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Trabalho de Geologia de Moçambique 2019
DIVISÃO DE ENGENHARIA
Engenharia de Minas
Depósito de Calcário
Tete, Abril de 2019
Jéssica M. Tiago
Depósito de Calcário
 (
Trabalho Científico da cadeira de 
Geologia de Moçambique
 submetido 
a Divisão de Engenharia
, no curso de
 Licenciatura em Engenharia de Minas no
 âm
bito de avaliação científica da Estudante
 do 
segundo
 ano sob orientação do docente:
Eng. Pedro 
Saca
)
2019
ÍNDICE
ÍNDICE DE FIGURAS………………………………………………………………………….4
I. INTRODUÇÃO	5
II. OBJECTIVOS	6
2.1. Objectivo geral	6
2.2. Objectivos específicos	6
III.METODOLOGIA	7
IV. ORIGEM DO CALCÁRIO	8
4.1. Conceitos Básicos	8
4.2. Origens do Calcário	8
4.2.1. Geologia	10
4.2.2. Formação da Rocha	11
4.2.3. Impurezas do Calcário	11
4.2.4. Compactação	12
4.2.5. Cimentação e recristalização	13
4.2.6. Fracturação	13
4.2.7. Dissolução	13
4.2.8. Alteração Química	14
5. Lavra Processamento	15
5.1. Lavra	15
5.1.1. Processamento	15
5.2. O Calcário e as suas Várias Facetas	16
5.3. O que é a Dolomitização	16
5.4. Qualidade do Calcário	17
5.4.1. Tipos de Calcário	18
5.4.2. Uso do Calcário	18
5.5. Componentes das Rochas Carbonatadas	22
6. ESPECIFICAÇÕES	23
7. Glossario	23
8. Conclusão	25
9. Bibliografia	26
Trabalho em Grupo de Maquinaria 2017
Dimensionamento Estrutural e Funcional das Vias de Transportes com Camiões	
ÍNDICE DE FIGURA
Figura 1: Origem de rocha sedimentar.	12
Figura 2: Calario.	16
Figura 3: converção do calcário numa rocha dolomítica.	17
Figura 4: Fotografia de uma mina de Calcário	23
I. INTRODUÇÃO
Talvez não haja outras rochas com uma variedade de usos tão ampla quanto o calcário e dolomito. Estas rochas são usadas na obtenção de blocos para a indústria da construção, material para agregados, cimento, cal e até rochas ornamentais. As rochas carbonatadas e seus produtos são também usados como: fluxantes; fundentes, matéria-prima para as indústrias de vidro; refratários; carga; agente para remover enxofre, fósforo e outros, na indústria siderúrgica; abrasivos; corretivos de solos; ingredientes em processos químicos, dentre outros. A calcita (CaCO3) é o principal constituinte mineralógico dos calcários e mármores com elevada pureza. O calcário encontrado extensivamente em todos os continentes é extraído de pedreiras ou depósitos que variam em idade, desde o Pré-Cambriano até o Holoceno. As reservas de rochas carbonatadas são grandes e intermináveis, entrementes, a sua ocorrência com elevada pureza corresponde a menos que 10% das reservas de carbonatos lavradas em todo mundo. Nas actividades diárias, é comum o uso de produtos contendo carbonato de cálcio nas mais variadas aplicações, tais como:
· Desde os materiais de construção civil à produção de alimentos;
· Da purificação do ar ao tratamento de esgotos;
· Do refino do açúcar à pasta de dentes;
· Da fabricação de vidros e aço à fabricação de papéis, plásticos, tintas, cerâmica e tantos outros. 
O carbonato de cálcio está sempre presente, desempenhando um papel invisível na maioria dos sectores da indústria moderna. Assim, o calcário, notadamente o calcítico, é de longe a rocha carbonatada mais comum, seguida do dolomito e do mármore, este um produto metamórfico. Essas rochas carbonatadas são também as mais comercializadas em todo mundo. Na classificação mineralógica das rochas calcárias, deve ser considerada a variação nas proporções de calcita, dolomita, bem como dos componentes não-carbonatados. Tal procedimento é útil na descrição da rocha, especialmente quando combinado com os parâmetros de textura, entretanto não se adapta muito bem quando são abordadas aplicações industriais desse bem mineral.
II. OBJECTIVOS
2.1. Objectivo geral
· Conhecer o depósito de calcário de um modo geral
2.2. Objectivos específicos
· Conhecer os principais tipos de depósitos;
· Descrever os principais tipos de variedades de calcários e seu uso;
· Descrever principais impurezas que o calcário contém;
· Conhecer o principal mineral predominante do calcário.
III.METODOLOGIA
Com vista alcançar os resultados credíveis a estudante teve como base de partida a pesquisa bibliográfica nos diferentes sites da internet, mas só foi possível no Google.PT onde foi extraída toda a informação para a produção do presente relatório de pesquisa. 
IV. ORIGEM DO CALCÁRIO 
4.1. Conceitos Básicos
Calcário
Calcário  (do latim calx (gen. calicis)  ou calcário, "cal") é uma rocha sedimentar que contém minerais com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita). Quando o mineral predominante é a dolomita  (CaMg {CO3} 2ou CaCO3•MgCO3) a rocha calcária é denominada calcário dolomítico.
4.1.1. Calcário em Moçambique
As principais impurezas que o calcário contém são as sílicas,  argilas,  fosfatos,  carbonato de magnésio,  gipso,  glauconita,  fluorita,  óxidos de ferro e magnésio,  sulfetos,  siderita,  sulfato de ferro,  dolomita e matéria orgânica, entre outros. 
Em Moçambique, o calcário tem sido explorado como matéria-prima para a indústria de construção (p.ex. na produção de cimentos). Cerca de metade dos calcários e calcários dolomíticos são do Cretácico e Quaternário. Segundo Cílek (1989), nas Formações de Cheringoma (Eocénico) e de Jofane (Miocénico), a sul de Moçambique, ocorrem calcários puros. Os depósitos da área de Chire e de Canxixe-Maringué são reconhecidos como contendo calcários puros de qualidade elevada (Lächelt, 2004). Em termos genéticos, em Moçambique o calcário ocorre em Bacias sedimentares meso-cenozóicas (Lächelt, 2004): 
· Mapulanguene e Massingir, na província de Gaza
· Salamanga, Sábiè e Magude, na província de Maputo; 
· Inharrime, Morrumbene-Homoíne, Jofane e Vilankulo, na província de Inhambane; 
· Rio Save, nas províncias de Inhambane, Sofala e Manica;
· Búzi e Cheringoma, na província de Sofala;
· Nacala, na província de Nampula;
· Pemba e Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado.
4.2. Origens do Calcário
Acredita-se que o calcário já exista há mais de três bilhões de anos, desde o período Pré-Cambriano. Os mares pouco profundos proporcionaram solo fértil ideal para o carbonato de cálcio, que começa a sua vida sob a superfície da água como resultado de um depósito biológico acumulado.
A bio-acumulação de carbonato de cálcio ocorre em águas (de preferência, mares) com 25 a 30ºC de temperatura, que contêm corais, algas e conchas. As águas não podem ser muito profundas, caso contrários os organismos não podem beneficiar-se da luz solar. O ecossistema ideal é os mares tropicais rasos.
Como consequência da deriva continental, os depósitos de carbonato de diferentes eras são agora encontrados em todas as partes do planeta.
 Fig. 1 – origem de rocha sedimentar
Os furacões, correntes fortes e ondas destroem os corais, algas e conchas, num processo de moagem natural. A areia resultante deposita-se no leito oceânico e move-se horizontalmente ao longo do tempo. O processo de criação de calcário a partir destes depósitos demora de milhares a milhões de anos, pois o calcário tem de ser compactado e ainda mais cimentado através da pressão exercida pelos depósitos que existem acima.
Os depósitos estratificados podem ser reconhecidos pelos seus planos de estratificação proeminentes. Os depósitos recifais são distinguíveis pela sua forma em "monte" e pelo tamanho habitualmente maciço da rocha.  
Tal como as montanhas são formadas pelo movimento das placas tectônicas, também os depósitos de carbonato foram transportados do leito oceânico, ou até de ambientes mais profundos, para a superfície da Terra. É um fenômeno que não só os tornou visíveis, como passíveis de serem explorados.  
A formação de carbonatos começou há bilhões de anos e ainda continua a ocorrer nos dias de hoje.
4.2.1. GeologiaO calcário é uma rocha sedimentar originada de material precipitado por agentes químicos e orgânicos. O cálcio é um dos elementos mais comuns, estimado em 3-4% da crosta terrestre, todavia, quando constituinte dos calcários, tem origem nas rochas ígneas. Por meio das actividades de erosão e corrosão, incluindo a solução de ácidos carbônicos ou outros de origem mineral, as rochas são desintegradas e o cálcio em solução é conduzido para o mar por meio da drenagem das águas. Após atingir o oceano, parte do carbonato de cálcio dissolvido precipita-se, em decorrência da sua baixa solubilidade na água marinha. A evaporação e as variações de temperatura podem reduzir o teor de dióxido de carbono contido na água, causando a precipitação do carbonato de cálcio em consequência das condições de saturação. O carbonato de cálcio depositado, segundo esse procedimento, origina um calcário de alta pureza química. Também, por processo químico de deposição, formam-se calcários como: travertino, turfa calcária, estalactites e estalagmites, muito comuns nas cavernas. De longe, a maior parte do calcário existente hoje é de origem orgânica. O cálcio disponível em solução, seguindo a precipitação química, é utilizado por uma variedade de vidas marinhas, tais como: corais, foraminíferos, moluscos e equinodermos, para formar conchas de calcário que se acumulam no fundo mar. Tais estruturas são praticamente de carbonato de cálcio puro e são, frequentemente, encontradas intactas em calcários como greda e marga. Os sedimentos de calcário derivados desse processo podem contaminar-se durante a deposição com materiais argilosos, silicosos ou siltes ferruginosos, que afectam a composição química e a natureza do calcário resultante. O tamanho e a forma das partículas de calcário, decorrentes das condições de pressão, temperatura e acção de solvente, são factores que influenciam as características físicas da rocha. Acredita-se que os calcários magnesianos ou dolomíticos foram formados pela substituição, no próprio calcário calcítico, do cálcio pelo magnésio oriundo de águas com elevado teor de sais de magnésio. Muito embora vários depósitos de dolomita aparentem ter origem na co-precipitação de ambos os carbonatos, a teoria da substituição dos metais ainda é aceita.
4.2.2. Formação da Rocha
Depois da sedimentação inicial, os sedimentos de carbonatos são progressivamente enterrados por novos sedimentos que se sobrepõem. Em termos geológicos, as rochas de calcário e dolomita formam-se a partir de areia e lama através de processos que demoram milhares a milhões de anos para completar.
 Fig. 2 - Calcário
Esses processos são diversificados:
· Compactação
· Cimentação e recristalização
· Fracturação
· Dissolução
· Alteração química
4.2.3. Impurezas do Calcário
As impurezas dos calcários variam muito em tipo e quantidade, entretanto merecem ser examinadas, sob o aspecto econômico, para se verificar se elas afectam a utilidade da rocha. Estas impurezas acompanham o processo de deposição do CaCO3 ou ocorreram em estágios posteriores à deposição. Tais impurezas podem ser factores limitantes ao aproveitamento econômico dos calcários, essencialmente, quando utilizados para fins nobres.
Talvez, a impureza mais comum nas rochas carbonatadas em todo o mundo seja a argila. Os argilominerais – principalmente caulinita, ilita, clorita, smectita e outros tipos micáceos – podem estar disseminados por toda a rocha ou, ainda, concentrados em finos leitos no seu interior. Neste contexto, a alumina, em combinação com a sílica, encontra-se nos calcários sob a forma de argilominerais, embora outros aluminos silicatos, em forma de feldspato e mica, possam ser encontrados. Quando ocorrem em quantidade apreciável, as argilas convertem um calcário de alto cálcio em marga (rocha argilosa). Esse tipo de calcário, quando calcinado, produz cal com propriedades hidráulicas. Calcários contendo entre 5 e 10% de material argiloso produzem cal fracamente hidráulica, entretanto, com uma contaminação entre 15 e 30%, resultam numa cal altamente hidráulica. Outras impurezas silicosas, que não argilominerais, comprometem o aproveitamento econômico do calcário. Assim, a sílica, que ocorre como areia, fragmentos de quartzo e, em estado combinado, como feldspato, mica, talco e serpentinito, produz efeitos nocivos ao calcário. Basta lembrar que os calcários para fins metalúrgicos e químicos devem conter menos que 1% de alumina e 2% de sílica. Igualmente, os compostos de enxofre e fósforo (sulfetos, sulfatos e fosfatos) são impurezas prejudiciais aos calcários. Nas indústrias metalúrgicas são exigidos calcários puros para uso, em geral, como fluxantes, e os teores de enxofre e fósforo não devem ultrapassar os valores de 0,03 e 0,02%, respectivamente.
Os compostos de ferro no calcário são prejudiciais à sua aplicação para vários fins industriais, como: cerâmicas, tintas, papel, plásticos, borracha, além de outros. Na obtenção de cal, essas impurezas, raramente, são prejudiciais, desde que um produto final muito puro não seja exigido. Em geral, os compostos de ferro estão na forma de limonita (hidróxido férrico) e pirita. Hematita, marcasita e outras formas de ferro são encontradas no calcário, porém são atípicas. Os compostos de sódio e potássio são raramente encontrados nos calcários e não constituem objecções ao uso da rocha, salvo se produtos finais com elevada pureza sejam exigidos. Quando presentes em pequenas proporções, estas impurezas podem ser eliminadas durante a queima do calcário. Isso só é válido para o processamento da rocha ao qual está inserida uma etapa de calcinação, como acontece com a obtenção da cal.
4.2.4. Compactação
A compactação reduz significativamente a porosidade dos sedimentos do carbonato que, originalmente, poderia ter sido superior a 50%. Nos carbonatos, a compactação química e mecânica (veja as fotografias abaixo) ocorre simultaneamente, facilitando a cimentação dos sedimentos.
4.2.5. Cimentação e recristalização
A cimentação pode ter início no solo oceânico, mas, geralmente termina durante o processo de enterramento. Os sedimentos moles endurecem progressivamente até formar uma rocha dura. Durante este processo, o carbonato de cálcio é precipitado em poros que também podem ser preenchidos por outras espécies químicas presentes na água (íons).
Em alguns casos, o processo para antes de terminar, o que produz calcário mole.
Um enterramento mais profundo pode conduzir à recristalização total da rocha carbonática. A rocha é progressivamente dissolvida numa escala microscópica. Geralmente, os cristais maiores crescem e destroem todas as estruturas originais, como é o caso dos fósseis. Os geólogos referem-se a esta rocha como "mármore". Ele também pode ser formado quando o calcário entra em contacto com magma vulcânico quente.
4.2.6. Fracturação
Devido aos movimentos das placas tectônicas, é comum ver rochas completamente deformadas na superfície do planeta. Embora, na maioria dos casos, as rochas estejam depositadas em estratos horizontais, eles podem estar inclinados, dobrados ou até fracturados. Este fato pode tornar a mineração selectiva de unidades puras mais difícil e, às vezes, cara demais.
As fracturas nas rochas, sobretudo nos carbonatos, são importantes. Elas permitem que a água entre no sistema que havia sido fechado pela cimentação anterior.
4.2.7. Dissolução
Nos carbonatos, isto pode levar à dissolução da rocha, especialmente as que se encontram perto da superfície terrestre, permitindo o desenvolvimento de cavernas.
Nos depósitos de calcário, estas cavernas costumam estar repletas de material do solo (argila ou areia). Estes materiais são responsáveis pela contaminação extensa da rocha nas plataformas superiores das minas e, em alguns casos, por volumes significativos de "subprodutos da mineração". Estes materiais também explicam uma prática comum na indústria da cal: a lavagem completa das pedras reservadas para calcinação.
4.2.8. Alteração Química
As fracturas também podem introduzir novas impurezas no sistema. Osfluidos utilizam esses caminhos para atingir e reagir com a rocha de carbonato, o que forma uma série de novos minerais: óxidos de ferro e manganês, pirita brilhante ou "ouro dos tolos", fluorita púrpura, entre outros.  
Estes minerais contaminam a rocha de carbonato que então tem de ser descartada quando se produz cal pura.
Nesta fase, também pode surgir dolomita (ver abaixo), o que, por vezes, converte o calcário numa rocha dolomítica útil para a produção de cal dolomítica. Contudo, na maioria dos casos, a dolomita polui o calcário com inclusões de dolomito, tornando as operações de mineração ainda mais complexas.
Fig. 3-converção do calcário numa rocha dolomítica
5. Lavra Processamento 
5.1. Lavra 
A maior parte das minas de calcário são lavradas a céu aberto e chamadas, em todo o mundo, de pedreiras, embora, em muitas áreas, por razões técnicas, ambientais e/ou escala de produção, utilize-se a lavra subterrânea para a produção de calcário. As principais etapas da lavra de calcário a céu aberto incluem: remoção do capeamento, perfuração, desmonte por explosivos e transporte até a usina de processamento. A seleção dos equipamentos vária com a particularidade de cada operação, capacidade de produção, tamanho e forma do depósito, distância de transporte, estimativa da vida útil da mina, localização em relação aos centros urbanos e factores socioeconómicos. Adicionalmente, outros factores são também considerados, como valores dos produtos, condições ambientais e de segurança associadas aos jazimentos. É comum, nas grandes minerações, a terceirização das operações de lavra e transporte do calcário. Todavia, em muitos casos, estas etapas da mineração estão no complexo geral das operações da própria empresa, em especial, para as minas próximas aos centros urbanos. A remoção do capeamento é o elemento-chave no custo da lavra a céu aberto. Para cada operação ou situação, há uma razão estéril/minério economicamente viável. A escala de produção é responsável pela viabilidade econômica de várias minas, cujos produtos inserem baixo valor agregado.
5.1.1. Processamento 
O tratamento das rochas carbonatadas, em particular as calcárias, depende do uso e especificações do produto final. A lavra selectiva, a catação manual, a britagem em estágio unitário e o peneiramento são os métodos usuais para obtenção de produtos, cuja utilização final não requer rígidos controlos de especificações. A obtenção de produtos para aplicações consideradas nobres necessita de um circuito complexo de beneficiamento. Isto acontece quando se busca produtos para as indústrias de: papel, plásticos, tintas, borrachas, entre outras. Nestes casos, exige-se a prática da moagem no caso de haver uma mínima contaminação por ferro. Assim, empregam-se moinhos tipo Raymond e, nos casos mais críticos, utilizam-se moinhos autógeno e/ou de bolas, com revestimentos e meio moedor especiais. A contaminação por ferro responde, directamente, pela queda na alvura dos produtos de rochas carbonatadas, bem como pela diminuição de seu valor agregado. A Flotação, a separação magnética, entre outros, são processos usados para concentração de calcário e/ou remoção das impurezas, quando necessária. Desse modo, são obtidos produtos de carbonato de cálcio, por meios físicos de purificação e/ou beneficiamento, com elevados índices de pureza para atender à necessidade do mercado a que se destina. Tais procedimentos são usados nas etapas de concentração e não de purificação, razão pela qual há, em alguns casos, dificuldades no processo de purificação. O emprego de métodos químicos seria a solução, desde que a prática fosse levada a efeito em meio alcalino. Isso não é comum, pois a maioria dos compostos de ferro é solúvel apenas em meio ácido, sendo, portanto, de difícil aplicação para o caso do calcário. Neste dilema, imputa-se ao especialista o uso cada vez mais racional da criatividade e imaginação para solucionar as questões caso a caso.
5.2. O Calcário e as suas Várias Facetas
O calcário é encontrado em todo o mundo. Como cada depósito tem uma origem bastante específica em termos de escala temporal, todos apresentam características diferentes.
Embora as moléculas que formam estes depósitos sejam sempre as mesmas, o calcário pode desenvolver-se numa variedade de cores com estruturas únicas. Mesmo quando os depósitos estão geograficamente próximos uns dos outros, as diferentes evoluções geológicas podem torná-los muito diversificados. Na França, por exemplo, é possível encontrar calcário duro como rocha a apenas 1.000 km de depósitos de calcário tão moles que podem ser cortados facilmente. Na produção de cal, prefere-se calcário duro.
Veja os exemplos a seguir:
· Rocha amarela da Polônia
· Rocha escura, quase preta, do Brasil  (forma mais pura)
· Calcário com muitos elementos de coral e de concha do período Daniano (oriundo da Dinamarca) que remonta ao período Terciário inicial, ou seja, 62 a 65 milhões de anos atrás, pouco tempo após a extinção dos dinossauros.
5.3. O que é a Dolomitização
A dolomitização é um fenômeno natural através do qual o carbonato de cálcio (CaCO3) é transformado em CaMg (CO3) 2 ou dolomita.
A água do mar, que é naturalmente rica em magnésio (Mg), infunde o calcário com Mg, o que reduz a composição de cálcio em até 50%. Para se tornar dolomita, o calcário tem que passar por este processo várias vezes ou durante um período longo e estável.
Cerca de um quinto das reservas da Lhoist incluem dolomita.
A cal dolomítica, oriunda da calcinação da dolomita, é utilizada na produção de vidro, na indústria do aço e da agricultura, bem como em materiais refratários.
5.4. Qualidade do Calcário
A qualidade do calcário encontrado em qualquer depósito depende da sua evolução ao longo do tempo e do ambiente ao seu redor. Estes factores influenciam a quantidade de minerais que não são carbonatos (impurezas como argila, areia de quartzo, etc.) no sedimento. Quando o calcário atinge a superfície da Terra, pode conter impurezas transportadas por águas pluviais infiltradas. Terramotos e outros fenômenos naturais podem causar o desenvolvimento de fracturas na rocha, permitindo que minerais deletérios a penetrem e nela fiquem para sempre.  
Fig.4 - Fotografia de uma mina de Calcário.
Numa única mina, é possível encontrar camadas de rocha constituídas por qualidades extremamente diferentes de calcário. Também podem ocorrer variações laterais.
A Lhoist utiliza uma ampla gama de rochas encontradas nos nossos depósitos. Nós desenvolvemos vários processos diferentes para criar soluções que acrescentem valor e que beneficiem um grande conjunto de aplicações, fazendo, deste modo, a melhor utilização dos recursos naturais para a preservação do meio ambiente.
5.4.1. Tipos de Calcário
Não existe uma classificação rigorosa aceita para agrupar os tipos de calcários. Entretanto, de forma grosseira, pode-se dividi-los em oito grupos:
· Marga: Quando possui uma quantidade de argila entre 35 e 50%.
· Caliche: Calcário rico em carbonato de cálcio formado em ambientes semi-áridos.
· Tufo: Calcário esponjoso encontrado em águas de fonte devido à precipitação do carbonato de cálcio associado com matéria orgânica resultante da decomposição de vegetais.
· Conquífero: Formado pela acumulação de esqueletos e conchas.
· Giz: Calcário poroso de coloração branca formado pela precipitação de carbonato de cálcio com microorganismos.
· Travertino: São calcários densos encontrados em grutas e cavernas composta por calcite, aragonite e limonite
· Dolomito: Um mineral de Carbonato de cálcio e magnésio
· Recifal: é um calcário de edificação que resulta da fixação de carbonato de cálcio por seres vivos, nomeadamente os corais.
5.4.2. Uso do Calcário
Os principais usos do calcário são:
· Produção de cimento Portland.
· Produção de cal (CaO).
A aplicação do calcário, calcítico ou dolomítico, na composição das massas cerâmicas, fornece ao produto final uma redução nas expansões térmica e por humidade. Segundo Lira et al. (1997), a adição do carbonato de cálcio reduz a expansão, por humidade, doproduto final, quando a massa cerâmica contém caulim e quartzo. O CaO reage com a sílica livre amorfa resultante da queima dos componentes da mistura e forma uma fase cristalina cálcica. Ainda, os mesmos pesquisadores encontraram resultados análogos quando utilizaram carbonato de magnésio, porém com concentrações e temperaturas de queima mais elevadas. Nestas condições há formação de fases cristalinas na forma de alumino silicatos de magnésio, como safirina.
· Correção do pH do solo para a agricultura
O calcário moído e seus produtos, cal virgem e hidratada, escória, dentre outros, são aplicados no solo para corrigir a acidez e promover o crescimento das plantas. Recomenda-se a sua aplicação alguns meses antes do plantio. Assim, a acidez do solo pode ser corrigida antes, permitindo o acesso, pelas plantas, aos nutrientes existentes nos solos. O cálcio, ao reagir com hidrogênio em excesso, diminui a concentração dos íons hidrogênio, elevando o pH do solo. A maior parte do calcário usado para fins agrícolas no Brasil fundamenta-se na aplicação directa do produto no solo. Mesmo assim, produtos, como cal virgem e hidratada, escória, dentre outros, são utilizados na correção da acidez do solo, chegando-se a valores de pH entre 6 e 7, faixa considerada óptima para o cultivo de muitas plantas. O calcário, principalmente o dolomítico, proporciona dois nutrientes importantes para os solos, cálcio e magnésio, como também elementos-traço contidos na rocha calcária. O calcário também neutraliza a acidez gerada pelos fertilizantes nitrogenados, tais como nitrato, amônio e sulfatos, aumentando o cultivo e o conteúdo orgânico do solo. A taxa de aplicação do calcário no solo (kg/m2) depende de muitos factores, entretanto a mais usual inclui-se na faixa entre 0,1 e 0,9 kg/m2 de solo. As especificações do calcário consistem no controlo da sua concentração de CaO e da distribuição granulométrica. Para calcários puros, constatam-se maiores concentrações de CaO na faixa m e, ainda, maior desempenho do granulométrica entre 250 e 140 calcário na correção do solo.
· Fabricação de vidro.
A dolomita e/ou aragonita ocupam o terceiro lugar como insumo básico na fabricação do vidro, depois da areia de quartzo e da barrilha (Na2CO3). Esses produtos podem ser usados como fonte de cal na composição soda-cal-sílica, dependendo do tipo de vidro a ser fabricado. Ademais, a escolha entre os dois produtos depende da disponibilidade, do preço e do teor de magnésio projectado para o vidro. A cal actua como material fundente sobre a areia de quartzo, aumentando a insolubilidade e a resistência, além de reduzir a fragilidade do vidro. A composição da mistura ponderada das matérias-primas para manufactura do vidro (conhecida simplesmente como "mistura") segue um controle especial em função da qualidade do produto final, o vidro. A denominação vidro plano refere-se ao vidro fabricado em folhas planas ou chapas que, posteriormente, podem ser usadas para outros fins, como o vidro automotivo. Na fabricação desses produtos, a dolomita é usada, principalmente, em decorrência de o óxido de magnésio actuar como estabilizador para melhorar a resistência do vidro contra ataques por gases e humidade, tanto de origem química como natural. A dolomita também actua na redução da temperatura de fusão, que aumenta a trabalhabilidade, como também inibe as reações entre o estanho e o vidro no banho de estanho fundido para obtenção de vidros planos.
· Como pedra ornamental.
PEDRAS PRECIOSAS! Este termo evoca imagens de esplendor multicolorido: diamantes, esmeraldas, rubis, safiras, calcário. Calcário? Sim, o humilde calcário é um tipo de pedra preciosa.
Na Bélgica, como na maioria dos lugares, encontra-se calcário em quase toda parte. Ele é usado na construção tanto de casas simples como de suntuosos monumentos. E pode ser encontrado como cascalho, no chão. Precisamente, que material é esse, encontrado em tantos lugares?
O calcário é um tipo de rocha composta de mais de 50 por cento de carbonato de cálcio. Formou-se há muito tempo em resultado de vários processos, que produziram diferentes tipos de calcário. Animais marinhos como moluscos, caracóis e corais extraem carbonato de cálcio da água e o utilizam para fazer suas conchas e ossos. Quando esses animais morrem, sobra o esqueleto. Assim, a Enciclopédia Delta Universal comenta: “A maioria das camadas de calcário em todos os pontos do globo foi, antigamente, areia e lama de concha ou coral.”
O calcário também se forma quando o carbonato de cálcio, que se acha dissolvido em água, é forçado a deixar a solução devido à evaporação da água. Parte se precipita na própria água, acumulando-se em torno de certas fontes, bem como em lagos e oceanos. Sublevações da crosta terrestre fazem com que trechos de terra anteriormente submersos fiquem acima da superfície da água. (Compare com Salmo 104:8.) Assim, há calcário em abundância. Segundo certa estimativa, o calcário representa até 20 por cento de todas as rochas sedimentares. Mas ele também é muito útil.
O giz, ou greda, composto de microscópicos esqueletos de minúsculos animais marinhos, é calcário. Mas o mármore também é. O mármore se forma quando depósitos de calcário são submetidos a calor e pressão por longos períodos. Muitas cavernas famosas, como as cavernas Carlsbad, nos Estados Unidos, têm lindas estalactites e estalagmites calcárias. Estas se formam pelo gotejamento de água que contém carbonato de cálcio.
· Uso do Calcário para a Produção da Cal 
A cal ou óxido de cálcio (CaO) é um produto derivado da calcinação do calcário ou do dolomito. A cal é produzida com base em calcário com elevado teor de cálcio ou de magnésio. Normalmente, o cal com elevado cálcio, tem menos de 5% de MgO. Quando a cal origina-se de um calcário com elevado teor de magnésio, o produto é conhecido por cal dolomítica. Por calcinação entende-se a transformação, por efeito do calor, do carbonato de cálcio em óxido (CaO), chamado de cal ordinária, ou de qualquer outro metal em óxido, aos quais, antigamente, dava-se o nome genérico de cal. Em geral, a calcinação ocorre em temperatura próxima àquela de fusão do material, no caso do calcário, na faixa de 900 a 1.000o C. A fabricação de cal compreende três etapas: preparação da amostra, calcinação e hidratação. Embora a hidratação seja necessária apenas em alguns casos, deve ocorrer em conformidade com o uso do produto final. A etapa de preparação da rocha calcária, para alimentar o forno de calcinação, implica nas operações de lavra, britagem, peneiramento e, algumas vezes, lavagem, visando obter um produto final com menores índices de impurezas. Os procedimentos comuns são adoptados para remoção da sílica, alumina e óxidos de ferro. O fluxograma da Figura 2 ilustra, com detalhes as operações de obtenção de cal. Embora a reacção reversível responsável pela calcinação e recarbonização do calcário seja por demais estudada, além de considerada simples e fundamental, na prática, a calcinação de calcário requer condições operacionais optimizadas para se chegar ao desempenho desejado. Para iniciar o entendimento da calcinação de calcário, é necessário considerar os três factores básicos ligados ao processo, quais sejam: 
I. O calcário deve ser aquecido até a temperatura de dissociação dos carbonatos; 
II. A temperatura mínima de dissociação (bem elevada, na prática) deve ser mantida por um período, em geral, definido de acordo com as impurezas do calcário; 
III. O dióxido de carbono liberado dever ser removido do ambiente de calcinação o mais rápido possível, pois o CO2 liberado percorre uma longa distância no ambiente de calcinação até ser totalmente expelido.
· Uso do Carbonato de Cálcio na Alimentação de Animais 
O calcário calcítico puro e moído é muito usado como fonte de cálcio no suplemento alimentar de animais e aves. Outras fontes de cálcio incluem conchas calcárias e mármores britados. Em ambos os casos, não há uma demanda tão significativa, a exemplo do que acontece com o calcário. O consumo de carbonato de cálcio é sazonal, mesmoassim, há uma taxa média de CaCO3 na alimentação de animais, ligada ao tipo de animal em questão. Por exemplo, para o gado de corte, demanda-se de 1,1 a 1,2% em peso de CaCO3, na composição do bolo alimentar, e, para o frango de corte, essa demanda cresce para 3% de CaCO3. A granulometria do carbonato de cálcio deve estar com m, baixo teor de sílicam e 80% abaixo de 74 95% abaixo de 150 e elevadas restrições aos elementos arsênio e flúor.
5.5. Componentes das Rochas Carbonatadas
As rochas carbonatadas possuem dois tipos de elementos: os aloquímicos e os ortoquímicos.
Os aloquímicos são elementos figurados identificáveis ao microscópio óptico fundamentais nas rochas carbonatadas. Eles de natureza carbonatada de origem quimiogénica ou bioquimiogénica, têm comportamento semelhante aos sedimentos siliciclásticos, sendo formados no interior da bacia. Eles podem ser:
· Bioclastros: partes esqueléticas de vários tipos de invertebrados ou de algas, bem como esqueletos inteiros de indivíduos de pequenas dimensões.
· Oólitos: corpos esferoidais ou elipsoidais geralmente de tamanho inferior a 1 mm. Quando maiores chamam-se pisólitos.
· Pelóides: são corpos carbonatados com tamanhos entre os 0,03 mm e os 0,15 mm. São elipsoidais, esferoidais ou irregulares, sem qualquer arranjo textural interno.
· Intraclastos: são litoclastros carbonatados intrabacinais, removidos e transportados para o local onde integraram o sedimento ou a rocha onde os encontramos.
Estes elementos sofreram transporte e abrasão (arredondamento) por correntes marítimas, selecção de calibres e redeposição, tal como acontece em sedimentos detríticos terrígenos.
Os sedimentos ortoquímicos resultam da precipitação do carbonato de cálcio no próprio local onde se encontra o sedimento ou a rocha que integram. Podem ser de dois tipos:
· Micrite: corresponde ao calcário de textura afanítica, de aspecto baço, translúcido a acastanhado, cujos grãos não ultrapassam o diâmetro de 4 micra. (calcário fundamentalmente formado por micrite: micrito)
· Microesparite: formas de recristalização da micrite com tamanho de 5 a 15 micra.
· Esparite (ou calcite espática): corresponde ao calcário translúcido com mais de 15 micra. (fundamentalmente esparrite: esparrito)
A micrite durante o processo de recristalização pode evoluir para esparrite.
6. ESPECIFICAÇÕES 
As especificações das rochas calcárias variam em função do produto final que se deseja obter. Em geral, tais especificações podem ser físicas ou químicas, no entanto, em alguns casos, incluem-se os dois parâmetros. Especificações físicas, tais como durabilidade e degradação, são mais importantes quando a rocha é usada in natura. O controlo das especificações químicas e físicas torna-se rígido quando o produto é usado, na maioria dos casos, nas indústrias de papel, plástico, tintas, borracha, siderúrgica e, ainda, na obtenção de carbonato de cálcio precipitado, além de outros. O controlo granulométrico e a alvura tornam-se rígidos quando o produto de calcário é usado para fins nobres, como papel, tintas, borracha etc.
7. Glossario
	TERMO
	DESCRIÇÃO
	
	
	AAC
	Concreto Celular Autoclavado, utilizado em construção, também normalmente conhecido como concreto aerado.
	Acidificação
	Redução do pH do solo, cursos de água e lagos.
	Agregados
	Um material granular utilizado em construção. Os agregados naturais mais comuns de origem mineral são a areia, cascalho e rocha britada. (< 95% CaCO3)
	Fertilizar
	Nos processos agrícolas, o cálcio e o magnésio são nutrientes essenciais para as plantas.
	Gesso
	Nome comum do mineral constituído principalmente por sulfato de cálcio completamente hidratado, CaSO4 x 2H2O ou por sulfato de cálcio di-hidratado. O gesso ocorre naturalmente em muitas áreas e é produzido por alguns processos de dessulfuração de gás de combustão (FGD) por via úmida.
	Ponto de fusão
	Temperatura em que um sólido inicia o processo de liquefação.
	
	
	Purificar
	Nos processos de fabricação de aço, a cal calcítica e a cal dolomítica removem as principais impurezas do minério de ferro, principalmente sílica e alumina, reagindo com estes elementos para formar escória líquida. Também removem impurezas menores, como enxofre (S) e fósforo (P).
8. Conclusão
Durante a pesquisa do trabalho, o grupo chegou a concluir que o calcário é ideal para certos usos na construção. Em primeiro lugar, dá bom isolamento a construções. Uma parede de calcário, de 30 centímetros de espessura, mantém constante a temperatura interior mesmo quando a externa varia em até 20 graus Celsius. O volume da parede de pedra faz com que o lado interno permaneça na temperatura média do aposento.
Também ficamos a saber que o calcário também é bom para isolamento acústico. Além disso, corretamente trabalhado, o calcário pode até tornar-se à prova de água. O dióxido de carbono da água da chuva reage com a pedra e forma progressivamente na superfície uma camada protectora à prova de água.
De mais a mais, o calcário é bonito. O famoso Arco do Triunfo, em Paris, é apenas um exemplo duma conhecida estrutura em calcário. Também são dignas de nota as grandes pirâmides do Egipto, construídas com blocos de calcário de até 16 toneladas! O mármore é um tipo de calcário que pode ser polido.
Desde os tempos bíblicos, por exemplo, o homem sabe produzir cal (óxido de cálcio) pela calcinação do calcário. Naquela época, isto era feito queimando-se o calcário em caieiras cônicas ou cilíndricas. A cal era o principal ingrediente da argamassa e era usada no passado como reboco e para caiar paredes e túmulos. - Deuteronômio 27:4; Ezequiel 13:10; Mateus 23:27; Atos 23:3.
A cal ainda se destina a muitos usos importantes. Em alguns países, a água é potável por ser purificada com cal. Água de cal, que contém carbonato de cálcio ou sulfato de cálcio em solução, é uma proteção contra a diarréia. Utiliza-se a cal também para neutralizar a acidez do solo. Ela aumenta a permeabilidade do solo à água e ao ar, o que ajuda na produção de alimentos nutritivos. E a cal é utilizada até na fabricação de açúcar.
Todavia, considerando-se todas as suas utilidades, o calcário é realmente uma pedra preciosa e tanto. Não é diamante, é verdade. Mas que edifício ou monumento já foi construído com diamantes?
9. Bibliografia
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Depósito de Calcário