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VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA – MEIA IDADE · Hoje, nas sociedades industrializadas, a vida adulta intermediária é considerada um estágio da vida com suas próprias normas sociais, papéis, oportunidades e desafios. · A vida adulta intermediária em termos cronológicos como o período entre as idades de 40 e 65 anos. · Não há consenso sobre quando a meia-idade começa e termina ou sobre eventos biológicos e sociais específicos que marcam suas fronteiras. Com melhorias na saúde e aumentos na expectativa de vida, os limites superiores subjetivos da meia-idade estão se elevando > aumento da longevidade. · O significado de meia-idade é relativo. · Conceito surgido no século XX. · Momento de vida peculiar com crises, mudanças e rotinas específicas. · A maioria das pessoas de meia-idade está em boas condições físicas, cognitivas e emocionais, e se sente bem em relação à qualidade de sua vida. · Entretanto, a experiência da meia-idade varia de acordo com a saúde, o gênero, a raça /etnia, o nível socioeconômico e a cultura, bem com o com a personalidade, a situação conjugal e parental e o em prego. · A meia-idade pode ser um tempo não principalmente de declínio e perda, mas de domínio, competência e crescimento - um tempo para reavaliar metas e aspirações e decidir com o melhor utilizar a parte restante do ciclo de vida. DESENVOLVIMENTO FÍSICO · Estilo de vida saudável auxilia no estado físico satisfatório > influenciam o que acontecerá nos anos posteriores. · Vida sedentária – menor energia e tonificação muscular. · Apesar de algumas transformações fisiológicas serem resultado direto do envelhecimento biológico e da constituição genética, fatores comportamentais e de estilo de vida desde a juventude podem afetar as transformações físicas. · FUNCIONAMENTO SENSORIAL E PSICOMOTOR/ASPECTOS FÍSICOS: - Com o aumento da idade, é com um que os adultos experimentem um a variedade de declínios perceptuais, incluindo dificuldades de audição e de visão. - Presbiopia: diminuição da capacidade de observar/focalizar objetos próximos – condição associada ao envelhecimento. - Presbiacusia: perda auditiva gradual > normalmente se limita a sons de intensidade mais altos daqueles que são usados na fala > exposição continua ou repentina a ruídos no trabalho, concertos musicais em alto volume, uso de fones de ouvido, etc. - Também é comum uma ligeira perda na acuidade visual ou nitidez da visão. - A incidência de miopia também aumenta durante a meia-idade. - Olfato e paladar: queda progressiva > a sensibilidade olfativa e gustativa costuma diminuir na meia idade. - Os adultos começam a perder a sensibilidade ao tato após os 45 anos, e, em níveis leves, à dor após os 50 > os adultos sentem menos dor, mas também as toleram menos. - A força e a coordenação diminuem gradualmente depois de seu auge. - O treinamento da força na meia-idade pode prevenir a perda muscular e até mesmo recuperar a força. - Força física: há um declínio nessa capacidade, embora existe mais resistência. - Mudanças: cabelo, pele e ossos. · SEXUALIDADE: - Ambos os sexos enfrentem perdas em sua capacidade reprodutiva durante a vida adulta intermediária. - As mulheres tornam –se incapazes de gerar filhos e a fertilidade masculina começa a declinar. - O prazer sexual pode continuar por toda a vida adulta. · MENOPAUSA: a menopausa se desenvolve quando uma mulher para permanentemente de ovular e menstruar, e quando não é mais capaz de conceber um filho, e considera-se que isso acontece um ano após o último ciclo menstrual. - Faixa etária de ocorrência: 45-55 anos. - Perimenopausa/climatério: é o período que antecede a menopausa em que há uma redução na produção de óvulos e os ovários produzem menos estrogênio, hormônio feminino. - É o período de 3 a 5 anos durante o qual ocorre essa desaceleração da produção de hormônios e da ovulação, antes e durante o primeiro ano da menopausa. - Perda gradual de óvulos a partir dos 30 anos. - Durante a perimenopausa, a menstruação torna-se irregular, com menos fluxo do que antes e com período m ais longo entre os ciclos menstruais, antes de cessar completamente. - A menopausa pode ser vista como um sinal de transição para a segunda metade da vida adulta - um tempo de mudanças de papéis, maior independência e crescimento pessoal. - Calor excessivo: constrição dos vasos sanguíneos – uso de estrogênio. - Sintomas mais comuns: ondas de calor e os suores noturnos, sensações repentinas de calor que perpassam o corpo em razão de alterações erráticas de secreção hormonal que afetam os centros cerebrais de controle da temperatura. - A irritabilidade, o nervosismo, a tensão e a depressão aumentam em mulheres durante a menopausa. - Muitas mulheres nesta fase estão passando por mudanças estressantes de papéis, relacionamentos e responsabilidades, e essas mudanças podem afetar seu estado mental. - Outros sintomas: ressecamento vaginal (relações sexuais dolorosas), distúrbios do sono, do humor e cognitivos (esquecimento), sintomas somáticos (dor nas costas, cansaço). - A administração de curto prazo de baixas doses de estrogênio artificial é a forma mais eficaz de aliviar as ondas de calor. · MUDANÇAS/CLIMATÉRIO MASCULINO? - Os homens não tem nenhuma experiência comparável a menopausa. - Os níveis de testosterona diminuem lentamente depois dos 30 anos. - Climatério masculino: termo utilizado para descrever mudanças físicas, psíquicas e emocionais relacionadas com o aparelho reprodutor masculino. - Diminuição da testosterona > declínio da testosterona foi associado a reduções na densidade óssea e na massa muscular bem com o a diminuição da energia, impulso sexual mais baixo, sobrepeso, irritabilidade emocional e humor deprimido. - Disfunção erétil: impotência sexual > incapacidade persistente de obter e manter o pênis suficientemente ereto para um desempenho sexual satisfatório. - Diabetes, hipertensão, colesterol alto, insuficiência renal, depressão, transtornos neurológicos e muitas doenças crônicas estão associadas a disfunção erétil. - Álcool, drogas, tabagismo, técnicas sexuais pobres, falta de conhecimento, relacionamentos insatisfatórios, ansiedade e estresse podem ser fatores contribuintes para a disfunção erétil. · ATIVIDADE SEXUAL: - Mitos sobre sexualidade na meia-idade > por exemplo: ideia de que as relações sexuais satisfatórias acabam na menopausa. - A frequência da atividade sexual e a satisfação com a vida sexual tendem a diminuir gradualmente entre os 4 0 e os 60 anos. - A queda da frequência da atividade sexual tem causas fisiológicas (físicas) e psicológicas: doenças crónicas, cirurgias, medicações e excesso de comida e bebida alcoólica/monotonia em um relacionamento, preocupação com negócios ou preocupações financeiras, cansaço mental ou físico, depressão e incapacidade de dar prioridade ao sexo. - Com o aumento da idade a preocupação com a aparência física também aumenta. · SAÚDE FÍSICA E MENTAL: - Maior propensão a adoecimentos físicos transitórios ou crônicos. - Apesar da saúde geralmente boa, muitas pessoas na meia-idade enfrentam crescentes problemas de saúde ou estão preocupadas com sinais de possível declínio. - Elas podem ter menos energia do que na juventude e provavelmente enfrentam dores e cansaço ocasionais ou crônicos. - Hipertensão: pressão arterial elevada > pressão arterial cronicamente alta > é um a preocupação cada vez mais importante na meia-idade com o um fator de risco para doenças cardiovasculares e doenças renais. - Pode ser controlada por meio da mediação arterial, de uma dieta pobre em sal e medicamentos. - Mortalidade maior: entre 45 e 64 anos – principais doenças: câncer, doenças cardíacas, derrame, diabetes e acidentes. · GÊNERO E SAÚDE: - As mulheres tem uma expectativa mais alta que a dos homens e taxas de mortalidade mais baixas ao longo da vida. - As mulheres são mais propensas do que os homens a relatar sobre saúde e doença, e elas vão a médicos ou buscam tratamento ambulatorial ou emergencial com maior frequência. - Homens: são menos propensos a buscar ajuda profissional. - As mulheres de meia-idadetendem a relatar sintomas e condições crônicas mais específicos, e os homens têm maior probabilidade de relatar problemas com álcool ou drogas. - As mulheres correm um risco maior depois da menopausa, particularmente, de osteoporose, de câncer de mama e de doença cardíaca > maior risco de doença cardíaca após os 50 anos. - Maior perda óssea após a menopausa > a perda óssea acelera-se nos primeiros 5 a 10 anos após a menopausa, quando os níveis de estrogênio, que ajuda na absorção do cálcio, diminuem. - Osteoporose: condição na qual os ossos tornam-se finos e frágeis em consequência da redução de cálcio. - Maior probabilidade de morte por doença cardíaca antes dos 70 anos. - Dieta, vitamina D, exercícios físicos e ingestão de cálcio ajudam a minimizar problemas ósseos e demais problemas de saúde. - Terapia hormonal: tem sido prescrita para aliviar as ondas de calor, os suores noturnos e outros sintomas. - Reposição hormonal devido à queda na produção de estrogênio. - O lado positivo da TH, quando iniciada na menopausa e continuada por pelo menos cinco anos, é que ela pode prevenir ou interromper a perda óssea após a menopausa e pode prevenir fraturas de quadril e de outros ossos. · ESTRESSE: - O maior risco de adoecimento está relacionado aos níveis de exposição a pobreza, estilo de vida. - Estresse no enfrentamento do racismo. - Aumentam os estudos que relacionam o estresse ao aumento de doenças crônicas. - Estresse intenso – enfraquece sistema imunológico > levando a inflamações e doenças persistentes. - Pessoas submetidas ao estresse – comem menos, dormem menos, fumam mais e bebem mais. - Estresse é o dano que ocorre quando as demandas ambientais percebidas, ou estressores, excedem a capacidade de um a pessoa de enfrentá-los > estresse: resposta a demandas físicas ou psicológicas/ estressores > demandas ambientais percebidas que podem produzir o estresse. - As pessoas no início da meia-idade tendem a experimentar níveis de estresse maiores e mais frequentes e diferentes tipos de estressores do que adultos mais jovens ou mais velhos. - Os principais estressores para essa faixa etária são: família, trabalho, dinheiro e habitação. - O estresse na meia-idade tendia a originar-se de mudanças de papel: transições na carreira, filhos crescidos saindo de casa, a renegociação de relacionamentos familiares, morte de um amigo, etc. - As pessoas de meia-idade tem um certo controle sobre esses estressores. - As pessoas de meia-idade estão mais bem-equipadas para lidar com o estresse do que as de outras faixas etárias > elas têm maior percepção daquilo que podem fazer para modificar circunstancias estressantes. - As mulheres tendem a relatar estresse mais extremos que os homens. - O estresse intenso ou prolongado, com o as consequências da pobreza ou de um a deficiência física, pode enfraquecer ou pôr em colapso o sistema imunológico aumentando a suscetibilidade a doenças. · ESTRESSE NO TRABALHO: - Baixa produção. - Baixa autoestima. - Carga horária densa. - Visão do trabalho como injusto, penoso. - Remuneração precária. - Assédio sexual, esgotamento físico e desemprego. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO: · Em termos de cognição, sob muitos aspectos as pessoas de meia-idade estão no seu ápice. · Estudo longitudinal de inteligência adulta de Seattle – conduzido por Schaie. · Estudo contínuo, longitudinal que mede as capacidades cognitivas em seis capacidades mentais primárias. · Apesar dessas amplas diferenças individuais, a maioria dos participantes do estudo de Seattle não apresentou nenhuma redução significativa na maioria das capacidades, mesmo após os 60 anos, e nem tão pouco na maioria das áreas. - Não há redução significativa para a maioria das capacidades. · Pessoas com maior pontuação: tendiam a ter níveis educacionais mais baixos, a ter personalidade flexível, a buscar ocupações e outras atividades cognitivamente complexas, a ser casado com alguém cognitivamente mais avançado e ser aberto para o novo. · Os genes envolvidos na aprendizagem e na memória tendem a se danificar com a idade. · CAPACIDADES AVALIADAS NOE ESTUDO SEATTLE: - Reconhecimento e entendimento de palavras. - Recuperação de palavras da memória de longo prazo. - Realização de cálculos. - Manipulação mental de objetos no espaço bidimensional. - Identificação de padrões e inferência de princípios e regras para resolver problemas lógicos. - Fazer discriminações rápidas e precisas entre estímulos visuais. · HORN E CATTEL: INFLUENCIA FLUIDA E CRISTALIZADA: - Inteligência fluida: capacidade de resolver problemas novos que envolvam pouco ou nenhum conhecimento prévio ou anterior > envolve perceber relações, formar conceitos e fazer inferências > adulto. - Inteligência cristalizada: capacidade de lembrar e utilizar a informação adquirida ao longo da vida > está relacionada com experiências educacionais e culturais > idoso. - A atividade física parece melhorar o funcionamento cognitivo, particularmente a inteligência fluida.
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