Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

7
ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM PARA DESENVOLVER LEITURA E ESCRITA
Deniz de Fátima Thiel Kern 
Jessica Paulina Ponquielli
Lucimara Silva de Almeida Marinho
Raquel Kummer Maschmann
Simone Cristina Brando Quirino[footnoteRef:1] [1: Deniz de Fátima Thiel Kern, Jessica Paulina Ponquielli, Lucimara Silva de Almeida Marinho, Raquel Kummer Maschmann e Simone Cristina Brando Quirino] 
Rossana Ramos de Aguiar[footnoteRef:2] [2: Rossana Ramos de Aguiar
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Piscopedagogia (FLC3357LPS) – Prática do Módulo V – Maio de 2022.
] 
RESUMO 
O tema a ser abordado neste trabalho são as dificuldades de aprendizagem e estratégias para desenvolver a leitura e escrita. A maioria das crianças aprendem ler e escrever sem nenhuma dificuldade, mas quando isso não acontece no tempo previsto, requer atenção da família e dos educadores, já que esse é um dos requisitos básicos para a promoção social e profissional. Fonseca (1998, p. 315) para desenvolver a aprendizagem. “O professor e o formador do futuro têm o dever de preparar os estudantes para pensar, para aprender a serem flexíveis, ou seja, para serem aptos a sobreviver na nossa aldeia de informação acelerada”.
1. INTRODUÇÃO
 
A dificuldade de aprendizagem de leitura e escrita podem estar relacionadas com disfunções neurológicas como a dislexia, que pode ocasionar lentidão na aprendizagem, dificuldade de concentração, troca de letras com sons ou grafias parecidas, entre outros problemas. Vale destacar que a dificuldade de aprendizagem de leitura e escrita pode estar também relacionada a fatores externos no ambiente escolar, como: sala de aula com muitos alunos, a metodos de ensino usados pelos professores, a falta de políticas públicas que requerem a formação continuada de professores, tornando o processo de ensino aprendizagem muitas vezes ultrapassado.
Martins (1994) assinala que “aprendemos a ler lendo”, mas este ato se relaciona de forma contextualizada, usando a interdisciplinaridade entre prática e ludicidade. A autora realça que os pais possuem uma função fundamental no desenvolvimento de aprendizagem de leitura e escrita, em que o diálogo ajuda no aprendizado.  Pois a importância da família no processo de aprendizagem de leitura e escrita é fundamental, tendo em vista que o interesse dos pais ajuda no crescimento escolar dos filhos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A leitura por muitas vezes é um tema complicado para os envolvidos como pais, professores e principalmente para os alunos. A leitura é o primeiro passo para acessar todo o currículo escolar, logo, os docentes costumam colocar muita ênfase nesse trabalho desde cedo, porém a pressão e a ansiedade em conseguir com que os alunos se tornem leitores aptos no tempo certo podem extrair o prazer de uma atividade que muitas crianças adoram. Para elas, a leitura é uma maneira de acessar histórias que lês interessa (infantis), as fazendo se perguntar e imaginar o mundo. No desafio para fazer com que elas leiam bem, por muitas vezes se deixa cair no equívoco de tratar a leitura como um procedimento, ao invés da experiência sua verdadeira experiência e prazer se tornando uma coisa obrigaria a monótona.
De acordo com TELES (2004, p.713) “o saber ler é uma das aprendizagens mais importantes, porque é a chave que permite o acesso a todos os outros saberes”. Para algumas pessoas, o ato de aprender a ler pode ser uma missão simples, mas há aquelas que, mesmos tendo um nível de inteligência médio ou superior, demonstram dificuldades na aprendizagem, podendo ter limitações cognitivas ou serem disléxicas o que torna a aprendizagem mais lenta. 
Devido a esse empecilho os alunos chegam à conclusão que detestam ler. A melhor estratégia seria de fazer com que eles iniciem leituras com obras e assuntos que lhes interessa e não de forçá-los a ler obras que odeiam ou só para para mostrar que estão lendo em casa, é muito mais fácil e agradável ensinar através do prazer.
É preciso entender que crianças que apresentam dificuldades de leitura muitas vezes ao tomarem consciência de que não estão lendo no mesmo nível da classe criam uma noção equivocada de que nunca serão boas leitoras, por isso passam a evitar a prática.
A professora Courtney Rejent cita que “que cada estudante, porém, tem habilidades e pontos fortes, mas muitas vezes eles não conseguem reconhecê-los. Logo, o primeiro passo do professor ao lidar com um estudante que afirma que odeia ler é apontar o que ele está fazendo positivamente, como uma maneira de ajudá-lo a ver esses pontos por si mesmo”, ela também dita que é inapropriado as crianças possuam conscientes do seu próprio nível de leitura porque segundo Rejent “Os níveis são importantes para o professor, para saber o que o aluno ainda precisa compreender. Mas não é algo que deve rotular a criança”.
A aprendizagem, a leitura e a escrita são processos sistemáticos, construídos diariamente no meio social. (FERREIRO, 1996). Destarte, devemos dar importancia que tal processo está intrinsecamente relacionado com o convívio social e familiar, que envolve o relacionamento entre os pares, construindo gradativamente a alfabetização.
De acordo com Antunes (2008), o obstáculo na aprendizagem do aluno pode ser detectado em crianças que possuem um baixo rendimento escolar numa ou mais áreas, como por exemplo, problemas em se expressar e compreender oralmente, ortografia inapropriada, problemas em leituras básicas, problemas para compreender o que está sendo lido, dentre outros.
De acordo com García,
Dificuldade de Aprendizagem (D.A.) é um problema que está relacionado a uma série de fatores e podem se manifestar de diversas formas como: transtornos, dificuldades significativas na compreensão e uso da escuta, na forma de falar, ler, escrever, raciocinar e desenvolver habilidades matemáticas. Esses transtornos são inerentes ao indivíduo, podendo ser resultantes da disfunção do sistema nervoso central, e podem acontecer ao longo do período vital. Podem estar também associados a essas dificuldades de aprendizagem, problemas relacionados as condutas do indivíduo, percepção social e interação social, mas não estabelecem, por si próprias, um problema de aprendizagem. (GARCÍA, 1998, p. 31-32)
Por muitas vezes o gostar ou não de ler é, decorre de experiências em meio da leitura. Portanto o principal foco não deve ser o nível de leitura, mas o encorajar os alunos para que tentem diferentes estratégias para melhorar a sua leitura.
Mais a principal pergunta continua sendo como o professor pode ajudar os alunos a se tornarem melhores leitores? Para ajudar nessa resposta a professora Rejent dá algumas dicas dos principais passos a serem seguidos:
1. Observação: é de suma importância para entender a motivação há leitura (quais os pontos fortes? O que interessa o aluno) e o principal causador da relutância do indivíduo, é importante observar como o aluno interage com a leitura, para entender quais estratégias poderão funcionam ou não, mas isso só será possível se chagarmos há origem do problema, o do porquê o aluno não estar lendo, pois os alunos não gostam de ler por diversas razões diferentes, e nem todas as estratégias funcionarão com crianças diferentes.
Como por exemplo um aluno que relata ter tentado, e que porventura não tenha entendido e que ele precisa de ajuda, assim sinalizando que está disposto a avançar. O que já é bem diferente do aluno que evita ler completamente. E isto só será descoberto através de muita análise pois não pode ser identificado com testes. Em ambos os casos e entre outros o educador deve sempre elogiar o progresso mesmo que seja pequeno, isso se dá ao fato de motivar o aprendente e não fazer com que ele abandone por completo os estudos. 
2. Espelhar: nessa parte se deve dar comentários orientadores e construtivo, apontando as estratégias que usaram e quais não funcionaram com eles e como impactaram no desenvolvimento. Deve-se lembrar de usar sempre uma abordagem narrativa, evitando usar rótulos. Você deve descrever o leitor fez, ao invés de rotulá-lo.Para reconhecer o esforço que eles despenderam.
3. Dar exemplos: sempre mostrar o que pode ajudá-los a melhorar. Lembre-se de seguir a ordem pois se você decidir seguir outra ordem vai se perder pois como em uma construção de uma casa você não deve pular etapas, como por exemplo começar pelo telhado. Uma das melhores maneiras de ajudar os alunos é fazendo leitura compartilhada, pois assim os alunos ajudam-se entre si.
4. Guiar: muitas vezes os alunos têm dificuldades os iniciar novas estratégias. É quando o professor entra em ação auxiliando o aluno, como “tente ler esse trecho novamente”, ou “que outras palavras você conhece que têm nessa parte”. Porém o profissional deve deixar que o aluno se esforce a aprender caso contrário ele não irá alcançar os objetivos propostos.
	É importante dizer que o professor não tem a função somente de ensinar o que é um texto narrativo ou comparativo, mas deve também ajudar seus alunos a diferenciá-los, caracteriza-los, ou seja, devem tornar os alunos aptos a classificar qual o tipo de texto de maneira independente, através do uso de conhecimnentos que facilitarão a compreensão dos mesmos. (SANTOS, 2012)
Ao realizarem a atividade de leitura e escrita, os alunos devem se sentir motivados, e isso pode acontecer através do professor, que deve encorajá-los a continuar no caminho do aprendizado e aperfeiçoamento.  É dever do docente encorajar os estudantes, fornecendo os recursos necessários e auxiliando sempre que julgar necessário. (SANTOS, 2012)
	Já a leitura diz respeito a uma afinidade entre o leitor e o texto, onde o leitor busca atingir o propósito que originou a leitura, através de uma comunicação com o escritor, buscando entender suas opiniões e mensagens, esclarecendo e ao mesmo tempo, encontrando as respostas durante a leitura.
Para realmente se aprender a lei, é imprescindível que o indivíduo tenha se relacionado com a grande variedade de textos escritos, alcançando mais conhecimento através da leitura. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais,
A leitura, como prática social, é sempre um meio, nunca um fim. Ler é resposta a um objetivo, a uma necessidade pessoal. Fora da escola, não se lê só para aprender a ler, não se lê de uma única forma, não se decodifica palavra por palavra, não se responde a perguntas de verificação do entendimento preenchendo fichas exaustivas, não se faz desenho sobre o que mais gostou e raramente se lê em voz alta. (PCN, 1998, p. 57)
Porém, isso não quer dizer que, no meio escolar, não seja provável, eventualmente, responder questões sobre a leitura, ou em algumas momentos, ilustrar a mensagem que o texto buscou comunicar, ou mesmo ler em voz alta, se forpreciso. Contudo, a prática da leitura não é a imitação sem fim dessas atividades exercidas no âmbito escolar.
3. METODOLOGIA
Nossas pesquisas para nosso trabalho foram montadas focadas na leitura e escrita, fase onde a criança desenvolve o gosto pela leitura e começa a criar suas histórias imaginarias. Buscou-se utilizar sites em livros com autores que compartilha suas experiências e faz engrandecer nosso conhecimento.
	 Conforme Freire (1989) “A Leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Se a educação sozinha na transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A linguagem escrita é um instrumento muito relevante para toda a humanidade. Vale frizar que esta particularidade da língua escrita era considerada como uma forma beneficiada de reunir os acontecimentos. Assim, em todas as civilizações ao longo do tempo é possível constatar que a escrita era usada por conta da necessidade de se relatar acontecimentos e também o conhecimento.
A leitura tem uma relação entre o leitor e o texto, onde o leitor busca atingir o objetivo que originou a leitura, através de um diálogo com o escritor, procura compreender seus pensamentos e mensagens, esclarecendo e ao mesmo tempo, buscando as respostas durante a leitura.	
5. CONCLUSÃO
	O nosso trababalho apresenta a dificuldade de aprendizagem da leitura e escrita nas salas de aula, a importância da mesma na vida das pessoas, fazendo com que o individuo entenda o seu papel na sociedade em que vive. Nos faz compreender a importância de sermos aptos a leitura e escrita, sendo muito usado essa prática no dia a dia das pessoas. Pois a leitura é uma ferramenta que a primora o conhecimento e a escrita é a utilização de símbolos que transmite a mensagem de forma clara e precisa.
	O ambiente escolar é o principio dessa experiencia, mesmo identificando a dificuldade de compreenderem, encontrando obstáculos no desenvolvimento da aprendizagem da leitura e escrita. Essas dificuldades são identificadas quando o aluno mostra um rendimento abaixo a média da turma muitas vezes não conseguem se expressar e apresentam dificuldades em leituras básicas.
	Neste caso, apresenta alguns pontos onde podemos reverter esse cenário, em que professores podem facilitar esse aprendizado na escrita e leitura do aluno. Concluimos que os profissionais precisam estar alertas ao perfil de cada aluno, buscando identificar desde o principio esse déficit de aprendizagem, podendo contornar essa questão com atividades mais intensificadas e prazerozas para o aluno.
6. REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. Professores e professauros: reflexões sobre a aula e prática pedagógica diversas. 2.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2008.
ESCOLA CURRÍCULO INTEGRADO Quatro estratégias de ensino para promover a leitura PUBLICADO DIA 05/06/2017
ESCOLA CURRÍCULO INTEGRADO Quatro estratégias de ensino para promover a leitura PUBLICADO DIA 05/06/2017
FERREIRO, Emília. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996.
"FREIRE, P. A importância do ato de ler. 23 ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. p. 11."
Veja mais sobre "Paulo Freire" em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/paulo-freire.htm
GARCIA, J.N. Manual de dificuldades de aprendizagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
https://educacaointegral.org.br/metodologias/quatro-estrategias-de-ensino-para-promover-a-leitura/, acessado um 06/10/2022 as 9h e 34 min
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19.ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PCN. Ministério da Educação: Parâmetros Curriculares Nacionais. 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf. Acesso em: 14 de set. de 2020.
SANTOS, Glória Moreno dos. Dificuldade no processo de desenvolvimento da leitura e da escrita nas séries iniciais do ensino fundamental. 2012. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4685/1/MD_EDUMTE_I_2012_10.pdf. Acesso em: 6 de set. de 2020.
*Tradução de Thais Paiva
Texto originalmente publicado por Katrina Schwartz, do Portal MindShift, da rede de parceiros de conteúdo do Centro de Referências. Katrina é uma jornalista residente na Califórnia. Ela trabalhou na Rádio Pública KPCC, de Los Angeles e escreve para a KPCC online desde 2012. É também parte da equipe do MindShift para Educação.
TELES, P. Dislexia: Como identificar! Como intervir? Revista Portuguesa de Clínica Geral. 2004, p.713-730. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/170989297/2683714-Dislexia-Como-Identificar-e-Intervir. Acesso em: 20 dez. 2013.

Mais conteúdos dessa disciplina