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CITOPATOLOGIA E CITOLOGIA CLINICA Slides ll

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Profa. MSc. Juliana Garcia
UNIDADE II
Citopatologia e
Citologia Clínica
Classificação de Papanicolaou – nomenclatura europeia
 Classe I – citologia normal, ausência de células atípicas;
 Classe II – citologia inflamatória, células atípicas sem sinal de malignidade: displasia leve; 
displasia moderada;
 Classe III – Displasia acentuada, citologia atípica sugestiva de malignidade;
 Classe IV – Carcinoma “in situ”, citologia atípica sugestiva de malignidade;
 Classe V – Carcinoma invasor, citologia atípica conclusiva de malignidade; 
 Entretanto, essa classificação não se preocupava com a 
possibilidade de lesões precursoras, mas apenas verificava 
presença ou ausência de células malignas. Além disso, não era 
possível fazer uma correlação com os aspectos 
histopatológicos (INCA, 2012).
Classificações do exame citopatológico cérvico-vaginal
Classificação de Reagan
 No final dos anos 1950, James W. Reagan levou em consideração as alterações histológicas 
e introduziu o termo displasia para distinguir o epitélio normal de um epitélio cervical anormal 
(atípico), bem como um carcinoma in situ.
 E essa classificação foi dividida em: normal, com atipia, displasia leve.
 Moderada, acentuada (que depende do grau de comprometimento da espessura epitelial por 
células atípicas).
 Carcinoma in situ e carcinoma escamoso ou adenocarcinoma. 
No entanto, o diagnóstico continuava inespecífico, e não 
correlacionou direto com o prognóstico da lesão.
Classificação de Reagan
Classificação de Richart (americana – NIC, neoplasia intracervical)
 Sugere outra nomenclatura para o diagnóstico citológico das alterações invasivas no epitélio 
escamoso do colo do útero, que denominou Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC), 
substituindo as displasias e carcinoma in situ, classificado em: 
 Neoplasia Intraepitelial Cervical grau I (NIC I), que se refere à displasia leve; 
 Neoplasia Intraepitelial Cervical grau II (NIC II), corresponde à displasia moderada;
 Neoplasia Intraepitelial Cervical grau III (NIC III), que está 
relacionada à displasia severa e carcinoma in situ.
Classificação de Richart 
 Classificação de Bethesda: discordâncias encontradas entre os diagnósticos 
citopatológicos e os achados histológicos, em 1988 um grupo de pesquisadores (citologistas, 
histopatologistas, ginecologistas, entre outros) participou da conferência em Bethesda, 
Maryland (EUA), onde ajudaram a desenvolver uma nova nomenclatura, designada como 
Sistema de Bethesda, com objetivo de padronizar as descrições dos achados 
citopatológicos. 
 Estabeleceu-se que, para representar o epitélio escamoso, 
deve-se usar a sigla ASC (do inglês, Atypical Squamous Cells) 
que significa atipia de células escamosas. Muitas vezes podem 
representar como alterações sugestivas de lesão intraepitelial 
escamosa de baixo grau, no entanto, não apresentam um 
resultado qualitativamente ou quantitativamente para a 
interpretação definitiva.
Classificações do exame citopatológico cérvico-vaginal
ASC é subdividida em dois grupos:
 ASC-US (do inglês, Atypical Squamous Cells of Undetermined Significance); 
 ASC-H (do inglês, Atypical Squamous Cells cannot exclude High-Grade Squamous
Intraepithelial Lesions).
 ASC-US significa a presença de atipia de células escamosas 
de significado indeterminado. É comum encontrar no laudo 
citopatológico cérvico-vaginal o resultado de ASC-US. 
Entretanto, não significa necessariamente que são alterações 
malignas, podem ser resultado de uma inflamação e até 
desaparecer espontaneamente. 
 A sigla ASC-H representa atipia de células escamosas de 
significado indeterminado, não excluindo lesão de alto grau. 
Classificação de Bethesda
 Pelo sistema de Bethesda, quando são observadas alterações nas células escamosas, é 
utilizada a sigla LSIL (do inglês, Lowgrade Squamous Intraepithelial Lesion) que representa 
lesão intraepitelial escamosa de baixo grau, considerada uma displasia leve e NIC grau I. 
 Quando estas alterações são caracterizadas por alterações na morfologia da célula é 
sugestivo de invasão com grande probabilidade de ser uma lesão pré-maligna. Neste caso é 
utilizada a sigla HSIL (do inglês, High Grade Cervical Squamous Intraepithelial Lesion), que 
significa lesão intraepitelial escamosa de alto grau, sendo considerada displasia moderada a 
severa (NIC graus I e III). 
 LSIL é menos provável que ocorra uma progressão para o 
carcinoma invasivo. HSIL podem evoluir para um carcinoma 
invasivo dependendo da infecção causada por tipos de HPV.
Classificação de Bethesda
 O termo AGUS (do inglês, Atypical Glandular Cells of Undetermined Significance) foi inserido 
e significa a presença de atipia de células glandulares de significado indeterminado, estas 
alterações em células epiteliais glandulares podem compreender células endocervicais e 
endometriais. E tais alterações morfológicas significativas podem evoluir para 
carcinoma in situ.
Classificação de Bethesda
Evolução da nomenclatura citopatológica e histológica
Fonte: Adaptado de: INCA, 2016 ,p.26.
Classificação
citológica de 
Papanicolaou 
(1941)
Classificação 
histológica da 
OMS (1952)
Classificação 
histológica de 
Richart (1967)
Sistema 
Bethesda
(2001)
Classificação 
Citológica 
Brasileira 
(2006)
Classe I Negativo Negativo Negativo Negativo
Classe II Negativo Negativo
Alterações 
benignas
Atipias de 
significado 
indeterminado
Alterações
benignas 
Atipias de 
significado 
indeterminado
Classe III
Displasia leve
Displasia 
moderada
Displasia 
acentuada
NIC I
NIC II
NIC III
LSIL
HSIL
HSIL
LSIL
HSIL
HSIL
Classe IV
Carcinoma in
situ
NIC III
HSIL
Adenocarcinoma
in situ
HSIL
Adenocarcinoma
in situ
Classe V
Carcinoma 
invasor
Carcinoma 
invasor
Carcinoma 
invasor
Carcinoma 
invasor
Os tipos de adequação da amostra são descritos a seguir:
 Satisfatório para avaliação: descrever a presença ou ausência de células 
endocervicais/zona de transformação e quaisquer outros indicadores de qualidade. 
Por exemplo, presença parcial de hemácias, inflamação, entre outros etc.
 Insatisfatório para avaliação: necessário especificar o motivo pelo qual a amostra 
foi rejeitada ou não processada. Ou especificar o motivo se a amostra foi processada e 
avaliada, no entanto, foi considerada insatisfatória para avaliação de anormalidade epitelial.
 Como um bom indicador da qualidade do exame, considera-se 
a presença de células metaplásicas ou endocervicais, 
representativas da junção escamocolunar (JEC). Isto ocorre 
devido ao fato delas se originarem no local onde se apresenta 
a maioria dos cânceres de colo do útero.
Adequação da amostra
 Colpocitologia oncótica, em lâminas, material vaginal e colo uterino.
 Citologia oncótica cérvico-vaginal. 
Material
 Citologia convencional – esfregaço(s) em lâmina(s).
Número de lâminas
 1 lâmina.
Adequação do material
 Espécime satisfatória para avaliação.
Exemplo de laudo
Epitélios representados na amostra
 Escamoso;
 Glandular.
Interpretação
 Negativo para lesão intraepitelial e malignidade.
 Alterações celulares benignas reativas e/ou reparativas. 
 Inflamação.
Exemplo de laudo
Observações
 Exsudato neutrofílico.
 Presença de hemácias.
Microbiologia
 Lactobacillus sp.
Exemplo de laudo
 O exame colpocitológico (Papanicolaou) é um exame de rastreamento que auxilia a detecção 
do câncer cervical e as lesões precursoras ou pré-malignas. Resultados falso-positivos e 
falso-negativos podem ocorrer. O teste deve ser realizado em intervalos regulares de tempo. 
Resultados negativos em 3 anos consecutivos reduzem a possibilidade de falso-negativo a 
menos de 1%. Resultados positivos devem ser confirmados histologicamente antes de 
qualquer procedimento terapêutico definitivo. 
Exemplo de laudo
 Referências: 1- Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero/ 
Instituto Nacional de Câncer.Coordenação Geral de Ações Estratégicas.
 Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Rio de Janeiro: INCA, 2016. ISBN 978-85-
7318-184-5. 
 2- Nayar R, Wilbur DC. The Bethesda System for Reporting Cervical Cytology: Definitions, 
Criteria and Explanatory Notes. 3rd ed. London: Springer; 2015. 
 Laudado por: CRM DRA. //////////
 Citotécnico:///////////
Exemplo de laudo
 De acordo com seu conhecimento, observe a figura, sobre as características das células no 
esfregaço cérvico-vaginal, qual seria a classificação a ser representada?
Interatividade
Fonte: https://screening.iarc.fr/atlascyto_detaail.php?flag=o&lang=4&Id=cyt14611&cat=f1c2
Representa: NIC III (HSIL) - citoplasma e relação núcleo.
Bethesda
Quando estas alterações são caracterizadas por alterações na morfologia da célula é sugestivo 
de invasão com grande probabilidade de ser uma lesão pré-maligna. Neste caso é utilizada a 
sigla HSIL (do inglês, High Grade Cervical Squamous Intraepithelial Lesion), que significa lesão 
intraepitelial escamosa de alto grau, sendo considerada displasia moderada a severa (NIC 
graus I e III).
Resposta
Critérios de inflamação em relação 
ao citoplasma:
 Citoplasma esgarçado.
 Borda citoplasmática dobrada.
 Apagamento ou perda da borda 
citoplasmática.
 Metacromasia: dupla tonalidade de cores.
 Ceratinização: citoplasma enrugado 
(amarelo, vermelho ou alaranjado).
Achados encontrados no exame citopatológico cérvico-vaginal
Critérios de inflamação em relação 
ao núcleo:
 Cariopicnose: ocorre em células 
superficiais, núcleo se constringe, 
sem cromatina.
 Cariomegalia: núcleo assume proporções 
gigantescas (radiação, quimio).
 Cariorrexe: cromatina se condensa em 
várias partículas, núcleo fragmentado.
 Rarefação do núcleo: cromatina se dissolve 
e se torna indistinta, cora-se palidamente.
 Multinucleação: células escamosas e 
colunares, algumas vezes, mostram dois ou 
mais núcleos dentro do citoplasma.
Critérios de malignidade:
 Aumento do volume nuclear – cariomegalia.
 Hipercromasia.
 Distribuição irregular da cromatina.
 Presença ou não de nucléolos aumentados em tamanho e número.
 Forma irregular do núcleo – polimorfismo.
 Multinucleação.
 Espessamento irregular da membrana.
 Alteração da relação núcleo/citoplasma aumentado.
 Chanfradura nuclear.
Achados encontrados no exame citopatológico cérvico-vaginal
Hiperplasia:
 Multiplicação celular.
 Células arranjadas, pequenas, 
poligonais, com bordas pouco definidas.
 Citoplasma cianofílico, 
fortemente agregado.
 Núcleo pequeno e uniforme de 
cromatina finamente granular, 
nucléolo ausente.
Achados encontrados no exame citopatológico cérvico-vaginal
Discariose: 
 Variação de forma e volume dos núcleos das 
células do epitélio pavimentoso.
Alterações: 
 Aumento do volume nuclear;
 Hipercromatismo;
 Padrão cromático alterado;
 Disqueratose – definição: células escamosas 
anormais, com maturação exagerada do 
citoplasma e diferenciação anormal do núcleo; 
 Diátese: células muito pequenas, geralmente 
isoladas ou pouco maiores que linfócitos, 
apresentando escasso ou ausente citoplasma, 
núcleos densamente hipercromáticos e com 
cromatina muito grosseira com espaços vazios.
Discariose
Displasia 
leve
Displasia moderada
Displasia 
acentuada
Carcinoma microinvasor
Carcinoma “in situ”
Carcinoma 
invasor
Critérios de malignidade
 Células discarióticas superficiais e 
intermediárias, ausência de restos, necróticas, 
presença ou não de processo inflamatório;
Características: 
Citoplasma
 Maduro, bem preservado;
 Cianofílico ou eosinofílico;
 Relação núcleo citoplasma ligeiramente 
aumentada.
Graduação das lesões cérvico-vaginais:
Displasia leve – NIC I – Classe II – LSIL 
Características: 
Núcleo
 Volume moderadamente aumentado;
 Formato arredondado ou oval;
 Membrana nuclear lisa e fina;
 Presença de cariossoma;
 Nucléolos não são proeminentes;
 Hipercromasia leve.
Cromatina
 Finamente granular;
 Aumentada e distribuída de forma 
homogênea.
 Na lesão intraepitelial escamosa de baixo grau, as células escamosas superficiais e 
intermediárias observadas nos esfregaços cérvico-vaginais apresentam citoplasma 
abundante apesar das atipias nucleares, além disso, também há boa maturação celular, os 
núcleos com mais de três vezes o tamanho do núcleo de células intermediárias normais, 
binucleação e multinucleação são comuns e frequentemente apresentam coilocitose.
Graduação das lesões cérvico-vaginais:
Displasia leve – NIC I – Classe II – LSIL 
Fonte: https://screening.iarc.fr/atlascyto_detail.php?flag=0&lang=4&Id=cyt14924&cat=F1b
 Células discarióticas intermediárias e 
parabasais; Ausência de restos necróticos; 
Presença ou não de processo inflamatório.
Características:
Núcleo
 Aumento de volume;
 Formato arredondado, elíptico e irregular;
 Membrana irregular e espessa.
Displasia moderada – NIC II – Classe II – HSIL 
Características:
Cromatina
 Grosseira e irregular;
 Presença ou não de nucléolos;
 Hipercromatismo mais acentuado.
Citoplasma
 Forma poligonal ou arredondada;
 Cianofílico com membrana definida;
 Relação núcleo/citoplasma ainda 
mais aumentado.
 Célula binucleada (seta) com dois núcleos 
aumentados de tamanho e hipercromáticos.
Displasia moderada – NIC II – Classe II – HSIL 
Fonte: https://screening.iarc.fr/atlascyto_detail.php?flag=0&lang=4&Id=cyto7891&cat=F1a1c
 A lesão intraepitelial escamosa de alto grau acomete as células mais profundas 
(intermediárias, parabasais e basais) do epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. 
Estas células podem ser observadas no esfregaço cérvico-vaginal isoladas em grupos ou 
agregados tipo sincício, além disso, podem apresentar células parabasais com núcleo 
aumentado, contornos nucleares irregulares, com anisocariose e anisocitose em uma 
população homogênea de células.
 São caracterizadas por apresentarem células do tipo 
metaplásicas imaturas ou que parecem com as células de 
reserva, células ovais ou redondas, há um aumento em relação 
ao núcleo e citoplasma, e apresentam aumento do volume 
nuclear, irregularidades marcadas na borda do núcleo e 
citoplasma delicado, denso ou queratinizado, além da presença 
de pequenos vacúolos.
Displasia acentuada – NIC III – Classe III – HSIL
 Células discarióticas profundas basais e 
parabasais; Ausência de restos necróticos; 
Conhecidas como displasia irregular ou alto 
risco de se transformar em maligna; 90% das 
displasias severas evoluem para câncer.
Características:
Cromatina
 Grosseira, com formação de grumos densos 
com aspecto de sal com pimenta.
Displasia acentuada – NIC III – Classe III – HSIL
Características:
Núcleo
 Aumento de tamanho;
 Formato irregular;
 Presença ou não de nucléolos;
 Membrana nuclear espessa e irregular com 
dobras e fissuras.
Citoplasma 
 Pequeno cianofílico;
 Formato arredondado;
 Relação núcleo/citoplasma 
totalmente aumentado.
 Células parabasais com núcleos 
aumentados, contornos nucleares 
irregulares (setas) e cromatina grosseira.
Displasia acentuada – NIC III – Classe III – HSIL
Fonte: https://screening.iarc.fr/atlascyto_detail.php?flag=0&lang=4&Id=cyt14611&cat=F1c2
Carcinoma escamoso (epidermoide) invasor:
 O carcinoma escamoso (epidermoide) invasor acomete todas as células epiteliais, 
normalmente em abundância no esfregaço cérvico-vaginal. 
 Além disso, estas células podem descamar sozinhas ou em arranjos (sincícios) e 
apresentam tamanho variável, com seu formato ovalado, esférico, alongado ou bizarro. 
 Os citoplasmas normalmente configuram uma coloração cianofílica e às vezes eosinofílica. 
Neoplasias malignas cérvico-vaginais
 O núcleo apresenta tamanho variável, 
hipercromático, distribuição muito irregular da 
cromatina, membrana nuclear irregular e os 
nucléolos estão presentes. A presença de 
mitoses atípicas pode ser vistana amostra, 
também pode ser evidenciada inflamação 
acentuada e materiais necróticos, tais como: 
sangue, fibrina, células inflamatórias, restos 
celulares, material proteináceo denominado 
de diátese tumoral,
Neoplasias malignas cérvico-vaginais
que é uma característica do carcinoma 
invasivo. 
 Células malignas pleomórficas, isoladas 
ou agrupadas, às vezes queratinizadas ou 
necróticas, com formas bizarras (setas). 
Fundo inflamatório, hemorrágico e necrótico
Fonte: https://screening.iarc.fr/atlascyto_detail.php?flag=0&lang=4&Id=cyt10131&cat=F1d
Adenocarcinoma endocervical in situ:
 O adenocarcinoma in situ ocorre em células endocervicais (epitélio cilíndrico simples), 
causando alterações nestas células, mas sem invasão tecidual. Quando é analisado o 
esfregaço cérvico-vaginal, observa-se que as células apresentam formato cuboide ou ainda 
paliçadas (tiras ou arranjos) em aglomerados, às vezes sobrepostas como rosetas ou 
arranjos glandulares que correspondem aos conjuntos circulares de células com núcleos 
periféricos e citoplasma voltado em direção ao centro. 
 A perda do padrão em favo de mel é evidente e raramente 
encontramos células anormais isoladas. Aumento da 
celularidade na forma de amplos agrupamentos epiteliais e o 
citoplasma das células é cianofílico e mal definido. Os núcleos 
são hipercromáticos e volumosos, com variação de tamanho e 
muitas vezes apresentam cromatina granular. Nucléolos únicos 
ou ausentes. Além disso, possuem as bordas franjadas 
(plumagem) devido à protrusão nuclear.
Neoplasias malignas cérvico-vaginais
 Adenocarcinoma endocervical
in situ (AIS): grande aglomerado 
de células colunares atípicas do 
tipo endocervical, com núcleos 
ovais, aumentados de tamanho, 
às vezes alongados (setas). O 
aspecto em plumagem (feathering) 
é nitidamente observado na 
periferia do aglomerado. 
Neoplasias malignas cérvico-vaginais
Fonte: https://screening.iarc.fr/atlascyto_detail.php?flag=0&lang=4&Id=cyto6152&cat=F2b
Adenocarcinoma endocervical invasivo:
 Características importantes do adenocarcinoma invasivo que são observadas nos 
esfregaços, tais como: pleomorfismo nuclear, bordas nucleares espessas e irregulares, a 
cromatina irregularmente distribuída, presença de nucléolos mais proeminentes e diátese 
tumoral, quando presentes, indicam invasão. 
 Contudo, as células apresentam uma formação arquitetural 
paliçada ou colunar das células endocervicais (epitélio cilíndrico 
simples) e podem se apresentar em aglomerados papilar ou 
glandular, mitoses são mais frequentes. 
 O citoplasma claro pode apresentar vacúolos discretos
e escassos.
Neoplasias malignas cérvico-vaginais
 Adenocarcinoma invasor: aumento 
médio de uma área com uma 
população significativa de células 
colunares atípicas, dispostas em 
agregados irregulares. Notar também 
a presença de células atípicas bem 
preservadas isoladas. Enorme 
desorganização e dispersão celular. 
Neoplasias malignas cérvico-vaginais
Fonte: https://screening.iarc.fr/atlascyto_detail.php?flag=0&lang=4&Id=cyt16235&cat=F2c
Adenocarcinoma endometrial
 O adenocarcinoma endometrial acomete as células endometriais (epitélio cilíndrico simples). 
As características citológicas do adenocarcinoma endometrial observado no esfregaço são 
células isoladas ou distribuídas em pequenos conjuntos, citoplasma escasso, cianofílico e 
vacuolizado. Também pode ter variação do tamanho nuclear, perda da polaridade nuclear, 
hipercromasia moderada com a cromatina irregularmente distribuída, pode ser evidenciada a 
presença de nucléolos, que é proporcional ao aumento do grau da lesão. Contudo, em cerca 
de um terço dos casos pode ser vista a presença de diátese tumoral. 
Neoplasias malignas cérvico-vaginais
Fonte: 
https://screening.iarc.fr/atlascyto_detail.p
hp?flag=0&lang=4&Id=cyt19074&cat=G1
Nas neoplasias malignas cérvico-vaginais, a classificação é de grande aglomerado de células 
colunares atípicas do tipo endocervical, com núcleos ovais aumentados de tamanho, às vezes 
alongados. O aspecto em plumagem (feathering) é nitidamente observado na periferia do 
aglomerado. Refere-se a qual neoplasia?
Interatividade
Adenocarcinoma endocervical in situ.
Resposta
Citologia em meio líquido:
 Surgiu na década de 1990 para realização de exames citopatológicos para o rastreamento 
do câncer do colo do útero. Esta técnica surgiu para resolver algumas limitações da citologia 
convencional, por exemplo, sobreposição celular ou baixa representatividade celular no 
esfregaço, causada por uma coleta inadequada ou até mesmo amostra insuficiente. Diante 
disso, foi desenvolvido um sistema que retém apenas as células epiteliais e remove 
artefatos, sangue ou muco. 
 Consequentemente, esta metodologia aumenta a sensibilidade, 
especificidade e melhora a eficiência no manejo de amostras, e 
também na produtividade do laboratório. Outro aspecto 
importante é a possibilidade de realizar testes complementares 
como de biologia molecular no mesmo material encaminhado 
para o estudo citológico. 
Outros métodos diagnósticos complementares à citopatologia 
cérvico-vaginal
 O procedimento técnico da citologia em meio líquido consiste na suspensão e centrifugação 
de células provenientes do material coletado em líquido fixador, obtendo-se, a seguir, uma 
fina camada de células sobre a lâmina. Com menor quantidade de matriz de fundo, a 
citologia em meio líquido também foi chamada de citologia de monocamada ou camada fina.
 Vantagens: melhor preservação celular e distribuição das células analisadas; também reduz 
a quantidade de muco, exsudato inflamatório e hemácias. Diminui o tempo de leitura, 
além disso, é possível repetir o teste da amostra sem a necessidade de coletar uma nova 
amostra. Pode ser usado para testes de biologia molecular para vírus como o Papiloma vírus 
humano, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, entre outros microrganismos 
patogênicos e o número de amostras insatisfatórias para avaliação diminui também. 
 As desvantagens são o alto custo de equipamentos, 
manutenção e treinamento técnico.
Citologia em meio líquido 
ThinPrep (Pap test)
 O método ThinPrep (Pap test) significa em português preparado fino.
 É realizado o preparo da lâmina microscópica da citologia em base líquida, que pode ser 
realizada por equipamentos semiautomatizados (ThinPrep Processor 2000) ou 
completamente automatizados, que depois passam por um processo de filtragem do líquido 
que impede que artefatos, hemácias, células inflamatórias e elementos de obscurecimento 
sejam transferidos para a lâmina. 
 No final, permite que a transferência do material seja em uma única camada fina de células.
Citologia em meio líquido
Fonte: https://screening.iarc.fr/atlascyto_list.php?cat=A2b&lang=4
Citologia em meio líquido
 Citologia em meio líquido: células 
escamosas superficiais e 
intermediárias e um grupamento de 
células colunares endocervicais. 
Fonte: https://screening.iarc.fr/atlascyto_list.php?cat=A2e&lang=4
 BD SurePath™ (Prep Mate e Prep Stain) são equipamentos automatizados e permitem o 
processamento e coloração das amostras cervicais. Mas, antes de processar a amostra é 
necessário utilizar um kit de coleta contendo uma escova endocervical específica, que após a 
coleta da amostra cérvico-vaginal é colocada em um recipiente com líquido preservante, no 
qual preserva as células por um mês sem refrigeração, em temperatura ambiente 
(15 ºC a 30 ºC) e por seis meses em temperatura de 2ºC a 8ºC. Depois de fazer a coleta é 
utilizado o equipamento PrepMate™ que automatiza o processo de enriquecimento inicial da 
mistura e distribuição da amostra. Posteriormente, a coloração da lâmina é realizada pelo 
equipamento automatizado PrepStain™, que no final fornece resultados padronizados e de 
alta qualidade na citologia em meio líquido.
SurePath (BD Sure Path™ Pap test)
 A leitura automatizada para o rastreamentode alterações do colo de útero é realizada 
através do sistema BD FocalPoint™ GSImaging System e BD FocalPoint™ GS Review
Station onde, por meio de um computador, todas as imagens das células das lâminas são 
digitalizadas, avaliadas e quantificadas em algoritmos que identificam tanto alterações em 
células escamosas como em glandulares, atribuindo-se uma pontuação (0,0 a 1,0).
 Consequentemente, o equipamento armazena todos os dados das lâminas e depois localiza 
e indica os locais com anormalidade significativa. 
 Este equipamento rastreia 240 lâminas em 24 horas, é um 
método eficaz que aumenta a exatidão do exame.
SurePath (BD Sure Path™ Pap test)
 A maioria das técnicas utilizadas na rotina clínica consegue diagnosticar as lesões cervicais. 
No entanto, não permitem detectar a presença do vírus, e para determinar o genótipo do 
vírus são necessários métodos complementares, por exemplo, reação em cadeia da 
polimerase (PCR), criado em 1983, é uma técnica de biologia molecular que promove, in 
vitro, a geração de um milhão de cópias a partir de uma única molécula de DNA, na presença 
da enzima DNA polimerase após amplificação de 30 ciclos. A reação de PCR se baseia no 
anelamento e extensão enzimática de um par de oligonucleotídeos utilizados como 
iniciadores (primers), que delimitam a sequência de DNA de fita dupla, alvo da amplificação. 
Reação de cadeia de polimerase (PCR)
 O avanço das técnicas de biologia molecular permitiu o conhecimento dos genomas de 
muitos tipos de Papilomavírus Humano (HPV), e o método de PCR é excelente e mais 
sensível para a identificação da genotipagem do vírus existente nas amostras cérvico-
vaginais, pois auxilia na resolução do diagnóstico citopatológico e histopatológico das lesões 
precursoras do câncer do colo de útero e proporciona um tratamento mais apropriado para 
cada paciente.
Reação de cadeia de polimerase (PCR)
 A captura híbrida 2 (CH2) é o método molecular utilizado para a detecção de HPV. Esta 
técnica baseia-se na hibridização de DNA de HPV alvo, com sondas de RNA específicas 
contra os tipos de HPV considerados de baixo risco e alto risco oncogênico em amostras 
cérvico-vaginais. As principais etapas desta técnica são: desnaturação, depois é realizada a 
hibridização, captura dos híbridos, reação dos híbridos com o conjugado, e posteriormente a 
detecção dos híbridos através quimioluminescência.
 Quando o resultado da captura híbrida for negativo e as 
técnicas de PCR apresentarem resultado positivo, deve-se 
considerar o resultado da PCR, pois as técnicas de PCR são 
realizadas com iniciadores (primers) específicos para a 
detecção dos tipos de HPV de baixo e alto risco.
Captura híbrida 
 A técnica de imuno-histoquímica é realizada através da reação antígeno-anticorpo, 
a detecção pode ser pelo método direto ou indireto. O método direto detecta um 
anticorpo marcado conjugado, que reage com o antígeno que está presente na amostra 
do tecido através da detecção do cromógeno por meio da enzima catalizadora que está 
ligada ao anticorpo. Já no método indireto, um anticorpo primário não marcado reage 
com o antígeno presente no tecido, um segundo anticorpo ligado a uma enzima 
catalizadora se liga ao complexo primário, resultando em um tecido marcado com a 
coloração específica do cromógeno.
Imuno-histoquímica
 Histologicamente, o condiloma imaturo é uma lesão que ocorre devido à proliferação de 
células escamosas imaturas com atipia citológica e está a associado à infecção pelo HPV, 
geralmente pelos tipos de HPV de baixo risco, 6 e 11. A definição diagnóstica da condiloma 
imaturo é dada pelo estudo histopatológico, muitas vezes sendo necessários testes 
complementares como a imuno-histoquímica para os marcadores p16 e CK 17.
 Alguns estudos demonstraram uso de marcadores p16 e Ki-67, 
para auxiliar no diagnóstico histopatológico e como marcadores 
prognósticos das lesões intraepiteliais do colo uterino. Além 
disso, sugere que p16 melhora a concordância diagnóstica de 
NIC 2 ou lesões mais graves, mas o mesmo não ocorre de 
forma significativa na categoria de NIC 3 ou lesões 
mais graves.
Imuno-histoquímica
ATÉ A PRÓXIMA!

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