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MODELO DE QUEIXA-CRIME EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA ______________________ (matéria estadual) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ______________________ (matéria federal) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO JÚRI DA COMARCA DE ______________________ (crimes dolosos contra a vida e matéria estadual) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ______________________ (crimes dolosos contra a vida e matéria federal) 10 linhas _________ (nome), ___________ (nacionalidade), ___________ (estado civil), _____________ (profissão), residente e domiciliado __________ (endereço), vem, por seu advogado infra-assinado (documento n. 1 – poderes especiais), à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos art. 30 do Código de Processo Penal combinado com o art. 100, § 2º, do Código Penal, oferecer QUEIXA-CRIME em face de ___________ (nome), ___________ (nacionalidade), ___________ (estado civil), _________ (profissão), residente e domiciliado ___________ (endereço), pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: (2 linhas) DOS FATOS * Narrar o fato criminoso, com todas as circunstâncias. Seguir roteiro de questões: (a) Quando – tempo do fato – No dia tal, mês tal, ano tal, por volta das ____ horas; (b) Sujeito Ativo – quem pratica a conduta criminosa – Fulano de tal; (c) Lugar do crime; (d) Motivo do crime; (e) Comportamento criminoso; (f) Maneira pela qual o crime foi praticado; (g) Mal produzido com a conduta criminosa. Se houver concurso de pessoas: especificar a conduta de cada coautor ou partícipe. (2 linhas) DO DIREITO * Comprovar a ocorrência do crime e sua respectiva autoria, com adaptação ao fato típico realizado no mundo real. Demonstrar a ocorrência da infração, através da explicação dos seus requisitos (tipo objetivo, tipo subjetivo, consumação e outros). Não esquecer de relacionar os requisitos do tipo penal com o fato concreto. (2 linhas) DO PEDIDO Diante do exposto, tendo o querelado infringido o artigo _______, requer a Vossa Excelência que, recebida e autuada esta, seja o mesmo citado para apresentar resposta à acusação, ser processado e ao final condenado. Requer também, a fixação do valor da INDENIZAÇÃO nos termos do art. 387, IV, do CPP, bem como a condenação do querelado aos pagamentos das custas e demais despesas processuais. Requer, outrossim, a notificação das testemunhas do rol abaixo para virem depor em juízo, em dia e hora a serem designados, sob as cominações legais. (2 linhas) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, especialmente pela juntada posterior de documentos, interrogatório do querelado, depoimentos das testemunhas abaixo arroladas, perícias, diligência e tudo mais que se fizer necessário para a prova real no caso “sub judice”. (2 linhas) Termos em que pede deferimento. (2 linhas) Cidade, ____ de __________ de ____. (2 linhas) _______________________________OAB – sob n. ______ (2 linhas) Rol de Testemunhas: 1. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 2. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 3. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) MODELO DE QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA ______________________ (crimes não dolosos contra a vida e matéria estadual) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ___________________ (crimes não dolosos contra a vida e matéria federal) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO JÚRI DA COMARCA DE__________________________ (crimes dolosos contra a vida e matéria estadual) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ____________________ (crimes dolosos contra a vida e matéria federal) (10 linhas) _______ (nome), ____________ (nacionalidade), ____________ (estado civil), ____________ (profissão), residente e domiciliado ___________ (endereço), vem, por seu advogado infra-assinado (documento n. 1 – poderes especiais), à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 29 do Código de Processo Penal combinado com o art. 100, § 3º, do Código Penal, e art. 5º, LIX, da Constituição Federal, oferecer QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA em face de ___________ (nome), ____________ (nacionalidade), ___________ (estado civil), ________________ (profissão), residente e domiciliado __________ (endereço), pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: (2 linhas) DOS FATOS * Narrar o fato criminoso, com todas as circunstâncias. Seguir roteiro de questões: (a) Quando – tempo do fato – No dia tal, mês tal, ano tal, por volta das ___________ horas; (b) Sujeito Ativo – quem pratica a conduta criminosa – Fulano de tal; (c) Lugar do crime; (d) Motivo do crime; (e) Comportamento criminoso; (f) Maneira pela qual o crime foi praticado; (g) Mal produzido com a conduta criminosa. Se houver concurso de pessoas: especificar a conduta de cada coautor ou partícipe. * Abrir um tópico sobre a inércia do Ministério Público. No caso em tela, o douto representante do Ministério Público quedou-se inerte, já que _____________________ (especificar o motivo da inércia ministerial), nos termos do artigo ________ (fundamento legal justificador da inércia ministerial). (2 linhas) DO DIREITO * Comprovar a ocorrência do crime e sua respectiva autoria, com adaptação ao fato típico realizado no mundo real. Demonstrar a ocorrência da infração, através da explicação dos seus requisitos (tipo objetivo, tipo subjetivo, consumação e outros). Não esquecer de relacionar os requisitos do tipo penal com o fato concreto. (2 linhas) DO PEDIDO Diante do exposto, em virtude da inércia do Ministério Público em promover a denúncia e tendo o acusado infringido o artigo ___________, requer a Vossa Excelência que, recebida e autuada esta, seja o mesmo citado para apresentar resposta à acusação, ser processado e ao final condenado. Requer, outrossim, a notificação das testemunhas do rol abaixo para virem depor em juízo, em dia e hora a serem designados, sob as cominações legais. (2 linhas) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, especialmente pela juntada posterior de documentos, interrogatório do querelado, depoimentos das testemunhas abaixo arroladas, perícias, diligência e tudo mais que se fizer necessário para a prova real no caso “sub judice”. (2 linhas) Termos em que pede deferimento. (2 linhas) Cidade, ____ de __________ de ____. (2 linhas) _______________________________OAB – sob n. ____ (2 linhas) Rol de Testemunhas: 1. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 2. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 3. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) CASO PRÁTICO DE QUEIXA-CRIME BELTRANO DE TAL, com 30 anos de idade, residente em Serra Talhada/PE, na data de 20 de maio de 2022, por volta das 19h00, postou em seu perfil na rede social Facebook uma mensagem imputando à JOSÉ DE TAL, com 32 anos de idade, residente em Serra Talhada/PE, fato descrito como crime, declarando que este abusava sexualmente de sua filha de 08 (oito) anos, o que caracterizaria o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal). Além do mais, BELTRANO DE TAL, na mesma mensagem, lançou impropérios contra JOSÉ DE TAL como “pedófilo”, “filho da puta”, “estuprador e vagabundo”. Oportuno registrar que as acusaçõesdo crime de estupro de vulnerável em desfavor de JOSÉ DE TAL foram investigadas em devido inquérito policial tendo sido concluído no sentido que não tinham qualquer fundamento, sendo arquivado o procedimento investigatório perante o juízo competente mediante parecer ministerial. EXEMPLO PRÁTICO DA PEÇA 1. Rascunho da peça a) infração penal: calúnia (art. 138), difamação (art. 139), art. 140 (injúria), c/c art. 141, III, todos do código penal. b) ação penal: privada (exclusiva); c) pena concreta: não tem; d) pena abstrata: detenção de 6 a 2 anos (calúnia) + detenção de 3 meses a 1 ano (difamação) e detenção de um a seis meses (injúria), com aumento de até um terço para cada um dos crimes cometidos. e) rito processual: sumário (pela soma das penas em concurso formal); f) momento processual: não tem; narração fática do crime; g) cliente: JOSÉ DE TAL; h) situação prisional: solta; i) tese: comprovação da materialidade e da autoria da infração penal; j) peça: queixa-crime privada; k) competência: Juiz de Direito da Vara Criminal; l) pedido: recebimento e autuação da queixa; citação do réu para apresentar resposta à acusação, ser processado e ao final condenado; notificação das testemunhas do rol abaixo para virem depor em juízo, em dia e hora a serem designados, sob as cominações legais. 2. Peça prática AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SERRA TALHADA – ESTADO DO PERNAMBUCO JOSÉ DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do RG n.º xxxxxxxxxx SESP/xxxxxxxx, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado no endereço xxxxxxxxxx, na cidade de Serra Talhada/PE, neste ato, representado seus procuradores judiciais, conforme instrumento particular de procuração anexa, com endereço profissional constante na nota de rodapé desta, onde recebem intimações, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 30 do Código de Processo Penal, e do artigo 100, § 2º, do Código Penal, oferecer QUEIXA-CRIME contra BELTRANO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do RG n.º xxxxxxxxxx SESP/xxxxxx, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado no endereço xxxxxxxxxx, na cidade de Serra Talhada/PE, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos. 1. DOS FATOS: No dia 20 de maio de 2022, por volta das 19h00min, o querelado BELTRANO DE TAL, mediante livre e consciente vontade de caluniar, difamar e injuriar, realizou em seu perfil na rede social Facebook, uma postagem imputando ao querelante fato definido como crime, dizendo que ele abusava sexualmente de sua filha de 08 (oito) anos, caracterizando o crime de estupro de vulnerável (art. 217 do Código Penal). Não obstante, ofendeu a honra objetiva e subjetiva do querelante, lançando impropérios como pedófilo, filho da puta, estuprador e vagabundo. Tais postagens causaram imenso constrangimento e humilhação do querelante, perante o seu local de trabalho, perante amigos, e de toda sociedade, pois é totalmente inverídica as acusações proferidas pela querelado, que foram investigadas pelos órgãos competentes e as denúncias não tinham qualquer fundamento, estando absolutamente inconformado com a situação que ora se expõe. Diante do ocorrido, o querelante tomou conhecimento dos fatos imputados a ele, tratou de registrar Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia local (boletim de ocorrência anexo), e registrou o conteúdo das publicações por meio de prints de tela e ata notarial (anexas). Mediante a gravidade dos fatos acima expostos, não resta outra alternativa ao querelante, senão promover a responsabilização criminal do querelado, tendo em vista que as imputações são totalmente caluniosas, difamatórias e injuriosas. 2. DO DIREITO: Diante dos fatos narrados, percebe-se que o querelado incorreu nas infrações penais descritas nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal: Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. As publicações irrogando fatos inverídicos e xingamentos contra o querelante, por meio de publicações através da rede social Facebook, sem dúvida alguma, macularam tanto a sua honra objetiva, ou seja, a sua reputação perante a Sociedade; quanto sua honra subjetiva, isto é, o seu sentimento próprio de respeitabilidade, dignidade e decoro. A autoria é inconteste e já se encontra comprovada, pois anexa com a petição inicial, encontra-se prints e ata notarial dando conta da identificação do ato supramencionado. A materialidade delitiva também resta comprovada, e será amplamente discutida em instrução processual, pois trata-se de delitos cujo meio de prova pode e deve ser comprovado por documentos e depoimentos testemunhais, entre outros meios probatórios em direito admitidos. Para a configuração dos referidos crimes, exige-se, além do dolo genérico, o elemento subjetivo especial do tipo, consubstanciado no propósito de ofender a honra da vítima. É evidente o dolo específico do querelado, na clara intenção de ofender, achincalhar, e humilhar o querelante, e macular a sua imagem para os seus empregadores, amigos e conhecidos, tendo conhecimento de que os seus atos o prejudicariam. Vale ressaltar que o querelado, além de praticar crimes contra a honra, o fez por intermédio de rede social de grande abrangência, o que facilitou a divulgação das ofensas, razão pela qual deve incidir na causa de aumento de pena prevista no art. 141, inciso III, do Código Penal. Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I – contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; II - contra funcionário público, em razão de suas funções; III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. (grifo nosso) IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (grifo nosso) Os crimes de calúnia (art. 39), difamação (art. 40) e injúria (art. 141), acima descritos, foram cometidos pelo querelado na forma do concurso formal previsto no art. 70 do Código Penal pátrio, ou seja: BELTRANO DE TAL, com seu único ato de postar a mensagem em rede social, na forma descrita nesta exordial, praticou simultaneamente os três crimes contra a honra supracitados. O procedimento deve ser o comum sumário, tendo em vista que o somatório das penas dos crimes cometidos pelo querelado em concurso formal, juntamente com a previsão de cláusula de aumento de penas, totaliza sanção máxima superior a 2 anos e inferior a 4 anos de pena privativa de liberdade, conforme previsto no art. 394, II, do Código de Processo Penal. Desta forma, o querelado cometeu os crimes ora apresentados, devendo ser responsabilizada criminalmente. 3. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS: Diante de todo o exposto, nos termos fáticos e legais, o querelante requer a Vossa Excelência, que seja recebida e autuada a presente queixa-crime, julgando-se ao final, totalmente procedente os pedidos formulados na inicial acusatória, para o fim de condenar o querelado BELTRANO DE TAL nas sanções penais descritas nos artigos 138, 139 e 140, c/c o artigo 141, inciso III, na forma do artigo 70 (concurso formal), todos do Código Penal, bem como ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, por ser medida de DIREITO e de JUSTIÇA!!! No mais, requer-se: a) A tramitação do feito no procedimento sumário (art. 531 a 538 do Código de Processo Penal), nos termos do artigo 394, inciso II, do Código já citado; b) A citação do querelado,para que apresente resposta por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, conforme art. 396, caput, do Código de Processo Penal, bem como para que acompanhe os demais termos do processo; c) A designação de audiência de instrução e julgamento, nos termos do artigo 399 do Código de Processo Penal; d) A produção de todas as provas admissíveis em direito, em especial a tomada das declarações do querelado, bem como a oitiva das testemunhas abaixo arroladas, o que desde já, pugna para serem intimadas a comparecer em Juízo. Nestes termos, pede e espera deferimento. Serra Talhada/PE, _____ de __________ de 2022 ADVOGADO OAB/__ nº _________ ROL DE TESTEMUNHAS: 1. CICLANO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do CIRG n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na [endereço completo]; 2. TROLANO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do CIRG n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na [endereço completo]; 3. VILANO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do CIRG n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na [endereço completo]. 4. NORMANDO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do CIRG n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na [endereço completo]. 5. TOLONE DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do CIRG n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na [endereço completo]. CASO PRÁTICO QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA No dia 25-6-2018, por volta das 12 horas, na confluência das ruas Maria Paula e Genebra, na Capital do Estado, Maria da Luz teve seu relógio subtraído por João da Paz, que se utilizou de violência e grave ameaça, exercida com uma faca. Descoberta a autoria e formalizado o inquérito policial com prova robusta de materialidade e autoria, os autos permanecem com o Ministério Público há mais de trinta dias, sem qualquer manifestação. Como advogado de Maria da Luz, atue em prol do constituinte. EXEMPLO PRÁTICO DA PEÇA 1. Rascunho da peça a) infração penal: roubo, nos termos do art. 157, § 2º, do Código Penal; b) ação penal: pública incondicionada; c) pena concreta: não tem; d) pena abstrata: reclusão de 4 a 10 anos, e multa, com aumento de um terço até a metade; e) rito processual: comum ordinário; f) momento processual: não tem; narração fática do crime; g) cliente: Maria da Luz; h) situação prisional: solta; i) tese: comprovação da materialidade e da autoria da infração penal; j) peça: queixa-crime subsidiária; k) competência: Juiz de Direito da Vara Criminal; l) pedido: recebimento e autuação da queixa; citação do réu para apresentar resposta à acusação, ser processado e ao final condenado; notificação das testemunhas do rol abaixo para virem depor em juízo, em dia e hora a serem designados, sob as cominações legais. 2. Peça prática EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL (10 linhas) Maria da Luz, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliada ____________ (endereço), vem, por seu advogado infra-assinado (documento n. 1 – poderes especiais), à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 29, 41 e 44 do Código de Processo Penal combinado com o art. 100, § 3º, do Código Penal e art. 5º, LIX, da CF, oferecer QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA em face de ___________ (nome), ________________ (nacionalidade), ___________ (estado civil), ________ (profissão), residente e domiciliado ___________ (endereço), pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: (2 linhas) DOS FATOS No dia 25 de agosto de 2018, por volta das 12 horas, na confluência das ruas Maria Paula e Genebra, João da Paz subtraiu, mediante uso de uma faca, o relógio de Maria da Luz. Trata-se de um crime de roubo, conforme prova robusta de materialidade e autoria constante dos autos do Inquérito Policial, que é de Ação Penal Pública Incondicionada, cuja titularidade pertence ao Ministério Público. Da inércia do Ministério Público Conforme consta do art. 46 do Código de Processo Penal, em regra, o prazo para o Ministério Público se manifestar sobre o inquérito (arquivamento ou denúncia ou novas diligências) é de 15 dias, quando o réu é solto. No entanto, no caso em tela, o Ministério Público recebeu os autos do inquérito policial e não realizou qualquer manifestação há mais de 30 dias, de forma que, excedido o prazo, com a inércia do Ministério Público, Maria da Luz, ora vítima, por seu advogado, intenta a presente ação privada subsidiária com fundamento no art. art. 5º, LIX, da CF, combinado com o art. 29 do Código de Processo Penal e art. 100, § 3º, do Código Penal, (2 linhas) DO DIREITO No caso em tela, pode-se afirmar que ocorreu o crime de roubo, já que estão presentes todos os elementos necessários para a concretização do tipo penal, previsto no art. 157, § 2º, inciso VII, do Código Penal, ou seja, prática do roubo com a causa de aumento de pena por emprego de arma branca. João da Paz subtraiu coisa alheia móvel, ou seja, um relógio pertencente a Maria da Luz, de forma que houve ofensa ao seu patrimônio. A subtração foi realizada mediante o uso de arma branca, de forma a constranger a vítima, retirando-lhe os meios de defesa e perturbando-lhe a liberdade psíquica. A violência e a grave ameaça empregadas, com o uso da faca, foram dirigidas à pessoa de Maria da Luz, para facilitar a tarefa de João no despojamento do bem. O emprego da faca demonstra maior periculosidade do agente e, ao mesmo tempo, intimidação por parte da vítima, de forma que deve ser reconhecida a causa de aumento de pena de emprego de arma. Cabe ressalvar que o crime de roubo se consumou no momento em que João inverteu a posse, ainda que por breve momento, fora da vigilância da vítima Maria. Dessa forma, presentes os requisitos necessários para a configuração do crime de roubo, requer a apuração do referido ilícito penal e da respectiva autoria de João. (2 linhas) DO PEDIDO Diante de todo o exposto, nos termos fáticos e legais, e em virtude da inércia do Ministério Público em promover a denúncia, o querelante requer a Vossa Excelência, que seja recebida e autuada a presente queixa-crime subsidiária, a qual tem previsão no art. 29 do Código de Processo Penal combinado com o art. 100, § 3º, do Código Penal e art. 5º, LIX, da CF, julgando-se ao final, totalmente procedente os pedidos formulados na inicial acusatória, para o fim de condenar o querelado JOÃO DA PAZ nas sanções penais descritas no art. 157, § 2º, inciso VII, do Código Penal, por ser medida de DIREITO e de JUSTIÇA!!! No mais, requer-se: a) A tramitação do feito no procedimento ordinário, nos termos do artigo 394, inciso I, do Código de Processo Penal; b) A citação do querelado, para que apresente resposta por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, conforme art. 396, caput, do Código de Processo Penal, bem como para que acompanhe os demais termos do processo; c) A designação de audiência de instrução e julgamento, nos termos do artigo 399 do Código de Processo Penal; d) A produção de todas as provas admissíveis em direito, em especial a tomada do interrogatório do querelado, bem como a oitiva das testemunhas abaixo arroladas, o que desde já, pugna para serem intimadas a comparecer em Juízo, perícias, diligência e tudo mais que se fizer necessário para a prova real no caso “sub judice”. (2 linhas) Termos em que pede deferimento. (2 linhas) Cidade, ____ de __________ de ____. (2 linhas) _______________________________OAB – sob n. ____ (2 linhas) Rol de Testemunhas: 1. _______ (Nome), ____________(Profissão), _______________ (Endereço) 2. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 3. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 4. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 5. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 6. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 7. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 8. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço)
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