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0 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ALINE VIEIRA CARDOSO BITELLO SINOP-MT 2016 1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ALINE VIEIRA CARDOSO BITELLO Trabalho de Curso apresentado ao Curso de Farmácia da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, campus de Sinop, para obtenção do título de Farmacêutica, sob a orientação da Professora Drº. Rafaela Grassi Zampieron. SINOP-MT 2016 2 3 4 Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pela força e coragem durante esta caminhada, e aos meus pais Ana Valéria e Ivair, pela oportunidade e o apoio nesta nova etapa de minha vida. 5 AGRADECIMENTOS A Deus por ter me proporcionado a grandeza da sabedoria, dado força e saúde para enfrentar as dificuldades. Aos meus pais, Ana Valéria e Ivair, por acreditar no meu potencial, dar apoio e incentivo a todo o momento. A minha orientadora Rafaela Grassi Zampieron pelo suporte e paciência durante o desenvolvimento deste projeto. Aos meus amigos que sempre estiveram presentes nos momentos difíceis e mais precisos, pelo companheirismo durante todo período da graduação e principalmente pela presença. E a todos os professores, que compartilharam seus conhecimentos e experiências, contribuindo com meu crescimento profissional. 6 “Existe uma coisa que uma longa existência me ensinou: toda a nossa ciência, comparada à realidade, é primitiva e inocente; e, portanto, é o que temos de mais valioso.” (Albert Einstein) 7 RESUMO BITELLO, A. V. C. Revisão Bibliográfica - Importância da Atenção Farmacêutica no Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica. 2016. [44]. Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia – Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop. Palavras-chaves: Atenção Farmacêutica, Hipertensão Arterial Sistêmica, Seguimento Farmacoterapêutico. INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica tem sido considerada como um dos principais fatores de risco presente no país, uma das principais doenças do século XXI, como causa principal de óbitos da população brasileira. O controle dessa doença pode ser submetido a medidas farmacológicas e não farmacológicas. Nos últimos anos, a discussão sobre a ocorrência de problemas farmacoterapêuticos e sua representatividade ganhou destaque como fator de risco que gera morbimortalidade nesse grupo. A prática da atenção farmacêutica vem sendo relatada como a atividade mais recente que propicia um alcance de resultados satisfatórios na saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente, permitindo a interação do farmacêutico com o paciente e atendendo suas necessidades relacionadas aos medicamentos. OBJETIVO: Identificar, coletar e registrar a importância da participação do profissional Farmacêutico junto com atenção farmacêutica em pacientes com hipertensão arterial sistêmica. METODOLOGIA: O trabalho empregou conceitos de um estudo exploratório, a partir de uma revisão bibliográfica, com materiais coletados de sites de referência e artigos científicos de 2002 a 2016. DISCUSSÃO: Os profissionais de saúde têm sido fundamentais nas táticas de controle da hipertensão, tanto no esclarecimento do diagnóstico clínico e da conduta terapêutica, como no empenho promovido para informar e educar o paciente e fazê-lo seguir o tratamento. A atenção farmacêutica, área especifica do profissional farmacêutico, consegue promover a redução da pressão em pacientes hipertensos não controlados, sendo fundamentais neste momento de propiciar ao paciente maior eficácia na aplicação de medidas terapêuticas, diminuindo os desfechos mais graves dessa doença. CONCLUSÃO: A atenção farmacêutica em conjunto ao seguimento farmacoterapêutico e a educação em saúde vem como a melhor estratégia para incentivar a adesão ao tratamento da HAS. A participação de profissionais farmacêuticos é imprescindível, sendo o único capacitado pela área da Atenção Farmacêutica e consegue estar mais próximo do paciente, sendo capaz de promover melhor qualidade de vida para este grupo populacional, em conjunto dos profissionais de saúde inseridos em uma equipe. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Estratégia de tratamento proposta pela Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão/ Sociedade Brasileira de Nefrologia.................................................................................................................................18 Figura 2. Fluxograma do Método Dáder para desenvolvimento da Atenção Farmacêutica.....26 9 LISTA DE TABELAS Quadro 1. Classificação de risco cardiovascular. ........................................................................ 17 Quadro 2. Medicamentos anti-hipertensivos de uso corrente disponíveis no Brasil. ............... 19 Quadro 3. Anti-hipertensivos disponíveis nas Farmácias Regionais do Município de Sinop – MT. ................................................................................................................................................. 21 Quadro 4. Número de casos registrados pelo DATASUS, de pacientes hipertensos, em setembro de 2015, dos municípios que compõem a Regional Teles Pires no estado de Mato Grosso. ...........................................................................................Erro! Indicador não definido. Quadro 5. Número de casos de hipertensão no Brasil registrados no DATASUS, por faixa etária e sexo, em Setembro de 2015. ............................................................................................ 24 10 LISTA DE ABREVIAÇÕES AtenFar – Atenção Farmacêutica CFF – Conselho Federal de Farmácia DATASUS – Departamento de Informática do SUS/MS DCNT – Doenças crônicas não transmissíveis HAB – Hipertensão do Avental Branco HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica HM – Hipertensão Mascarada IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística OPAS – Organização Pan – Americana de Saúde PA – Pressão Arterial PAD – Pressão Arterial Diastólica PAS – Pressão Arterial Sistólica Pnad – Pesquisa Nacional por Amostras de domicílios PNS – Plano Nacional de Saúde PRM – Problemas Relacionadas os Medicamentos RENAME – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais REMUME – Relação Municipal de Medicamentos Essenciais RNM – Resultados Clínicos Negativos associados ao Medicamento SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia SBH – Sociedade Brasileira de Hipertensão SBN – Sociedade Brasileira de Nefrologia STF – Seguimento Farmacoterapêutico SUS – Sistema Único de Saúde UBS – Unidade Básica de Saúde VIGITEL – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 11 SUMÁRIO LISTADE ABREVIAÇÕES RESUMO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 12 2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 14 2.1 Cuidado Farmacêutico.....................................................................................................13 2.2 Hipertensão Arterial Sistêmica........................................................................................15 2.2.1 Tratamento da HAS .......................................................................................................... 17 2.2.3 Levantamento de casos de HAS ....................................................................................... 23 2.3 Benefícios do seguimento farmacoterapêutico nos casos de HAS................................25 2.5 Implantação de serviço de atenção farmacêutica em consultórios farmacêuticos no SUS............................................................................................................................. ..............27 3. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 29 4. METODOLOGIA ................................................................................................................... 30 5. DISCUSSÕES .......................................................................................................................... 31 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 36 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 37 12 1. INTRODUÇÃO O profissional farmacêutico defrontou-se com vários obstáculos até o momento atual. Com a prática da atenção farmacêutica o profissional adquiriu uma oportunidade de desempenhar seu papel perante a sociedade (VIEIRA, 2007). A função do farmacêutico limitava-se apenas aos setores de gerência, bioquímica e farmácia, dessa maneira outros profissionais não tinham a percepção de sua importância em uma equipe de saúde (PROVIN, 2010). A proporção de idosos no Brasil vem crescendo rapidamente desde a década de 1960, atualmente a população brasileira se encontra com 18 milhões de idosos. Isso configura um dos maiores problemas de saúde do mundo, consequentemente o aumento da idade cronológica há o aumento de doenças crônicas, assim como alto custo social e financeiro do país (CARDOSO, 2015). No Brasil, 72% dos óbitos que ocorrem no país são por doenças crônicas, dentre elas a hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer (VIGITEL, 2014). Nesse sentido, o papel de cada profissional de saúde passa a ganhar mais relevância científica e social, principalmente na faixa etária em que há a maior probabilidade de ocorrência de doenças crônico-degenerativas, perdas afetivas e funcionais (JUNIOR, 2006). A hipertensão arterial sistêmica tem sido considerada como um dos principais fatores de risco (FR) presente no país. Inquéritos populacionais em cidades brasileiras nos últimos 20 anos apontaram uma prevalência de HAS acima de 30%, e entre os gêneros, a prevalência foi de 35,8% nos homens e de 30% em mulheres (SBC/SBH/SBN, 2010). A HAS, uma das principais doenças do século XXI, vem sendo relatada como causa mais frequente de óbito da população idosa brasileira (BEZERRA, 2013; DANTAS, 2011). Uma doença assintomática, em grande proporção, em que consiste em um aumento significativo da pressão arterial, podendo refletir em outros tipos de enfermidades cardiovasculares, renais e cerebrovasculares (ANVISA, 2010). Para o controle da doença são submetidas medidas farmacológicas e não farmacológicas para o controle da pressão e uma substancial melhoria na qualidade de vida do paciente, podendo citar: moderações no consumo de álcool, no teor de gordura corporal, prática diária de exercícios físicos, dietas e na renúncia do tabaco (OLIVEIRA et al., 2013). A doença crônica, por não apresentar cura, necessita de um tratamento adequado e contínuo, visando o controle pleno bem como a redução ou retardamento de complicações futuras (FGUEIREDO, 2010). Nos últimos anos, a discussão sobre a ocorrência de problemas farmacoterapêuticos e sua representatividade ganhou destaque como fator de risco que gera 13 morbimortalidade, inclusive entre pacientes com doenças crônicas, como HAS. Por essa razão, é necessário propor estratégias de ação multiprofissional voltadas para essa área que consolidem as relações com os pacientes, efetivem a promoção à saúde e o uso racional dos medicamentos, nesse sentido torna-se necessário demonstrar a importância da atenção farmacêutica perante o tratamento (MODÉ, 2015). A atenção farmacêutica dispõe em satisfazer de forma adequada às necessidades farmacoterapêuticas dos pacientes, se baseando na indicação apropriada e nos benefícios dos medicamentos, sem provocar novos problemas de saúde (BRASIL, 2009). Assim, ela segue propósitos direcionados aos pacientes seguindo de autocuidado e autonomia, aumentando níveis de conhecimento e apreensão dos processos de saúde e doença, montando táticas para ajustar hábitos e estilo de vida (RIBEIRO, 2012). Diante dos fatos apresentados a proposta do trabalho é realizar uma pesquisa, com foco na importância do farmacêutico na área da atenção farmacêutica destinado ao controle de pacientes com hipertensão. 14 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Cuidado Farmacêutico A farmácia comunitária (e/ou drogaria) constitui-se de um estabelecimento de saúde, que tem o profissional farmacêutico como principal responsável a dirigir atividades relacionadas ao cuidado ao paciente. Este cuidado baseia-se em um modelo de prática farmacêutica, conhecido como atenção farmacêutica, a qual envolve atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, além de interação direta do farmacêutico com o usuário voltado para a melhoria da qualidade de vida (SES-MG, 2010). No entanto, a prática da atenção farmacêutica é uma atividade recente e poucos conhecem sobre o impacto no qual pode propiciar ao paciente. No Brasil, o primeiro consenso sobre esse assunto só incidiu em 2002, com o objetivo de atender as necessidades farmacoterapêuticas e fatores que envolviam medicamentos (AMBIEL, 2013). Assim, foi proposto um consenso, o qual o exercício profissional da atenção farmacêutica buscava a integração de macro componentes para o estudo do paciente e seus medicamentos a partir da educação em saúde, incluindo promoção do uso racional de medicamentos; orientação farmacêutica; dispensação; atendimento farmacêutico; acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico; registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados (OPAS, 2002). Atenção Farmacêutica é a provisão responsável do tratamento farmacológico com a finalidade de alcançar resultados satisfatórios na saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente, permitindo a interação do farmacêutico com o paciente, atendendo suas necessidades relacionadas aos medicamentos (CARDOSO, 2013). Atualmente ainda pode-se deparar com dificuldades na compreensão desta prática profissional voltada para o paciente, sendo confundido com ações de Assistência Farmacêutica, cujo insumo essencial é o medicamento e envolve atividades como o desenvolvimento, a produção e a gestão da droga (AMBIEL, 2013). O objetivo da AtenFar não é intervir no diagnóstico ou na prescrição de medicamentos, pois são atribuições do médico, mas garantir um uso racional desses medicamentos(CARDOSO, 2013). O desenvolvimento de habilidades de comunicação com pacientes em Atenção Farmacêutica é imprescindível para obtenção de melhores resultados no processo de 15 intervenção. E, esta relação social tem sido destacada como a principal indutora da satisfação do paciente em relação aos serviços de saúde, sendo um instrumento essencial no trabalho do farmacêutico e em sua atividade de promoção em saúde (D‟ANDRÉA et al., 2012). Desta forma, torna evidentemente imprescindível a necessidade da AtenFar, findando o pragmatismo do farmacêutico dispensador e enaltecendo elo entre paciente-médico e paciente- medicamento (BIGUELINI, 2013). Recentemente o Brasil assume a sexta posição dos países mais envelhecidos do mundo, com isso o aumento da idade cronológica aumenta consecutivamente possíveis doenças crônico-degenerativas, e expõe aos pacientes ao uso múltiplo de medicamentos e peculiaridades em relação à utilização da farmacoterapia (CARDOSO, 2013). Dentre as doenças crônicas que mais atingem a essa classe da população estão a Hipertensão e Diabetes Mellitus (DM) (LEÃO E SILVA, 2013). Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foi relatado em sua última edição, no total de números da população residente, que 31,3% afirma apresentar pelo menos uma doença crônica, correspondendo a 59,5 milhões de pessoas da população, e a hipertensão ocupa o primeiro lugar com 14,1%. Atualmente as DCNTs, como a HAS e a DM, assumem ônus crescente e preocupante em decorrência das transições demográfica, nutricional e epidemiológica ocorridas nas últimas décadas (BRASIL, 2015). 2.2 Hipertensão Arterial Sistêmica A hipertensão arterial sistêmica é uma disfunção multifatorial que consiste em níveis de pressão arterial elevado, associado a alterações funcionais, estruturais e metabólicas, nas quais atingem órgãos alvos (SBC/SBH/SBN, 2010). Essa doença crônica, degenerativa e não transmissível apresenta um alto risco para doenças cardiovasculares, aumentando o problema de saúde em virtude da longevidade e da prevalência de fatores contribuintes, como obesidade, sedentarismo e dieta inadequada (NASCIMENTO, 2013). A HAS é diagnosticada pela detecção de níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA) pela medida diária. A medida da PA deve ser desempenhada em toda avaliação por médicos de qualquer especialidade e demais profissionais da saúde. Essa medição pode ser feita pelo método indireto com técnica auscultatória com uso de esfigmomanômetro de coluna de mercúrio ou aneroide devidamente calibrado, ou com técnica oscilométrica pelos aparelhos semiautomáticos digitais de braço validados e calibrados, sendo os aparelhos 16 aneroides de segunda escolha, pois perdem a calibração com maior facilidade (ANDRADE, 2010). Essa enfermidade, comumente chamada de pressão alta, apresenta valores arteriais, sistematicamente, igual ou maiores que 140/90 mmHg. Essa pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem (SBH, 2016). Quando considerada hipertensão, essa doença crônica que apresenta um grande problema de saúde pública percorre a vários fatores de risco como doenças renais, cardiovasculares e cerebrocardiovasculares (ANVISA, 2010). O diagnóstico de HAS, assim como outras doenças, deve ser realizado através de medidas casuais ou de consultório. Obrigatoriamente deve-se considerar que as utilizações de métodos de avaliação fora do consultório médico também são de suma importância, no entanto, para melhores resultados, o tratamento deve seguir os valores de pressão arterial e os possíveis e graves riscos cardiovasculares presente (SOCESP, 2015). A HAS pode ser classificada em quatro gêneros: a) hipertensão: considerado valores de PA sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg medidas no consultório, e diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais; b) hipertensão sistólica isolada: determinada por um comportamento anormal da PA sistólica (> 140 mmHg) e diastólica normal (< 90 mmHg); c) hipertensão do avental branco (HAB): quando o paciente apresenta medidas de PA persistentemente elevadas (≥ 140/90 mmHg) no consultório e médias de PA consideradas normais na residência; d) hipertensão mascarada (HM): definida como a situação clínica caracterizada por valores normais de PA no consultório (< 140/90 mmHg), porém com PA elevada durante o período de vigília, esses pacientes portadores de HM devem ser identificados e acompanhados, pois apresentam risco de desenvolver lesões de órgãos-alvo de forma semelhante a pacientes hipertensos (SBC/SBH/SBN, 2010). De modo geral, a HAS é considerada uma doença e agravo não transmissível, com relevante importância epidemiológica no Brasil advindo de um trajeto demográfico com significativa diminuição de taxas de fecundidade e natalidade, contudo um aumento da expectativa de vida e da proporção de idosos, além das doenças infecciosas que deixaram de ser a grande preocupação das mortes, a HAS passou a ser a maior intermediária para os casos de mortalidade da população, atingindo cerca de 40% das mortes por acidente vascular encefálico, 25% das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com o diabetes, 50% dos casos de insuficiência renal terminal (RIBEIRO, 2013). 17 A hipertensão pode ser definida por quatro categorias de risco cardiovascular absoluto (global), grupo de baixo risco, no qual probabilidade de um episódio cardiovascular grave é menor que 15%; grupo de risco médio entre 15 e 20%; de risco alto sendo entre 20 e 30% e grupo de risco muito alto com 30% (SES-MG, 2010). Quadro 1. Classificação de risco cardiovascular. Fatores de risco ou doenças associadas Grau 1- Hipertensão leve PAS 140-159 ou PAD 90-99 Grau 2- Hipertensão moderada PAS 160-179 ou PAD 100-109 Grau 3- Hipertensão grave PAS ≥ 180 ou PAD ≤ 110 I. Sem outros fatores de risco (FR) RISCO BAIXO RISCO MÉDIO RISCO ALTO II. 1 a 2 fatores de risco RISCO MÉDIO RISCO MÉDIO RISCO MUITO ALTO III. 3 ou mais FR ou lesões nos órgãos alvo ou diabetes RISCO ALTO RISCO ALTO RISCO MUITO ALTO IV. CCA RISCO MUITO ALTO RISCO MUITO ALTO RISCO MUITO ALTO CCA- condições clínicas associadas, incluindo doença cardiovascular ou renal. Fonte: Linha Guia Atenção à Saúde do Adulto: Hipertensão de diabetes, SES/MG, 2006. No entanto, na maioria dos casos, a hipertensão permanece em nível moderado e razoavelmente estável durante muitos anos e décadas, sendo plenamente compatível com uma vida longa, a não ser que ocorram interferentes como o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca ou o acidente vascular cerebral; porém cerca de 5% dos hipertensos apresentam uma pressão arterial rapidamente crescente que, se não for tratada, leva a morte entre um ou dois anos (BIGUELINI, 2013). 2.2.1 Tratamento da HAS Para o controle da hipertensão são necessárias algumas providências farmacológicas e não farmacológicas. Das mudanças não farmacológicas incluem hábitos alimentares (redução de sal, açúcar), controle de obesidade, práticas de exercícios físicos e cessação de tabaco (OLIVEIRA, 2013). Por ser considerada, em muitos casos, uma doença silenciosa, torna-se necessário adoção de condutas que contribuam para atingir a efetividade de ações preventivas e de controle disponíveis, sendo este controle farmacológico ou não. É importante uma atenção, 18 um cuidado, tanto na administração, como na adesão e interação entre os medicamentos envolvidos (LEÃO E SILVA, 2013). O tratamento realizado de maneira correta é uma etapa essencial para o controle de HAS e suas complicações, constituindo de estilo de vida saudável, adesão à terapêutica farmacológica e acompanhamento frequente de profissionais da saúde (LEÃO E SILVA, 2013). Figura 1. Estratégiade tratamento proposta pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2010). Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. a) Tratamento farmacológico Para o tratamento medicamentoso da hipertensão arterial utilizam-se diversos fármacos genericamente nomeados de anti-hipertensivos que são divididos em seis classes: diuréticos, inibidores da enzima conversora de angiotensina-IECA, beta-bloqueadores, inibidores adrenérgicos, vasodilatadores e bloqueadores de canais de cálcio (NASCIMENTO, 2013). 19 Quadro 2. Medicamentos anti-hipertensivos de uso corrente disponíveis no Brasil. Medicamentos/ Classe Posologia (mg) Mínima Posologia (mg) Máxima Diuréticos Tiazídicos - Clortalidona 12,5 25 1 - Hidroclorotiazida 12,5 50 1 - Indapamida 2,5 5 1 De alça - Bumetamida 0,5 ** 1-2 - Furosemida 20 ** 1-2 - Piretanida 6 12 1 - Poupadores de potássio 2,5 5 1 - Amilorida (em associação) 2,5 5 1 - Espironolactona 50 100 1-3 - Triantereno (em associação) 50 150 1 Inibidores adrenérgicos Ação central - Alfametildopa 250 1.500 2-3 - Clonidina 0,1 0,6 2-3 - Guanabenzo 4 12 2-3 - Moxonidina 0,2 0,4 1 Alfa-1 bloqueadores - Doxazosina (urodinâmica) 2 4 2-3 - Prazosina 1 10 2-3 Betabloqueadores - Atenolol 25 100 1-2 - Bisoprolol (em associação) 2,5 10 1-2 - Metoprolol 50 50 200 1-2 - Nadolol 20 80 1-2 - Propranolol 40 240 2-3 - Pindolol (com ASI) 5 20 1-3 Vasodilatadores diretos - Hidralazina 50 200 2-3 - Minoxidil 2,5 40 2-3 Antagonista de canais de cálcio 20 - Antagonista do canal L Fenilalquilaminas - Verapamil Coer* 120 360 1 - Verapamil Retard* 120 480 1-2 Benzotiazepinas - Diltiazem SR*ou CD* 120 360 1-2 Diidropiridinas - Anlodipina 2,5 10 1 - Felodipina 5 20 1 - Isradipina 2,5 10 2 - Lacidipina 4 8 1-2 - Nifedipina Oros* 30 60 1 - Nifedipina Retard* 20 40 1-2 - Nisoldipina 10 30 1 - Nitrendipina 20 40 2-3 Antagonista do canal T Derivado do tetralol - Mibefradil 50 100 1 Inibidores da enzima conversora da angiotensina - Benazepril 5 10 1-2 - Captopril 25 150 2-3 - Cilazapril 2,5 5 1-2 - Enalapril 5 40 1-2 - Fosinopril 10 20 1-2 - Lisinopril 5 20 1-2 - Perindopril 4 8 1-2 - Ramipril 2,5 10 1-2 - Trandolapril 2 4 1 Antagonista do receptor de angiotensina II - Candesartan 4 16 1 - Eprosartan 400 800 1 - Irbesartan 75 300 1 - Losartan 50 100 1 21 - Valsartan 80 160 1 Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51 * Retard, SR, CD, Coer, Oros - Referem-se a preparações farmacêuticas de liberação lenta - ação prolongada. ** Variável - de acordo com a indicação clínica. ASI – Atividade Simpatomimética Intrínseca. Apesar da gama de agentes anti-hipertensivos disponíveis para controle dessa doença deve-se adotar estilo de vida saudável, adesão ao tratamento medicamentoso e acompanhamento frequente de profissionais da saúde (LEÃO E SILVA, 2013). Entretanto, também se torna imprescindível identificar alguns potenciais de interações no tratamento da HAS e outras doenças crônicas e realizar seguimento farmacoterapêutico adequado para evitar efeitos colaterais graves, e o profissional de saúde deve ficar atento às interações entre fármacos e precisam estar aptos a descrever o resultado das potenciais interações e sugerir apropriadas intervenções (PINTO, 2014). b) Medicamentos da REMUNE disponíveis no Município de Sinop - MT A Relação Nacional de Medicamentos deve ser aplicada como instrumento mestre para as ações de planejamento, seleção de medicamentos e de organização da assistência farmacêutica no âmbito do SUS, a RENAME quando associada ao Formulário Terapêutico Nacional, torna-se um importante auxílio na escolha da melhor terapêutica. Aos gestores estaduais e municipais, deve subsidiar a elaboração e condescender da REMUME (RENAME, 2015). Quadro 3. Anti-hipertensivos disponíveis nas Farmácias Regionais do Município de Sinop – MT. Anti-hipertensivos - REMUME de Sinop/MT Comprimido (mg) Presente na lista de Medicamentos Padronizados (Sim / Não) ANLODIPINO 10 SIM ANLODIPINO 5 NÃO ATENOLOL 50 SIM ATENOLOL 25 NÃO ATENOLOL 100 NÃO CAPTOPRIL 25 SIM DOXAZOSIMA 4 NÃO ENALAPRIL 10 SIM ENALAPRIL 20 SIM ENALAPRIL 5 NÃO 22 ESPIRONOLACTONA 25 NÃO ESPIRONOLACTONA 50 NÃO ESPIRONOLACTONA 100 NÃO FUROSEMIDA 40 SIM HIDROCLOROTIAZIDA 25 SIM LOSARTANA POTÁSSICA 100 NÃO LOSARTANA POTÁSSICA 25 SIM LOSARTANA POTÁSSICA 50 SIM METOPROLOL 50 NÃO NIFEDIPINO 10 SIM NIFEDIPINO 20 NÃO PROPRANOLOL 40 SIM Fonte: REMUMESINOP-MT, (2014). c) Tratamento não Farmacológico Mudanças no estilo de vida são entusiasticamente recomendadas para prevenção e tratamento inicial da HAS, notadamente nos indivíduos com PA constante (SBH, 2010). A prática de exercícios físicos vem sendo incorporada como uma das principais terapêuticas a portadores hipertensos, não apenas para redução da PA, mas para a diminuição de riscos de doenças cardiovasculares, renais e cerebrovasculares. Além de melhorar a capacidade funcional, a coordenação, a perda de gordura corporal, o equilíbrio também diminuem índices de morbimortalidade. No entanto, esses exercícios devem ser acompanhados por um responsável e avaliado de acordo com cada paciente (NOGUEIRA, 2012). Além da prática de exercícios, a educação em saúde, atualmente vem sendo um dos modos mais eficazes de estimular a adesão correta ao tratamento, conseguindo estabelecer uma aproximação mútua entre o profissional e o paciente, proporcionando a liberdade do usuário refletir e expor sua realidade, trocando experiências e alterações de hábitos (ALMEIDA et al., 2011). O processo de cuidado inicial da HAS torna-se necessária à compreensãoda aplicabilidade de técnicas não farmacológicas em casos como a obesidade, por exemplo, a qual pode ser advinda de fatores como: causas genéticas, excessiva ingestão calórica, maus hábitos alimentares, entre outras, e é uma das principais causas predisponente para hipertensão arterial e diabetes. Dados indicam que 50 % das pessoas acima de 65 anos ou mais apresentam sobrepeso associada à hipertensão, na qual a maior parte dos casos ocorre devido ao abuso de ingestão calórica e o excesso de sal, levando a um aumento de retenção de líquido, elevação o peso corporal e a pressão arterial (MARTIREZ, 2013). O consumo de sal reduzido contribui significativamente para o retardamento ou prevenção de incidências ou 23 tratamento de hipertensão, reduzindo riscos de doenças cardiovasculares e descontrole de pressão arterial (FRISOLI, 2012). Entretanto, a não adesão ao tratamento farmacológico ou ao exercício físico vem ocupando o primeiro lugar como a principal causa de descontrole da pressão arterial (BASTOS-BARBOSA, 2012). Essa não adesão se dá muitas vezes pelo esquecimento do paciente, pela presença de efeitos colaterais, sensação de não necessitar do medicamento e pelas dificuldades de adaptação quanto ao uso do fármaco (dose, horário, quantidades, identificação), sendo necessário um método de atenção farmacêutica para melhores diagnósticos das causas que interferem na qualidade de vida do paciente (FIGUEIREDO, 2010). 2.2.3 Levantamento de casos de HAS As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) denotam altos índices e um sério agravo à saúde, sendo que a hipertensão e a diabetes são as DCNT altamente investigadas pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Segundo o Mistério da Saúde com parceria Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% da população adulta brasileira apresenta pelo menos uma doença crônica, sendo o sexo feminino mais atingido, devido à falta de procura pela unidade básica de saúde do sexo masculino (BRASIL, 2015). Essa falta de procura se dá pelo autocuidado e à preocupação insipiente com a saúde do sexo masculino, no entanto, afirma-se que, na verdade, os homens preferem usar outros serviços de saúde, como farmácias ou prontos-socorros, que responderiam mais objetivamente e seriam atendidos com rapidez, conseguindo expor seus problemas com mais facilidade (FIGUEIREDO, 2005). Dado da PNS revelou, que 473 mil pessoas acima de 18 anos no Mato Grosso apresentam hipertensão, o que representa 20,8% da população brasileira (BRASIL, 2015). Segundo Júnior (2006), os países em desenvolvimento estão demonstrando que doenças crônicas acarretam fatores de riscos cardiovasculares e são responsáveis pela metade das mortes na população, sendo as principais causadoras de óbito na população brasileira há mais de 30 anos. Dentre essas doenças, a hipertensão arterial sistêmica é a mais comum em todo o mundo, sendo responsável por altos índices de morbimortalidade, sobretudo entre os idosos (JUNIOR, 2006). 24 Quadro 4. Número de casos de hipertensão no Brasil registrados no DATASUS, por faixa etária e sexo, em Setembro de 2015. Idade Feminino Masculino 15-19 20.267 14.054 20-24 41.679 24.924 25-29 89.553 44.248 30-34 175.624 78.255 35-39 315.808 136.389 40-44 522.767 225.772 45-49 760.974 334.310 50-54 941.927 436.315 55-59 970.019 495.198 60-64 916.954 520.283 65-69 800.808 483.037 70-74 637.766 396.836 75-79 435.502 272.588 +80 410.992 246.925 Fonte: DATASUS, 2015. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (2015), até 2025, o número de hipertensos nos países em desenvolvimento, como o Brasil, deverá crescer 80%, segundo estudo conjunto da Escola de Economia de Londres, do Instituto Karolinska (Suécia) e da Universidade do Estado de Nova York (SBH, 2015). O envelhecimento bem como contextos importantes relacionados a desigualdades sociais e regionais da população pretendem proporcionar, nas próximas décadas, desafios cada vez maiores aos serviços de saúde, resultando no aumento a cada dia de pessoas enfermas (JUNIOR, 2006). No entanto, por se tratar de uma doença crônica, o seu tratamento requer o uso contínuo de medicamentos, além de mudanças no estilo de vida. A prática da atenção farmacêutica pode colaborar decisivamente com a melhoria da adesão ao tratamento e o aprimoramento dos benefícios da farmacoterapia nesses pacientes hipertensos, desde a identificação das necessidades individuais até a detecção e resolução dos problemas relacionados aos medicamentos (BRUNE, 2014). E, levantamento aponta que o acompanhamento da atenção básica tem sido primordial para diminuir os desfechos mais graves dessa doença (BRASIL, 2015). Os profissionais de saúde têm tido uma importância fundamental nas táticas de controle da hipertensão, tanto no 25 esclarecimento do diagnóstico clínico e da conduta terapêutica, como no empenho promovido para informar e educar o paciente e fazê-lo seguir o tratamento (RIBEIRO, 2013). De acordo com a PNS, 69,7% dos hipertensos receberam assistência médica no último ano, sendo que 45,9% foram tratados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) (BRASIL, 2015). 2.3 Benefícios do seguimento farmacoterapêutico nos casos de HAS Para que ocorra a promoção da adesão ao tratamento, prevenção de riscos e soluções de problemas na farmacoterapia tem-se como alternativa o seguimento farmacoterapêutico (STF) para o auxílio tanto do profissional quanto do paciente. O STF é um método da atenção farmacêutica que responsabiliza o profissional farmacêutico pelas necessidades do usuário relacionadas ao medicamento, por meio da percepção, prevenção e resolução dos problemas relacionados a medicamentos (PRM), de maneira documentada, com objetivo de alcançar resultados positivos recuperando a qualidade de vida do paciente (CARVALHO, 2011). Este programa resulta no compromisso e deve ser disponibilizado de um modo contínuo, sistemático e documentado, em cooperação com o paciente e com os profissionais do sistema de saúde, com o propósito de atingir resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente (DÁDER, 2014). Esse seguimento farmacoterapêutico pode ser realizado pelo método Dáder, que se trata de um simples processo que permite acompanhar o paciente, podendo ser empregado a qualquer usuário. Esse procedimento admite a investigação da história de vida do doente conseguindo espaço para a avaliação, identificação e resolução de problemas, complicações relacionadas ao medicamento e a adesão do paciente ao tratamento. Sendo assim, após identificação prossegue com uma intervenção farmacêutica e posteriormente a avaliação dos resultados obtidos (MENESES, 2010). O método Dáder consiste resumidamente em desenvolver um trabalho seguindo uma metodologia específica, dividida em fases: a primeira fase retrata o aceite do paciente, na qual ocorre uma exposição geral do trabalho, seus objetivos; logo faz-se a primeira visita, na qual são obtidos os dados iniciais, como os medicamentos de uso (contínua ou esporadicamente), problemas de saúde, e mensuração da pressão arterial; a terceira etapa, que deriva do monitoramento da pressão arterial, com agendamento de visitas ao paciente, em intervalos de tempo pré- determinados e acompanhamento farmacoterápico (BIGUELINI, 2013). 26 Figura 2. Fluxograma do Método Dáder para desenvolvimento da Atenção Farmacêutica. Fonte: HTTP://www.pharmanet.com.br/atencao/metododadeer.pdf Essas fases são consideradas indispensáveis para obter a história farmacoterapêutica do paciente, para avaliação dos problemas de saúde diagnosticados e não diagnosticados (MENESES, 2010). Na sequência vem à fase de estudos, na qual a situação do paciente é avaliada em detalhes, constatando-se os possíveis PRMs (Problemas Relacionados aos Medicamentos), com intuito em reduzi-los e/ou interrompê-los.Para uma intervenção farmacêutica ou até 27 mesmo médica, faz-se a orientação ao paciente, bem como a comunicação com médico sobre os problemas detectados e as sugestões farmacêuticas para solucioná-las (BIGUELINI, 2013). No Brasil, o Método Dáder é o mais empregado e mais aceito para a técnica da Atenção Farmacêutica. Essa prática possibilita a vantagem de realização do seguimento farmacoterapêutico de forma sistemática, compondo uma estratégia importante para o uso racional de fármacos, assim como para promover a interação do farmacêutico com demais profissionais da área da saúde (BRUNE, 2014). 2.5 Implantação de serviço de atenção farmacêutica em consultórios farmacêuticos no SUS O SUS (Sistema Único de Saúde) foi criado em 1988 com propósito de minimizar as desigualdades assistenciais, por meio de princípios da Universalidade, Integralidade e Equidade de um sistema de assistência à saúde da população brasileira, de forma hierarquizada, regionalizada e descentralizada que unifica as ações à saúde do Município, Estado, Distrito Federal e da União cumprindo suas funções únicas, especificas e interligadas (TEIXEIRA, 2011). Seguido pela Lei Nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990, dispôs de condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e de outras providências (PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2016). O processo de implantação do SUS tem sido guiado pelas Normas Operacionais do SUS organizadas por portarias ministeriais, as quais definem a competência de cada posição em assumir suas devidas responsabilidades referente à gestão do sistema (BANHOS, 2006). Contudo, a evolução permitiu com que as normas e as leis fossem atualizadas, e admitiu a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 1998, que fortaleceu e incrementou a credibilidade ao setor farmacêutico, além de expandir o foco da atenção farmacêutica, com a implantação de medidas regulatórias específicas para a área de serviços de saúde (BRASIL, 2006). Com integralidade do SUS, a atenção farmacêutica torna-se um dos componentes do processo de atendimento muito importante, consistindo em um conjunto de ações que visa proporcionar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos. No entanto, o farmacêutico ainda é mantido a uma distância do paciente e da equipe de saúde, acredita-se que as políticas atuais no Brasil em relação às drogas e Assistência Farmacêutica pode incentivar o farmacêutico a atuar no âmbito da cuidados de saúde primários (MARTINS, 2013). 28 A Atenfar têm apontado resultados positivos quando se trata de doenças crônicas, reduzindo custos, melhorando as prescrições, controlando a possibilidade de reações adversas e promovendo maior adesão do paciente ao tratamento, e atende ao artigo 6º da Lei Orgânica da Saúde, inserida nos direitos a assistência integral a saúde incluindo a farmacêutica (JUNIOR, 2006; BRASIL, 1990). A cooperação entre médicos, farmacêutico e outros profissionais, também vem como uma aliança que pode aumentar a eficácia do tratamento, além de conseguir a promoção do paciente e o controle sistemático dos resultados de pressão arterial e outras doenças (SKOWRON, 2011). Atualmente a participação de profissionais farmacêuticos é uma tendência mundial quando se trata da atenção primária à saúde, na prevenção de doenças como AIDS, diabetes, hipertensão e colesterol, isso já vem ocorrendo em vários países desenvolvidos. Essa conduta amplamente debatida na Organização Mundial de Saúde (OMS) e no Fórum Farmacêutico das Américas, por considerar a farmácia um local favorável para os primeiros cuidados com a saúde (BANHOS, 2006). A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba – PR criou um projeto piloto de planejamento e implantação de serviços de cuidado farmacêutico nas redes regionais de atenção à saúde, que se dispôs como experiência para outras entidades. Esse planejamento foi estruturado com uma metodologia inicial baseada na capacitação da equipe de profissionais farmacêuticos da atenção básica, seguido de requisitos propostos para serem traçados. O foco principal deste método está nos usuários do sistema de saúde que integram cinco ou mais medicamentos diários, na primeira etapa já se torna capaz a detecção de pacientes mais vulneráveis, podendo ser encaminhado para outro profissional ou mesmo ao farmacêutico (BRASIL, 2014). Em síntese, a relação terapêutica torna-se uma aliança entre o profissional e o paciente, que se forma com finalidade específica de satisfazer as necessidades de assistência à saúde do paciente. O exercício da atenção farmacêutica busca resolver o importante problema social da morbimortalidade relacionada com os medicamentos empregando um processo de cuidado centrado no paciente e uma responsabilidade profissional claramente definida (BANHOS, 2006). 29 3. OBJETIVOS Identificar e registrar a importância da participação do profissional Farmacêutico e o serviço clínico da atenção farmacêutica no controle de pacientes com a hipertensão arterial sistêmica. 30 4. METODOLOGIA Tipo de Estudo O trabalho desenvolvido adotou conceitos de um estudo exploratório, a partir de uma revisão bibliográfica, com materiais coletados de sites de referência e artigos científicos. A partir dos seguintes passos: 1º- Fontes Foram utilizadas as seguintes fontes principais: a) Artigos Científicos: Scielo (artigos brasileiros, com enfoque em dados e informações sobre a hipertensão); PubMed (artigos em língua estrangeira, com informações sobre a doença Hipertensão Arterial Sistêmica). b) Site de pesquisa principal: Datasus (2015, com foco em dados do Estado de Mato Grosso, Município de Sinop e região); Sociedade Brasileira de Hipertensão; IBGE. 2º - Coleta de Dados A coleta baseou-se nas seguintes etapas: a) Leitura Exploratória (leitura rápida, com intuito de verificar se os trabalhos consultados serão de interesse). b) Leitura Seletiva (leitura aprofundada, em busca de dados de interesse). c) Registro das informações (data, autores, resultados, discussões, revisão bibliográfica, conclusão e introdução). 3º - Análise, Interpretação e Discussão Para análise, interpretação e discussão dos resultados realizou-se leitura analítica com objetivo de obter informações que mostram a grande importância da atenção farmacêutica no controle de hipertensos. 31 5. DISCUSSÕES Impacto da Atenção Farmacêutica Tanto Ribeiro (2013), Souza (2008) e Aires (2010) apontam a influência e os benefícios da Atenção Farmacêutica no tratamento de pacientes com doenças crônicas, principalmente, a hipertensão arterial sistêmica, afirmando que os serviços clínicos realizados por farmacêuticos, sobretudo os vinculados ao novo paradigma da atenção farmacêutica, são exequíveis e cooperam para a redução da pressão em pacientes hipertensos não controlados. De acordo com Lula (2012) AtenFar possibilita uma prática profissional em que o usuário de medicamentos é o principal beneficiário das atuações do farmacêutico para obter a máxima qualidade farmacoterapêutica com o menor número de efeitos adversos possíveis dos seus medicamentos . O CFF (2016) determina as funções do farmacêutico na Saúde Pública na Atenção Primária à Saúde, que se dividem entre ações técnico-gerenciais e ações técnico-assistenciais. Essas ações se constituem em atividades em meio suporte ao processo gerencial da assistência farmacêutica (AF) voltadas principalmente para a logística do medicamento, também ao suporte à prescrição e dispensação, visando o cuidado do usuário, considerando o uso do medicamento, contribuindo para a efetividade do tratamento, seja no âmbito individual ou coletivo por meiode ações voltadas ao paciente, não ao medicamento e na obtenção de resultados terapêuticos positivos. Assim, se vê que a atenção farmacêutica é essencial no tratamento de doenças crônicas, propiciando o desenvolvimento do perfil farmacoterapêutico dos pacientes e os incentivando a usar corretamente os medicamentos, tendo em vista o fácil acesso, e o papel vital do farmacêutico nas informações de saúde, por meio de serviços diretamente ligados à comunidade, possibilitando em casos de pacientes hipertensos a obtenção de várias leituras, principalmente o entendimento dos níveis pressóricos (SOUZA, 2008). Estratégias beneficiárias da Atenção Farmacêutica no tratamento de HAS Segundo o Ministério da Saúde, o acompanhamento na atenção básica de pacientes com HAS tem sido primordial para diminuir os desfechos mais graves dessa doença (BRASIL, 2015). Os profissionais de saúde têm sido uma peça fundamental nas táticas de controle da hipertensão, tanto no esclarecimento do diagnóstico clínico e da conduta 32 terapêutica, como no empenho promovido para informar e educar o paciente e fazê-lo seguir o tratamento (RIBEIRO, 2013). A literatura reconhece a importância da equipe multiprofissional no cuidado à saúde dos idosos, pois de acordo com Junior (2006) a mesma pode influenciar positivamente na adaptação da doença e a efetivação da farmacoterapia. Em equipe, há múltiplos objetivos e abordagens com ação diferenciada, corrigindo a grande limitação no tratamento dos idosos, melhorando a adesão ao programa de atendimento e o controle da doença. Os métodos utilizados proporcionam aos pacientes, melhor qualidade de vida e um acompanhamento individualizado, além de diminuir gastos com saúde; para o médico, melhor comunicação e menor erro de prescrição; ao farmacêutico, expande sua participação na equipe interdisciplinar e proporciona maior reconhecimento pela sociedade; e para o sistema de saúde requer uma redução de seus custos com assistência médica e medicamentos, além de diminuir o número de internações hospitalares, já que irá prevenir doenças e suas prováveis complicações (AIRES, 2010). Conforme Provin (2010), a atenção farmacêutica como estratégia de Assistência Farmacêutica na Saúde da Família pode ser uma opção eficaz na obtenção de melhores resultados clínicos e econômicos, além de, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos usuários do SUS. Por ser um método de baixo custo, eficaz e ágil, além de chegar primeiro ao cidadão, evitando quase sempre que ele adoeça, ou se já estiver desenvolvendo uma doença, que não tenha o seu estado agravado. Essa atividade oferecida pelo farmacêutico auxilia e desobstrui o sistema único de saúde, reduzindo os custos, além de favorecer na redução dos índices negativos de saúde da população brasileira (BANHOS, 2006). Implantação da AtenFar no SUS O processo de implantação no serviço público pode se deparar com algumas dificuldades, tais como, conciliação das atividades de logística com o serviço de clínica, inexperiência em raciocínio clínico e farmacológico, formulário de consulta extenso, ausência de informações no prontuário eletrônico quando o paciente é atendido pela rede conveniada, carência de computadores e dificuldade de acesso à internet para estudo de casos, dificuldades na disponibilização da captação de pacientes para o serviço, dentre outros (BRASIL, 2014). Apesar destas e de outras dificuldades, o Ministério da Saúde; Brasil (2014; 2015) propõe-se inicialmente preparar o profissional farmacêutico para atuação clínica através de projetos que visam o desenvolvimento prático e teórico. Logo, Ribeiro (2013) propõe dois 33 passos fundamentais para conseguir administrar esse serviço, a primeira etapa consiste na preparação do município para o processo de implantação dos serviços de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica e a segunda etapa na execução da implantação dos serviços propriamente ditos. Um trabalho multidisciplinar também será fundamental ao cumprimento dessa integralidade de atenção à saúde, incluindo as ações do farmacêutico. Visto que de acordo com Simoni (2009), os maiores problemas se encontram no controle dos níveis pressóricos e na não adesão ao tratamento, além dos fatores de risco para doenças cardiovasculares e patologias relacionadas, podendo assim ser evitadas. Estudo realizado por Amarante (2010) mostrou que a avaliação da adesão ao tratamento farmacológico não é uma tarefa fácil. Cada método de quantificação da adesão (diretos e indiretos) descrito na literatura tem suas limitações, presença de um profissional farmacêutico treinado, mas não há método cuja sensibilidade e especificidade sejam superiores a 80%. No entanto, As intervenções educativas devem ser mais exploradas, pois o compartilhamento do conhecimento e das experiências enriquece e fortalece a relação terapêutica. Não basta apenas traçar diagnósticos e esquemas de tratamento; é preciso aprofundar-se na essência do paciente com hipertensão, pois, somente assim, será possível intervir com eficácia e, dessa forma, os resultados clínicos serão muito melhores. Brune (2014), expõe que o método mais utilizado e mais aceito no Brasil para a prática da atenção farmacêutica ao idoso é o Método Dáder. Seu benefício está na realização de um seguimento farmacoterapêutico de forma sistemática, constituindo-se uma estratégia importante para o uso racional de fármacos, bem como para promover a interação do farmacêutico com demais profissionais da área da saúde (BRUNE 2014). O CFF (2014) descreveu o impacto gerado por sua experiência de implantação ao serviço no SUS e demonstrou a necessidade da oferta de serviços de acompanhamento farmacoterapêutico aos usuários de medicamentos, especialmente aos portadores de patologias crônicas, como a hipertensão. A participação efetiva dos usuários cadastrados e sua disposição em atender as orientações farmacêuticas comprovaram a filosofia da prática da atenção farmacêutica que envolve a conscientização e coparticipação do usuário no processo de cuidado com a saúde. Esse método é baseado na obtenção da história farmacoterapêutica do doente, colhendo problemas de saúde oriundas dos medicamentos utilizados e avaliando seu estado numa determinada data, de forma a identificar e resolver os possíveis PRMs que o doente apresenta. Após essa identificação, realizam-se as intervenções farmacêuticas necessárias para resolver esses problemas, por isso Meneses (2010) afirma que o Dáder seria o método mais 34 abrangente na análise situacional, no plano de seguimento, na adequada avaliação e por dar ênfase às preocupações do usuário e aos PRMs. Seguimento Farmacoterapêutico Segundo Ribeiro (2013) e Modé (2015), o serviço de AtenFar representado pelo seguimento farmacoterapêutico, permite a identificação de Resultados Clínicos Negativos associados ao Medicamento (RNM) que, em sua maioria, poderiam ser evitados e solucionados por meio de intervenções, contribuindo e ampliando a assistência multiprofissional a pacientes hipertensos, otimizando a terapia farmacológica dos pacientes e proporcionando uma melhor qualidade de vida. Desse modo, pode-se notar que os profissionais farmacêuticos são fundamentais no momento de proporcionar ao paciente maior eficácia na aplicação de medidas terapêuticas, ressaltando a importância dos serviços de atenção farmacêutica para população com doenças crônicas. O CFF (2014) relata como experiência exitosa do farmacêutico no SUS a melhora significativa da adesão dos pacientes ao tratamento oriundo de um seguimento farmacoterapêutico e aumento dos níveis de satisfação com os serviços prestados pela farmácia. Pela própria característica do serviço, o acompanhamento farmacoterapêutico realizado com os pacientes e/ou responsáveis ajuda a criar um vínculo com o profissional. Essa relação de confiançatem sido primordial para fortalecer o papel do farmacêutico dentro das unidades de saúde. Hoje, pacientes e familiares fazem questão da presença destes profissionais e reconhecem o trabalho deles como parte do sucesso de seu tratamento ou do tratamento de seu familiar. Há também a educação em saúde que está entre os métodos iniciais que proporcionam bons resultados aos doentes, concebido de um planejamento adequado e metodologia sistematizada. Segundo Oliveira (2013), essa alternativa propõe grupos educativos que se distinguirão como uma ferramenta positiva no incentivo a adequação de alguns comportamentos e promoverão a melhoria dos níveis pressóricos. Essas estratégias facilitadoras, além de ocasionarem a ampliação dos serviços, trazem concomitantemente um farmacêutico diferenciado que necessitará de conhecimentos específicos relativamente ao paciente idoso, como também a necessidade incessante de promulgar seus conhecimentos para com os demais profissionais, sendo, assim, um desafio para o grupo. Esse profissional farmacêutico diferenciado, ao realizar a prática da AtenFar, 35 aumentará a sua responsabilidade por responder, ética e legalmente, junto com os outros profissionais de saúde, pelos resultados obtidos pela farmacoterapia ( MENESES, 2010). 36 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho foi possível constatar que a atenção farmacêutica em conjunto ao seguimento farmacoterapêutico e a educação em saúde vem como a melhor estratégia para incentivar a adesão ao tratamento da HAS, evidenciando a importância da adoção desses métodos educacionais pelos profissionais de saúde, contribuindo e ampliando a assistência multiprofissional a pacientes hipertensos. A participação de profissionais farmacêuticos além de ser uma tendência mundial na prevenção de doenças crônicas, ele é o único capacitado pela área da AtenFar e consegue estar mais próximo do paciente, sendo capaz de promover melhor qualidade de vida para este grupo populacional, em conjunto dos profissionais de saúde inseridos em uma equipe. Esse profissional farmacêutico atual e diferenciado, ao realizar essa prática além de expandir sua responsabilidade e ética, consegue proporcionar um impacto importante, aumentando a qualidade de vida dos doentes e conquistando um espaço importante perante a sociedade. 37 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AIRES, C. C. N. F.; MARCHIORATO, L. Acompanhamento Farmacoterapêutico a Hipertensos e Diabéticos na Unidade de Saúde de Tereza Barbosa: Análise de Caso. Rev Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde. São Paulo. V.1 n.1, pág. 1-24, set./dez. 2010. ALMEIDA, A.B, et al. 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