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Psicologia do 
Desenvolvimento: 
Vida adulta e 
Maturidade
2021-1
Prof. Elvira Maria Ventura Filipe
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS AMÉRICAS
Desenvolvimento 
Físico e Cognitivo 
na Vida Adulta 
Intermediária
Referência 
básica
• Papalia, Diane E., Feldman, Ruth 
Duskin, Desenvolvimento 
humano [recurso eletrônico] 12. 
ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 
Editado também como livro 
impresso em 2013. ISBN 978-85-
8055-217-1
A vida adulta 
intermediária
• De acordo com Papalia (2013) o conceito Vida adulta 
intermediária é um construto social.
• Ainda de acordo com Papalia (2013), o termo meia-idade 
apareceu pela primeira vez nos dicionários em 1895 (Lachman, 
2004), quando a expectativa de vida começou a se prolongar. 
Hoje, nas sociedades industrializadas, a vida adulta 
intermediária é considerada um estágio distinto da vida com 
suas próprias normas sociais, papéis, oportunidades e 
desafios.
• Papalia (2013), define vida adulta intermediária em termos 
cronológicos como o período entre as idades de 40 e 65 anos, 
mas esta definição é arbitrária. Não há consenso sobre quando 
a meia-idade começa e termina ou sobre eventos biológicos e 
sociais específicos que marcam suas fronteiras. Com melhorias 
na saúde e aumentos na expectativa de vida, os limites 
superiores subjetivos da meia-idade estão se elevando 
(Lachman, 2001, 2004).
• Lachman, M. E. (2004). Development in midlife. Annual Review of Psychology, 55, 305–
331
A vida adulta intermediária
É marcada por crescentes diferenças individuais e por uma multiplicidade de trajetórias da vida (Lachman, 2004). 
• Algumas pessoas de meia-idade podem correr maratonas; outras ficam sem fôlego ao subir uma escadaria 
íngreme. 
• Algumas têm uma memória mais aguçada do que nunca; outras sentem que a memória começa a falhar. 
• Muitos adultos nos anos intermediários têm um sentido estável de controle sobre suas vidas (Skaff, 2006) na 
medida em que assumem pesadas responsabilidades e papéis múltiplos e exigentes: governar a casa, chefiar 
departamentos ou empresas; educar os filhos e, talvez, cuidar de pais idosos ou iniciar novas atividades 
profissionais. Outros, já tendo deixado sua marca e criado os filhos, têm uma maior sensação de liberdade e 
independência (Lachman, 2001).
• Alguns estão no auge da criatividade ou de suas carreiras; outros tiveram um início lento ou encontram-se num 
impasse. 
• Outros ressuscitam sonhos abandonados ou perseguem metas novas e desafiadoras. 
• O que as pessoas fazem e como vivem tem muito a ver com a forma como envelhecem. A meia-idade pode ser 
um tempo não principalmente de declínio e perda, mas de domínio, competência e crescimento – um tempo 
para reavaliar metas e aspirações e decidir como melhor utilizar a parte restante do ciclo de vida.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO 
TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS
Apesar de algumas transformações 
fisiológicas serem resultado direto do 
envelhecimento biológico e da constituição 
genética, fatores comportamentais e de 
estilo de vida desde a juventude podem 
afetar a probabilidade, o tempo de 
ocorrência e a extensão das transformações 
físicas. 
Quanto mais as pessoas usam, mais elas 
podem usar. Pessoas que são ativas desde 
cedo na vida colhem os benefícios de mais 
vigor e de mais resiliência após os 60 anos.
Pessoas que levam vidas sedentárias 
perdem tônus muscular e energia e são 
menos inclinadas a se exercitar fisicamente. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
FUNCIONAMENTO SENSORIAL E PSICOMOTOR
Do período adulto jovem até os anos intermediários, as mudanças 
sensoriais e motoras são quase imperceptíveis – até que um dia um 
homem de 45 anos percebe que não consegue ler sem óculos, ou uma 
mulher de 60 anos precisa admitir que não consegue andar com a 
mesma rapidez que antes. 
Com o aumento da idade, é comum que os adultos experimentem uma 
variedade de declínios perceptuais, incluindo dificuldades de audição e 
de visão.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
FUNCIONAMENTO SENSORIAL E PSICOMOTOR
Problemas visuais 
relacionados à idade ocorrem principalmente em cinco áreas: visão de perto, visão 
dinâmica (ler sinais em movimento), sensibilidade à luz, busca visual (por exemplo, 
localizar um sinal) e velocidade de processamento de informação visual. Também é comum 
uma ligeira perda na acuidade visual ou nitidez da visão. Essa mudança costuma ficar 
perceptível no início da meia-idade e praticamente se completa aos 60 anos.
Muitas pessoas precisam usar óculos de leitura a partir dos 40 anos de idade devido à 
presbiopia, uma diminuição na capacidade de focalizar objetos próximos – condição 
associada ao envelhecimento. A incidência de miopia (vista curta) também aumenta 
durante a meia-idade. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
FUNCIONAMENTO SENSORIAL E PSICOMOTOR
Audição 
Uma perda auditiva gradual, raramente percebida mais cedo na vida, acelera-se na faixa dos 50 
anos. Essa condição, denominada presbiacusia, normalmente se limita a sons de intensidade mais 
alta do que aqueles usados na fala. A perda auditiva nos homens se processa duas vezes mais 
rápido do que nas mulheres. 
Hoje, um aumento evitável da perda auditiva está ocorrendo entre pessoas de 45 a 65 anos por 
causa da exposição contínua ou repentina a ruídos no trabalho, concertos musicais em alto volume, 
uso de fones de ouvido, etc.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
FUNCIONAMENTO SENSORIAL E PSICOMOTOR
Sensibilidade gustativa e olfativa 
costuma diminuir na meia-idade. À medida que as papilas gustativas tornam-se 
menos sensíveis e o número de células olfativas diminui, os alimentos podem 
parecer mais insípidos. As mulheres tendem a preservar esses sentidos por mais 
tempo do que os homens. Entretanto, há diferenças individuais. Uma pessoa 
pode tornar-se menos sensível a comidas salgadas, outra a alimentos doces, 
amargos ou ácidos.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
FUNCIONAMENTO SENSORIAL E PSICOMOTOR
Sensibilidade ao tato
• Os adultos começam a perder a sensibilidade ao tato após os 45 
anos, e, em níveis leves, à dor após os 50. 
• Entretanto, a função protetora da dor permanece, e, 
consequentemente, adultos mais velhos ainda são sensíveis a níveis 
mais altos de dor e também tendem a relatar alívio inadequado da 
dor. 
A força e a coordenação 
• diminuem gradualmente depois de seu auge, na década que vai dos 
20 aos 30 anos. Certa perda da força muscular geralmente é notada 
aos 45 anos; de 10 a 15% da força máxima podem ter se esgotado 
aos 60 anos.
• O motivo é a perda de fibra muscular que é substituída por gordura. 
• O declínio não é inevitável; o treinamento da força na meia-idade 
pode prevenir a perda muscular e até mesmo recuperar a força. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
FUNCIONAMENTO SENSORIAL E PSICOMOTOR
A resistência 
costuma manter-se muito melhor do que a força física. Sua perda resulta de uma diminuição gradativa 
na taxa de metabolismo basal (o uso de energia para manter as funções vitais) após os 40 anos. 
Habilidades usadas com frequência são mais resistentes aos efeitos da idade do que aquelas que são 
menos usadas; desse modo, os atletas apresentam uma perda de resistência menor do que a média.
A destreza manual 
geralmente se torna menos eficiente depois da metade da quarta década de vida. O tempo de reação 
simples (como ao pressionar um botão quando uma luz se acende) diminui muito pouco em torno dos 
50 anos, mas o tempo de reação de escolha (como ao pressionar um de quatro botões numerados 
quando o mesmo número aparece em uma tela) fica gradualmente mais lento no decorrer da idade 
adulta. (Der e Deary, 2006). 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
O CÉREBRO NA MEIA-IDADE 
• O cérebro em processo de envelhecimento experimenta declínios em uma série de áreas, 
especialmente para tarefas que requerem um tempo de reação rápido ou o malabarismo de 
múltiplas tarefas, que sofrem um declínio mais acentuado.
Por exemplo, 
• tarefas que envolvem escolha de respostas (tal como apertar um botão quando uma luz se 
acende e outro botão quando um som é ouvido) e 
• habilidades motoras complexas envolvendomuitos estímulos, respostas e decisões (como ao 
dirigir um carro). 
• Parte da razão para isto é que a capacidade de ignorar distrações declina gradualmente com a 
idade, tornando a multitarefa mais desafiadora.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
O CÉREBRO NA MEIA-IDADE 
• Alguns desses declínios podem ser baseados em alterações 
físicas reais no cérebro. 
• Por exemplo, o fenômeno na-ponta-da-língua em que uma 
pessoa sabe que sabe uma palavra, mas não consegue 
acessá-la na memória, torna-se mais frequente na meia-
idade. Pessoas que experimentam esse fenômeno muito 
frequentemente são propensas a apresentar a maior 
quantidade de atrofia na ínsula esquerda, uma área do 
cérebro associada à produção da fala.
• Além disso, a mielina, a bainha de gordura que envolve 
nossos axônios nervosos e ajuda a acelerar os impulsos 
através de nosso cérebro, começa a se degenerar com a 
idade. Nossos cérebros não apenas parecem funcionar 
mais lentamente, eles realmente funcionam mais 
lentamente.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
O CÉREBRO NA MEIA-IDADE 
• Em muitos casos, mesmo em face de declínios em algumas capacidades, o conhecimento 
baseado na experiência pode mais que compensar as alterações físicas. 
• Normalmente, adultos de meia-idade são melhores motoristas do que os mais jovens; 
• digitadores de 60 anos são tão eficientes quanto os de 20 anos; 
• trabalhadores especializados do setor industrial na faixa dos 40 e 50 anos costumam ser mais 
produtivos do que nunca, em parte porque tendem a ser mais meticulosos e cuidadosos;
• os trabalhadores de meia-idade são menos propensos do que os trabalhadores mais jovens a 
sofrer lesões graves no trabalho – provavelmente em razão da experiência e do bom senso que 
compensam qualquer diminuição da coordenação e das habilidades motoras.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
O CÉREBRO NA MEIA IDADE 
• Os declínios não são inevitáveis nem necessariamente permanentes. 
Mesmo quando ficamos mais velhos nossos cérebros ainda são flexíveis e 
podem responder positivamente. 
• Por exemplo, quando um grupo de pessoas mais velhas sedentárias foi 
inscrito em um programa de educação física, eles mostraram alterações 
correspondentes no volume das substâncias cinzenta e branca (Colcombe
et al., 2006).
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS E SISTÊMICAS 
• As mudanças na aparência podem tornar-se perceptíveis durante os anos intermediários. 
• Por volta da quinta ou sexta década de vida, a pele pode tornar-se flácida e menos firme à medida que a camada 
de gordura abaixo da superfície fica mais fina, as moléculas de colágeno mais rígidas e as fibras de elastina mais 
frágeis. 
• Os cabelos podem ficar mais finos em razão da diminuição da taxa de substituição, e mais grisalhos à medida que a 
produção de melanina, o agente de pigmentação, diminui. 
• Pessoas de meia-idade tendem a ganhar peso como resultado do acúmulo de gordura corporal e a perder altura 
em razão da contração dos discos intervertebrais.
• A densidade óssea normalmente atinge o auge em torno dos 20 ou 30 anos. A partir daí, as pessoas experimentam 
alguma perda óssea à medida que mais cálcio é absorvido do que reposto, fazendo com que os ossos fiquem mais 
finos e mais frágeis. A perda óssea se acelera aos 50 e 60 anos; isso ocorre duas vezes mais rápido nas mulheres do 
que nos homens, às vezes levando à osteoporose.
• As articulações podem ficar mais rígidas em consequência da pressão acumulada. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS E SISTÊMICAS 
• Um grande número de pessoas de meia-idade e até mais velhas apresenta pouco ou nenhum declínio no 
funcionamento dos órgãos. 
• No entanto, em alguns, o coração começa a bombear mais lenta e irregularmente na faixa dos 50 anos; aos 
65, ele pode perder até 40% de sua força aeróbica. 
• As paredes arteriais podem tornar-se mais espessas e mais rígidas.
• As doenças cardíacas são mais comuns, iniciando-se no final dos 40 ou início dos 50 anos. 
• A capacidade vital – o volume máximo de ar que os pulmões são capazes de inspirar e expelir – começa a 
diminuir por volta dos 40 anos e pode chegar a 70% aos 70 anos. 
• O controle da temperatura e a resposta imunológica começam a se enfraquecer, e o sono torna-se menos 
profundo.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
SEXUALIDADE E FUNCIONAMENTO REPRODUTIVO 
Ambos os sexos enfrentem perdas em sua capacidade 
reprodutiva durante a vida adulta intermediária – as 
mulheres tornam-se incapazes de gerar filhos e a fertilidade 
masculina começa a declinar.
No entanto, o prazer sexual pode continuar por toda a vida 
adulta. Ou seja, a sexualidade não é somente uma marca 
registrada da juventude.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Mudanças nos sistemas reprodutivos humanos durante a meia-idade 
Mulher Homem 
Mudança hormonal Diminuição do estrogênio e da 
progesterona.
Queda na testosterona.
Sintomas Ondas de calor, secura vaginal, 
disfunção urinária.
Indeterminados.
Mudanças sexuais Excitação menos intensa, 
orgasmos menos frequentes e 
mais rápidos.
Perda de excitação psicológica, ereções 
menos frequentes, orgasmos mais lentos, 
recuperação mais longa entre as ejaculações, 
maior risco de disfunção erétil.
Capacidade reprodutiva Término. Continua; ocorre alguma diminuição na 
fertilidade.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO SEXUALIDADE E FUNCIONAMENTO 
REPRODUTIVO
Muitas pessoas de meia-idade têm preocupações 
a respeito da sexualidade e do funcionamento 
reprodutivo. São elas:
• A menopausa 
• Mudanças no funcionamento sexual 
masculino
• Atividade sexual
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
SEXUALIDADE E FUNCIONAMENTO REPRODUTIVO
Preocupações a respeito da sexualidade e do funcionamento 
reprodutivo:
a) A menopausa 
Se desenvolve quando uma mulher para permanentemente de ovular e 
de menstruar, e quando não é mais capaz de conceber um filho: 
geralmente considera-se que isso ocorra um ano após o último ciclo 
menstrual. Isso acontece, em média, dos 50 aos 52 anos.
A menopausa não é um evento único, mas um processo, denominado 
transição menopausal. Começando em meados dos 30 até meados dos 
40 anos, a produção de óvulos de uma mulher começa a diminuir e os 
ovários produzem menos estrogênio, o hormônio feminino.
O período de 3 a 5 anos durante o qual ocorre essa desaceleração da 
produção de hormônios e da ovulação, antes e durante o primeiro ano 
da menopausa, é denominado perimenopausa, também conhecido por 
climatério ou “mudança de vida”. Durante a perimenopausa, a 
menstruação torna-se irregular, com menos fluxo do que antes e com 
período mais longo entre os ciclos menstruais, antes de cessar 
completamente.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
SEXUALIDADE E FUNCIONAMENTO REPRODUTIVO
Preocupações a respeito da sexualidade e do funcionamento reprodutivo:
b) Mudanças no funcionamento sexual masculino 
Os homens não têm nenhuma experiência comparável à menopausa. Eles 
não sofrem uma queda repentina na produção de hormônios na meia-idade 
e podem continuar se reproduzindo até o fim da vida. 
Entretanto, os homens parecem ter um relógio biológico. Os níveis de 
testosterona diminuem lentamente depois dos 30 anos – cerca de 1% ao 
ano, com amplas variações individuais. A contagem de esperma dos homens 
diminui com a idade, tornando a concepção menos provável. 
O declínio da testosterona foi associado a reduções na densidade óssea e na 
massa muscular, bem como a diminuição da energia, impulso sexual mais 
baixo, sobrepeso, irritabilidade emocional e humor deprimido. 
Uma queda nos níveis de testosterona não significa necessariamente o fim 
da atividade sexual. Entretanto, alguns homens de meia-idade e mais velhos 
enfrentam a disfunção erétil (DE; comumente chamada de impotência): 
incapacidade persistente de obter e manter o pênis suficientemente ereto 
para um desempenho sexual satisfatório. 
Estima-se que 39% dos homens de 40 anos de idade e 67% dos homens de 
70 anos de idade enfrentem uma DE pelo menos às vezes. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
SEXUALIDADE E FUNCIONAMENTO REPRODUTIVO
Preocupações arespeito da sexualidade e do funcionamento reprodutivo:
c) Atividade sexual 
Os mitos sobre a sexualidade na meia-idade – por exemplo, a ideia de que o sexo satisfatório acaba na 
menopausa – têm às vezes se tornado profecias autorrealizáveis. 
Atualmente, avanços nos tratamentos de saúde e atitudes mais liberais em relação ao sexo estão tornando as 
pessoas mais conscientes de que o sexo pode ser uma parte essencial da vida durante esta fase e mesmo em 
idades mais avançadas. A frequência da atividade sexual e a satisfação com a vida sexual tendem a diminuir 
gradualmente entre os 40 e os 60 anos. 
As possíveis causas físicas incluem doenças crônicas, cirurgias, medicações e excesso de comida ou bebidas 
alcoólicas. 
Muitas vezes, porém, a queda da frequência da atividade sexual tem causas não fisiológicas: monotonia em um 
relacionamento, preocupação com negócios ou preocupações financeiras, cansaço mental ou físico, depressão, 
incapacidade de dar prioridade ao sexo, medo de não conseguir obter uma ereção ou falta de um parceiro.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
Saúde física e mental
• A maioria das pessoas de meia-idade é bastante saudável. 
TENDÊNCIAS DE SAÚDE NA MEIA-IDADE 
• Muitas pessoas na meia-idade, especialmente aquelas com 
NSE baixo, enfrentam crescentes problemas de saúde ou estão 
preocupadas com sinais de possível declínio. 
• Elas podem ter menos energia do que na juventude e 
provavelmente enfrentam dores e cansaço ocasionais ou 
crônicos. 
• A prevalência de limitações físicas aumenta com a idade, de 
aproximadamente 16% aos 50-59 anos, para quase 23% perto 
dos 70 anos.
• Muitos adultos não podem mais ficar acordados com 
facilidade. Eles têm mais propensão a contrair certas doenças, 
como hipertensão e diabetes, e demoram mais tempo para se 
recuperar de doenças ou de esforços extremos.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
Saúde física e mental
• A maioria das pessoas de meia-idade é bastante saudável. 
TENDÊNCIAS DE SAÚDE NA MEIA-IDADE 
• A hipertensão (pressão arterial cronicamente alta) é uma 
preocupação cada vez mais importante na meia-idade como 
um fator de risco para doenças cardiovasculares e doenças 
renais. 
• A prevalência do diabetes duplicou na década de 1990.
• O tipo mais comum, o diabetes com início na idade adulta 
(tipo 2), normalmente se desenvolve após os 30 anos e é mais 
prevalente à medida que a pessoa envelhece. No diabetes com 
início na idade adulta os níveis se elevam porque as células 
perdem sua capacidade de usar a insulina que o corpo produz. 
Como resultado, o corpo tentará compensar essa perda 
produzindo insulina em excesso. 
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
INFLUÊNCIAS COMPORTAMENTAIS SOBRE A SAÚDE 
A nutrição, o tabagismo, o consumo de álcool e drogas e a 
atividade física continuam a afetar a saúde na meia-idade 
e mais tarde. 
• Pessoas que não fumam, que se exercitam 
regularmente, bebem álcool com moderação e comem 
muitas frutas e vegetais têm quatro vezes menos risco 
de morrer na meia-idade e na velhice do que pessoas 
que não seguem esses comportamentos
• Elas não apenas vivem mais tempo, como também têm 
períodos mais breves de incapacidade no fim da vida.
• Homens e mulheres de meia-idade que param de 
fumar diminuem os riscos de doenças cardíacas e de 
AVC.
• O excesso de peso na meia-idade aumenta o risco de 
problemas de saúde e de morte, mesmo em pessoas 
saudáveis e naquelas que nunca fumaram.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
INFLUÊNCIAS COMPORTAMENTAIS SOBRE A SAÚDE 
Nutrição, tabagismo, consumo de álcool e drogas e 
atividade física. 
• A atividade física na meia-idade pode aumentar as chances de 
permanecer com mobilidade na velhice de evitar ganho de peso e 
de permanecer saudável por mais tempo.
• Também ajuda a afastar o risco de morte. Entre uma amostra 
nacionalmente representativa de 1992 de 9.824 adultos norte-
americanos de 51 a 61 anos, aqueles que praticavam exercícios 
moderados ou vigorosos regularmente tinham aproximadamente 
35% menos probabilidade de morrer nos oito anos seguintes do 
que aqueles com estilos de vida sedentários. 
• Influências indiretas, como nível socioeconômico, raça/etnia e 
gênero também continuam a afetar a saúde. 
• O mesmo ocorre com os relacionamentos sociais. Por exemplo, a 
solidão na meia-idade prevê declínios na atividade física.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
NÍVEL SOCIOECONÔMICO E 
SAÚDE 
• As desigualdades sociais 
continuam a afetar a saúde na 
meia-idade. 
• Pessoas com nível 
socioeconômico baixo tendem 
a ter saúde mais fraca, 
expectativa de vida mais 
curta, mais limitações da 
atividade devido a doenças 
crônicas, nível de bem-estar 
mais baixo e acesso mais 
restrito a tratamento de saúde 
do que as pessoas com NSE 
mais alto.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
NÍVEL SOCIOECONÔMICO E SAÚDE 
Pessoas com NSE mais alto tendem 
• a ter maior sensação de controle sobre o que 
lhes acontece à medida que envelhecem,
• a escolher estilos de vida mais saudáveis e a 
procurar cuidados médicos e apoio social quando 
precisam, 
• e a mostrar maior aderência a modificações de 
estilo de vida recomendadas para melhorar os 
índices de saúde. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
RAÇA/ETNIA E SAÚDE 
• As disparidades raciais e étnicas em termos de saúde diminuíram nos Estados 
Unidos a partir de 1990, mas ainda há diferenças substanciais.
• Como ocorre no período adulto jovem, as taxas globais de mortalidade na meia-
idade são mais altas para afro-americanos do que para brancos, hispânicos, 
asiáticos e ameríndios.
• A hipertensão é 50% mais prevalente entre afro-americanos do que entre norte-
americanos brancos. 
• Os negros não hispânicos são mais propensos do que os brancos não hispânicos a 
ser obesos e a ter uma condição cardiovascular deficiente, e são menos 
propensos a participar de atividades físicas moderadas regulares.
• Provavelmente o principal fator subjacente aos problemas de saúde dos afro-
americanos é a pobreza, que está relacionada à má nutrição, a condições de 
moradia abaixo do padrão e a pouco acesso aos serviços de assistência à saúde.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
RAÇA/ETNIA E SAÚDE 
• Contudo, a pobreza não pode ser a única explicação, porque a taxa de 
mortalidade de hispano-americanos de meia-idade, que também são 
desproporcionalmente pobres, é mais baixa do que a dos norte-
americanos brancos.
• Os hispano-americanos, assim como os afro-americanos, têm uma 
incidência desproporcional de AVC, doenças hepáticas, diabetes, 
infecção por HIV, homicídios e cânceres do colo uterino e do 
estômago.
• Eles têm menor probabilidade do que os brancos não hispânicos de 
ter planos de saúde e uma fonte regular de assistência à saúde. 
Também são menos propensos a fazer exames de colesterol e exames 
preventivos de câncer de mama, do colo do útero e colorretal ou de 
receber vacinas contra gripe e pneumonia.
• A pesquisa sobre o genoma humano encontrou variações 
características no código genético (DNA) entre pessoas de 
descendência europeia, africana e chinesa (Hinds et al., 2005). Essas 
variações estão ligadas a predisposições a certas doenças, de câncer à 
obesidade. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
GÊNERO E SAÚDE
Quem é mais saudável: as 
mulheres ou os homens? 
• Sabemos que as mulheres têm 
uma expectativa de vida mais 
alta do que os homens e taxas 
de mortalidade mais baixas ao 
longo da vida.
• A maior longevidade das 
mulheres foi atribuída à 
proteção genética conferida 
pelo segundo cromossomo X 
(que os homens não possuem) 
e, antes da menopausa, aos 
efeitos benéficos do hormônio 
feminino estrogênio, 
particularmente sobre a saúde 
cardiovascular.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
GÊNERO E SAÚDE
Fatores psicossociais e culturais também podem 
desempenhar um papel. 
Homens 
• A maior propensão dos homens a assumir riscos.
• Os homens são menos propensos a buscar ajuda 
profissional para problemas de saúde, têm internações 
hospitalares mais longas e seus problemas de saúde 
tendem mais a ser crônicos e potencialmente fatais.
• Os homens podem achar que admitiruma doença não 
é masculino, e buscar ajuda significa uma perda de 
controle.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
GÊNERO E SAÚDE
Mulheres 
• São mais propensas do que os homens a relatar sobre saúde e 
doença, 
• vão a médicos ou buscam tratamento ambulatorial ou 
emergencial com maior frequência.
• A maior tendência das mulheres de buscar tratamento médico 
não significa, necessariamente, que elas estejam em pior 
condição de saúde que os homens, nem que elas tenham 
enfermidades imaginárias ou estejam preocupadas com doença. 
Elas podem simplesmente ser mais conscientes em relação à 
saúde. As mulheres se dedicam mais a manter uma boa saúde.
• Pode ser que o melhor cuidado que as mulheres têm consigo 
mesmas as ajude a viver mais tempo do que os homens.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
GÊNERO E SAÚDE
• O conhecimento público dos problemas de saúde dos homens aumentou. A 
disponibilidade de tratamento para a impotência e de exames para câncer de 
próstata está trazendo mais homens para os consultórios médicos.
• Entretanto, na medida em que os estilos de vida das mulheres se tornaram mais 
parecidos aos dos homens, o mesmo ocorreu – em alguns aspectos – com seus 
padrões de saúde. 
• A diferença de gênero nas mortes por doença cardíaca diminuiu principalmente 
porque as taxas de ataque cardíaco em mulheres aumentaram. As explicações 
para este aumento baseiam-se em parte nas taxas crescentes de obesidade e 
diabetes nas mulheres, e em parte na tendência dos médicos de supor que 
doenças cardíacas são menos prováveis em mulheres, levando a um foco maior 
no controle dos fatores de risco nos homens. 
• As mulheres correm um risco maior depois da menopausa, particularmente, de 
osteoporose, de câncer de mama e de doença cardíaca. Com a maior 
expectativa de vida, agora as mulheres de muitos países desenvolvidos podem 
esperar viver a metade de suas vidas adultas após a menopausa. 
• Em consequência, uma maior atenção às questões da saúde da mulher é dada 
nessa fase da vida. 
• São elas: Perda óssea e osteoporose, câncer de mama e mamografia e terapia 
hormonal.
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
O ESTRESSE NA MEIA-IDADE 
Estresse 
é o dano que ocorre quando as demandas ambientais percebidas, 
ou estressores, excedem a capacidade de uma pessoa de 
enfrentá-los. 
A capacidade que o corpo tem de se adaptar ao estresse envolve:
• o cérebro, que percebe o perigo (real ou imaginário); 
• as glândulas suprarrenais, que mobilizam o corpo para 
combatê-lo; 
• e o sistema imunológico, que fornece as defesas. 
• As pessoas no início da meia-idade tendem a experimentar 
níveis de estresse maiores e mais frequentes e diferentes tipos 
de estressores do que adultos mais jovens ou mais velhos. 
Principais estressores para esta faixa etária são:
➢os relacionamentos familiares, o trabalho, dinheiro e habitação. 
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
SAÚDE MENTAL 
Adultos de meia-idade são mais propensos do que adultos mais velhos ou mais jovens a 
padecer de angústia psicológica séria:
• tristeza extrema, nervosismo, inquietação, desesperança e sentimentos de inutilidade na 
maior parte do tempo. 
• Adultos com angústia psicológica séria são mais propensos do que seus pares a serem 
diagnosticados com doenças cardíacas, diabetes, artrite ou AVC e a relatar necessidade de 
ajuda para as atividades da vida diária, como tomar banho e vestir-se (Pratt, Dey e Cohen, 
2007).
DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO
SAÚDE MENTAL 
Como o estresse afeta a saúde
• Quanto mais estressantes são as 
mudanças que se desenvolvem na vida 
de uma pessoa, maior a probabilidade 
de doenças sérias dentro de um ou 
dois anos. Qualquer mudança – mesmo 
uma mudança positiva – pode ser 
estressante, e algumas pessoas reagem 
ao estresse adoecendo.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
DESENVOLVIMENTO 
COGNITIVO
O que acontece com as capacidades 
cognitivas na meia-idade? 
Elas melhoram, pioram ou acontecem 
as duas coisas?
As pessoas desenvolvem maneiras de 
pensar típicas dessa etapa da vida? 
Como a idade afeta a capacidade para 
resolver problemas, aprender, criar e 
ter bom desempenho no trabalho?
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Medindo as capacidades cognitivas na meia-idade 
O estado das capacidades cognitivas na meia-idade tem sido um tema de discussão. 
Estudos empregando diferentes metodologias e medindo diferentes características fizeram 
constatações um tanto distintas. Pesquisas transversais baseadas na Escala de Inteligência 
Adulta de Wechsler, mostram declínios tanto nas habilidades verbais quanto nas de 
desempenho no início da vida adulta. 
Entretanto, duas outras linhas de pesquisa, o Estudo Longitudinal de Seattle, de K. Warner 
Schaie, e as pesquisas de Horn e Cattell sobre a inteligência fluida e cristalizada, produziram 
achados mais animadores.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
SCHAIE: O ESTUDO LONGITUDINAL DE SEATTLE
Em termos de cognição, sob muitos aspectos as pessoas de meia-idade 
estão em seu ápice. 
O Estudo Longitudinal da Inteligência Adulta de Seattle conduzido por 
K. Warner Schaie e seus colegas demonstra este fato. 
O estudo iniciou em 1956 com 500 participantes escolhidos 
aleatoriamente: 25 homens e 25 mulheres com intervalos de classe de 
5 anos, dos 22 aos 67 anos de idade. Os participantes realizavam testes 
cronometrados de seis capacidades mentais primárias.
A cada sete anos os participantes existentes eram testados novamente 
e uma nova coorte era acrescentada. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
SCHAIE: O ESTUDO LONGITUDINAL DE SEATTLE 
Achados do estudo
• Os pesquisadores não encontraram padrões uniformes de mudança relacionada à idade, seja 
entre pessoas ou entre capacidades cognitivas.
• Diversas capacidades tinham seu pico durante a meia-idade, e a compreensão verbal melhorou 
até a velhice. 
• Apenas 13 a 17% dos adultos diminuíram em aptidão numérica, memória de evocação ou fluência 
verbal entre as idades de 39 e 53 anos. 
• Apesar dessas amplas diferenças individuais, a maioria dos participantes do estudo de Seattle não 
apresentou nenhuma redução significativa na maioria das capacidades, mesmo após os 60 anos, 
e nem tão pouco na maioria das áreas. 
• Nenhum decaiu nos diversos aspectos, e muitas pessoas melhoraram em algumas áreas. 
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
SCHAIE: O ESTUDO LONGITUDINAL DE SEATTLE 
Achados
Os indivíduos com maior pontuação tendiam:
• a ter níveis educacionais altos, 
• a ter personalidades flexíveis,
• a viver em famílias intactas,
• a buscar ocupações e outras atividades cognitivamente 
complexas, 
• a ser casados com alguém cognitivamente mais avançado, 
• a estar satisfeitos com suas realizações e 
• a ter alta pontuação na dimensão da personalidade de abertura 
para o novo.
• Dado o forte desempenho cognitivo da maioria das pessoas de 
meia-idade, a evidência de declínio cognitivo substancial em 
pessoas com menos de 60 anos pode indicar um problema 
neurológico. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
HORN E CATTELL: INTELIGÊNCIAS FLUIDA E CRISTALIZADA 
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
HORN E CATTELL: 
INTELIGÊNCIAS 
FLUIDA E 
CRISTALIZADA 
Outra linha de pesquisa estabeleceu 
uma distinção entre dois aspectos da 
inteligência: fluida e cristalizada. 
• Inteligência fluida é a 
capacidade de resolver 
problemas novos que exigem 
pouco ou nenhum 
conhecimento prévio, como 
descobrir o padrão em uma 
sequência de figuras. Ela 
envolve perceber relações, 
formar conceitos e fazer 
inferências, capacidades 
largamente determinadas 
pela condição neurológica.
• Inteligência cristalizada é a 
capacidade de lembrar e 
utilizar a informação adquirida 
ao longo da vida, como 
encontrar um sinônimo para 
uma palavra. Ela é medida por 
testes de vocabulário, 
conhecimentos gerais e 
respostas a situações e dilemas 
sociais, capacidades que 
dependem largamente da 
experiência educacional e 
cultural. Esses dois tipos de 
inteligência seguem caminhos 
diferentes. 
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
HORN E CATTELL: INTELIGÊNCIAS FLUIDA E 
CRISTALIZADA 
Normalmente, 
• a inteligência fluidaatinge o ápice no período 
adulto jovem, 
• a inteligência cristalizada melhora ao longo da 
meia-idade e frequentemente até próximo do 
final da vida.
• Uma habilidade fluida que reconhecidamente 
atinge o ápice cedo, a partir dos 20 anos, é a 
rapidez perceptual. A atividade física parece 
melhorar o funcionamento cognitivo, 
particularmente a inteligência fluida.
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
O caráter distinto da cognição do adulto 
• Alguns pesquisadores afirmam que o 
conhecimento acumulado altera o modo 
como a inteligência fluida funciona. 
• Outros, sustentam que o pensamento 
maduro representa um novo estágio do 
desenvolvimento cognitivo que pode 
fundamentar habilidades interpessoais 
maduras e contribuir para a resolução de 
problemas práticos.
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
O PAPEL DA ESPECIALIZAÇÃO 
• Dois jovens médicos residentes no laboratório de radiologia de um hospital 
examinam um raio X de tórax. Eles estudam uma mancha branca incomum 
no lado esquerdo. “Parece um grande tumor”, diz um deles finalmente. O 
outro acena com a cabeça, concordando. Exatamente nesse momento entra 
na sala um antigo radiologista da equipe e olha sobre os ombros deles para 
a radiografia. “Esse paciente tem uma falência pulmonar e precisa ser 
operado imediatamente”, declara (Lesgold, 1983; Lesgold et al., 1988). 
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
O PAPEL DA ESPECIALIZAÇÃO 
Por que adultos maduros demonstram uma crescente competência 
para resolver problemas em seus campos de trabalho? 
• Parece ser o conhecimento especializado, ou expertise – uma forma 
de inteligência cristalizada. 
• Os avanços no conhecimento especializado continuam pelo menos 
durante a vida adulta intermediária e são relativamente 
independentes da inteligência geral e de quaisquer declínios no 
mecanismo de processamento de informação do cérebro. 
• Sugere-se que, com a experiência, o processamento de informação e 
as habilidades fluidas ficam encapsulados, ou dedicados a tipos 
específicos de conhecimento, facilitando o seu acesso, sua expansão 
e sua utilização. Em outras palavras, a encapsulação capta as 
capacidades fluidas para resolver problemas que exigem expertise. 
• Portanto, embora pessoas de meia-idade possam levar mais tempo 
do que pessoas jovens para processar novas informações, ao resolver 
problemas de suas próprias áreas de atuação elas mais do que 
compensam com o julgamento desenvolvido a partir da experiência 
(Hoyer e Rybash, 1994; Rybash, Hoyer e Roodin, 1986). 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
O PAPEL DA ESPECIALIZAÇÃO 
• Estudos de pessoas em ocupações diversas ilustram como o conhecimento específico contribui para o 
desempenho superior em um campo particular e pode ajudar a suavizar os declínios dos recursos 
cognitivos relacionados à idade ao resolver problemas naquele campo.
Os especialistas:
• percebem os aspectos diferentes de uma situação que os novatos não percebem, e processam informação 
e resolvem problemas diferentemente. 
• O raciocínio deles é frequentemente mais flexível e adaptável. 
• Eles assimilam e interpretam novos conhecimentos com maior eficiência consultando uma fonte rica e 
altamente organizada de representações mentais daquilo que já sabem. 
• Classificam a informação baseados mais em princípios fundamentais do que em semelhanças e diferenças 
superficiais. 
• E têm mais consciência daquilo que não sabem.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
O PAPEL DA ESPECIALIZAÇÃO 
O pensamento especializado muitas vezes parece automático e intuitivo. 
Os especialistas geralmente não têm plena consciência dos processos mentais que 
sustentam suas decisões.
Eles não sabem explicar facilmente como chegaram a determinada conclusão ou onde 
um não especialista errou. (O radiologista experiente não conseguia entender por que os 
médicos residentes nem sequer consideraram diagnosticar uma falência pulmonar em 
vez de um tumor).
Esse tipo de pensamento intuitivo, baseado na experiência, também é característico do 
que foi denominado pensamento pós-formal.
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
Criatividade 
CARACTERÍSTICAS DOS REALIZADORES CRIATIVOS 
• A criatividade começa com o talento, mas só ele não basta. As 
crianças podem demonstrar potencial criativo; mas nos adultos, o 
que conta é o desempenho criativo – o que e quanto uma mente 
criativa produz.
• A criatividade se desenvolve em um contexto social, e não 
necessariamente em ambientes educativos. Ela parece originar-se 
de experiências diversas que enfraquecem as restrições 
convencionais e de experiências desafiadoras que fortalecem a 
capacidade de perseverar e de superar. 
• A realização criativa resulta do conhecimento profundo e 
altamente organizado de um assunto, de motivação intrínseca, e 
de uma forte ligação emocional com o trabalho, que incentiva o 
criador a perseverar diante dos obstáculos. 
• A inteligência geral, ou QI, tem pouca relação com o desempenho 
criativo. Pessoas altamente criativas têm iniciativa própria e 
assumem riscos. Elas tendem a ser independentes, não são 
conformistas nem convencionais, são flexíveis e abertas a novas 
ideias e experiências. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
CRIATIVIDADE E IDADE
Há uma relação entre desempenho criativo e idade? 
• Em testes psicométricos as diferenças de idade aparecem consistentemente. 
As pontuações atingem o pico, em média, perto dos 40 anos.
• Quando a criatividade é medida pelas variações dos resultados (número de 
publicações, pinturas ou composições), a curva de idade produzida é similar.
• Uma pessoa na última década de uma carreira criativa produz somente a 
metade do que produzia no final dos 30 anos de vida ou início dos 40, ainda 
que bem mais do que aos 20 anos.
• Entretanto, a curva de idade varia dependendo da área de atuação. 
• Poetas, matemáticos e físicos teóricos tendem a ser mais prolíficos no final da 
terceira década de vida ou no início da quarta. Psicólogos que trabalham com 
pesquisa atingem o auge por volta dos 40 anos, seguindo-se um declínio 
moderado. Romancistas, historiadores e filósofos tornam-se cada vez mais 
produtivos no final dos seus 40 ou 50 anos e então se estabilizam. 
• Esses padrões se mantêm verdadeiros em todas as culturas e períodos 
históricos.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Trabalho e educação 
• Nas sociedades industrializadas, os papéis ocupacionais se baseiam na idade. Pessoas jovens são 
estudantes; adultos jovens e adultos de meia-idade são trabalhadores; adultos idosos organizam suas vidas 
em torno da aposentadoria e do lazer. 
• Nas sociedades pós-industriais as pessoas fazem múltiplas transições durante toda a sua vida adulta. 
• Estudantes universitários assumem programas de trabalho e estudo ou trancam a matrícula durante algum 
tempo e depois retomam a educação. 
• Adultos emergentes exploram vários caminhos antes de se estabelecerem na carreira, e mesmo então, 
suas decisões podem ser ilimitadas. Uma pessoa pode ter diversas carreiras sucessivas, cada uma exigindo 
educação ou treinamento adicional. 
• Adultos maduros frequentam aulas noturnas ou dão um tempo no trabalho para seguir um interesse 
especial. Pessoas aposentam-se mais cedo ou mais tarde do que no passado, ou não se aposentam nunca. 
• Aposentados dedicam tempo a estudar ou a uma nova linha de trabalho, remunerado ou não. 
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
TRABALHO VERSUS APOSENTADORIA PRECOCE 
• A idade média da aposentadoria foi diminuindo 
progressivamente. Antes de interromper completamente suas 
vidas profissionais, as pessoas podem reduzir as horas ou dias 
de trabalho, entrando gradualmente na aposentadoria 
durante alguns anos. Esta prática é denominada 
aposentadoria gradual. 
• Ou elas podem mudar para uma outra empresa ou para uma 
nova linha de trabalho, uma prática denominada emprego-
ponte. 
O que ocasionou esta mudança?
• As pessoas podem continuar trabalhando para manter sua 
saúde física e emocional e seus papéis pessoal e social, ou 
simplesmente porque apreciam a estimulação do trabalho,e 
suas razões podem mudar em momentos diferentes.
• Outros trabalham principalmente por razões financeiras. Hoje, 
muitos dos trabalhadores de meia-idade e mais velhos têm 
poupanças ou pensões inadequadas. 
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
TRABALHO E DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 
• O trabalho pode influenciar o funcionamento 
cognitivo. 
• Pessoas que estão profundamente envolvidas em 
um trabalho complexo tendem a apresentar um 
desempenho cognitivo mais forte do que seus 
pares à medida que envelhecem. 
• E aqueles adultos altamente abertos ao novo são 
mais propensos a manter altos níveis de 
desempenho ao longo do tempo. O mesmo se 
aplica a homens e mulheres que realizam trabalho 
doméstico complexo, tal como planejar o 
orçamento ou uma mudança de residência ou fazer 
reparos complicados, como trocar o encanamento.
RESUMO
A meia-idade: um construto social 
Quais são os aspectos característicos da meia-idade? 
• O conceito de meia-idade é um construto social. Ele 
passou a ser usado nas sociedades industriais quando a 
crescente expectativa de vida levou a novos papéis nessa 
fase da vida. 
• O intervalo de tempo da vida adulta intermediária é 
frequentemente subjetivo. 
• A vida adulta intermediária é uma época de ganhos e de 
perdas. 
• A maioria das pessoas de meia-idade está em boas 
condições físicas, cognitivas e emocionais. Elas têm muitas 
responsabilidades e múltiplos papéis, e se sentem 
competentes para lidar com eles. 
• A meia-idade é uma época para fazer um balanço e tomar 
decisões sobre os anos de vida restantes.
RESUMO: DESENVOLVIMENTO FÍSICO 
Transformações físicas 
Quais são as alterações físicas que geralmente ocorrem durante a meia-idade, e qual é o seu impacto 
psicológico?
• Embora algumas mudanças fisiológicas resultem do envelhecimento e da constituição genética, o 
comportamento e o estilo de vida podem afetar seu tempo de ocorrência e extensão. 
• A maioria dos adultos de meia-idade compensa bem os pequenos e graduais declínios nas capacidades 
sensórias e psicomotoras. Perdas de densidade óssea e da capacidade vital são comuns. 
• Os sintomas da menopausa e as atitudes em relação a ela podem depender de fatores culturais e de 
alterações naturais do envelhecimento. 
• Embora os homens possam continuar a gerar filhos em idade avançada, muitos homens de meia-idade 
sofrem um declínio na fertilidade e na frequência de orgasmo. 
• Uma grande proporção de homens de meia-idade sofre de disfunção erétil. A disfunção erétil pode ter 
causas físicas, mas também pode estar relacionada à saúde, ao estilo de vida e ao bem-estar emocional. 
• A atividade sexual geralmente diminui gradualmente na meia-idade.
RESUMO
Saúde física e mental 
Quais são os fatores que afetam a saúde física e mental na meia-idade? 
• A maioria das pessoas de meia-idade é saudável e não tem limitações funcionais.
• A hipertensão é um problema de saúde importante que se inicia na meia-idade. O câncer superou as 
doenças cardíacas como causa principal de morte na meia-idade. A prevalência de diabetes duplicou 
e é agora a quarta principal causa de morte nessa faixa etária. 
• Dieta, exercícios, uso de álcool e tabagismo afetam a saúde presente e futura. O cuidado preventivo 
é importante. 
• A baixa renda está associada a condições de saúde mais precárias, em parte devido a falta de seguro 
de saúde. 
• As disparidades raciais e étnicas na saúde e no cuidado que ela demanda diminuíram, mas ainda 
persistem.
RESUMO
Saúde física e mental 
Quais são os fatores que afetam a saúde física e mental na meia-idade? 
• Mulheres após a menopausa tornam-se mais suscetíveis a doenças 
cardíacas bem como a perda óssea, levando à osteoporose. As chances de 
desenvolver câncer de mama também aumentam com a idade, e 
recomenda-se que as mulheres façam exames de mamografia rotineiros a 
partir dos 40 anos. 
• Evidências sugerem que os riscos da terapia hormonal superam seus 
benefícios. 
• O estresse ocorre quando a capacidade do corpo para lidar com os 
problemas não é igual ao que se exige dele. O estresse é frequentemente 
maior na meia-idade e pode estar relacionado a uma variedade de 
problemas práticos. Estresse grave pode afetar o funcionamento 
imunológico. 
• As mudanças de papel e de carreira e outras experiências características 
da meia-idade podem ser estressantes, mas a resiliência é comum. 
• A personalidade e a emotividade negativa podem afetar a saúde. Emoções 
positivas tendem a estar associadas com boa saúde. 
• A angústia psicológica torna-se mais prevalente na meia-idade.
RESUMO
O caráter distinto da cognição do 
adulto
Adultos maduros pensam diferente 
das pessoas mais jovens? 
• Alguns teóricos propõem que a cognição 
assume formas características na meia-
idade. Os avanços na expertise, ou 
conhecimento especializado, têm sido 
atribuídos à encapsulação das capacidades 
fluidas dentro da área de atuação de uma 
pessoa. 
• O pensamento pós-formal parece 
especialmente útil em situações que exigem 
pensamento integrativo.
RESUMO
Criatividade 
O que explica a capacidade criativa, e 
como ela se modifica com a idade? 
• O desempenho criativo depende de atributos 
pessoais e de forças ambientais. 
• A criatividade não está fortemente relacionada 
à inteligência. 
• Um declínio associado à idade aparece tanto 
nos testes psicométricos de pensamento 
divergente quanto no resultado criativo real, 
mas as idades em que a produção atinge o pico 
variam de acordo com a ocupação. As perdas de 
produtividade com a idade podem ser 
compensadas por ganhos em qualidade. 
RESUMO
Trabalho e educação 
Como os padrões de trabalho e educação estão se 
modificando, e como o trabalho contribui para o 
desenvolvimento cognitivo? 
• Uma mudança da aposentadoria precoce para opções mais 
flexíveis está ocorrendo.
• Um trabalho complexo pode melhorar a flexibilidade cognitiva.
• Muitos adultos participam de atividades educacionais, 
frequentemente para aperfeiçoar habilidades e conhecimentos 
relacionados ao trabalho. 
• O treinamento para alfabetização é uma necessidade urgente 
nos Estados Unidos e no resto,

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