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Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Neurohipófise, Diabetes insipidus e Hipopituitarismo Lobo posterior da hipófise É uma protuberância do tecido neural do hipotálamo ➝ neuro-hipófise; Secreta ADH e ocitocina ➝ são produzidos no hipotálamo, descem através do tecido neural e são armazenados na hipófise posterior; A liberação dos hormônios da hipófise posterior ocorre em resposta a impulsos neuronais do hipotálamo (núcleo paraventricular e núcleo supra-óptico); Equilíbrio hídrico Variação de líquido diário: 1 a 2%; Perda de água: 2,5 a 3 L/dia; Sede: 1,2L ➝ alimentos ou metabolismo oxidativo; restante ➝ ingestão de água e alimentos; ADH Regulação do equilíbrio hídrico; Potente vasoconstritor ➝ importante em casos de hemorragias; Regulação da função cardiovascular; Meia vida de 15 a 20 minutos (é rapidamente metabolizado pelo fígado); Função básica: redução da perda de H2O pelo corpo; Regulação do ADH: o Dois sistemas: Sistema volume/pressão; Sistema osmótico (osmolaridade plasmática); Estimuladores: ↑ da osmolaridade plasmática; ↓ do volume plasmático; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Queda da volemia e da pressão → estimula barorreceptores → aumenta ADH; o Receptores de volume: localizados nos átrios e sistema venoso pulmonar; o Receptores de pressão: no arco aórtico e seio carotídeo; Receptores osmóticos Localizados no cérebro; Osmolaridade: determinada pela concentração de Na+ → varia de 285 a 295 mOsm/ kg H2O; 1% de alteração na osmolaridade → aumenta ou diminui o ADH; Sede: é estimulada por alterações na osmolaridade (2 a 3%) e receptores de pressão no tórax → idosos têm a sensibilidade da sede alterada → desidratam facilmente; Cálculo da osmolaridade: 2x Na+ + glicemia/18 + Ureia/16 (normal: 285-295); Locais de ação do ADH Age via receptores V1, V2 e V3; V1: vasoconstrição; o Contração do músculo liso, síntese de PG e gliconeogênese hepática; V2: regula a reabsorção de água no túbulo distal; o Ações renais do ADH (proteína G – cAMP); V3: liberação do ACTH; Diabetes insipidus “Não tem açúcar na urina”; Distúrbio do metabolismo da água decorrente do não funcionamento da cascata metabólica do ADH; Poliúria hipotônica → gera como consequência uma hipernatremia; Poliúria Volume urinário > 3L (adulto); > 2 L/m² em crianças; → Dosar o volume de urina 24 horas; Causas: o Central: redução na secreção do ADH; o Nefrogênico: redução da resposta dos receptores renais a ação do ADH; o Polidipsia compulsiva: alteração psiquiátrica em que ocorre excesso no consumo de água (dessensibilização de receptores de ADH a nível renal); Diabetes insipido central ≥ 80% de destruição dos neurônios hipotalâmicos; Prevalência de 1:25 mil habitantes; Igual entre os sexos; Causas de DI Central: doença autoimune das células produtores de ADH; hipofisectomia completa ou parcial; cirurgias para remoção de tumores supra-selares; idiopático; tumores e cistos (intra e supra-selares); histiocitose X; granulomatose; infecções; trombose; Diabetes Insipidus Idiopático: sexo masculino (60%), média de início aos 20 anos; Diabetes na infância: 50% associado a tumores intracranianos (craniofaringioma); outras etiologias: idiopáticos, malformações cerebrais, infecções do SNC e histiocitose X; Quadro clínico: o Início abrupto; o Principais sintomas: poliúria, nictúria, polidipsia, anidrose (raro); o Volume urinário de poucos litros a 18 litros/dia; o Queixas após 4 litros/dia; o Predileção por bebidas geladas; o Acesso à água interrompido → hiperosmolaridade plasmática → manifestações neurológicas; Diabetes insípido nefrogênico Insensibilidade/resistência dos receptores renais ao efeito do ADH; Nefrogênica; Idiopática; Recessiva ligada ao X; Metabólica; Doença renal crônica; Medicamentosa: lítio, anfotericina, colchicina; o Lítio: DI: presente em 20 a 40% dos pacientes; Pode permanecer até 6 meses após a suspensão da medicação; Relacionado com a dose utilizada; DI nefrogênico congênito: primeiras manifestações durante a 1ª semana de vida → irritação, choro constante, êmese após amamentação, constipação persistente, febre inexplicável e irregular, dificuldade em ganhar peso; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Polidipsia primária Maioria por desordens psiquiátricas em que o indivíduo ingere grande quantidade de água independente da sensação fisiológica de sede; Ocorre mais em mulheres de meia idade; Uso de fenotiazina → boca seca → polidipsia; Pode ser induzida por lesão hipotalâmica em que afeta o centro da sede → sarcoidose; Leva a alteração nos osmorreceptores; Pode ter diurese de 10 a 20 litros por dia; Diabetes insípido associado à gravidez Rápida e excessiva degradação do ADH por uma vasopressinase ou ocitocinases (cisteína aminopeptidase) produzida pela placenta; 3º trimestre de gestação: poliúria e polidipsia; Reversão 3-6 semanas após o parto; Associação com pré-eclâmpsia e coagulopatias; Descrição de poliúria de até 25L/dia; Quadro clínico: Diagnóstico Poliúria > 40 mL/kg/dia; Polidipsia e sede; Hipernatremia Densidade urinária < 1005 ou Osmolaridade urinária < Osmolaridade plasmática; → Poliúria > 40 mL/kg/dia → não necessita fazer o teste de restrição hídrica; apenas o teste com o Desmopressina; Achados laboratoriais: o Densidade < 1010; o Uosm < 300 mOsm/kg; o ↑Na+ sérico; o ↑ADH plasmático; Avaliação radiológica: o RM: pesquisa de tumores ou outras patologias na região hipotalâmico-hipofisária; Perda do hipersinal em T1 (desaparecimento do ponto brilhante na hipófise posterior); Espessamento da haste hipofisária: DI idiopático, germinoma ou doenças granulomatosas; Ecografia das vias urinárias: dilatação ou saculação da bexiga, hidroureter e hidronefrose (poliúria por longos períodos); Diagnóstico diferencial Poliúria → volume urinário > 40 mL/kg/dia; Diabetes Melito; Distúrbios metabólicos; DI nefrogênica secundário ao uso de drogas; Teste de restrição hídrica DDAVP no DI Central → paciente retém água e a osmolaridade sanguínea diminui, a urina fica mais concentrada (osmolaridade da urina aumenta); DDAVP no DI Nefrogênico → não acontece nada, continua do mesmo jeito; Tratamento Diabete insipido central Desmopressina: análogo sintético da vasopressina de longa duração DDAVP (efeito antidiurético sem propriedades vasoconstritoras); Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo o Intra nasal, oral (menor absorção), intravenoso/subcutâneo; o 5 μg a noite → controlar a noctúria; o Manutenção: 10 a 20 μg – 1 a 2x/dia; Diabete insipido nefrogênico Refratário a desmopressina; Dieta pobre em sal; Tiazídicos: contração do volume extracelular, diminuição da oferta de fluidos no ducto coletor; Amilorida (poupador de potássio); Potássio; Antiiinflamatórios não esteroidal → diminuição da perda de água; Hipopituitarismo Acometimento funcional da secreção de vários hormônios da hipófise; Sintomas aparecem quando a lesão compromete > 75% do tecido; Causas: o Tumorais: adenoma de hipófise; craniofaringioma; meningeomas; gliomas; pinealomas; metástases (câncer de pulmão); o Compressiva: sela vazia (invasão da sela túrcica pelo ventrículo); aneurisma da artéria carótida; o Necrose ou Infarto: Síndrome de Sheehan; Apoplexia hipofisária; o Lesões infiltrativas: histiocitose X; sarcoidose; o Infecções: tuberculose; sífilis; abscessos; Manifestações clínicas TSH: hipotireoidismo secundário; GH: nanismo; aumento na gordura corporal; atrofiamuscular; ACTH: astenia; náuseas; vômitos; perda de peso; hipotensão; LH/FSH: falta de libido; alteração na fertilidade; alterações menstruais; perda dos caracteres sexuais secundários; atrofia ovariana; atrofia testicular; Síndrome de Sheehan Complicação “parto complicado”, geralmente hemorragia uterina; Necrose hipofisária no pós-parto; Fisiologia da hipófise na gravidez Hiperplasia fisiológica da hipófise; ↑vascularização; Regressão fisiológica; Fisiopatologia pós-parto Hemorragia; Diminuição do aporte sanguíneo; Vasoespasmo das arteríolas; Isquemia prolongada da hipófise; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Necrose hipofisária; Pan-hipopituitarismo; Deficiência de prolactina →impedimento da lactação; Síndrome da sela vazia Invaginação do conteúdo de liquor supra selar; Sintomatologia variável; Mulheres de meia-idade; acima do peso; HAS; Pós-cirurgia da hipófise, radioterapia ou infarto tumor da hipófise; Tratamento substitutivo hipopituitarismo ACTH: hidrocortisona, prednisona; TSH: Levotiroxina; FSH/LH: o Homens: testosterona; o Mulheres: estradiol + progesterona; ADH: desmopressina intranasal ou oral;
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