prazo ae cobrança (PMC) manteve-se inalterado em 30 dias Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 653 scarta-se, em princípio, 24.2.1 Formulações de cálculo no exemplo llustrativ0, problemas de cobrança (inadimplência). possive 0 analista siveis problemas operacionais sejam enco-ses Pla forte elevação verificada nos prazos de financeiro não deve deixar que es- dos prazos operacionais As expressões de cálculo das durações de cada rase operacional são apresentadas no Quadro 24.5. ESses indicadores são dinâmicos e permitem melhor avaliação do desempenho operacional da empresa. bertos pela agamento. fornecedore: Seu objetivo deve ser causas que determinaram este o de identificar as aumento nos prazos operaciona álculo dos prazos operacionais. Quadro 24.5 Indice Fórmula O que identifica Saldo Médio de Materiais Prazo médio (em dias) em que os materiais per- manecem estocados à espera de ingressarem no processo de produção. PMEMP Consumo Anual X 360 Valor Médio dos produtos em elaboração Custo de Produção Anual Prazo médio (em dias) que a empresa despende em fabricar o produto final. PMF 360 Valor Médio dos produtos Prazo médio (em dias) que o produto acabado permanece estocado à espera de ser vendido, isto é, Custo dos Produtos Vendidos prazo médio de estocagem do produto acabado. Acabados PMV Prazo médio (em dias) em que os estoques totais (materiais, produtoS em transformação e produtos acabados) permanecem armazenados à espera de serem consumidos, produzidos e vendidos. Ou seja, o tempo médio total compreendido desde a compra dos materiais até a venda do produto acabado. Prazo médio de armaze- PMEMP+ PMF + PMV nagem total (PMAT) Na hipótese de não ser possível calcular os prazos para cada fase operacional dos estoques, utiliza-se esse índice como valor aproximado dos três primei- ros apresentados. Prazo Valor Médio dos Estoques de MercadoriasCusto Total da Mercadoria Vendida Prazo médio (em dias), para empresas comerciais, em que as mercadorias permanecem armazenadas 260à espera de serem vendidas. De outra forma, é o prazo médio de venda de empresas comerciais. médio de armaze- nagem de mercadorias Valor Médio das Duplicatas a Receber Prazo médio (em dias) em que a empresa recebe as vendas realizadas a prazo. PMC 360 A Vendas Anuais a Prazo [Valor Médio das Duplicatas a Pagar Prazo médio (em dias) em que a empresa paga seus fornecedores. PMPF x 360 Compras Anuais a Prazo b34 Curso de Administração financeira Assaf Neto|lima Prazo Médio de Cobrança (PMC) EXEMPLO ILUSTRATIvo (S 30.000 + $ 50.000) 2 Informações dos relatórios financeiros de uma PMC 360 20,0 dias 80% x $ 900.000 empresa comercial, referentes aos dois últimos GIRO DAS DUPLICATAS 360 A RECEBER exercícios, para cálculo de seus índices operacio- 18,0 vezes 20 nais: Os clientes da empresa tardam, em média 20,0 dias para pagar suas compras a prazo, deter. minando um giro das duplicatas a receber de 18 0 20X6 20X7 Duplicatas a receber $25.000 $ 30.000 vezes no exercício. Estoques de mercadorias $45.000$65.000 O ciclo operacional da empresa atinge a 80,0 Fornecedores a Pagar $ 24.000 $ 28.000 dias, ou seja: CICLO OPERACIONAL = PMAM + PMC Custo da mercadoria CICLO OPERACIONAIL = 60 dias + 20 dias = 80,0 dias. vendida (CMV) $ 330.000 Venda anual (total) $900.000 A empresa gasta, em média, 80,0 dias desde a aquisição das mercadorias até o recebimento das Duplicatas a receber $ 30.000 $ 50.000 Venda anual a prazo (média) vendas realizadas. 80% CÁLCULO DO CICLO FINANCEIRO (CALXA) CÁLCULO DO CICLO OPERACIONAL S 24.000 +$ 28.000) Prazo Médio de Armazenagem (Estocagem) de PMPF - x 360 28,4 dias $ 330.000 Mercadorias - PMAM Em razão dos relatórios financeiros não dispo nibilizarem as compras anuais a prazo efetuadas, foi utilizado no cálculo do prazo de pagamento o CMV do exercício. Esta prática é bastante adotada pelos analistas. S 65.000+ $ 45.000 PMAM- x 360 = 60,0 dias $ 330.000 As mercadorias tardam, em média, 60,0 dias para serem vendidas. Ou seja, o PMA revela que as mercadorias permanecem, em média, dois meses O ciclo financeiro é calculado pela diferença entre o ciclo operacional e o prazo médio de paga- estocadas antes de serem negociadas. mento a fornecedores: Quanto maior o PMAp maiores as necessidades de recursos para investimento em estoques. CICLO FINANCEIRO = CICLO OPERACIO NAL PMPF M Ao gastar $ 330.000 nas mercadorias e man- ter um estoque médio de $ 55.000, significa que a CICLO FINANCEIRO = 80,0 dias - 28,4 dias = 51,6 dias empresa girou seus estoques 6,0 vezes no exercí O ciclo de caixa calculado indica que a empresa tem um intervalo médio, de 51,6 dias, desde o mo- mento em que pagou as compras das mercadorias até o do efetivo recebimento das vendas realizadas. cio, ou seja: 360 GIRO DOS ESTOQUES=- = 6,0 vezes 60 PMAM O giro dos estoques é o inverso do prazo mé dio de estocagem. Indica quantas vezes os estoques (mercadorias) foram comprados e vendidos no Em outras palavras, a empresa adquire mer cadorias que tardam 60,0 dias para serem vendl- das após a venda, permanecem ainda 20 dias pard receber dos clientes. Com isso, completa um cu operacional de 80,0 dias. Deduzindo-se deste CICIo exercício, ou seja, quantas vezes ele girou. Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 655 médio de 28,4 dias concedido pelos forne- o prazo méc res para pagar as compras, chega-se ao ciclo Menor estoque, por exemplo, pode produzir perda de venda pela falta de mercadorias; ri- gor mais exagerado nas cobranças pode levar a perda de clientes, e assim por diante. financeiro de 51,6 dias. 24.3 Investimento em capital de giro 1 Nopat- Net Operating Profit After Taxes (Lucro opera- cional liquido do IR). sabido que o ativo circulante constitui-se, diversos segmentos empresariais, no grupo imonial menos rentável Os investimentos em para Dessa maneira, o mais rentável para qualquer pital de giro, forme comentado, não geram diretamente unidades fisicas de produção e venda, meta final do processo empresarial de obtenção de lucros. A manutenção de determinado volume de recursos aplicado no capital de giro visa, fundamen- talmente, à sustentação de atividade operacional empresa seria manter em seus ativos circulantes valores que atendam adequadamente as suas ne- cessidades operacionais. Baixos níveis de ativo cir culante determinam, juntamente com o aumento na rentabilidade, uma elevação nos riscos da empresa. Eo conhecido dilema risco-retormo da administração do capital de giro. de uma empresa. A necessidade de investimento em capital de giro é explicada pelo tempo que tarda entre a em- presa adquirir e pagar suas matérias-primas e o momento do recebimento das vendas realizadas. É Evidentemente, valores mais baixos de capi- tal de giro podem levar a empresa a um aperto em sua liquidez, no caso de eventuais atrasos nos recebimentos, ou a sacrificar seu processo normal o denominado ciclo de caixa. de produção e venda, na eventualidade de falta de estoques. Investimento em Giro e Valor Dilema Risco-Retorno O Retorno sobre o Investimento (ROI), con forme amplamente detalhado na Parte l, é formado pelo Giro do Investimento e Mar- Esse dilema risco-retorno é ilustrado em Bri- gham, Gapenski e Ehrhardt com três posturas que uma empresa pode assumir com relação a seus investimentos em ativo circulante: conservadora, média e agressiva. gem Operacional, de acordo com a seguinte expressão: A política conservadora, segundo o raciocínio dos autores, levaria a empresa a diminuir seu risco mediante aplicações mais elevadas em capital de giro. Assim, seriam elevados os recursos aplicados em caixa para fazer frente a desembolsos não pre- vistos; em valores a receber, permitiria, com uma política de cobrança mais frouxa, elevar as vendas; e, em Estoques, dinminuiria o risco de eventuais atrasos no processo produtivo ou a perda de ven das inesperadas e de maior volume, por falta de ROI = GIRO DO INVESTIMENTO x MARGEM OPERACIONAL Vendas Ativo Total Vendas Nopat' ROI= Uma redução do capital investido em giro pode afetar elevar o giro do investimento e, em consequência, o ROI. Menos capital inves- ido gera menor custo de capital, promovendo n aumento da taxa de retorno da empresa. itens estocados. FOr Outro lado, deve-se ficar atento para uma posivel repercussão da redução do investi nento em giro sobre o resultado operacional. 2 BRIGHAM, Eugene E; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração financeira. São Paulo: Atlas, 2001. Cap. 22. bS6 Curso de Administraçao financeira Assat Neto | Lima nente ssume um valor níveis de participação do ativo cir e fixo quaisquer As demais politicas que poderiarm ser adotadas (media e agressia) preveem progressivas reduções nesses investimentos circulantes, o que determina elevação do risco da empresa e também paralelo incremento em sua rentabilidade por adotar me- nor participação relativa de itens menos rentáveis. seamos O passivo da empresa, por sua Sua vez, e estrutu Assim, o passivo ulante financia apicacies rado de forma proporciona ao total das P% do ativo total, o exigível de longo prazo 30%, e o patrimý nio líquido, 50%. Supondo-se que o custo nomina se crédito de curto prazo seja 15% e o do exigivel longo prazo de 20%, a empre apresentaria, para un lucro operacional bruto (lucro antes dos juros e d EXEMPLO ILUSTRATvo üm Imposto de Renda) de $ 1.000.000 Considere no Quadro 24.5 três níveis de apli cações em capital de giro. Para melhor ilustrar o dilema risco-retorno, admitiu-se que o ativo perma- resultados para cada um dos níveis derados uintes (Quadro 24.6). Quadro 24.6 Diferentes estruturas de investimentos em giro. BaixoMédio Alto $ 800.000 $ 1.100.000 $ 1.400.000 Ativo circulante $ 1.200.00o $ 1.200.000 $ 1.200.000 Ativo permanente $ 2.000.000 S2.300.000 $ 2.600.000 Total $ 400.000 $460.000 $ 520.000 Passivo circulante $600.000 $ 690.000 $ 780.000 Exigivel a longo prazo $ 1.000.0000 $ 1.150.000 $ 1.300.000 Patrimônio liquido IMPORTANTE observe na ilustração numérica considerada que, quanto maior for a participação do capital de giro sobre o ativo total, menor será a rentabilidade da empresa. Ao adotar uma postura de maior risco, com A definição de volume adequado (ótimo) de capital de giro deverá, ao mesmo tempo, obede cidas as particularidades operacionais da empre- sa e de seu ambiente, maximizar seu retorno e minimizar seu risco. No entanto, a fixação dese volume ótimo depende de uma série de expecta tivas futuras, cujos valores säo, muitas vezes, de quantificação incerta. menores aplicações no capital de giro, a em presa consegue auferir retorno maior do que se adotasse uma politica tradicional, definida pelos altos investimentos em circulantes. Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 65/ entos em giro e retornos. 24.7 investimentos em Baixa (S 000) Média ruto $ 1.000,00 Alta $ 1.000,00 pespesas Financeiras. passivo Circulante LUero Operacional Brt $1.000,00 15% x 400,00 = 15% x 460,00 = (60,00) 20%x 600,00= (120,00) 15% x 520,00 = (78,00) (69,00) viaivel a Longo Prazo 20% x 690,00 = 20% x 780,00 = (156,00) (138,00) $ 820,00 Lucro antes do IR $ 793,00 $ 766,00 (328,00) (317,20) (306,40) mpos de Renda (40%) $ 492,00 $475,80 $ 459,60 LUCro Liquido Retorno s/ Patrimônio 49,2% Liquido - ROOE 41,4% 35,4% Os custos do investimento em capital de giro são formados pelos gastos com manutenção e armazenagem de produtos e, principalmente, pelo custo de oportunidade do capital alocado a0 ativo circulante. São conhecidos por custos de carregamento.Quanto maior o volume do investimento, mais alto se apresenta o cus- é explicada, basicamente, pelo risco envolvido na duração do empréstimo. Evidentemente, um cre- dor assume maior risco ao comprometer a devolu- ção de seu capital emprestado por cinco anos, por exemplo, em vez de em três meses. As menores condições de previsibilidade da capacidade de pa- gamento do devedor impõem um custo adicional ao empréstimo. to de carregamento0. Quando diminui o investimento em giro, sur gem outros tipos de custos, identificados prin- cipalmente pelos custos de falta. Os custos de falta podem incluir insuficiência de caixa O tomador de recursos de longo prazo, por sua vez, obriga-se também a remunerar expectativas de flutuações nas taxas de juros por um tempo maior, as quais assumem geralmente um comportamento crescente em razão da incerteza associada à dura- para pagamentos ou para concessão de crédi- to a clientes, falta de estoques para atender algum pedido de venda, entre outros. ção do empréstimo. Ou seja, quanto maior for o prazo de concessão de um empréstimo, maior será seu custo em razão do risco que o credor assume emn não obter um retorno condizente com os padrões de juros da época. Ao contrário dos custos de carregamento, o custo de falta diminui de acordo com o au mento de investimentos em capital de giro. Os juros dos empréstimos de longo praz0 são geralmente maiores que os de curto prazo. 24.4 Financiament0 Isto indica que o custo da empresa se eleva ao do capital de giro preferir financiar seu giro com financiamentos te livro, o custo de um crédito de longo prazo é de longo prazo. Razões: onforme foi estudado nas Partes I e Il des risco de tlutuação das taxas de juroS: as taxas de juros podem variar no tempo, mais caro que o de curto prazo. Essa desigualdade 658 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima o risco melhor maneira possivel, o equilibrio entreor eo retorno. afetando o retorno do investidor. Quanto maior o prazo, maiores as chances de flu tuação dos juros; Antes de descrever as principais abordagens de financiamento, é importante entender o conceito de capital de giro mediante sua classificação em manente (ou fixo) e sazonal (ou variável). quanto maior o prazo, menor se apresenta per a capacidade de previsão de reembolso do investidor. A parte fixa do ativo circulante é determinada pela atividade normal da empresa, e seu montante definido pelo nível mínimo de necessidades de re. cursos demandados pelo ciclo operacional em deter. minado período. Por exemplo: se a empresa vende 24.4.1 Dilema risco-retorno na composição do financiamento $ 300 mil todo mês a prazo, e costuma receber, em A política de financiamento do capital de giro trata da composição do endividamento, identificada na definição da participação de recursos de curto prazo e de longo prazo. média, em 60 dias, manterá necessariamente um in. vestimento mínimo determinado por seus negócios igual a $ 600 mil em valores a receber. Identicamen- te, o estoque mínimo necessário à manutenção das atividades normais da empresa é um investimento fixo em capital de giro, e assim por diante. Ao utilizar mais de crédito de longo prazo, há uma redução do risco; no entanto, por serem os juros de longo prazo geralmente superiores aos de curto prazo, este tipo de financiamento diminui, ao mesmo tempo, a taxa de retorno da empresa. Ao contrário, a preferência por endividamento de O capital circulante fixo constitui-se, em outras palavras, num investimento cíclico de recursos em giro que se repete periodicamente, assumindo em consequência um caráter permanente. O capital de giro sazonal, por sua vez, é deter minado pelas variações temporárias que ocorrem normalmente nos negócios de uma empresa. Por exemplo, maiores vendas em determinados pe. ríodos do ano, ou grandes aquisições de estoques antes de períodos de entressafra, produzem varia- ções temporárias no ativo circulante; por isso, são denominados sazonais ou variáveis. O comporta- mento do capital de giro permanente (cíclico) e sazonal (variável) érepresentado graficamente na Figura 24.3. curto prazo reduz a folga financeira e eleva o ris- co diante de um menor custo financeiro da dívida, ocorre uma elevação da taxa de retorno da empresa. Este é o dilema risco-retorno no financiamento do capital de giro. Enquanto um empréstimo de longo prazo mantém o encargo de juros inalterado por um período de tempo maior, um empréstimo de curto prazo, a ser renovado periodicamen- te, absorve com maior frequência as oscilações (normalmente crescentes) nas taxas de juros. Investimentos Capital de giro sazonal (variável) necessários ($) Capital de giro permanente (fixo) 24.4.2 Abordagem para o financiamento do capital de giro Tempo No dilema risco-retorno abordado, as decisões Figura 24.3 Comportamento fixo e variável do cir-relativas ao financiamento do capital de giro assu- mem grande importância. Nesse processo, o passivo deve ser composto de forma que se mantenha, da culante. Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 659 temporárias deverão ser financiadas, à medida que forem ocorrendo, por recursos de terceiros de cur to prazo; e os investimentos de caráter permanen- te serão cobertos por fundos de prazo compatível (longo praz0) XPLICAND0 MELHOR 0ativo circulante n longo do tempo, determinadas prin- de uma empresa sofreu varia- merca ado e pela sazonalia Este comportamento determina limites altos nte pelo crescimento da atividade, do alidade das vendas. Ao adotar essa abordagem compensatória, a empresa não teria recursos dispendiosos aplicados em itens sem nenhum retorno. Por exemplo, se fi- snd e baixos (minimos) de investimen- imaxi tivo circulante. Por exemplo, uma in- nanciasse suas necessidades sazonais de fundo com austria ia de brinquedo mantem altos níveis de aques e, consequentemente de capitalde captações de longo prazo, a empresa arcaria, em Após este período, o ativo circulante tende 9 airo é medida pela diferença, em determinado alguns períodos, com o custo desse dinheiro sem obter nenhum tipo de retorno. Evidentemente, essa limitação poderia desaparecer mediante aplicações financeiras temporárias no mercado, que deveriam render, no mínimo, o custo do dinheiro captado. a em meses anteriores ao pico de vendas. decrescer, atingindo: seus limites mínimos. decr A parte variavel (ou Sazonal) do capital de momento, entre o montante do investimento no pico máximo e no piCO minimo. O volume minimo de investimento é o capital de qiro permanente. Abordagem de Risco Mínimo Uma postura de minimização do risco pode ser adotada por uma abordagem conservadora para o financeiro do capital de giro, conforme é apresen- tada na Figura 24.5. Abordagem pelo Equilíbrio Tradicional Investimentos necessários ($) Capital de giro sazonal De acordo com essa abordagem, representada na Figura 24.4, o ativo permanente e o capital de giro permanente são financiados também por re cursos de longo prazo (próprios ou de terceiros). As necessidades sazonais de capital de giro, por sua ez, ão cobertas por exigibilidades de curto prazo. Capital de giro permanente Financiamento a longo prazo Ativo Permanente Investimentos Tempo ecessårios ($) Financiamento Figura 24.5 Abordagem de risco mínimo. Capital de giro Va curto prazo sazonal Capital de giro permanente Nessa composição mais extrema e de pouca aplicação prática, a empresa encontra-se totalmente financiada por recursos permanentes (longo prazo), inclusive em suas necessidades sazonais de fundos. Financiamento a longo prazo Ativo O capital de giro líquido, nessa situação, é igual ao capital de giro (ativo circulante) da empresa. Permanente Tempo Fgura 24.4 Abordagem tradicional. O risco é colocado em níveis mínimos de a empresa não necessitar utilizar sua capacida- de de captação de recursos de curto prazo, a qual razão Oscilações no capital de giro, essa necessidades Pela abordagem verifica-se que, seria acionada somente para atender a necessida- des financeiras inesperadas (imprevistas). O custo dessa abordagem seria bem elevado, em raz�o da ocorrendo b60 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima das necessidades permanentes. Identicamente demarcação da parte permanente financiada fundos circulantes de terceiros é etetuada pela li. nha tracejada. Comparativamente, essa abordagem apresenta maior risco que a anterior, pelo maion esgotamento dos limites de credito de curto prazo da empresa, e também menores disponibilidades de aplicações financeiras. preferência por créditos de longo prazo (normal- mente mais onerosos que os de curto prazo) e da Ociosidade desses recursos em vários períodos. a por Outras Abordagens de Financiamento Outras formas de composição do financiamen- to do capital de giro podem, evidentemente, ser es- tabelecidas. As Figuras 24.6 e 24.7 ilustram duas possiveis abordagens, que variam em função do nível de participação das fontes de financiamento. As Abordagens de Financiamento do Capital de Giro Investimentos A abordagem de equilibrio prevê que os Financiamento necessários ($) a curto prazo ativos fixos e a parcela permanente dos ativos circulantes sejam financiados pelo património líquido e pelo exigível de longo prazo. Capital de giro sazonal Capital de giro permanente A abordagem de risco minimo propõe que o patrimônio liquido e o exigivel de longo prazo sejam utilizados para financiarem o ati vo fixo e o total do ativo circulante, inclusive Financiamento a longo prazo Ativo Permanente sua parcela sazonal. Tempo Outras abordagens podem ainda ser estabe- lecidas, prevendo diferentes composições de financiamento. As Figuras 24.6 e 24.7 descritas anteriormente, ilustram algumas abordagens Figura 24.6 Investimentos alternativas. necessários () Capital de giro Financiamento sazonal a curto prazo Conclusã0: outras composições poderiam naturalmente ser estabelecidas. No entanto, a definição da melhor estrutura para a empresa é determinada, conforme se comentou, por suas ca racteristicas operacionais e de seu ambiente, pelo grau de aversão ao risco de seus administradores e pelas taxas de juros de mercado. Ao optar por maior participação de recursos de curto prazo, por serem mais baratos, a empresa deverá estar ciente do risco que a composição trará e do nível de sua flexibili- dade em obter fundos adicionais no mercado toda Capital de giro Financiamento permanente a longo prazo Ativo Permanente Tempo Figura 24.7 Figura 24.6: a abordagem da Figura 24.6 ilus- tra uma empresa que financia todos os seus inves- timentos permanentes (ativo permanente e capital de giro permanente) com recursos de longo prazo, inclusive uma parte de suas necessidades financei- ras sazonais, que é demarcada pela linha tracejada. vez que surgirem saídas inesperadas do circulante. Uma posição mais conservadora poderá determinar menor risco e afetar a rentabilidade da empresa. Figura 24.7: a abordagem descrita na Figura 24.7 revela maior participação de recursos de curto prazo no financiamento do capital de giro, os quais cobrem todas as necessidades variáveis e parte RESUMO Dese Os vários aspectos e caracteristicas do capital circulante. 1. ronceito de capital de giro apresenta usualmente diferentes interpretações que ndo os critérios e a natureza do estudo desenvolvido. São descritos os aplicadas segunde principa inais conceitos e formas de remuneração do capital de giro, conforme são usualmen- te considerados. O capital de giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa. Em sentido am- adn 0 Capital de giro representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para hoanciar seu ciclo operacional, o qual engloba, para uma empresa industrial, as neces idades circulantes identificadas desde a aquisição de matérias-primas até a venda e o recebimento dos produtos elaborados. O Capital de Giro Líquido ou Capital Circulante Liquido representa o valor liquido das aplicações (deduzidas das dividas de curto prazo) efetuadas no ativo (capital) circulante da empresa. São os recursos de longo prazo (próprios ou de terceiros) que se encontram financiando ativos correntes (de curto prazo). Outro indicador de capital de giro utilizado na prática é o denominado capital de giro próprio. E calculado geralmente pela simples diferença entre o patrimonio liquido e oativo permanente. Nesse caso, a medida revela o volume de capital próprio da empresa que está financiando o ativo circulante e o realizável de longo prazo. 2. Definir equilibrio financeiro. Ficou demonstrado que o capital circulante liquido adequado deve cobrir as neces Sidades minimas (permanentes) de ativos circulantes de uma empresa, e as necessidades Sa20mai5 (curto prazo) de recursos são supridas por passivos circulantes. Nesse contexto exgosto, o investimento em giro a ser mantido deve igualar, no mínimo, o montante do aLvo circulante caracterizado como permanente, e esses recursos, visando à manutenção equilibrio financeiro da empresa, devem ser lastreados por fundos de longo prazo. UTlizando-se de fundos de curto prazo para financiar suas necessidades ciclicas (ou per- ntes) de capital circulante, a empresa, para manter sua posição de liquidez, assume uaiOr dependência pela renovação desses passivos, elevando seu risco financeiro. 3. Analisar as aplicações práticas de cada item circulante dentro das caracte-A Tisticas do mercado brasileiro. tiva, à produção de bens e serviços e, em consequência, a realização de vendas e res dtividades operacionais de uma empresa envolvem, de forma sequencial e repe Volrecebimentos. Nessas operações básicas procura a empresa obter determinado volume de lucros, eCiamento (credorese proprietários). É diante desse processo natural e permanente de fina de forma a remunerar as expectativas de retorno de suas diversas fontes 662 Curso de Administração financeira Assaf Neto | Lima todas as tases de suas ati. que sobresai o ciclo operacional da empresa, composto por todas as fases de vidades operacionais. 0 ciclo operacional completo, para o caso de uma empresa industrial, inicia. desem- a aquisição das matérias-primas, passa pela armazenagem, produção e venda e Com e é composto boca no efetivo recebimento das vendas realizadas. O ciclo operacional mento o de todas as fases operacionais da empresa, iniciando-se no momento do recebime das materiais a serem utilizados no processo de produção e encerrando-se na cohrado vendas realizadas. O ciclo econômico engloba fundamentalmente toda a base de produção da em ou seja, estocagem de matérias-primas, fabricação e venda. O ciclo financeiro (de caixa) identifica as necessidades de recursos da emoresa. ocorrem desde o momento do pagamento aos fornecedores até o efetivo recebimond empresa, oimento das vendas realizadas. Basicamente, o volume de capital de giro adequado para determinado negócio é a função da politica de produção e venda adotada, cabendo à administração da empresa adequar-se a esses critérios para delimitar suas necessidades de aplicações de curto prazo 4. Analisar as características do financiamento do capital de giro. O custo do crédito de longo prazo apresenta-se, em geral, mais caro que o de curto prazo. Essa desigualdade é explicada, basicamente, pelo risco envolvido na duração do empréstimo. Evidentemente, um credor assume maior risco ao comprometer a devoluão de seu capital emprestado por inco anos, por exemplo, em vez de em três meses. As me nores condições de previsibilidade da capacidade de pagamento do devedor impõem um custo adicional ao empréstimo. O tomador de recursos de longo prazo, por sua vez, obriga-se também a remunerar expectativas de flutuações nas taxas de juros por um tempo maior, as quais assumem geralmente um comportamento crescente em raz�o da incerteza associada à duração do empréstimo. Ou seja, quanto maior for o prazo de concessão de um empréstimo, maior será seu custo em razão do risco que o credor assume em não obter um retorno condizente com os padrões de juros da época. No dilema risco-retorno abordado, as decisões relativas ao financiamento do capital de giro assumem grande importância. Nesse processo, o passivo deve ser composto de forma que se mantenha, da melhor maneira possivel, o equilibrio entre o riscoeo retorno. TESTES DE VERIFICAÇÃO 1. Um indicador calculado pela relação capital circulante dividido pelas vendas deno a) A rentabilidade da empresa imobilizada em seu capital circulante líquid0. Cap. 24 Capital de Giro e Equilíbrio Financeiro b63 cão de capital circulante liquido em que a empresa possui visando a b) A proporção atender seu volume de vendas, esse indicador, maior a capacidade de auto-sustentaç Quanto menor ação da em-presa. Au2nto maior esse indicador, mais rapido a empresa recebe suas contas a receber. Um maior volume de recursos aplicados em estoques. nsiderando que o endividamento de longo prazo da empresa seja destinado a fi-2. Considerando que o anciar seu capital circulante liquido, um indice Exigivel Total (curto prazo e longo nra70) dividido pelo capital circulante líiquido igual a 1 significa que pra aA empresa mant�m um capital circulante liquido inferior ao seu volume de suas dividas de longo prazo. b) A empresa captou recursos de terceiros de logo prazo para financiar seus ativos permanentes. 0seu patrimönio liquido està em principio totalmente aplicado em ativos de lon- go prazo e permanente. d0 ativo circulante da empresa não é suficiente para quitar as dividas totais. e) A empresa mantém um capital circulante liquido igual ao seu volume de dividas de curto prazo. 3. ldentifique a expressão de cálculo correta: a) (AC-PC) = (PL + ELP) - (AP + RLP). b) CCL = AC. d CCL = AC+ Fornecedore d) CGP AC - PC. eCCL AT PL AC ativo circulante; PC: passivo circulante; PL: patrimônio liquido; ELP: exigivel a lon- 90 prazo; AP: ativo permanente; RLP: realizável a longo prazo; CCL: capital circulante iquido; CGP: capital de giro próprio; AT: ativo total. cpital circulante liquido (CCL) pode ser obtido pela seguinte expressão OCa 4. a) AC-PL b) AC-ELP. RLP-AP. d) PL+ELP -AP- RLP. e RLP ELP. 5. Classificando as sentenças a seguir como verdadeiras () ou fsl.. correta pela ordem é 664 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima alsas , a mdicarao 1- O capital circulante liquido é a parcela dos recursos de lonan s de investimento er de longo prazo propios de terceiros) destinada a financiar as necessidade iro as necessidades prazo,e as manentes de capital de giro sejam financiadas por dividas do dades I1 A abordagem do equilibrio tradicional sugere que todas a de longo necessidades sazonais (variáveis) sejam cobertas por passivos de cun prazo. fixos, como má quinas, I1- A parte fixa do ativo circulante é formada pelos bens fixose equipamentos etc. a) V;V:V. b) F;V;V. F;F; F d) VF;F e) V;V; F. 6. A gestão do capital de giro compreende as seguintes atividades, exceto: a) Politica de estocagem. b) Produção e venda de produtos. Compra de materiais. d) Politica de dividendos e) Prazo de recebimento das vendas. - ExErcíciOS PROPOSTOS 1. Suponha que uma empresa tenha realizado as sequintes operações em determinau exercicio social: aquisição de $ 9.500 de estoques, sendo $ 4.500 pagos no prp exercicio e $ 5.000 devidos quatro meses após o encerramento do exercidio, aua amor lucro tização de $ 2.800 de dívidas circulantes; ao final do exercício foi apurado unt liquido de $ 1.400; foi levantado um empréstimo bancário de curto prazo n s imo S 3.000 e um financiamento de longo prazo de $ 6.000; foram adquiridos u Valor de bilizados no valor de $ 9.000, sendo integralmente paqos no exercicio, a ac do ativo imobilizado atingiuS 800 no exercicio. Determine: a vaniagay inada por essas operações sobre o capital circulante líquido da empresa. Cap. 24-Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 665 dnc financeiros prospectivos da Cia. Giro demonstraram que suas necessidades totais 2ic de investimento em capital de giro, para cada trimestre do próximo exercício, vão de um ínimo de $ 000.000 até $ 38.000.000, ou seja: Periodos 1 trimestre 2 trimestre_ Necessidade de Financiamentollnvestimento S20.000.000,00 $ 27.000.000,00 30 trimestre S24.000.000,00 4 trimestre $ 38.000.000,00 Pede-se: al Descreva graficamente o comportamento sazonal (variável) e permanente (fixo) do capital de giro. h) Descreva graficamente a composição de financiamento de capital de giro segundo abordagens do "Equilibrio Financeiro Tradicional"e "Risco Mínimo". Considere ainda uma abordagem intermediária na qual os recursos passivos de longo prazo financiam também 50%% dos investimentos sazonais de capital de giro. 3 0 patrimônio líquido de uma empresa é de $ 6.000.000,00, o que corresponde a 60% do seu ativo permanente. A empresa possui direitos a receber no valor de $ 1.000.000 para daqui a 24 meses e financiamentos a pagar para daqui a 19 meses no valor de $4.000.000. Determine o olume de recursos a longo prazo (próprios e de terceiros) da empresa que se encontra aplicado em itens circulantes. 4. Uma empresa comercial, em fase de avaliaç�o de sua necessidade de investimernto em giro, apura, ao final do exercício de 2012, o seguinte balanço patrimonial: Passivo (S) 150.000 Empréstimos (CP) 670.000 350.000Financiamentos (LP) 1.000.000 2.170.000 (S) 70.000 360.000 470.000 Ativo Disponivel Duplicatas a Receber Estoque Permanente Fornecedores 1.270.000 Capital Social Total 2.170.000 Total 0S resultados projetados pela empresa para oprimeiro trimestre de 2013 são apre- sentados a seguir. Resultados projetados Receitas de Vendas CMV 3.770.000| (2.232.000) 1.538.000 (540.000) Lucro bruto |Despesas Operacionais Depreciaçaão Lucro Operacional Despesas Financeiras LAIR Provisão para IR 60.000)| 938.000 S0.000) 888.000 (355.200) 532.800 LL 666 Curso de Administração Financeira Assaf Neto | Lima de 45 dias, PMC de 18 A empresa trabalha com os seguintes prazos operacionais: PME de 45 dias PA ao trimestre atingem dias e PMPF de 15 dias. As compras de mercadorias previstas para o trimestre a $ 2.998.000 Complete o balanço final do trimestre, conforme apurado a seguir Passivo 400.000Empréstimos (CP) Fornecedores Provisão para IR 1.140.000 Financiamentos (LP) Capital Social Lucros Retidos Ativo (S) (S) 120.333 Disponivel Duplicatas a Receber Estoque Permanente ******'** *" *****"h*" '*********** *'| *******'****| 400.000 1.502.000 ************* Total 3.410.000 Total 3.410.000 Uma empresa projetou, para determinado periodo, as seguintes necessidades mini mas e máximas de investimentos em capital de giro: 5. |Valores a receber Estoques Investimento mínimo Investimento máximo $4.000.000,00 $ 7.000.000,00 S 7.000.000,00 $12.000.000,00 Por outro lado, as suas oportunidades de captação de recursos a curto prazo, também definidas em valores míinimos e máximos, estão previstas da forma seguinte Volume minimo de captação Volume máximo de captação a curto prazo $ 3.000.000,00 $ 3.000.000,00 a curto prazo $ 4.500.000,00 $6.000.000,00 Fornecedores Estoques Para um custo de capital de curto prazo inferior ao de longo prazo, pede-se: a) Determine o volume de capital circulante líquido que deve ser mantido pela em- presa visando maximizar o seu nível de rentabilidade. b) Admitindo que a empresa mantenha um ativo permanente de $ 35.000.000 e um patrimonio liquido de $ 26.000.000, que seu realizável a longo prazo é nulo e o custo do dinheiro a curto prazo (aplicável a todo passivo circulante) é de 12% a.a. e o de longo prazo de 15,5%, qual o montante de recursos de terceiros de longo praz0 necessårios em cada nivel de risco considerado? 6. Uma empresa está considerando um novo investimento produtivo que irá determinar alteraçães relevantes nas contas do circulante. A empresa tem um ativo circulante total de $ 920.000 e um passivo circulante total de $ 640.000. Como resultado da proposta de investimento, as seguintes variações são previstas nos níveis das contas de ativos e passivos circulantes. Determinar a variação, se houver, no capital circulante liquido que é esperada como resultado da proposta de investimento. Cap. 24 Capital de Giro e Equilibrio Financeiro 667 CONTA VARIAÇAO0 Contas a pagar Títulos negociáveis Estoques Duplicatas a pagar Empréstimos Duplicatas a receber Caixa +$ 40.000 $ 10.000 +S 90.000 +$ 150.000 +S 15.000 LINK DA WEB Cwww.institutoassaf.com.br> Fornece indicadores médios de liquidez das companhias abertas brasileiras. SUGESTÕES DE LEITURAS ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, C.A. Tibúrcio. Administração do capital de giro. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2012. ROSS Stephen A.;WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jefrey; LAMB, Roberto. Administra- ção financeira. 10. ed. São Paulo: McGraw-Hill/Bookman, 2015. RESPOSTAS DOS TESTES DE VERIFICAÇÃO 1. b 2. 3 a 4 d 5. e 6. d
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