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6990878-Avaliacao-Fisica-06-Neuromotora

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
LEONARDO DE ARRUDA DELGADO 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO NEUROMOTORA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luis 
2004 
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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................3 
2 AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE....................................................................4 
2.1 Métodos utilizados na avaliação da flexibilidade.......................................5 
2.2 Testes lineares..........................................................................................7 
2.2.1 Testes de sentar e alcançar de Wells................................................7 
2.3 Testes adimensionais.............................................................................10 
2.3.1 Flexitestes........................................................................................10 
2.4 Testes angulares.....................................................................................21 
3 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR..........................................................22 
3.1 Teste de avaliação da força máxima.......................................................23 
3.1.1 Testes dinâmicos.............................................................................23 
3.1.2 Testes estáticos...............................................................................27 
3.2 Teste de avaliação da força explosiva....................................................33 
3.2.1 Testes de potência para subida de escadas....................................34 
3.2.2 Teste de impulsão horizontal...........................................................35 
3.2.3 Teste de impulsão vertical sem ajuda das mãos.............................37 
3.2.4 Teste de arremesso da bola medicinal com ambas as mãos..........40 
4 AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA........................42 
4.1 Teste de flexão de braços.......................................................................43 
4.2 Teste de abdominal.................................................................................44 
4.3 Teste de puxada na barra.......................................................................46 
4.4 Teste estático de sustentação na barra..................................................48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AVALIAÇÃO NEUROMOTORA 
 
1 INTRODUÇÃO 
 Os aspectos neuromotores são essenciais para a saúde e funções 
fisiológicas. É bem verdade que poucas pessoas morrem por falta de flexibilidade 
ou força diminuídas. No entanto, muitas pessoas sofrem de problemas lombares 
crônicos e diminuição da força muscular com o envelhecimento, isto associado, é 
claro à carência de atividade física (POLLOCK, 1986), tornando-se visível a 
importância de exercícios regulares para manutenção do aspecto neuromuscular, 
ou seja, flexibilidade, força e resistência muscular localizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
�
 
2 AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE 
 De acordo com FARINATTI & MONTEIRO (2000, p.236) esta qualidade 
física que pode ser definida como a amplitude de movimento em determinada 
articulação, apresenta relevante papel para obtenção de níveis satisfatórios de 
saúde e aptidão física. Esta qualidade física pode ter implicações na reabilitação 
terapêutica ou profilática de casos diversos como lombalgias, dismenorréias e 
tensões neuromusculares, bem como na manutenção de níveis de 
condicionamento necessários à vida cotidiana. 
 
 Indivíduos que exibem melhores níveis de flexibilidade são menos 
suscetíveis a lesões quando submetidos a esforços intensos e geralmente 
apresentam menor incidência de problemas ósteo-mio-articulares. Em 
contrapartida, baixos níveis de flexibilidade nas regiões do tronco e quadril estão 
relacionados a problemas de ordem postural. 
 
 Os músculos, tendões, ligamentos e tecidos conectivos tendem a 
melhorar sua propriedade de elasticidade mediante programas regulares de 
atividade física que englobam exercícios de alongamento. Isso sugere que os 
efeitos positivos provenientes de uma boa flexibilidade incidem diretamente na 
eficiência do aparelho locomotor. Além disso, verificar-se um maior gasto 
�
energético quanto menores os níveis de mobilidade articular envolvidos em um 
determinado movimento. 
 
 A flexibilidade é específica para cada articulação e movimento. Este é o 
pressuposto básico que deve reger os testes que têm por objetivo medir e avaliar 
esta qualidade física. Ao mencionarmos a avaliação da flexibilidade ligada à 
Aptidão Física relacionada à saúde, devemos imaginar um teste de fácil Aplicação 
e execução que envolva um grande grupo de articulações, sabendo ainda que a 
função muscular normal requer uma extensão de movimento mantida em todas as 
articulações. 
 
 De forma geral, podemos dizer que: 
 
A avaliação da flexibilidade é importante para o exame físico, o qual 
permite ao professor de Educação Física, ou profissional da saúde, 
avaliar o nível da capacidade física do indivíduo, as disfunções 
musculares ou articulares, predisposições a patologias do movimento e 
os avanços no treinamento ou na recuperação funcional. 
 
(Norkin & White, 1997). 
2.1 Métodos utilizados na avaliação da flexibilidade 
 Segundo ARAÚJO (1987) apud MONTEIRO (2001, p.63), os métodos 
para quantificar a flexibilidade podem ser determinados em função da unidade de 
mensuração dos resultados. Neste contexto, o autor descreve três categorias 
básicas de medida: 
�
 
- Medidas angulares: feita através de aparelhos específicos 
(goniômetro e hidrogoniômetro), que medem o ângulo do movimento 
da articulação. 
- Medidas lineares: feitas através das medidas da distância de um 
ponto do corpo em relação à um ponto de referência. 
- Medidas admensionais: feita através de testes subjetivos onde a 
observação do avaliador determinará a medida da flexibilidade do 
avaliado. 
 De acordo com POLLOCK (1993,344) provavelmente, os testes de 
flexibilidade mais precisos de que se dispõe atualmente são aqueles que avaliam 
a amplitude real de movimento das diversas articulações. 
 
 Apesar de ser facilmente obtido com instrumentos como o Flexômetro 
de Leighton e o eletrogoniômetro, tais aparelhos não são acessíveis na maioria 
dos centros. Entre as várias formas de medir e avaliar a flexibilidade, procuramos 
por testes, que tivessem além de sua descrição, critérios de avaliação, e 
conseqüentemente, apresentaremos neste texto, o teste linear de sentar e 
alcançar e o teste adimensional flexiteste adaptado do Roberto Pável. 
 
 
 
�
2.2 Testes lineares 
 Os testes lineares são os mais difundidos por prescindirem de 
instrumentos (FERNANDES 2003, p.205). Caracterizam-se por expressar os 
resultados em escala de distância, em centímetros ou polegadas, utilizando-se de 
fitas métricas, réguas ou trenas. Um exemplo clássico e utilizado até hoje é o teste 
de Sentar e Alcançar, descrito originalmente por Wells e Dillon (1952). 
 
2.2.1 Testes de sentar e alcançar de Wells 
 
 
- Finalidade: medir o grau de flexibilidade do quadril, dorso e 
músculos posteriores dos membros inferiores. 
- População-alvo: seis anos até a idade adulta. 
- Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
- Material necessário: o instrumento de medida é constituído de um 
aparelho em formato de caixa na dimensão 30,5 x 30,5 x 30,5cm, 
tendo a parte superior plana uma tabua de madeira fixa a caixa com 
56,5 cm de comprimento, na qual é fixada uma escala graduada de 
1 em 1cm, sendo que o valor 23 coincide com a linha onde o 
�
avaliado acomoda seus pés, e o limite máximo da escala é de 50 
cm. 
 
-
Protocolo: o avaliado deverá estar descalço e assumir uma posição 
sentada de frente para o aparelho com os pés embaixo da caixa, 
joelhos completamente estendidos e com os pés encostados contra 
a caixa. O avaliador deverá apoiar os joelhos do avaliado na 
tentativa de assegurar que os mesmos permaneçam estendidos 
durante o movimento. Os braços deverão estar estendidos sobre a 
superfície da caixa com as mãos colocadas uma sobre a outra. Para 
a realização do teste, o avaliado, com as mãos voltadas para baixo 
e em contato com a caixa, deverá estender-se a frente ao longo da 
escala de medida procurando alcançar a maior distância possível, 
realizando o movimento de modo lento e sem solavancos. Devem 
ser realizadas três tentativas sendo que para cada uma delas a 
distância deverá ser mantida pôr aproximadamente um segundo, 
sendo considerado o melhor valor alcançado. (Pollock – 1986) 
�
- Resultado: é computada a melhor das três tentativas executadas 
pelo testando. 
- Validade: não reportada. 
- Fidedignidade: não reportada. 
- Precauções: a caixa deve ser colocada em uma superfície plana; 
deve ser observado se os pés estão totalmente contato com a 
superfície da caixa; o apoio dado nos joelhos do avaliado não pode 
prejudicar o seu rendimento; as mãos devem estar juntas com os 
dedos coincidindo; comparar resultados com as tabelas . 
- Critério de avaliação: a seguir, apresentaremos uma tabela de 
classificação dos valores do teste de flexibilidade para homens e 
mulheres de diferentes idades de acordo com FERNANDES (1998, 
p. 61-62) 
Tabela 1 Tabela para teste sentar e alcançar 
Homens 
Idade 
Excelente 
Bom 
Médio 
Regular 
Fraco 
15 - 19 
> 38 
34 - 38 
29 - 33 
24 - 28 
< 24 
20 - 29 
> 39 
34 - 39 
30 - 33 
25 - 29 
< 25 
30 - 39 
> 37 
33 - 37 
28 - 32 
23 - 27 
< 25 
40 - 49 
> 34 
29 - 34 
24 - 28 
18 - 23 
< 18 
50 - 59 
> 34 
28 - 34 
24 - 27 
16 - 23 
< 16 
Mulheres 
Idade 
Excelente 
Bom 
Médio 
Regular 
Fraco 
15 - 19 
> 42 
38 - 42 
34 - 37 
29 - 33 
< 29 
20 - 29 
> 40 
37 - 40 
33 - 36 
28 - 32 
< 28 
30 - 39 
> 40 
36 - 40 
32 - 35 
27 - 31 
< 27 
40 - 49 
> 37 
34 - 37 
30 - 33 
25 - 29 
< 25 
50 - 59 
> 38 
33 - 38 
30 - 32 
25 - 29 
< 25 
Fitness an Lifestyle in Canada, Fitness an Lifestyle Researchlnstitute, 1983, Fitness and Amateur 
Sports, Ottawa, Canada. (1986). (Fernandes 1998, p. 61-62). 
 
�
2.3 Testes adimensionais 
 Pode-se definir um teste como adimensional, quando não existe uma 
unidade convencional, como ângulo ou centímetros para expressar os resultados 
obtidos. Eles não dependem de equipamentos, utilizando-se somente de critérios 
ou mapas de análise preestabelecidos. Temos como exemplos o Flexiteste, 
modificado por Monteiro & Farinatti (1985) e o teste utilizado por Bloomfield et al., 
(1994). 
 
2.3.1 Flexitestes 
- Finalidade: avalia a flexibilidade através de movimentos 
específicos. (FERNANDES, 1985). 
- Porção corporal envolvida: todo corpo. 
- Material necessário: colchonete e flexíndice. 
- Protocolo: 
 O Flexisteste original de PÁVEL & ARAÚJO, avalia a flexibilidade 
articular, de forma passiva máxima, através de 20 movimentos, no lado direito do 
corpo, nas articulações do tornozelo, joelho, quadril, tronco, punho, cotovelo e 
ombro, onde o avaliador deve movimentar o segmento avaliado até o seu limite, 
comparando-a seguidamente o grau de amplitude de movimento ao gabarito de 
�
avaliação, dando o conceito relativo ao movimento que mais se aproxima do 
gabarito. 
 
 Cada movimento é retratado em gradações que variam de 0 a 4, 
perfazendo um total de cinco valores possíveis de classificação. Somente 
números inteiros podem ser atribuídos aos resultados, de forma que as amplitudes 
de movimentos intermediários entre duas gradações são sempre consideradas 
pelo valor inferior. Padronizou-se a realização dos movimentos do lado direito, no 
entanto, se for objetivado o teste poderá ser realizado bilateralmente. O método é 
realizado sem aquecimento e recomenda-se que os movimentos sejam feitos 
lentamente a partir da posição demonstrada no desenho (usualmente 0), indo até 
o ponto de aparecimento de dor ou grande restrição mecânica do movimento. 
 
 Através do somatório dos vinte movimentos isolados, obtêm-se o índice 
geral de flexibilidade (flexíndice), que será avaliado da seguinte forma: 
 
 < 21 : Muito pequena; 
 21 -30: Pequena; 
 31 -40: Média (-); 
 41-50: Média (+) 
 51-60: Grande 
>60: Muito grande 
 
 Embasado, no Flexiteste original MONTEIRO & FARINATTI, 
procurando facilitar a aplicação do Flexiteste nas academias, adaptou-o, utilizando 
somente 8 movimentos. 
�
Tabela 2 Flexiteste adaptado 
ARTICULAÇÃO 
MOVIMENTOS 
Quadril 
- Flexão 
- Extensão 
- Abdução 
Tronco 
- Flexão 
- Flexão Lateral 
Ombro 
- Extensão+Adução Posterior do Ombro 
- Adução Posterior a partir da Abdução de 180° no Ombro 
- Extensão Posterior 
 
 
 Com o somatório dos oito movimentos isolados, obtém-se o índice geral 
de flexibilidade, que será avaliado do seguinte modo: 
 
 < 9 : Muito pequena; 
 9 -12: Pequena; 
 13 -16: Média (-); 
 17-20: Média (+) 
 21-24: Grande 
 =25: Muito grande 
 
- Resultado: 0 - Muito pequena; 1 - Pequena; 2 - Média; 3 - Grande; 
4 - Muito grande. 
- Validade: não reportada. 
- Fidedignidade: não reportada. 
2.3.1.1 Descrição dos movimentos articulares do flexiteste adaptado 
Movimento I – flexão do quadril 
 
- Avaliado: deitado em decúbito dorsal, com os Braços colocados 
naturalmente acima da cabeça, perna esquerda estendida e direita 
flexionada, tentando colocar a coxa sobre o tórax. 
�
- Avaliador: em pé, usando sua mão direita para manter o joelho 
esquerdo do avaliado estendido e com a mão esquerda colocada no 
terço proximal anterior da perna direita. Executando a flexão do 
quadril direito do avaliado. 
- Observação: em alguns casos pode ser necessário que o avaliador 
se aproveite do peso do seu corpo para conseguir a amplitude 
máxima do movimento, usando para isso as duas mãos sobre a 
perna direita do avaliado e o seu joelho direito para manter a perna 
esquerda do avaliado estendida. Para alcançar as amplitudes 
correspondentes aos valores 3 e 4 é preciso executar uma pequena 
abdução do quadril do avaliado. É muito importante evitar que haja 
rotação do quadril, o que pode ser detectado pela perda de contato 
entre a nádega esquerda e o solo. 
Movimento II – extensão do quadril 
 
- Avaliado: deitado em decúbito ventral, com os braços estendidos 
naturalmente à frente do corpo e com o joelho direito fletido. 
- Avaliador: posicionado lateralmente ao avaliado, agachado ou 
ajoelhado executando a extensão do quadril direito do mesmo, 
colocando sua mão esquerda por baixo do joelho direito, e a direita 
de modo a empurrar a crista ilíaca direita do avaliado contra o solo. 
�
- Observação: a parte mais difícil deste movimento é manter a 
espinha Antero-superior da crista ilíaca em contato com o solo. Não 
se considera a posição do pé no julgamento. É útil pedir ao avaliado 
que inicie o movimento, o que diminui a necessidade de emprego de 
força por parte do avaliado. 
Movimento III – abdução do quadril 
 
- Avaliado: deitado em decúbito lateral esquerdo, mantendo os 
braços estendidos naturalmente acima da cabeça. A perna esquerda 
deve estar totalmente estendida semi-fletida, fazendo um ângulo 
reto entre a coxa e a perna, mantendo ainda o pé em uma posição 
natural. 
- Avaliador: ajoelhado, tendo o corpo do avaliado entre suas pernas, 
executando o movimento de abdução
do quadril direito. A sua mão 
direita é colocada na parte distal da perna e a esquerda 
indiferentemente no terço distal da coxa ou no terço proximal da 
perna direita do avaliado. 
- Observação: para alcançar os valores 3 e 4 é preciso que o 
avaliador recline um pouco o seu tronco, de modo a não limitar a a 
amplitude. É muito importante não permitir qualquer rotação do 
quadril neste movimento. O ângulo reto entre o tronco e a coxa 
direita corresponde ao valor 3. 
Movimento IV - flexão do tronco 
 
- Avaliado: deitado em decúbito dorsal, com os quadris encostados a 
uma parede e as pernas completamente estendidas, assumindo 
�
uma ângulo reto com o tronco. As mãos devem estar entrelaçadas 
na altura da nuca. 
- Avaliador: ajoelhado por trás do avaliado, com suas mãos nas suas 
costas, executando a flexão do tronco. 
- Observação: é conveniente que o avaliado inicie o movimento, de 
modo a diminuir o emprego de força pelo avaliador. Também é 
melhor o avaliador colocar suas mãos supinadas na região 
escapular e no oco axilar do avaliado. E extremamente importante 
encostar bem as nádegas na parede, assim como evitar a flexão dos 
joelhos. Quando apenas deslocar-se do solo a coluna cervical temos 
o valor 1; para a lombar 3 e com a superposição completa entre 
tórax e coxas, 4. no caso em que o avaliado sequer assuma a 
posição inicial, atribuímos o valor 0. 
Movimento V- flexão lateral do tronco 
 
- Avaliado: deitado em decúbito ventral, com ambas as pernas 
estendidas e as mãos entrelaçadas na nuca. 
- Avaliador: a mesma do movimento anterior, exceto que para 
facilitar a flexão é desejável que sua mão direita seja colocada no 
braço direito do avaliado. 
- Observação: tal como nos outros movimentos do tronco o avaliado 
deverá iniciar o movimento. É também válido orientar-se pela linha 
da coluna quando executar o movimento de indivíduos com as 
�
costas descobertas. O movimento deverá ser realizado sem que o 
avaliado execute simultaneamente uma extensão da coluna, isto é, 
mantendo o tórax rente ao solo. 
Movimento VI - extensão+adução posterior do ombro 
 
- Avaliado: deitado em decúbito ventral, com as pernas 
estendidas e os braços abduzidos e estendidos, com as 
palmas das mãos voltadas para o solo. 
- Avaliador: a mesma do movimento anterior, segurando com 
suas mãos as palmas das mãos do avaliado e executando o 
movimento. 
- Observação: quando existe um ângulo reto entre os braços e 
o corpo do avaliado, temos o valor 2. quando há 
superposição dos punhos, 3 de cotovelos, 4. 
Movimento VII - adução posterior à partir da abdução de 180° no ombro 
 
- Avaliado: em pé, com o tórax colocado contra uma parede e o 
braço direito em adução posterior a partir da abdução de 180° no 
ombro. 
- Avaliador: em pé, atrás do avaliado, apoiando o tórax deste contra 
a parede com sua mão esquerda e executando o movimento com a 
direita. 
�
- Observação: quando o braço direito do avaliado está paralelo ao 
eixo longitudinal do seu corpo temos o valor 1, e quando o cotovelo 
direito se encontra sobre a linha mediana do corpo, o valor 2. 
Movimento VIII - Extensão Posterior do Ombro 
 
- Avaliado: a mesma do movimento extensão+adução posterior do 
ombro, mas os braços não são abduzidos. 
- Avaliador: a mesma do movimento extensão+adução posterior do 
ombro, podendo segurar as mãos ou o terço distal dos antebraços 
do avaliado. 
- Observação: para iniciar o movimento o avaliador deve assumir a 
posição equivalente ao zero, com os braços do avaliado sem 
qualquer abdução. É aconselhável realizar este movimento de modo 
especialmente lento, reduzindo assim o risco de luxação acidental. 
 
 Os oito movimentos do gabarito do flexiteste modificado por Monteiro 
encontram-se no mapa a seguir: 
�
 
�
 
�
 
�
2.4 Testes angulares 
 Os testes angulares possuem seus resultados expressos em graus, 
divudidos em dois grupos: os invasivos e os não invasivos. Ao primeiro grupo 
pertecem as medidas angulares realizadas sobre radiografias ou imagens de 
ressonência magnética (IRM). Esta é a forma aceita como padrão de referência na 
medida do arco máximo de movimento. O segundo grupo é composto pelas medidas 
angulares, efetuadas por meio de goniômetros e clinômetros (ou inclinômetros). 
 
 O termo goniometria, que é formado por duas palavras: “gonia”, que 
significa ângulo, e “metria”, que significa, medida. Portanto, a goniometria refere-se à 
medida de ângulos. Os instrumentos que podemos utilizar são os goniômetros, que 
existem do mais comum até os eletrônicos. Os mais utilizados são: o goniômetro 
universal e o goniômetro pendular (ou flexímetro). Especificaremos mais ao 
pendular, que é o tipo de aparelho semelhante ao nosso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
�
3 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR 
 Os estudos têm mostrado que o treinamento de força muscular reduz o 
risco de lesões articulares e/ou musculares que podem ocorrer durante a atividade 
física. Além disso, o treinamento de força pode atenuar a perda em força muscular e 
em densidade óssea associada ao processo de envelhecimento. 
 
 São vários os motivos pelos quais devemos medir e avaliar a força 
muscular. Mathews (1980) cita quatro boas razões para avaliá-la: 
 
1) A força é necessária para urna boa aparência, 
2) A força é básica para um bom desempenho nas técnicas, 
3) A força é altamente considerada quando da medida de aptidão física e 
4) A manutenção da força pode servir como uma profilaxia contra certas 
deficiências ortopédicas. 
 Esta qualidade física pode ser medida e avaliada de forma isométrica, 
isotônica e isocinética. Para tal mensuração são empregados desde aparelhos como 
dinamômetros, tensiometros até formas mais simples como pesos livres. Entre um 
grande número de testes existentes que objetivam medir a força muscular de um 
indivíduo, classificamos estes testes em: 
 
- Teste de avaliação da força máxima 
- Teste de avaliação da força explosiva 
- Teste de avaliação da força rápida 
�
3.1 Teste de avaliação da força máxima 
 Os testes utilizados na avaliação da força máxima podem ser 
classificados em teste dinâmicos (isotônicos), estáticos (isométricos) e isocinéticos. 
 
3.1.1 Testes dinâmicos 
 POLLOCK e col (1984), apud FARINATTI (2000, 250) relatam a utilização 
do teste de peso máximo (TPM) também chamado de 1 RM (teste de uma repetição 
máxima), para avaliar a força dinâmica em determinado músculo ou grupamento 
muscular. 
 
 Isso se refere à quantidade máxima de peso levantado uma única vez de 
forma correta durante a realização de um exercício predeterminado de levantamento 
de peso. 
 
3.1.1.1 Teste de peso máximo 
- Finalidade: medir a quantidade de força dinâmica máxima executando 
um movimento completo abrangendo todo o arco articular. 
- População-alvo: deve ser aplicado em pessoas acostumadas com o 
trabalho de força. 
- Porção corporal envolvida: sistema locomotor 
�
- Material necessário: aparelho para musculação com pesos 
fracionados ou barra e anilhas. 
- Metodologia do teste: 
 Segundo FARINATTI (op.cit) a metodologia do teste conta das seguintes 
etapas: 
 
- Escolhe-se o músculo ou grupamento muscular a ser testado; 
- O avaliado realiza uma série de tentativas para determinar a maior 
carga que é capaz de mover em determinado movimento. 
- A carga inicial deve ser leve e em função da primeira tentativa, vai-se 
aumentando a mesma até que o avaliado consiga realizar no máximo 
uma repetição completa com a maior carga possível. 
Sugestões para aplicação e avaliação do teste: 
 
- Devido a grande solicitação ósteo-mio-articular, durante o teste, se faz 
necessário à realização de aquecimento prévio; 
- Para realização do método,
o avaliado deve possuir boa técnica. Uma 
boa eficiência mecânica aumenta a validade do teste e reduz o risco 
de lesões; 
- Se for necessário repetir o determinado movimento várias vezes 
seguidas para a determinação da carga máxima, aconselhamos um 
intervalo de mais ou menos dois minutos entre as tentativas para a 
reposição das reservas de Creatina-fosfato; 
�
- Alguns exercícios sugeridos para aplicação do teste são e seus 
grupamentos musculares avaliados: 
Desenvolvimento Supino: Peitoral maior e menor, deltóide anterior, tríceps 
braquial, córoco braquial. 
 
Extensão do Joelho: Quadríceps femoral. 
 
Remada ao Peito: Bíceps braquial, braquial anterior, braquiaradial, deltóide 
posterior, rombóide, infraespinhal, redondo menor, trapézio II. 
 
Flexão do Joelho: Semitendíneo, semimembranoso e bíceps crural. 
 
�
- Procedimento: o avaliado deve realizar um movimento contínuo, em 
todo arco articular, contra a maior resistência possível. Poderão ser 
realizados três tentativas no máximo por grupamento muscular; um 
intervalo de cinco minutos deve ser dado entre cada tentativa para 
permitir que todo o ATP + CP depletados possa ser restaurado, visto 
que, segundo MATHEWS (1979) em baseados em dados HULTMAN et 
all, mostra que após três minutos de repouso 100% do ATP + CP 
depletados são repostos. E ainda o desgaste em nível neuromuscular 
seja atenuado. Será registrado o peso máximo conseguido pelo 
indivíduo em uma das tentativas por grupamento muscular. 
- Resultado: ao adicionar um peso gradativamente, verificar-se-á que o 
testando não conseguirá realizar mais nenhum movimento, neste ponto 
será descoberto a carga máxima individual. 
- Validade: não reportada 
- Fidedignidade: não reportada 
- Observações: deverá ser realizado um minucioso exame médico com 
o avaliado verificando se tem condições de fazer o teste. O avaliado 
para fazer o TPM deverá ter passado por um período prévio de 
adaptação ao exercício de musculação. 
- Precauções: número máximo de tentativas não deverá exceder a três. 
Caso o testado atinja a terceira tentativa sem alcançar a sua força 
máxima, dar-se um intervalo de 24 horas para a continuação do teste, 
partindo-se agora, de um peso do que foi usado na última tentativa. 
 
�
3.1.2 Testes estáticos 
 A força máxima isométrica é medida por meio de aparelhos específicos 
que geralmente são Tensiometros ou Dinamômetros. 
 
 De acordo com McARDLE (1992, p.294) o tensiometro é leve, portátil, 
durável, fácil de usar e comporta a vantagem da versatilidade para registra as 
mensurações da força em praticamente todos os ângulos na amplitude do 
movimento de determinada articulação. Citaremos um teste de mensuração da força 
estática da extensão do joelho utilizando o tensiômetro tipo cabo. 
 
3.1.2.1 Teste de força tensora de cabo 
 
 
- Finalidade: mensurar a força máxima de um músculo ou grupamento 
muscular em determinado ângulo de movimento. 
- População-alvo: crianças e adultos. 
- Porção corporal envolvida: músculos extensores do joelho. 
- Material necessário: tensiômetro com cabo. 
�
- Protocolo: posicionar o tensiômetro, de modo que, o avaliado consiga 
realizar o movimento desejado dentro de uma determinada angulação, 
realizando sua força máxima. 
- Resultado: é a máxima prensão exercida pelo testando, computando 
o melhor resultado de duas tentativas. 
- Validade: não reportada 
- Fidedignidade: não reportada 
- Precauções: é a máxima preensão exercida pelo testando, 
computando o melhor resultado de duas tentativas. 
3.1.2.2 Dinamometria 
 Basicamente temos dois tipos de dinamômetros para medir a força 
máxima estática o de pressão e o de tração. Apresentaremos três testes com 
dinamômetros um de preensão manual e dois de tração, um lombar e outro de 
pernas. 
 
 O princípio é o seguinte quando uma força externa é aplicada ao 
dinamômetro, uma mola de aço é comprimida e movimenta um ponteiro. Sabendo-
se quanta força é necessária para deslocar o ponteiro através de determinada 
distância, pode-se determinar então com exatidão quanta força “estática” externa foi 
aplicada ao dinamômetro. 
 
 
�
3.1.2.2.1 Dinamometria de mão (grip) 
 
- Finalidade: mensurar indiretamente a força muscular através do ato 
de preensão manual aplicada ao dinamômetro de mão. 
- População-alvo: ambos os sexos de qualquer idade. 
- Material necessário: 1 dinamômetro ajustável (escala de 0 a 100 kg), 
pó de giz ou magnésio e material para anotação. 
- Procedimentos: 
1) O avaliado coloca-se na posição ortostática com pó de giz ou magnésio na 
palma da mão, para evitar deslize do aparelho. 
2) Segura confortavelmente o dinamômetro, que deverá estar com os ponteiros 
na escala zero, na Iinha do antebraço, ficando este paralelo ao eixo 
longitudinal do corpo, faz-se com que ele pegue a barra de tração do aparelho 
com as 4 últimas falanges distais e com a porção distal do metacarpo na 
barra de apoio pede-se que o avaliado realize a tração. A segunda articulação 
da mão deve se ajustar sob a barra e tomar o peso do instrumento e então é 
apertada entre os dedos e a base do polegar. Durante a execução da 
preensão manual, o braço deve permanecer imóvel, havendo somente a 
�
flexão das articulações devendo-se anotar a mão dominante do avaliado na 
folha de protocolo. 
3) Devem ser realizados duas tentativas, com intervalo de 1 minuto entre ambas, 
sendo registrado o maior valor obtido. 
- Precauções: 
1) Utilizar a mão dominante 
2) Verificar se os ponteiros estão no ponto zero da escala antes da 
execução. 
3) Verificar se a pegada está de acordo com a padronização e quando 
necessário ajustá-la. 
4) Não permitir movimentação do cotovelo ou punho durante o ato de 
preensão. 
5) Verificar se os ponteiros realizam um movimento continuo. 
6) Observar a calibração do aparelho antes de iniciar as medidas. 
- Protocolo: 
7) O avaliado deve estar em pé; 
8) A cabeça do avaliado deve estar na horizontal; 
9) O tamanho da pegada deve ser ajustada de tal forma que a falange 
mediana do dedo médio esteja em ângulo reto; 
10) O antebraço deve estar posicionado em qualquer ângulo entre 90o e 180o 
graus em relação ao braço; o braço está numa posição vertical; 
11) O pulso e o antebraço devem estar em leve pronação; 
12) O avaliado deve exercer uma força máxima e breve; 
�
13) O avaliado deve realizar duas ou três tentativas alternadas com cada 
mão, com intervalos de 30 seg.; 
14) Somar o melhor resultado de cada mão (direita-esquerda) e compara nas 
tabelas (Fernandes 1998, p. 55). 
- Resultado: é a máxima preensão que o testando conseguir exercer, 
sendo computado o melhor das duas tentativas. 
- Validade: não reportada 
- Fidedignidade: r=0,90 
- Classificação: 
 Tabela de Dinamometria - ambos os sexos soma mão direita e esquerda - 
20 à 69 anos 
Tabela 3 Valores referências para o teste de "Preensão Manual" para ambos os sexos. Combinação 
do braço direito e esquerdo 
Idade 
20 - 29 
30 – 39 
40 - 49 
50 - 59 
60 - 69 
Sexo 
M 
F 
M 
F 
M 
F 
M 
F 
M 
F 
Excelente 
>123 
>70 
>122 
>72 
>118 
>72 
>109 
>64 
>102 
>59 
Bom 
113-123 
65-70 
113-122
66-72 
110-118
102-109
102-109 
59-64 
93-101 
54-59 
Médio 
106-112 
61-64 
105-112
61-65 
102-109
96-101 
96-101 
55-58 
86-92 
51-53 
Regular 
97-105 
55-60 
97-104 
56-60 
94-101 
87-95 
87-95 
51-54 
79-85 
48-50 
Fraco 
<97 
<55 
<97 
<56 
<94 
<87 
<95 
<51 
<79 
<48 
Fonte: Canadian Stardardized test of Fitness, Operatuions Manual, 1987 (Fernandes 1998, p. 57). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
�
3.1.2.2.2
Dinamometria de membros inferiores e região dorsal 
 
- Finalidade: mensurar a força dos membros inferiores. 
- População-alvo: direcionado para ambos os sexos. 
- Porção corporal envolvida: região dorsal e membros inferiores. 
- Equipamento necessário: dinamômetro para teste de tração 
membros inferiores e lombar. 
- Protocolo: com o aparelho calibrado e zerado, pede-se que o 
avaliado posicione-se na base do aparelho com os joelhos fletidos a 
aproximadamente 120 graus e tronco ereto. Coloca-se a barra de 
tração em uma posição em que essa fique à altura da prega inguinal. 
Faz-se a extensão dos joelhos sem flexionar o tronco. O registro da 
medida é feito do mesmo modo que na dinamometria de mão. 
- Resultado: é a máxima prensão exercida pelo testando, computando 
o melhor resultado de duas tentativas. 
- Validade: não reportada. 
- Fidedignidade: “r” entre 0,86 e 0,90. 
- Precauções: será computado o melhor resultado das duas tentativas. 
- Classificação: 
�
Tabela 4 Normas de força estática 
Classificação 
Pressão Manual 
Esquerda(kg) 
Pressão 
Manual 
Direita(kg) 
Força da 
Costas(kg) 
Força na 
perna(kg) 
Força 
Totala(kg) 
Força 
Relativab
Homens 
Excelente 
> 68 
> 70 
> 209 
> 241 
> 587 
> 7,50 
Bom 
56-67 
62-69 
177-240 
214-240 
508-586 
1,10-7,49 
Média 
43-45 
48—61 
126-176 
160-213 
375-507 
5,21-7,09 
Fraco 
39-42 
41-47 
91-125 
137-159 
307-374 
4,81-5,20 
Muito Bom 
<39 
< 41 
< 91 
< 137 
< 307 
< 4,81 
Mulheres 
Excelente 
> 37 
> 41 
> 111 
> 136 
> 324 
> 5,50 
Bom 
34-36 
38-40 
98-110 
114-135 
282-323 
4,80-5,49 
Média 
22-33 
25-37 
52-97 
66-113 
164-281 
2,90-4,79 
Fraco 
18-21 
22-24 
39-51 
49-65 
112-163 
2,10-2,89 
Muito Bom 
< 18 
< 22 
< 39 
< 49 
< 117 
< 2,10 
 
 
3.2 Teste de avaliação da força explosiva 
 Força explosiva, também conhecida como potência muscular, é a 
capacidade de realizar uma contração muscular utilizando uma força máxima no 
menor tempo possível. 
 
 Normalmente, a potência é aferida através de um único movimento; 
entretanto, podemos realizar testes para medi-la, através do número de repetições 
que o indivíduo consegue realizar em um tempo muito reduzido, variando de 5 a 10 
segundos. Encontramos na literatura três tipos de testes de potência: teste de 
potência para subida de escada, testes para potência de salto e testes de piques de 
até oito segundos. 
 
 
a Força Total=força das pressões manuais esquerda e direita mais força das costas mais força na 
perna. 
b A força relativa é determinada dividindo-se o escorre da força total pelo peso corporal (em kg). 
�
3.2.1 Testes de potência para subida de escadas 
- Finalidade: mensurar a potência anaeróbica alática. 
- Protocolo: subir uma escada o mais rápido possível, pulando três 
degraus de cada vez. O tempo necessário para vencer a distância 
entre o terceiro degrau e o nono é registrado com maior aproximação 
para centésimos de segundo. 
- População-alvo: crianças e adultos. 
- Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
- Material necessário: cronômetro lance de escada com mais de 9 de 
graus. 
- Resultado: o rendimento de potência é o produto do peso corporal 
(P), pela distância vertical (D), dividido pelo tempo. 
- Validade: não reportada 
- Fidedignidade: não reportada 
- Precauções: o avaliado deve realizar um aquecimento prévio que não 
deve ser padronizado (individual), e uma tentativa de aferição da 
execução correta, em seguida realizar 3 tentativas com no mínimo 5 
minutos de intervalo. O cálculo da potência deverá ser feito através da 
fórmula: 
Pot = P x D/T 
 
Onde: Pot = potência em watts 
 P = Peso Corporal em kg 
 D = Distância em metros(m) 
 T = tempo em segundos 
 
�
3.2.2 Teste de impulsão horizontal 
- Objetivo: medir indiretamente a força muscular de membros inferiores 
através do desempenho em se impulsionar horizontalmente. 
- População-alvo: criança dos seis anos até a idade universitária. 
- Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
- Material necessário: fita adesiva, para assinalar a linha de partida, 
fita métrica de metal ou tecido fixada ao solo, 1 esquadro de madeira e 
material para anotação. 
- Procedimento: O avaliado se coloca com os pés paralelos no ponto 
de partida (linha zero da fita métrica fixada ao solo). Através da voz de 
comando "Atenção!!! Já!!!" o avaliado deve saltar no sentido horizontal, 
com impulsão simultânea das pernas, objetivando atingir o ponto mais 
distante da fita métrica. É permitida a movimentação livre de braços e 
tronco. 
 
- Precauções: Invalidar o salto que for precedido de marcha, corrida, 
outro salto ou deslize após a queda. Deverá ser colocado um tatame 
um pouco á frente do local de execução do teste, evitando que, em 
caso de queda, o avaliado se machuque. 
�
- Resultado: é dado em centímetros, medindo-se a distância entre a 
linha de partida e parte anterior do pé (ponta do pé) que mais se 
aproximar do ponto de partida; prevalecendo a que indicar a maior 
distância percorrida no plano horizontal. São dadas três 
oportunidades, computando-se o melhor dos três resultados 
alcançados. 
- Validade: a validade de r = 0,607 foi assinalada usando como critério, 
um teste puro de força explosiva (potência). 
- Fidedignidade: tem sido assinalada como superior a 0,96. 
- Padrões de classificação: 
 ROCHA E CALDAS (1978) apresentam uma classificação para o teste de 
salto horizontal. 
 
Tabela 5 Tabela de Classificação para o Teste de Salto Horizontal segundo ROCHA E CALDAS 1978 
Classificação 
Resultado 
Fraco 
Regular 
Bom 
Muito Bom 
Excelente 
<2,30 
2,30-2,49 
2,49-2,69 
2,70-2,89 
>2,70 
 
 LANCETTA (1988) apresenta uma classificação mais detalhada, 
discriminando a faixa etária, o sexo e a classificação dos resultados. 
 
Tabela 6 classificação dos Resultados do Teste de Salto Horizontal para Meninos e Meninas de 11 a 
16 anos. 
Sexo 
Idade 
Fraco 
Regular 
Bom 
Muito Bom 
Excelente 
M 
11-12 
<179cm 
180-189cm
190-199cm
200-209cm 
>210cm 
13-14 
<206cm 
207-220cm
221-231cm
232-245cm 
>246cm 
15-16 
<228cm 
229-242cm
243-256cm
257-270cm 
>271cm 
F 
11-12 
<177cm 
178-185cm
186-193cm
194-201cm 
>202cm 
13-14 
<182cm 
183-187cm
188-195cm
196-207cm 
>206cm 
15-16 
<191cm 
192-198cm
199-205cm
206-212cm 
>223cm 
 
 
�
3.2.3 Teste de impulsão vertical sem ajuda das mãos 
- Objetivo: medir indiretamente a força muscular de membros inferiores 
através do desempenho em se impulsionar verticalmente. 
- População-Alvo: crianças, jovens e adultos de ambos os sexos. 
- Porção corporal envolvida: membros inferiores. 
- Material necessário: uma tábua, 30 centímetros de largura por 2 
metros de comprimento, graduada em centímetros e milímetros e 
fixada a partir de 2 metros de altura. Para crianças a tabua deve ser 
fixada, a partir de 1 metro de altura, pó de giz ou magnésio, 1 cadeira 
(45 cm) e material para anotação. 
 
- Procedimento: 
1) O avaliado deve posicionar-se de pé, lateralmente à superfície graduada, e 
com braço estendido acima da cabeça, o mais alto possível 
2) Mede-se a altura total do testado e suja-se as pontas dos dedos com giz. 
3) Impulsão vertical sem auxílio dos membros superiores (MMSS). O avaliado se 
coloca em pé, calcanhares no solo, pés paralelos, corpo lateralmente à 
parede com os MMSS elevados verticalmente. Considera-se como ponto de 
referência à extremidade mais distal das polpas digitais da
mão dominante 
projetada na fita métrica. Após a determinação do ponto de referência, o 
�
avaliado afasta-se ligeiramente da parede, no sentido lateral, para poder 
realizar a série de três saltos, mantendo-se no entanto com os MMSS 
elevados verticalmente. Deve-se dar um intervalo de 1 a 3 minutos entre cada 
salto. Obedecendo à voz de comando "Atenção!!! Já!!!" ele executa o salto 
tendo como objetivo tocar as polpas digitais, da mão dominante, que deverão 
estar marcadas com pó de giz ou magnésio, no ponto mais alto da fita 
métrica. Durante o movimento, o braço oposto deverá se manter 
constantemente na posição de partida, ou seja, elevado. 
- Precauções: 
1) O Teste de força explosiva, devido ao seu grande risco de provocar lesões 
ósteo- músculo -articulares, deve ser feito após um perfeito aquecimento. 
2) Invalidar o salto que for precedido de marcha, corrida ou outro salto ou ainda 
a movimentação dos braços quando esta não for permitida. 
3) Verificar se o avaliado mantém o membro superior efetivamente elevado, sem 
flexões de quadril, joelho ou tornozelo, no momento da determinação do 
ponto de referência. 
4) Atenção quanto às determinações dos pontos de referência, visto que, entre 
as posições com os dois braços elevados e com um braço elevado, raramente 
ocorrem diferenças superiores a dois centímetros. 
5) Observar que o avaliador fique sobre uma cadeira para melhor visualização 
dos resultados. 
- Resultado: o valor do salto é registrado em centímetros. Se o peso do 
corpo e a velocidade na realização do salto não fazem parte da 
�
medida, não se pode considerar este teste como de potência. Para 
isso, utiliza-se o nomograma de Lewis (MATHEWS et al., 1991). O uso 
do nomograma permitirá o registro da potência em kg-m/s. Traça-se 
um segmento de reta pelo nomograma conectando o valor do peso do 
indivíduo (coluna da direita) com a altura do salto (coluna da 
esquerda). Lê-se o valor da coluna do centro por segundo (seg). 
- Validade: de 0,78. 
- Fidedignidade: maior que 0,93. 
- Precauções: (Fernandes 1998, p.52), cita que segundo o Laboratory 
Manual, 1994, aplica-se o resultado em cm da distância alcançada (D) 
na fórmula e compara-se com a tabela ( ). 
Cálculo: 
 
 
 
 
 onde: D = diferença entre a primeira marca e a segunda marca dada em 
metros. 
 
- Classificação: MATHEWS (1980,131) apresenta as seguintes 
nomenclatura de acordo com o Índice de classificação 
Percentual% 
Classificação 
Homens(cm) 
Mulheres (cm) 
90 
Excelente 
64 
36 
80 
61 
33 
70 
Bom 
58 
30 
60 
48 
25 
50 
Regular 
41 
20 
40 
33 
15 
30 
Fraco 
23 
10 
20 
20 
5 
10 
Inferior 
5 
2.5 
Modified from H. J. Montaye, Living Fit, page 53, Compyright © 1988 Benjamin/ Cumminings 
Publishing, Menlo Park, CA. (Fernandes 1998, p.54). 
 
Caixa de texto: P ( Kgm.s) P-1P = 2.21 x Peso Corporal x Ö D
�
3.2.4 Teste de arremesso da bola medicinal com ambas as mãos 
- Finalidade: medir a força explosiva (potência) dos membros 
superiores e cintura escapular. 
- População-alvo: dos doze anos até a idade universitária. 
- Porção corporal envolvida: membros superiores 
- Material necessário: uma bola de medicinal de 3 quilos, cadeira, fita 
adesiva, corda e trena. 
- Protocolo: Partindo da posição assentada em uma cadeira, o 
testando segura a bola medicinal com as duas mãos contra o peito e 
logo abaixo do queixo, com os, cotovelos o mais próximo do tronco. A 
corda é colocada na altura do peito do testando para mantê-lo seguro 
à cadeira e eliminar a ação de embalo durante o arremesso. O esforço 
deve ser realizado pelos braços e cintura escapular, evitando-se a 
participação de qualquer outra parte do corpo. 
- Resultado: é computada a distância, em centímetros, da melhor das 
três tentativas executadas pelo testando, e é dada a ele a 
oportunidade de realizar uma tentativa para familiarização com o teste. 
A distância deve ser medida entre os pés dianteiros da cadeira e o 
primeiro ponto de contato da bola medicinal com o solo; a trena deverá 
ser fixada no solo para facilitar a visualização do local de queda da 
bola, pelo testador (Marins & Giannichi 1996, p. 91). 
- Validade: Validade: um “r” de 0,77 foi obtido correlacionando-se o 
resultado das distâncias dos arremessos com os computados na 
fórmula de potência. O ângulo de arremesso não foi levado em 
consideração, embora este seja um fator limitante que afeta sua 
�
validade. Um “r” de 0,81 foi encontrado para universitários do sexo 
feminino, enquanto que um “r” de 0,84 foi encontrado para 
universitários do sexo masculino. 
- Fidedignidade: não reportada 
- Precauções - as três tentativas devem ser realizadas uma após a 
outra. 
- Classificação: a classificação dos Resultados do Teste do Arremesso 
da Bola Medicinal feito com universitários, adaptada de Johnson & 
Nelson (1979). 
Sexo Masculino 
Nível de Performance 
Sexo Feminino 
Resultados 
Resultados 
763 - acima 
Avançado 
428 - acima 
611 - 762 
Intermediário avançado 
367 - 427 
367 - 610 
Intermediário 
214 - 366 
275 - 366 
Iniciante avançado 
123 - 213 
0 - 274 
Iniciante 
0 - 122 
Valores em cm. (Marins & Giannichi 1996, p.92). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
�
4 AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA 
 A Resistência Muscular Localizada será perfeitamente avaliada se a carga 
aplicada for de baixa intensidade e se for utilizado teste de repetições máximas, ou 
seja, será aferida através da determinação da capacidade de resistir a fadiga nas 
regiões abdominal e membros inferior e superior. 
 
 O objetivo dos testes de RML é avaliar a RML num segmento 
determinado, através do maior número de repetições corretas de um determinado 
movimento. 
 
 No entanto, algumas providências prévias devem ser tomadas antes do 
teste como se certificar o avaliado está consciente do movimento que deve ser 
realizado, sua amplitude e que o teste deve ser feito até o ponto em que a fadiga 
impeça a sua realização. 
 
 Para a avaliação da RML, deve-se inicialmente, identificar que tipo de 
movimento está sendo avaliado. Em cada segmento corporal ter-se-ão basicamente 
os movimentos de flexão ou de extensão como os mais necessários a ser avaliado. 
Desta forma, a escolha do exercício que compara o teste será baseado no tipo de 
movimento sustentando o próprio peso do corpo o maior número possível de vezes, 
desde que mantenha a execução em toda sua amplitude. 
 
 Entre os principais testes utilizado para avaliar a resistência 
neuromuscular ou muscular localizada podem citar: 
�
- Teste de flexão de braços sobre o solo 
- Teste de flexão de tronco com os joelhos fletidos 
- Teste de abdução do quadril 
- Teste de puxada na barra fixa 
- Teste de suspensão na barra fixa 
4.1 Teste de flexão de braços 
- Finalidade: aferir a RML dos braços e tórax. 
- Execução: o Aluno deve iniciar o teste, assumindo a posição ventral 
braços estendidos, as mãos voltadas para frente, na linha dos ombros, 
olhar direcionado para o espaço entre elas, pernas unidas, coluna reta. 
Flexiona os cotovelos e encosta o peito no chão, em seguida volta à 
posição inicial e conta-se uma repetição e assim sucessivamente. 
 
Figura 1 Teste de flexão de braços para homens 
 
- Regras: o aluno não pode arquear o tronco e nem elevar o quadril, 
registra-se o número de repetições em 60 segundos, somente registra-
se as repetições corretas. 
- Casos especiais: para mulheres e pessoas idosas este teste deve ser 
executado com apoio dos joelhos e pés no solo, obedecendo às 
mesmas normas. 
�
 
Figura 2 Teste de flexão de braços para mulheres
- Músculos Avaliados: Peitoral Maior e Menor, Tríceps, Braquial e 
Deltóide Anterior . 
- Critérios de Avaliação: para avaliar os resultados deste teste, 
utilizamos a tabela elaborada por POLLOCK (1993), apud MONTEIRO 
(2001, 105) 
Tabela 7 Classificação do Resultado do Teste de Flexão de Braços 
Sexo 
Idade (anos) 
Ruim
Abaixo da 
Média 
Média 
Acima da 
Média 
Excelente 
Masculino 
De 15 a 19 
< 17 
18-22 
23 a 28 
29 a 38 
> 39 
De 20 a 29 
< 16 
17-21 
22-28 
29-35 
>36 
De 30 a 39 
< 11 
12-16 
17-21 
22-29 
> 30 
De 40 a 49 
< 9 
10-12 
13-16 
17-21 
>22 
De 50 a 59 
< 6 
7-9 
10-12 
13-20 
> 21 
De 60 a 69 
< 4 
5-7 
8-10 
11-17 
> 18 
Feminino 
De 15 a 19 
< 11 
12-17 
18-24 
25-32 
>33 
De 20 a 29 
< 9 
10-14 
15-20 
21-29 
> 30 
De 30 a 39 
< 7 
8-12 
13-19 
29-26 
> 27 
De 40 a 49 
< 4 
5-10 
11-14 
15-23 
> 24 
De 50 a 59 
< 1 
2-6 
7-10 
11-20 
> 21 
De 60 a 69 
< 1 
1-4 
5-11 
12-16 
> 17 
 
 
 
4.2 Teste de abdominal 
- Finalidade: determinar a resistência muscular localizada abdominal. 
- Material Utilizado: colchonete e cronômetro 
�
- Execução: o aluno inicia o teste em decúbito dorsal, com os joelhos 
flexionados, as plantas dos pés apoiados no solo com os calcanhares 
unidos a uma distância de 30 a 45cm das nádegas, formando um 
ângulo menor que 90° graus. Os braços podem estar na cabeça com 
as mãos entrelaçadas na nuca ou cruzados no tronco, com as mãos 
apoiadas nos ombros opostos. O aluno deverá contrai a musculatura 
abdominal e levar a cabeça para frente, flexionando o tronco até tocar 
os joelhos com os cotovelos, e retorna a posição inicial. 
 
Figura 3 Teste de Abdominais 
 
- Regra: registra-se o número máximo de repetições em 60 segundos, 
executado de forma correta. 
- Músculos Avaliados: Abdominais e Flexores do Quadril. 
- Critérios de Avaliação: para avaliar os resultados deste teste, 
utilIZamos a tabela elaborada por POLLOCK (1993), apud 
MONTEIRO(op.cit, 107) 
 
�
Tabela 8 Classificação do Resultado do Teste de Abdominais 
Sexo 
Idade (anos) 
Ruim 
Abaixo da 
Média 
Média 
Acima da 
Média 
Excelente 
Masculino 
De 15 a 19 
< 32 
33-37 
38-41 
42-47 
> 48 
De 20 a 29 
< 28 
29-32 
33-36 
36-42 
> 43 
De 30 a 39 
< 21 
22-26 
27-30 
31-35 
> 36 
De 40 a 49 
< 16 
17-21 
22-25 
26-30 
> 31 
De 50 a 59 
< 12 
13-17 
18-21 
22-25 
> 26 
De 60 a 69 
< 6 
7-11 
12-16 
17-22 
> 23 
Feminino 
De 15 a 19 
< 26 
27-31 
32-35 
36-41 
> 42 
De 20 a 29 
< 20 
21-24 
25-30 
31-25 
> 36 
De 30 a 39 
< 14 
15-19 
20-23 
24-28 
> 29 
De 40 a 49 
< 6 
7-14 
15-19 
20-24 
> 25 
De 50 a 59 
< 2 
3-4 
5-11 
12-18 
> 19 
De 60 a 69 
< 1 
2-3 
4-11 
12-15 
> 16 
 
 
4.3 Teste de puxada na barra 
 
- Objetivo: medir indiretamente a força muscular de membros 
superiores através do desempenho em se elevar acima do nível de 
uma barra horizontal. 
- População Alvo: escolares entre 10 e 18 anos de idade. 
- Porção corporal envolvida: membros superiores e cintura escapular. 
- Material Necessário: 1 barra de ferro ou madeira de 1 1/2 polegada 
ou 3,80 cm de diâmetro e fixada a uma altura que, quando for 
realizado o exercício os pés não toquem o chão, material para 
anotação e um cronômetro. 
- Protocolo: A posição da pegada é pronada e corresponde à distância 
biacromial (a distância entre as mãos deve corresponder à distância 
entre os ombros). Após assumir essa posição o avaliado tentará elevar 
seu corpo até que o queixo passe acima do nível da barra e então 
�
retornará o corpo á posição inicial. O movimento é repetido tantas 
vezes quanto possível, sem limite de tempo. Será contado o número 
de movimentos completados corretamente. Só uma tentativa é 
permitida a não ser que o avaliado tenha sido prejudicado por algum 
fator extra. 
- Resultado: Registra-se o número de movimentos completos. 
- Validade: não reportada. 
- Fidedignidade: coeficiente de r=0,89 de correlação intraclasse. 
- Precauções – 
1) O corpo deve permanecer ereto. 
2) Observar se os cotovelos estão em extensão total para o início do movimento 
de flexão. 
3) Não permitir repouso entre um movimento e outro. A execução deve ser 
dinâmica. 
4) Permitir somente uma tentativa, a não ser que o avaliado seja prejudicado por 
algum motivo. 
5) Verificar se o queixo ultrapassa o nível da barra antes de iniciar o movimento 
de extensão dos cotovelos. 
6) Não permitir qualquer movimento de quadril, ou pernas como auxílio e muito 
menos tentativas de extensão da coluna cervical. 
 
- Critérios de avaliação: para avaliar os resultados deste teste, 
utilizamos os padrões para Testes de Aptidão da AAHPER 
�
Tabela 9 Classificação do resultado do teste de puxada na barra 
Sexo 
Idade (anos) 
Ruim 
Abaixo da 
Média 
Média 
Acima da 
Média 
Excelente 
Feminino 
De 09 a 10 
< 1 
1 
2-3 
4-5 
> 5 
De 11 a 12 
< 1 
1 
2-4 
5-6 
> 6 
De 13 a 14 
< 2 
2-5 
6-7 
8-10 
> 10 
De 15 a 16 
< 3 
4-6 
7-8 
9-10 
> 10 
De 17 a 18 
< 3 
4-6 
7-8 
9-11 
> 11 
Masculino 
De 09 a 10 
< 2 
3-6 
7-12 
12-21 
> 21 
De 11 a 12 
< 3 
4-7 
8-13 
14-21 
> 21 
De 13 a 14 
< 3 
4-7 
8-13 
14-23 
> 23 
De 15 a 16 
< 3 
4-7 
8-12 
13-21 
> 21 
De 17 a 18 
< 2 
3-6 
7-10 
11-21 
> 21 
 
 
4.4 Teste estático de sustentação na barra 
- Finalidade: Medir indiretamente a força muscular de membros 
superiores através do desempenho em se manter suspenso acima do 
nível de uma barra horizontal. 
- População-alvo: escolares entre 10 e 18 anos de idade. 
- Porção corporal envolvida: membros superiores e cintura escapular. 
- Material necessário: uma barra de metal ou madeira, com 
aproximadamente 3 centímetros de diâmetro e fixada a uma altura 
que, quando for realizado o exercício os pés não toquem o chão 1 
cronômetro com precisão de centésimos de segundo e material para 
anotação. 
- Protocolo: As mãos devem segurar a barra em pronação, sendo que 
à distância entre as mãos deve corresponder à distância entre os 
ombros. O avaliado deverá elevar o corpo até que o queixo ultrapasse 
a barra; os braços devem ser flexionados próximo ao tronco e o peito 
deve estar o mais próximo possível da barra. O cronômetro é acionado 
no momento em que o queixo do avaliado passar acima do nível da 
barra e é desacionado quando passar abaixo do nível da barra. Será 
anotado o tempo que o avaliado conseguiu se manter acima do nível 
da barra. O indivíduo é orientado para que realize sua força máxima 
�
procurando se manter suspenso, com o queixo acima do nível da 
barra, joelho em extensão, pés fora do solo, o maior tempo possível. 
 
- Resultado: será o tempo de permanência nesta posição em 
suspensão. 
- Validade: não reportada 
- Fidedignidade: r=0,74 
- Precauções - O cronômetro deve ser acionado logo que o avaliado 
assuma a posição determinada; Não permitir que o avaliado encoste o 
queixo na barra, o cronômetro deve ser travado quando o queixo tocar 
a barra ou quando o avaliado colocar a cabeça para trás, ou quando o 
queixo estiver abaixo da linha da barra. 
- Critérios de Avaliação: 
Sexo 
Idade (anos) 
Ruim 
Abaixo da 
Média 
Média 
Bom 
Excelente 
Feminino 
De 7 a 8 
<5”
6-24” 
25-28” 
29-44” 
>45” 
De 9 a 10 
<6” 
7-29” 
30-31” 
32-51” 
>52” 
De 11 a 12 
<8” 
9-31” 
32”-33” 
34-58” 
>59” 
De 13 a 14 
<9” 
10-31” 
32”-33” 
24-59” 
>60” 
De 15 a 16 
<10” 
11-31” 
32”-33” 
24-59” 
>60” 
>16 
<11” 
12-31” 
32”-33” 
24-59” 
>60” 
Masculino 
De 7 a 8 
<11” 
12-33” 
34-40” 
41-54” 
>55 
De 9 a 10 
<13” 
14-39” 
40-45” 
46-63” 
>64 
De 11 a 12 
<19” 
20-50” 
49-52” 
53-69” 
>70 
De 13 a 14 
<32” 
33-55” 
56-61” 
62-74” 
>75 
De 15 a 16 
<43” 
44-62” 
63-66” 
67-79” 
>80 
>16 
<45” 
46-68” 
69-74” 
73-85” 
>85 
 
 
�
5 MEDIDAS DA AGILIDADE 
 A Agilidade é urna variável de Aptidão Física geral de esportistas e não 
esportistas, particularmente importante em modalidades como o voleibol, basquete e 
ginástica olímpica assim como em situações da vida cotidiana como desviar de um 
automóvel. 
 
 Podemos definir Agilidade como uma variável neuro-motora caracterizada 
pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e deslocamento da 
altura do centro de gravidade de todo corpo ou parte dele. 
 
 A medida da agilidade ocupa lugar certo na maioria das baterias de 
aptidão física geral e muitos tem sido os testes propostos, como: Auto-Fire-test, 
Burpee test, Dodging Run, Obstacle Run, Right Boomerang Run,Side Step test, 
Fourty Yard Run, Zig Zag Run e Shuttle Run. 
 
 No entanto ao escolhermos um teste de agilidade devemos levar em 
consideração a dificuldade para medi-la, pois esta não se apresenta como um fator 
completamente independente, existindo portanto às vezes relação com outras 
variáveis neuro-motoras simples, como a velocidade e equilíbrio, ou complexas, 
como a coordenação. 
 
 Tem-se demonstrado que corridas por urna distancia de até 10 metros 
acompanhada de alterações da altura do centro de gravidade e três giros de 180 
graus, são suficientes para avaliar agilidade. Por estas razões é que preconizamos o 
�
teste Shuttle Run (padronizado pela AAHPER e modificado pelo CELAFISCS) como 
o mais indicado para medir esta variável. 
 
5.1 Teste de Shuttle Run 
- Objetivo:- Avaliação da agilidade 
- População alvo: Crianças e atletas 
- Porção corporal envolvida: todo o corpo 
- Material: piso limpo e não derrapante, 2 blocos de madeira (5 cm x 5 
cm x 10 cm). 1cronômetro (aceita-se precisão de décimos embora a 
precisão de centésimos seja desejada). Espaço livre de obstáculos (no 
mínimo 15 metros). Folha de protocolo. Uniforme: camiseta, calção, 
meia e tênis. 
- Protocolo: desenha-se no chão, duas linhas paralelas entre si 
distantes 9,14 metros uma da outra. O indivíduo deverá se posicionar 
de pé, atrás da linha de saída com os pés em afastamento ântero-
posterior, , com o pé anterior o mais próximo possível da linha de 
saída; 10 cm após após a linha oposta de saída deve ser colocados 
dois blocos de madeira, separados entre si por um espaço de 30 cm 
(ver esquema). Com a voz de comando: Atenção! Já!! o avaliador 
inicia o teste acionando concomitantemente o cronômetro. O avaliado 
em ação simultânea corre a máxima velocidade até os blocos, pega 
um deles e retorna ao ponto de onde partiu depositando esse bloco 
atrás da linha de partida. Em seguida, sem interromper a corrida, vai 
em busca do segundo bloco, procedendo da mesma forma. O 
�
cronômetro é parado quando o avaliado coloca o último bloco no solo 
e ultrapassa com pelo menos um dos pés a linha final. O bloco não 
deve ser jogado, mas colocado no solo. Sempre que houver erros na 
execução, o teste deverá ser repetido. 
- Resultado: será o tempo (décimos de segundo) gasto para completar 
os cincos ciclos. Cada avaliado deverá realizar duas tentativas com 
um intervalo mínimo de dois minutos, permitindo assim a 
recomposição do ATP - CP. O resultado será o tempo de percurso na 
melhor das duas tentativas. 
 
- Validade: não reportada 
- Fidedignidade: não reportada. 
- Precauções: 
1) As linhas demarcadas no solo são incluídas na distância de 9,14 metros. 
2) O avaliado deverá colocar (não jogar) o bloco no solo, movimentando assim a 
altura do centro de gravidade. 
3) O cronômetro só é parado quando o segundo bloco e pelo menos um dos pés 
tocarem a linha de chegada. 
4) O avaliado deve ser instruído de que o teste "Shuttle Run" é um teste máximo e 
por isso deve ser realizado com todo esforço possível. 
�
5) Deve ser observada e anotada as condições do tempo (temperatura e umidade 
relativa) durante a aplicação do teste. 
6) Aconselha-se anotar também a marca e a precisão do cronômetro utilizado, como 
toda e qualquer observação de fatores que possam ter influenciado o teste. 
• Critérios de Classificação: 
Sexo 
Idade (anos) 
Ruim
Abaixo da 
Média 
Média 
Acima da 
Média 
Excelente 
Masculino 
 
De 9 a 10 
<12,2
12,1-11,5 
11,4-11,0 
10,9-10,5 
>10,5 
De 11 a 12 
<11,6
11,5-11,0 
10,9-10,5 
10,4-10,0 
>10,0 
De 13 a 14 
<10,9
10,8-10,2 
10,1-10,0 
9,9-9,5 
>9,5 
De 15 a 16 
<10,6
10,5-10,0 
9,9-9,6 
9,5-9,2 
>9,2 
De 17 a 20 
<10,5
10,4-10,0 
9,9-9,5 
9,4-9,1 
>9,1 
Feminino 
De 9 a 10 
<12,8
12,7-12,0 
11,9-11,5 
11,4-11,0 
>11,0 
De 11 a 12 
<12,1
12,0-11,5 
11,4-11,1 
11,0-10,6 
>10,6 
De 13 a 14 
<12,1
12,0-11,4 
11,3-10,7 
10,6-10,2 
>10,2 
De 15 a 16 
<12,1
12,0-11,5 
11,4-11,0 
10,9-10,5 
>10,5 
De 17 a 20 
<12,2
12,1-11,5 
11,4-10,9 
10,8-10,3 
>10,3 
 
 
 
 
 
 
 
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