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Processos Biológicos

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PROCESSOS BIOLÓGICOS
CAPÍTULO 1 - O SURGIMENTO DAS
CÉLULAS: COMO A QUÍMICA E A BIOLOGIA
PODEM EXPLICAR?
Ana Paula Felizatti / Nícolas Murcia / Vinicius Canato Santana
Introdução
Você já se questionou de onde viemos e como viemos? Já se perguntou como a vida surgiu? Dentre as
teorias existentes, as teorias evolucionistas do surgimento da vida são as mais aceitas na
contemporaneidade para explicar as questões que dizem respeito às inúmeras dúvidas sobre o início da
vida em suas mais diversas formas. Você já parou para observar o quão diversa a vida se apresenta? Há
uma infinidade de formas de vida, desde as mais simples, formadas por uma única célula, até as mais
complexas, como nós, os seres humanos, pluricelulares e altamente organizados. Mas, como foi
possível o surgimento dos seres mais simples e como se deu a formação dos seres mais complexos? A
premissa base mais aceita no meio científico é respaldada na formação da sopa primordial ou sopa
orgânica. Trata-se de uma teoria que alia conhecimentos químicos e biológicos para explicar como uma
sopa orgânica, contendo inicialmente átomos e moléculas simples, foi capaz de originar todas as
formas de vida. A teoria se fortaleceu com a observação in vitro de tal acontecimento, com a formação
de aminoácidos, blocos estruturais das proteínas, que são as macromoléculas mais abundantes nos
seres vivos (JUNQUEIRA, 2012). Neste capítulo, veremos com mais detalhes sobre a formação da vida
do ponto de vista químico e biológico. Assim, poderemos compreender como ligações químicas entre
átomos e moléculas simples, foram responsáveis pela estruturação de moléculas orgânicas com
enorme importância biológica no contexto do surgimento da vida.
1.1 Química dos organismos vivos
A química é uma ciência exata muito atrelada à formação da vida. Há milhões de anos, elementos
químicos se agruparam por meio de ligações químicas em um processo gradual e complexo e deram
origem à moléculas orgânicas precursoras das formas de vida mais simples. Essas formas simples,
eventualmente, passaram por processos evolutivos que deram origem a rotas bioquímicas que
possibilitaram a evolução para formas mais complexas. Mas tudo começou com elementos químicos
simples. Não é incrível? Nesta sessão, iremos explorar os conceitos da química no contexto dos
organismos vivos e surgimento da vida.
1.1.1 Composição química das células
Você certamente já ouviu dizer que somos feitos majoritariamente por água, não é mesmo? Essa
premissa é absolutamente correta, visto que somos formados por células, e elas têm, em sua
composição, a água como elemento mais abundante. 
Mas, antes de iniciar seus estudos sobre a composição química das células, assista ao vídeo
especialmente desenvolvido para esta seção.
Além da água, outros elementos estão presentes na célula, entre compostos orgânicos e inorgânicos. A
composição química das células segue o padrão aproximado ilustrado pelo objeto a seguir. Clique nos
itens para conferir!
É interessante notarmos que as células são a unidade funcional mais básica dos seres vivos, e têm
características em comum tanto nos seres mais simples como nos mais complexos. Nesta seção,
iremos conhecer e compreender a importância desses elementos comuns em quase todas as células.
Á
1.1.2 Átomos, moléculas e íons
Os organismos vivos são compostos por somente uma pequena seleção dos 92 elementos químicos
que ocorrem naturalmente (ilustrados na tabela periódica dos elementos), sendo que apenas quatro
deles – carbono (C), hidrogênio (H), nitrogênio (N) e oxigênio (O) – representam 95% do peso de um
organismo e formam algumas moléculas importantes em nossas células, como água, proteínas,
carboidratos, lipídios e DNA. Os átomos desses elementos são ligados um ao outro por ligações
químicas, formando moléculas. 
Mas, você sabe o que são átomos e moléculas? Conhece qual a diferença entre eles? Clique nos itens a
seguir e conheça mais sobre estas questões.
Química
A química pode ser definida como o estudo da matéria e das transformações que ela sofre
Matéria
Matéria é tudo aquilo que ocupa espaço e possui massa.
Estados da matéria
Toda matéria, pelo menos em princípio, pode existir em três estados: sólido, líquido 
gasoso.
Vamos agora conhecer um breve relato histórico sobre a química e os estudos que a transformaram
nessa ciência importante e imprescindível para a manutenção da vida humana.
Figura 1 - Tabela Periódica dos Elementos.
Fonte: Humdan/Shutterstock.
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Uma molécula é um agregado de, pelo menos, dois átomos ligados em um arranjo definido por forças
químicas (também chamadas de ligações químicas). Uma molécula pode possuir átomos do mesmo
elemento ou átomos de dois ou mais elementos unidos. 
A partir do tipo e número de átomos que uma molécula possui, podemos escrever sua fórmula
molecular. Confira alguns exemplos, clicando nas abas abaixo. 
As moléculas que têm carbono na sua composição são chamadas de moléculas orgânicas, e aquelas
que não têm são chamadas de inorgânicas. Posteriormente, iremos abordar as principais moléculas
orgânicas, suas características e funções. 
Como dito anteriormente, dois átomos permanecem unidos por ligações químicas para formar
moléculas. Dois tipos de ligações químicas são muito importantes para a compreensão da química da
vida: ligações covalentes e não covalentes. Ligação covalente é a ligação em que há compartilhamento
de elétrons entre átomos; essas ligações tendem a ser mais fortes. Graficamente são mostradas como
um ( – ) entre dois átomos, e podem ser ligações simples, duplas ou triplas, como ilustrado a seguir:
Dentre as ligações não covalentes, se destacam as ligações de hidrogênio e as ligações iônicas. Esse é
um tipo de ligação química em que não há compartilhamento de elétrons. A ligação é baseada na
atração eletrostática entre átomos, como a ligação que ocorre entre Na+ e Cl- na formação do sal de
cozinha.
Possui dois átomos de oxigênio e um de carbono.
Possui um átomo de carbono e quatro de hidrogênio. 
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Figura 2 - Anotações moleculares amplamente utilizadas em bioquímica.
Fonte: Udaix/Shutterstock.
Dióxido de Carbono (CO2)
Metano (CH4)
Por fim, um íon é um átomo ou grupo de átomos que tem uma carga positiva ou negativa. Um ânion é
um íon com carga negativa, em virtude de um aumento do número de elétrons, e um cátion, um íon com
carga positiva, devido à perda de um ou mais elétrons. O cloreto de sódio (NaCl), o sal de cozinha, é
denominado um composto iônico, pois é formado por cátions e aníons (Na+ e Cl-).
Dando sequência aos seus estudos sobre o surgimento das células, veremos sobre de outro elemento
químico muito importante: a água. Vamos lá?
1.1.3 A Água
Figura 3 - Ligações químicas entre átomos.
Fonte: Adaptada de Nasky; OSweetNature/Shutterstock.
VOCÊ QUER VER?
Quer conhecer inúmeros tipos de moléculas? Acesse o site 3DChem.com e confira.
Disponível em: <http://www.3dchem.com/a-z.asp (http://www.3dchem.com/a-
z.asp)>
http://www.3dchem.com/a-z.asp
A água representa cerca de 70% do peso nos organismos. As teorias evolutivas celebram que a
formação da vida como conhecemos atualmente é resultado das características dos ambientes
aquosos primordiais. 
As características físico-químicas da água explicam por que a vida pode ter se estabelecido inicialmente
em ambientes aquosos. Para conhecer mais sobre a água, clique nas setas abaixo.
Figura 4 - Molécula da Água.
Fonte: Fonte: Shade Design/Shutterstock.com.
O ponto de ebulição, fusão e vaporização da água é maior na água do que em outros
solventes devido à grande coesão interna entre os átomos de hidrogênio e oxigênio da
molécula. 
A molécula de água possui dois dipolos elétricos, gerando uma ligação de hidrogênio (VOET,
2013).
Essa ligação é mais fraca que uma ligação covalente, permitindo que a água interaja com
diversas moléculas, solubilizando-as. 
Graças a essa propriedade, a água é conhecida como solvente universal. 
Os seres vivos são adaptados a ambientesaquosos e a grande maioria das reações bioquímicas
ocorrem em ambiente aquoso, dentro das células, no citosol.  Até mesmo as macromoléculas que
repelem água se organizam em estruturas hidrofóbicas de dobramento essenciais para sua estabilidade,
e sem a presença de água para induzir a repulsão, essa estrutura de dobramento não seria possível.
Assim, a água é essencial para manutenção da vida, visto que sem ela, não ocorrem as reações
necessárias para manutenção celular. 
Compostos que se dissolvem bem na água são chamados de hidrofílicos.
Aqueles que não se dissolvem, chamados de hidrofóbicos. 
Além de solvente, a água também é importante para o processo de tamponamento celular,
garantindo a dissociação de moléculas de hidrogênio e hidroxilas para manutenção do pH
celular. 
Adicionalmente, a água também tem papel reagente, podendo participar ativamente de
reações químicas, como condensações, hidrólise e oxidorredução.
A seguir, você aprenderá mais sobre os ácidos e bases. Fique atento!
1.1.4 Ácidos e Bases
Um dos tipos de reação química mais simples, e que tem grande importância para as células, ocorre
quando uma molécula que possui alguma ligação covalente altamente polar entre um hidrogênio e outro
átomo se dissolve em água. Quando uma molécula polar fica rodeada por moléculas de água, o próton
(H+) é atraído pela carga parcialmente negativa do átomo de oxigênio de uma molécula de água
adjacente. Esse próton pode se dissociar facilmente do seu parceiro original e se associar ao átomo de
oxigênio de uma molécula de água, gerando um íon hidrônio (H3O+) (ALBERTS, 2017).
Sendo assim, as moléculas que liberam prótons quando dissolvidas em água, formando, assim, H3O+,
são denominadas ácido. Já a base é o oposto de ácido: é definida como qualquer molécula capaz de
aceitar um próton de uma molécula de água. O interior das células também é mantido próximo da
neutralidade pela presença de ácidos e bases fracos (tampões), que podem liberar ou receber prótons
próximos do pH 7, o que mantém o ambiente celular relativamente constante sob uma grande variedade
de condições.
1.1.5 Moléculas orgânicas
As moléculas orgânicas são aquelas que têm carbono como parte estrutural. O carbono é um elemento
versátil, capaz de realizar diferente tipos de ligações covalentes – simples, duplas, triplas – com
diferentes elementos químicos, como oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, formando a estrutura básica das
Figura 5 - Manutenção da vida.
Fonte: Fonte: ESB Professional/Shutterstock.com.
biomoléculas. Para compreender a química das células, devemos compreender a química dos
elementos. Clique nos itens abaixo e conheça mais sobre o carbono.
O carbono é o elemento primordial para formação dos compostos orgânicos que garante
a sobrevivência celular.
A capacidade de formação de ligações do carbono reflete os diferentes tipos d
biomoléculas.
O carbono representa mais de 50% do peso seco total das células, explicitando 
organização dos seres vivos em torno deste elemento.
O carbono pode fazer até quatro ligações simples a partir de seu núcleo. A estrutura da
quatro ligações remete a um tetraedro, com ligações nos quatro vértices.
O carbono também realiza ligações duplas e triplas, por meio do compartilhamento de pare
de elétrons, sendo dois pares compartilhados nas ligações duplas e três pares nas ligaçõ
triplas.
A versatilidade das ligações resulta em um universo muito amplo e diverso de grupo
químicos funcionais formados, que têm extrema importância para a dinâmica celular do
seres vivos.
Veja abaixo alguns exemplos de moléculas orgânicas (aminoácido alanina e glicose) e de como o átomo
de carbono pode ser ligar a diversos outros átomos. 
Agora, para uma experiência mais dinâmica, acesse os links a seguir e explore essas moléculas em 3D!
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Figura 6 - Moléculas orgânicas.
Fonte: Fonte: Shmitt Maria/Shutterstock.
Há centenas ou até milhares de biomoléculas nas células. Essas biomoléculas foram sendo
conservadas ao longo dos processos evolutivos, participando ativamente das vias metabólicas
essenciais dos seres vivos. 
As principais biomoléculas, ou macromoléculas, presentes nas células são os carboidratos, lipídios,
proteínas/enzimas e os ácidos nucleicos. Para conhecer mais sobre elas, clique nas abas a seguir.
VOCÊ QUER VER?
Para conhecer a molécula da Alanina, clique em:
Alanina <http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=36
(http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=36)>.
E para conhecer a molécula da Glicose, clique em:
Glicose <http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=423
(http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=423)>.
Clique nas abas
http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=36
http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=423
Você sabe quem descobriu o DNA? Dê continuidade aos seus estudos e confira!
Nas próximas sessões, você estudará mais detalhes sobre as macromoléculas essenciais. Este e outros
temas serão abordados para que a compressão da importância delas nas células seja esclarecida e
melhor fixada. 
Vamos continuar explorando a maquinaria celular?
VOCÊ O CONHECE?
Watson e Crick são considerados os pais da estrutura do DNA, mas foi Rosalind
Franklind que deu passos essenciais para que eles conseguissem desvendar a
estrutura em hélice. Rosalind infelizmente não teve seu talento reconhecido em
vida, mas sua história de vida é inspiradora para todos os amantes da ciência.
1.2 Origem da vida e teoria celular
Como a vida começou? A explicação da origem da vida para as ciências biológicas tem um marco muito
importante: a descoberta das células!
Mas, antes dar continuidade aos seus estudos sobre a origem da vida e teoria celular, assista ao vídeo
especialmente desenvolvido para esta seção.
As células foram descobertas pelo cientista inglês Robert Hooke, no século XVII, com o auxílio de um
microscópio rudimentar. Hooke observou, pela primeira vez, uma estrutura de cortiça vegetal. Ele foi
capaz de identificar pequenos compartimentos que nomeou de célula, pela origem latina “cella”,
compartimento fechado, ao observar as divisões referentes as paredes celulares. Anos depois,
cientistas foram capazes de observar o núcleo, com microscópios melhores. Desde o século XIX, os
cientistas sabem que todos os seres vivos são formados por células, e descobertas foram sendo
realizadas para construir teorias que possam explicar a origem das células e início da vida (JUNQUEIRA,
2012). 
Nesta seção, iremos compreender como as células surgiram e qual o impacto disso no contexto da
evolução dos organismos. 
Mantenha-se atento e bons estudos!
1.2.1 Origem da vida: teorias e o elo com surgimento celular
O processo evolutivo que originou as primeiras células começou na Terra, há aproximadamente quatro
bilhões de anos. Naquela época, a atmosfera provavelmente continha vapor d’água, amônia, metano,
hidrogênio, sulfeto de hidrogênio e gás carbônico. 
Para que o surgimento da vida fosse possível, como você estudou na seção anterior, há milhões de anos,
surgiram ligações entre elementos químicos da atmosfera primitiva. Esses elementos deram origem às
moléculas que permitiram o surgimento das formas mais básicas de vida. Essas ligações foram
resultado de descargas energéticas que desencadearem desequilíbrio eletrônico. Esses elementos, por
sua vez, se associaram em uma sopa orgânica, gerando moléculas como os ácidos nucleicos e os
aminoácidos (JUNQUEIRA, 2012). 
Eventualmente, após o surgimento dessas moléculas essenciais, as células surgiram. Com o surgimento
das células, surgiram os primeiros organismos vivos. Mas como as células surgiram? E como surgiram
diferentes tipos de células?  Vamos descobrir?!
1.2.2 A primeira célula seria composta por RNA autoreplicativo! 
A formação espontânea de moléculas orgânicas foi demonstrada experimentalmente pela primeira vez
na década de 1950. Na ocasião, Stanley L. Miller e Harold C. Urey demonstraram que a descarga de
faíscas elétricas em uma mistura de H2, CH4 e NH3 na presença de água, levouà formação de uma
variedade de moléculas orgânicas, incluindo vários aminoácidos (JUNQUEIRA, 2012). A hipótese mais
aceita atualmente é a de que fitas de RNA se formaram e foram englobados em membranas lipídicas,
dando origem às protocélulas (células primitivas). Esse RNA foi capaz de se autoduplicar,
proporcionando a divisão das células primitivas. Um passo crítico no entendimento da evolução
molecular foi alcançado no início dos anos 1980, quando foi descoberto que o RNA é capaz de catalisar
uma série de reações químicas, incluindo a polimerização de nucleotídeos. Consequentemente, acredita-
se que o RNA tenha sido o sistema genético inicial, e acredita-se que um estágio inicial da evolução
química tenha sido baseado em moléculas de RNA autorreplicativas (que possuem a capacidade de
duplicar-se a partir de uma molécula molde, formando cópias de si mesmas). Esse foi um período de
evolução conhecido como o mundo do RNA. As interações ordenadas entre o RNA evoluíram para o
código genético atual e o DNA acabou substituindo o RNA como material genético (COOPER, 2000).
Apesar de a teoria da origem da primeira célula ainda ter lacunas, ela é a mais bem aceita no meio
científico, atualmente.
Agora, conheça mais sobre a organização inicial de um RNA autorreplicante no interior de uma
bicamada fosfolipídica de uma célula primitiva, observando a figura a seguir.
VOCÊ SABIA?
O documentário “Origem da vida”, produzido pela National Geographic, mostra
uma linha do tempo pautada em eventos científicos importantes para a
compreensão da origem da vida. É uma série muito interessante para aprender
mais sobre o assunto e conhecer curiosidades sobre as teorias e seus
criadores, incluindo a análise de experimentos antigos e atuais. Que tal
aprender um pouco mais sobre esse assunto tão intrigante?
Acompanhe, na sequência, como ocorreu o surgimentos dos primeiros organismos. Para tanto, clique
nos itens abaixo.
Primeiros organismos
Os primeiros organismos eram heterotróficos (incapaz de produzir o próprio alimento e q
se nutre de outros seres vivos) anaeróbicos (não utilizavam oxigênio em seu metabolismo
devido à ausência de oxigênio na atmosfera terrestre.
Autotrofia
Com o passar do tempo, esses organismos passam a apresentar alterações genéticas qu
possibilitam a autotrofia, como observado nas algas azuis.
Fotossíntese
Surge então, a capacidade de realizar fotossíntese nesses organismos, alterando 
atmosfera primitiva pela geração de oxigênio (JUNQUEIRA, 2012).
Organismos aeróbicos
A partir dessa alteração, organismos aeróbicos surgem, e a vida, que até então ocorria e
ambiente aquoso, passa a ser possível no ambiente terrestre.
Procariontes e unicelulares
Os primeiros organismos são classificados como procariontes (material genético nã
protegido por núcleo) e unicelulares.
Supõe-se que o passo seguinte no processo evolutivo foi o surgimento das células eucariontes (com
material genético protegido por envoltório ou núcleo). Tudo indica que as células eucariontes,
caracterizadas por seu elaborado sistema de membranas internas, tenham se originado a partir de
procariontes, por invaginações da membrana plasmática. Essa hipótese é apoiada pela observação de
que as membranas intracelulares se assemelham à membrana plasmática.  A invaginação da membrana
foi fundamental para a evolução das células eucariontes, pois formou diversos compartimentos
intracelulares, ou organelas, como o núcleo, retículo endoplasmático, endossomos, lisossomos e
aparelho de Golgi, que são organelas (microrregiões) com composições e atividades funcionais
específicas (JUNQUEIRA, 2012). Por fim, há evidências sugestivas de que as organelas envolvidas nas
Figura 7 - Organização inicial de um RNA auto replicante no interior de uma bicamada fosfolipídica: célula
primitiva.
Fonte: Adaptada de National Center for Biotechnology Information, [s.d].
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transformações energéticas, cloroplastos e mitocôndrias, originaram-se de bactérias que foram
incorporadas e se estabeleceram como simbiontes no interior das células eucariontes hospedeiras,
criando um relacionamento mutuamente benéfico e que se tornou irreversível com o passar dos anos. A
figura a seguir apresenta a teoria da Endossimbiose. Confira!
Perceba que na imagem A podemos visualizar o processo de invaginação da membrana plasmática que
deu origem ao envelope nuclear e possibilitou que as células evoluíssem de procariotos para eucariotos.
Já na imagem B, observe a internalização de uma célula aeróbia, capaz de realizar fosforilação oxidativa,
que posteriormente evoluiu para as nossas mitocôndrias.
Figura 8 - a) Ilustração da teoria da invaginação da membrana plasmática; b) Ilustração da teoria da
Endossimbiose.
Fonte: Adaptada de Junqueira; Carneiro (2012, p. 12-13).
Agora, vamos conhecer outros aspectos relacionados as células procariontes. Para tanto, mantenha-se
atento ao próximo subtópico. Vamos lá?
1.2.3 Células procariontes
Vimos que as células procariontes são mais simples e menores do que as células eucariontes. Para
conhecer as principais características dessas células, cujo material genético não protegido por núcleo,
clique nas abas abaixo (ALBERTS,2017).
VOCÊ SABIA?
Para ampliar seus conhecimentos sobre a origem das células, sugerimos que
você acesse o site Learn.Genetics – Genetic Science Learning Center. Você terá
uma experiência microscópica, ao comparar a escala de tamanho entre uma
célula eucarionte (célula de pele = skin cell), procarionte (bactéria E. coli) e um
vírus (HIV)! Você irá se surpreender o quão pequenas essas estruturas são
quando comparadas à um grão de arroz!
Disponível em: <https://learn.genetics.utah.edu/content/cells/scale/
(https://learn.genetics.utah.edu/content/cells/scale/)>.
Ausência de núcleo
Ausência de núcleo (carioteca). A carioteca é uma membrana que envolve o DNA,
compartimentalizando essa região. 
Estruturas funcionais
https://learn.genetics.utah.edu/content/cells/scale/
As células procariontes não são capazes de se associar formando tecidos: uma única célula procarionte
dá origem a um organismo procarionte, isto é, um organismo unicelular. Podem ter formas diversas,
dentre elas coco (forma esférica) e bacilo (forma de bastão) e a reprodução ocorre de forma assexuada,
por fissão binária (ALBERTS, 2017). 
Não apresentam organelas citoplasmáticas, que são estruturas funcionais limitadas por
membranas.
DNA circular
Seu DNA é cíclico, diferente dos eucariotos que possuem DNA linear (com extremidades
livres).
A célula procarionte mais estudada é uma bactéria chamada de Escherichia coli, e, assim como, ela há
milhares de outras espécies de bactérias. Uma célula procarionte possui o material genético não
compartimentalizado, polissacarídeos formando uma cápsula protetora, parede celular e fosfolipídios
formando a membrana celular, flagelos para locomoção (em alguns organismos), citoplasma e
ribossomos (JUNQUEIRA, 2012). Podemos observar a estrutura da célula procariótica e seus
componentes na parte A da figura abaixo.
Figura 9 - Tipos de bactérias.
Fonte: Designua/Shutterstock.
Para complementar seus estudos sobre a origem da vida, na sequência, vamos apresentar outros
aspectos relacionados às células eucariontes. Mantenha-se concentrado.
1.2.4 Células eucariontes
As células eucariontes são mais complexas e organizadas quando comparadas às procariontes.
Possuem organelas celulares e um núcleo bem definido e compartimentalizado. São capazes de se
associar e formar tecidos. Além disso, essas células podem estar presentes em organismos
unicelulares, como leveduras e parasitas, ou pluricelulares, como plantas e animais. Dentre as organelas
mais importantes estão os ribossomos, lisossomos, peroxissomos, mitocôndrias, complexo de Golgi e
retículo endoplasmático rugoso e liso (JUNQUEIRA, 2012).  A presença de organelas permite a
ocorrência de reações bioquímicas mais complexas, possibilitando o surgimento de funções que
permitiram a evolução dasespécies. A figura a seguir apresenta uma célula eucarionte. Confira!
Figura 10 - A célula procariótica é mais simples e não apresenta carioteca, contendo estruturas para
locomoção e reprodução em seu exterior.
Fonte: Ducus59us/Shutterstock.
Agora, convidamos você a explorar algumas organelas celulares. Para tanto, observe os itens que
compõem cada uma delas e conheça suas funções, segundo Junqueira (2013).
Agora, dando sequência aos nossos estudos, vamos conhecer os aspectos comuns aos dois tipos de
células: as procariontes e eucariontes. Vamos lá?!
1.2.5 Aspectos comuns em procariontes e eucariontes 
Como pudemos estudar nesta seção, ainda há muitas lacunas para a compreensão da origem da vida.
Todavia, temos fortes indícios teóricos sobre esse assunto, como a hipótese da sopa orgânica, o
surgimento de RNA e protocélulas e o eventual surgimento de procariontes, muito importantes na
formação das células eucariontes, de acordo com a teoria da endossimbiose. Assim, podemos
Figura 11 - A célula eucariótica apresenta carioteca e organelas.
Fonte: Achiichiii/Shutterstock.
compreender as semelhanças entre todas as células, independentemente de sua origem e classificação.
O próximo ponto é conhecer algumas funções comuns a todos os tipos celulares (ALBERTS, 2017). Para
tanto, clique nas abas a seguir. 
Sendo assim, podemos concluir que, apesar da distinção entre as células, várias característica
essenciais, pincipalmente voltadas para transmissão de informação genética, são idênticas,
fortalecendo a hipótese de que todas as células têm um ancestral em comum.
Agora que pudemos compreender melhor como surgiu e como funcionam as nossas “usinas
bioquímicas”, as nossas células, podemos estudar melhor as biomoléculas que permitem que toda essa
maquinaria se mantenha ativa! Vamos lá?
O DNA é a
molécula
da vida
Todas as células vivas da Terra armazenam suas informações hereditárias na
forma de moléculas de DNA de fita dupla. Assim, é possível inserir um pedaço de
DNA de uma célula humana em uma bactéria. Bem como, também é possível
inserir um pedaço de DNA bacteriano em uma célula humana. As informações, nas
duas situações, serão lidas, interpretadas e copiadas com sucesso. 
Hereditari
edade
As células replicam sua informação genética da mesma forma, a partir de um
molde, para garantir a hereditariedade. Ou seja, as células liberam uma fita simples
do seu material genético como molde no processo de replicação, que servirá de
base para a produção de novas moléculas de DNA ou RNA que serão transmitidas
para as outras células, via sexuada ou assexuada.
Transcriçã
o de RNA 
A produção de proteínas em todas as células é baseada na transcrição de RNA, que
é o intermediário da informação genética. Todas as células utilizam as proteínas
como catalisadores de suas reações e produzem essas proteínas da mesma
maneira, por meio dos processos de transcrição e tradução.
VOCÊ QUER LER?
O livro “O gene egoísta”, de Richard Dawkins, traz uma visão diferenciada sobre a
evolução das células. O livro apresenta um ponto de vista voltada para o DNA, como
se os genes fossem responsáveis pela evolução de modo consciente. É uma obra
muito interessante e que nos faz refletir sobre uma nova perspectiva em relação
aos genes e informação hereditária. 
Fonte: DAWKINS, Richard. O Gene Egoísta. Trad. Geraldo Florsheim. Belo Horizonte:
Editora Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1978.
Vamos praticar o que estudamos até aqui? A partir de seus estudos sobre a origem das células, clique e
arraste os nomes das partes que compõem a célula eucarionte para os lugares adequados. 
1.3 Aminoácidos, proteínas e enzimas: estruturas e função.
As proteínas estão presentes e formam muitos componentes do nosso organismo. Elas representam
aproximadamente 40% do peso seco do nosso corpo e estão presentes em nossas unhas, cabelos, pele,
ossos, músculos, e até no sangue. Além de desempenharem uma função estrutural, há uma classe de
proteínas especial, chamadas de enzimas, que aceleram reações químicas em nosso organismo. 
Na sequência, antes de aprofundar em seus estudos sobre os aminoácidos, proteínas e enzimas, assista
ao vídeo especialmente desenvolvido para esta seção.
Todas as proteínas têm uma coisa em comum: são formadas pelos mesmos blocos de montagem – os
aminoácidos. Nesta seção, iremos explorar características importantes dessas moléculas.
1.3.1 Aminoácidos
Você viu em seus estudos que as proteínas são importantes biomoléculas presentes em nossas células.
Todas as proteínas são formadas por aminoácidos, unidos por uma ligação peptídica. A estrutura
básica dos aminoácidos é composta por um átomo de carbono central (C), ligado à um grupo ácido
carboxílico (COOH), um grupamento amina (NH2) e uma cadeia lateral “R”. A cadeira lateral R é diferente
para cada um dos 20 aminoácidos encontrados nas proteínas, e confere propriedades bioquímicas
diferentes para cada um deles (ALBERTS, 2017).
Os aminoácidos podem ser nomeados de três formas diferentes. Clique nos itens a seguir e confira
quais são elas.
A primeira delas, é o nome por extenso, como por exemplo “Glicina” ou “Glycine”, do inglês.
A segunda forma, é o código de três letras, que utiliza as três primeiras letras do termo e
inglês. Continuando o exemplo da glicina, o código de três letras são as iniciais “GLY”.
Por fim, há o código de uma letra, onde apenas uma letra, que pode ser a letra inicial ou nã
é associada a determinado aminoácido. No caso da glicina, temos a letra “G” (ALBERT
,2017).
A figura a seguir apresenta a lista com todas as nomenclaturas para os 20 aminoácidos principais,
assim como suas estruturas químicas. Atente-se para os grupamentos laterais e as diferenças entre
eles, que conferem características aos diferentes aminoácidos em relação a: solubilidade em água
(hidrofobicidade), tamanho da molécula, presença de carga, entre outras característica físico-químicas
que influenciam diretamente o meio biológico. Em pH neutro, todos os aminoácidos estão em sua forma
ionizada (carregada).
Figura 12 - Estrutura básica de um aminoácido, ilustrando o grupo ácido carboxílico (COOH em vermelho),
um grupamento amina (NH2 em azul) e uma cadeia lateral R (em amarelo). De acordo com a cadeira
lateral, os aminoácidos adquirem características bioquímicas distintas.
Fonte: Adaptada de Luciano Cosmo/Shutterstock.
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As propriedades das cadeias laterais influenciam diretamente nas proteínas que serão formadas, e por
isso, é muito importante compreendermos porquê essas cadeias são tão importantes. A capacidade de
repulsão ou atração de moléculas de água, por exemplo, influenciam no dobramento das proteínas para
a sua forma biologicamente ativa. Portanto, caso ocorra alguma troca de um aminoácido hidrofóbico
por um hidrofílico, por exemplo, a conformação dessa proteína pode ser alterada, resultando em sua
inativação (ALBERTS, 2017). Caso esta proteína seja associada a uma função vital, a célula poderá
morrer, e, consequentemente, também morrerá o organismo vivo que carrega essa mutação. Diversas
doenças têm base na mutação da trinca codificadora de aminoácidos (chamada de códon), que pode
sofrer alterações que resultam na troca de um aminoácido por outro. 
Figura 13 - Os aminoácidos possuem diferentes cadeias laterais, que fornecem suas características físico-
químicas. Preto: átomos de carbono; azul: nitrogênio; vermelho: oxigênio; branco: hidrogênio; amarelo:
enxofre.
Fonte: molekull_be/Shutterstock.
Nem todos os aminoácidos são produzidos pelos organismos e precisam ser adquiridos via
alimentação. Nos seres humanos, os aminoácidos produzidos por nós são chamados de não essenciais
ou naturais, ao passo que os que precisamos obter por vias exógenas (alimentação) são os essenciais. 
Para conhecer a importância dos aminoácidos para a saúde humana, clique nas setas a seguir. 
Figura 14 - Aminoácidos essenciais.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Além da formação deproteínas, os aminoácidos desempenham outras funções nas células,
como por exemplo em reações de reparo muscular, resistência física e resposta
imunológica. Por isso, uma alimentação equilibrada para adequação dos níveis de
aminoácidos é de extrema importância.
Por meio da alimentação, consumimos proteínas complexas, formadas por muitos
aminoácidos e pela ação de enzimas digestivas. Essas proteínas são totalmente
degradadas e os aminoácidos, absorvidos individualmente. 
Para formação das proteínas, um processo que ocorre no interior das células, os
aminoácidos são direcionados aos ribossomos. Nessa organela, eles são unidos, por
ligações peptídicas, que irão formam a estrutura proteica. 
O processo de síntese proteica será abordado melhor na próxima unidade. A ligação
peptídica ocorre entre o grupo carboxila de um aminoácido e o grupo amina de outro, com a
liberação de uma molécula de água. 
A molécula resultante da ligação entre dois aminoácidos é chamada de dipeptídeo, e para
aquelas oriundas da ligação de alguns aminoácidos, damos o nome de oligopeptídeo (a
maioria dos peptídeos apresentam até 30 aminoácidos). Quando muitos aminoácidos se
unem, damos o nome de polipeptídeos. Aos polipetídeos com função biológica damos o
nome de proteínas. 
Confira, na figura abaixo, uma representação de ligação peptídica entre dois aminoácidos.
Perceba que a ligação peptídica ocorre entre a hidroxila (OH) presente no Carbono de um aminoácido e
o Hidrogênio ligado ao Nitrogênio de outro aminoácido. Dessa reação ocorre a liberação de uma
molécula de água.
Antes de continuar seus estudos, participe de mais uma experiência enriquecedora. Vamos lá?
Os peptídeos apresentam funções importantes para as células, podendo atuar como
hormônios, sinalizadores, antibióticos, entre outros (MARZZOCO, 2015).
Figura 15 - Ligação peptídica entre dois aminoácidos.
Fonte: Marzzoco e Torres, 2015, p. 15.
VOCÊ SABIA?
Você sabia que um dos adoçantes mais utilizados é um peptídeo? Trata-se do
aspartame, formado pelos aminoácidos fenilalanina e ácido aspártico. Ele é
quase 200 vezes mais doce que o açúcar! 
Agora que já compreendemos como as proteínas são formadas e a importância de reconhecer as
propriedades das cadeias laterais, podemos começar nossos estudos sobre as proteínas. Vamos lá?!
1.3.2. Proteínas
As proteínas são as “engrenagens celulares”. São elas que regulam e possibilitam reações químicas,
participam de processos estruturais, de proteção e manutenção basal e vital dos organismos vivos.
Geralmente, são formadas pela união de mais de 50 aminoácidos, podendo variar amplamente em
conformação e número de aminoácidos. A distribuição de aminoácidos depende da informação
genética e conformação associada àquela proteína. Usualmente, todos os 20 aminoácidos principais
estão presentes, em proporções variadas. As proteínas têm níveis de estruturação distintos. A estrutura
primária engloba a sequência de aminoácidos per se, representada em um único plano, resultante das
ligações peptídicas.
VOCÊ QUER VER?
O convite agora é para explorar a estrutura de algumas moléculas em 3D. Veja se
você é capaz de identificar os dois aminoácidos! 
Para ver a molécula do ácido aspártico, acesse: 
Ácido aspártico <http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=51
(http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=51)>.
Para ver a molécula da fenilalanina, acesse: 
Fenilalanina <http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=44
(http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=44)>.
Para ver a molécula do aspartame, acesse: 
Aspartame <http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=24
(http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=24)>.
http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=51
http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=44
http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=24
Observe na parte de cima da figura, em verde, a ligação peptídica entre dois aminoácidos. Já na parte de
baixo, identificamos as extremidades amino-terminal (NH2) e carboxi-terminal (COOH) e os aminoácidos
que compõem a proteína. 
Agora, vamos testar seus conhecimentos sobre a cadeia polipeptídica. Para tanto, clique e arraste a
partes destacadas abaixo para os respectivos lugares. 
Para dar sequência aos seus estudos sobre as proteínas, clique nas abas abaixo. Você aprenderá sobre
a estrutura secundária e o nível terciário. Fique atento!
Figura 16 - Estrutura primária de uma proteína.
Fonte: Ciência, Educação/Shutterstock.
Clique nas abas
Veja, na figura a seguir, o nível de organização secundário e terciário das proteínas. Perceba que, além
das ligações peptídicas, ocorrem interações entre os próprios aminoácidos. Essas interações fazem
com que a cadeia de aminoácidos “dobre-se” sobre si mesma. Dependendo como essas interações
ocorrem, formam-se estruturas características chamadas de alfa hélice e folha beta.
No nível quaternário, mais complexo, ocorre a interação entre cadeias peptídicas distintas, podendo
gerar proteínas com mais de uma subunidade. Nem todas as proteínas possuem esse nível de
organização. Nos últimos níveis, a representação ocorre tridimensionalmente como ilustrado pela
molécula de hemoglobina a seguir (MARZZOCO, 2015).
Figura 17 - Nível de organização secundário e terciário das proteínas.
Fonte: magnetix/Shutterstock.
Perceba, na imagem, que é possível visualizar quatro cadeias, duas alfa e duas beta representadas em
amarelo e vermelho. O grupamento heme contendo ferro, ao qual se liga o oxigênio, está representado
em verde.
O enovelamento das proteínas ocorre em busca da conformação energeticamente mais favorável, ou
seja, com menor energia livre. Cada proteína tem uma conformação espacial característica e definida. É
importante compreendermos que as estruturas não são fixas, e podem ser alteradas de acordo com o
meio e a necessidade celular. Estados transitórios às vezes fazem parte do mecanismo funcional
dessas proteínas.
A classificação das proteínas pode ser de acordo com sua forma, sendo então classificadas como
globulares ou fibrosas. Para conhecer sobre elas, conforme Marzzoco (2015), clique nas abas abaixo.
Figura 18 - Estrutura tridimensional da molécula de hemoglobina.
Fonte: molekull_be/Shutterstock.
Apresentam forma enovelada, próxima a uma forma esférica. A classe das proteínas globulares é
composta por proteína solúveis que desempenham funções no citosol principalmente. 
•
•
Proteínas globulares
Proteínas fibrosas
Para dar sequência aos seus estudos sobre os tipos de proteínas, realize a experiência prevista a seguir.
Aprender mais é gratificante. Aproveite!
O estudo de todas as proteínas se um ser vivo é chamado proteoma. A análise do proteoma permite
identificar muitas informações sobre um organismo, desde seus ancestrais, até a compreensão de
doenças em nível molecular. 
As proteínas são formadas a partir da informação genética, em que as bases nitrogenadas dos
nucleotídeos que formam o DNA são transcritas em RNA mensageiro, que, por sua vez, será traduzido
em aminoácidos pelos ribossomos. Esse processo é chamado de Expressão Gênica, e será trabalhado
em mais detalhes nas próximas unidades!
Possui forma alongada e tem função estrutural. Um exemplo de proteína fibrosa, é a queratina,
responsável pela rigidez das unhas, e o colágeno, importante componente da matriz extracelular
dos tecidos.
VOCÊ SABIA?
Para ter uma experiência mais dinâmica, explore as formas tridimensionais de
proteínas fibrosas e globulares.
A proteína do colágeno pode ser vista em:
<http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=195
(http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=195)>.
Já a Proteína-Tirosina-Fosfatase 1B pode ser acessada em:
<http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=117
(http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=117)>.
http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=195
http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=117
As proteínas podem estar associadas a compostos não proteicos, como açúcares, lipídios e íons
metálicos. Esses grupos são chamados grupos prostéticos e são essenciais para o correto
funcionamento das proteínas.Dependendo do componente que estiver associado, a proteína passa a
ser chamada de, por exemplo, lipoproteína (se estiver associada a um lipídio), glicoproteína (se estiver
associada a um açúcar), e assim por diante. Um grupo especial de proteínas com função catalítica,
aceleram processos químicos nas células, que são as enzimas. Vamos aprender mais sobre elas? Para
tanto, fique atento ao próximo subtópico de estudo.
1.3.3 Enzimas
As enzimas são proteínas com ação catalisadora ou catalítica. Mas o que é uma ação catalítica? É uma
ação que resulta no favorecimento de uma reação química, pela diminuição da energia necessária para
que ela ocorra. Diversas reações químicas ocorrem em nosso organismo o tempo todo e a manutenção
da vida celular depende de dois fatores (MARZZOCO, 2015). Para conhecê-los, clique nas abas abaixo.
O primeiro passo da reação enzimática, é a ligação ao substrato por meio do seu sítio ativo (porção da
enzima o qual se liga ao substrato). A catálise se inicia com o reconhecimento do substrato pela enzima,
formando um estado de transição enzima-substrato, que é energeticamente mais favorável a formação
dos produtos. Após a ação da enzima, forma-se o produto, que agora é energeticamente estável. 
VOCÊ QUER LER?
Com o avanço da biotecnologia, é possível produzir proteínas com alto valor
agregado de modo recombinante, ou seja, construindo um DNA carregador
contendo a sequência para a proteína de interesse, e transformando esse DNA em
um organismo que otimize a expressão e produção desta proteína para fins
comerciais. A insulina é produzida de maneira recombinante, atualmente. Para
saber mais, clique em: <http://profissaobiotec.com.br/insulina-recombinante-como-
afetou-vida-dos-pacientes/ (http://profissaobiotec.com.br/insulina-recombinante-
como-afetou-vida-dos-pacientes/)>.
Velocidad
e 
As reações químicas devem ocorrer em uma velocidade adequada, para que não
haja falta nem excesso de certas substâncias em nosso organismo.
Especificid
ade
As reações químicas precisam ser altamente específicas, para que produtos
definidos sejam produzidos, pois eles são fundamentais para a vida.
http://profissaobiotec.com.br/insulina-recombinante-como-afetou-vida-dos-pacientes/
É importante entendermos que a enzima faz parte da reação, mas não é modificada durante o processo.
A ligação ao substrato é altamente específica, e a reação chega a ser acelerada por fatores, que, às
vezes, ficam na casa de milhares!
VOCÊ QUER LER?
Durante muito tempo, admitiu-se que todas as enzimas eram proteínas! Ou seja,
que todos os catalisadores biológicos eram proteínas, polímeros de aminoácidos.
No início da década de 1980, entretanto, verificou-se que moléculas de RNA
catalisavam reações químicas celulares. A descoberta foi surpreendente e este tipo
particular de catalisador recebeu o nome de ribozima. Para saber mais sobre o
assunto, acesse:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3770912/pdf/nihms413112.pdf
(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3770912/pdf/nihms413112.pdf)>.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3770912/pdf/nihms413112.pdf
Há um sistema alfa numérico bastante complexo, o qual organiza a nomenclatura das enzimas, de
acordo com sua ação, substrato e produto gerado. Por exemplo, a enzima que catalisa a oxidação do
etanol por NAD+ é designada álcool: NAD+: oxirredutase e tem o número de classificação EC 1.1.1.1 (EC
de Enzyme Comission). Porém, o que prevalece no cotidiano é o nome usual da enzima, nesse caso a
enzima é conhecida como álcool desidrogenase. Na terminologia usual, o nome é dado indicando o
substrato, seguido de outra palavra terminada em “ase”, que especifica o tipo de reação que a enzima
catalisa (MARZZOCO, 2015). 
As enzimas são classificadas em seis grupos, de acordo com o tipo de reação que catalisam (HARVEY,
2015). Para saber mais sobre elas, clique nos itens abaixo.
Oxirredutases
Fazem oxidação-redução de moléculas.
Transferases
Fazem transferências de grupos.
Hidrolases
Catalisam a quebra de ligações pela adição de água.
Figura 19 - Ilustração da ação de uma enzima sob seu substrato específico. No primeiro caso, a enzima
age sobre o substrato formado o produto 1 + 2. No segundo caso, a enzimas agem nos substratos 1 + 2,
formando o produto.
Fonte: VectorMine/Shutterstock.
•
•
•
Liases
Adicionam grupos em moléculas que possuem dupla ligação.
Isomerases
Rearranjos intramoleculares.
Ligases
Condensação de duas moléculas, consumindo ATP.
Há enzimas que necessitam de cofatores para exercer sua função catalítica. Esses cofatores, se
associam aos sítios ativos das enzimas e podem ser íons metálicos ou moléculas orgânicas, de
complexidade variada, que recebem o nome de coenzimas. Íons metálicos como Zn2+, Fe2+, Cu2+, Mg+,
Mn+, e algumas vitaminas são importantes coenzimas. As vitaminas são compostos orgânicos
sintetizados por plantas ou microrganismos, indispensáveis ao crescimento e às funções normais dos
animais superiores e são requeridos na dieta em pequenas quantidades (microgramas ou miligramas
diários). As vitaminas são classificadas como lipossolúveis (vitaminas A, D, E K) e hidrossolúveis, que
incluem a vitamina C e as vitaminas do complexo B. Essas são coenzimas importantes para muitas
enzimas que participam de vias metabólicas para produção de energia e uma ingestão inadequada pode
levar a sérias complicações como anemia, fadiga e perda de memória (HARVEY, 2015).
Há fatores que podem interferir na eficiência de uma enzima: temperatura, pH e concentração do
substrato! A estrutura e a forma do sítio ativo dependem da estrutura tridimensional da enzima. Essa
conformação pode ser afetada por quaisquer agentes capazes de provocar mudanças na conformação
da proteína. Para a maioria das enzimas, existe uma faixa de pH e temperatura em que sua eficiência é
máxima. Se alterações drásticas no pH ou na temperatura do ambiente ocorrerem, a enzima pode ter
sua eficiência reduzida. Há locais em nosso corpos, como o estômago, em que o pH é extremamente
baixo. Já locais como o intestino, o pH é mais elevado. As enzimas presentes em cada um desses locais
não teriam a mesma eficiência se o pH fosse diferente. Esse efeito do pH e da temperatura sobre a
estrutura das proteínas é chamado de desnaturação. 
A velocidade da reação pode variar de acordo com a concentração de substrato disponível. A velocidade
de uma reação (V) é o número de moléculas de substrato convertidas em produto por unidade de tempo;
geralmente, a velocidade é expressa como μmol (micromol) de produto formado por minuto
•
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•
VOCÊ SABIA?
A evolução da ciência permite que, atualmente, enzimas sejam sintetizadas em
laboratório. Um grupo de pesquisadores brasileiros conseguiu criar uma
enzima sintética capaz de clivar DNA de patógenos, com potencial aplicação
para a saúde.
(μmol/minuto). Quanto maior a concentração do substrato disponível, maior será a velocidade de uma
reação catalisada, até que se atinja uma velocidade máxima. Quando se chega a esse “platô” na
velocidade de reação (altas concentrações de substrato), temos o momento de saturação e
estabilização da velocidade da reação, pois todos os sítios ativos encontram-se virtualmente
preenchidos (HARVEY, 2015).
A atividade enzimática pode ser diminuída, também, pela ação de substâncias, genericamente
chamadas de inibidores. Esses inibidores podem ser irreversíveis ou reversíveis. Estes, por sua vez, são
classificados em competitivos e não competitivos (quando competem ou não com o substrato pelo sítio
ativo da enzima). Algumas dessas substâncias são constituintes normais das células, outras são
estranhas aos organismos (como alguns compostos organofosforados presentes em pesticidas, e
fármacos, como a aspirina e penicilina). 
Os inibidores enzimáticos encontrados nas células que cumprem um papel regulador importante são
designados reguladores alostéricos. Como esses inibidores são produzidos pelas próprias células, a
variação de sua concentraçãoé um recurso largamente empregado por elas no controle da velocidade
das reações (MARZZOCO, 2015).
Vamos explorar como o pH pode interferir na eficiência de uma enzima?!
Agora, chegou outro momento importante: realizar uma atividade especialmente preparada para você.
Você deverá, na sequência, representar a enzima com e sem inibidor, indicando o que vai ocorrer em
cada situação. Vamos lá?!
Fique atento, pois no próximo tópico vamos estudar sobre outras estruturas importantes para
compreender a composição química dos organismos vivos: os carboidratos e lipídios. Siga em frente! 
Fonte: VectorMine/Shutterstock.
1.4 Carboidratos e lipídios: estrutura e função
Antes dar continuidade aos seus estudos, convidamos você a acompanhar um vídeo que trata dos carboidratos e
lipídios. Nele, você poderá ver quais as principais funções biológicas desempenhadas pelos carboidratos e
lipídios nas células. Fique atento e aproveite essa oportunidade enriquecedora. 
Você estudou sobre a importância dessas moléculas na formação das células e origem da vida, não é
mesmo? 
Nesta seção, iremos aprofundar nossos conhecimentos sobre essas moléculas tão importantes. Vamos
lá?!
1.4.1 Carboidratos
A fórmula geral dos carboidratos é dada por (CH2O)n. Perceba que seu nome está diretamente ligado à
sua fórmula química (hidrato de carbono), embora alguns carboidratos fujam à essa regra. Os
carboidratos estão presentes em nossa alimentação, e muitos conferem sabor doce aos alimentos
como glicose, frutose e sacarose e são chamados de açúcares ou sacarídeos. Os carboidratos podem
ser classificados quanto ao número de suas unidades componentes em monossacarídeos e
oligossacarídeos e polissacarídeos. Os monossacarídeos são o tipo mais simples de carboidratos,
formados por apenas uma molécula. Podem ser nomeados de acordo com o número de carbonos
presentes em sua estrutura: em trioses (3C), tetroses (4C), pentoses (5C) e hexoses (6C). Os
monossacarídeos são classificados de acordo com o grupo funcional que possuem, em cetoses e
aldoses, que contêm grupo funcional do tipo cetona ou aldeído, respectivamente (MARZZOCO, 2015).
Veja na próxima figura a estrutura linear de monossacarídeos com diferentes números de carbonos e
grupos funcionais.
Figura 20 - Estrutura linear de monossacarídeos com diferentes números de carbonos e grupos
funcionais. Na linha superior, temos as aldoses. Na linha inferior, temos as cetoses.
Fonte: Marzzoco, 2015, p. 84.
Em soluções aquosas, como o citosol, os monossacarídeos com mais de quatro carbonos apresentam
estrutura cíclica. Por exemplo, as moléculas de glicose e frutose são monossacarídeos com seis
carbonos, chamadas de hexoses e adquirem a estrutura cíclica em meio aquoso.
Em geral, as formas cíclicas prevalecem nas células. Para a molécula de glicose, por exemplo, apenas
1% permanece na forma aberta (HARVEY, 2015).
Os oligossacarídeos são polímeros de monossacarídeos, ligados por ligações glicosídicas. As ligações
glicosídicas são ligações covalentes que ocorrem entre dois monossacarídeos, por meio da interação
entre duas hidroxilas, com liberação de uma molécula de água. 
Agora, observe na figura a seguir, uma ligação glicosídica alfa-1,4, em outros termos, uma ligação
glicosídica entre o carbono 1 de um monossacarídeo e o carbono 4 de outro monossacarídeo.
Figura 21 - Estrutura cíclica da glicose.
Fonte: Marzzoco, 2015, p. 84
Os oligossacarídeos com maior função biológica são os dissacarídeos (união de dois
monossacarídeos). Entre os dissacarídeos, os mais comuns são consequência da ligação entre glicose
e frutose, gerando a sacarose (componente do açúcar de mesa); glicose e galactose, gerando, por sua
vez, a lactose (o açúcar presente no leite).
Você sabia que a junção de centenas de monossacarídeos dá origem aos polissacarídeos? Eles são
moléculas de reserva nos seres vivos, como o glicogênio nos animais e o amido nos vegetais.
Figura 22 - Ligação glicosídica entre o carbono 1 de um monossacarídeo e o carbono 4 de outro
monossacarídeo (ligação glicosídica alfa-1,4).
Fonte: Marzzoco, 2015, p. 86.
Figura 23 - Dissacarídeos e monossacarídeos em sua forma cíclica. Por meio da união de dois
monossacarídeos, com uma ligação glicosídica, forma-se um dissacarídeo.
Fonte: lyricsaima/Shutterstock.
Os polissacarídeos podem ainda ter função estrutural, como a quitina e a celulose nas plantas. Para
saber mais sobre o tema, clique nas abas abaixo.
A figura a seguir apresenta uma estrutura de carboidratos. Observe que os destaques em verde são as
unidades formadoras. Em azul, temos as unidades de ramificação. E, por sua vez, em vermelho, estão as
unidades redutoras, pelas quais é possível fazer a adição ou remoção de unidades.
VOCÊ QUER VER?
Antes de continuar seus estudos sobre o tema, que tal conhecer algumas
moléculas de carboidratos em 3D?
Para conhecer a molécula da lactose, clique em:
Lactose (dissacarídeo presente no leite): 
<http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=58
(http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=58)>
E, para conhecer a molécula da Sacarose, clique em:
Sacarose (dissacarídeo do açúcar de mesa):
<http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=59
(http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=59)>.
A ligação glicosídica é um fator chave para a formação estrutural desses carboidratos complexos,
que exercem as funções primordiais de armazenamento e estrutura, além de diversas outras,
como sinalização celular. 
A adição de moléculas, para formação das estruturas lineares longas é possível, pela presença
das extremidades redutoras que possibilitam a adição e remoção de novas moléculas de glicose
e alongamento ou diminuição da estrutura (MARZZOCO, 2015).
•
•
Fator chave
Adição de moléculas
http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=58
http://www.3dchem.com/3dmolecule.asp?ID=59
As funções principais dos polissacarídeos são de armazenamento e estrutural. Além disso, são fonte
principal para o metabolismo energético das células. As moléculas mais simples, como a glicose, são o
combustível celular e base de rotas bioquímicas complexas que necessitam de energia ou precursores
gerados na via da glicólise. Para ampliar seus conhecimentos sobre a glicose, clique nas abas abaixo.
Figura 24 - Estrutura de carboidratos.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
Principal carboidrato
Vias metabólicas
A glicose é o principal carboidrato obtido pela alimentação nos
seres humanos, que é baseada essencialmente na ingestão de
amido (polissacarídeo de glicose), sacarose (dissacarídeo de
glicose) e lactose (dissacarídeo de glicose e galactose). 
Essa glicose é, então, clivada e utilizada pelas vias metabólicas,
garantindo a sobrevivência das células. (MARZZOCO,2015)
Você sabe por que os seres humanos não digerem a celulose, presente na alface e na rúcula? Mesmo
sendo um polissacarídeo de glicose, assim como o amido (presente na batata e no arroz), os seres
humanos não conseguem digeri-la para obter moléculas de açúcar isoladas e utilizar para produzir
energia! Na celulose, as unidades de glicose são polimerizadas por ligações glicosídicas entre os
carbonos 1 (com configuração β) e 4: ligações β-1,4. Os seres humanos não possuem a enzima
digestiva necessária para a quebra desta ligação específica, e, portanto, a celulose proveniente dos
vegetais que ingerimos não é digerida em nosso trato gastrointestinal, sendo considerada uma fibra
dietética (HARVEY, 2015).
A glicose é um carboidrato chave para a sobrevivência humana. Ela é o combustível básico das funções
neurológicas e, sem ela, o cérebro pode entrar em colapso. Por isso, períodos longos de jejum ou
atividade física muito intensa sem reposição energética podem causar danos ao cérebro. Toda a
maquinaria celular é sustentada pela via da glicólise e outras rotas alternativas, que geram energia, sob
a forma de calor e ATP. 
VOCÊ QUER LER?
Conheça mais sobre as fibras dietéticas e seus benefícios para a saúde lendo ao
artigo “Fibra alimentar – Ingestão adequada e efeitos sobrea saúde do
metabolismo.” Você irá se surpreender com o quanto é importante manter uma
alimentação equilibrada, rica em fibras! 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abem/v57n6/01.pdf
(http://www.scielo.br/pdf/abem/v57n6/01.pdf)>.
http://www.scielo.br/pdf/abem/v57n6/01.pdf
Para complementar seus estudos sobre o tema, conheça o caso de uma jovem de 21 anos e aprenda
mais sobre a lactose.
VOCÊ SABIA?
Você sabia que seu tipo sanguíneo (A, B, O e AB) é determinado por
carboidratos presentes na superfície das hemácias? Isso mesmo, dependendo
do tipo de açúcar presente na superfície das suas células, você será de um tipo
sanguíneo específico. Indivíduos do tipo A, possuem o “Açúcar A”, indivíduos
do tipo B possuem o “Açúcar B”, indivíduos AB possuem ambos e indivíduos O
não possuem nenhum. Para saber mais sobre esse assunto, leia o artigo
“Aspectos moleculares do Sistema Sanguíneo ABO”, disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
84842003000100008&lang=en (https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1516-84842003000100008&lang=en )> 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842003000100008&lang=en
Vamos testar os conhecimentos adquiridos até aqui? Para isso, realize a atividade especialmente
preparada para você. Você deverá, então, clicar e arrastar os respectivos nomes para as moléculas que o
representam. 
Agora que você já conheceu sobre a estrutura e função dos carboidratos, vamos, dando sequência aos
seus estudos sobre o surgimentos das células, aprender sobre os lipídios. Mantenha-se concentrado e
bons estudos!
1.4.2 Lipídios 
CASO
E. J. D., 21 anos de idade, sexo feminino. Apresenta quadro de diarreia e dor
abdominal há seis meses. Acreditava que seu quadro estava atribuído a
estresse, porém, mesmo após início das férias escolares não houve melhora.
Orientada por um amigo se automedicou com antiparasitário pois acreditava
estar com “vermes”. O tratamento também não surtiu efeito. Ela então decidiu
procurar um médico. Na consulta, relatou que os sintomas aparecem
principalmente no período da manhã 1h – 2h após o café da manhã. Relata
que costuma consumir pão, leite, café, queijo e frutas. Alguns dias consome
iogurte batido com aveia e frutas. O médico suspeita de um quadro de
intolerância à lactose e a jovem então relata que seus pais apresentam a
condição. O médico solicita que a jovem suspenda laticínios da dieta e faça
um exame chamado de teste de tolerância a lactose. No laboratório, a jovem
mediu a glicemia as 7h da manhã em jejum. Ela, então, ingeriu uma quantidade
grande de lactose, na forma de um líquido. Às 8h e as 9h mediram novamente
os índices de glicose na corrente sanguínea. Os índices não se elevaram,
ficando quase iguais ao índice medido em jejum. Frente aos resultados, o
médico sugeriu o diagnóstico de intolerância a lactose. Você sabe como é
possível justificar os fatos observados?
Se justifica porque, em indivíduos normais, a enzima lactase age sobre a
lactose no intestino, rompendo a ligação glicosídica, resultando em moléculas
de galactose e glicose. A glicose, ao ser absorvida, eleva os seus níveis na
corrente sanguínea. Em indivíduos intolerantes, a enzima não é produzida.
Sendo assim, a lactose permanece na forma de dissacarídeo e não é
absorvida. Por isso, os níveis de glicose no sangue não se alteram e o
acúmulo de lactose no intestino causa a diarreia e a cólica.
Nas células podem ocorrer associações entre os carboidratos e lipídios ou
proteínas, formando glicoconjugados, como os glicolipídios e glicoproteínas
com funções diversas nas células, incluindo sinalização e proteção celular.
O termo lipídio, conhecido como gordura ou óleo em nosso cotidiano, muitas vezes é tachado como
vilão da nossa dieta. Porém, essas moléculas são importantes fontes de energia para nosso organismo.
Isto porque os lipídios participam da estrutura das nossas membranas plasmáticas e servem como
precursores para a síntese de vitaminas e hormônios. Os lipídios formam um grupo de moléculas
bastante diverso e possuem a característica de serem pouco solúveis em água. Fazem parte desse
grupo de moléculas os ácidos graxos e os esteroides (como por exemplo o colesterol). Vamos conhecer
um pouco mais sobre essas moléculas? Clique nas abas abaixo e confira!
Agora, confira, na figura a seguir, a estrutura molecular e tridimensional de dois ácidos graxos.
Ácidos
graxos
Os ácidos graxos geralmente são compostos por uma cadeia carbônica longa,
com número par de átomos de carbono e sem ramificações, podendo ser saturada
(conter apenas ligações simples entre os átomos de carbono) ou conter uma ou
mais instaurações (ligações duplas) ao longo da cadeia. 
Ácidos
graxos
saturados 
Os compostos que contém apenas ligações simples são chamado de ácidos
graxos saturados. 
Monoinsat
urados e
poli-
insaturado
s
Já aqueles que contém apenas uma ligação dupla são chamados de
monoinsaturados e duas ou mais ligações duplas poli-insaturados (RODWELL,
2017). 
Analisado a estrutura da molécula, perceba que em uma das extremidades temos uma carboxila (COO-)
e na outra extremidade um CH3. Em uma das nomenclaturas utilizadas para identificar as ligações
químicas das moléculas de ácidos graxos, o carbono da extremidade CH3 é identificado como carbono
de número 1 ou também chamado de carbono ômega (ω). Ao representar a fórmula geral de um ácido
graxo, identificamos em primeiro lugar o número de carbonos totais da molécula, em seguida (separado
por dois pontos), o número de ligações duplas que ela possui. Por fim, indicamos a posição da primeira
ligação dupla presente na cadeia. Lembre-se de que o primeiro carbono da cadeia extremidade CH3 é
chamado de ômega, e, se a primeira ligação dupla está no segundo carbono, ela será chamada de
ômega-2, se estiver no 6 carbono, ômega-6. (MARZZOCO, 2015). Para ampliar sua compreensão sobre o
tema, vamos tomar como exemplo o ácido oleico, apresentado anteriormente; veja:
18:1 ω-9
Observe que esse ácido graxo possui 18 carbonos e uma ligação dupla em sua estrutura. A ligação
dupla está no carbono número nove. Como vimos, os ácidos graxos poli-insaturados chamados de
ômega-3 são aqueles que possuem uma ligação dupla entre o terceiro e quarto carbono da cadeia
(numerado a partir do carbono 1, ou carbono ômega). Pode haver mais duplas ligações ao longo da
cadeia, porém, apenas uma é identificada. Alimentos como peixes (atum, salmão e sardinha) e azeite de
oliva são fontes destes ácidos graxos.
Figura 25 - Estrutura molecular e tridimensional de dois ácidos graxos. Ambos possuem 18 átomos de
carbono, porém em (a) temos ácido esteárico, saturado e em (b), ácido oleico, insaturado (b). A presença
da dupla ligação cis resulta em uma dobra na molécula.
Fonte: Marzzoco, 2015, p. 89.
Lembrando que o EPA é o ácido eicosapentaenoico. Há o DHA é o ácido docosahexaenóico. E, por sua
vez, o ALA é o ácido alfa-linolênico; são ácidos graxos do tipo ômega-3, que trazem inúmeros benéficos
à saúde. O último é encontrado no azeite extra virgem, e os dois primeiros, em peixes como salmão e
sardinha. 
À temperatura ambiente, os ácidos graxos podem apresentar consistência diferentes. Ácidos graxos
saturados com mais de 14 carbonos são sólidos e, se possuírem pelo menos uma dupla ligação, são
líquidos. 
O grau de fluidez das membranas biológicas depende, então, do tipo de ácido graxo presente nos seus
lipídios estruturais. A diversidade lipídica é espécie-dependente, sendo que alguns só são produzidos
por vegetais, outros apenas por microrganismos e outros apenas por mamíferos, por exemplo. Sendo
assim, o consumo de diferentes formas de ácidos graxos é o ideal para a manutenção da saúde humana
(RODWELL, 2017).
Os ácidos graxos livres são pouco encontrados nos organismos vivos e mais frequentemente estão
ligados a uma molécula de glicerol (um tipo de álcool) formando os triglicerídeos ou triacilgliceróis.
Clique nas abas abaixoe conheça mais sobre o assunto.
Figura 26 - Ácidos graxos do tipo ômega 3.
Fonte: Perception7/Shutterstock.
VOCÊ QUER LER?
Nos últimos anos, as investigações científicas têm comprovado que as dietas com
quantidades adequadas de ácidos graxos poli-insaturados desempenham papel
importante na prevenção de doenças cardiovasculares e aterosclerose! Nessa
revisão da literatura, descubra diversos benefícios relacionados ao consumo regular
desse tipo de ácido graxo.  Leia o artigo Ácidos graxos poli-insaturados n-3 e n-6:
metabolismo em mamíferos e resposta imune, disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rn/v23n6/13.pdf
(http://www.scielo.br/pdf/rn/v23n6/13.pdf)>
http://www.scielo.br/pdf/rn/v23n6/13.pdf
Acompanhe, na sequência, uma representação de um triacilglicerol formado pela ligação de um glicerol
e três ácidos graxos.  
Nos vertebrados, os triacilgliceróis são estocados no tecido adiposo, localizado no espaço
subcutâneo e visceral. Esse tecido atua também como isolante térmico e na proteção contra os
choques mecânicos. 
Os triacilgliceróis são os lipídios mais abundantes na natureza, atuam como reserva de energia e
são formados por três moléculas de ácidos graxos esterificadas (ligadas) a uma molécula de
glicerol.
Os ácidos graxos podem ser iguais ou diferentes entre si. Os triacilgliceróis das gorduras animais
são ricos em ácidos graxos saturados, o que atribui a esses lipídios uma consistência sólida à
temperatura ambiente.
Os ácidos graxos de origem vegetal, ricos em ácidos graxos insaturados, são líquidos.
Os óleos vegetais que são utilizados para a fabricação de margarinas passam por um processo
de hidrogenação, que reduz parte de suas duplas ligações e os torna sólidos à temperatura
ambiente (MARZZOCO, 2015).
•
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•
•
Tecido adiposo
Reserva de energia
Gorduras animais
Óleos vegetais
Outro tipo de lipídio com importante função biológica são os fosfolipídios. Eles são compostos de
maneira semelhante aos triacilgliceróis, porém, possuem apenas duas cadeias de ácidos graxos ligados
à molécula de glicerol. Na terceira posição do glicerol, liga-se um grupo fosfato, que ainda pode se ligar
a outras moléculas. Essa configuração molecular confere aos fosfolipídios um caráter anfipático. Isso
significa que uma porção da molécula é hidrofílica ou polar (cabeça de fosfato), e a outra é hidrofóbica
ou apolar (cauda de ácidos graxos) (RODWELL, 2017). Essa propriedade é fundamental para a
organização da membrana plasmática e será mais explorada nas próximas unidades. Fique atento!
Figura 27 - Triacilglicerol formado pela ligação de um glicerol e três ácido s graxos.
Fonte: Marzzoco, 2015, p. 92.
Na estrutura do fosfolipídeo observe uma porção hidrofóbica (caudas de ácidos graxos) e uma
hidrofílica (grupamento fosfato ligado ao glicerol).  
Além dos ácidos graxo, triglicerídeos e fosfolipídios há uma outra classe de lipídios importantes,
chamada de esteroides.
Os esteroides possuem uma conformação bastante diferente dos ácidos graxos, que são cadeias
carbônicas lineares. Essa classe de lipídios apresenta um núcleo tetracíclico característico em sua
estrutura. O principal representante desse grupo é o colesterol. 
O colesterol é o esteroide mais abundante nos tecidos animais. É capaz de servir de precursor para
síntese de todos os outros esteroides, que incluem hormônios esteroides (hormônios sexuais e do
córtex das glândulas suprarrenais), sais biliares e vitamina D (MARZZOCO, 2015). 
Por fim, o colesterol apresenta uma função estrutural importante, compondo a membrana plasmática
das células, conforme veremos nos próximos capítulos.
Figura 28 - Fosfolipídeo.
Fonte: Alberts, 2017, p.72.
A figura ilustra a molécula de colesterol, na qual podemos observar os quatro anéis carbônicos, o grupo
polar (OH) e a região apolar com aspecto mais linear. Essas características tornam a molécula
anfipática.
Figura 29 - Molécula de colesterol.
Fonte: Marzzoco, 2015, p. 95.
Os triacilgliceróis e as moléculas de colesterol provenientes da dieta, e mesmo aquelas produzidas por
via endógena, viajam na corrente sanguínea em partículas chamadas de lipoproteínas. São agregados
moleculares solúveis formados por um núcleo central hidrofóbico de triglicerídeos e ésteres de
colesterol (colesterol ligado a um ácido graxo). 
Esse núcleo é envolto por uma cada de fosfolipídios e proteínas chamadas de apoproteínas. Essa
partícula se torna solúvel em água devido à cabeça do fosfolipídio ser hidrofílica. Dependendo do
tamanho e composição (quantidade de lipídios e proteínas) dessas Lipoproteínas elas são chamadas de
Lipoproteínas de alta (HDL), baixa (LDL) e muito baixa (VLDL) densidade além dos quilomícrons
(RODWELL, 2015).
VOCÊ O CONHECE?
Bruce D. Roth (nascido em Junho de 1954) é um americano PhD em química
orgânica que, com a idade de 32, descobriu a atorvastatina enquanto trabalhava na
empresa Warner-Lambert, posteriormente adquirida pela gigante farmacêutica
Pfizer. Essa droga pertence à classe das estatinas e é vendida como o
medicamento Lipitor™ que se tornaria o medicamento mais vendido na história da
indústria farmacêutica! Ele é utilizado para reduzir os níveis de colesterol e na
prevenção de doenças cardiovasculares e já auxiliou no tratamento de milhões de
pessoas em todo o mundo. Entre 1996 e 2012 estima-se que o medicamento tenha
um resultado de vendas de mais de 125 bilhões de dólares!
Para saber mais sobre o Bruce D. Roth, consulte o site:
<https://www.crainsnewyork.com/article/20111228/HEALTH_CARE/111229902/lipi
tor-becomes-world-s-top-selling-drug
(https://www.crainsnewyork.com/article/20111228/HEALTH_CARE/111229902/lipit
or-becomes-world-s-top-selling-drug)>.
https://www.crainsnewyork.com/article/20111228/HEALTH_CARE/111229902/lipitor-becomes-world-s-top-selling-drug
Na sequência, observe a representação de lipoproteínas de alta e baixa densidade (HDL e LDL)
transportadoras de colesterol e triglicerídeos na corrente sanguínea. 
VOCÊ QUER LER?
Diversos estudos clínicos, epidemiológicos e experimentais têm mostrado de
maneira incontestável a relação entre dosagem sérica dos níveis de lipoproteína de
alta densidade (HDL) e doença cardiovascular.
Baixos níveis de HDL estão presentes em aproximadamente 10% da população e
representam um dos mais frequentes achados de dislipidemia nos pacientes com
doença arterial coronariana (DAC).
Leia o artigo e descubra fatos interessantes sobre ela: estrutura, metabolismo e
funções fisiológicas da lipoproteína de alta densidade.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v42n3/a05v42n3.pdf
(http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v42n3/a05v42n3.pdf)>.
http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v42n3/a05v42n3.pdf
Graças às lipoproteínas é possível transportar moléculas de ácidos graxos e colesterol por todo
organismo para que eles possam desempenhar suas funções energética, estrutural, de sinalização e
precursora de hormônios nos diferentes órgãos.
Figura 30 - Lipoproteínas de alta e baixa densidade (HDL e LDL), transportadoras de colesterol e
triglicerídeos na corrente sanguínea.
Fonte: lyricsaima/Shutterstock.
Sendo assim, podemos entender os lipídios e carboidratos não somente como moléculas provenientes
da nossa dieta que nos fornecem energia, mas também como importantes constituintes estruturais das
nossas células. Eles são essenciais para a manutenção da vida celular e, por consequência, de todo
nosso organismo.
VOCÊ QUER VER?
Você já ouviu falar na relação existente entre colesterol e doenças cardíacas? Para
entender melhor essa relação, precisamos descobrir como essas moléculas de
lipídios são transportadas pela corrente sanguínea. Afinal, eles são lipídeos,
insolúveis em meio aquoso e o plasma sanguíneo é um composto aquoso! Como
isso acontece? Assista ao vídeo e saiba mais sobre as lipoproteínas de alta e baixa
densidade (LDL e HDL) e o transporte de lipídios pela corrente sanguínea.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9dghtf7Z7fw
(https://www.youtube.com/watch?v=9dghtf7Z7fw)>.Síntese
Concluímos o primeiro capítulo sobre Evolução das células e composição química dos organismos.
Agora você já conhece as células e as macromoléculas fundamentais para a vida. Espero que você
tenha compreendido e aproveitado as informações.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
descrever como a vida surgiu na Terra;
conceituar átomos e moléculas essenciais para a vida;
relacionar a forma das proteínas com sua composição de
aminoácidos;
descrever carboidratos e lipídios com funções biológicas
relevantes;
relacionar as moléculas a condições fisiológicas e patológicas que
ocorrem em nosso organismo.
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https://www.youtube.com/watch?v=9dghtf7Z7fw
Bibliografia
ALBERTS, Bruce. Fundamentos da Biologia Celular. 4 ed. ArtMed, 2017.
______ et al. Biologia Molecular da Célula. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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<https://www.bbc.com/portuguese/vert-earth-38205665 (https://www.bbc.com/portuguese/vert-earth-
38205665)>. Acesso em: 10 out. 2018. 
CHANG, R. Química Geral. 4. ed. Porto Alegre: AMGH.
COOPER, G. M. A Célula: Uma Abordagem Molecular. 2. ed. Sunderland (MA): Sinauer Associates, 2000.
Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK9841/
(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK9841/)>. Acesso em: 22 dez. 2018.
HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica Ilustrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2012.
LODISH, Harvey et al. Molecular cell biology. 6. ed. New York: W. H. Freeman, 2008.
MARZZOCO, A. Bioquímica Básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2015.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre: Artmed.
RODWELL, V. W. Bioquímica Ilustrada de Harper. 30. ed. Porto Alegre: AMGH. 2017.
VOET, D.; VOET, J. G. Bioquímica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
https://www.bbc.com/portuguese/vert-earth-38205665
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK9841/

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