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Trauma: Causas, Prevenção e Tratamento

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Trauma 
Habilidades Básicas 
 Principal causa de morte entre 1 e 44 anos 
 
DISTRIBUIÇÃO TRIMODAL DE TRAUMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1° pico (50% dos óbitos) 
o Segundos a minutos após, por lesões graves e de difícil tratamento. 
o Ruptura de aorta, hipóxia grave... 
o Prevenção primária é a melhor conduta 
 
2° pico (30% dos óbitos) 
o Nas primeiras horas após o evento 
o Hipóxia, sangramento, hematoma epidural, ruptura de baço, fígado, 
fratura pélvica 
o Evitável por atendimento inicial adequado 
 
3° pico (20% dos óbitos) 
o De dias a semanas após o evento, por complicações sistêmicas 
o Síndrome de angustia respiratória aguda, sepse, insuficiência renal 
 
CONCEITO DE TRAUMA 
 
Evento nocivo que advém da liberação de formas específicas de energia ou barreiras 
físicas ao fluxo normal de energia 
 
o Energia mecânica – colisão de automóveis 
o Energia química – produtos de limpeza em contato com crianças 
o Energia térmica – incêndios 
o Energia por irradiação solar – queimaduras solar 
o Energia elétrica – choque 
 
PREVENÇÃO AO TRAUMA 
 
 Trauma = abordagem de saúde pública 
 
Estratégia dos três E’s 
o Implementação de estratégias 
 Educação – crianças sabendo da importância do cinto 
o Informação a um público-alvo 
 Execução – blitz 
o Poder e lei 
 Engenharia – ex: carros mais seguros 
 
 
Hospedeiro: criança 
 
Agente: piscina 
 
Ambiente: porta aberta e pai distraído 
 
Fases Fatores do 
hospedeiro 
Fatores do agente Fatores do ambiente 
Pré-
evento 
↳ Visão do 
motorista 
↳ Consumo de 
álcool 
↳ Experiência e 
raciocínio 
↳ Extensão da 
viagem 
↳ Nível de 
fadiga 
↳ Adesão ás 
leis de trânsito 
↳ Manutenção dos 
freios, pneus, 
↳ Equipamento 
defeituoso 
↳ Centro de 
gravidade 
↳ Velocidade da 
viagem 
↳ Facilidade do 
controlo 
↳ Programa de 
inspeção dos 
veículos 
↳ Obstáculos a visibilidade 
↳ Curvatura e inclinação da 
estrada 
↳ Coeficiente de atrito da 
superfície 
↳ Acostamentos estreitos 
↳ Sinalizações de trânsito 
↳ Limites de velocidade 
↳ Condições de tempo 
↳ Atitudes em relação ao 
álcool 
↳ Leis relacionadas com 
motoristas deficientes 
↳ Apoio para iniciativas na 
prevenção de traumas 
↳ Estradas usadas para 
atividades recreativas 
primárias 
Evento ↳ Uso de cinto 
↳ Osteoporose 
↳ Limiar do 
trauma 
↳ Ejeção 
↳ Capacidade de 
velocidade 
↳ Tamanho do 
veículo 
Itens automáticos de 
contenção 
↳ Superfícies de 
contato duras e 
cortantes 
↳ Barra de direção 
↳ Falta de grades ou muretas 
de proteção 
↳ Grades ou muretas entre 
pistas 
↳ Distância entre a estrada e 
objetos imóveis 
↳ Limites de velocidade 
↳ Trânsito na direção oposta 
↳ Atitudes sobre o uso de 
cinto 
Leis sobre uso de cinto 
↳ Cumprimento das leis 
sobre assento de segurança 
para crianças 
↳ Leis de uso de capacete 
para o motociclista 
Pós-
evento 
↳ Idade 
↳ Condições 
físicas 
↳ Tipo ou 
gravidade do 
trauma 
↳ 
Conhecimento 
dos primeiros 
socorros 
↳ Integridade do 
sistema de 
combustível 
↳ Encarceramento 
 
↳ Sistema de comunicação de 
emergência 
↳ Distância e qualidade do 
SME 
↳ Treinamento do SME 
↳ Disponibilidade de 
equipamento de retirada 
rápida 
↳ Apoio para os sistemas de 
cuidados de trauma 
↳ Programa de reabilitação 
 
PENSAMENTO CRÍTICO 
 
1. Avaliação 
o Segurança do local, necessidade de recursos... 
2. Análise 
o O que foi passado para mim, condiz com a situação? 
3. Construção de um plano 
4. Ação 
o Atendimento em si 
5. Reavaliação 
o Sempre reavaliando o paciente até a chegada ao hospital 
6. Alterações ao longo de caminho 
 
BIOMECÂNICA DO TRAUMA 
 
Três tipos de impacto. Ex: 
1. Objetos - Do carro contra a moto 
2. Corpo X Automóvel - Dos ocupantes do carro contra o próprio veiculo 
3. Órgãos internos 
 
 Queda de alturas – somente dois impactos (1 e 3) 
 
TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA 
 
 Densidade 
o Quanto mais denso for o tecido, maior será a quantidade de 
energia trocada (ex: concreto x areia da praia) 
 Área de contato 
o Faca x bola de baseball 
 Cavitações: 
o Temporárias – murro (superfície muito grande, não é 
suficientemente tensa para romper o tecido) 
o Permanentes - arma de fogo (gera cavitação temporária quando 
passa pelos tecidos, assim como uma cavitação permanente pelo 
rompimento das fibras) 
 
COLISÕES AUTOMOBILÍSTICAS 
 
 Pacientes críticos e potencialmente críticos só podem passar no máximo 10 
MINUTOS no local da lesão 
 
COLISÃO FRONTAL 
 Duas trajetórias 
o Por cima 
 Ao bater cabeça no parabrisa -> Lesão de 
partes moles, couro cabeludo, lesão ocular 
 Cabeça segura no teto mas corpo continua 
indo -> lesões da coluna cervical 
 Colisão do tórax no volante -> fraturas de 
costelas (cada uma sangra 125 ml), 
hemotórax, pneumotórax, 
hemopneumotórax, contusão pulmonar, 
contusão miocárdica 
 Colisão do abdômen -> aumento súbito da pressão intrabdominal levando a uma 
pressão arterial sistólica retrógada de até 800 mmHg, fazendo com que possa 
levar a uma ruptura valvar aórtica. Além disso, pode-se gerar ruptura 
diafragmática e herniação das vísceras para cavidade torácica 
 Rompimento de vísceras ocas levam e derramento de seus conteúdos na 
cavidade abdominal levam a peritonite e rompimento de vísceras sólidas se 
rompem gerando sangramento abundante. 
 
o Por baixo 
 Mesmas lesões de face, tórax e abdômen 
 Fêmur bate no painel do automóvel, levando ou a 
fratura de diástase de fêmur ou luxação da cabeça 
do fêmur para região posterior do acetábulo 
 A colisão do joelho no painel leva a ruptura da 
artéria poplítea -> sempre verificar pulsos 
palpiteiros e pulsos pediosos bilaterais 
 
Como verificar se lesão foi por baixo? Parte de baixo do 
volante amassado, destruição da parte inferior do painel... 
 
COLISÃO POSTERIOR 
Carro da frente parado ou mais devagar que o 
de trás 
 Veículo-projétil (veículo rápido) 
 Veículo-alvo (veículo lento) 
 
COLISÃO LATERAL 
 Lesões 
 Coluna cervical 
 Cabeça 
 Pescoço 
 Clavícula 
 Tórax 
 Abdome e pelve 
o Lesão pélvica - > pode sangrar de 1l a todo o sangue do 
corpo 
 
 
ROTACIONAL 
 Combinação das colisões frontal e lateral 
 Mais graves nas vítimas perto do ponto de impacto 
 Instabilidade do veículo 
 
CAPOTAMENTO 
 Pode-se esperar completamente tudo 
 
COLISÕES DE MOTO 
 Arremessamento - muito cuidado com trauma fechado de tórax e abdômen 
 Pode-se esperar qualquer tipo de lesão 
 Na hora da colisão, o motociclista bate o fêmur no guidão da moto, podendo ter 
já de início a fratura de um ou de ambos os fêmures 
o Cada fêmur fraturado sangra de 1l a 2l 
ATROPELAMENTO 
 Adultos 
o Tende a se jogar por cima do capô 
 Crianças 
o Arrastada pela frente do carro 
o Levada para baixo do carro ou do pneu do carro 
QUEDA 
 Altura da queda 
 Superfície sobre a qual caiu 
 Parte do corpo que bateu primeiro 
 
EXPLOSÕES 
 Onda de explosões – até 5000m/s 
o Capaz de amputar braços e pernas 
o Explosão de grande parte dos vasos internos, vasos 
intracerebrais e órgãos 
 Superpressão da explosão 
 Redução à pressão ambiental 
 Vácuo 
 
Categoria Características 
Primária Ruptura timpânica, explosão dos pulmões, lesões oculares, 
concussão 
Secundária Lesões penetrantes, amputações traumáticas, lacerações 
Terciária Lesões contundentes, síndrome do esmagamento, síndrome de 
comparimentação 
Quaternária Queimaduras, lesões por inalação de gases tóxicos, lesão por 
contaminação ambiental 
Quinaria Lesões por bactérias e radiação 
 
AVALIAÇÃO 
 Primeiramente olhar para o macro 
o Macro: o que realmente está acontecendo? 
o Micro: vítimas 
 
QUESTÕES DE SEGURANÇA 
 Condições climáticas/ iluminação 
 Design das autoestradas 
 Estratégias para minimizar incidentes 
o Número adequado de socorristas 
o Posicionamento dos carros 
 
TEMPO RESPOSTA 
 Tempo entre a ligação até a chegada ao local e da chegada ao local até ohospital 
 “Demora” para chegar 
 Avaliação na ambulância 
 Atitudes hostis 
 
REGRAS DE SEGURANÇA 
 Fique fora 
 Retire-se do local 
 Quebre tensão 
 Defenda-se 
 
PRECAUÇÕES PADRÃO 
 EPI – macacão, bota, luva... 
O PACIENTE 
 
 Não importa o quão grave esteja o paciente, deve-se sempre seguir o 
guideline – ABCDE primário e secundário 
 
 Em pacientes críticos sempre será feito unicamente o ABCDE primário 
o Só poderão passar no máximo 10 MINUTOS no local 
 Em pacientes não críticos será feito ABCDE primário e secundário 
 
Airway – abrir via aérea com proteção da coluna cervical 
Breathing – respiração e ventilação 
Circulation – circulação e controle de hemorragia 
Disability – avaliação neurológica 
Exposure / Environmental – exposição do paciente e controle da hipotermia 
 
OBS: X – Contenção de hemorragia externa grave 
o Vem antes do A em casos de pacientes com sangramentos extensos 
 Um está ligado ao outros -> O B é consequência do A, e assim por diante 
 
X – EXANGUINAÇÃO 
 
 Em situações em que o paciente tem uma perda sanguínea grande, deve-se 
imediatamente conter a hemorragia. 
 ABC do controle do sangramento: Alert 191, Bleeding, Compress. 
 
 
A – VIAS AÉREAS 
 
→ Se a via aérea estiver comprometida, deverá ser aberta (jaw trust), ao passo que 
outra pessoa deve estabilizar a cervical. 
 Garantir via aérea pérvia; 
 Imobilizar a coluna com colar cervical 
 
Obs: antes de colocar o colar, deve palpar o pescoço posteriormente 
(dor/crepitação) e anteriormente (laceração/turgência jugular). Sempre é inserido 
pela direita e sua medição é feita do ângulo da mandíbula ao trapézio. 
 
 
B – RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO 
 
→ Análise da respiração, exposição do tórax do paciente. Em todo paciente 
traumatizado deve ser administrado oxigênio suplementar. 
• Ventilação anormal: o tórax deve ser exposto, observado e palpado 
rapidamente (ausculta e percussão; ápice-ápice e base-base) 
 
 Hipóxia: ventilação inadequada aos pulmões. É a principal causa de agitação em 
uma vítima de trauma. 
 Pneumotórax hipertensivo, tórax instável com contusão pulmonar, hemotórax 
maciço ou pneumotórax aberto 
 Síndrome de Mendelson: broncoaspiração (pneumonia bacteriana) 
 
Frequência respiratória 
 Apneia: Paciente não está ventilando; 
 
 Lenta: <10 irpm (bradpneia); 
o Deve auxiliar ou assumir uma respiração com dispositivo de 
máscara com válvula e balão; 
o Pode indicar isquemia cerebral; 
o Uma saturação >90% deve ser garantida. 
 
 Normal: 10-20 irpm (eupneico); 
o Embora o paciente esteja estável, deve ofertar oxigênio 
suplementar. 
 
 Rápida: 20-30 irpm (taquipneia); 
o O paciente deve ser observado para ver se está melhorando ou 
piorando; 
o Uma frequência rápida indica que não há aporte suficiente de 
oxigênio no tecido corporal; 
o O estímulo para aumentar a frequência ventilatória é o acúmulo de 
CO2 ou diminuição de O2 sanguíneo. 
 Anormalmente rápida: >30 irpm (taquipneia); 
o Ventilação com oxigênio suplementar deve ser aplicada 
imediatamente; 
o Indica hipóxia, metabolismo anaeróbico ou acidose. 
 
 
C - CIRCULAÇÃO 
 Sangramento capilar 
 Sangramento venoso 
 Sangramento arterial 
 
Regra do 1H e 3P: 
• Hemorragia externa identificada e controlada: Capilar, venosa ou 
arterial (de difícil controle); 
• Pulso radial bilateral: Se o radial estiver ausente, vai para o pulso 
central e, se ambos estiverem ausentes, segue BLS; 
• Pele: Avaliar cor, temperatura e umidade; 
o Inspecionar a cavidade abdominal: tórax escavado ou 
globoso (se estiver globoso é sinal de sangramento interno); 
o Palpação da bacia: se no primeiro movimento ouvir 
crepitação ou o paciente gritar de dor supõe-se que há uma 
fratura de pelve. Deve-se estabilizar com lençol em 
movimento de serrote e depois colocar o torniquete. 
• Preenchimento capilar <2s 
 
Ciladas 
 Crianças – demora muito para descompensar, porém, descompensa 
muito rápido 
 Gestante – podem perder até 30% de sangue antes de entrar em estado 
hipovolêmico. Em contrapartida, devido à perda de sangue, o feto pode 
entrar em estado de acidose e hipóxia fetal por hipoperfusão 
uteroplacentária 
 Idosos – descompensa muito fácil 
 Atletas – funciona como as crianças 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
 
 Oxigenação diminuída: hipóxia/ hipoperfusão 
o Muito comum em crianças 
 Lesão do SNC 
o Trauma craniano... 
 Intoxicação 
o Por álcool, por substâncias químicas, substâncias ilícitas... 
 Distúrbios metabólicos 
o Diabetes.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPOSIÇÃO 
 
 A parte mais grave pode ser escondida 
 Evitar hipotermia 
 Melhor local de fazer exposição é já dentro da ambulância 
 Depois de expor, aquecer a vitima 
 
 
 
 
 
 
REALIZAÇÃO DA INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, PERCUSSÃO E AUSCULTA 
 
Normalmente ocorrem na letra “B”, porém, começando na letra “A” com palpação do 
pescoço antes da colocada do colar cervical 
• Inspeção do tórax a procura de escoriações, lacerações, ferimentos 
abertos, assimetria de expansão, movimento paradoxal (adução anormal 
das pregas vocais durante a respiração), aumento da frequência 
respiratória; 
• Palpação em busca de deformidades ósseas e de partes moles, pontos 
dolorosos. Palpar o pescoço posteriormente (dor/crepitação) e 
anteriormente (laceração/turgência jugular) 
• Percussão auxilia na identificação de hemotórax, pneumotórax; 
• Ausculta de avaliação do trauma: comparação entre HTD e HTE (ápice, 
ápice, base, base). Obs: ausculta de pós intubação: epigástrio, base 
esquerda, base direita, ápice direito, ápice esquerdo, epigástrio; 
 
 
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
 
Apenas em pacientes não críticos. 
 Feita após o térmico da avaliação primária com identificação e TTO de todas as 
lesões que colocam a vida do paciente em risco e início da reanimação. 
 Tem como objetivo identificar as lesões e problemas que não foram 
encontrados na primária. Com uma avaliação primária bem feita, com a 
identificação de todas as condições com risco à vida, a avaliação secundária 
irá tratar de problemas de menor gravidade. 
• Ver: hemorragia interna/externa, tecidos moles, observar tudo o 
que não parecer correto 
• Ouvir: ruídos respiratórios, sons anormais 
• Sentir: avaliar todas as regiões do corpo, observar qualquer 
achado anormal 
• Exame neurológico detalhado 
 
 História 
 Exame Físico: “da cabeça aos pés” 
 “Tubos e dedos em todos os orifícios” 
 Exame neurológico completo 
 Testes diagnósticos especiais 
 Reavaliação 
 
HISTÓRIA 
A - Alergia Alergia 
M - Medicações 
P - Passado médico 
L - Líquidos e alimentos ingeridos 
A - Ambientes e eventos relacionados com trauma 
 
CABEÇA 
 Exame neurológico completo 
 Determinação da E.C.Glasgow 
 Amplo exame dos olhos/ouvidos 
 Paciente inconsciente 
 Edema periorbital CUIDADO ! 
 Oclusão do canal auditivo 
 
MAXILOFACIAL 
 Crepitação / instabilidade óssea 
 Palpação de deformidades 
 Potencial obstrução da via aérea 
 Fratura do platô cribiforme CUIDADO ! 
 Lesões frequentemente esquecidas 
 
COLUNA CERVICAL 
 Palpação de sensibilidade local 
 Exame motor / sensitivo completo 
 Reflexos 
 Raio X da coluna cervical 
 
 
PESCOÇO (partes moles) 
 Mecanismo: fechado x penetrante 
 Sintomas: obstrução de vias aéreas / rouquidão 
 Achados: Crepitação, hematoma, estridor. 
 Sintomas / sinais tardios 
 Obstrução progressiva da via aérea CUIDADO ! 
 Lesões ocultas 
 
TÓRAX 
 Inspeção 
 Palpação 
 Percussão 
 Ausculta 
 Raio X 
 
ABDOMEN 
 Inspeção 
 Palpação 
 Percussão 
 Ausculta 
 Reavaliação Frequente 
 
Estudos especiais 
 Lesão retroperitoneal e víscera oca 
 Manipulação pélvica excessiva 
 Períneo: Contusões, hematomas lascerações, sangue uretral 
 Reto: Tonus esfincteriano, elevação da próstata, fratura pélvica, 
integridade da parede do reto,sangue 
 Vagina: sangue , lascerações 
 Cuidado: Lesão uretral em mulher, gravidez 
 
MUSCULOESQUELÉTICO 
Extremidades 
 Contusão, deformidade 
 Dor 
 Perfusão 
 Estado neurovascular periférico 
 Raio X se necessário 
 
Pelve 
 Dor à palpação 
 Sínfise púbica afastada 
 Comprimento desigual das pernas 
 Instabilidade 
 Raio X se necessário 
 
Cuidado: 
 Perda de sangue potencial 
 Fraturas esquecidas 
 Lesão de tecidos moles e ligamentos 
 Síndrome compartimental oculta (especialmente com alteração LOC / 
hipotensão) 
 
NEUROLÓGICO 
(Coluna / medula ) 
 Exame sensitivo e motor completo 
 Exames de imagem quando indicado 
 Reflexos 
 
Sistema Nervoso Central 
 Reavaliação frequente 
 Prevenir lesão cerebral secundária 
 
 
 
 
Cuidado: 
 Exame sensitivo e motor completo 
 Imobilização Incompleta 
 Súbito aumento da PIC com medidas diag. e terap. 
 Rápida deterioração 
 
REAVALIAÇÃO 
 
• O transporte de doentes traumatizados e gravemente feridos para o hospital 
apropriado mais próximo deve ser feito assim que possível. A menos que haja 
circunstâncias complicadoras, o tempo na cena deve ser limitado a 10 minutos 
ou menos para esses pacientes. 
• Durante o percurso para o hospital, deve-se sempre fazer reavaliação do 
paciente, especialmente se o paciente estiver com alguma lesão grave, pois o 
ele pode descompensar no caminho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trauma Torácico 
 
REVISÃO ANATÔMICA BREVE: 
 
Os pulmões são órgãos elásticos que necessitam de certa “força” para se manterem 
insuflados, caso contrário eles assumem o perfil colabado (pressão intrapulmonar se 
iguala a pressão atmosférica). O mecanismo para impedir que o pulmão colabe é o 
espaço virtual interpleural, folhetos separados pelo líquido pleural. Assim, a pressão 
pleural é o que mantém os pulmões insuflados (normalmente -5cm de água), e 
durante a inspiração, quando a cúpula diafragmática é puxada para baixo, a pressão 
tende a ficar mais negativa (-7,5 cm de água) permitindo assim a expansibilidade do 
tórax (ou seja, em todo tempo a pressão é negativa) 
 
LESÕES ESPECÍFICAS DO TRAUMA TORÁCICO 
 
1. Fratura de costela 
 
Cada costela fraturada sangra em média 125 ml 
• Alta intensidade de energia cinética para fratura de costela 
• Crianças tem maior elasticidade do arcabouço ósseo, de forma que 
podem sofrer trauma torácico de altíssima intensidade sem fratura de 
costela, mas com lesões intratorácicas gravíssimas 
• O trauma de costelas gera muita dor, sendo fator limitante para a 
expansividade/amplitude respiratória (respiração limitada pela dor) 
 
Volume minuto = FR x Volume corrente 
FR = entre 14 e 20 irpm 
Volume corrente: cerca de 500 ml na inspiração normal 
 
• O volume corrente cai drasticamente em fratura de costela (cerca de 
100 ml) 
o Como mecanismo compensatório, há aumento da frequência 
respiratória 
o 100 ml de ar não chega a preencher nem o espaço morto 
anatômico, de forma que o paciente entra em quadro de 
hipóxia. 
o Conduta: resgate respiratório com uma ventilação a cada 5 
a 6 segundos 
• Fratura de 1a e 2a costela: trauma gravíssimo, 30% dos óbitos são por 
lesões associadas e 5% por secção de grandes vasos, como aorta (não 
é muito frequente) 
• As costelas mais comumente fraturadas são entre a 3a e a 8a, em sua 
face lateral. 
o Lesões associadas: (parte + importante das fraturas) 
 Contusão pulmonar 
 Laceração de artérias e veias intercostais 
 Hemotórax 
 Pneumotórax 
 Hemorragias 
 
→ Avaliação da fratura de costelas: 
- Dor à palpação ou movimento 
- Crepitação óssea 
- Costelas inferiores podem levar a lesões abdominais em fígado, baço e rim 
- Paciente vai apresentar fácies de dor, respiração rápida e superficial, podendo 
estar assimétrica ou simétrica 
 
 
 
 
 
 
 
2. Tórax instável ou retalho costal móvel 
 
 É um impacto de altíssima intensidade no esterno ou na parede lateral 
do tórax fazendo com que aconteça a fratura de pelo menos duas ou 
mais costelas adjacentes, cada uma com pelo menos dois pontos de 
fratura 
 
 Característico de respiração paradoxal: a pressão pleural fica -7,5 mm 
de água, na inspiração o tórax afunda e na expiração o tórax sofre 
abaulamento 
 
Lembrar: máscara de hudson em pacientes com respiração estável, não vai ser 
utilizada nesse tipo de paciente 
 
→ Consequências do tórax instável: 
 Hemotórax, pneumotórax, hemopneumotórax, contusão miocárdica, ruptura de 
esôfago ... 
 Diminuição da capacidade vital (volume máximo de ar expirado com esforço 
máximo); 
 Aumento no trabalho da respiração; 
 Dor, limitação da expansão torácica; 
 Laceração de tecidos (caso atinja a parede alveolar, prejudica diretamente a 
hematose); 
 Contusão pulmonar abaixo do segmento instável (comum e potencialmente 
fatal, pode ter manifestação apenas de 8 a 24 horas após o trauma, é um 
hematoma de pulmão); 
o Contusão pulmonar → sangramento intersticial e alveoar → 
espessamento da camada alvéolo-capilar → ↓hematose → 
↓ oxigenação 
o Baixa complacência pulmonar 
o Paciente com fome de ar = fica sufocando com o uso da máscara 
de Hudson → paciente crítico 
 
Conclusão: paciente extremamente crítico! 
 
→ Tratamento para tórax instável 
a) Deve-se realizar um balanço hídrico controlado, já que todo cristalóide 
intravenoso, após uma hora da aplicação, se distribui a seguinte forma: 
 1⁄3 se mantém intravascular 
 2⁄3 se tornam intersticiais → risco de edema → ↓hematose 
Em relação ao tórax instável, pode intensificar edema pulmonar. Conduta: controlar e 
reduzir reidratação para evitar edema 
 
b) Garantir oxigenação adequada (SaO2>95%), por máscaras faciais com balão e 
reservatório de oxigênio (ambu) 
 
c) Intubação endotraqueal caso seja necessário 
 
3. Pneumotórax simples 
 
 A pressão intratorácica se iguala à pressão atmosférica e o pulmão fica 
colado (murcho). 
 Mecanismo do saco de papel →puxar o ar antes do acidente →explosão 
pulmonar 
 No pneumotórax simples, a quantidade de ar que entra no espaço pleural 
é pequena. Pode ser causado por: 
 Lesão na parede pulmonar 
 Lesão no parênquima pulmonar → saco de papel 
* Ou ambas 
 Blebs: bolhas presentes em alguma patologias que se 
localizam no parênquima pulmonar e que quando rompem 
podem gerar um pneumotórax simples 
! Paciente não precisa ser drenado imediatamente no pneumotórax simples; 
 
OBS: O colabamento do pulmão se dá a partir das extremidades em direção ao centro 
 
→ Sintomas 
 Dor (em fratura de costela) 
 Pode ser assimétrica 
 Bradipneia 
 Ausculta pode estar diminuída ou ausente na região afetada 
 
4. Pneumotórax aberto 
 
Normalmente causado por ferimentos penetrantes (arma de fogo, arma branca, 
objetos empalados, colisões, quedas). 
 
Características das lesões do pneumotórax aberto: 
- Pequenas (fecham sozinhas) 
- Maiores (ficam abertas) 
- Lesões com válvula (ficam abertas na inspiração, mas na expiração 
fecham impedindo a saída do ar) → evolução rápida para pneumotórax 
hipertensivo 
 
OBS: Pneumotórax hipertensivo é emergência médica absoluta 
 
→ Tratamento 
- Realiza-se um curativo de três pontas mantendo a região inferior livre, permitindo 
que o ar intratorácico saia para o meio externo, mas que o ar do meio externo não 
entre 
- Se paciente tiver lesão do parênquima e a ventilação for feita de maneira 
inadequada, pode haver a passagem de ar para o espaço pleural e desencadear um 
pneumotórax hipertensivo (“ambuzando”) 
 ↳ Retira curativo para igualar pressões e depois coloca novamente 
 
Pressões entre os folhetos pleurais 
 Normal: -5 a -7,5 mm de água 
 Lesão de parede torácica ou parênquima pulmonar: 0 mm de água 
 Ventilação com pressão positiva: +5,+10, +100, provocando o 
pneumotórax hipertensivo 
 
5. Pneumotórax hipertensivo 
 
 Emergência médica (risco de morte). 
 
 Mecanismo: 
o Válvula unidirecional na cavidade torácica (ar entra na 
inspiração e não sai na expiração); 
o Lesão parenquimatosa; 
 Acúmulo de ar no espaço pleural em ambos os 
mecanismos 
o Mediastino começa a ser deslocado contralateralmente, 
comprimindo o pulmão saudável e o mediastino (repercussão 
cardiopulmonar) 
o As veias cava superior e inferior podem ser torcidas e 
comprimidas (prejuízo da fração de ejeção e atividade elétrica 
sem pulso). 
 
→ Sintomas 
 Taquipneia 
 Dificuldade de respiração 
 Respiração assimétrica 
 Ausculta: abolida 
 Percussão: som hipertimpânico 
 
Diagnóstico de pneumotórax hipertensivo é puramente clínico e não radiológico 
 
 
 
 
 
 
→ Tratamento de pneumotórax hipertensivo 
Diminuir a pressão no espaço pleural. 
Tratamento de emergência: pode-se fazer uso de jelco 14, que é o mais calibroso no 
5o espaço intercostal da linha axilar média. Forma-se um pneumotórax aberto e o ar 
sai. Assim, mediastino volta a posição de base, pulmão contralateral é 
descomprimido, veia cava e artéria aorta voltam à posição anatômica, etc 
Tratamento final: drenagem torácica com selo de água em ambiente intra hospitalar 
 
SINAIS PRECOCES SINAIS EVOLUTIVOS SINAIS TARDIOS 
Múrmuro vesicular 
diminuído ou ausente 
Enfisema subcutâneo 
Dificuldade aumentada 
para ventilar (aumento 
da pressão entre 
folhetos pleurais 
dificulta a fluidez do ar) 
Distensão de veias jugulares 
(cava superior rotacionou e 
fluxo está interrompido) 
Piora progressiva da 
taquicardia 
Desvio da traquéia 
Piora progressiva da 
dispneia 
Ausculta em hipertimpanismo 
Sinal de hipóxia aguda 
Diminuição da pressão do 
pulso (aorta rotacionada) 
Outros sinais de choque cada 
vez mais grave 
 
6. Hemotórax 
 
Cada hemitórax adulto pode acumular de 2500 a 3000 ml de sangue de cada lado; 
 Sangue no espaço pleural 
 Várias fontes de sangramento: vasos intercostais, grandes vasos, 
pulmão e seus vasos, etc 
 Pode se apresentar como hemotórax simples (o comum) ou com 
pneumotórax hipertensivo associado (raro) 
 
→ Sintomas 
 Ausculta ausente na região do hemotórax 
 Percussão maciça 
Diferença diagnóstica entre pneumotórax e hemotórax pode ser clínica 
 
→ Tratamento hemotórax 
Diminuir a quantidade de sangue no espaço pleural. 
 Oferecer oxigênio (ventilação assistida com máscara facial dotada de 
balão com válvula unidirecional) 
 Intubação endotraqueal 
 Reposição volêmica 
 Transporte rápido 
 Tratamento final: drenagem torácica com selo de água em ambiente 
intra hospitalar 
 
7. Tamponamento pericárdico 
 
Pericárdio: membrana resistente, fibrosa, flexível mas inelástica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presença de líquidos no mediastino (sangue ou outros líquidos) 
Causas: 
 Trauma fechado 
 Trauma penetrante 
 Ruptura ou penetração do miocárdio 
 
A cada sístole realizada pelo músculo cardíaco há aumento da ejeção de sangue para 
o pericárdio, de modo a atrapalhar o relaxamento da diástole. Em determinado 
momento o coração perde completamente o espaço de contração e relaxamento, 
gerando uma PCR por atividade elétrica sem pulso 
 
→ Avaliação 
 Lesão torácica pode ser o único achado; 
 Choque; 
 Adulto pode ter acúmulo de 200ml a 300ml de sangue antes de 
acontecer o tamponamento cardíaco; 
 Aumento da frequência cardíaca; 
 Diferença de pressão sistólica e diastólica diminui com a evolução; 
 Pressão arterial baixa já que o coração não gera débito cardíaco; 
 Diminuição ou desaparecimento do pulso radial na inspiração; 
 Pulso paradoxal; 
 Ausculta normal no HTD e no HTE, na ausculta cardíaca apresenta bulhas 
abafadas; 
 
Tríade de beck: MUITO IMPORTANTE!!! 
1. Pressão venosa elevada: sangue não retorna para o coração, pode gerar 
distensão jugular) 
2. Abafamento das bulhas cardíacas: achados da ausculta 
3. Choque: sinais como hipotensão arterial 
a. (Hipertensão venosa e hipotensão arterial) 
 
→ Tratamento 
 Oxigenação adequada 
 Transporte rápido para hospital apropriado 
 Acesso venoso com reanimação volêmica 
Tratamento de emergência: pericardiocentese 
Tratamento definitivo: janela pericárdica (intervenção cirúrgica) 
 remoção e interrupção do sangramento 
 
8. Comoção cardíaca (concussão) 
 
 Paciente sofre impacto na região anterior do tórax → PCR súbita, após 
impacto chega a dar um ou dois passos e cai; 
 
 Pode gerar onda R sobrepondo onda T → PCR por fibrilação ventricular 
ou BRE com supra de ST 
 
 Tratamento: RCP → mau prognóstico (cerca de 15% sobrevivem) 
 
9. Ruptura de aorta 
 
 Lesão por cisalhamento; 
 Desaceleração rápida; 
 Coração e arco aórtico movem-se rapidamente anterior ou 
lateralmente; (aorta descendente é fixa) 
 Lesão mais frequente: porção distal do arco aórtico (aorta 
descendente); 
 80% a 90% morrem devido exsanguinação para o espaço pleural; 
o 1⁄3 morrem em 6 horas; 
o 1⁄3 morrem em 24 horas; 
o 1⁄3 final sobrevive 3 dias ou mais (poucos dias, normalmente 
é fatal); 
 Diagnóstico difícil, é necessário conhecimento da cinética do trauma 
para identificação rápida; 
 
 Paciente apresenta sinais gravíssimos de choque incompatíveis com 
grau de lesão que apresenta 
 
→ Tratamento 
 ABCDE 
 Suporte ventilatório 
 Transporte ventilatório e comunicação prévia 
 
 
 
 
 
 
10. Ruptura de traqueia e brônquios (fístula broncopleural) 
 
Fístula broncopleural corresponde à comunicação anormal entre os brônquios e a 
pleura, identificada por meio de sinais e sintomas apresentados pela pessoa e 
exames de imagem 
Mecanismos de lesão: 
 Trauma fechado; 
 Trauma penetrante; 
 
Ventilação assistida piora a condição do paciente 
 
11. Máscara equimótica (asfixia traumática) 
 
 Compressão da caixa torácica ou da parte alta do abdome → trauma 
com grande energia 
 
 Aumento brusco da pressão dos vasos intratorácicos com possibilidade 
de romper veias que drenam para veia cava superior 
 
 Lesão da traqueia, brônquios, esôfago, grandes vasos... 
 
→ Sintomas 
 Cianose no pescoço e parte superior do tórax 
 Congestão ou hemorragia conjuntival 
Obs: lembrar que costela de criança é flexível, nem sempre vai fraturar 
 
12. Ruptura diafragmática 
 
 Pode ser causado por aumento da pressão intra abdominal, por exemplo, 
em colisões, causando ruptura do diafragma e passagem de vísceras 
abdominais para o tórax 
 
→ Sintomas 
 Ausculta alterada: presença de ruídos hidroaéreos para região de 
murmúrio vesicular; 
 Escavação abdominal pela ausência de vísceras; 
 
Toracotomia de reanimação 
 
 Abertura do tórax para realização da RCP diretamente no músculo 
cardíaco 
 
 Indicação: trauma torácico penetrante e ritmo cardíaco precisa ser 
atividade elétrica sem pulso. IMPORTANTE!!1 
 
Após abrir o tórax: 
 Evacuação de sangue no caso pericárdico 
 Controle de hemorragias 
 Massagem cardíaca aberta 
 Clampeamento de aorta descendente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trauma Abdominal 
 
No abdômen anterior são comuns as lesões de vísceras ocas (derramam seu 
conteúdo para cavidade abdominal) 
Os flancos e o dorso possuem um melhor arcabouço muscular, o que permite melhor 
proteção para região 
Região do dorso possui muitas vísceras que se localizam no retroperitônio (rins, 
porção de intestinos) → difícil de diagnosticar com lavado peritoneal e ultrassom 
A cavidade pélvica também possui importantes vísceras como bexiga, reto, órgãos 
internos femininos 
 
A análise da transição tóraco abdominal deve ser atentamente analisada pela 
possibilidade de atingir os dois segmentos. (linha transmamilar e infraescapular) 
 
Quando suspeitar de lesão abdominal e pélvica? 
 Trauma fechado: analisar velocidade, ponto deimpacto, intrusão, 
intensidade da intrusão 
 Ferimentos penetrantes: tipo de arma (branca ou de fogo), distância em 
que o projétil foi emitido, número e local de ferimentos 
 Obs: cintos de segurança e air-bags podem provocar lesão na cavidade 
abdominal 
 
TRAUMA ABDOMINAL FECHADO 
 
Análise da biomecânica e da cinética do trauma: 
 Grau de intrusão da porta 
 Grau de intrusão do teto no capotamento 
 Distância de ejeção 
 Órgãos provavelmente atingidos 
 Lesões de cisalhamento 
- Baço (40% a 55% das vezes) 
- Fígado (35% a 45% da vezes) 
- Intestino delgado (5% a 10% das vezes) 
→ 15% dos pacientes, na laparotomia, vão apresentar lesões retroperitoneais 
 
O trauma fechado normalmente causa aumento da pressão intra-abdominal pode 
levar a ruptura diafragmática e herniação das vísceras abdominais para o tórax 
 
TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE 
 
Arma branca e projéteis de baixa velocidade normalmente só causam ferimentos em 
corte ou lacerações 
 
Projéteis de alta velocidade normalmente rompem a continuidade fisiológica e 
causam lesões ao longo do trajeto 
 
→Ferimentos por arma branca 
 Fígado 40% 
 Intestino delgado 30% 
 Diafragma 20% 
 Cólon 15% 
 
→ Ferimentos por arma de fogo 
 Intestino delgado 50% 
 Cólon 40% 
 Fígado 30% 
 Estruturas vasculares 25% 
 
Em paciente estável pode ser feito um raio X posicionando um clipe no orifício de 
entrada e um clipe no orifício de saída, de forma que o raio X esclareça o ponto de 
entrada e saída e esclarece o trajeto do projétil 
 
 
No trauma penetrante o diafragma pode mudar de posição, da seguinte forma: 
 Anteriormente até o 4o espaço intercostal 
 Lateralmente até o 6o espaço intercostal 
 Posteriormente até o 8o espaço intercostal 
 
Componente crítico para trauma → hemorragias ocultas 
 
Para localizadas, é importante ter conhecimento: 
 Da cinética do trauma 
 Diagnósticos difíceis 
 Se foi trauma fechado ou penetrante 
 Se houveram grandes perdas de sangue 
 
(obs: traumas em ambientes de chuva o sangue pode ser lavado e o socorrista 
perder a noção real da quantidade de sangue perdida) 
 
FISIOPATOLOGIA DO TRAUMA ABDOMINAL 
 
Órgãos sólidos lesionados causam sangramento e causam hipocalemia primária ou 
secundária 
Órgãos ocos derramam seu conteúdo dentro do abdômen (peritonite, sepse) 
 
OBS: urina, sangue e bile são estéreis, não provocam peritonite 
 
AVALIAÇÃO DO TRAUMA ABDOMINAL 
 
 Verificar se o mecanismo do trauma é compatível com desaceleração rápida 
(cisalhamento) e compressão significativa (atinge órgãos, aumento da pressão 
intra abdominal) 
 Verificar deformidades em volante para averiguar se o trauma foi com 
deslocamento para cima ou para baixo 
 Analisar partes de lesões moles 
 Analisar se o choque é maior do que o esperado para aquele perfil traumático 
 Inspecionar sinal do cinto de segurança 
 Localizar sinais de irritação peritoneal 
 
Um indicador para sangramento intra abdominal é paciente que entra em choque de 
maneira inexplicada, é preciso realizar investigação 
 
Deve-se realizar sequência padrão de avaliação para todo sistema: inspeção, 
palpação, percussão e ausculta 
 
INSPEÇÃO 
Exame secundário: 
Abdome examinado de maneira mais detalhada (procura por lacerações, contusões, 
feridas penetrantes corpos empalados) 
 
Sinal de Grey-Turner e Cullen: indicam sangramento retroperitoneal (equimose 
periumbilical e lateral) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinal do cinto de segurança: indica força significativa exercida no abdome 
 
 
 
 
 
 
Avaliar formato do abdome: 
 Globoso (pode indicar hemorragia, liberação de conteúdo intra visceral) 
 Plano 
 Escavado (ruptura de diafragma e herniação do conteúdo para o tórax) 
 Distensão: hemorragia interna, distinção de estômago 
Obs: atenção a obesos e gestantes 
 
PALPAÇÃO: 
 
Defesa voluntária: relacionada a dor e pode acontecer antes do toque 
Defesa involuntária: sinal de peritonite 
Obs: descompressões bruscas na palpação podem levar ao ressangramento 
 
Exame da bacia 
1. Pressionar cristas ilíacas para trás 
2. Pressionar cristas ilíacas para dentro 
3. Pressionar sínfise púbica para trás 
 
→ Qualquer instabilidade, crepitação ou resposta de dor interromper a palpação, 
tendo em vista que é grande indicativo de lesão ou deslocamento (fazer manobra de 
estabilização em serrote com lençol) 
 
Fatores que comprometem o exame abdominal: 
 Álcool e outras drogas, lesão cerebral ou medular, trauma de costelas, 
coluna ou pelve 
 Obs: a lesão abdominal não percebida pode ser causa de morte evitável 
e examinar a estabilidade da bacia excessivamente pode piorar a lesão 
 
Tipos de fratura de pelve: 
Em livro aberto: comum em pacientes vítimas de 
atropelamento, ejeção de moto, quedas de 3,6m de altura 
 
 
Compressão lateral: comum em vítimas de trauma 
automobilístico 
 
 
Cisalhamento vertical: comum em quedas de grande altura 
com rompimentos de diversos ligamentos 
 
 
 
AUSCULTA 
Confirmar presença ou ausência de ruídos hidroaéreos. Ausência não é diagnóstico 
de lesão intra abdominal e a ausculta não tem muito significado clínico 
Não perder tempo realizando → não muda tratamento pré hospitalar 
 
PERCUSSÃO 
Não muda tratamento pré hospitalar 
 
INDICADORES DE LESÃO ABDOMINAL 
 
 Sinais óbvios de trauma 
 Sinais de choque hipovolêmico sem causa aparente 
 Grau de choque maior do que o esperado por outras lesões 
 Presença de sinais de peritonite 
 Mecanismo da lesão favorável a trauma abdominal 
 
Exame de uretra, períneo e reto 
Fazem parte do protocolo de BLS e ACLS, inspeção deve ser feita na letra “E” do 
ABCDE e sempre garantir a privacidade do paciente de trauma 
 Sangramento no meato uretral (impossibilita, por exemplo, a passagem 
de sondas), indicativo de sangramento visceral; 
 Paciente com sangramento uretral e bexigoma pode ser feito punção 
suprapúbica para drenar a urina; 
 Equimose ou hematoma no escroto e períneo; 
 Teste de tônus do esfincter anal (toque retal), ausência fala a favor de 
trauma raquimedular; 
 Deslocamento da próstata; 
 Lesões de glúteo (causa comum de lesão intra-abdominal significativa - 
50%); 
 
AVALIAÇÃO ULTRA-SONOGRÁFICA DIRECIONADA AO TRAUMA (FAST) 
 Não é recomendado como rotina no pré-hospitalar 
 Analisa três incidências na cavidade (procura de líquido como sangue e 
conteúdo gastrintestinal) → maior utilidade de uso no ambiente cirúrgico 
 Técnica: quatro janelas acústicas para avaliar a cavidade peritoneal 
 
1. Janela pericárdica 
2. Janela peri-hepática 
3. Janela periesplênica 
4. Janela pélvica 
 
A presença de líquido em qualquer uma dessas cavidades já é indicativo de 
laparotomia 
 
Vantagens: 
 Feito rapidamente 
 Pode ser feita a beira do leito 
 Não interfere na reanimação 
 Mais barata que TC 
 
Desvantagens: 
 Operador-dependente (depende da qualificação de quem manuseia o 
aparelho) 
 Comprometimento em paciente obeso 
 Comprometimento em paciente com enfisema subcutâneo (massa de ar 
atrapalhando a qualidade do exame) 
 Comprometimento em paciente com cirurgia abdominal prévia 
 
Lesões de retroperitônio podem não serem vistas no ultrassom FAST e nem no lavado 
peritoneal diagnóstico, apontando um falso negativo 
 
O monitoramento da diurese horária é fundamental em pacientes vítimas de trauma. 
 Valores normais 
o Adulto: acima de 0,5ml/hora/kg de peso 
o Criança acima de 1 anos: acima de 1ml/hora/kg de peso 
o Criança menor de 1 ano: acima de 2ml/hora/kg de peso 
 
TRATAMENTO DO TRAUMA ABDOMINAL 
 
- Reconhecimento precoce da possível lesão ainda no local de atendimento 
- Anormalidades das funções vitais no exame primário 
- Inicio de transporte rápido 
 
LESÕES CAUSADAS POR CINTO DE SEGURANÇA 
 
Cinto de dois pontos: 
 Esgarçamento ou avulsão (extração) do mesentério, 
 Ruptura do delgado ou trombose das artériasilíacas, 
 Trombose da aorta abdominal 
Cinto de três pontos: 
 Ruptura de vísceras do abdome superior por compressão 
 
QUAIS PACIENTES TÊM INDICAÇÃO CIRÚRGICA? 
 
Indicações de laparotomia em trauma fechado: 
 Hemodinamicamente instável (sinais de choque) 
 Presença de pneumoperitônio 
 Lesões de diafragma (percebido na letra B, presença de ruído 
hidroaéreo na cavidade torácica) 
 Peritonite 
 FAST, LPD (lavado peritoneal diagnóstico) ou TC positivos 
Indicação de laparotomia em trauma penetrante: 
 Hemodinamicamente instável 
 Pneumoperitônio 
 Peritonite 
 FAST, LPD (lavado peritoneal diagnóstico) ou TC positivos 
 Evisceração 
Obs: maioria dos casos serão cirúrgicos 
 
ARMADILHAS: 
 Demora no controle de hemorragia abdominal ou pélvica 
 Lesões intra-abdominais/retroperitoneais ocultas 
 Ferimentos de dorso e de flanco 
 Manipulação repetida da pelve 
 Lesão de medula/ alteração do sensório 
 Enfaixamento pélvico mal colocado 
 Necrose da pele pelo enfaixamento pélvico (muito difícil de acontecer) 
 
OBJETOS ENCRAVADOS 
 
Deve estabilizar e remoção ser feita apenas no ambiente intra hospitalar 
(extremidades podem estar controlando sangramentos) 
 
EVISCERAÇÃO 
 
Saída de uma ou mais vísceras para fora da cavidade abdominal através de uma 
ferida operatória ou traumática. 
 Mais frequente: omento (epíplon) 
 Não se deve colocar o órgão de volta para a cavidade abdominal 
 Realizar proteção com compressas estéreis e um dias 
 Fazer curativo para garantir proteção e estabilidade térmica 
 Transporte rápido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Choque 
 
O choque é um estado de hipoperfusão de órgãos, com resultante disfunção celular, 
comprometendo funções metabólicas e morte. 
↳ Incapacidade do sistema circulatório de fornecer nutrientes e O2 aos 
tecidos de forma satisfatória 
 
Hipotensão não é diagnóstico de choque! A hipotensão só será vista em choque 
descompensado. 
 
Determinantes da oferta de O2 
Do2 = DC x CaO2 
 Cao2 = 1,34 x Hb x SaO2 (uma hemoglobina 100% saturada transporta 
1,34 ml de O2) 
 Cao2 é concentração de oxigênio no sangue arterial 
 
→ Variáveis que interferem no débito cardíaco 
FC rápida: diminuição do tempo diastólico, enchimento coronariano no ventrículo 
esquerdo diminui, diminuição da fração de ejeção 
Pré-carga: volume de sangue que chega ao ventrículo esquerdo para ser ejetado 
(pode ser prejudicada por episódios hemorrágicos, ascite, desidratação) 
Pós-carga: força necessária para ejeção de sangue do ventrículo esquerdo 
(aumentada em aumento da resistência periférica, vasoplegia) 
Contratilidade miocárdica 
 
Obs: 4 Ds da morte, indicação de tratamento emergencial 
 Dispneia 
 Dor torácica 
 Diminuição da PA 
 Diminuição do nível de consciência 
 
→ Classificação do choque 
1. Hipovolêmico 
 Hemorrágico (mais comum) 
 Desidratação 
 Sequestro de líquidos (ascite) 
 
2. Distributivo (vasogênico) → alteração do tônus vascular 
 Sepse 
 Anafilaxia 
 Neurogênico 
 
3. Cardiogênico intrínseco 
 Falência ventricular esquerda 
 Infarto agudo do miocárdio 
 Arritmias 
 
4. Cardiogênico extrínseco/obstrutivo 
 Tamponamento cardíaco 
 Pneumotórax hipertensivo 
 Embolia pulmonar 
 
Causa mais comum de choque no trauma: hemorragia 
 
Sensibilidade dos órgãos a falta de o2: 
 
CORAÇÃO 4-6 MIN 
CÉREBRO 4-6 MIN 
PULMÕES 4-6 MIN 
RINS 45-60 MIN 
FÍGADO, TGI 45-60 MIN 
MÚSCULOS 4-6 HORAS 
OSSOS 4-6 HORAS 
PELE 4-6 HORAS 
 
 
 
PRINCÍPIO DE FICK: 
 
 Expressa relação entre o débito cardíaco, o consumo de oxigênio a 
diferença no conteúdo de oxigênio do sangue arterial e venoso misto 
Q = VO2 / CaO2 – CvO2 
 
 O coração leva sangue desde artérias calibrosas (como a aorta) até as 
arteríolas. Logicamente, a concentração de oxigênio que chega aos 
vasos de menor calibre é inferior a presente nos vasos de maior calibre 
 
 A medida que o DC diminui, o consumo de O2 celular é mantido pelo 
aumento da extração de O2 a nível tecidual (mecanismo compensatório) 
 
No choque: 
 Diminuição na oferta de O2 → hipóxia celular → Metabolismo 
anaeróbio → produção de ácido lático (acidose metabólica) → Dano 
celular e infuncionalidade de bombas celulares 
o Entrada de sódio, água e saída de potássio, ácido lático 
 Hipercalemia (excesso de potássio) 
 Edema (diminuição de sódio) 
 ↓PH → sistemas enzimáticos e membranas lisossômicas rompem-se 
→ autodigestão → morte celular → falência de múltiplos órgãos 
 
ALTERAÇÕES MICROCIRCULATÓRIAS (3 FASES): 
 
1. Fase de enchimento plasmático: (reversível) diminuição da pressão 
hidrostática (força que o líquido exerce contra a parede do vaso), de 
maneira compensatória há aumento da pressão coloidosmótica. Fase 
isquêmica do choque: no momento do trauma há um reflexo para 
vasoconstrição periférica para manter a irrigação central em órgãos 
nobres. 
 
2. Fase de estagnação (irreversível): diminuição do pH pela morte celular, 
causando relaxamento dos esfíncteres pré-capilares e pós capilares 
contraídos, de modo a acumular metabolitos no ponto periférico. 
 
3. Fase de depuração (Washout, irreversível): relaxamento de esfíncter pré 
e pós capilar, de modo que os metabólitos celulares atingem a 
circulação central, normalmente leva a óbito. 
 
1. CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 
 Desequilíbrio do volume de líquidos 
 Tipo de mais comum de choque no trauma 
 Menor volume sanguíneo → constrição dos vasos → metabolismo 
anaeróbico → manutenção da PA (mecanismos compensatórios) 
 
Paciente pode estar com PA estável e em choque! Redução da PA é choque 
descompensado e risco de morte 
 
O choque hipovolêmico é dividido em quatro classes: 
 
Classe 1: 
Perda de até 15% do volume circulante (750ml), do ponto de vista hemodinâmico há 
pouco impacto fisiológico 
 Poucas manifestações clínicas 
 Taquicardia mínima 
 PA, FR, débito urinário e pulso não se alteram 
 Mecanismo de compensação restauram o volume circulante 
o EX: bomba de aldoesterona para retenção de na+, 
vasoconstrição ... 
 Ativação do sistema renina angiotensina (retenção de Na+ e eliminação 
de K+ e H+) 
 Reanimação intravenosa com fluidos 
 
ACESSO VENOSOS COM CRISTALOIDES 
Classe 2: 
Perda de 15% a 30% do volume circulante (750ml a 1500ml) 
 Adultos ativam mecanismo compensatório pelo sistema nervoso 
simpático 
 Aumento da Fc (>100 bpm) 
 Aumento da FR (20 a 30 irpm) 
 Pressão de pulso diminuída 
 Débito urinário reduzido a 20 - 30 ml/h 
 Maioria responde bem a reposição com cristaloides 
 
ACESSO VENOSOS COM CRISTALOIDES 
 
Classe 3: 
Perda de 30% a 40% (1500ml a 2000ml) 
Já é um choque descompensado! Risco de morte 
 Há descompensação e evidentes sinais de choque 
 Hipotensão 
 Taquicardia (> 120 bpm) 
 Taquipneia (30 a 40 irpm) 
 Ansiedade e ou confusão acentuadas (rebaixamento do nível de 
consciência) 
 Débito urinária (5 a 15 ml/h) → só é mensurado no ambiente intra-
hospitalar (sonda), excelente indicador de resposta volêmica e o mais 
precoce 
 
REPOSIÇÃO COM CRISTALÓIDE E SANGUE 
 
Obs: a maioria necessita de intervenção cirúrgica! 
 
Classe 4: 
Paciente perdeu mais de 40% do volume sanguíneo (>2000ml) 
Choque grave 
 Taquicardia acentuada (>140 bpm) 
 Taquipneia acentuada (> 35 irpm) 
 Confusão grave, letargia 
 PAS < 60 mmHg (inferior a 90 mmHg já tem alteração cerebral e renal – 
necrose tubular isquêmica e insuficiência renal permanente) 
 Débito urinário mínimo 
 Necessidade de controle imediato da hemorragia 
 
REANIMAÇÃO AGRESSIVA, CRISTALÓIDES, SANGUE E CIRURGIA! 
 
Lembrar: paciente crítico só deve ficar no máximo 10 minutos no local do trauma, 
realizar ABCDE primário e ser encaminhado para hospital apropriado mais próximo, 
de modo a sempre reavaliar o ABCDE primário durante o transporte. É importante 
comunicar o hospital, antes da chegada,sobre o paciente que vai chegar, a cinética 
do trauma, os achados da avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. CHOQUE DISTRIBUTIVO 
 
Vasoplegia, há aumento do calibre vascular sem aumento proporcional do volume de 
líquido 
 Diminuição da pré carga e do débito cardíaco 
 Hipovolemia relativa: não ocorre de fato desidratação nem perda de 
líquido 
 Sinais e sintomas de choque hipovolêmico 
 Diminuição na resistência ao fluxo 
 Oxigenação tecidual pode ser normal 
 Perda do controle do sistema nervoso (vasodilatação periférica) 
 Liberação de substâncias químicas (vasodilatação periférica) 
 Causas comuns: trauma raquimedular, infecções graves, reação alérgica 
grave (anafilaxia) 
 
3. CHOQUE SÉPTICO 
 
 Infecções graves causam liberação de citocinas e podem danificar as 
paredes dos vasos 
 Causa vasodilatação como parte do processo inflamatório 
 Aumento da permeabilidade capilar 
 Redução da pré-carga 
 Choque séptico é mais raro em atendimento pré-hospitalar 
 
4. CHOQUE CARDIOGÊNICO INTRÍNSECO 
 
Lesão ao músculo cardíaco ou IAM, de modo a reduzir o débito cardíaco. Ciclo vicioso: 
 Diminuição da oxigenação 
 Diminuição da contratilidade 
 Diminuição da perfusão (para os demais órgãos e para o próprio 
coração) 
 Diminuição da oxigenação 
 
5. CHOQUE CARDIOGÊNICO EXTRÍNSECO 
 
Tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo,embolia pulmonar 
 
FALÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS 
 
Decorrente do choque ser sistêmico. Disfunção de um único órgão seguido por vários 
órgãos simultaneamente 
 Na sepse, a falência de múltiplos órgãos é comum 
 Mortalidade elevada conforme os órgãos vão a falência 
 Quatro sistemas em falência a chance de óbito é 100% 
 
TRATAMENTO DO CHOQUE 
 
No atendimento pré-hospitalar e intra hospitalar, realizar o ABCDE do trauma 
 Melhorar oxigenação 
 Suporte ventilatório 
 Controle de hemorragias internas e externas 
 Melhora da circulação 
 Transporte rápido para tratamento definitivo 
Obs: lesões musculoesqueléticas podem causar hemorragias internas significativas 
 
TIPO DE FRATURA PERDA DE SANGUE 
Costela 125 ml 
Rádio ou ulna 250 a 500 ml 
Úmero 500 a 750 ml 
Tíbia ou fíbula 500 a 1000 ml 
Fêmur 1000 a 2000 ml 
Bacia 1000 ml a tudo 
→ Conhecimento importante para classificar o grau do choque 
 
 
HEMORRAGIA EXTERNA 
 
 Vasos seccionados retraem e entram em espasmo 
 Vasos danificados perdem sangue e o tamanho do orifício, de modo que 
múltiplas lesões dificultam a retração e o espasmo 
 
Na amputação dos membros, os vasos sofrem constrição que pode ser mecanismo 
de auxílio na contenção da hemorragia, enquanto no esmagamento, pelas diversas 
lesões no trajeto do vaso, não é possível. 
 Amputação 
 Limpar cuidadosamente com Rt 
 Envolver superfície exposta com gaze estéril umedecida 
 Colocar um saco plástico ao redor 
 Mergulhar em recipiente cheio com gelo moído 
 Transportar a parte amputada junto com o paciente 
 
Obs: uso de torniquete, quando aplicar: 
 Sangramentos abundantes que não podem ser controlados por pressão 
 Fazê-lo na região proximal ao sangramento 
 Força de aplicação suficiente para fluxo arterial 
 Tempo de uso: 120 - 150 minutos 
 
HEMORRAGIA INTERNA 
É importante que na letra C, se verifique “1 h e 3p” 
 Hemorragia, perfusão, pele (temperatura, hidratação), pulso (radial 
bilateral e características) 
 Cuidado no paciente idoso – pode apresentar sinais mesmo sem 
hemorragia 
 
Tratamento 
 Dois acessos venosos periféricos por cateteres curtos e de grosso calibre 
(jelco 14 ou 16) no membro superior → não é ideal fazer central, se o 
periférico falhar faz intraósseo 
o Criança: após 2 tentativas ou 90 segundos → fazer IO 
o Adulto: tentar várias vezes sem sucesso → Fazer IO 
Kit de acesso intraósseo é caro, muitos locais ainda não o possuem e por isso fazem 
o acesso central 
o Pode ser utilizado por até 24 horas e pode ser utilizado para 
sangue, cristalóides, medicação 
Cateteres utilizados 
 
 
 Usado em bebês 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maléolo medial, tuberosidade da tíbia, crista ilíaca, esterno 
 
 Líquidos intravenosos aquecidos 
o Para toda conduta com cristalóide deve-se lembrar que após 1 
hora apenas 1⁄3 permanece intravascular e os outros 2⁄3 vão para 
o espaço extracelular (controlar e observar o volume de líquido 
administrado para não causar edema) 
 Infusão a 39o para evitar hipotermia 
 
 
 
 
 
 
 
HEMORRAGIA DESCONTROLADA INTERNA 
 
A meta terapêutica é manter a pressão arterial sistólica entre 80 e 90 mmHg. 
Visa garantir uma pressão arterial média de 60-65 mmHg (mantém o fluxo sanguíneo 
renal) 
Não fazer excesso de líquidos para não aumentar a pressão intraluminal e não 
desprender tampão hemostático 
 
LESÃO DE SNC 
A meta terapêutica é manter a PAS>90 mmHg (garante fluxo sanguíneo renal e a 
garota o fluxo cerebral) 
 
HEMORRAGIA CONTROLADA (VISUALIZADA) 
 Choque classe II III e IV bolus inicial de 1 a 2l 
 Monitorização 
 Criança com hemorragia controlada realizar 20ml/kg de peso no 
máximo três vezes (mais que isso há risco de edema) 
 Exceto: suspeita de lesões intratorácidas, abdominais e retroperitoniais 
 
SÍNDROME COMPARTIMENTAL 
 
 Os músculos são revestidos por fáscias que fazem divisões, de modo que 
existem três divisões nos MMSS e quatro divisões nos MMII. A síndrome 
compartimental acontece pelo aumento da pressão nesses espaços. 
 A lesão de vasos pode derrubar líquido pro espaço intra fascial, causando 
compressão de nervos e outras estruturas 
 5 sinais da síndrome compartimental: 
1. Parestesia 
2. Dor (incrivelmente desproporcional à lesão apresentada) 
a. Por conta da isquemia e compressão do feixe nervoso 
3. Pulso ausente 
4. Palidez 
5. Paralisia 
 
 
 
SÍNDROME DO ESMAGAMENTO 
 
 Destruição de grande massa muscular por liberação de mioglobina (causa 
rabmiólise traumática) e potássio (hiperporassemia, alterações cardíacas) 
 Condições que predispõem: 
o Preso por tempo prolongado 
o Lesão traumática de grande massa muscular 
o Comprometimento de circulação da área lesada 
 
Tratamento 
 Minimizar efeitos tóxicos da mioglobina e do potássio 
 Não usar RL (solução ringer lactato) por conter potássio 
 Administrar soro fisiológico 0,9% 
 Adição de bicarbonato e manitol (se não tiver hipovolemia significativa) 
 Após liberação fazer 5000ml/h de SF ou SG 
 
 
 
 
ACLS – Advanced 
Cardiovascular Life 
Suporte 
Suporte Avançado de Vida, diferente do Básico, é um suporte realizado por uma 
equipe multiprofissional, sendo o médico o maestro desta. Então, a partir de agora, 
todo o aparato de equipamentos estará disponível, seja no âmbito hospitalar, UPA, ou 
até mesmo no SAMU, para que os procedimentos sejam efetuados durante o 
atendimento. É válido pontuar que o Suporte Avançado não pode ser realizado por 
leigos. 
 
ETAPAS DE ATENDIMENTO - ACLS 
 
1. Avaliar Responsividade 
 
Essa avaliação é análoga ao que fora aprendido em BLS. 
 
2. Avaliar Respiração 
 
Caso o paciente esteja irresponsivo e não apresente respiração, o próximo passo é 
Pedir Ajuda. 
 
3. Pedir Ajuda 
 
Diferente de BLS, o “pedir ajuda” é feito solicitando o carro de emergência, também 
conhecido como carro de parada, usado em possíveis casos de parada cardíaca e 
solicitar a vinda da equipe de ressuscitação. 
 
OBS.: Não se pede o DEA no suporte avançado, pois será utilizado o desfibrilador 
elétrico (manual). 
OBS.: Alguns hospitais possuem um sistema de alarme conhecido como código azul 
ou possuem botões de urgência na parede, ambos destinados a acionar a equipe de 
ressuscitação (essa equipe deverá ser composta por 6 profissionais). 
 
4. Posição de Atendimento 
 
Assim como em BLS, é preciso posicionar-secorretamente na altura do ombro do 
paciente. 
 
OBS.: Lembre que a superfície precisa ser plana e rígida. Assim, no leito, faz-se 
necessário o uso da tábua de massagem cardíaca (entre os ombros e a pelve) que 
acompanha o carro de parada. Se por ventura não tiver, o paciente deve ser 
colocado no chão. 
 
5. Inicia o CAB 
 
C – CIRCULAÇÃO 
 O pulso central (carotídeo ou femoral) durante 10s 
 Após avaliar o pulso central, se o paciente não apresenta pulso, começa 
RCP. 
o RCP (30 C: 2 V) 
o São 5 ciclos equivalentes a 2 min. 
o O Tórax deve ser comprimindo e expandindo 5 cm. 
o As interrupções devem ser minimizadas (No máximo até 
10s). 
 
 
 
 
OBS.: Se o paciente estiver em VA definitiva, deve-se realizar 2min de compressões 
ininterruptos. 
OBS.: Quando checar o pulso? Após os 5 ciclos, somente se o Desfibrilador Elétrico 
não tiver chegado e, quando já estivar usando DE, checar ritmo no monitor cardíaco a 
cada 5 ciclos, caso ritmo encontre-se organizado, checar o pulso. Diferente do DEA 
que fazia uma análise automática, no DE é preciso parar as compressões e olhar no 
monitor qual é o ritmo cardíaco apresentado a cada 2min/5 ciclos, 
OBS.: Ao acoplar as pás do Desfibrilador, durante a análise do ritmo (com duração de 
no máximo 10s), não devem ser feita Compressões. 
OBS.: O médico apenas conduz a equipe. Sendo assim, não é ele que deve fazer a RCP 
ou acoplar as pás do Desfibrilador no paciente, por exemplo, e sim a sua equipe que, 
para isso, precisa estar previamente treinada. 
 
A – ABRIR VIA AÉREA 
Deve-se realizar a Manobra de Extensão da Cabeça. 
 
B – VENTILAÇÃO 
Após a abertura da Via Aérea, são feitas 2 Ventilações. Cada Ventilação com duração 
de 1s, sendo o intervalo entre elas também durante 1s. 
 
DESFIBRILAÇÃO 
 
Primeiramente, é preciso saber que só existem 4 tipos de Parada Cardíaca, que são: 
 
1. Fibrilação Ventricular (Chocável) 
OBS.: Ritmo mais frequente em PCR 
Padrão anárquico, sem ritmo definido. Esse ritmo pode ser de 2 tipos: 
*Fibrilação Ventricular de Ondas Grossas (Início da Parada) 
 
 
 
 
 
*Fibrilação Ventricular de Ondas Curtas (Final da Parada / Baixíssimas Conc. O2) 
 
 
 
 
 
OBS.: Assemelha-se à Assistolia, todavia, diferente desta, é chocável. 
OBS.: A Fibrilação Ventricular, de maneira ilustrativa, é como se o coração tivesse 
tendo uma “crise convulsiva” uma vez que as polarizações átrio-ventriculares estão 
acontecendo ao mesmo tempo anarquicamente no miocárdio. Isso consome muita 
energia rapidamente e, consequentemente, consome O2 por isso as linhas iniciam 
grossas tornando-se finas com o passar do tempo até resultar em assistolia. 
 
2. Taquicardia Ventricular sem Pulso (Chocável) 
A Taquicardia, que se destaca pelo QRS alargado, pode apresentar um padrão 
monomórfico (simétrico) ou polimórfico (assimétrico). 
 
 
 
 
 
3. AESP – Atividade Elétrica sem Pulso (Não - Chocável) 
É um ritmo organizado, definido, porém não apresenta pulso. 
 
 
 
 
4. Assistolia (Não - Chocável) 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS.: Assistolia, apesar de poder ser o evento inicial, geralmente, é o evento terminal 
de todos os tipos de parada cardíaca. 
OBS.: linha reta no monitor possui diagnóstico diferencial, ou seja, nem sempre linha 
reta é uma evidência de assistolia, pois pode ser também uma fibrilação ventricular 
de ondas curtas, por isso, faz-se necessário uma análise minuciosa antes de concluir 
o diagnóstico eletrocardiográfico. 
OBS.: Nunca pode dar choque “às cegas”, sem previamente analisar o Monitor. 
OBS.: É de suma importância para o médico conhecer o equipamento disponível no 
local de trabalho. Por exemplo, saber se o Desfibrilador Elétrico é bifásico ou 
monofásico, pois as cargas de cada um são distintas. Outro detalhe é que o 
desfibrilador sempre é ligado no “Modo Pás”, isso significa que ao ligar, acopla as pás 
no paciente com o gel e, automaticamente, ele inicia a leitura no Monitor (diferente 
dos mais antigos, que precisa pegar os cabos, para conectar no Monitor). 
 
Na Desfibrilação, é importante: 
Diminuir a Impedância Transtorácica 
 Isso significa diminuir a resistência da passagem da carga elétrica pelo 
tórax do paciente. Tal ação é realizada através da aplicação sob o peito 
do paciente uma pressão de 12 Kg (apenas nas pás normais, sem ser a 
adesiva) a fim de diminuir a resistência. 
 A melhor forma de promover essa pressão é subir naquelas escadas 
hospitalares e, no segundo degrau, ficar de ponta de pé para aplicar a 
força. 
 Na pá adesiva essa pressão de 12 Kg não se faz necessária porque ela já 
possui essa resistência transtorácica. 
 
Posição das Pás 
 A posição das pás é na região Infra - Clavicular direita e Infra - Mamária 
esquerda. Ou se for pá adesiva Latero – Lateral e Antero – Posterior. 
 
Uso de Material Condutor 
 O gel ideal é o de eletrocardiograma (isso precisa ser observado uma 
vez que em muitos carros de parada, o gel contido é o de 
ultrassonografia). 
 Não precisa exagerar na quantidade de gel condutor, pois pode formar 
uma ponte (quando o gel que está em cima se espalha comunicando-se 
com o que está embaixo) e a carga não passa por dentro do Tórax, 
somente por cima. 
 Nunca espalhe o gel passando uma pá na outra (isso é um erro grave!), 
porque se ao fazer isso e sem querer os botões forem acionados, o 
circuito elétrico é fechado resultando na explosão do Desfibrilador. 
 OBS.: Se o gel não for utilizado pode queimar o Tórax do paciente. 
 
Procedimentos de Desfibrilação 
Ambiente Rico em O2 
 OBS.: Cuidado! Se as pás estiverem muito próximas podem gerar arcos 
voltaicos, e, na presença de O2 em alta concentração pode gerar 
combustão. Para evitar isso, é só colocar as pás na posição 
corretamente e afastar (e fechar) a máscara de O2, afinal, não precisa 
estar com o AMBU no rosto do paciente durante o choque. 
 
Segurança na Desfibrilação 
 Sempre promover uma alerta antes de iniciar o choque, de modo que as 
pessoas se afastem. Por exemplo: Pessoal, atenção! Se afastem! No “3” 
eu vou aplicar o choque. 1, 2 (sempre olhando e verificando se há ainda 
algum risco) e 3 (aplica o choque). Lembre-se, o médico apenas fica 
analisando o ritmo e autoriza o procedimento de terapia elétrica (ou 
terapia química – endovenosa – em casos de ser preciso usar 
fármacos), quem efetua é a equipe (eles que irão posicionar as pás e dar 
o choque). 
 
PCR = BLS <desfibrilador - analisa o ritmo> ritmo chocável – 1 choque > rcp (5 ciclos) 
imediatamente após choque < analisa o ritmo mais uma vez> chocável – choque > rcp 
(...) até obter uma resposta do paciente. 
 
IMPORTANTE: não faça compressões durante a análise do ritmo, porque pode afetar 
a real análise desse ritmo no monitor. E, lembre, essa análise deve ser feita por no 
máximo 10s. 
As etapas desse procedimento são: 
1. BLS > RCP até o desfibrilador chegar 
2. Análise do Ritmo (Até no máximo 10s) 
3. Choque (1 único Choque!) 
OBS.: Os desfibriladores mais antigos demoram de 8-10s para carregar, nesse caso, 
enquanto ele carrega, você pede para a equipe continuar fazendo compressões. 
Todavia, os atuais, carregam em 3s, então não se faz necessário fazer RCP mais, pois 
irá dar tempo de aplicar após a análise o choque. 
4. Reinicia RCP (5 Ciclos/2min) 
5. Acesso Venoso IV/IO disponível 
Nada impede de o acesso venoso ser obtido no 1o ciclo de rcp, 2o ciclo ou 3o ciclo 
(...), desde que se tenha uma pessoa só para isso, a fim de não parar as compressões 
para obter a veia do paciente. 
 
Exemplo: 
 No 1o ciclo, eu peço para pegar a veia do paciente; 
 Ao iniciar o 2o ciclo, peço para preparar a primeira droga (adrenalina 
possui dose de 1mg que corresponde a 1 ampola, então será sempre 1 
ampola que será repetida a cada 3-5min). 
 Após os 5 ciclos/análise do ritmo/choque, pede para administrar a 
adrenalina. 
 No próximo ciclo, não administra novamente adrenalina, mas sim pede 
para preparar 300mg (correspondente a 2 ampolas)amiodarona 
(antiarrítmico) em bolus seguido de 20ml de solução salina e levanta os 
braços do paciente de 10-20s. 
 Então, nesse próximo ciclo, administra Amiodarona e, agora, pede para 
preparar Adrenalina. 
 
Observe que cada ciclo possui a duração de 2 min, ou seja, o 
intervalo entre a preparação e administração da Amiodarona é 
entre 3-4min até a nova dose de Adrenalina, justamente para 
que não exista erro na janela terapêutica. 
 
OBS.: Sempre é apenas uma única droga por ciclo (5ciclos/2min). Ou seja, intercala 
Adrenalina e Amiodarona. 
OBS.: Embora a primeira dose de Amiodarona seja 2 ampolas (300mg), as próximas 
sempre serão 1 ampola (150mg). É válido pontuar que essa alternância acaba não 
sendo tão extensa, pois geralmente ou o paciente muda o ritmo ou ele sai da Parada. 
Ademais, os ritmos chocáveis são mais facilmente retornáveis. 
OBS.: Se não tiver Amiodarona, pode usar o anestésico local Lidocaína sem 
vasoconstrictor (1ª dose: 1-1, 5mg/kg e 0,5-0,75mg/kg, até no máximo 3 doses). Se 
houver suspeita de hipomagnesemia ou de parada em torção das pontes (torção DE 
POA) deve-se administrar Sulfato de Magnésio, diluído no soro. 
OBS.: Exemplo de “Feed-back” chamado de comunicação em alça fechada - por favor, 
enfermeiro “X”, pegue o acesso venoso para mim. Ele responde: entendido. Ao pegar 
a veia, diz: acesso venoso obtido. Obrigada “X”, agora, prepare para mim, uma 
seringa de 5 ml com 1 mg de Adrenalina (equivalente a 1 ampola) e uma seringa de 20 
ml de Solução Salina. Ele diz: Entendido e Preparado (Só usa o termo “Feito” quando 
de fato for administrado). 
OBS.: Toda vez que for feita uma droga em Bolus em RCP (é a administração de uma 
medicação, com objetivo de aumentar rapidamente a sua concentração no sangue 
para um nível eficaz), após ela deve ser feito um Bolus de 20 ml de Solução Salina 
(Soro Fisiológico + Água Destilada) e levantar o braço por até 20s (entra 10-20s). O 
objetivo disso tudo é fazer com que o fármaco chegue mais rápido à circulação 
central. 
 
IMPORTANTE: a única droga que possui indicação nos 4 tipos de parada cardíaca (ou 
seja, em todos os tipos de parada) é a adrenalina ou epinefrina. 
 
OBS.: O melhor momento para fazer a administração do fármaco em uma PCR é após 
o choque. 
OBS.: Lembrar que droga não muda desfecho em uma PCR. Quem muda o desfecho 
são compressões de altíssima qualidade e desfibrilação precoce. 
OBS.: Só existem 2 indicações para intubação no início de uma Parada Cardíaca. 
Primeiro quando não consegue ventilar com a Unidade Bolsa Máscara (AMBU) ou 
quando o paciente começa a regurgitar (o paciente inconsciente - Glasgow 3 - nunca 
vomita, ele regurgita; impede que ele tenha broncoaspiração). 
CHOQUE 
 
 Se o desfibrilador for bifásico, o choque aplicado deve ser entre 120-200J. 
 Caso seja monofásico, aplicar sempre a carga máxima de 360J. 
Após o choque, reinicie a RCP imediatamente. 
 
OBS.: O professor orientou sempre que for solicitado choque, ser dado os 200J. Os 
choques subsequentes que forem necessários podem ser feitos mantendo os 200J 
(que é como o professor geralmente faz) ou pode ir aumentando a carga; isso é 
chamado de Protocolo de Intensificação de Carga (200-250-300 e 350J que é o 
último valor). 
 
Embora, após o choque, o paciente tenha mudado o ritmo e tenha pulso, ou seja, 
tenha saído da PCR, os trabalhos internacionais mostram que o coração demora 
minutos para gerar um bom débito cardíaco e um bom fluxo coronariano. Por isso, 
depois do choque nunca cheque ritmo ou olhe o pulso, continue RCP (compressão). 
Até porque não faz mal fazer compressão em um coração que está batendo e, ainda 
mais, estará ajudando o coração a durante 2 min está recebendo O2 e nutrientes. 
 
IMPORTANTE: Depois de Choque, nunca cheque pulso, continua RCP (5 Ciclos). Após o 
choque, tire as pás e nem olhe para o monitor para não cair nessa pegadinha, 
continue RCP. A única situação que isso não é aplicável é quando o paciente acorda. 
 
PROTOCOLO DE LINHAS RETAS 
Deve ser realizado até no máximo 10s 
 
Usado no diagnóstico diferencial entre Fibrilação Ventricular de Ondas Finas (Curtas) 
e Assistolia. Sendo assim, só podemos consolidar que de fato trata-se de Assistolia 
quando após verificar todas as etapas abaixo, não houver alteração (permanece em 
Linha Reta). 
 
Dica: “CAGADA” 
CA – CABOS (Checar os Cabos conectados no paciente e no Monitor) 
GA – GANHO (Dobra o Ganho/Amplifica para 2N no Desfibrilador) 
DA – DERIVAÇÃO (Muda de Derivação (Exemplo: Muda de D1 para D2, ou AVF) ou inverte 
a posição das Pás a fim de mudar a direção do vetor elétrico) 
 
OBS.: Se for consolidado o diagnóstico de assistolia, não aplica choque: tira as pás e 
inicia imediatamente RCP e faz adrenalina. 
 
EX: Paciente se meche inadequadamente e acaba tirando o cabo do Monitor. Nesse 
momento começa o monitor apresenta uma linha reta, e o médico pensa que o 
paciente parou. Lição do Caso: linha reta no monitor tem diagnóstico diferencial – 
pode ser uma assistolia ou não, por isso, faz-se necessário, antes de qualquer 
intervenção, realizar o protocolo das linhas retas vulgo “CAGADA”. 
 
PROTOCOLO ASSISTOLIA/AESP 
 
PCR => BLS <desfibrilador - analisa o ritmo> Ritmo não chocável (AESP ou Assistolia) 
> Não tem indicação de Choque > Inicia novamente RCP < pede para obter acesso 
venoso e preparar adrenalina (1mg-1 ampola) > 
Administra Adrenalina > Após os 5 ciclos – analisa o ritmo > não chocável > Inicia 
novamente RCP <Não usa nenhum fármaco – Mas nesse momento o médico (que 
também pode contar com intervenções construtivas da sua equipe) deve pensar “O 
que causou essa Parada?” – História Clínica do paciente> Para que ele não pare 
novamente. 
 
O que causou a Parada Cardíaca? 
5 “H” 
1. Hipovolemia 
Exemplo: Diarreia e Vômitos > Hidratação Rápida > ausculta a base 
pulmonar para averiguar a fração de ejeção > 
2. Crepitações > Para o procedimento. 
3. Hipóxia 
4. Hidrogênio 
5. Hipo/Hipercalemia 
6. Hipotermia 
 
6 “T” 
1. Toxicidade 
- Exemplo: Tentativa de Suicídio > Ingestão de muitos 
fármacos > Interação Medicamentosa > Liga para o Ceatox 
- Centro de Assistência Toxicológica. 
2. Tamponamento Cardíaco 
3. Tensão no Tórax (Pneumotórax) 
4. Trombose Coronária (Infarto Agudo do Miocárdio) 
5. Tromboembolia Pulmonar 
6. Trauma 
 
EQUIPE IDEAL DE RCP 
Composta por 6 pessoas 
 
1. Via Aérea 
Exemplo: Fisioterapeuta, porque é proficiente nesse procedimento. 
2. Compressão 
Alterna com a pessoa que está na terapia elétrica. Somente o compressor e a pessoa 
que está no desfibrilador alternam de posição. 
3. Terapia Elétrica / Desfibrilador 
4. Medicações 
Saber administrar as medicações. 
5. Anotações/Tempo 
Anotar é de suma importância para que se tenha controle de aplicação/tempo das 
medicações, considerando a janela terapêutica, evitando danos. Além de ser o 
arquivo escrito do caso. 
6. Médico – Maestro 
O médico deve estabelecer posições claras, antes do problema, para sua equipe 
respeitando o conhecimento e a técnica de cada um. Acreditar na equipe. Tudo 
depende do Maestro. 
 
RETORNO A CIRCULAÇÃO ESPONTÂNEA (RCE) 
 
1. Via aérea; 
2. Ventilação (preparar para intubação caso não haja ventilação); 
 Otimize a ventilação 
 Manter saturação acima de 94 
 Considerar VA avançada e capnografia com forma de onda 
 Não hiperventilar 
3. Circulação (PA, ausculta pulmonar); 
 Tratar hipotensão caso PA < 90 mmHg 
o Bolus IV/VO (SF ou ringer lactato) 
o Infusão de vasopressor (epinefrina, noradrenalina, 
dopamina) 
o Considere as causas tratáveis 
4. Diagnósticos diferenciais 
 (5H’s e 5T’s) + ECG + RX Tórax (a beira do leito); 
 Diagnostico de IAMST ou IAM com necessidade de intervenção 
coronariana percutânea 
5. Intervenção Coronariana Percutânea (se indicado); 
6. Avaliação Neurológica 
 Atende a comandos verbais? Se não, iniciar controle direcionado 
da temperatura 
OBS.: É preciso tratara causa do problema e não só a consequência deste. 
OBS.: Não existe outra droga para intercalar com Adrenalina/Epinefrina em 
AESP/ASSISTOLIA. A única utilizada é Adrenalina, assim deve-se esperar 3-5min para 
repetir a dose mesmo sem que tenha outro medicamento intercalando. Ou seja, um 
ciclo com Adrenalina, um ciclo sem Adrenalina. 
OBS.: NO ACLS, só checa pulso quando você vir no monitor um ritmo organizado para 
constatar se saiu da parada ou se é um AESP. 
7. Encaminhar para Cuidado Intensivo Avançado (UTI). 
OBS.: Objetivar metas de saturação, capnografia, pressão arterial e, se indicado, 
controle direcionado da temperatura para preservar um cérebro “atordoado”. 
 
 
 
 
CONTROLE DIRECIONADO DA TEMPERATURA 
 
Indicado nos pacientes comatosos após RCE. 
Meta de temperatura constante de 32 a 36°C por 24h. 
 
Método: método de resfriamento ideal ainda desconhecido: qualquer combinação de 
insufão rápida de fluido gelado sem glicose, resfriamento superficial... ex: 
Fazer soro a 4°C ou bolsas de gelo para diminuir a temperatura corporal do paciente. 
Termômetro central (esofágico, vesical, de artéria pulmonar). 
Não realizar no extra-hospitalar: pode piorar edema pulmonar e aumentar 
recorrência de RCP. 
 
AVALIAÇÃO DA RECUPERAÇÃO RCP 
 
A Capnografia ideal na Parada Cardíaca (de via aérea invasiva) é em formato de onda. 
Essa é o padrão ouro, está no protocolo de RCP. Capnografia é um aparelho que mede 
o CO2 que o paciente exala durante a expiração. 
 
<ou igual a 10 => Compressões Ruins; Deve-se trocar o Compressor. 
> 10 => Pode continua RCP 
> 35-40 => Provavelmente o paciente saiu da parada apresentando Retorno da 
Circulação Espontânea (RCE); 
Continua a RCP até concluir o ciclo. 
 
OBS.: NUNCA (Não serve de forma alguma, nem em casos de não ter a Capnografia 
Ideal) usar a Capnografia Colorimétrica (só é usada quando há uma via aérea 
definitiva, a exemplo da Intubação) porque tem muito falso negativo e positivo, uma 
vez que é sensível na presença de CO2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trauma em Gestantes 
 
FISIOLOGIA INERENTE A GESTAÇÃO: 
 
1. Alterações hemolinfopoiéticas 
 
 A gestação causa aumento da atividade mineralocorticoide no 
organismo, com consequente aumento da ação da aldosterona e maior 
retenção de sódio em detrimento a eliminação de Na+ e K+; 
o Estado de hipervolemia; 
o Aumento da produção de células vermelhas, porém, o 
aumento do volume plasmático é proporcionalmente bem 
maior (hemodiluição) 
 Para balancear a hemodiluição, é necessário que se 
aumente a eritropoiese (síntese de hemácias), o que 
demanda maior ingestão de ferro (suplementação); 
 H lactogênio placentário, somatotropina coriônica, 
progesterona também estimulam a eritropiose 
o Turgência de vasos - Gestantes normalmente apresentam 
quadros de epistaxe; 
o Edema de VA 
 Estado de hipercoagulabilidade (aumento de fator VII. VIII, X e de 
fibrinogênio) → evita perdas sanguíneas grandiosas durante a 
gestação; 
 Ganho de peso em cerca de 17% do peso normal (aprx 11kg) 
 Aumento da leucocitose (não é indicativo de infecção, é uma resposta 
fisiológica) 
 Em momentos próximos ao parto volume sanguíneo total da gestante é 
em torno de 90 ml/kg; 
 
Hemodiluição e anemia fisiológica na gravidez: grande aumento do volume 
plasmático (40 a 50%) e um aumento proporcionalmente menor da massa 
eritrocitária (20 a 30%) 
 
→ Em mulheres não gestantes, o tubo para via aérea definitiva é entre 7 e 7,5. Em 
gestantes, deve-se fazer uso do dispositivo na medida entre 6 e 6,5 
 
2. Alterações da função respiratória 
 
 Edema de vias aéreas (maior dificuldade de acesso em necessidade de 
ventilação); 
 Compressão do útero em crescimento contra a cúpula diafragmática 
(limitação da respiração) 
 
Obs: tamanho dos tubos 
 Homem: 8 
 Mulher: 7 
 Obeso: 9 
 Gestante: 6 
 
Volume residual (VR) Volume de ar que permanece no 
pulmão após a mais vigorosa 
expiração 
V. normal: 1200 ml 
Gestante: ↓200ml 
Volume de reserva 
expiratório (VRE) 
Máximo de ar colocado para fora 
após expiração usual 
V. normal: 1100 ml 
Gestante: ↓100ml 
Capacidade residual 
funcional (CRF) 
É o volume de ar que permanece 
nos pulmões ao final de uma 
respiração usual 
V. normal: 2300 ml 
Gestante: ↓300ml 
 
 ↑ Volume minuto 
o Aumento da frequência respiratória; 
o Aumento do volume corrente (volume que entra e sai dos 
pulmões a cada ciclo respiratório); 
 Hipoxemia 
o Aumento do consumo de O2; 
o Diminuição das reservas respiratórias de O2; 
 Aumento da ventilação alveolar pelo aumento da FC (pode causar 
alcalose respiratória pela eliminação excessiva de CO2 com 
compensação renal pela liberação de bicarbonato de sódio); 
 Progesterona causa relaxamento da musculatura lisa e consequente 
broncodilatação 
 
3. Alterações cardiovasculares 
 
 Volemia da gestante aumenta de 30%-45% (cerca de 1500ml) 
o Débito cardíaco 
 Aumento da frequência cardíaca (15%) 
 Aumento do volume sistólico (30%) 
 Onda T invertida em D3 e AVF (indicativo de sobrecarga do 
ventrículo esquerdo?); 
 Alargamento de onda Q; 
 Desvio de eixo para a esquerda devido compressão do 
diafragma e consequentemente do coração em 
decorrência do crescimento uterino 
 Ausculta com 3o bulha, extrassístole e arritmias a partir 
da 20o semana de gestação em 80% das gestantes; 
 
O aumento do volume plasmático e da produção de eritrócitos é importante 
mecanismo de preparação fisiológica para as perdas sanguíneas inerentes ao parto 
 
 Em decorrência da presença da placenta, normalmente há queda da 
pressão diastólica de ↓5 a 15 mmHg (sistema de difusão) 
o Hipotensão supina após 28° semana 
 
TRABALHO DE PARTO: 
 
 1a fase/fase latente: aumento de 15% do DC 
 2a fase/fase antiga: aumento de 30% do DC 
 Período expulsivo: aumento de 45% do DC 
 O aumento de débito cardíaco mais significativo acontece após a 
retirada do feto, aumentando em cerca de 80% o DC 
 
4. Função renal 
 
 Aumento do fluxo plasmático e da taxa de filtração glomerular (50%) 
 Devido a hipervolemia, dilatação dos órgãos do sistema renal (ureter); 
 Prostaciclina provoca relaxamento da musculatura de ureteres → risco 
de estase urinária e risco de infecção urinária 
 Níveis de creatinina sérica e ureia diminuem; 
 Diminuição do limiar tubular para glicose e aminoácidos (glicosúria e 
proteinúria); 
 
5. Sistema gastrointestinal 
 
 Refluxo gastroesofágico e esofagite são comuns, devido a questão de 
compressão e deslocamento de vísceras consequente do crescimento 
uterino; 
 Progesterona diminui motilidade gástrica e diminui tônus do esfíncter 
esofágico inferior; 
 
→ Condições que favorecem o processo de pirose (azia); 
 Hiperprodução de gastrina (produção de HCl); 
 Aumento do volume gástrico em até 60%, pH<2,5 e cerca de 25 ml de ácido, 
mesmo em jejum (toda gestante sempre será paciente de estômago cheio, 
mesmo em jejum → interferência na intubação) 
 
 
 
 
 
 
 
6. Função hepática 
 
 Função hepática e fluxo sanguíneo normais na gravidez 
 Aumento da fosfatase alcalina (encontrada dentro das células dos 
ductos biliares) por conta da placenta; 
 Diminuição da pseudocolinesterase (degrada succinilcolina) em 25% a 
30%; 
 Aumento da colecistocinina, que, por meio da progesterona predispõe 
gestantes a cálculos de colesterol 
 
7. Útero 
 
 A placenta produz hormônios hiperglicemiantes e enzimas que lisam a 
insulina; 
 Aumento do fluxo sanguíneo (cerca de 10% do DC); 
o Cerca de 80% é direcionado para suprir a placenta e 20% é 
direcionado para o miométrio 
 Auto-regulação ausente, de modo que a o fluxo sanguíneo direcionado 
para a artéria uterina depende do DC materno; 
 O fluxo sanguíneo útero-placentário é inversamente proporcional a 
resistência vascular uterina;

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