Buscar

TCC-2015- ALINE VIEIRA CARDOSO BITELLO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

0 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS 
CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO 
FARMACÊUTICA NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL 
SISTÊMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALINE VIEIRA CARDOSO BITELLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINOP-MT 
2016 
1 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS 
CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA - IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO 
FARMACÊUTICA NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL 
SISTÊMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALINE VIEIRA CARDOSO BITELLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Curso apresentado ao Curso de 
Farmácia da Universidade Federal de Mato 
Grosso – UFMT, campus de Sinop, para obtenção 
do título de Farmacêutica, sob a orientação da 
Professora Drº. Rafaela Grassi Zampieron. 
 
 
 
 
 
 
SINOP-MT 
2016 
2 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pela 
força e coragem durante esta caminhada, e aos 
meus pais Ana Valéria e Ivair, pela oportunidade 
e o apoio nesta nova etapa de minha vida. 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus por ter me proporcionado a grandeza da sabedoria, dado força e saúde para 
enfrentar as dificuldades. 
Aos meus pais, Ana Valéria e Ivair, por acreditar no meu potencial, dar apoio e 
incentivo a todo o momento. 
A minha orientadora Rafaela Grassi Zampieron pelo suporte e paciência durante o 
desenvolvimento deste projeto. 
Aos meus amigos que sempre estiveram presentes nos momentos difíceis e mais 
precisos, pelo companheirismo durante todo período da graduação e principalmente pela 
presença. 
E a todos os professores, que compartilharam seus conhecimentos e experiências, 
contribuindo com meu crescimento profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Existe uma coisa que uma longa existência 
me ensinou: toda a nossa ciência, comparada à 
realidade, é primitiva e inocente; e, portanto, é o 
que temos de mais valioso.” 
(Albert Einstein) 
7 
 
RESUMO 
BITELLO, A. V. C. Revisão Bibliográfica - Importância da Atenção Farmacêutica no 
Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica. 2016. [44]. Trabalho de Conclusão de Curso 
de Farmácia – Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop. 
 
Palavras-chaves: Atenção Farmacêutica, Hipertensão Arterial Sistêmica, Seguimento 
Farmacoterapêutico. 
 
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica tem sido considerada como um dos 
principais fatores de risco presente no país, uma das principais doenças do século XXI, como 
causa principal de óbitos da população brasileira. O controle dessa doença pode ser submetido 
a medidas farmacológicas e não farmacológicas. Nos últimos anos, a discussão sobre a 
ocorrência de problemas farmacoterapêuticos e sua representatividade ganhou destaque como 
fator de risco que gera morbimortalidade nesse grupo. A prática da atenção farmacêutica vem 
sendo relatada como a atividade mais recente que propicia um alcance de resultados 
satisfatórios na saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente, permitindo a interação do 
farmacêutico com o paciente e atendendo suas necessidades relacionadas aos medicamentos. 
OBJETIVO: Identificar, coletar e registrar a importância da participação do profissional 
Farmacêutico junto com atenção farmacêutica em pacientes com hipertensão arterial 
sistêmica. METODOLOGIA: O trabalho empregou conceitos de um estudo exploratório, a 
partir de uma revisão bibliográfica, com materiais coletados de sites de referência e artigos 
científicos de 2002 a 2016. DISCUSSÃO: Os profissionais de saúde têm sido fundamentais 
nas táticas de controle da hipertensão, tanto no esclarecimento do diagnóstico clínico e da 
conduta terapêutica, como no empenho promovido para informar e educar o paciente e fazê-lo 
seguir o tratamento. A atenção farmacêutica, área especifica do profissional farmacêutico, 
consegue promover a redução da pressão em pacientes hipertensos não controlados, sendo 
fundamentais neste momento de propiciar ao paciente maior eficácia na aplicação de medidas 
terapêuticas, diminuindo os desfechos mais graves dessa doença. CONCLUSÃO: A atenção 
farmacêutica em conjunto ao seguimento farmacoterapêutico e a educação em saúde vem 
como a melhor estratégia para incentivar a adesão ao tratamento da HAS. A participação de 
profissionais farmacêuticos é imprescindível, sendo o único capacitado pela área da Atenção 
Farmacêutica e consegue estar mais próximo do paciente, sendo capaz de promover melhor 
qualidade de vida para este grupo populacional, em conjunto dos profissionais de saúde inseridos 
em uma equipe. 
8 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1. Estratégia de tratamento proposta pela Sociedade Brasileira de Cardiologia / 
Sociedade Brasileira de Hipertensão/ Sociedade Brasileira de 
Nefrologia.................................................................................................................................18 
 
Figura 2. Fluxograma do Método Dáder para desenvolvimento da Atenção Farmacêutica.....26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 LISTA DE TABELAS 
 
Quadro 1. Classificação de risco cardiovascular. ........................................................................ 17 
 
Quadro 2. Medicamentos anti-hipertensivos de uso corrente disponíveis no Brasil. ............... 19 
 
Quadro 3. Anti-hipertensivos disponíveis nas Farmácias Regionais do Município de Sinop – 
MT. ................................................................................................................................................. 21 
 
Quadro 4. Número de casos registrados pelo DATASUS, de pacientes hipertensos, em 
setembro de 2015, dos municípios que compõem a Regional Teles Pires no estado de Mato 
Grosso. ...........................................................................................Erro! Indicador não definido. 
 
Quadro 5. Número de casos de hipertensão no Brasil registrados no DATASUS, por faixa 
etária e sexo, em Setembro de 2015. ............................................................................................ 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
 
 
AtenFar – Atenção Farmacêutica 
CFF – Conselho Federal de Farmácia 
DATASUS – Departamento de Informática do SUS/MS 
DCNT – Doenças crônicas não transmissíveis 
HAB – Hipertensão do Avental Branco 
HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica 
HM – Hipertensão Mascarada 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
OPAS – Organização Pan – Americana de Saúde 
PA – Pressão Arterial 
PAD – Pressão Arterial Diastólica 
PAS – Pressão Arterial Sistólica 
Pnad – Pesquisa Nacional por Amostras de domicílios 
PNS – Plano Nacional de Saúde 
PRM – Problemas Relacionadas os Medicamentos 
RENAME – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais 
REMUME – Relação Municipal de Medicamentos Essenciais 
RNM – Resultados Clínicos Negativos associados ao Medicamento 
SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia 
SBH – Sociedade Brasileira de Hipertensão 
SBN – Sociedade Brasileira de Nefrologia 
STF – Seguimento Farmacoterapêutico 
SUS – Sistema Único de Saúde 
UBS – Unidade Básica de Saúde 
VIGITEL – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito 
Telefônico 
 
 
 
 
 
11 
 
SUMÁRIO 
LISTADE ABREVIAÇÕES 
RESUMO 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 12 
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 14 
2.1 Cuidado Farmacêutico.....................................................................................................13 
2.2 Hipertensão Arterial Sistêmica........................................................................................15 
2.2.1 Tratamento da HAS .......................................................................................................... 17 
2.2.3 Levantamento de casos de HAS ....................................................................................... 23 
2.3 Benefícios do seguimento farmacoterapêutico nos casos de HAS................................25 
2.5 Implantação de serviço de atenção farmacêutica em consultórios farmacêuticos no 
SUS............................................................................................................................. ..............27 
3. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 29 
4. METODOLOGIA ................................................................................................................... 30 
5. DISCUSSÕES .......................................................................................................................... 31 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 36 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1. INTRODUÇÃO 
O profissional farmacêutico defrontou-se com vários obstáculos até o momento atual. 
Com a prática da atenção farmacêutica o profissional adquiriu uma oportunidade de 
desempenhar seu papel perante a sociedade (VIEIRA, 2007). A função do farmacêutico 
limitava-se apenas aos setores de gerência, bioquímica e farmácia, dessa maneira outros 
profissionais não tinham a percepção de sua importância em uma equipe de saúde (PROVIN, 
2010). 
A proporção de idosos no Brasil vem crescendo rapidamente desde a década de 1960, 
atualmente a população brasileira se encontra com 18 milhões de idosos. Isso configura um 
dos maiores problemas de saúde do mundo, consequentemente o aumento da idade 
cronológica há o aumento de doenças crônicas, assim como alto custo social e financeiro do 
país (CARDOSO, 2015). 
No Brasil, 72% dos óbitos que ocorrem no país são por doenças crônicas, dentre elas a 
hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer (VIGITEL, 2014). Nesse sentido, o 
papel de cada profissional de saúde passa a ganhar mais relevância científica e social, 
principalmente na faixa etária em que há a maior probabilidade de ocorrência de doenças 
crônico-degenerativas, perdas afetivas e funcionais (JUNIOR, 2006). 
A hipertensão arterial sistêmica tem sido considerada como um dos principais fatores 
de risco (FR) presente no país. Inquéritos populacionais em cidades brasileiras nos últimos 20 
anos apontaram uma prevalência de HAS acima de 30%, e entre os gêneros, a prevalência foi 
de 35,8% nos homens e de 30% em mulheres (SBC/SBH/SBN, 2010). 
 A HAS, uma das principais doenças do século XXI, vem sendo relatada como causa 
mais frequente de óbito da população idosa brasileira (BEZERRA, 2013; DANTAS, 2011). 
Uma doença assintomática, em grande proporção, em que consiste em um aumento 
significativo da pressão arterial, podendo refletir em outros tipos de enfermidades 
cardiovasculares, renais e cerebrovasculares (ANVISA, 2010). 
Para o controle da doença são submetidas medidas farmacológicas e não 
farmacológicas para o controle da pressão e uma substancial melhoria na qualidade de vida do 
paciente, podendo citar: moderações no consumo de álcool, no teor de gordura corporal, 
prática diária de exercícios físicos, dietas e na renúncia do tabaco (OLIVEIRA et al., 2013). 
A doença crônica, por não apresentar cura, necessita de um tratamento adequado e 
contínuo, visando o controle pleno bem como a redução ou retardamento de complicações 
futuras (FGUEIREDO, 2010). Nos últimos anos, a discussão sobre a ocorrência de problemas 
farmacoterapêuticos e sua representatividade ganhou destaque como fator de risco que gera 
13 
 
morbimortalidade, inclusive entre pacientes com doenças crônicas, como HAS. Por essa 
razão, é necessário propor estratégias de ação multiprofissional voltadas para essa área que 
consolidem as relações com os pacientes, efetivem a promoção à saúde e o uso racional dos 
medicamentos, nesse sentido torna-se necessário demonstrar a importância da atenção 
farmacêutica perante o tratamento (MODÉ, 2015). 
A atenção farmacêutica dispõe em satisfazer de forma adequada às necessidades 
farmacoterapêuticas dos pacientes, se baseando na indicação apropriada e nos benefícios dos 
medicamentos, sem provocar novos problemas de saúde (BRASIL, 2009). Assim, ela segue 
propósitos direcionados aos pacientes seguindo de autocuidado e autonomia, aumentando 
níveis de conhecimento e apreensão dos processos de saúde e doença, montando táticas para 
ajustar hábitos e estilo de vida (RIBEIRO, 2012). 
Diante dos fatos apresentados a proposta do trabalho é realizar uma pesquisa, com 
foco na importância do farmacêutico na área da atenção farmacêutica destinado ao controle de 
pacientes com hipertensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 Cuidado Farmacêutico 
 
A farmácia comunitária (e/ou drogaria) constitui-se de um estabelecimento de saúde, 
que tem o profissional farmacêutico como principal responsável a dirigir atividades 
relacionadas ao cuidado ao paciente. Este cuidado baseia-se em um modelo de prática 
farmacêutica, conhecido como atenção farmacêutica, a qual envolve atitudes, valores éticos, 
comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças, 
promoção e recuperação da saúde, além de interação direta do farmacêutico com o usuário 
voltado para a melhoria da qualidade de vida (SES-MG, 2010). 
No entanto, a prática da atenção farmacêutica é uma atividade recente e poucos 
conhecem sobre o impacto no qual pode propiciar ao paciente. No Brasil, o primeiro 
consenso sobre esse assunto só incidiu em 2002, com o objetivo de atender as necessidades 
farmacoterapêuticas e fatores que envolviam medicamentos (AMBIEL, 2013). Assim, foi 
proposto um consenso, o qual o exercício profissional da atenção farmacêutica buscava a 
integração de macro componentes para o estudo do paciente e seus medicamentos a partir da 
educação em saúde, incluindo promoção do uso racional de medicamentos; orientação 
farmacêutica; dispensação; atendimento farmacêutico; acompanhamento/seguimento 
farmacoterapêutico; registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos 
resultados (OPAS, 2002). 
Atenção Farmacêutica é a provisão responsável do tratamento farmacológico com a 
finalidade de alcançar resultados satisfatórios na saúde, melhorando a qualidade de vida do 
paciente, permitindo a interação do farmacêutico com o paciente, atendendo suas 
necessidades relacionadas aos medicamentos (CARDOSO, 2013). 
Atualmente ainda pode-se deparar com dificuldades na compreensão desta prática 
profissional voltada para o paciente, sendo confundido com ações de Assistência 
Farmacêutica, cujo insumo essencial é o medicamento e envolve atividades como o 
desenvolvimento, a produção e a gestão da droga (AMBIEL, 2013). 
O objetivo da AtenFar não é intervir no diagnóstico ou na prescrição de 
medicamentos, pois são atribuições do médico, mas garantir um uso racional desses 
medicamentos(CARDOSO, 2013). 
O desenvolvimento de habilidades de comunicação com pacientes em Atenção 
Farmacêutica é imprescindível para obtenção de melhores resultados no processo de 
15 
 
intervenção. E, esta relação social tem sido destacada como a principal indutora da satisfação 
do paciente em relação aos serviços de saúde, sendo um instrumento essencial no trabalho do 
farmacêutico e em sua atividade de promoção em saúde (D‟ANDRÉA et al., 2012). Desta 
forma, torna evidentemente imprescindível a necessidade da AtenFar, findando o 
pragmatismo do farmacêutico dispensador e enaltecendo elo entre paciente-médico e 
paciente- medicamento (BIGUELINI, 2013). 
Recentemente o Brasil assume a sexta posição dos países mais envelhecidos do 
mundo, com isso o aumento da idade cronológica aumenta consecutivamente possíveis 
doenças crônico-degenerativas, e expõe aos pacientes ao uso múltiplo de medicamentos e 
peculiaridades em relação à utilização da farmacoterapia (CARDOSO, 2013). Dentre as 
doenças crônicas que mais atingem a essa classe da população estão a Hipertensão e Diabetes 
Mellitus (DM) (LEÃO E SILVA, 2013). 
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) foi relatado em sua 
última edição, no total de números da população residente, que 31,3% afirma apresentar pelo 
menos uma doença crônica, correspondendo a 59,5 milhões de pessoas da população, e a 
hipertensão ocupa o primeiro lugar com 14,1%. Atualmente as DCNTs, como a HAS e a DM, 
assumem ônus crescente e preocupante em decorrência das transições demográfica, 
nutricional e epidemiológica ocorridas nas últimas décadas (BRASIL, 2015). 
 
2.2 Hipertensão Arterial Sistêmica 
A hipertensão arterial sistêmica é uma disfunção multifatorial que consiste em níveis 
de pressão arterial elevado, associado a alterações funcionais, estruturais e metabólicas, nas 
quais atingem órgãos alvos (SBC/SBH/SBN, 2010). Essa doença crônica, degenerativa e não 
transmissível apresenta um alto risco para doenças cardiovasculares, aumentando o problema 
de saúde em virtude da longevidade e da prevalência de fatores contribuintes, como 
obesidade, sedentarismo e dieta inadequada (NASCIMENTO, 2013). 
A HAS é diagnosticada pela detecção de níveis elevados e sustentados de pressão 
arterial (PA) pela medida diária. A medida da PA deve ser desempenhada em toda avaliação 
por médicos de qualquer especialidade e demais profissionais da saúde. Essa medição pode 
ser feita pelo método indireto com técnica auscultatória com uso de esfigmomanômetro de 
coluna de mercúrio ou aneroide devidamente calibrado, ou com técnica oscilométrica pelos 
aparelhos semiautomáticos digitais de braço validados e calibrados, sendo os aparelhos 
16 
 
aneroides de segunda escolha, pois perdem a calibração com maior facilidade (ANDRADE, 
2010). 
Essa enfermidade, comumente chamada de pressão alta, apresenta valores arteriais, 
sistematicamente, igual ou maiores que 140/90 mmHg. Essa pressão se eleva por vários 
motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem (SBH, 
2016). Quando considerada hipertensão, essa doença crônica que apresenta um grande 
problema de saúde pública percorre a vários fatores de risco como doenças renais, 
cardiovasculares e cerebrocardiovasculares (ANVISA, 2010). 
O diagnóstico de HAS, assim como outras doenças, deve ser realizado através de 
medidas casuais ou de consultório. Obrigatoriamente deve-se considerar que as utilizações de 
métodos de avaliação fora do consultório médico também são de suma importância, no 
entanto, para melhores resultados, o tratamento deve seguir os valores de pressão arterial e os 
possíveis e graves riscos cardiovasculares presente (SOCESP, 2015). 
A HAS pode ser classificada em quatro gêneros: a) hipertensão: considerado valores 
de PA sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg medidas no consultório, e 
diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais; b) 
hipertensão sistólica isolada: determinada por um comportamento anormal da PA sistólica (> 
140 mmHg) e diastólica normal (< 90 mmHg); c) hipertensão do avental branco (HAB): 
quando o paciente apresenta medidas de PA persistentemente elevadas (≥ 140/90 mmHg) no 
consultório e médias de PA consideradas normais na residência; d) hipertensão mascarada 
(HM): definida como a situação clínica caracterizada por valores normais de PA no 
consultório (< 140/90 mmHg), porém com PA elevada durante o período de vigília, esses 
pacientes portadores de HM devem ser identificados e acompanhados, pois apresentam risco 
de desenvolver lesões de órgãos-alvo de forma semelhante a pacientes hipertensos 
(SBC/SBH/SBN, 2010). 
De modo geral, a HAS é considerada uma doença e agravo não transmissível, com 
relevante importância epidemiológica no Brasil advindo de um trajeto demográfico com 
significativa diminuição de taxas de fecundidade e natalidade, contudo um aumento da 
expectativa de vida e da proporção de idosos, além das doenças infecciosas que deixaram de 
ser a grande preocupação das mortes, a HAS passou a ser a maior intermediária para os casos 
de mortalidade da população, atingindo cerca de 40% das mortes por acidente vascular 
encefálico, 25% das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com o diabetes, 
50% dos casos de insuficiência renal terminal (RIBEIRO, 2013). 
17 
 
A hipertensão pode ser definida por quatro categorias de risco cardiovascular absoluto 
(global), grupo de baixo risco, no qual probabilidade de um episódio cardiovascular grave é 
menor que 15%; grupo de risco médio entre 15 e 20%; de risco alto sendo entre 20 e 30% e 
grupo de risco muito alto com 30% (SES-MG, 2010). 
 
Quadro 1. Classificação de risco cardiovascular. 
 
Fatores de risco ou doenças associadas 
Grau 1- 
Hipertensão leve 
PAS 140-159 ou 
PAD 90-99 
 
Grau 2- 
Hipertensão 
moderada PAS 
160-179 ou PAD 
100-109 
Grau 3- 
Hipertensão grave 
PAS ≥ 180 ou PAD 
≤ 110 
I. Sem outros fatores de risco (FR) RISCO BAIXO RISCO MÉDIO RISCO ALTO 
II. 1 a 2 fatores de risco RISCO MÉDIO RISCO MÉDIO RISCO MUITO 
ALTO 
III. 3 ou mais FR ou lesões nos órgãos 
alvo ou diabetes 
RISCO ALTO RISCO ALTO RISCO MUITO 
ALTO 
IV. CCA RISCO MUITO 
ALTO 
RISCO MUITO 
ALTO 
RISCO MUITO 
ALTO 
CCA- condições clínicas associadas, incluindo doença cardiovascular ou renal. 
Fonte: Linha Guia Atenção à Saúde do Adulto: Hipertensão de diabetes, SES/MG, 2006. 
 
No entanto, na maioria dos casos, a hipertensão permanece em nível moderado e 
razoavelmente estável durante muitos anos e décadas, sendo plenamente compatível com uma 
vida longa, a não ser que ocorram interferentes como o infarto do miocárdio, a insuficiência 
cardíaca ou o acidente vascular cerebral; porém cerca de 5% dos hipertensos apresentam uma 
pressão arterial rapidamente crescente que, se não for tratada, leva a morte entre um ou dois 
anos (BIGUELINI, 2013). 
 
2.2.1 Tratamento da HAS 
Para o controle da hipertensão são necessárias algumas providências farmacológicas e 
não farmacológicas. Das mudanças não farmacológicas incluem hábitos alimentares (redução 
de sal, açúcar), controle de obesidade, práticas de exercícios físicos e cessação de tabaco 
(OLIVEIRA, 2013). 
Por ser considerada, em muitos casos, uma doença silenciosa, torna-se necessário 
adoção de condutas que contribuam para atingir a efetividade de ações preventivas e de 
controle disponíveis, sendo este controle farmacológico ou não. É importante uma atenção, 
18 
 
um cuidado, tanto na administração, como na adesão e interação entre os medicamentos 
envolvidos (LEÃO E SILVA, 2013). 
O tratamento realizado de maneira correta é uma etapa essencial para o controle de 
HAS e suas complicações, constituindo de estilo de vida saudável, adesão à terapêutica 
farmacológica e acompanhamento frequente de profissionais da saúde (LEÃO E SILVA, 
2013). 
 
Figura 1. Estratégiade tratamento proposta pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2010). 
 
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de 
Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. 
 
a) Tratamento farmacológico 
Para o tratamento medicamentoso da hipertensão arterial utilizam-se diversos 
fármacos genericamente nomeados de anti-hipertensivos que são divididos em seis classes: 
diuréticos, inibidores da enzima conversora de angiotensina-IECA, beta-bloqueadores, 
inibidores adrenérgicos, vasodilatadores e bloqueadores de canais de cálcio (NASCIMENTO, 
2013). 
19 
 
Quadro 2. Medicamentos anti-hipertensivos de uso corrente disponíveis no Brasil. 
Medicamentos/ Classe Posologia (mg) Mínima Posologia (mg) Máxima 
Diuréticos 
Tiazídicos 
- Clortalidona 12,5 25 1 
- Hidroclorotiazida 12,5 50 1 
- Indapamida 2,5 5 1 
De alça 
- Bumetamida 0,5 ** 1-2 
- Furosemida 20 ** 1-2 
- Piretanida 6 12 1 
- Poupadores de potássio 2,5 5 1 
- Amilorida (em associação) 2,5 5 1 
- Espironolactona 50 100 1-3 
- Triantereno (em associação) 50 150 1 
Inibidores adrenérgicos 
Ação central 
- Alfametildopa 250 1.500 2-3 
- Clonidina 0,1 0,6 2-3 
- Guanabenzo 4 12 2-3 
- Moxonidina 0,2 0,4 1 
Alfa-1 bloqueadores 
- Doxazosina (urodinâmica) 2 4 2-3 
- Prazosina 1 10 2-3 
Betabloqueadores 
- Atenolol 25 100 1-2 
- Bisoprolol (em associação) 2,5 10 1-2 
- Metoprolol 50 50 200 1-2 
- Nadolol 20 80 1-2 
- Propranolol 40 240 2-3 
- Pindolol (com ASI) 5 20 1-3 
Vasodilatadores diretos 
- Hidralazina 50 200 2-3 
- Minoxidil 2,5 40 2-3 
Antagonista de canais de cálcio 
20 
 
- Antagonista do canal L 
Fenilalquilaminas 
- Verapamil Coer* 120 360 1 
- Verapamil Retard* 120 480 1-2 
Benzotiazepinas 
- Diltiazem SR*ou CD* 120 360 1-2 
Diidropiridinas 
- Anlodipina 2,5 10 1 
- Felodipina 5 20 1 
- Isradipina 2,5 10 2 
- Lacidipina 4 8 1-2 
- Nifedipina Oros* 30 60 1 
- Nifedipina Retard* 20 40 1-2 
- Nisoldipina 10 30 1 
- Nitrendipina 20 40 2-3 
Antagonista do canal T 
Derivado do tetralol 
 
- Mibefradil 50 100 1 
Inibidores da enzima 
conversora da angiotensina 
 
- Benazepril 5 10 1-2 
- Captopril 25 150 2-3 
- Cilazapril 2,5 5 1-2 
- Enalapril 5 40 1-2 
- Fosinopril 10 20 1-2 
- Lisinopril 5 20 1-2 
- Perindopril 4 8 1-2 
- Ramipril 2,5 10 1-2 
- Trandolapril 2 4 1 
Antagonista do receptor de 
angiotensina II 
 
- Candesartan 4 16 1 
- Eprosartan 400 800 1 
- Irbesartan 75 300 1 
- Losartan 50 100 1 
21 
 
- Valsartan 80 160 1 
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de 
Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51 
* Retard, SR, CD, Coer, Oros - Referem-se a preparações farmacêuticas de liberação lenta - ação prolongada. 
** Variável - de acordo com a indicação clínica. 
ASI – Atividade Simpatomimética Intrínseca. 
 
Apesar da gama de agentes anti-hipertensivos disponíveis para controle dessa doença 
deve-se adotar estilo de vida saudável, adesão ao tratamento medicamentoso e 
acompanhamento frequente de profissionais da saúde (LEÃO E SILVA, 2013). 
Entretanto, também se torna imprescindível identificar alguns potenciais de interações 
no tratamento da HAS e outras doenças crônicas e realizar seguimento farmacoterapêutico 
adequado para evitar efeitos colaterais graves, e o profissional de saúde deve ficar atento às 
interações entre fármacos e precisam estar aptos a descrever o resultado das potenciais 
interações e sugerir apropriadas intervenções (PINTO, 2014). 
 
b) Medicamentos da REMUNE disponíveis no Município de Sinop - MT 
A Relação Nacional de Medicamentos deve ser aplicada como instrumento mestre para as 
ações de planejamento, seleção de medicamentos e de organização da assistência 
farmacêutica no âmbito do SUS, a RENAME quando associada ao Formulário Terapêutico 
Nacional, torna-se um importante auxílio na escolha da melhor terapêutica. Aos gestores 
estaduais e municipais, deve subsidiar a elaboração e condescender da REMUME (RENAME, 
2015). 
 
Quadro 3. Anti-hipertensivos disponíveis nas Farmácias Regionais do Município de Sinop – 
MT. 
Anti-hipertensivos - 
REMUME de Sinop/MT 
Comprimido (mg) Presente na lista de 
Medicamentos Padronizados 
(Sim / Não) 
ANLODIPINO 10 SIM 
ANLODIPINO 5 NÃO 
ATENOLOL 50 SIM 
ATENOLOL 25 NÃO 
ATENOLOL 100 NÃO 
CAPTOPRIL 25 SIM 
DOXAZOSIMA 4 NÃO 
ENALAPRIL 10 SIM 
ENALAPRIL 20 SIM 
ENALAPRIL 5 NÃO 
22 
 
ESPIRONOLACTONA 25 NÃO 
ESPIRONOLACTONA 50 NÃO 
ESPIRONOLACTONA 100 NÃO 
FUROSEMIDA 40 SIM 
HIDROCLOROTIAZIDA 25 SIM 
LOSARTANA POTÁSSICA 100 NÃO 
LOSARTANA POTÁSSICA 25 SIM 
LOSARTANA POTÁSSICA 50 SIM 
METOPROLOL 50 NÃO 
NIFEDIPINO 10 SIM 
NIFEDIPINO 20 NÃO 
PROPRANOLOL 40 SIM 
Fonte: REMUMESINOP-MT, (2014). 
 
c) Tratamento não Farmacológico 
Mudanças no estilo de vida são entusiasticamente recomendadas para prevenção e 
tratamento inicial da HAS, notadamente nos indivíduos com PA constante (SBH, 2010). 
A prática de exercícios físicos vem sendo incorporada como uma das principais 
terapêuticas a portadores hipertensos, não apenas para redução da PA, mas para a diminuição 
de riscos de doenças cardiovasculares, renais e cerebrovasculares. Além de melhorar a 
capacidade funcional, a coordenação, a perda de gordura corporal, o equilíbrio também 
diminuem índices de morbimortalidade. No entanto, esses exercícios devem ser 
acompanhados por um responsável e avaliado de acordo com cada paciente (NOGUEIRA, 
2012). 
Além da prática de exercícios, a educação em saúde, atualmente vem sendo um dos 
modos mais eficazes de estimular a adesão correta ao tratamento, conseguindo estabelecer 
uma aproximação mútua entre o profissional e o paciente, proporcionando a liberdade do 
usuário refletir e expor sua realidade, trocando experiências e alterações de hábitos 
(ALMEIDA et al., 2011). 
O processo de cuidado inicial da HAS torna-se necessária à compreensãoda 
aplicabilidade de técnicas não farmacológicas em casos como a obesidade, por exemplo, a 
qual pode ser advinda de fatores como: causas genéticas, excessiva ingestão calórica, maus 
hábitos alimentares, entre outras, e é uma das principais causas predisponente para 
hipertensão arterial e diabetes. Dados indicam que 50 % das pessoas acima de 65 anos ou 
mais apresentam sobrepeso associada à hipertensão, na qual a maior parte dos casos ocorre 
devido ao abuso de ingestão calórica e o excesso de sal, levando a um aumento de retenção de 
líquido, elevação o peso corporal e a pressão arterial (MARTIREZ, 2013). O consumo de sal 
reduzido contribui significativamente para o retardamento ou prevenção de incidências ou 
23 
 
tratamento de hipertensão, reduzindo riscos de doenças cardiovasculares e descontrole de 
pressão arterial (FRISOLI, 2012). 
 Entretanto, a não adesão ao tratamento farmacológico ou ao exercício físico vem 
ocupando o primeiro lugar como a principal causa de descontrole da pressão arterial 
(BASTOS-BARBOSA, 2012). Essa não adesão se dá muitas vezes pelo esquecimento do 
paciente, pela presença de efeitos colaterais, sensação de não necessitar do medicamento e 
pelas dificuldades de adaptação quanto ao uso do fármaco (dose, horário, quantidades, 
identificação), sendo necessário um método de atenção farmacêutica para melhores 
diagnósticos das causas que interferem na qualidade de vida do paciente (FIGUEIREDO, 
2010). 
 
2.2.3 Levantamento de casos de HAS 
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) denotam altos índices e um sério 
agravo à saúde, sendo que a hipertensão e a diabetes são as DCNT altamente investigadas 
pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Segundo o Mistério da Saúde com parceria Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% da população adulta brasileira 
apresenta pelo menos uma doença crônica, sendo o sexo feminino mais atingido, devido à 
falta de procura pela unidade básica de saúde do sexo masculino (BRASIL, 2015). 
Essa falta de procura se dá pelo autocuidado e à preocupação insipiente com a saúde 
do sexo masculino, no entanto, afirma-se que, na verdade, os homens preferem usar outros 
serviços de saúde, como farmácias ou prontos-socorros, que responderiam mais objetivamente 
e seriam atendidos com rapidez, conseguindo expor seus problemas com mais facilidade 
(FIGUEIREDO, 2005). 
Dado da PNS revelou, que 473 mil pessoas acima de 18 anos no Mato Grosso 
apresentam hipertensão, o que representa 20,8% da população brasileira (BRASIL, 2015). 
Segundo Júnior (2006), os países em desenvolvimento estão demonstrando que 
doenças crônicas acarretam fatores de riscos cardiovasculares e são responsáveis pela metade 
das mortes na população, sendo as principais causadoras de óbito na população brasileira há 
mais de 30 anos. Dentre essas doenças, a hipertensão arterial sistêmica é a mais comum em 
todo o mundo, sendo responsável por altos índices de morbimortalidade, sobretudo entre os 
idosos (JUNIOR, 2006). 
 
24 
 
Quadro 4. Número de casos de hipertensão no Brasil registrados no DATASUS, por faixa 
etária e sexo, em Setembro de 2015. 
Idade Feminino Masculino 
15-19 20.267 14.054 
20-24 41.679 24.924 
25-29 89.553 44.248 
30-34 175.624 78.255 
35-39 315.808 136.389 
40-44 522.767 225.772 
45-49 760.974 334.310 
50-54 941.927 436.315 
55-59 970.019 495.198 
60-64 916.954 520.283 
65-69 800.808 483.037 
70-74 637.766 396.836 
75-79 435.502 272.588 
+80 410.992 246.925 
Fonte: DATASUS, 2015. 
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (2015), até 2025, o número de 
hipertensos nos países em desenvolvimento, como o Brasil, deverá crescer 80%, segundo 
estudo conjunto da Escola de Economia de Londres, do Instituto Karolinska (Suécia) e da 
Universidade do Estado de Nova York (SBH, 2015). 
O envelhecimento bem como contextos importantes relacionados a desigualdades 
sociais e regionais da população pretendem proporcionar, nas próximas décadas, desafios 
cada vez maiores aos serviços de saúde, resultando no aumento a cada dia de pessoas 
enfermas (JUNIOR, 2006). No entanto, por se tratar de uma doença crônica, o seu tratamento 
requer o uso contínuo de medicamentos, além de mudanças no estilo de vida. A prática da 
atenção farmacêutica pode colaborar decisivamente com a melhoria da adesão ao tratamento e 
o aprimoramento dos benefícios da farmacoterapia nesses pacientes hipertensos, desde a 
identificação das necessidades individuais até a detecção e resolução dos problemas 
relacionados aos medicamentos (BRUNE, 2014). 
E, levantamento aponta que o acompanhamento da atenção básica tem sido primordial 
para diminuir os desfechos mais graves dessa doença (BRASIL, 2015). Os profissionais de 
saúde têm tido uma importância fundamental nas táticas de controle da hipertensão, tanto no 
25 
 
esclarecimento do diagnóstico clínico e da conduta terapêutica, como no empenho promovido 
para informar e educar o paciente e fazê-lo seguir o tratamento (RIBEIRO, 2013). 
De acordo com a PNS, 69,7% dos hipertensos receberam assistência médica no último 
ano, sendo que 45,9% foram tratados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) (BRASIL, 
2015). 
2.3 Benefícios do seguimento farmacoterapêutico nos casos de HAS 
Para que ocorra a promoção da adesão ao tratamento, prevenção de riscos e soluções 
de problemas na farmacoterapia tem-se como alternativa o seguimento farmacoterapêutico 
(STF) para o auxílio tanto do profissional quanto do paciente. O STF é um método da atenção 
farmacêutica que responsabiliza o profissional farmacêutico pelas necessidades do usuário 
relacionadas ao medicamento, por meio da percepção, prevenção e resolução dos problemas 
relacionados a medicamentos (PRM), de maneira documentada, com objetivo de alcançar 
resultados positivos recuperando a qualidade de vida do paciente (CARVALHO, 2011). 
Este programa resulta no compromisso e deve ser disponibilizado de um modo 
contínuo, sistemático e documentado, em cooperação com o paciente e com os profissionais 
do sistema de saúde, com o propósito de atingir resultados concretos que melhorem a 
qualidade de vida do paciente (DÁDER, 2014). 
Esse seguimento farmacoterapêutico pode ser realizado pelo método Dáder, que se 
trata de um simples processo que permite acompanhar o paciente, podendo ser empregado a 
qualquer usuário. Esse procedimento admite a investigação da história de vida do doente 
conseguindo espaço para a avaliação, identificação e resolução de problemas, complicações 
relacionadas ao medicamento e a adesão do paciente ao tratamento. Sendo assim, após 
identificação prossegue com uma intervenção farmacêutica e posteriormente a avaliação dos 
resultados obtidos (MENESES, 2010). 
O método Dáder consiste resumidamente em desenvolver um trabalho seguindo uma 
metodologia específica, dividida em fases: a primeira fase retrata o aceite do paciente, na qual 
ocorre uma exposição geral do trabalho, seus objetivos; logo faz-se a primeira visita, na qual 
são obtidos os dados iniciais, como os medicamentos de uso (contínua ou esporadicamente), 
problemas de saúde, e mensuração da pressão arterial; a terceira etapa, que deriva do 
monitoramento da pressão arterial, com agendamento de visitas ao paciente, em intervalos de 
tempo pré- determinados e acompanhamento farmacoterápico (BIGUELINI, 2013). 
26 
 
Figura 2. Fluxograma do Método Dáder para desenvolvimento da Atenção Farmacêutica. 
 
Fonte: HTTP://www.pharmanet.com.br/atencao/metododadeer.pdf 
 
Essas fases são consideradas indispensáveis para obter a história farmacoterapêutica 
do paciente, para avaliação dos problemas de saúde diagnosticados e não diagnosticados 
(MENESES, 2010). 
Na sequência vem à fase de estudos, na qual a situação do paciente é avaliada em 
detalhes, constatando-se os possíveis PRMs (Problemas Relacionados aos Medicamentos), 
com intuito em reduzi-los e/ou interrompê-los.Para uma intervenção farmacêutica ou até 
27 
 
mesmo médica, faz-se a orientação ao paciente, bem como a comunicação com médico sobre 
os problemas detectados e as sugestões farmacêuticas para solucioná-las (BIGUELINI, 2013). 
No Brasil, o Método Dáder é o mais empregado e mais aceito para a técnica da 
Atenção Farmacêutica. Essa prática possibilita a vantagem de realização do seguimento 
farmacoterapêutico de forma sistemática, compondo uma estratégia importante para o uso 
racional de fármacos, assim como para promover a interação do farmacêutico com demais 
profissionais da área da saúde (BRUNE, 2014). 
 
2.5 Implantação de serviço de atenção farmacêutica em consultórios 
farmacêuticos no SUS 
 O SUS (Sistema Único de Saúde) foi criado em 1988 com propósito de minimizar as 
desigualdades assistenciais, por meio de princípios da Universalidade, Integralidade e 
Equidade de um sistema de assistência à saúde da população brasileira, de forma 
hierarquizada, regionalizada e descentralizada que unifica as ações à saúde do Município, 
Estado, Distrito Federal e da União cumprindo suas funções únicas, especificas e interligadas 
(TEIXEIRA, 2011). 
Seguido pela Lei Nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990, dispôs de condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e de outras providências (PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2016). 
 O processo de implantação do SUS tem sido guiado pelas Normas Operacionais do 
SUS organizadas por portarias ministeriais, as quais definem a competência de cada posição 
em assumir suas devidas responsabilidades referente à gestão do sistema (BANHOS, 2006). 
Contudo, a evolução permitiu com que as normas e as leis fossem atualizadas, e admitiu a 
criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 1998, que fortaleceu e 
incrementou a credibilidade ao setor farmacêutico, além de expandir o foco da atenção 
farmacêutica, com a implantação de medidas regulatórias específicas para a área de serviços 
de saúde (BRASIL, 2006). 
 Com integralidade do SUS, a atenção farmacêutica torna-se um dos componentes do 
processo de atendimento muito importante, consistindo em um conjunto de ações que visa 
proporcionar o acesso e garantir o uso racional de medicamentos. No entanto, o farmacêutico 
ainda é mantido a uma distância do paciente e da equipe de saúde, acredita-se que as políticas 
atuais no Brasil em relação às drogas e Assistência Farmacêutica pode incentivar o 
farmacêutico a atuar no âmbito da cuidados de saúde primários (MARTINS, 2013). 
28 
 
A Atenfar têm apontado resultados positivos quando se trata de doenças crônicas, 
reduzindo custos, melhorando as prescrições, controlando a possibilidade de reações adversas 
e promovendo maior adesão do paciente ao tratamento, e atende ao artigo 6º da Lei Orgânica 
da Saúde, inserida nos direitos a assistência integral a saúde incluindo a farmacêutica 
(JUNIOR, 2006; BRASIL, 1990). 
A cooperação entre médicos, farmacêutico e outros profissionais, também vem como 
uma aliança que pode aumentar a eficácia do tratamento, além de conseguir a promoção do 
paciente e o controle sistemático dos resultados de pressão arterial e outras doenças 
(SKOWRON, 2011). 
Atualmente a participação de profissionais farmacêuticos é uma tendência mundial 
quando se trata da atenção primária à saúde, na prevenção de doenças como AIDS, diabetes, 
hipertensão e colesterol, isso já vem ocorrendo em vários países desenvolvidos. Essa conduta 
amplamente debatida na Organização Mundial de Saúde (OMS) e no Fórum Farmacêutico das 
Américas, por considerar a farmácia um local favorável para os primeiros cuidados com a 
saúde (BANHOS, 2006). 
 A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba – PR criou um projeto piloto de 
planejamento e implantação de serviços de cuidado farmacêutico nas redes regionais de 
atenção à saúde, que se dispôs como experiência para outras entidades. Esse planejamento foi 
estruturado com uma metodologia inicial baseada na capacitação da equipe de profissionais 
farmacêuticos da atenção básica, seguido de requisitos propostos para serem traçados. O foco 
principal deste método está nos usuários do sistema de saúde que integram cinco ou mais 
medicamentos diários, na primeira etapa já se torna capaz a detecção de pacientes mais 
vulneráveis, podendo ser encaminhado para outro profissional ou mesmo ao farmacêutico 
(BRASIL, 2014). 
Em síntese, a relação terapêutica torna-se uma aliança entre o profissional e o paciente, 
que se forma com finalidade específica de satisfazer as necessidades de assistência à saúde do 
paciente. O exercício da atenção farmacêutica busca resolver o importante problema social da 
morbimortalidade relacionada com os medicamentos empregando um processo de cuidado 
centrado no paciente e uma responsabilidade profissional claramente definida (BANHOS, 
2006). 
 
 
 
 
29 
 
3. OBJETIVOS 
 
Identificar e registrar a importância da participação do profissional Farmacêutico e o 
serviço clínico da atenção farmacêutica no controle de pacientes com a hipertensão arterial 
sistêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
4. METODOLOGIA 
 
Tipo de Estudo 
 
O trabalho desenvolvido adotou conceitos de um estudo exploratório, a partir de uma 
revisão bibliográfica, com materiais coletados de sites de referência e artigos científicos. A 
partir dos seguintes passos: 
 
1º- Fontes 
 
Foram utilizadas as seguintes fontes principais: 
a) Artigos Científicos: Scielo (artigos brasileiros, com enfoque em dados e informações 
sobre a hipertensão); PubMed (artigos em língua estrangeira, com informações sobre a 
doença Hipertensão Arterial Sistêmica). 
b) Site de pesquisa principal: Datasus (2015, com foco em dados do Estado de Mato 
Grosso, Município de Sinop e região); Sociedade Brasileira de Hipertensão; IBGE. 
 
2º - Coleta de Dados 
 
A coleta baseou-se nas seguintes etapas: 
a) Leitura Exploratória (leitura rápida, com intuito de verificar se os trabalhos consultados 
serão de interesse). 
b) Leitura Seletiva (leitura aprofundada, em busca de dados de interesse). 
c) Registro das informações (data, autores, resultados, discussões, revisão bibliográfica, 
conclusão e introdução). 
 
3º - Análise, Interpretação e Discussão 
 
 Para análise, interpretação e discussão dos resultados realizou-se leitura analítica com 
objetivo de obter informações que mostram a grande importância da atenção farmacêutica no 
controle de hipertensos. 
 
 
 
31 
 
5. DISCUSSÕES 
 
Impacto da Atenção Farmacêutica 
 
 Tanto Ribeiro (2013), Souza (2008) e Aires (2010) apontam a influência e os 
benefícios da Atenção Farmacêutica no tratamento de pacientes com doenças crônicas, 
principalmente, a hipertensão arterial sistêmica, afirmando que os serviços clínicos realizados 
por farmacêuticos, sobretudo os vinculados ao novo paradigma da atenção farmacêutica, são 
exequíveis e cooperam para a redução da pressão em pacientes hipertensos não controlados. 
De acordo com Lula (2012) AtenFar possibilita uma prática profissional em que o 
usuário de medicamentos é o principal beneficiário das atuações do farmacêutico para obter a 
máxima qualidade farmacoterapêutica com o menor número de efeitos adversos possíveis dos 
seus medicamentos . 
O CFF (2016) determina as funções do farmacêutico na Saúde Pública na Atenção 
Primária à Saúde, que se dividem entre ações técnico-gerenciais e ações técnico-assistenciais. 
Essas ações se constituem em atividades em meio suporte ao processo gerencial da assistência 
farmacêutica (AF) voltadas principalmente para a logística do medicamento, também ao 
suporte à prescrição e dispensação, visando o cuidado do usuário, considerando o uso do 
medicamento, contribuindo para a efetividade do tratamento, seja no âmbito individual ou 
coletivo por meiode ações voltadas ao paciente, não ao medicamento e na obtenção de 
resultados terapêuticos positivos. 
Assim, se vê que a atenção farmacêutica é essencial no tratamento de doenças 
crônicas, propiciando o desenvolvimento do perfil farmacoterapêutico dos pacientes e os 
incentivando a usar corretamente os medicamentos, tendo em vista o fácil acesso, e o papel 
vital do farmacêutico nas informações de saúde, por meio de serviços diretamente ligados à 
comunidade, possibilitando em casos de pacientes hipertensos a obtenção de várias leituras, 
principalmente o entendimento dos níveis pressóricos (SOUZA, 2008). 
 
Estratégias beneficiárias da Atenção Farmacêutica no tratamento de HAS 
 
Segundo o Ministério da Saúde, o acompanhamento na atenção básica de pacientes 
com HAS tem sido primordial para diminuir os desfechos mais graves dessa doença 
(BRASIL, 2015). Os profissionais de saúde têm sido uma peça fundamental nas táticas de 
controle da hipertensão, tanto no esclarecimento do diagnóstico clínico e da conduta 
32 
 
terapêutica, como no empenho promovido para informar e educar o paciente e fazê-lo seguir o 
tratamento (RIBEIRO, 2013). 
A literatura reconhece a importância da equipe multiprofissional no cuidado à saúde 
dos idosos, pois de acordo com Junior (2006) a mesma pode influenciar positivamente na 
adaptação da doença e a efetivação da farmacoterapia. Em equipe, há múltiplos objetivos e 
abordagens com ação diferenciada, corrigindo a grande limitação no tratamento dos idosos, 
melhorando a adesão ao programa de atendimento e o controle da doença. 
Os métodos utilizados proporcionam aos pacientes, melhor qualidade de vida e um 
acompanhamento individualizado, além de diminuir gastos com saúde; para o médico, melhor 
comunicação e menor erro de prescrição; ao farmacêutico, expande sua participação na equipe 
interdisciplinar e proporciona maior reconhecimento pela sociedade; e para o sistema de 
saúde requer uma redução de seus custos com assistência médica e medicamentos, além de 
diminuir o número de internações hospitalares, já que irá prevenir doenças e suas prováveis 
complicações (AIRES, 2010). 
Conforme Provin (2010), a atenção farmacêutica como estratégia de Assistência 
Farmacêutica na Saúde da Família pode ser uma opção eficaz na obtenção de melhores 
resultados clínicos e econômicos, além de, consequentemente, melhorar a qualidade de vida 
dos usuários do SUS. Por ser um método de baixo custo, eficaz e ágil, além de chegar 
primeiro ao cidadão, evitando quase sempre que ele adoeça, ou se já estiver desenvolvendo 
uma doença, que não tenha o seu estado agravado. Essa atividade oferecida pelo farmacêutico 
auxilia e desobstrui o sistema único de saúde, reduzindo os custos, além de favorecer na 
redução dos índices negativos de saúde da população brasileira (BANHOS, 2006). 
 
Implantação da AtenFar no SUS 
 
O processo de implantação no serviço público pode se deparar com algumas 
dificuldades, tais como, conciliação das atividades de logística com o serviço de clínica, 
inexperiência em raciocínio clínico e farmacológico, formulário de consulta extenso, ausência 
de informações no prontuário eletrônico quando o paciente é atendido pela rede conveniada, 
carência de computadores e dificuldade de acesso à internet para estudo de casos, dificuldades 
na disponibilização da captação de pacientes para o serviço, dentre outros (BRASIL, 2014). 
Apesar destas e de outras dificuldades, o Ministério da Saúde; Brasil (2014; 2015) 
propõe-se inicialmente preparar o profissional farmacêutico para atuação clínica através de 
projetos que visam o desenvolvimento prático e teórico. Logo, Ribeiro (2013) propõe dois 
33 
 
passos fundamentais para conseguir administrar esse serviço, a primeira etapa consiste na 
preparação do município para o processo de implantação dos serviços de Cuidado 
Farmacêutico na Atenção Básica e a segunda etapa na execução da implantação dos serviços 
propriamente ditos. Um trabalho multidisciplinar também será fundamental ao cumprimento 
dessa integralidade de atenção à saúde, incluindo as ações do farmacêutico. 
Visto que de acordo com Simoni (2009), os maiores problemas se encontram no 
controle dos níveis pressóricos e na não adesão ao tratamento, além dos fatores de risco para 
doenças cardiovasculares e patologias relacionadas, podendo assim ser evitadas. 
Estudo realizado por Amarante (2010) mostrou que a avaliação da adesão ao 
tratamento farmacológico não é uma tarefa fácil. Cada método de quantificação da adesão 
(diretos e indiretos) descrito na literatura tem suas limitações, presença de um profissional 
farmacêutico treinado, mas não há método cuja sensibilidade e especificidade sejam 
superiores a 80%. No entanto, As intervenções educativas devem ser mais exploradas, pois o 
compartilhamento do conhecimento e das experiências enriquece e fortalece a relação 
terapêutica. Não basta apenas traçar diagnósticos e esquemas de tratamento; é preciso 
aprofundar-se na essência do paciente com hipertensão, pois, somente assim, será possível 
intervir com eficácia e, dessa forma, os resultados clínicos serão muito melhores. 
Brune (2014), expõe que o método mais utilizado e mais aceito no Brasil para a prática 
da atenção farmacêutica ao idoso é o Método Dáder. Seu benefício está na realização de um 
seguimento farmacoterapêutico de forma sistemática, constituindo-se uma estratégia 
importante para o uso racional de fármacos, bem como para promover a interação do 
farmacêutico com demais profissionais da área da saúde (BRUNE 2014). 
O CFF (2014) descreveu o impacto gerado por sua experiência de implantação ao 
serviço no SUS e demonstrou a necessidade da oferta de serviços de acompanhamento 
farmacoterapêutico aos usuários de medicamentos, especialmente aos portadores de 
patologias crônicas, como a hipertensão. A participação efetiva dos usuários cadastrados e sua 
disposição em atender as orientações farmacêuticas comprovaram a filosofia da prática da 
atenção farmacêutica que envolve a conscientização e coparticipação do usuário no processo 
de cuidado com a saúde. 
Esse método é baseado na obtenção da história farmacoterapêutica do doente, 
colhendo problemas de saúde oriundas dos medicamentos utilizados e avaliando seu estado 
numa determinada data, de forma a identificar e resolver os possíveis PRMs que o doente 
apresenta. Após essa identificação, realizam-se as intervenções farmacêuticas necessárias para 
resolver esses problemas, por isso Meneses (2010) afirma que o Dáder seria o método mais 
34 
 
abrangente na análise situacional, no plano de seguimento, na adequada avaliação e por dar 
ênfase às preocupações do usuário e aos PRMs. 
 
Seguimento Farmacoterapêutico 
 
Segundo Ribeiro (2013) e Modé (2015), o serviço de AtenFar representado pelo 
seguimento farmacoterapêutico, permite a identificação de Resultados Clínicos Negativos 
associados ao Medicamento (RNM) que, em sua maioria, poderiam ser evitados e 
solucionados por meio de intervenções, contribuindo e ampliando a assistência 
multiprofissional a pacientes hipertensos, otimizando a terapia farmacológica dos pacientes e 
proporcionando uma melhor qualidade de vida. Desse modo, pode-se notar que os 
profissionais farmacêuticos são fundamentais no momento de proporcionar ao paciente maior 
eficácia na aplicação de medidas terapêuticas, ressaltando a importância dos serviços de 
atenção farmacêutica para população com doenças crônicas. 
O CFF (2014) relata como experiência exitosa do farmacêutico no SUS a melhora 
significativa da adesão dos pacientes ao tratamento oriundo de um seguimento 
farmacoterapêutico e aumento dos níveis de satisfação com os serviços prestados pela 
farmácia. Pela própria característica do serviço, o acompanhamento farmacoterapêutico 
realizado com os pacientes e/ou responsáveis ajuda a criar um vínculo com o profissional. 
Essa relação de confiançatem sido primordial para fortalecer o papel do farmacêutico dentro 
das unidades de saúde. Hoje, pacientes e familiares fazem questão da presença destes 
profissionais e reconhecem o trabalho deles como parte do sucesso de seu tratamento ou do 
tratamento de seu familiar. 
Há também a educação em saúde que está entre os métodos iniciais que proporcionam 
bons resultados aos doentes, concebido de um planejamento adequado e metodologia 
sistematizada. Segundo Oliveira (2013), essa alternativa propõe grupos educativos que se 
distinguirão como uma ferramenta positiva no incentivo a adequação de alguns 
comportamentos e promoverão a melhoria dos níveis pressóricos. 
Essas estratégias facilitadoras, além de ocasionarem a ampliação dos serviços, trazem 
concomitantemente um farmacêutico diferenciado que necessitará de conhecimentos 
específicos relativamente ao paciente idoso, como também a necessidade incessante de 
promulgar seus conhecimentos para com os demais profissionais, sendo, assim, um desafio 
para o grupo. Esse profissional farmacêutico diferenciado, ao realizar a prática da AtenFar, 
35 
 
aumentará a sua responsabilidade por responder, ética e legalmente, junto com os outros 
profissionais de saúde, pelos resultados obtidos pela farmacoterapia ( MENESES, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Neste trabalho foi possível constatar que a atenção farmacêutica em conjunto ao 
seguimento farmacoterapêutico e a educação em saúde vem como a melhor estratégia para 
incentivar a adesão ao tratamento da HAS, evidenciando a importância da adoção desses 
métodos educacionais pelos profissionais de saúde, contribuindo e ampliando a assistência 
multiprofissional a pacientes hipertensos. 
A participação de profissionais farmacêuticos além de ser uma tendência mundial na 
prevenção de doenças crônicas, ele é o único capacitado pela área da AtenFar e consegue estar 
mais próximo do paciente, sendo capaz de promover melhor qualidade de vida para este grupo 
populacional, em conjunto dos profissionais de saúde inseridos em uma equipe. 
Esse profissional farmacêutico atual e diferenciado, ao realizar essa prática além de 
expandir sua responsabilidade e ética, consegue proporcionar um impacto importante, 
aumentando a qualidade de vida dos doentes e conquistando um espaço importante perante a 
sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AIRES, C. C. N. F.; MARCHIORATO, L. Acompanhamento Farmacoterapêutico a 
Hipertensos e Diabéticos na Unidade de Saúde de Tereza Barbosa: Análise de Caso. Rev 
Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde. São Paulo. V.1 n.1, pág. 1-24, set./dez. 2010. 
 
ALMEIDA, A.B, et al. Significado dos grupos educativos de hipertensão arterial na 
perspectiva do usuário de uma unidade de atenção primária à saúde. Rev APS. Vol. 3, nº 14, 
p. 319-326, jul/set. 2011. 
 
AMBIEL, I. S. S.; MASTROIANNI, P.C. Resultados da Atenção Farmacêutica no Brasil: 
uma revisão. Rev Ciênc Farm Básica Apl., v. 34, n. 4, p. 469-474, 2013, ISSN 1808-4532. 
ANVISA. Saúde e Economia: Hipertensão Arterial. Ano II – edição nº 4 junho, 2010. 
 
BANHOS, R. M. O. Implantação da Atenção Farmacêutica no Sistema Único de Saúde 
(SUS) de Alfenas – MS. 2006. 66 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização 
Lato Sensu em Atenção Farmacêutica) – Universidade Federal de Alfenas – MG, Alfenas, 
2006. 
 
BASTOS-BARBOSA, R.G; FERROLLI, E; MORIGUTI, J.C; NOGUEIRA, C. B; NOBRE, 
F; UETA, J; LIMA, N.K.C. Adesão ao Tratamento e Controle da Pressão Arterial em Idosos 
com Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol. Vol.1, nº 99, p.636-64, 2012. 
 
BEZERRA, V.M; ANDRADE, A.C.S; CÉSAR, C.C; CAIAFFA, W.T. Comunidades 
quilombolas de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil: hipertensão arterial e fatores associados. 
Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro. Vol. 9, n º 29, p.1889-1902, set – 2013. 
 
BIGUELINI, C. P. Atenção Farmacêutica Domiciliar a Hipertensos: experiência baseada no 
método Dader de acompanhamento farmacoterapêutico. Infarma: Ciências Farmacêuticas, 
v. 25, n. 1, 2013. 
 
BRASIL. Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica. Capacitação para Implantação de 
Serviços de Clínica Farmacêutica. Brasília – DF. 2014. 
38 
 
BRASIL. Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica. Planejamento e Implantação de 
serviços de cuidado farmacêutico na atenção básica à saúde: a experiência de Curitiba. 
Brasília – DF, 2014. 
 
BRASIL. Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica. Serviços Farmacêuticos na Atenção 
Básica à Saúde. Brasília – DF. 2014. 
 
BRUNE, M. F. S. S.; FERREIRA, E. E.; FERRARI, C. K. B. O Método Dáder na Atenção 
Farmacêutica em Pacientes Hipertensos no Município de Pontal do Araguaia – MT, Brasil. O 
Mundo da Saúde. São Paulo. V. 38, n. 4, pág. 402-409. 2014. 
 
CARDOSO, D. M.; PILOTO, J.A.R. Atenção Farmacêutica ao Idoso: uma revisão. Brazilian 
Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR, v. 9, n. 1, p. 60-66, Dez 2014 – Fev 
2015. 
 
CARVALHO, A.C.C; FILHO, R.M; BASTOS, V. P. Manual de Orientação Clínica: 
Hipertensão arterial sistêmica (HAS). Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, p. 8-87, 
2011. 
 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF). Experiências Exitosas de Farmacêuticos no 
SUS. Ano II. N. 02, Jun. - 2014. 
 
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DE MINAS GERAIS (CRF – MG). A 
Importância do Farmacêutico no SUS - Suas Competências E Atribuições Nas Ações De 
Saúde Pública. Organizador CASP-CRF/MG. 1ª Ed. Belo Horizonte: CRF/MG, 2011. 28p. 
 
CONSENSO BRASILEIRO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA. Atenção Farmacêutica no 
Brasil: “Trilhando Caminhos”. Brasília – DF, 2002. 
 
DANTAS, A. O. Hipertensão arterial no idoso: fatores dificultadores para a adesão ao 
tratamento medicamentoso. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em 
Atenção Básica em Saúde da Família). Universidade Federal de Minas Gerais. 2011. 
 
39 
 
D‟ANDREA, R. D.; SILVA, G. P.; MARQUES, L. A. M.; RASCADO, R. R. A importância 
da relação farmacêutica – paciente: percepções dos idosos integrantes da UNATI 
(universidade aberta à terceira idade) sobre a atuação do farmacêutico. Rev Eletrônica de 
Farmácia. V. IX, n. 2, pág. 49-60, 2012. 
 
FIGUEIREDO, N.N; ASAKURA, L. Adesão ao tratamento anti-hipertensivo: dificuldades 
relatadas por indivíduos hipertensos. Acta. Paul. Enferm. Vol. 1, nº23, p.782-7, 2010. 
 
FIGUEIREDO, W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção 
primária. Ciência & Saúde Coletiva. V. 10, n. 1, pág. 105-109, 2005. 
 
FRISOLI, T. M.; SCHMIEDER, R. E.; GRODZICKI, T.; MESSERLI, F. H. Ingestão de sal 
na hipertensão arterial: quem e quanto deve reduzir?. Rev Port Med Geral Fam. V. 125, n. 
5, pág. 433-9, 2012. 
 
GOTARDELO, D. R. Prevalência e Fatores Associados a Potenciais Interações 
Medicamentosas entre Idosos em um estudo de base populacional. Revista Brasileira de 
Medicina de Família e Comunidade. Rio de Janeiro, v. 9, n. 31, p. 111-118, 2014. 
 
GUIA DO CUIDADO FARMACÊUTICO REDE FARMÁCIA DE MINAS. Uma Estratégia 
para Promover o Uso Racional de Medicamentos e a Farmacovigilância no SUS. Minas 
Gerais, p. 17-100, 2010. 
 
HERNANDEZ, D. S.; CASTRO, M. M. S.; DÁDER, M. J. F. Manual de Seguimento 
Farmacoterapêutico. Editora Universidade Federal de Alfenas. 3º Edição. 2014. 
 
JARDIM, P. C. B. V. I Posicionamento Brasileiro sobre Pré-Hipertensão, Hipertensão do 
Avental Branco e Hipertensão Mascarada: Diagnóstico e Conduta. Departamento de 
Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia pelos autores. Arq Bras 
Cardiol. 2014; 102(2):110-119 
 
JÚNIOR, D. P. L. et al. A Farmacoterapiano Idoso: Revisão sobre a Abordagem 
Multiprofissional no Controle da Hipertensão Arterial Sistêmica. Revista Latino-am 
Enfermagem. V. 14, n. 3, p. 435-41, maio-junho de 2006. 
40 
 
 
LEÃO E SILVA, L.O. et al. “ Tô sentindo nada”: percepção de pacientes idosos sobre o 
tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de 
Janeiro, v. 23, n. 1, p. 227-242, 2013. 
 
LULA, J. F.; PEREIRA, M. C.; PRESOTTO, R. A.; VIEIRA, R. A. Atenção Farmacêutica a 
Pacientes Hipertensos do Asilo „lar das velhinhas‟ no Município de Montes Claros - MG. 
Motricidade. V. 8, n. S2, p. 197-203, 2012. 
 
MARTINS, B. P. R. et al. Pharmaceutical Care for hypertensive patients provided within the 
Family Health Strategy in Goiânia, Goiás, Brazil. Brazilian Journal of Pharmaceutical 
Sciences. Vol. 49, n. 3, jul./sep., 2013. 
 
MARTIREZ, M. A. R.; COSTA, M. A. M.; SANTOS, C. S. V. Obesidade em Idosos com 
Hipertensão Arterial Sistêmica. Texto Contexto Enferm. Florianópolis. V. 22, n. 3, pág. 
797-803, Jul-Set 2013. 
 
MENESES, A.L.L, SÁ,M.L.B. Atenção Farmacêutica ao idoso: fundamentos e propostas. 
Geriatria & Gerontologia. Fortaleza, CE. Vol. 3, nº 14, pag. 154-161, 2010. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Plano Nacional de Saúde - PNS. Brasília – DF. 2012-2015, 
ISBN 978-85-334-1859-2. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Relatório do 1º Seminário Internacional para Implementação da 
Atenção Farmacêutica no SUS. Brasília – DF, 2009. 
 
MODÉ, C. L. et al. Atenção Farmacêutica em Pacientes Hipertensos: Estudo Piloto. Revista 
Ciências Farmacêuticas Básica Aplicada. V. 1, n. 36, pág. 35-41, 2015. 
 
NASCIMENTO, D. M.; PIGOSO, A.A. Interação Medicamentosa entre Anti-hipertensivos e 
Anti-inflamatórios não esteroidais. Revista Científica da FHO|UNIARARAS, v. 1, n. 1, 
2013. 
 
41 
 
NOGUEIRA, I. C.; SANTOS, Z. M. S. A.; ALVERNE, D. G. B. M.; MARTINS, A. B. T.; 
MAGALHÃES, C. B. A. Efeitos do exercício físico no controle da hipertensão arterial em 
idosos: uma revisão sistemática. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. Rio de Janeiro. V. 15, v. 3, 
pág. 587-601, 2012. 
 
OLIVEIRA, T.L; MIRANDA, L. P; FERNANDES, P. S; CALDEIRA, A.P. Eficácia da 
educação em saúde no tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial. Acta Paul 
Enferm. Vol.2, n º26, p.179-84, 2013. 
 
PINTO, N. B. F. et al. Interações Medicamentosas em Prescrições de Idosos Hipertensos: 
prevalência e significância clínica. Revista Enfermagem UERJ. Rio de Janeiro, v. 22, n. 6, 
p. 735-741, Nov/Dez 2014. 
 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. LEI Nº 13.021, DE 8 DE AGOSTO DE 2014. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2014/Lei/L13021.htm>. Acesso em: 15 de Julho de 2015. 
 
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm>. Acesso em: 14 de 
Fevereiro de 2016. 
 
PROVIN, M. P., et al. Atenção Farmacêutica em Goiânia: inserção do farmacêutico na 
estratégia saúde da família. Saúde Soc. São Paulo, v.19, n.3, p.717-723, 2010. 
 
REVISTA DA SOCESP. Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. São Paulo – SP, 
v. 25, n. 1, Janeiro/Março 2015, ISSN 0103-8559. 
 
REMUME – RELAÇÃO MUNICIPAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS. Decreto Nº. 
274/2014. Prescrição e a dispensação de medicamentos no âmbito das Unidades Municipais 
de Saúde de Sinop e dá outras providências. 8 Dez. 2014. 
 
RENAME – RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS. Ministério da 
Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.021-2014?OpenDocument
42 
 
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos – – Brasília: Editora do Ministério da 
Saúde, 2008. 
 
RIBEIRO, A.G et al. Hipertensão arterial e orientação domiciliar: o papel estratégico da saúde 
da família. Revista Nutrição. Campinas. Vol. 2, n º25, p. 271-282,mar./abr – 2012. 
 
RIBEIRO, M. S. F.; FARIA, L. A.; LEMOS, G. S. Atenção Farmacêutica em Paciente com 
Hipertensão Arterial Sistêmica em uma Unidade de Saúde de Jequié, Bahia. J Manag Prim 
Health Care. V. 4, n. 3, p. 176-182, 2013. 
 
SIMONI, C. R. Avaliação do Impacto de Métodos de Atenção Farmacêutica em 
Pacientes Hipertensos não controlados. Dissertação (Grau de Mestre em Ciências 
Farmacêuticas) – Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2009. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA / SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
HIPERTENSÃO / SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. VI Diretrizes 
Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol. 2010; 95 (1 supl.1): 1-51. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO – SBH. Brasil pode ter 80% a mais de 
hipertensos até 2025, diz pesquisa. 2016. Disponível em: 
<http://www.sbh.org.br/geral/noticias.asp?id=69>. Acesso em: 10 de Fev 2016. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO – SNH. Hipertensão. 2016. Disponível 
em: < http://www.sbh.org.br/geral/hipertensao.asp>. Acesso em: 10 de Fev 2016. 
 
SOUZA, V. V.; BERTONCIN, A. L. F. Atenção Farmacêutica para Pacientes Hipertensos – 
Nova Metodologia e a Importância dessa Prática no Acompanhamento Domiciliar. RBPS, v. 
21, n. 3, p. 224-230, 2008. 
 
SKOWRON, A.; POLAK, S.; BRANDYS, J. The Impact of Pharmaceutical care on patients 
with hypertension and their pharmacists. Pharmacy Practice. V. 2, n. 9, pág. 110 – 115, Apr-
Jun 2011. 
 
43 
 
TEIXEIRA, C. Os Princípios do Sistema Único de Saúde. Relatório de pesquisa. CNPq, 
ISC-UFBA, Salvador, 2011. 
 
VIEIRA, F. S. Possibilidades de Contribuição do Farmacêutico para a Promoção da Saúde. 
Ciência & Saúde Coletiva. V. 12, n.1, p. 213-220, 2007. 
 
VIGITEL. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito 
Telefônico. Ministério da Saúde. Abril de 2014.

Mais conteúdos dessa disciplina