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– Ética e bioética (med) – ciclo 2 TRAUMATOLOGIA GERAL CONCEITO DE TRAUMA - A atuação de uma energia externa sobre o corpo da pessoa, com intensidade suficiente para provocar desvio da normalidade, com ou sem alteração morfológica. - Pode ser imperceptível, mas pode causar alteração funcional importante. - Pode ser macro ou microscópica REAÇÕES AOS TRAUMAS - Locais - Sistêmicos LESÕES E MORTE POR AÇÃO CONTUNDENTE -> Fenômenos: - Físicos: composição química dos compostos não se altera do início ao fim *Ex.: movimento, calor, eletricidade, pressão e radiação. - Químicos: ocorrem transformações que alteram a composição química dos corpos. - Biológicos: dependem da participação de seres vivos para se realizarem. AGENTES MECÂNICOS - Agentes contundentes: contato por meio de uma superfície *Ex.: soco, cotovelada, martelo, chute. - Instrumentos perfurantes: contato por meio de uma ponta. - Instrumentos cortantes: contato por meio de uma borda aguçada. - Instrumentos perfuro cortantes: por uma ponta e uma borda simultaneamente *Ex: faca - Instrumentos cortocontundentes: por uma borda aguçada, tendo grande massa *Ex: machado - Instrumentos perfurocontundentes: por uma ponta romba AÇÃO CONTUNDENTE - Lesões diretas: ocorridas no local do impacto - Lesões indiretas: lesões em regiões mais ou menos afastadas do local de impacto *Ex.: lesões por contragolpe como hemorragias subaracnóideas e corticais. - Lesões fechadas: a. Rubefação b. Tumefação c. Equimose d. Hematoma e. Bossas sanguínea e serosa f. Entorse g. Luxação h. Fratura i. Roturas viscerais *Hematoma periorbital (sinal de guaxinim) -> sugestivo de fratura de base de crânio *Sinal de Battle -> sugestivo de fratura de base de crânio - Lesões abertas: a. Escoriação - Conforme a profundidade, as escoriações formam crosta sérica (epiderme), serossanguinolenta (derme) ou totalmente sanguinolenta (hipoderme) b. Ferida contusa c. Esmagamentos TRAUMATISMOS CRANIOENCEFÁLICOS (TCE) - Acidentes de trânsito (atropelamentos e colisões), projétil de arma de fogo (PAF) -> 70% destes casos há lesões crânio encefálicas NEUROPATOLOGIA FORENSE - Inspeção externa da cabeça: exame externo deve ser minucioso, a começar pela descrição fisionômica. Faz parte da rotina o relato das características dos cabelos, olhos, presença de n1atcrial estranho nos orifícios externos da face, arcadas dentárias, além de outros sinais significativos para identificação. Lesões violentas, recentes ou antigas devem ser detalhadamente descritos e medidas, bem como as feridas cirúrgicas. Atenção especial deve ser dada ao couro cabeludo que, por vezes, pode mascarar algumas lesões, tais como escoriações, equimoses ou mesmo pequenas feridas produzidas por projéteis de arma de fogo. - Inspeção interna da cabeça: a) retirada do encéfalo b) exame da superfície de corte do encéfalo TCE NÃO CAUSADOS POR PAF - Força estática: terremotos e desabamentos de terra (vibração) - Força dinâmica: a) impulso (inércia) b) impacto direto MUITO IMPORTANTE Soco direto -> sentido anteroposterior (movimento linear de aceleração e desaceleração), causa deformação por tensão Soco cruzado -> sentido angular (movimento rotacional de aceleração e desaceleração), causa deformação por cisalhamento LESÕES CRANIOENCEFÁLICAS - Concussão: quanto se tem o traumatismo, apresenta alterações neurológicas temporárias, mas não fica com sequelas, ou seja, quadro neurológico é completamente revertido - Contusão: ruptura de pequenos vasos da parte profunda do córtex, pode comprometer ou não a substancia branca - Laceração: ruptura de massa encefálica - Fraturas de crânio: a. Línea b. Em dobradiça c. Cominutiva (quebra do osso em vários fragmentos) d. Diastática (separações ocorrem nas junções do crânio) e. Exposta - Hemorragias: a) Hemorragia extradural: o extravasamento de sangue ocorre entre a calota e a dura-máter b) Hemorragia subdural: coleção de sangue está situada entre a dura-máter e a aracnóidea c) Hemorragia subaracnóidea: A infiltração sanguínea pode ser localizada ou difusa, ficando presa no espaço liquórico, ou seja, hemorragia no espaço subaracnóideo d) Hemorragia intraparenquimatosa: sangramento do parênquima, são provocadas, na maioria das vezes, por doenças, mas também podem ser causadas por traumas fechados ou ferimentos penetrantes do crânio d) Hemorragia intraventricular - Lesão axonal difusa (LAD): o principal mecanismo de lesão é a aceleração angular (rotacional) da cabeça, com ou sem impacto. A rotura de fibras axonais e eventualmente dos vasos sanguíneos ocorre preferencialmente pelo cisalhamento. *Cor amarelo acastanhado: lesão de contusão antiga (pelo menos 30 dias) TRAUMATISMOS CAUSADOS POR PAF - Feridas transfixantes: projeteis de alta energia/velocidade *Atravessam totalmente a cabeça *Forma laceração em forma de túnel; *Gera ondas de pressão com expansão tecidual; *Causa herniações importantes; *Projéteis de grande velocidade geram feridas de saída com grande laceração e destruição tecidual, com grande perda de massa encefálica, com formato estrelado, pelo efeito explosivo; *Raramente a vítima chega viva ao hospital. Obs.: Bordas estreladas: borda de saída por tiro de fuzil - Feridas penetrantes: projeteis de média ou baixa energia/velocidade *Causados geralmente por projéteis de baixa velocidade; *Se não incidirem em ossos mais resistentes, se tornam transfixantes; *Causam laceração do parênquima cerebral, com hemorragias intensas, gerando aumento gradual da pressão intracraniana e possivelmente herniações; *Morfologia com três elementos, sendo um canal central de diâmetro igual ou pouco maior que o diâmetro do projétil, ao redor, uma área de necrose e hemorragia, circundada por uma área rósea acinzentada, denominada de zona marginal. SEQUELAS DOS TCE - Disfunção neurológica grave e estado vegetativo; - Epilepsia pós traumática; - Doenças degenerativas; - Lesões de lutadores de boxe -> podem ser agudas ou crônicas (normalmente são LAD) BAROPATIAS -> São alterações provocadas no organismo pela permanência em ambientes de pressão muito baixa ou muito alta, bem como as decorrentes de variações bruscas da pressão ambiental BAROPATIAS POR PERMANENCIA SOB PRESSÕES MUITO BAIXAS - Doença das montanhas a. Forma clássica: doença aguda, chamada de forma benigna -> sintomas: cefaleia na região frontal (moderada a intensa) associada a náusea e vômitos, anorexia sintoma, vertigem *Melhora com hiperventilação e repouso de 2 a 5 dias b. Edema pulmonar das grandes altitudes: doença aguda, quadro respiratório consequente da ascensão súbita a local com baixa atitude (começa de 2 a 3 dias após ascensão) -> sintomas: astenia, dispneia, cianose labial, ausculta pulmonar com crepitações bibasais (liquido nas bases) *Indivíduo deve ser removido para um local de menor altitude c. Edema cerebral: doença aguda, extravasamento de liquido no cérebro -> rebaixamento da consciência, confusão mental, coma, óbito *Indivíduo deve ser removido para um local de menor altitude d. Doença de monge: doença crônica, especifica de indivíduos que moram em ambiente de alta altitude -> sinais e sintomas oriundos de hipertensão pulmonar: unha em aspecto vidro de relógio, baqueteamento digital, lábios enegrecidos, dispneia ao repouso, indivíduo emagrecido - Aspectos periciais: cefaleia, hipertensão pulmonar, confusão mental, lábios enegrecidos, dispneia -> observar contexto do indivíduo (se viajou recentemente para local da alta altitude) BAROPATIAS DECORRENTES DA AÇÃO DE PRESSÕES ALTAS Obs.:lei de boyle-mariotte -> volume pulmonar é normal na altura de 1 atm.; na altura de 2 atm. (↓ 10 m) volume pulmonar é reduzido pela metade - Barotrauma a. Barotrauma auditivo: ruptura da membrana timpânica -> membrana é deslocada para o lado onde a pressão está mais negativa Ex: obstrução na tuba auditiva, membrana desloca para orelha média; obstrução no meato acústico externo, membrana desloca para orelha externa b. Barotrauma sinusal: diferença de pressão no gera uma ruptura do seio -> seio é deslocado para o lado onde a pressão está mais negativa c. Barotrauma dental: expansão dos gases em local de abertura nos dentes d. Barotrauma digestivo: raro, expansão dos gases no trato digestivos e. Barotrauma torácico: é o mais comum, principalmente em mergulhos livres -> hiperextensão causada pelos gases, durante a subida rápida, pode causar a ruptura dos alvéolos - Intoxicação pelos gases hiperbáricos -> quanto maior profundidade, menor o tempo de permanência do individuo naquele local, maior a chance de intoxicação por gases hiperbáricos a. Toxidez do nitrogênio (N²) -> 80m de profundidade, diminuição do senso crítico, loquacidade b. Toxidez do oxigênio (O²) -> pelo aumento de radicais livres pode levar a convulsões c. Toxidez do gás carbônico (CO²) -> acidose respiratória, pessoa não atende as demandas do organismo, taquipneia no intuito de lavar Co2, evolui pra dispneia, com o tempo vai inibindo o centro respiratório (falência respiratória) e indivíduo vai ficando sonolento, bradicardico, pode entrar em coma BAROPATIAS DECORRENTES DE DESCOMPRESSÃO RÁPIDA - Doença de descompressão -> ocorre quando o indivíduo é deslocado de forma súbita de um local de maior pressão para um local de menor pressão. Durante a subida, quando a pressão circundante diminui, pode haver a formação de bolhas (principalmente de nitrogênio). As bolhas de gás liberadas podem aumentar em qualquer tecido e causar sintomas locais, ou podem percorrer a via sanguínea e alcançar órgãos distantes, causando obstrução da microcirculação até romper alvéolos *Tipo 1: envolve articulações, pele, tecido subcutâneo e sistema linfático (linfonodo); é mais leve e costuma não ser fatal -> sintomas benignos: dor nas articulações por isso adota posição de bends (dobra articulação com dor, o que aumenta a pressão e empurra as bolhas que estão causando a dor), prurido generalizado, aumento de linfonodos *Tipo 2: inclui envolvimento neurológico, cardiorrespiratório e medulares, que é grave, às vezes fatal -> sintomas mais graves: *Cardiorrespiratórios: dispneia, taquicardia, crepitações bi-basais *Neurológico: taxia, incoordenação motora, confusão, convulsão *Medula: parestesia de membros inferiores associados a paraplegia - Barotrauma pulmonar (embolia traumática pelo ar) -> ruptura dos alvéolos *2ª causa mais frequente de morte nos mergulhos autônomos Obs.: afogamento é a causa mais frequente de morte nos mergulhos autônomos BAROPATIAS POR EXPLOSÕES -> Patogenia: explosão decorre de uma alteração química em que o material explosivo é transformado muito rapidamente em um grande volume de gases que se expandem de forma violenta. Isso leva a compressão súbita do ar circulante e seu deslocamento a velocidades supersônicas. Há uma onda de aumento da pressão ao redor do foco. Quando passa esse aumento de pressão, há uma queda que é tão intensa que torna a pressão negativa (subatmosferica). Isso gera um deslocamento do ar proporcional à intensidade da explosão. - Lesões por blast primário -> lesão provocada pela onda de choque, ou seja, a propagação do som através do meio onde se deu a explosão. a. Lesão do aparelho auditivo b. Lesão pulmonar c. Lesão do tubo digestivo Obs.: hipótese de Ho - Lesões por blast secundário -> lesão provocada pelos fragmentos, destroços, estilhaços - Lesões por blast terciário -> lesão provocada pelo deslocamento (arremesso) do individuo - Lesões por blast quaternário -> lesão provocada por outros fatores que não encaixam nos outros blasts *Amputações - Lesões por blast quinário -> estado hiper inflamatório persistente que evolui com sudorese intensa hipertermia e retenção hídrica LESÕES E MORTE POR AÇÃO ELÉTRICA ELETRICIDADE INDUSTRIAL (ELETROPLESSÃO) -> Ação da eletricidade sobre os seres vivos - Ação luminosa -> geralmente não provoca lesões Obs.: nos soldadores sem epi adequado pode provocar lesão - Ação elétrica -> forma campo e corrente elétricos (corrente elétrica percorre o corpo do indivíduo) *Fibrilação ventricular -> corrente elétrica provoca dessincronização do coração *Outros efeitos: a intensidade da contração muscular depende da intensidade da corrente. Pode levar a contração muscular tão intensa que leva a ruptura do musculo. Pode também produzir fraturas ou luxações - Ação térmica *Efeito joule = ação térmica da corrente (marca elétrica) -> lesão enegrecida *Lesões por arcos voltaicos - Complicações das lesões pela eletricidade: *Por queimaduras *Distúrbios do psiquismo: depressão, alterações cognitivas, distúrbios de estresse pós-traumático, eletricistas rendem menos quando se acidentam e fica difícil reabilitar no trabalho e readaptar na família *Neurológicas: eletroperfuração -> espasmos musculares violentos, convulsões, perdas súbitas de consciência. *Dos órgãos dos sentidos: catarata tardia e ceratite *Osteoarticulares: amputações *Viscerais: insuficiência renal - Mecanismos de morte pela eletroplessão: a. Parada respiratória central b. Parada respiratória periférica c. Parada cardíaca d. Hemorragia tardia - Prevenção de acidentes elétricos: 1. Proteção e isolamento dos condutores 2. Treinamento do técnico encarregado de obras e reparos em instalações elétricas 3. Interposição, no circuito de sensores capazes de interromper a corrente assim que houver qualquer perda de potencial por outros contatos da rede com a terra ELETRICIDADE NATURAL (FULGURAÇÃO) - Lesões e morte por fulguração: *Lesões cutâneas: queimaduras de forma e profundidade variadas *Outras lesões: audição (por blast primário gerado pelo raio, do lado que ele caiu - lesão timpano), visão e sistema nervoso - Mecanismos de morte: amputações, queimaduras graves, paradas respiratórias, parada cardíaca por assistolia - Prevenção: instalação de para-raios nas construções e nas torres ABORTO -> Eliminação de um concepto com menos de 500 gramas e até 22 semanas de gestação - Aborto seguro: realizado por profissional capacitado, material adequado e local adequado - Aborto não seguro: realizado por profissional capacitado, material inadequado e local inadequado - Aborto nada seguro: realizado por profissional não capacitado, material inadequado e local inadequado -> Em países com abortos legalizados, tem maior número de abortos seguros. Já em países que criminalizam o aborto, tem maior número de abortos não seguros *Para reduzir o número de abortos realizados, no geral, deve ser inserido educação sexual LESÕES E MORTE POR AÇÃO TÉRMICA AJUSTE DA TEMPERATURA CORPORAL - Sensores: por onde recebemos as informações - respondem à estímulos de aumento ou baixa de temperatura - Centros reguladores: feixes de fibras ascendentes da medula que levam os impulsos nervosos dos sensores periféricos até o sistema nervoso central, na área pré-óptica do hipotálamo *Dopaminérgicos: neurônios que estimulam a diminuição da temperatura; *Serotoninérgicos: neurônios que estimulam o aumento da temperatura (pessoas que usam fluoxetina - serotoninérgico- podem referir sensação de aumento da temperatura, sentem mais calor) - Efetores: processos orientados para a correção dos desvios da Tc para realização de ajustes fisiológicos - Mecanismos de quedada temperatura: *Irradiação 60% (raios infravermelhos – aparelhos de patrulha de fronteiras) *Condução 15% (contato direto - ar) *Convexão (quando um fluido se desloca sobre a pele – ventilador se tar<tpele) *Evaporação (vasodilatação e sudorese) - Mecanismos de aumento da temperatura: vasoconstrição, aumento da pressão arterial; piloereção, aumento do metabolismo (via TSH) AÇÃO DO CALOR DIFUSO -> Vasodilatação favorece a migração de líquidos para o meio - Aclimatação: pessoa que mora em local frio, quando vai para local quente, sente sonolência, inchaço, fadiga - Miliária: o RN nasce com pouco tecido adiposo, portanto deve-se aquecer o RN, principalmente sua cabeça; Cerca de 1 mês depois, adquire tecido adiposo, e ao continuar aquecendo a criança, ela começa a suar muito. A miliária ocorre devido a obstrução dos ductos glandulares pelo suor aquecido - Síncope: vasodilatação intensa, hipotensão, falta irrigação no cérebro - Câimbras: decorrente de uma hiponatremia, lembrar que o sódio é fundamental para a contração muscular - Exaustão térmica: descompensação inicial dos dos mecanismos de termorregulação → astenia, sudorese profunda, palidez, mialgia. NÃO HÁ SINTOMAS NEUROLÓGICOS -> Insolação: há sintomas neurológicos - Insolação indireta: paciente já tem um problema prévio, como insuficiência cardíaca, seu DC é insuficiente para suprir a demanda, com o calor faz vasodilatação, o que prejudica mais ainda o DC - Insolação direta: não há nenhuma condição prévia, é a fase final da descompensação dos mecanismos de termorregulação. *Quadro clínico: temp. retal > 41ºC (alguns autores consideram 39, 39,5ºC), distúrbios mentais (irritabilidade, delírios, alucinações) e neurológicos (incoordenação, convulsões, coma), taquicardia e taquipneia, PA normal ou baixa. *Forma clássica: Geralmente em idosos ou acamados, cessação da sudorese, instalação lenta. Pode ter CIVD. *Relacionada a atividade fisica intensa: associa-se também a rabdomiólise, mioglobinúria que leva à insuficiência renal. Obs.: insolação → pode acarretar rabdomiúria em casos de exercício físico intenso AÇÃO LOCAL DO CALOR (QUEIMADURAS) - Produção de dano: resposta vascular e/ou celular - Reação geral às queimaduras - Classificação das queimaduras: *Superficiais (1º grau): vermelhidão, dor local, sensibilidade ao toque, aparência úmida, destruição de células superficiais da epiderme, não deixa cicatriz *Parciais (2º grau): superficiais e profundas => ambas regeneram, mas deixam cicatriz Superficial: dor absurda, aparência lacrimejante, tem presença de flictenas (bolhas), hiperemia, vermelhidão Profunda: hiperemia, exsudato, aparência esbranquiçadas, vermelhidão, rubor, dor intensa, não tem ou muito pouca presença de flictenas (bolhas), aparência úmida *Totais (3º grau): destroem todos os planos da pele, inclusive os anexos cutâneos e a vascularização => aparência seca, não tem dor, aparência em couro/“tostada” ou esbranquiçadas - Aspectos periciais *Diagnóstico do agente térmico e da gravidade *Prognóstico quanto à vida - Mecanismos de morte dos grandes queimados *A causa mais precoce de morte é a intoxicação por monóxido de carbono *Geralmente é por desidratação e sepse AÇÃO DO FRIO DIFUSO - HIPOTERMIA - Classificação e aspectos clínicos da hipotermia: *Hipotermia = Tc <35ºC medida no reto ou esôfago - Outras alterações causadas pelo frio difuso: sequelas neurológicas, cárdicas, isquemias - Mortalidade: tempo de exposição, quantidade de tecido adiposo, gravidade das alterações - Fenômeno da queda subsequente ou afterdrop: queda ainda maior da Tc quando se começa a reaquecer a vítima, mas após algum tempo a Tc começa a subir - Métodos de reaquecimento: soro aquecido, cobertor elétrico e aparelho de calefação - Hipotermia induzida (terapêutica) = esquema terapêutico clinico ou cirúrgico -> ex: transplantes AÇÃO LOCAL DO FRIO - Patogenia: lesões isquemicas locais *Lesões superficiais 1º grau: atinge epiderme -> vermelhidão *Lesões superficiais 2º grau: camada basal da derme -> lesões bolhosas *Lesões profundas 3º grau: hipoderme -> indolores, pálidas *Lesões profundas 4º grau: necrose
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