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Neoplasias malignas

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IRIS PIMENTEL 1 
 
 
 
Nomenclatura 
 
• Carcinoma 
o Tumores malignos do epitélio de 
revestimento 
• Sarcoma 
o Neoplasias malignas 
• Blastoma 
o Neoplasia de origem embrionária 
 
Neoplasias malignas 
 
• Crescimento proliferativo e independente 
• Reprodução e proliferação celular com 
mudança de diferenciação 
• Crescimento acelerado 
o Tende a destruir os tecidos adjacentes 
• Indolores (maioria) 
o Isso é um grande problema já que, 
quando há sintomatologia dolorosa a 
lesão está super evoluída 
• Alta recidiva 
• Metástase 
• Crescimento difuso (sentido variado), 
expansivo (aumento de volume), ulcerativo 
(destroem tecidos) 
 
Células neoplásicas sofrem alterações nos seus 
mecanismos regulatórios de multiplicações, adquirindo 
uma autonomia de crescimento e se torna 
independente de estímulos fisiológicos 
• Atividades celulares que se manifestam 
continuamente, sem regulação, são chamadas 
constitutivas 
o Para a célula tumoral, proliferação é 
atividade constitutiva 
 
O que diferencia a neoplasia de uma displasia e 
hiperplasia é sua autonomia de proliferação 
 
• Neoplasias malignas possuem crescimento 
rápido e provocam perturbações homes táticas 
graves que levam o indivíduo a morte 
 
 
Características Neoplasias 
Benignas 
Neoplasias 
Malignas 
Taxa de Cresc. Baixa Alta 
Figuras de mitose Raras Frequentes 
Grau de 
diferenciação 
Bem 
diferenciadas 
Bem ou 
anaplásicas 
Atipias celulares e 
arquiteturais 
Raras Frequentes 
Degeneração, 
necrose 
Ausentes Presente 
Tipo de 
crescimento 
Expansivo Infiltrativo 
Cápsula Presente Geralmente 
ausente 
Limites da lesão Bem definidos Imprecisos 
Efeitos locais e 
sistêmicos 
Geralmente 
inexpressivos 
Graves ou letais 
Recidiva Em geral ausente Presente 
Metástase Ausente Presentes 
 
Carcinogênese 
 
• Células tumorais se originam de células 
normais que sofreram alterações no DNA 
(fatores genéticos) ou em mecanismos que 
Neoplasias Malignas Patologia Geral 
Iris Pimentel 
16/05/2022 
 
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controlam a expressão genica (fatores 
epigenéticos) 
• A carcinogênese é um processo complexo, 
multifásico e dependente de fenômenos 
genéticos e epigenéticos 
• Fatores ambientais estão envolvido 
o Tabagismo, dieta rica em gorduras, 
obesidade, alimentos processados, 
alcoolismo, infecções, exposição a 
carcinógenos ambientais 
• A influência genética pode ser forte e 
determinante 
• Não há causa única para o câncer, ele é um 
resultado final de um processo complexo em 
vários estágios 
 
Ciclo Celular 
 
 
 
• Células que se dividem passam pelo ciclo 
celular 
• O ciclo é constituído de fases e a passagem de 
uma para outra é controlada por fatores de 
regulação 
o Atuam nos pontos de checagem 
(checkpoints) 
o Ciclinas controlam a passagem de G1 
para a fase S e da G2 para a mitose 
• O ciclo é interrompido caso haja erro em 
alguma das fases 
o O defeito pode ser reparado e o ciclo 
continua 
o Ou a célula irá sofrer apoptose 
• Na mitose há outro ponto de checagem 
o Promove a distribuição correta de 
cromossomos 
• Pontos de checagem impedem a formação de 
célula anômalas 
 
 
• A origem das células cancerosas está 
associada a anomalias na regulação do ciclo 
celular e à perda de controle da mitose 
o Genes controladores podem sofrer 
mutações 
o Seu funcionamento é alterado 
• Proto-oncogenes e genes supressores de 
tumor estão relacionados à regulação do ciclo 
o Proto-oncogenes estimulam a divisão 
celular 
o Genes supressores de tumor inibem a 
divisão celular 
• Mutações nos proto-oncogenes os 
transformam em oncogenes 
o Genes causadores de tumor 
• Mutações nos genes supressores de tumor 
afetam o sistema inibidor 
o O ciclo celular fica desregulado 
o Promove divisões celulares 
desordenadas e o surgimento de 
celular cancerosas 
• Telômeros 
o São segmentos de moléculas de DNA 
o Atuam como capas protetoras da 
extremidade dos cromossomos 
 
 
 
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• A cada ciclo celular, os telômeros são 
“desgastados” e encurtados 
o Até atingir um limite mínimo de 
tamanho que é incompatível com a 
vida da célula 
o Perdem a capacidade de proteção 
o As divisões celulares param e a célula 
chega ao fim da vida 
• Células cancerosas conseguem “driblar” esse 
sistema 
o A enzima telomerase atua repondo 
constantemente os telômeros 
o Permitindo que as células se dividam 
continuamente, sendo “imortais” 
 
 
Células cancerosas possuem autonomia dos sinais 
proliferativos 
 
• Produzem fatores de crescimento 
o Os proto-oncogenes sofrem mutações 
e se transformam em oncogenes 
o Oncogenes codificam fatores de 
crescimento 
• Células tumorais tem hiperexpressão de genes 
que acionam o ciclo celular (oncogenes) 
• Mutação com ganho de função oncogênica 
 
Células cancerosas são insensíveis aos fatores 
inibidores de mitose 
 
• Os genes supressores de tumor sofrem 
mutações, perdendo sua função 
• Perda da inibição por contato 
o Quando ocorre contato entre o 
glicocálix de duas células, há 
paralisação da divisão celular 
o Glicocálix: camada externa a 
membrana, conjunto de cadeias de 
carboidratos 
• Mutação genica permitindo ptn RAS ativada 
o A RAS transmite sinais estimulatórios 
de crescimentos, em células normais 
ela alterna entre inativa e ativa. 
o Em células cancerosas ficam somente 
ativadas, conduzindo a proliferação 
desordenada das células 
 
Características de células 
neoplásticas 
 
• Autonomia de sinais de proliferação 
o Produção de fatores de crescimento 
o Mutações ativadores de oncogenes 
que codificam fatores de crescimento 
e seus receptores 
o Hiperexpessão de genes que acionam 
o ciclo celular 
• Insensibilidade aos sinais inibidores de mitose 
o Mutação inativadora de genes que 
codificam moléculas reguladores 
o Mutação com perda de função ou 
deleção dos genes supressores de 
tumor que controlam o ciclo celular 
o Perda de inibição por contato 
• Evasão dos mecanismos de apoptose 
o Inibição de genes pró-apoptóticos 
o Hiperexpressão de genes anti-
apoptóticos 
o Inativação de proteínas responsáveis 
pelos checkpoints do ciclo celular 
• Autofagia 
o Degradação e reciclagem de 
componentes celulares 
o Induz a sobrevivência celular 
o Funções fisiológicas: 
desenvolvimento, diferenciação e 
manutenção da homeostasia 
o Pode permitir a sobrevivência da 
célula maligna à radioterapia e 
quimioterapia 
• Evasão de senescência replicativa 
o Senescência celular consiste na 
parada de divisão celular, isso 
envolve o tamanho dos telômeros. 
 
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o Células tumorais evitam a senescência 
através da telomerase, que conduz a 
estabilização dos telômeros 
• Imortalidade 
o Células normais tem vida limitada 
(cerca de 60 divisões) 
o Células malignas se multiplicam 
indefinidamente 
• Instabilidade genômica 
o Resulta de defeitos em genes de 
reparo do DNA e de estresse oxidativo 
durante a replicação 
o Facilita alterações na regulação 
genética e associa-se a progressão 
neoplásica 
o Mutações favorecem o surgimento de 
clones com propriedades que 
asselaram a malignização 
• Angiogênese 
o Promovem indutores de formação 
angiogênica 
o Vasos amplos, tortuosos e extensos 
o Formam novos vasos pois há 
necessidade de fornecimento de 
nutriente e oxigênio para seu 
crescimento 
o Relacionado com as metástases. Os 
vasos podem servir de vias para as 
células se espalharem 
• Adaptação metabólica 
o Importantes para suprir a energia 
necessária para manutenção da 
atividade proliferativa 
• Invasão e disseminação 
o Capacidade de invadir e deslocar-se 
o Células menos aderidas com mais 
capacidade de deslocamento 
o Podem se desprender do tumor e se 
deslocar 
o Invadem tecidos vizinhos ou formar 
metástase 
• Evasão da defesa imunitária 
o Células do sistema imunesão forçadas 
a cooperar, favorecendo a progressão 
da neoplasia 
• Resposta inflamatória 
o Recrutamento e indução de células 
inflamatórias 
o Adaptação da resp. imune a favor do 
crescimento tumoral 
• Funções celulares 
o Varia de acordo com a diferenciação 
celular 
o Ocorre devido a perda de 
diferenciação 
o Pode haver perda de função ou 
mudança 
o Cada vez que a célula se replica ela 
perde mais as características do 
tecido de origem (mal diferenciação), 
com isso suas funções são perdidas 
o Requer tratamentos mais invasivos 
 
Metástase 
 
• Propriedade mais importante das células 
malignas, mas nem sempre presente 
• Capacidade de invadir localmente, ganhar 
uma via de disseminação, chegar a sítios 
distantes e neles originar novos tumores 
(metástase) 
• A maior gravidade do câncer depende dessa 
capacidade 
• Formação de um novo tumor, em um local 
diferente do primário, sem ligação entre eles 
• Neoplasias benignas não originam metástase 
• Em muitos pacientes é a primeira 
manifestação clínica de um câncer 
• É um processo complexo e depende de 
inúmeras interações 
• 1- Destacamento das células da massa 
tumoral original 
o Depende de modificações na 
expressão de moléculas de adesão 
 
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• 2- Deslocamento dessas células através da 
matriz extracelular (MEC) 
• 3- Invasão de vasos linfáticos ou sanguíneos 
• 4- Sobrevivência da célula na circulação 
• 5- Adesão ao endotélio vascular no órgão que 
as células irão se instalar 
• 6- Saída dos vasos nesse órgão (diapedese) 
• 7- Proliferação no órgão invadido 
• 8- Indução de vasos para o suprimento 
sanguíneo da nova colônia 
• As metástases dependem que a célula 
encontre um tecido preparado para sua 
implantação e desenvolvimento 
 
Principais vias de disseminação 
 
• Qualquer tipo de câncer pode disseminar-se 
por diferentes vias 
 
Via linfática 
 
• Principal via de disseminação inicial de 
carcinomas 
• O primeiro sítio das metástases é o primeiro 
linfonodo na via de drenagem linfática do 
tumor, chamado linfonodo sentinela 
o Sua retirada e exame constituem 
procedimentos importantes na 
conduta de muitos canceres 
• Após o comprometimento da cadeia mais 
próxima, outros linfonodos situando adiante 
podem ser acometidos 
• Algumas vezes a metástase pode saltar o 
primeiro linfonodo 
• Linfonodos com metástase ficam 
aumentados, firmes, fixos e são indolores 
• Podem ser apalpados ou detectados por 
exames de imagens 
Via sanguínea 
 
• Células cancerosas que penetram a corrente 
sanguínea podem ser levadas a qualquer 
parte do corpo 
• O número de células malignas que 
conseguem penetrar em um vaso sanguíneo é 
muito maior do que o número daquelas que 
originam metástases 
• A presença de células malignas na circulação 
não indica obrigatoriamente a formação de 
metástases 
 
Características macroscópicas 
 
• Tumores podem ser císticos ou sólidos 
• Em geral são pouco delimitados, não 
possuem cápsula e comumente invadem os 
tecidos e estruturas vizinhas 
• Tipo nodular 
o O tumor forma uma massa expansiva 
que tende a ser esférica 
• Tipo vegetante 
o Massa exófitica que pode ser 
poliposa, papilomatosa ou em couve 
flor 
o Tendem a ulcerar-se precocemente 
• Tipo infiltrativo 
o Ocorre infiltração maciça da região 
acometida, mas sem formar nódulos 
ou vegetações 
o Órgão fica espessado, mas menos 
deformado 
• Tumor ulcerado 
o Sofre ulcerações precoce 
o A lesão infiltra-se nos tecidos 
adjacentes e ulcera-se no centro, 
formando uma cratera que 
geralmente tem bordas endurecidas, 
elevadas e irregulares 
o Tipo ulcerovegetante 
 
 
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Aspectos microscópicos 
 
• Todo tumor é formado de células neoplásicas 
(parênquima tumoral) e estroma 
conjuntivovascular 
• No início só existem células neoplásicas, a 
media que a lesão cresce surge o componente 
estromático 
• A partir de 2mm forma-se vasos sanguíneos na 
neoplasia 
• Neoplasias não possuem inervação 
• Alto índice mitótico 
o Figuras de mitose 
• Sangram e apresentam áreas de necrose 
• Não apresenta cápsula 
• Aumento da relação núcleo-citoplasma 
• Hipercromasia nuclear 
• Hipercelularidade 
• Pleomorfismo nuclear 
o Citoplasma se altera 
o Variações no volume e forma das 
células 
• Células apresentam atipias variadas, pois 
perdem diferenciação celular 
• Anaplasia 
o Atipia acentuada e perda completa das 
características morfológicas 
• Podem existir ilhotas ou cordões de células 
neoplásicas 
o Dão origem a novos tumores 
• Carcinoma in situ 
o Quando não há invasão do estroma 
subjacente 
• Processo inflamatório 
o O maior número de células 
inflamatórias pode indicar pior 
evolução 
• Displasia ou não 
• Camada basal desorganizada, ausência de 
lâmina 
 
Características do tecido neoplástico 
 
• Bem diferenciados 
o Células do tumor mais próximas do 
local de origem 
o Mais fácil de tratar 
• Pobremente diferenciado 
o Células tumorais com alterações 
morfológicas, porém ainda com 
características do tecido de origem 
• Pouco diferenciado 
o Células tumorais com pouca ou 
nenhuma característica do tecido de 
origem 
o Dificulta o reconhecimento de 
metástase 
o Tratamento mais agressivo 
 
Carcinoma de células escamosas 
(CEC) ou carcinoma 
epidermoide/espinocelular 
 
• Representa cerca de 90% de todas as 
neoplasias malignas da boca 
o Inclui-se lábio e orofaringe 
• Mais comum em homens do que em 
mulheres 
• Acometimento maior em pacientes acima dos 
65 anos 
• Tabagistas e etilistas 
• A causa é multifatorial, não tem fator 
etiológico, e sim fatores de risco 
 
 
 
Etiopatologia 
 
• Fatores extrínsecos 
o Fumo (tabagismo) 
 
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▪ Contém mais de 70 
substancias carcinogênicas 
▪ Fumar produz radicais livres e 
substancias oxidantes 
▪ Hábito de grande parte dos 
pacientes de CEC 
o Álcool 
▪ Aumenta consideravelmente o 
risco 
▪ O etanol é metabolizado em 
acetaldeído (agente 
carcinogênico) 
▪ Pode ajudar a solubilizar 
outros agentes carcinogênicos 
e aumentar a permeabilidade 
do epitélio oral 
o Radiação solar (lábios) 
o Microrganismos 
o Agrotóxicos 
• Fatores intrínsecos 
o Incluem estados sistêmicos ou 
generalizados 
o Desnutrição (falta de vitaminas e sais 
minerais) 
o Anemia por deficiência de ferro 
o Imunossupressão 
o Genes e oncogenes supressores de 
tumor 
 
Lesões potencialmente malignas que podem 
preceder 
 
• Leucoplasia 
• Eritroplasia 
• Eritroleucoplasia 
• Queilite actínica 
• Leucoplasia verrucosa proliferativa 
• Palato nicotínico em tabagistas invertidos 
 
Características clínicas e radiológicas 
 
• Durante a fase inicial de crescimento a 
sensibilidade dolorosa é mínima 
o Atraso na busca de cuidado 
profissional 
• Apresentação clinica variada 
o Exofítica (aumento de volume, 
vegetante, papilífera, verruciforme) 
o Endofítica (invasiva, escavada, 
ulcerada) 
o Leucoplásica (mancha branca) 
o Eritroplásica (mancha vermelha) 
o Eritroleucoplásica (mistas) 
• Superfície endurecida 
 
 
Lesão exofítica 
 
 
Lesão endofítica 
 
Carcinoma do vermelhão do lábio 
(CEC do lábio) 
 
• Pessoas de pele clara 
• Homens 
• Exposição crônica a radiação UV do sol 
o 70% dos indivíduos tem ocupação ao 
ar livre 
• Geralmente associada à queilite actínica 
• Pode surgir no local onde o paciente mantem 
um cigarro, charuto ou cachimbo 
• 90% das lesões em lábio inferior 
• Ulceração endurecida, indolor, crostosa e 
exsudativa 
• Pode causar destruição considerável do lábio 
se diagnosticada tardiamente 
 
 
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Carcinoma intraoral (CEC intraoral) 
 
• Maioria na língua, em lateral posterior e 
superfícies ventrais e assoalho bucal 
• Pode acometer gengiva, mucosa jugal, labial e 
palato duro 
• 50% emborda lateral de língua 
• Massas ou úlceras indolores 
 
 
 
Carcinoma orofaríngeo 
 
• Palato mole, base da língua, região tonsilar e 
parede posterior da faringe 
• 70% dos carros ocorre nas regiões das 
amígdalas 
• Lesões passam despercebidas por muito tempo 
• Dor na garante persistente, dificuldade em 
engolir, dor à deglutição 
 
 
 
Características histopatológicas 
 
• CEC se origina do epitélio displásico 
• Caracterizado por ilhas e cordões de células 
epiteliais malignas 
• Originárias de um epitélio com displasia 
epitelial 
• Desorganização da lâmina basal e invasão da 
lâmina própria 
• Células epiteliais individuais, lençóis ou ilhas 
de células proliferam para o interior do tecido 
conjuntivo 
• Invasão perineural 
o Células neoplásicas rompem o 
perineuro que envolve os feixes de 
nervo 
• Invasão vascular 
o Células invadem o lúmen de veias ou 
vasos sanguíneos 
• Grande resposta infamatória ou imune 
invadindo o epitélio 
• Necrose pode estar presente 
• Desmoplasia ou alteração cirrótica 
o Indução de densa fibrose 
• Neoformação vascular 
o Angiogênese 
• Hipercromatismo nuclear 
o Maior atividade celular 
o Mais ácido 
o Hematoxilina (cor roxo/azul-purpura) 
• Citoplasma eosinofílico 
• Relação núcleo-citoplasma aumentada 
• Pleomorfismo nuclear 
o Alterações 
• Pérolas de queratina 
o Focos arredondados de camadas 
concêntricas de queratina fora do 
local onde normalmente são 
produzidas 
o Interior do epitélio neoplásico 
o Eosofílica 
• Mitoses atípicas 
 
 
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Invasão perineural 
 
 
Pérolas de queratina 
 
• O Carcinoma espinocelular de boca caracteriza-
se histopatologicamente por ilhas e cordões 
invasivos de células epiteliais escamosas 
malignas que crescem como entidades 
independentes dentro do tecido conjuntivo 
sem ligação com o epitélio de superfície. A 
invasão é caracterizada pela extensão irregular 
do epitélio da lesão através da membrana basal 
pra dentro do tecido conjuntivo subepitelial. 
Células invasoras e massas de células podem se 
estender profundamente para o tecido 
adiposo subjacente, para o músculo e para o 
osso,destruindo o tecido original conforme 
progridem na invasão. 
• Freqüentemente existe uma intensa resposta 
celular inflamatória ou imune ao epitélio 
invasor, e áreas focais de necrose podem estar 
presente. 
• O diagnóstico do carcinoma espinocelular é 
quase sempre feito com o microscópio de 
rotina. (NEVILLE et al.,2004) 
• Os carcinomas espinocelulares intrabucais 
apresentam considerável variação histológica. 
Os núcleos das células neoplásicas são 
grandes e podem apresentar grande variação 
na intensidade de coloração. 
• Alguns autores estabeleceram uma 
significante correlação entre histologia pouco 
diferenciada e prognósticos pobres, mas 
outros não encontraram nenhuma 
associação. (MASSANO et al.,2006) 
• CRISSMAN et al. constataram que a invasão 
dos espaços vasculares pelas células 
neoplásicas era individualmente o mais 
importante parâmetro na revisão da 
disseminação metastática, estando 
invariavelmente associada ao modelo de 
invasão. 
• A profundidade de invasão é um outro 
parâmetro microscópico de elevada 
importância à previsão do aparecimento de 
metástases regionais. BOYCE et al., 
demonstrou que o aumento em 
profundidade da neoplasia de 3 mmn para 15 
mm a elevação do percentual de lesões com 
invasão vascular de 3 para 69%, tornando a 
probabilidade do tumor produzir metástases 
5 vezes maior.

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