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Farmacocinética

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Farmacocinética 
Medida e a interpretação formal de alterações 
temporais nas concentrações de um fármaco em 
uma ou mais regiões do organismo em relação à dose 
administrada. 
A farmacocinética estuda o que o organismo faz com o 
fármaco → FarmacoCinética é a ação do Corpo sobre 
a droga. 
Determina o início, a intensidade e a duração da ação 
do fármaco. 
Quatro propriedades farmacocinéticas (ADME): 
Absorção: Primeiro, a absorção 
desde o local de administração 
permite a entrada do fármaco (direta 
ou indiretamente) no plasma. 
Distribuição: Segundo, o fármaco 
pode, então, reversivelmente, sair 
da circulação sanguínea e distribuir-
se nos líquidos intersticial e 
intracelular. 
Biotransformação: Terceiro, o 
fármaco pode ser biotransformado 
no fígado ou em outros tecidos. 
Eliminação: Finalmente, o fármaco 
e seus metabólitos são eliminados 
do organismo na urina, na bile ou 
nas fezes. 
 
ABSORÇÃO 
É a transferência de um fármaco do seu local de 
administração para a corrente sanguínea. 
A velocidade e a eficiência da absorção dependem do 
ambiente onde o fármaco é absorvido, das suas 
características químicas e da via de administração (o 
que influencia sua biodisponibilidade). 
 
MECANISMOS DE ABSORÇÃO DE FÁRMACOS 
Difusão passiva: O 
fármaco se move da 
região de concentração 
alta para a de 
concentração baixa. A 
difusão passiva não 
envolve transportador, 
não é saturável e 
apresenta baixa 
especificidade estrutural. 
A maioria dos fármacos é 
absorvida por esse 
mecanismo. 
Difusão facilitada: 
Fármacos podem entrar 
na célula por meio de 
proteínas 
transportadoras 
transmembrana 
especializadas que 
facilitam a passagem de 
moléculas grandes. 
Essas proteínas 
transportadoras permite 
a passagem de fármacos 
ou moléculas endógenas 
para o interior da célula, 
movendo-os de áreas de 
alta concentração para 
áreas de baixa 
concentração. Ele não 
requer energia, pode ser 
saturado e pode ser 
inibido por compostos 
que competem pelo 
transportador. 
→ Transportadores SLC (do inglês, solute 
carrier): transporte passivo OTCs e OATs 
(transportadores de cátions e ânions orgânicos, 
respectivamente) 
Transporte ativo: Esta forma de entrada de fármacos 
também envolve transportadores proteicos específicos 
que atravessam a membrana. O transporte ativo 
dependente de energia. Ele é capaz de mover fármacos 
contra um gradiente de concentração – ou seja, de uma 
região com baixa concentração de fármaco para outra 
com concentração mais elevada. Esse processo é 
saturável. 
→ Transportadores ABC (do inglês, ATP-binding 
cassette): transporte ativo 
Endocitose e exocitose: Estes tipos de absorção são 
usados para transportar fármacos excepcionalmente 
grandes através da membrana celular. A endocitose 
envolve o engolfamento de moléculas do fármaco pela 
membrana e seu transporte para o interior da célula 
pela compressão da vesícula cheia de fármaco. A 
exocitose é o inverso da endocitose. 
FATORES QUE INFLUENCIAM A ABSORÇÃO 
1. Lipossolubilidade e tamanho das partículas 
2. Grau de ionização e pH 
3. Fluxo de sangue no local de absorção 
4. Área ou superfície disponível para absorção 
5. Tempo de contato com a superfície de absorção 
6. Via de administração (velocidade e extensão) 
7. Expressão da glicoproteína P 
8. Ligados ao indivíduo 
1. Lipossolubilidade 
o Substâncias lipossolúveis tendem a atravessar essa 
membrana com facilidade. 
o Maior lipossolubilidade, maior velocidade de difusão. 
Lipossolubilidade favorece: Absorção e Distribuição. 
Hidrossolubilidade favorece: Excreção. 
2. Grau de ionização e pH 
o Fármacos são ácidos ou bases orgânicas fracas, 
definidos através do pKa. Assim, cada um destes 
compostos sofre uma influência diferente pelo pH do 
ambiente da absorção. 
o De acordo com o pH do meio em que o fármaco se 
encontra ele pode ou não adquirir carga (ser 
ionizado). 
o Substâncias ionizadas possui dificuldade em 
atravessar barreiras, o que dificulta a absorção. 
o Fármacos ácidos se tornam ionizados em pH básico, 
dessa forma, são melhor absorvidos em meios 
ácidos. 
o Fármacos básicos se tornam ionizados em pH ácido, 
sendo melhor absorvidos em meios com pH básico. 
o Os ácidos serão absorvidos prioritariamente no 
estômago e intestino. Enquanto isso, os fármacos 
básicos serão absorvidos, em sua grande parte, no 
intestino. 
FÁRMACO ÁCIDO 
Em pH ácido Em pH básico 
Forma não ionizada Forma carregada 
Lipossolúvel Hidrossolúvel 
Absorção Excreção 
 
FÁRMACO BÁSICO 
Em pH ácido Em pH básico 
Forma carregada Forma não ionizada 
Hidrossolúvel Lipossolúvel 
Excreção Absorção 
 
 
 
 
 
 
 
Intoxicação! 
Por Fármacos ácidos, deve-se aumentar o pH da urina, 
originando um meio mais básico ao administrar, por 
exemplo, bicarbonato ou citrato. 
Por medicamentos básicos, se deve diminuir o pH da 
urina, ou seja, torná-la mais ácida ao administrar, por 
exemplo, cloreto de amônio. 
 
Grau de ionização afeta: 
• Velocidade para atravessar as membranas; 
• Distribuição de equilíbrio entre compartimentos 
aquosos, se houver diferença de pH entre eles 
3. Fluxo de sangue no local de absorção 
o O fluxo sanguíneo do local é diretamente 
proporcional à absorção, dessa forma, quanto maior 
o fluxo sanguíneo, maior a absorção. 
o Diante disso, como o fluxo de sangue para o intestino 
é muito maior do que o fluxo para o estômago, a 
absorção no intestino é maior do que a que ocorre 
no estômago. 
4. Área ou superfície disponível para absorção 
Quanto maior a superfície de contato com o fármaco, 
maior a sua absorção. 
pKa: pH no qual 50% das moléculas encontram-se 
ionizadas. 
Ácidos fracos (HA), quando liberam um próton 
(H+), causam a formação de um ânion (A–). 
Bases fracas são aceptoras de prótons, se ionizam 
(ficando protonadas) em pH mais ácido. 
A forma não ionizada (HA ou B), sem carga, é a 
mais lipossolúvel. 
5. Tempo de contato com a superfície de absorção 
o Se um fármaco se desloca muito rapidamente ao 
longo do TGI, como pode ocorrer em uma diarreia 
intensa, ele não é bem absorvido. 
o Qualquer retardo no transporte do fármaco do 
estômago para o intestino reduz a sua velocidade de 
absorção. 
6. Via de administração (velocidade e extensão) 
A via de administração influencia diretamente na 
absorção pois interfere no local de absorção e 
velocidade do processo. 
 
7.Expressão da glicoproteína P 
A glicoproteína-P é uma proteína transmembrana 
transportadora de várias moléculas, entre elas alguns 
fármacos. 
No intestino delgado, ela atua levando os fármacos de 
volta ao lúmen intestinal. Desta forma, em regiões em 
que há uma super expressão desta proteína, a 
absorção é menor 
8.Ligados ao indivíduo 
o Conteúdo intestinal (alimentado ou em jejum) 
o Motilidade gastrointestinal - diarreia x estase 
intestinal, dieta (fibras), variabilidade individual no 
trânsito gastrointestinal 
o Doenças e polimorfirmos 
DISTRIBUIÇÃO 
É o processo pelo qual um fármaco reversivelmente 
abandona o leito vascular e entra no interstício (líquido 
extracelular) e, então, nas células dos tecidos. 
Para fármacos administrados por via IV, onde não 
existe absorção, a fase inicial corresponde a fase de 
distribuição. 
FATORES QUE AFETAM A DISTRIBUIÇÃO 
1. Fluxo sanguíneo local 
2. Ligação às proteínas plasmáticas 
3. Reservatórios teciduais (depósito em 
compartimentos) 
4. Permeabilidade através das barreiras 
biológicas 
5. Lipossolubilidade, pKa, transportadores 
2. Ligação às proteínas plasmáticas 
A ligação reversível às proteínas plasmáticas fixa os 
fármacos de forma não difusível e retarda sua 
transferência para fora do compartimento vascular. 
A albumina é a principal proteína ligadora e pode atuar 
como uma reserva de fármaco (ácidos) 
Alfa-1-Glicoproteína Ácida principal proteína ligadora 
para bases. 
À medida que a concentraçãodo fármaco livre diminui, 
devido à eliminação, o fármaco ligado se dissocia da 
proteína. Isso mantém a concentração de fármaco livre 
como uma fração constante do fármaco total no plasma. 
→ Uma extensa ligação proteica retarda a 
eliminação do fármaco (metabolismo e/ou 
filtração glomerular) 
Fração Livre = ação farmacológica = ligação ao seu 
receptor 
Fármacos livres possuem maior facilidade de 
distribuição para os tecidos. 
A quantidade de fármacos que se liga às proteínas 
é dependente de três fatores: 
• Concentração do fármaco 
• Afinidade do fármaco pelos locais de ligação 
• Concentração das proteínas 
→ Quanto maior a afinidade, menor a eliminação 
Competição entre fármacos: 
A competição entre dois fármacos à ligação às 
proteínas plasmáticas resulta em um aumento da 
fração livre de um ou ambos os fármacos. 
Resultado: Intensificação da resposta farmacológica 
e/ou tóxica 
• Relevante para fármacos com índice terapêutico 
estreito! 
• Relevante quando o fármaco deslocador 
também reduz a eliminação do fármaco 
deslocado. 
 
Fatores que interferem na disponibilidade de 
proteínas plasmáticas: 
• Distúrbios hepáticos: hipoalbuminemia 
(desnutrição, cirrose...) 
• Distúrbios renais: Proteinúria 
• Distúrbios cardíacos: IAM aumenta a 
concentração de Alfa-1-Glicoproteína Ácida. 
3. Reservatórios teciduais (depósito em 
compartimentos) 
Vários fármacos se acumulam nos tecidos, levando a 
concentrações mais elevadas no tecido do que no 
líquido extracelular e no sangue. 
Os fármacos podem acumular como resultado da 
ligação a lipídeos, proteínas ou ácidos nucleicos. 
Os reservatórios nos tecidos podem servir de fonte 
principal de fármaco e prolongar sua ação ou causar 
toxicidade local ao fármaco; 
Ex: 
• Tiopental: gordura 
• Tetraciclina: ossos 
• Cloroquina: retina 
• Amiodarona: fígado e pulmões 
Fármacos lipofílicos: como grande parte dos 
psicofármacos, acumulam-se em tecido adiposo, sendo 
liberados para distribuição mais lentamente. 
OBS: Obesos podem ser sedados com alguns 
anestésicos por um período maior do que um indivíduo 
magro, graças ao depósito em tecido adiposo; 
4. Permeabilidade através das barreiras 
biológicas 
Se o fármaco não for lipossolúvel ele não conseguirá 
atravessar as barreiras como a hematoencefálica 
(BHE), hematotesticular (BHT), hematoplacentária 
(BHP) e, por consequência, não será distribuído por 
estes tecidos. 
Características de fármacos que penetram mais 
facilmente a BHE: 
• Baixa ionização em pH plasmático 
• Baixa ligação às proteínas plasmáticas 
• Altamente lipofílicas 
• Baixo peso molecular 
• Não sofrer efluxo 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO 
O volume de distribuição (Vd) descreve a proporção 
de fármaco que se divide entre o plasma e os 
compartimentos teciduais. 
Vd é baixo para fármacos principalmente retidos no 
compartimento vascular e alto para fármacos que 
sofrem ampla distribuição em músculo, tecido adiposo 
e outros compartimentos não vasculares. 
Vd =  distribuição 
Vd =  distribuição 
METABOLISMO OU BIOTRANSFORMAÇÃO 
São modificações químicas nos grupos substituintes 
dos fármacos. 
O objetivo da biotransformação é: 
• Facilitar a excreção renal 
• Gerar metabólitos mais ativos. ex: morfina em 
morfina 6-glicuronídeo 
• Ativar pró-fármacos. ex: prednisona em 
prednisolona 
• Inativar metabólitos tóxicos ex: n-acetil-p- 
benzoquinonaimina 
As principais vias de metabolização são: 
• Fígado (principal) 
• Pele 
• Rins 
• Pulmões (importante para anestésicos 
voláteis/gasosos). 
→ A capacidade do fígado de modificar os 
fármacos depende da quantidade que penetra 
nos hepatócitos. Quanto mais hidrofóbico, maior 
a metabolização. 
TIPOS DE REAÇÃO DE BIOTRANSFORMAÇÃO 
As reações de biotransformação dos fármacos 
consistem em dois grupos gerais denominados reações 
de fase I e fase II. 
REAÇÕES DE FASE I: (funcionalização) 
• Oxidação (mais comum) - CYP’s 
• Redução 
• Hidrólise 
REAÇÃO DE FASE II: (conjugação) 
• Glicuronidação (mais comum) - UGT’s 
• Sulfatação 
• Glutationização 
• Metilação 
• Acetilação 
 
REAÇÕES DE FASE I - FUNCIONALIZAÇÃO 
o As reações de fase I convertem fármacos lipofílicos 
em moléculas mais polares, introduzindo ou 
desmascarando um grupo funcional polar, como –
OH, –NH2, COOH, SH) 
o Aumenta a hidrossolubilidade 
o As reações de fase I em geral envolvem redução, 
oxidação ou hidrólise. 
o A biotransformação de fase I pode aumentar ou 
diminuir a atividade farmacológica, ou ainda não ter 
efeito sobre ela. 
o Fornece um ponto de ataque para as reações de 
fase II 
o As enzimas são tipicamente oxidases: 
• Oxidações dependentes do CYP450 
• Oxidações independentes do CYP450 
Reações de fase I utilizando o sistema P450 
o São hemeproteínas. 
o Pertencem a uma Superfamília (CYP) de enzimas 
relacionadas, mas são distintas entre si. 
o Se diferenciam pela sequência de aminoácidos, 
sensibilidade a inibidores e agentes indutores e na 
especificidade das reações 
o 74 famílias de genes CYP, das quais as três 
principais estão envolvidas no metabolismo de 
fármacos no fígado humano: CYP1, CYP2 e CYP3 
o Cinco CYPs (1A2, 2C9, 2C19, 2D6 e 3A4) são 
responsáveis por aproximadamente 95% do 
metabolismo oxidativo dos fármacos. 
Polimorfismos: As enzimas P450 exibem considerável 
variabilidade genética entre indivíduos e grupos raciais. 
Variações na atividade de P450 podem alterar a 
eficácia dos fármacos e o risco de efeitos adversos. 
Localização das enzimas metabolizadoras: 
• Enzimas microssomais: RE liso (hepatócitos, 
ex.: CYP) 
• Enzimas não-microssomais: mitocôndria, 
citoplasma e plasma (ex: colinesterase 
plasmática, monoamina oxidase, álcool 
desidrogenase) 
• Enzimas da flora intestinal (bactérias do 
intestino) 
 
 
 
 
 
Indutores Enzimáticos 
As enzimas dependentes de CYP450 são um alvo 
importante de interações farmacocinéticas de 
fármacos. 
Certos fármacos são capazes de aumentar a síntese de 
uma ou mais isoenzimas CYP. Isso resulta no aumento 
da biotransformação de fármacos e pode levar a 
reduções significativas nas concentrações plasmáticas 
dos fármacos biotransformados por essas isoenzimas 
CYP, com concomitante redução do efeito 
farmacológico. 
 
Depois de ter sido 
administrada a 
rifampicina (600 
mg diariamente 
durante alguns 
dias), a meia-vida 
plasmática da 
varfarina diminuiu 
de 47 h (curva 
vermelha) para 18 
h (curva verde). 
 
 
 
 
 
 
❖ Mesmo fármaco, várias CYPs 
❖ Mesma CYP, vários fármacos 
❖ Existem fármacos que podem inibir CYP’s 
❖ Existem fármacos que podem aumentar a 
expressão de CYP’s 
As consequências do aumento da biotransformação 
de fármacos incluem: 
1) menor concentração do fármaco no plasma; 
2) menor atividade do fármaco, se o metabólito é 
inativo; 
3) aumento da atividade, se o metabólito é ativo; 
4) redução do efeito terapêutico do fármaco. 
Inibidores enzimáticos 
A inibição da atividade das isoenzimas CYP é uma fonte 
importante de interações de fármacos que leva a efeitos 
adversos graves. 
A forma mais comum de inibição é pela competição pela 
mesma isoenzima. 
A inibição da atividade das enzimas pode ocorrer: 
• Formação de um complexo com o ferro hêmico 
do citocromo P450 ou pela depleção de co-
fatores 
• Diminuição da síntese das enzimas 
microssomais 
Consequência: níveis elevados de outro fármaco que é 
metabolizado pela enzima inibida → possível 
toxicidade, principalmente durante administração 
crônica. 
→ Os inibidores CYP mais importantes são 
eritromicina, cetoconazol e ritonavir 
 
→ Ex: omeprazol é um inibidor importante de três das 
isoenzimas CYP responsáveis pela 
biotransformação da varfarina. Se os dois fármacos 
são tomados juntos, a concentração plasmática de 
varfarina aumenta, levando ao aumento do efeito 
anticoagulante e do risco de sangramentos. 
REAÇÃO DE FASE II – CONJUGAÇÃO 
oSe o metabólito resultante da fase I é 
suficientemente polar, ele pode ser excretado pelos 
rins. Contudo, vários metabólitos de fase I continuam 
muito lipofílicos para serem excretados, sendo 
necessário a fase II. 
o É a combinação dos fármacos e/ou seus metabólitos 
com moléculas pequenas endógenas hidrofílicas, 
visando torná-los mais hidrossolúveis para posterior 
excreção. 
o Conjugação com ácido glicurônico é a mais comum 
Substratos: metabólitos das reações de oxidação e 
compostos que já contêm grupos químicos apropriados 
para conjugação, como hidroxila (-OH), amina (-NH2) 
ou carboxila (-COOH). 
Nas reações de conjugação, um fármaco (representado 
por D) ou metabólitos desse fármaco (representados 
por D-OH e D- NH2) são conjugados a um componente 
endógeno pela ação de transferases. 
 
 
O ácido glicurônico, um açúcar, é em geral o grupo mais 
conjugado a fármacos; porém, as conjugações com 
acetato, glicina, sulfato, glutationa e grupos metila 
também são comuns. 
UGT’s (UDP-glicuroniltransferase): super família de 
enzimas que catalisam a conjugação do ácido 
glicurônico. 
Alguns fármacos 
podem inibir UGT’s 
ou aumentar sua 
expressão. 
Recém-nascidos tem 
níveis deficientes de 
UGT. 
FATORES QUE INTERFEREM NA 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
1. Fatores genéticos - polimorfismos 
Variação na capacidade de metabolizar fármacos entre 
indivíduos 
Ex: Isoniazida: sofre acetilação no organismo. 
• Acetiladores rápidos 
• Acetiladores lentos 
2. Doenças 
HEPATOPATIAS: diminuem metabolização 
CARDIOPATIAS: podem reduzir o fluxo sanguíneo para 
o fígado e comprometer metabolismo de substâncias 
como amitriptilina, morfina, verapamil e lidocaína; 
3. Idade 
FETOS E RECÉM-NASCIDOS: menor conjugação e 
atividade enzimática reduzida; 
IDOSOS: atividade metabólica reduzida. 
4. Nutrição 
A glicina (conjugação), originam-se da dieta; 
Determinados alimentos podem ser indutores ou 
inibidores enzimáticos: 
• Brócolis, couve de bruxelas e carne grelhada: 
indutores CYP1A2 
• Suco de toranja (grapefruit): inibidor da isoforma 
CYP3A4 
 
 
EXCREÇÃO 
Os fármacos devem ser suficientemente polares para 
serem eliminados do organismo. 
A excreção pode ocorrer pelas vias: 
• Renal (urina) 
• Biliar (fezes) 
• Suor, Saliva, Expiração, Lágrima e Leite 
Excreção Renal 
A cinética de eliminação dos 
fármacos pelos rins depende 
do equilíbrio das taxas de 
filtração, secreção e 
reabsorção. 
Os fármacos podem ser: 
1) filtrados no glomérulo 
renal 
2) secretados no túbulo 
proximal 
3) reabsorvidos no túbulo 
distal, a partir do lúmen 
tubular, sendo 
transportados de volta 
ao sangue 
4) excretados na urina. 
 
 
1. Filtração 
Quanto menor o peso molecular de uma substância, 
melhor a sua filtrabilidade 
Albumina: 
• Tem sua filtração impedida devido a sua carga 
negativa: as cargas negativas dos 
proteoglicanos da membrana basal do capilar 
glomerular causam repulsão. 
• Fármacos ligados a proteínas plasmáticas não 
sofrem filtração. 
A porcentagem filtrada é inversamente proporcional ao 
grau de ligação as proteínas plasmáticas e ao volume 
de distribuição, e proporcional ao fluxo sanguíneo renal. 
 Fluxo sanguíneo renal →  Filtração glomerular 
 Fração livre de fármaco →  Excreção 
2. Secreção Tubular 
Processo que ocorre por transportadores não seletivos 
• Transportadores de ânions - família OAT 
(organic anion transporter) 
• Transportadores de cátions - família OCT 
(organic ation transporter) 
A secreção é um importante ponto de interação entre 
fármacos. 
Fármacos importantes secretados ativamente no túbulo 
proximal renal por transportadores OAT ou OCT: 
Ex: a 
probenecida, 
por bloquear 
a secreção 
tubular da 
penicilina, 
leva a um 
aumento da 
concentração plasmática desta. 
3. Reabsorção 
Retorno de substâncias para a circulação, dependente 
de transportadores transmembranares específicos 
As formas não-ionizadas dos fármacos e dos seus 
metabólitos também tendem a sofrer reabsorção, por 
difusão passiva. 
 
 
 
 
 
 
 
Excreção Biliar 
Alguns fármacos são secretados pelo fígado na bile 
Podem sofre recirculação entero-hepática: 
A recirculação entero-hepática prolonga o efeito de 
alguns fármacos. 
Metabólitos conjugados com glicuronídeos, quando 
liberados no intestino junto com a bile, podem ser 
clivados por enzimas da microbiota; o fármaco livre 
pode ser reabsorvido. O resultado é um “reservatório” 
de fármaco recirculante. Exemplos: morfina e 
etinilestradiol. 
 
CASOS DE INTOXICAÇÃO! A manipulação do pH 
da urina, para aumentar a fração ionizada do fármaco 
no lúmen, visando acelerar a excreção do agente 
intoxicante: 
• Ácidos fracos podem ser eliminados 
alcalinizando a urina 
• Bases fracas podem ser eliminados por 
acidificação da urina. 
Esse processo é denominado prisão iônica. 
 
→ Metabolismo dos contraceptivos orais e prováveis 
mecanismos de interação com antibióticos. 
CLEARANCE 
Taxa de eliminação de um fármaco do corpo em relação 
à concentração plasmática: Metabolismo + Excreção 
 
TEMPO DE MEIA-VIDA 
Tempo necessário para que a concentração de um 
fármaco no plasma decaia pela metade do seu valor 
inicial 
É inversamente proporcional à sua depuração e 
diretamente proporcional ao seu volume de distribuição. 
Fatores que afetam a meia-vida: 
• Envelhecimento (diminuição da massa 
muscular) 
• Obesidade (aumento da massa adiposa) 
• Alterações do citocromo P450 
• Insuficiência hepática 
• Insuficiência renal 
Quanto tempo um fármaco demora para ser 
completamente excretado do organismo? 
 
Cerca de 5 a 10 tempos de meia-vida para a completa 
depuração (wash out) 
 
 
 
 
 
STEADY STATE 
 
Conforme as doses são periodicamente administradas, 
o fármaco começa a se acumular no organismo, de 
forma que em um determinado momento a dose 
administrada é a mesma necessária para repor o 
excretado. Logo, o pico plasmático atingido é sempre o 
mesmo após cada dose. Foi atingido o steady state, ou 
seja, o estado de equilíbrio. 
REGIME TERAPÊUTICO 
Flutuações na concentração de um fármaco no estado 
de equilíbrio dinâmico na dependência do intervalo 
entre as doses. 
 
REVISANDO! 
Maior grau de ligação de um fármaco a proteínas 
plasmáticas → Diminuir fração livre, o que pode diminuir 
o efeito farmacológico. 
Alcalinizar a urina → Favorece a excreção de ácidos 
fracos 
Acidificar o plasma → Concentra fármacos que são 
ácidos fracos no SNC 
Menor grau de ligação de um fármaco às proteínas 
plasmáticas → Aumenta a filtração glomerular, 
aumentando a excreção. 
pH básico → Favorece a absorção de bases fracas 
Forma não ionizada (mais lipossolúvel) → Favorece a 
absorção e distribuição de fármacos (ácidos ou básicos) 
Forma ionizada → É a forma hidrossolúvel, que 
favorece a exceção de fármacos (ácidos ou bases) 
Biotransformação de um pró-fármaco → Gera 
metabólito com atividade farmacológica 
Reações de fase I → Maioria são oxidações, podem 
produzir metabólitos ativos, inativos ou tóxicos. 
Reações de fase II → São conjugações; produção de 
metabólitos mais hidrossolúveis 
Indutor enzimático → Acelera a metabolização de 
determinado fármaco, diminuindo sua 
biodisponibilidade 
Inibidor enzimático → Diminui a metabolização de 
determinado fármaco, aumentando sua 
biodisponibilidade 
Vídeos: 
Absorção: https://www.youtube.com/watch?v=YlCulYOjKk0 
Distribuição: 
https://www.youtube.com/watch?v=vDRPNrFtgmQ 
Metabolismo: 
https://www.youtube.com/watch?v=SZ2ZVkvLUfc 
Excreção: 
https://www.youtube.com/watch?v=SPMq1NtQmB8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=YlCulYOjKk0
https://www.youtube.com/watch?v=vDRPNrFtgmQ
https://www.youtube.com/watch?v=SZ2ZVkvLUfc
https://www.youtube.com/watch?v=SPMq1NtQmB8

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