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Modelo de queixa-crime - prática jurídica PENAL

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MODELO DE QUEIXA-CRIME 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA ______________________ (matéria estadual) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA 
CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ______________________ (matéria 
federal) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO 
JÚRI DA COMARCA DE ______________________ (crimes dolosos contra a 
vida e matéria estadual) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO 
JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ______________________ (crimes dolosos 
contra a vida e matéria federal) 
10 linhas 
 
 
_________ (nome), ___________ (nacionalidade), ___________ (estado civil), 
_____________ (profissão), residente e domiciliado __________ (endereço), 
vem, por seu advogado infra-assinado (documento n. 1 – poderes especiais), à 
presença de Vossa Excelência, com fundamento nos art. 30 do Código de 
Processo Penal combinado com o art. 100, § 2º, do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME em face de ___________ (nome), ___________ 
(nacionalidade), ___________ (estado civil), _________ (profissão), residente e 
domiciliado ___________ (endereço), pelos motivos de fato e de direito a seguir 
aduzidos: 
(2 linhas) 
 
DOS FATOS 
* Narrar o fato criminoso, com todas as circunstâncias. Seguir roteiro de 
questões: (a) Quando – tempo do fato – No dia tal, mês tal, ano tal, por volta das 
____ horas; (b) Sujeito Ativo – quem pratica a conduta criminosa – Fulano de tal; 
(c) Lugar do crime; (d) Motivo do crime; (e) Comportamento criminoso; (f) 
Maneira pela qual o crime foi praticado; (g) Mal produzido com a conduta 
criminosa. Se houver concurso de pessoas: especificar a conduta de cada 
coautor ou partícipe. 
(2 linhas) 
 
DO DIREITO 
* Comprovar a ocorrência do crime e sua respectiva autoria, com adaptação ao 
fato típico realizado no mundo real. Demonstrar a ocorrência da infração, através 
da explicação dos seus requisitos (tipo objetivo, tipo subjetivo, consumação e 
outros). Não esquecer de relacionar os requisitos do tipo penal com o fato 
concreto. 
(2 linhas) 
 
DO PEDIDO 
Diante do exposto, tendo o querelado infringido o artigo _______, requer a Vossa 
Excelência que, recebida e autuada esta, seja o mesmo citado para apresentar 
resposta à acusação, ser processado e ao final condenado. Requer também, a 
fixação do valor da INDENIZAÇÃO nos termos do art. 387, IV, do CPP, bem 
como a condenação do querelado aos pagamentos das custas e demais 
despesas processuais. Requer, outrossim, a notificação das testemunhas do rol 
abaixo para virem depor em juízo, em dia e hora a serem designados, sob as 
cominações legais. 
(2 linhas) 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, 
especialmente pela juntada posterior de documentos, interrogatório do 
querelado, depoimentos das testemunhas abaixo arroladas, perícias, diligência 
e tudo mais que se fizer necessário para a prova real no caso “sub judice”. 
(2 linhas) 
 
Termos em que pede deferimento. 
(2 linhas) 
 
Cidade, ____ de __________ de ____. 
(2 linhas) 
 
_______________________________OAB – sob n. ______ 
(2 linhas) 
Rol de Testemunhas: 
 
1. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
 
2. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
 
3. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODELO DE QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA ______________________ (crimes não dolosos 
contra a vida e matéria estadual) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA 
CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ___________________ (crimes não 
dolosos contra a vida e matéria federal) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO 
JÚRI DA COMARCA DE__________________________ (crimes dolosos contra 
a vida e matéria estadual) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DO 
JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ____________________ (crimes dolosos 
contra a vida e matéria federal) 
(10 linhas) 
 
_______ (nome), ____________ (nacionalidade), ____________ (estado civil), 
____________ (profissão), residente e domiciliado ___________ (endereço), 
vem, por seu advogado infra-assinado (documento n. 1 – poderes especiais), à 
presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 29 do Código de 
Processo Penal combinado com o art. 100, § 3º, do Código Penal, e art. 5º, LIX, 
da Constituição Federal, oferecer QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA 
em face de ___________ (nome), ____________ (nacionalidade), ___________ 
(estado civil), ________________ (profissão), residente e domiciliado 
__________ (endereço), pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
(2 linhas) 
 
DOS FATOS 
* Narrar o fato criminoso, com todas as circunstâncias. Seguir roteiro de 
questões: (a) Quando – tempo do fato – No dia tal, mês tal, ano tal, por volta das 
___________ horas; (b) Sujeito Ativo – quem pratica a conduta criminosa – 
Fulano de tal; (c) Lugar do crime; (d) Motivo do crime; (e) Comportamento 
criminoso; (f) Maneira pela qual o crime foi praticado; (g) Mal produzido com a 
conduta criminosa. Se houver concurso de pessoas: especificar a conduta de 
cada coautor ou partícipe. 
 
* Abrir um tópico sobre a inércia do Ministério Público. 
 
No caso em tela, o douto representante do Ministério Público quedou-se inerte, 
já que _____________________ (especificar o motivo da inércia ministerial), nos 
termos do artigo ________ (fundamento legal justificador da inércia ministerial). 
(2 linhas) 
 
DO DIREITO 
* Comprovar a ocorrência do crime e sua respectiva autoria, com adaptação ao 
fato típico realizado no mundo real. Demonstrar a ocorrência da infração, através 
da explicação dos seus requisitos (tipo objetivo, tipo subjetivo, consumação e 
outros). Não esquecer de relacionar os requisitos do tipo penal com o fato 
concreto. 
(2 linhas) 
 
DO PEDIDO 
Diante do exposto, em virtude da inércia do Ministério Público em promover a 
denúncia e tendo o acusado infringido o artigo ___________, requer a Vossa 
Excelência que, recebida e autuada esta, seja o mesmo citado para apresentar 
resposta à acusação, ser processado e ao final condenado. Requer, outrossim, 
a notificação das testemunhas do rol abaixo para virem depor em juízo, em dia 
e hora a serem designados, sob as cominações legais. 
(2 linhas) 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, 
especialmente pela juntada posterior de documentos, interrogatório do 
querelado, depoimentos das testemunhas abaixo arroladas, perícias, diligência 
e tudo mais que se fizer necessário para a prova real no caso “sub judice”. 
(2 linhas) 
 
 
 
 
 
Termos em que pede deferimento. 
(2 linhas) 
 
Cidade, ____ de __________ de ____. 
(2 linhas) 
 
_______________________________OAB – sob n. ____ 
(2 linhas) 
 
Rol de Testemunhas: 
1. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
2. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
3. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO PRÁTICO DE QUEIXA-CRIME 
 
BELTRANO DE TAL, com 30 anos de idade, residente em Serra Talhada/PE, na 
data de 20 de maio de 2022, por volta das 19h00, postou em seu perfil na rede 
social Facebook uma mensagem imputando à JOSÉ DE TAL, com 32 anos de 
idade, residente em Serra Talhada/PE, fato descrito como crime, declarando que 
este abusava sexualmente de sua filha de 08 (oito) anos, o que caracterizaria o 
crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal). Além do mais, 
BELTRANO DE TAL, na mesma mensagem, lançou impropérios contra JOSÉ 
DE TAL como “pedófilo”, “filho da puta”, “estuprador e vagabundo”. 
Oportuno registrar que as acusaçõesdo crime de estupro de vulnerável em 
desfavor de JOSÉ DE TAL foram investigadas em devido inquérito policial tendo 
sido concluído no sentido que não tinham qualquer fundamento, sendo 
arquivado o procedimento investigatório perante o juízo competente mediante 
parecer ministerial. 
 
EXEMPLO PRÁTICO DA PEÇA 
1. Rascunho da peça 
a) infração penal: calúnia (art. 138), difamação (art. 139), art. 140 (injúria), c/c 
art. 141, III, todos do código penal. 
b) ação penal: privada (exclusiva); 
c) pena concreta: não tem; 
d) pena abstrata: detenção de 6 a 2 anos (calúnia) + detenção de 3 meses a 1 
ano (difamação) e detenção de um a seis meses (injúria), com aumento de até 
um terço para cada um dos crimes cometidos. 
e) rito processual: sumário (pela soma das penas em concurso formal); 
f) momento processual: não tem; narração fática do crime; 
g) cliente: JOSÉ DE TAL; 
h) situação prisional: solta; 
i) tese: comprovação da materialidade e da autoria da infração penal; 
j) peça: queixa-crime privada; 
k) competência: Juiz de Direito da Vara Criminal; 
l) pedido: recebimento e autuação da queixa; citação do réu para apresentar 
resposta à acusação, ser processado e ao final condenado; notificação das 
testemunhas do rol abaixo para virem depor em juízo, em dia e hora a serem 
designados, sob as cominações legais. 
2. Peça prática 
 
AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SERRA 
TALHADA – ESTADO DO PERNAMBUCO 
 
 
 
 
JOSÉ DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do RG n.º 
xxxxxxxxxx SESP/xxxxxxxx, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente 
e domiciliado no endereço xxxxxxxxxx, na cidade de Serra Talhada/PE, neste 
ato, representado seus procuradores judiciais, conforme instrumento particular 
de procuração anexa, com endereço profissional constante na nota de rodapé 
desta, onde recebem intimações, vem, respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, com fundamento no art. 30 do Código de Processo Penal, e do artigo 
100, § 2º, do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
contra BELTRANO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador 
do RG n.º xxxxxxxxxx SESP/xxxxxx, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, 
residente e domiciliado no endereço xxxxxxxxxx, na cidade de Serra 
Talhada/PE, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos. 
 
1. DOS FATOS: 
No dia 20 de maio de 2022, por volta das 19h00min, o querelado 
BELTRANO DE TAL, mediante livre e consciente vontade de caluniar, difamar 
e injuriar, realizou em seu perfil na rede social Facebook, uma postagem 
imputando ao querelante fato definido como crime, dizendo que ele abusava 
sexualmente de sua filha de 08 (oito) anos, caracterizando o crime de estupro de 
vulnerável (art. 217 do Código Penal). Não obstante, ofendeu a honra objetiva e 
subjetiva do querelante, lançando impropérios como pedófilo, filho da puta, 
estuprador e vagabundo. 
Tais postagens causaram imenso constrangimento e humilhação do 
querelante, perante o seu local de trabalho, perante amigos, e de toda 
sociedade, pois é totalmente inverídica as acusações proferidas pela querelado, 
que foram investigadas pelos órgãos competentes e as denúncias não tinham 
qualquer fundamento, estando absolutamente inconformado com a situação que 
ora se expõe. 
Diante do ocorrido, o querelante tomou conhecimento dos fatos imputados 
a ele, tratou de registrar Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia local 
(boletim de ocorrência anexo), e registrou o conteúdo das publicações por meio 
de prints de tela e ata notarial (anexas). 
Mediante a gravidade dos fatos acima expostos, não resta outra 
alternativa ao querelante, senão promover a responsabilização criminal do 
querelado, tendo em vista que as imputações são totalmente caluniosas, 
difamatórias e injuriosas. 
 
2. DO DIREITO: 
Diante dos fatos narrados, percebe-se que o querelado incorreu nas 
infrações penais descritas nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal: 
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido 
como crime: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua 
reputação: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
As publicações irrogando fatos inverídicos e xingamentos contra o 
querelante, por meio de publicações através da rede social Facebook, sem 
dúvida alguma, macularam tanto a sua honra objetiva, ou seja, a sua reputação 
perante a Sociedade; quanto sua honra subjetiva, isto é, o seu sentimento 
próprio de respeitabilidade, dignidade e decoro. 
A autoria é inconteste e já se encontra comprovada, pois anexa com a 
petição inicial, encontra-se prints e ata notarial dando conta da identificação do 
ato supramencionado. A materialidade delitiva também resta comprovada, e será 
amplamente discutida em instrução processual, pois trata-se de delitos cujo meio 
de prova pode e deve ser comprovado por documentos e depoimentos 
testemunhais, entre outros meios probatórios em direito admitidos. 
Para a configuração dos referidos crimes, exige-se, além do dolo 
genérico, o elemento subjetivo especial do tipo, consubstanciado no propósito 
de ofender a honra da vítima. É evidente o dolo específico do querelado, na clara 
intenção de ofender, achincalhar, e humilhar o querelante, e macular a sua 
imagem para os seus empregadores, amigos e conhecidos, tendo conhecimento 
de que os seus atos o prejudicariam. 
Vale ressaltar que o querelado, além de praticar crimes contra a honra, o 
fez por intermédio de rede social de grande abrangência, o que facilitou a 
divulgação das ofensas, razão pela qual deve incidir na causa de aumento de 
pena prevista no art. 141, inciso III, do Código Penal. 
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um 
terço, se qualquer dos crimes é cometido: 
I – contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo 
estrangeiro; 
II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a 
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. (grifo nosso) 
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de 
deficiência, exceto no caso de injúria. (grifo nosso) 
Os crimes de calúnia (art. 39), difamação (art. 40) e injúria (art. 141), 
acima descritos, foram cometidos pelo querelado na forma do concurso formal 
previsto no art. 70 do Código Penal pátrio, ou seja: BELTRANO DE TAL, com 
seu único ato de postar a mensagem em rede social, na forma descrita nesta 
exordial, praticou simultaneamente os três crimes contra a honra supracitados. 
O procedimento deve ser o comum sumário, tendo em vista que o 
somatório das penas dos crimes cometidos pelo querelado em concurso formal, 
juntamente com a previsão de cláusula de aumento de penas, totaliza sanção 
máxima superior a 2 anos e inferior a 4 anos de pena privativa de liberdade, 
conforme previsto no art. 394, II, do Código de Processo Penal. 
Desta forma, o querelado cometeu os crimes ora apresentados, devendo 
ser responsabilizada criminalmente. 
 
3. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS: 
Diante de todo o exposto, nos termos fáticos e legais, o querelante requer a 
Vossa Excelência, que seja recebida e autuada a presente queixa-crime, 
julgando-se ao final, totalmente procedente os pedidos formulados na inicial 
acusatória, para o fim de condenar o querelado BELTRANO DE TAL nas 
sanções penais descritas nos artigos 138, 139 e 140, c/c o artigo 141, inciso 
III, na forma do artigo 70 (concurso formal), todos do Código Penal, bem 
como ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, por ser 
medida de DIREITO e de JUSTIÇA!!! 
No mais, requer-se: 
a) A tramitação do feito no procedimento sumário (art. 531 a 538 do Código de 
Processo Penal), nos termos do artigo 394, inciso II, do Código já citado; 
b) A citação do querelado,para que apresente resposta por escrito, no prazo de 
10 (dez) dias, conforme art. 396, caput, do Código de Processo Penal, bem como 
para que acompanhe os demais termos do processo; 
c) A designação de audiência de instrução e julgamento, nos termos do artigo 
399 do Código de Processo Penal; 
d) A produção de todas as provas admissíveis em direito, em especial a tomada 
das declarações do querelado, bem como a oitiva das testemunhas abaixo 
arroladas, o que desde já, pugna para serem intimadas a comparecer em 
Juízo. 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
 
Serra Talhada/PE, _____ de __________ de 2022 
 
ADVOGADO 
OAB/__ nº _________ 
 
 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1. CICLANO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do 
CIRG n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, 
residente e domiciliado na [endereço completo]; 
2. TROLANO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do 
CIRG n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, 
residente e domiciliado na [endereço completo]; 
3. VILANO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do CIRG 
n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e 
domiciliado na [endereço completo]. 
4. NORMANDO DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do 
CIRG n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, 
residente e domiciliado na [endereço completo]. 
5. TOLONE DE TAL, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do CIRG 
n.º xxxxxxxxxx SESP/__, inscrito no CPF/MF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e 
domiciliado na [endereço completo]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO PRÁTICO QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA 
 
No dia 25-6-2018, por volta das 12 horas, na confluência das ruas Maria Paula 
e Genebra, na Capital do Estado, Maria da Luz teve seu relógio subtraído por 
João da Paz, que se utilizou de violência e grave ameaça, exercida com uma 
faca. Descoberta a autoria e formalizado o inquérito policial com prova robusta 
de materialidade e autoria, os autos permanecem com o Ministério Público há 
mais de trinta dias, sem qualquer manifestação. Como advogado de Maria da 
Luz, atue em prol do constituinte. 
 
EXEMPLO PRÁTICO DA PEÇA 
1. Rascunho da peça 
a) infração penal: roubo, nos termos do art. 157, § 2º, do Código Penal; 
b) ação penal: pública incondicionada; 
c) pena concreta: não tem; 
d) pena abstrata: reclusão de 4 a 10 anos, e multa, com aumento de um terço 
até a metade; 
e) rito processual: comum ordinário; 
f) momento processual: não tem; narração fática do crime; 
g) cliente: Maria da Luz; 
h) situação prisional: solta; 
i) tese: comprovação da materialidade e da autoria da infração penal; 
j) peça: queixa-crime subsidiária; 
k) competência: Juiz de Direito da Vara Criminal; 
l) pedido: recebimento e autuação da queixa; citação do réu para apresentar 
resposta à acusação, ser processado e ao final condenado; notificação das 
testemunhas do rol abaixo para virem depor em juízo, em dia e hora a serem 
designados, sob as cominações legais. 
 
 
 
 
 
 
2. Peça prática 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL 
 
(10 linhas) 
 
Maria da Luz, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliada 
____________ (endereço), vem, por seu advogado infra-assinado (documento 
n. 1 – poderes especiais), à presença de Vossa Excelência, com fundamento 
nos arts. 29, 41 e 44 do Código de Processo Penal combinado com o art. 100, § 
3º, do Código Penal e art. 5º, LIX, da CF, oferecer QUEIXA-CRIME 
SUBSIDIÁRIA em face de ___________ (nome), ________________ 
(nacionalidade), ___________ (estado civil), ________ (profissão), residente e 
domiciliado ___________ (endereço), pelos motivos de fato e de direito a seguir 
aduzidos: 
(2 linhas) 
 
DOS FATOS 
No dia 25 de agosto de 2018, por volta das 12 horas, na confluência das ruas 
Maria Paula e Genebra, João da Paz subtraiu, mediante uso de uma faca, o 
relógio de Maria da Luz. 
Trata-se de um crime de roubo, conforme prova robusta de materialidade e 
autoria constante dos autos do Inquérito Policial, que é de Ação Penal Pública 
Incondicionada, cuja titularidade pertence ao Ministério Público. 
 
Da inércia do Ministério Público 
Conforme consta do art. 46 do Código de Processo Penal, em regra, o prazo 
para o Ministério Público se manifestar sobre o inquérito (arquivamento ou 
denúncia ou novas diligências) é de 15 dias, quando o réu é solto. 
No entanto, no caso em tela, o Ministério Público recebeu os autos do inquérito 
policial e não realizou qualquer manifestação há mais de 30 dias, de forma que, 
excedido o prazo, com a inércia do Ministério Público, Maria da Luz, ora vítima, 
por seu advogado, intenta a presente ação privada subsidiária com 
fundamento no art. art. 5º, LIX, da CF, combinado com o art. 29 do Código de 
Processo Penal e art. 100, § 3º, do Código Penal, 
(2 linhas) 
DO DIREITO 
No caso em tela, pode-se afirmar que ocorreu o crime de roubo, já que estão 
presentes todos os elementos necessários para a concretização do tipo penal, 
previsto no art. 157, § 2º, inciso VII, do Código Penal, ou seja, prática do roubo 
com a causa de aumento de pena por emprego de arma branca. 
João da Paz subtraiu coisa alheia móvel, ou seja, um relógio pertencente a Maria 
da Luz, de forma que houve ofensa ao seu patrimônio. 
A subtração foi realizada mediante o uso de arma branca, de forma a constranger 
a vítima, retirando-lhe os meios de defesa e perturbando-lhe a liberdade 
psíquica. 
A violência e a grave ameaça empregadas, com o uso da faca, foram dirigidas à 
pessoa de Maria da Luz, para facilitar a tarefa de João no despojamento do bem. 
O emprego da faca demonstra maior periculosidade do agente e, ao mesmo 
tempo, intimidação por parte da vítima, de forma que deve ser reconhecida a 
causa de aumento de pena de emprego de arma. 
Cabe ressalvar que o crime de roubo se consumou no momento em que João 
inverteu a posse, ainda que por breve momento, fora da vigilância da vítima 
Maria. 
Dessa forma, presentes os requisitos necessários para a configuração do crime 
de roubo, requer a apuração do referido ilícito penal e da respectiva autoria de 
João. 
(2 linhas) 
 
DO PEDIDO 
Diante de todo o exposto, nos termos fáticos e legais, e em virtude da inércia do 
Ministério Público em promover a denúncia, o querelante requer a Vossa 
Excelência, que seja recebida e autuada a presente queixa-crime subsidiária, a 
qual tem previsão no art. 29 do Código de Processo Penal combinado com o art. 
100, § 3º, do Código Penal e art. 5º, LIX, da CF, julgando-se ao final, totalmente 
procedente os pedidos formulados na inicial acusatória, para o fim de condenar 
o querelado JOÃO DA PAZ nas sanções penais descritas no art. 157, § 2º, inciso 
VII, do Código Penal, por ser medida de DIREITO e de JUSTIÇA!!! 
No mais, requer-se: 
a) A tramitação do feito no procedimento ordinário, nos termos do artigo 394, 
inciso I, do Código de Processo Penal; 
b) A citação do querelado, para que apresente resposta por escrito, no prazo de 
10 (dez) dias, conforme art. 396, caput, do Código de Processo Penal, bem como 
para que acompanhe os demais termos do processo; 
c) A designação de audiência de instrução e julgamento, nos termos do artigo 
399 do Código de Processo Penal; 
d) A produção de todas as provas admissíveis em direito, em especial a tomada 
do interrogatório do querelado, bem como a oitiva das testemunhas abaixo 
arroladas, o que desde já, pugna para serem intimadas a comparecer em 
Juízo, perícias, diligência e tudo mais que se fizer necessário para a prova real 
no caso “sub judice”. 
(2 linhas) 
 
Termos em que pede deferimento. 
(2 linhas) 
 
 
Cidade, ____ de __________ de ____. 
(2 linhas) 
 
_______________________________OAB – sob n. ____ 
(2 linhas) 
 
 
Rol de Testemunhas: 
1. _______ (Nome), ____________(Profissão), _______________ 
(Endereço) 
2. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
3. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
4. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
5. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
6. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
7. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço) 
8. _______ (Nome), ____________ (Profissão), _______________ (Endereço)

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