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Unidade 4
Livro Didático Digital
Daniele Melo de Oliveira
Gestão de Riscos
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autora
DANIELE MELO DE OLIVEIRA
A AUTORA
Daniele Melo de Oliveira
Olá! Meu nome é Daniele Melo de Oliveira. Sou formada em 
Administração de Empresas, possuo especializações nas áreas de Gestão 
de Negócios Empresariais, Gestão Educacional, Logística Empresarial 
e da Qualidade. Sou Mestre em Ciência, tecnologia e Sociedade, pelo 
Instituto Federal do Paraná. Atualmente atuo como docente na Federação 
das Indústrias do Estado do Paraná. Sou apaixonada pelo que faço e adoro 
transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas 
profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu 
elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Gestão de Riscos e a Administração Pública .................................. 10
Gestão de Riscos no Meio Jurídico ...................................................... 21
O Gerenciamento de Riscos na Área da Saúde ..............................30
Gestão de Riscos no Ambiente corporativo .....................................40
Gestão de Riscos 7
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL
UNIDADE
04
Gestão de Riscos8
INTRODUÇÃO
As atividades que envolvem a gestão de riscos devem ser 
coordenadas e controladas para contribuir com a missão e os objetivos 
da organização. A gestão de riscos principalmente deve ocorrer para que 
se evitem a materialização de situações inoportunas que afetem toda ou 
uma parte da organização. 
Tomando por base a potencialidade dos problemas que venham 
a ocorrer, o aprendizado é uma atividade que deve ser constante tanto 
para as organizações privadas quanto as públicas dentre os gestores de 
riscos. Você já pensou quantas vezes nesse mês parou para aprender 
algo que possa lhe ajudar na resolução de situações de conflito pessoal, 
organizacional ou até mesmo emergencial? Pois é, a resolução de riscos 
envolve disposição para aprendizagem, a qual se dará pelo fruto da 
observação pontual dos fatores de risco.
A partir desse momento será possível a organização de pessoas 
afins, emocionalmente disponíveis e tecnicamente preparadas em prol da 
gestão de riscos e resolução das suas consequências.
Havendo aprendizado para os riscos será possível identificar 
claramente os obstáculos existentes para a tomada de decisões quanto o 
que precisa ser feito, solucionando assim os riscos e seus efeitos.
Vale ressaltar que historicamente o homem é resistente a mudanças, 
ainda que elas lhes tragam benefícios, às alterações de um ambiente, 
produto ou processo geram situações de desconforto.
Independente do risco a ser gerenciado haverá obstáculos a serem 
superados no processo, sejam eles humanos, materiais ou técnicos. Um 
dos grandes desafios da gestão seja no ambiente público, privado ou 
jurídico é desenvolver a previsibilidade dos riscos. Lembrando que uma 
das funções da administração é o planejamento 
Achou interessante? Ao longo das unidades você vai aprender 
muito mais sobre gestão de riscos. Vamos lá! 
Gestão de Riscos 9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Compreender a gestão de riscos na administração pública.
2. Avaliar o impacto da gestão de riscos no meio jurídico.
3. Debater o efeito da gestão de riscos na área da saúde.
4. Discutir a utilidade da gestão de riscos no ambiente corporativo.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Gestão de Riscos10
Gestão de Riscos e a Administração 
Pública
INTRODUÇÃO:
Caro aluno, ao término deste capítulo você será capaz de 
compreender as premissas da administração pública, da 
formação dos três principais poderes: legislativo, executivo 
e judiciário, bem como identificar os riscos inerentes 
às suas atividades nos diversos segmentos. O direito 
administrativo é o ramo do direito público que visa reduzir 
os riscos regulando as ações de pessoas físicas e jurídicas 
que interagem com o serviço público e prezam pelo bom 
relacionamento entre as partes e pelo atendimento ao 
cidadão com presteza e qualidade. A gestão de riscos faz-
se necessária no setor público, pois as atividades interagem 
com recursos financeiros advindos do próprio cidadão.
Para iniciar os estudos de gestão de riscos na administração 
pública, vamos retomar um pouco de história, atentando para o período 
do absolutismo. Esse modelo de poder nasceu da complexidade da 
economia e do Estado. Nessa época o rei centralizava o poder e detinha 
toda ordem sobre o povo, ou seja, essa figura de autoridade pública 
possuía o direito de mandar e desmandar na população. Para muitas 
classes o rei era visto até mesmo como um tirano, sobre o qual devia-
se subjugar indiscutível obediência. Com a expansão das atividades de 
navegação, sobretudo na Europa, para a conquista de novos territórios 
há o aparecimento de novas classes sociais, dentre elas os profissionais 
liberais que contribuíram para o desenvolvimento urbano. Essa classe 
une-se a realeza auxiliando-a nas atividades administrativas públicas, ou 
seja, do Estado.
Diante dessa realidade, os profissionais liberais que se 
estruturavam nos centros urbanos após a política de 
cercamento dos campos, típica do período final da Idade 
Média, passaram a desempenhar importantes cargos na 
Gestão de Riscos 11
administração do Estado, como o Conselheiro, Secretário 
de Estado, colaboradores ou cobradores de impostos que 
sustentavam essa nova estrutura estatal. Evidentemente, toda 
essa complexa estrutura, apta a permitir a expansão territorial, 
era controlada pelo Rei e seus colaboradores mais próximos. 
(ASSIS, 2016, p. 3)
Em 1748 Charles de Montesquieu propõe a separação de poderes, 
também conhecida na literatura como a teoria da tripartição dos poderes. 
Essa teoria dizia que o poder central do Rei deveria ser dividido em três 
poderes: o legislativo, o executivo e o judiciário. Ao primeiro corresponderia 
o Poder de fazer as leis; ao segundo a prerrogativa de julgar as demandas e 
conflitos entre particulares, e ao terceiro, a aplicação das leis e resoluções 
geradas pelo segundo, bem como resolução das “ações prontas”, devendo 
“sempre se ater ao que está disposto na lei” (MONTESQUIEU, 1987, p. 172). 
Com a evolução do Estado Moderno, surge a necessidade de 
regulação entre os particulares e o Estado consolidando os estudos de 
Direito. A gestão pública do Direito administrativo tem como objetivo 
estudar os órgãos eagentes que interajam com o serviço público a fim 
de cooperar com os objetivos do Estado, minimizando os riscos que 
interagem com todas as suas atividades em especial nos que interferem 
diretamente na população. 
IMPORTANTE:
Na administração pública estão inseridas autarquias, 
fundações públicas, empresas públicas e sociedades 
de economia mista. Todas elas possuem personalidade 
jurídica própria.
Atualmente a Constituição Federal dispõe, no artigo 2º, a divisão 
de poderes que atua diretamente na vida dos cidadãos brasileiros: são 
Gestão de Riscos12
poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o legislativo o 
executivo e o judiciário.
A figura 1 remete aos direitos divididos entre os três grandes 
poderes: legislativo, executivo e judiciário, base da administração pública.
Figura 1 - Três poderes
Fonte: @pixabay
Com a divisão dos poderes, há diversas atividades que envolvem 
a administração pública. Nelas, a gestão de riscos estuda os efeitos 
das incertezas para com os objetivos dessas instituições, zelando pelo 
atendimento dos cidadãos que pagam impostos e precisam receber do 
Governo Federal, Estados ou municípios prestação de serviços tangíveis e 
intangíveis. A gestão de riscos pública faz parte de uma grande estrutura 
organizacional administrativa que está atrelada a uma governança superior 
que demanda atividades proativas e reativas aos riscos.
Para o crescimento de uma organização seja ela do segmento 
público ou particular é necessário que sejam definidas estratégias 
para a gestão de riscos. Para o sucesso das ações definidas é de suma 
https://pixabay.com/pt/illustrations/médico-on-line-médica-bate-papo-5282547/
Gestão de Riscos 13
importância que todos os envolvidos no processo, colaboradores e 
fornecedores, conheçam a estrutura pública organizacional.
A finalidade de um organograma é definir com perfeita ordem a 
função que desempenha cada setor da organização, garantido a agilidade 
na identificação dos responsáveis, assim como, dos departamentos 
existentes na empresa. Para Lacombe (2012), função é uma posição 
definida na estrutura organizacional, a qual cabe um conjunto de 
responsabilidades afins e relacionamentos específicos e coerentes com 
sua finalidade, ao passo que cargo é um conjunto de funções de mesma 
natureza de trabalho, de requisitos em nível de dificuldades semelhantes 
e com responsabilidades em comum. Portanto, tornar a estrutura 
organizacional transparente é fundamental no processo da gestão pública.
O desenho organizacional constitui uma das prioridades da 
administração: delinear a estrutura da empresa de modo 
a contribuir decisivamente para o alcance dos objetivos 
organizacionais. Esta é a principal função da estrutura 
organizacional. (CHIAVENATO, 1994, p. 334)
O serviço público envolve tudo aquilo que o Estado tem o dever 
de fornecer à população tais como: saúde, educação e segurança. Os 
serviços e saúde envolvem desde os atendimentos básicos de consulta, 
exames e vacinas até os mais complexos emergenciais de internamento 
do cidadão.
Na educação, envolve desde o acesso à creche até o atendimento 
ao ensino fundamental e regular. Os serviços de segurança envolvem as 
atividades dos profissionais da guarda municipal e policiais nas esferas 
militar e federal. Administrar os riscos envolve atividades humanas, no 
gerenciamento de pessoas para que os objetivos sejam atingidos. Este 
gestor administrará também os recursos que possui para atingir os 
objetivos da empresa. “O termo “gerência” tem sido aplicado geralmente 
como sinônimo de administração, ou de quem faz administração, seja nas 
empresas ou em organizações” (CHIAVENATO, 1994, p. 499). 
Conceituar cargo na gestão pública é uma tarefa abrangente, 
pois para isso, é preciso tomar como base a legislação de contratação, 
Gestão de Riscos14
bem como de algumas noções fundamentais como tarefa, atribuição e 
função. A tarefa consiste em atividades individuais executadas pelo titular 
do cargo. A atribuição caracteriza-se por ser uma atividade individual, 
executada pelo titular do cargo, mas que está ligada a cargos que 
envolvem atividades diferenciadas. A função refere-se ao conjunto de 
tarefas que são executadas, de forma sistemática, pelo ocupante do cargo. 
Então podemos dizer que o cargo, integra o conjunto de funções com 
uma posição definida na estrutura organizacional, isto é, no organograma 
da empresa.
Para Chiavenato (1994, p. 334) “o desenho organizacional constitui 
uma das prioridades da administração: delinear a estrutura da empresa 
de modo a contribuir decisivamente para o alcance dos objetivos 
organizacionais. Esta é a principal função da estrutura organizacional.” 
A figura 2 remete a necessidade de estrutura organizacional para o 
desenvolvimento das atividades de administração pública.
Figura 2 – estrutura organizacional
Fonte: @pixabay
https://pixabay.com/pt/illustrations/binóculo-pesquisa-consulte-achar-1015265/
Gestão de Riscos 15
A estrutura de um organograma é o sinônimo da representação 
gráfica da empresa. Funciona como a planta da corporação. O organograma 
é um desenho feito em forma de gráficos para definir a forma hierárquica 
de uma organização pública ou privada. Quando o organograma é bem 
estruturado, permite aos colaboradores saberem exatamente as funções 
dentro da organização.
O termo servidor público deriva de servir. Nesse caso aplica-
se a palavra serviço como um sinônimo. O serviço público engloba os 
profissionais, servidores públicos que prestam serviços à Administração 
pública, após idôneo processo de seleção, descartando os riscos de 
fraudes. A contratação de servidores públicos pode ocorrer por três tipos 
de regime:
 • Regime estatutário – estabelecido pela Constituição Federal de 
1988 artigo 41, em que o servidor após cumprir com requisitos 
predeterminados pode adquirir estabilidade de emprego.
 • Regime Celetista – tem como fundamento a consolidação das leis do 
trabalho CLT.
 • Regime jurídico especial.
Em 2016 houve o estabelecimento da instrução normativa visando 
sistematizar como a gestão de riscos deve acontecer no setor público. 
A instrução normativa MP/CGU N° 01 de 2016, estabeleceu no artigo 1º 
que: “Os órgãos e entidades do Poder Executivo federal deverão adotar 
medidas para a sistematização de práticas relacionadas à gestão de 
riscos, aos controles internos, e à governança.”
Desde os primórdios das organizações estatais a gestão de riscos 
é considerada uma função de suma importância no setor público. Ela 
passou a ser estudada com mais ênfase a partir do decreto lei nº 200, 
de 1967, ou seja, há mais de cinquenta anos há perspectiva de trabalho 
abordando a temática de riscos no setor público.
No intuito de mitigar tais falhas e aprimorar a capacidade de 
entrega governamental, na proposta de encaminhamento 
apontam-se oportunidades de aprimoramento em atividades-
Gestão de Riscos16
chave do Estado, notadamente, no arcabouço de planejamento 
e orçamento e na capacidade de articulação, monitoramento 
e avaliação da coerência do conjunto de programas e ações 
governamentais. Aprimoramento esse que será monitorado 
pelo TCU em ações de controle futuras. (TCU, 2017)
As consequências de não se trabalhar com gestão de riscos 
são inerentes à impossibilidade de quantificação e qualificação dos 
esforços empreendidos para atingir os objetivos dos órgãos públicos. 
Constantemente as organizações são questionadas pela sociedade civil 
e empresarial quanto à entrega de produtos e serviços, bem como a 
mensuração de produtividade.
A figura 3 remete à necessidade de equilíbrio dos esforços 
organizacionais para a entrega de produtos e serviços.
Figura 3 – esforços x entrega de produtos ou serviços
Fonte: Elaborado pela autora.
Gestão de Riscos 17
Não se pode desconsiderar as dificuldades que os gestores 
e colaboradores do setor público enfrentam para desenvolver suas 
atribuiçõesde rotina e administrar os riscos inerentes a ela. Muitos inclusive 
sentem medo e temem pela sua própria vida, é o caso dos profissionais 
da saúde da rede pública e de educação no Brasil.
“Mais de 60% dos profissionais da saúde não se sente preparado ou 
não soube responder se está preparado para atuar em meio à pandemia 
de Covid-19” (LOTTA et al., 2020, p. 2).
Segundo o Conass, foi realizada pesquisa a partir de dados obtidos 
pela Fundação Getúlio Vargas, sobre os equipamentos de proteção 
individual EPIs, fornecidos aos profissionais da saúde durante o combate 
à pandemia de Covid-19 no Brasil, no período de 5 de abril e 1º de maio 
de 2020. Os dados obtidos são:
Dos médicos pesquisados: 17,4% não responderam, 25,6% 
consideraram as condições dos equipamentos más/péssimas e 39,7% 
dos entrevistados consideraram boa.
Dos profissionais de enfermagem: 17,6% não responderam, 37,7% 
consideraram as condições dos equipamentos más/péssimas e 37,7% 
dos entrevistados consideraram boa.
ACS e ACE: 26% não responderam, 27,5% consideraram as 
condições dos equipamentos más/péssimas e 36,3% dos entrevistados 
consideraram boa.
Dos demais profissionais: 34,1% não responderam, 45,5% 
consideraram as condições dos equipamentos más/péssimas e 45,5% 
dos entrevistados consideraram boa.
NOTA:
ACS e ACE são agentes comunitários de saúde e de 
combate às endemias
Gestão de Riscos18
A pandemia do Coronavírus é o maior desafio contemporâneo. 
Nesse cenário, ganha papel estratégico a atuação dos 
profissionais da área da saúde. Em países como a França e a 
Itália, manifestações de apreço pelos serviços prestados por 
tais burocratas acontecia quase que diariamente. Já em outros 
casos, temos relatos de profissionais que foram agredidos 
por compartilharem o transporte público, por pessoas que 
estavam com medo de serem contaminadas. Aqui no Brasil, 
a agressão a profissionais da saúde se deu em contexto 
ainda mais complexo, durante uma manifestação desses 
profissionais por melhores condições de trabalho. (LOTTA et 
al., 2020, p. 3)
Na gestão pública a administração de riscos acaba sendo uma 
autodefesa dentre os profissionais, pois uma vez mensurado e avaliado 
os riscos de determinada atividade, é possível a descrição de como as 
pessoas e setores responsáveis se prepararam para determinada situação. 
Muitos servidores públicos acabam ficando desmotivados devido à não 
implementação de situações de melhoria das suas atividades, devido a 
inúmeros aspectos dentre eles culturais.
O setor de compras públicas é pioneiro na gestão de riscos 
na administração pública, devido à necessidade de cumprimento da 
legislação para com as contratações e compras de materiais diversos, as 
quais devem obrigatoriamente apresentar uma análise prévia de riscos. 
A lei 8.666 de 21 de junho de 1993 regulamenta as formas de licitação, 
compras, locações que envolvem a esfera pública.
Art. 1º Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações 
e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, 
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações 
no âmbito dos poderes da União, dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios. Parágrafo único. Subordinam-se ao 
regime desta lei, além dos órgãos da Administração Direta, 
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, 
as empresas públicas, as sociedades de economia mista e 
Gestão de Riscos 19
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela 
União, estados, Distrito Federal e municípios. (BRASIL, 1993)
As compras públicas por licitações podem ocorrer pelas vias de 
pregão, carta convite, concorrência, tomada de preços e registro de 
preços. 
Há ainda os casos de dispensa de licitação autorizado em casos de 
calamidade pública.
Os princípios constitucionais administrativos são regras que visam 
diminuir os riscos nas atividades públicas. Eles são embasados pelo artigo 
37 da Constituição Federal.
 • Princípio da legalidade – é a base que garante que todos os conflitos 
sejam resolvidos pela lei (art. 5º II, art. 37, caput e sistema tributário).
 • Princípio da isonomia – de igualdade, que dispõe que todos os 
cidadãos devem ser tratados da mesma forma.
 • Princípio da moralidade – visa garantir a integridade e o cumprimento 
das regras da boa administração no serviço público. 
Boas práticas têm sido aplicadas, tais como a formulação de 
mapas de riscos dentro dos projetos, no exercício dos riscos antes de 
alocar esforços físicos, materiais e financeiros num projeto. Reuniões de 
orientação na apresentação de notas e informações para toda a equipe 
de trabalho são de extrema relevância na gestão de riscos sejam eles na 
área pública, de saúde jurídica ou corporativa, organizacional. Uma das 
principais preocupações do gerenciamento de riscos no setor público é 
ele se tornar um processo inoperante, que não funcione. Caso isso ocorra 
toda uma comunidade poderá ser prejudicada.
Gestão de Riscos20
RESUMINDO:
Cada vez mais as empresas têm buscado sistemas de 
informação e metodologias de gestão para minimizar 
e até mesmo evitar que os riscos se materializem. Para 
as organizações que compõem a esfera pública essa 
preocupação é ainda maior, pois envolve recursos públicos 
provenientes dos impostos e demais contribuições do 
cidadão, os quais devem obrigatoriamente ser bem 
administrados. Os profissionais da gestão pública buscam 
praticar da melhor forma suas atividades, cumprindo com a 
legislação para que não haja riscos de erros ou má condutas 
por desvios. Nesse sentido os estudos de gerenciamento 
de riscos são de extrema importância para todas as esferas 
das organizações. 
Gestão de Riscos 21
Gestão de Riscos no Meio Jurídico
INTRODUÇÃO:
Caro aluno, de uma forma geral todos os setores de uma 
empresa possuem interações com o ambiente jurídico. 
É preciso que um profissional reconheça que o exercício 
de qualquer prática profissional seja ela de recursos 
humanos, departamento financeiro, de compras, de direito 
empresarial, logística, produção dentre outras áreas de 
conhecimento incidirão regras jurídicas para as quais 
existem riscos no exercício de suas atividades..
Desde o momento do nosso nascimento adquirimos direitos e 
deveres jurídicos com a regularização dos documentos legais tais como 
certidão de nascimento e RG (registro geral de identificação), CPF (cadastro 
de pessoa física), carteira de vacinação. Mas o exercício do ato civil pelo 
indivíduo ocorrerá a partir do momento em que ele adquirir conhecimento 
do ambiente jurídico que o circunda, com a convicção dos seus direitos 
e deveres.
IMPORTANTE:
A palavra direito vem do latim directum que significa dirigir, 
andar em linha reta.
A capacidade jurídica ocorrerá a partir do momento em que houver 
consciência do cidadão e isso independe do gênero ou idade, mas está 
condicionada à sua disposição em obter conhecimento da legislação, 
bem como de seus direitos e deveres. 
O conhecimento pode ser definido como uma mistura fluída 
de experiência condensada, valores, informação contextual e 
insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para 
Gestão de Riscos22
avaliação e incorporação de novas experiências e informações. 
(DAVENPORT; PRUSAK, 1999, p. 6)
A capacidade civil do homem inicia com a maioridade aos 18 anos 
de idade completos, a partir desse momento aumentam os riscos do 
meio jurídico voltados à pessoa física portadora de um CPF. Há também 
as pessoas consideradas incapazes juridicamente, essa incapacidade 
pode ser plena ou absoluta. Nesse caso o cidadão precisa de outro que 
tome decisões jurídicas por ele, pois há muitos riscos envolvidos relativos 
à sua incapacidade de decisão. Esses riscos podem abranger a sua vida 
financeira, a vida de terceiros ou até mesmo o perigo da sua própria vida. O 
quadro 1 exemplifica a classificação jurídica dos capazes, absolutamente 
incapazes e relativamente incapazes.
Quadro 1- Classificação dacapacidade jurídica
Classificação jurídica Descrição
Capazes Maiores de 18 anos
Absolutamente incapazes
Menores de 16 anos ou os que por alguma 
causa transitória de enfermidade grave, 
não podem tomar decisões.
Relativamente incapazes
Maiores de 16 anos e menores de 18 
anos ou cidadãos que se encontrem com 
algum problema de saúde tais como 
vícios tóxicos.
Fonte: Coleto e Albano, 2010 (Adaptado).
IMPORTANTE:
Os absolutamente incapazes não podem participar de atos 
jurídicos.
Todavia é possível um cidadão antecipar a plenitude da sua 
capacidade jurídica através da solicitação de emancipação por escritura 
pública em cartório. Com a emancipação é possível que os relativamente 
Gestão de Riscos 23
incapazes adquiram a plenitude da sua capacidade jurídica antes dos 
dezoito anos de idade, habilitando-o aos atos e riscos jurídicos da vida 
civil (BRASIL, ARTIGO 5º DO CÓDIGO CIVIL). 
A figura 5 remete a solicitação e emancipação pelo cidadão.
Figura 5 - cidadão
Fonte: @pixabay
Por sua vez a pessoa jurídica, constituída de CNPJ pode praticar atos 
civis, correndo riscos, por atos praticados fora da legislação, respondendo 
por eles na representatividade de uma empresa. A pessoa jurídica existe a 
partir do momento da inscrição nos respectivos órgãos competentes tais 
como cartórios e juntas comerciais. (art. 45 do Código Civil)
https://pixabay.com/pt/vectors/balanças-amarela-pesar-justiça-30251/
Gestão de Riscos24
IMPORTANTE:
o registro da empresa para obtenção do CNPJ junto à 
receita federal ocorre após a emissão do NIRE e é feito 
exclusivamente através da Internet, no site da receita 
federal por meio do download de um programa específico. 
Não havendo a devida regularização da pessoa jurídica ela 
está em situação irregular, despersonificada.
Conforme o Código Civil brasileiro as pessoas jurídicas de direito 
classificam-se em: associação, sociedade e fundação. 
 • Conforme artigo 53 do Código Civil as associações são entidades 
de Direito Privado formadas por pessoas com o mesmo objetivo 
econômico. 
 • As sociedades são pessoas jurídicas formadas por contrato social 
com objetivos em comum (artigo 982 do código civil).
 • As fundações são patrimônios personificados (artigo 62 do código 
civil).
A extinção da pessoa jurídica se dará pela dissolução administrativa 
entre os sócios dos acordos e contratos firmados legalmente. Outros 
riscos que envolvem o meio jurídico referem-se às atividades econômicas 
das pessoas jurídicas, inerentes a gestão de tributos. A emissão da nota 
fiscal, por exemplo, é um documento de natureza obrigatória, mesmo 
para pequenas compras, sendo utilizada como garantia de um produto 
ou serviço. Através dela geram-se os impostos recolhidos para o país. 
De acordo com art. 3° do CTN (JUSBRASIL, 1966), tributo é “toda 
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Gestão de Riscos 25
IMPORTANTE:
Os tributos originam-se do artigo 3º do código tributário.
Para Groppelli e Nikbakht (2011, p. 27), “é essencial que o gestor 
tenha conhecimento tributário para calcular o impacto das alíquotas 
dos impostos sobre as decisões financeiras. Sem esses entendimentos 
não será possível decidir com presteza sobre os investimentos e outras 
situações relacionadas a financiamento ou investimentos necessários 
para a gestão da empresa”.
Obrigação jurídica é a relação na qual o indivíduo tem o dever de 
prestar contas ao Estado, exercitando o ato financeiro de pagamento. 
Cabe à União, Estados e Municípios criar taxas na forma de impostos 
na expectativa de melhoria da vida do cidadão. O quadro 2 descreve os 
principais impostos federais.
Quadro 2 – Impostos federais
Imposto Descrição
II Imposto de Importação.
IE Imposto de Exportação.
IR Imposto de Renda.
IPI Imposto sobre produtos industrializados.
IOF Imposto sobre operações financeiras.
ITR Imposto sobre propriedade territorial rural.
Fonte: Coleto e Albano, 2010 (Adaptado). 
Gestão de Riscos26
O quadro 3 descreve os principais impostos estaduais.
Quadro 3 – Impostos estaduais
Imposto Descrição
ICMS Imposto sobre circulação de mercadorias e 
prestação de serviços de transportes.
ITCMD Imposto sobre a transmissão “Causa mortis” e 
doação, de quaisquer bens ou direitos.
IPVA Imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores.
Fonte: Coleto e Albano, 2010 (Adaptado).
O quadro 4 descreve os principais impostos municipais.
Quadro 4 – Impostos municipais
Imposto Descrição
IPTU Imposto sobre propriedade territorial urbana
ITBI Imposto sobre transmissão “intervivos” 
ISS Imposto sobre serviços
Fonte: Coleto e Albano, 2010 (Adaptado).
A modalidade de impostos baseado no simples nacional proporciona 
a microempresa a possibilidade de cumprir com seus deveres legais com 
alíquotas diferenciadas. Nos últimos anos essa modalidade vem sendo 
bastante praticada pelos empresários, devido às suas características de 
auxílio ao pequeno empreendedor. Este subsídio contribui com os novos 
empreendedores a se manterem em dia com as regularidades fiscais, 
levando em consideração todas as dificuldades de um novo negócio, 
diminuindo os riscos da não tributação e inadimplência com os poderes 
do estado de direito. 
As atividades econômicas tributáveis no Brasil estão divididas 
de acordo com a atividade executada pelo empreendimento e área de 
conhecimento, ficando em um mesmo setor instituições que produzam 
Gestão de Riscos 27
bens ou prestem serviços de uma mesma classe. Atualmente as atividades 
econômicas estão divididas em três setores: 
 • O setor primário compreende as atividades ligadas à natureza, como 
a agricultura, a silvicultura, a pesca, a pecuária, a caça ou as indústrias 
de extrativismo mineral.
 • O setor secundário engloba as atividades industriais transformadoras, 
a construção ou produção de energia.
 • O terciário engloba o comércio, serviços tais como o turismo, os 
transportes, as atividades financeiras, dentre outros.
A figura 6 remete a divisão das atividades econômicas em primária, 
secundária e terciária. Cada uma delas possui características específicas 
quanto à atuação.
Figura 6 – atividades econômicas
Fonte: Elaborado pela autora.
Gestão de Riscos28
Cada empresa a partir do seu ramo de atividade estruturará as bases 
legais e jurídicas de seu negócio, dentre elas a financeira com a formação 
do fluxo de caixa. Nesse documento são registradas as entradas e saídas 
financeiras e pode ser gerenciada semanalmente ou mensalmente, 
conforme o volume das suas operações.
O quadro 5 exemplifica algumas entradas e saídas de um fluxo de 
caixa.
Quadro 5 - entradas e saídas do fluxo de caixa
Entradas Saídas
Recebimento de boletos Pagamento de fornecedores
Liquidação de cheques recebidos Pagamento de funcionários
Fonte: Coleto e Albano, 2010 (Adaptado).
Cada empresa pode gerenciar seu fluxo de caixa de acordo com 
as tecnologias disponíveis, o importante é a sua existência e o uso 
correto. A partir desse documento a contabilidade irá estruturar o DRE 
– Demonstrativo de resultados. Não havendo o fluxo de informações, 
organização e idoneidade dos números a empresa corre riscos por estar 
fora da legalidade, além do gerenciamento financeiro incorreto.
O controle financeiro de uma empresa, além de organizar as contas, 
irá evitar a inadimplência e os riscos jurídicos inerentes a ela tais como o 
protesto e em casos mais graves o pedido de falência. 
IMPORTANTE:
A natureza legal do cheque refere-se à emissão de 
pagamento a vista.
Segundo Groppelli e Nikbakht (2010, p. 348), o DRE tem o propósito 
de auxiliar os administradores no desenvolvimento de um planejamento 
consistente, localizando pontos fracos e alocando fundos e recursos para, 
Gestão de Riscos 29
a partir dessa análise, adotar medidas cabíveis para manteruma melhoria 
contínua.
RESUMINDO:
É através das atividades de negócio, de comércio e serviços 
que se formam as relações econômicas de natureza 
jurídica num país. Na constituição dos direitos e deveres 
legais estão os riscos de gestão empresarial que devem 
ser administrados, tais como o enquadramento tributário e 
o recolhimento de impostos.
Gestão de Riscos30
O Gerenciamento de Riscos na Área da 
Saúde
INTRODUÇÃO:
Caro aluno, você sabia que o gerenciamento na área 
da saúde envolve profissionais das mais diversas áreas 
de conhecimento? Isso mesmo! A responsabilidade 
da administração eficaz nessa área envolve médicos, 
enfermeiros, biólogos, administradores, contadores, 
dentre outros profissionais que estejam ligados a clínicas, 
hospitais e demais ambientes de saúde. Esses profissionais 
devem estar atualizados quanto aos aspectos jurídicos 
que envolvem a área da saúde, evitando a materialização 
de riscos à saúde bem como de problemas legais por 
falhas nos processos de atendimento aos usuários que 
porventura venham a se sentir lesados pelos aspectos 
do seu atendimento ou de falta de informação. Tudo que 
envolve esse setor tão importante dentro da sociedade.
Na história da medicina os primórdios de gerenciamento de riscos 
na área da saúde eram feitos à beira do leito do paciente. Em meados 
do século XVIII muda-se o foco dos cuidados com a saúde do caráter 
individual para o coletivo no advento dos locais de cuidados com a 
saúde, atualmente conhecidos como hospitais. Nesse momento os 
profissionais de saúde expandem seus conhecimentos pela oportunidade 
de observação coletiva.
No período do Brasil império, com a instalação da família real 
portuguesa a presença de profissionais técnicos em saúde era escassa 
e ocasionava grandes riscos à população europeia que interagia com os 
povos indígenas na formação do povo brasileiro. Os médicos vinham da 
Europa ao Brasil em raras ocasiões ou a população econômica abastada 
deslocava-se aos países europeus para o tratamento. Na ausência 
dos médicos a população contava com a ajuda e conhecimento dos 
curandeiros, barbeiros e boticários. 
Gestão de Riscos 31
Com a necessidade de formação de profissionais especializados 
para o atendimento local as primeiras escolas em saúde no Brasil são: 
a Escola Anátomocirúrgica e Médica da Bahia e a Escola de Anatomia, 
Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. 
O gerenciamento de riscos na área de saúde vem dos conceitos de 
vigilância sanitária que significa estar atento, cuidar do ser humano e do 
ambiente que o circunda, interferindo positivamente na sua saúde e no 
bem-estar. A prestação de serviços em saúde por sua vez sofre interferência 
de agentes públicos e sociais. Nesse aspecto a materialização de riscos 
pode consolidar-se pela não realização de serviços aos cidadãos com 
eficácia, interferindo na sua qualidade de vida e bem-estar.
A figura 7 remete aos serviços na área da saúde que requerem a 
gestão de riscos.
Figura 7 – Gestão da saúde
Fonte: @pixabay
https://pixabay.com/pt/vectors/ajuda-m%C3%A9dica-o-m%C3%A9dico-tratamento-1724288/
Gestão de Riscos32
IMPORTANTE:
Os riscos na área de saúde significam a possibilidade de um 
possível dano ou de situações de vulnerabilidade.
A relação entre o gerenciamento de riscos na área da saúde para a 
promoção da qualidade de vida, do bem-estar e da saúde é compreendida 
pelo homem na forma de gestão há pouco tempo. - apresentamos um 
histórico resumido em forma de linha do tempo.
Quadro 6 – Histórico da gestão de riscos no mundo e no Brasil 
Período Descrição
Década de sessenta
Houve a campanha para a erradicação da 
varíola no Brasil;
Em 1958
Na 42º Conferência Internacional do Trabalho 
define-se a necessidade de organização de 
serviços médicos nas empresas;
Em 1968
Ocorreu a 21º assembleia mundial de saúde, 
onde foram discutidas ações de vigilância à 
saúde;
Em 1972
Com a portaria nº 3.237, no Brasil, há a 
regulamentação dos serviços médicos de 
higiene e de segurança;
Em 1990
Houve a implantação do SUS no Brasil, 
sistema único de saúde, visando o 
atendimento organizado dos serviços de 
saúde à população; 
Em 2003
O Ministério da Saúde criou o SVS- secretaria 
de vigilância em saúde;
Em 2009
A portaria nº 3252 instituiu a vigilância em 
saúde nos aspectos: sanitários, ambiental, 
epidemiológica de saúde ao trabalhador e de 
promoção à saúde
Em 2013 Institui-se aa portaria nº 1.378 de 2013
Fonte: Fundação Nacional da Saúde, 2017 (Adaptado).
Gestão de Riscos 33
Qualquer que seja a atividade profissional sempre haverá algum tipo 
de risco, mas o que difere uma gestão de saúde bem sucedida de outra 
aventureira, cercada de incertezas são as políticas que levam a saúde e 
segurança. Nesse sentido as políticas públicas brasileiras vêm evoluído 
para atingir a máxima qualidade.
A vigilância em saúde constitui um processo contínuo e 
sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação 
de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o 
planejamento e a implementação de medidas de saúde 
pública para a proteção da saúde da população, a prevenção 
e o controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a 
promoção da saúde. (BRASIL, 2013) 
Todos os órgãos e instituições de saúde possuem um ponto em 
comum que é a gestão de riscos pois atuam com fatores determinantes 
ou agravantes de riscos. O quadro 7 descreve os principais riscos de 
acordo com as áreas de vigilância.
Quadro 7 – Vigilância versus riscos
Vigilância Riscos
Sanitária
Alimentos, medicamentos, serviços de 
laboratório.
Epidemiológica
Doenças causadas por vetores, 
comportamentos humanos ou falta de 
higienização.
Ambiental De poluição do ar, água e solo. 
Fonte: Barbosa, 2011 (Adaptado).
IMPORTANTE:
A vigilância em saúde busca se preparar para fatos e 
eventos inesperados que causem mal à saúde.
Gestão de Riscos34
A prevenção de riscos na área de saúde é uma atividade de suma 
importância para proporcionar segurança aos usuários dos diversos 
sistemas distribuídos pelo país, bem como das instituições provedoras 
de tratamento, tais como consultórios, ambulatórios, clínicas, hospitais ou 
unidades de saúde. Devido à implementação de meios de comunicação, 
informação e educação os usuários estão cada vez mais cientes e críticos 
quanto aos serviços que envolvem a área de saúde e de que forma devem 
ser gerenciados. 
A evolução da medicina traz tratamentos cada vez mais complexos 
para os usuários, as instituições que promoverem os atendimentos, 
devem estar aptas e organizadas do ponto de vista administrativo para 
os atendimentos. Os princípios fundamentais do código de ética médica 
no artigo 2º dispõe: “o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do 
ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o 
melhor da sua capacidade profissional.” 
Nesse sentido é de suma importância a implementação de 
ferramentas de gerenciamento de riscos nos ambientes de saúde. 
Esse gerenciamento deve abordar desde os riscos biológicos até os 
riscos jurídicos por passivos trabalhistas, tributários ou por pedidos de 
indenizações de cunho moral ou de responsabilidade civil dos profissionais 
de saúde como dentistas, médicos e enfermeiros.
A prestação de serviços com qualidade, pode vir a eximir as 
instituições de saúde de problemas jurídicos. Cada vez mais essas 
instituições devem investir no treinamento de pessoas, diminuindo assim 
a incidência de riscos.
IMPORTANTE:
Muitas instituições de saúde buscam a melhoria por meio 
da certificação de qualidade para minimizar a ocorrência de 
riscos.
A portaria de nº 2.349 de 14 de setembro de 2017, aprovou a 
classificação de riscos quanto aos agentes biológicos, em consonância 
Gestão de Riscos 35
com a comissão de biossegurança do Ministério da Saúde. A portaria 
estabelece que a gestão de riscos deve ser atualizada a cada dois anos 
ou em situações de epidemia e pandemias, ou outras situações especiais.A diversidade de riscos inerentes aos processos industriais que 
envolvem o uso de matérias – primas utilizadas na transformação de 
bens em produtos acabados implica na geração de inúmeros riscos à 
saúde humana. A química divide as substâncias químicas em orgânicas, 
com compostos à base de carbono e inorgânicas que envolvem os 
compostos minerais. Cada um desses grupos se subdivide em outros com 
características químicas específicas de acordo com o comportamento de 
reação ao entrar em contato com o ser humano. 
Os diversos agentes químicos entram em contato com o homem 
podendo ingressar no organismo, causando riscos à saúde de diversas 
formas, dentre elas: por inalação, absorção cutânea ou ingestão.
IMPORTANTE:
a NR 15 apresenta uma lista de atividades de trabalho que 
envolvem riscos à saúde humana por agentes biológicos.
O Ministério da Saúde a partir da norma regulamentadora NR 
9 estabelece que a divisão dos principais riscos na área de saúde em 
quatro principais partes (químicos, físico, biológicos e ergonômicos) para 
as quais cabem subdivisões conforme o desenvolvimento de atividades 
ocupacionais. A partir da classificação de riscos da área de saúde é 
possível desenvolver o trabalho de contenção, ou seja, o necessário para 
evitar que os riscos se materializem no contato dos profissionais de saúde 
como por exemplo os agentes microbiológicos. 
Segundo Burmester e Morais (2014, p. 126, 127 e 128), os principais 
riscos assistenciais na área de gestão de saúde, envolvem as esferas 
psicossocial, por reações orgânicas a medicamentos e de quedas. Cada 
um desses riscos requer conhecimento técnico dos profissionais das 
diversas áreas da saúde que irão interagir com o paciente.
Gestão de Riscos36
A figura 8 remete as decisões a serem tomadas pelos profissionais 
da área de saúde para a gestão de riscos.
Figura 8 – Decisões versus profissional
Fonte: @pixabay
Todos os profissionais da saúde devem receber treinamento pelo 
empregador quanto aos riscos inerentes a sua atividade profissional. Os 
riscos podem estar presentes em todos os ambientes de saúde tanto para 
o profissional quanto para o cidadão que está sendo atendido. Os riscos 
podem estar presentes desde a retirada de um paciente da maca que 
pode lesionar o corpo do de ambos, até a coleta de exames para análises 
laboratoriais.
O trabalho do gestor de riscos na área de saúde envolve estudos 
dentro da legislação como da Norma Regulamentadora (NR 9), no 
desenvolvimento de programas de riscos ambientais para tornas as 
atividades profissionais menos arriscadas, de forma que os riscos não 
se materializem a nenhuma das partes. A norma regulamentadora NR 9 
estabelece que: 
 • Devem ser desenvolvidos programas de antecipação e 
reconhecimento de riscos.
 • Devem ser estabelecidas metas de prioridade para o tratamento e 
controle de riscos.
http://www.funasa.gov.br/cronologia-historica-da-saude-publica
Gestão de Riscos 37
 • Devem ser avaliados os riscos de exposição aos diversos agentes 
danosos à saúde nos ambientes profissionais.
 • Devem ser registrados e divulgados todos os riscos à saúde 
identificados nos ambientes.
IMPORTANTE:
A gestão de prevenção aos riscos deve ser estipulada 
periodicamente. O quadro 8 descreve alguns riscos 
assistenciais gerenciados diariamente pelos profissionais 
da área da saúde em exercício.
Quadro 8 – Riscos assistenciais
Risco Paciente
Psicoemocional
Agitado.
Excessivamente exigente.
Com histórico ou evidência 
de dependência química;
Paciente confuso por 
alterações súbitas de 
comportamento e humor, 
amnésia, dentre outros.
Por reações orgânicas e medicamentos
Com histórico de alergia 
a medicamentos e/ou 
alimentos.
Fonte: Burmester e Morais, 2014 (Adaptado).
Parafraseando os mesmos autores os riscos de queda envolvem o 
histórico de tonturas dos pacientes e diagnósticos de déficit neurológicos.
A prática diária dos processos de assistência no hospital 
conduz, pela frequência de determinadas ações, ao alcance da 
estatística prevista para eventual falha. Assim, se determinado 
procedimento tem previsão estatística de ocorrência em torno 
de 1%, ao se aproximar o centésimo caso, se a ocorrência ainda 
Gestão de Riscos38
não se tiver efetivado, é recomendável redobrar o cuidado. 
(BURMESTER; MORAIS 2014, p. 126)
O quadro 9 descreve a classificação de riscos recomendadas pela 
NR 9.
Quadro 9 – Classificação dos riscos
Classe Classificação Descrição
Risco 1
Baixo risco de 
comunicação 
individual e 
comunitário.
Geralmente não causam 
doenças ao homem.
Exemplo: lactobacillus, 
leveduras de cervejas, 
dentre outros inerentes a 
alimentação.
Risco 2
Moderado risco 
individual e limitado 
risco para a 
comunidade.
Para a contaminação 
comunitária os agentes 
de risco 2 necessitam de 
vetores.
Exemplos: Bordetella 
pertussis (bactéria 
causadora da coqueluche).
Escherichia coli (bactéria 
causadora de infecções 
urinárias).
Risco 3
Alto risco individual 
e moderado risco a 
comunidade. 
A transmissão pode ocorrer 
por via aérea.
Exemplos: Bacillus 
anthracis. Coronavírus. HIV.
Risco 4
Alto risco 
individual e para a 
comunidade.
Os agentes biológicos 
possuem alto poder de 
transmissibilidade, para 
cujas não há profilaxia 
efetiva.
Exemplos: Ebolavírus, vírus 
da varíola.
Fonte: Barbosa, 2011 (Adaptado).
Gestão de Riscos 39
IMPORTANTE:
O artigo 1ª da portaria nº 25 aprova o texto da norma 
regulamentadora NR 9 estabelecendo os elementos de 
riscos à saúde para a devida gestão.
Trabalhos físicos pesados, posturas incorretas e posições incômodas 
podem ocasionar riscos à saúde, além de provocar o mal-estar geral por 
cansaço, dores musculares e fraquezas em geral. A monotonia, ritmos 
excessivos, trabalhos em turnos prolongados e repetitividade também 
provocam o desconforto e cansaço ao homem e pode ocasionar diversos 
problemas de saúde desde gastrites, úlceras, hipertensão arterial, até 
doenças nervosas causadas por tensão, medo e ansiedade. 
Os riscos à saúde causados pelos inúmeros fatores ambientais 
e de estruturas por inadequações de espaço físico e de máquinas e 
equipamentos devem ser gerenciados com responsabilidade e precisão. 
Cabe ao empregador prestar apoio técnico aos profissionais que interagem 
com os serviços de saúde. O conhecimento para a melhoria das atividades 
desses profissionais é possível pelo apoio jurídico da organização, pelo 
setor de recursos humanos nas áreas de assistência social e psicologia, 
pelos centros de informações tecnológicas e pelo desenvolvimento 
seguro de projetos em produtos e serviços. Os gestores públicos vigentes 
devem gerenciar através de políticas públicas os riscos à saúde tanto para 
os cidadãos usuários, quanto para os profissionais de saúde. 
RESUMINDO:
As modificações da rotina de vida e trabalho da sociedade 
moderna trazem para os profissionais de saúde a 
necessidade da gestão de riscos de forma mais intensa, 
profissionalizada e regulamentada. São inúmeros os 
riscos inerentes à saúde humana podendo ocorrer nas 
suas atividades sociais e profissionais os quais devem ser 
classificados para o correto tratamento.
Gestão de Riscos40
Gestão de Riscos no Ambiente corporativo
INTRODUÇÃO:
Caro aluno, você já parou para pensar como a modernização 
e a aceleração do crescimento econômico no último século 
provocaram mudanças em todos os ramos de negócio? 
A mídia veicula todos os dias centenas de propagandas 
ofertando uma variedade de produtos e serviços, 
principalmente de caráter tecnológico para todas as faixas 
etárias da população. Na expectativa do planejamento de 
lançamentos rápidos de produtos e serviços no mercado, 
com o auxílio de ferramentas de marketing, tais como: 
publicidade, propaganda e promoção o ambiente de 
negócios torna-se arriscado e incerto. Para diminuir os riscos 
no ambiente corporativo, principalmente nos investimentos 
financeiros a administração propõe ferramentas de gestãocomo o plano de negócios..
E então? Curioso para aprender sobre essa ferramenta de gestão 
de riscos? Vamos lá! Continue conosco!
Nos ambientes corporativos os gestores precisam planejar suas 
ações antecipadamente diminuindo assim os riscos do negócio não 
dar certo. A ideia do gestor olhar para o futuro, remete a possibilidade 
de modificação do ambiente, materiais e pessoas que de alguma forma 
impossibilitem o atingimento dos objetivos organizacionais.
Não há discussão sobre o fato de que as organizações assim 
como os indivíduos têm responsabilidades sociais, à medida 
que seu comportamento afeta outras pessoas e, querendo 
elas ou não, há pessoas e grupos dispostos a cobrar essas 
responsabilidades por meio do ativismo político, da empresa, 
da legislação e da atuação nos parlamentos. (MAXIMIANO, 
2011, p. 393)
Gestão de Riscos 41
A figura 9 remete a necessidade de olhar para o futuro, a longo 
prazo pelo gestor.
Figura 9 – visão de futuro
Fonte: @pixabay
Os riscos dos ambientes corporativos são ainda mais significativos 
se considerarmos que grande parte das variáveis dos ambientes internos 
e externos que circundam as empresas não são visíveis. Dessa forma, 
os riscos são desde o planejamento inadequado do layout até a falta de 
provisão de recursos financeiros, ocasionando a perda da produtividade e 
em alguns casos o encerramento das atividades de negócio. 
O ponto crucial de qualquer empreendimento é o dinheiro. 
O empreendedor deve calcular o montante necessário para 
iniciar um negócio – o investimento inicial. O valor pode 
determinar se o empreendedor tem condições de começar 
o negócio ou não. O outro cálculo importante é o do retorno 
do investimento. A análise do mercado deve revelar qual o 
potencial de receitas e o tempo necessário para a recuperação 
do investimento. Investir, especialmente muito dinheiro, em 
atividades que proporcionam pouco retorno e demoram anos 
para proporcionar a recuperação do capital inicial pode ser 
uma decisão errada. (MAXIMIANO, 2011 p. 373)
Com o plano de negócios é possível a identificação dos recursos 
necessários sob todas as ópticas da administração, desde a análise de 
mercado do ponto de vista marketing até a análise financeira para a 
https://pixabay.com/pt/vectors/cidadão-ícone-icônico-1294856/
Gestão de Riscos42
alocação do capital social. Para Neto (2009, p. 14) “A definição de capital 
social é bastante ampla, dependendo do enfoque que a análise de tal 
evento adota”.
IMPORTANTE:
Capital social são os recursos financeiros investido na 
empresa pelos sócios.
A figura 10 remete ao capital social, dinheiro investido pelos sócios 
no negócio]].
Figura 10 - Recursos financeiros
Fonte: @pixabay
O plano de negócios é um instrumento de gestão de riscos utilizado 
para planejar novos empreendimentos ou quaisquer tipos de projetos, 
minimizando as chances de os objetivos traçados não serem alcançados. 
Essa ferramenta traduz-se num documento de linguagem escrita 
apresentando o futuro de um empreendimento ou projeto. 
https://pixabay.com/pt/illustrations/dinheiro-euro-lucro-moeda-1015277/
Gestão de Riscos 43
O plano de negócios funciona como um mapa do tesouro. 
Entretanto, esse mapa tem algumas peculiaridades. Para 
construí-lo deve ser seguido alguns passos específicos, mais 
nem sempre é possível encontrar um pote de ouro no final 
do arco-íris. Aliás, essa é a verdadeira função do plano de 
negócios: possibilita ao empreendedor que tenha uma noção 
antecipada dos resultados que sua empresa pode alcançar. 
(GONÇALVES, 2011, p. 26)
Os principais aspectos mensurados no plano de negócio referem-
se aos riscos do produto, vendas, faturamento mercado, investimentos e 
necessidades de financiamento.
A figura 11 remete aos aspectos abordados no plano de negócio. 
Figura 11 - Recursos financeiros
Fonte: Elaborado pela autora.
Quando bem elaborado o plano de negócios facilita diversos 
aspectos para a tomada de decisões diminuindo os riscos de gestão, 
como por exemplo, a visualização de possibilidades de empréstimos 
ou financiamentos, junto a instituições financeiras, bem como a adesão 
Gestão de Riscos44
de novos sócios e investidores. Com o plano é possível mostrar, de 
forma detalhada como a empresa deve atuar no mercado delimitando 
a ideia central de produtos e/ou serviços que serão oferecidos. Auxilia 
na identificação do público-alvo e das concorrências direta e indireta. 
Propõe um melhor posicionamento da empresa no mercado, projetando 
o seu crescimento na contabilização do volume de vendas, num melhor 
direcionamento das políticas internas da organização para gerir os 
colaboradores e fornecedores. 
 • Produto: reprodução teórica do produto, permitindo o agrupamento 
de suas características ou classificações.
 • Mercado: permite o dimensionamento do mercado a ser explorado, 
bem como das possibilidades de oferta e demanda.
 • Investimento: auxilia com cálculos prévios dos valores que devem ser 
investidos no negócio.
 • Necessidades de financiamento: é a representação da distância dos 
valores monetários para se realizar um negócio e o que a empresa 
realmente tem disponível no momento presente. A partir desses 
resultados é possível o gestor buscar financiamentos diminuindo os 
riscos financeiros tais como de juros abusivos. 
IMPORTANTE:
outros aspectos podem ser abordados no plano de 
negócios, tais como documentações jurídicas, aspectos 
operacionais como layout e necessidade de mão de obra.
No plano de negócios é possível que sejam inseridas informações 
técnicas e financeiras do ambiente corporativo. O plano é um mapa que 
norteará os gestores, e que deverá ser atualizado constantemente, para 
que possa cumprir sua finalidade de orientar todos os envolvidos na gestão 
sobre os ambientes internos e externos. Ele demonstrará aos gestores e 
Gestão de Riscos 45
possíveis investidores as vantagens e os riscos do empreendimento, para 
que se possa definir pela continuidade ou mudanças necessárias. 
Um plano de negócio é um documento que descreve por 
escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser 
dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo 
os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite 
identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-
los no mercado. (ROSA, 2013, p. 15)
Com um plano de negócios bem estruturado é possível ordenar 
as alternativas existentes e ver quais são as soluções mais adequadas 
para minimizar os riscos do mercado. Para aqueles que trabalharem 
estrategicamente, este documento torna-se uma vantagem competitiva 
dentre os concorrentes. Segundo pesquisas realizadas pelo SEBRAE as 
principais causas de mortalidade das empresas são: 
 • Falta de planejamento dos gestores.
 • Os gestores não negociaram prazos com os fornecedores.
 • A empresa não obteve empréstimos com bancos.
 • O empreendedor não realizou capacitação sobre gestão de negócios.
 • A empresa não investiu em capacitação de mão de obra.
 • Não houve aperfeiçoamento de produtos.
 • Não houve atualização de gestão.
 • A empresa não acompanhou as despesas e receitas com rigor.
 • Os produtos não tinham diferencial.
Gestão de Riscos46
O SEBRAE ainda aponta as principais dificuldades enfrentadas pelo 
primeiro ano de atividades das empresas no Brasil no período de 2011 a 
2012.
Figura 12 – Sobrevivência das empresas no Brasil segundo o Sebrae 2016
Fonte: https://datasebrae.com.br/sobrevivencia-das-empresas/#taxa
Não existe uma estrutura rígida e específica para desenvolver o 
plano de negócios, porém é necessário o preenchimento de requisitos 
básicos que façam com que o entendimento sobre o todo seja possível. 
No plano de negócios também devem constar a missão, visão e valores 
organizacionais, a forma jurídica da empresa e seu enquadramento 
tributário (sociedade limitada, por cotas, microempreendedor individual). 
Para Kotler e Keller, (2006, p. 43):” Asmelhores declarações de missão 
são aquelas guiadas por uma visão, uma espécie de sonho impossível 
que proporciona a empresa um direcionamento para os próximos 10 a 20 
anos”.
É necessária também a composição do capital social (valores 
despendidos pelo(s) sócio(s) para o início do projeto, e quais serão as 
fontes de recursos para que esta possa se manter (por recursos próprios, 
terceiros, empréstimos ou financiamentos). Quando bem elaborado 
o plano facilita, por exemplo, a visualização de possibilidades de 
empréstimos ou financiamentos, junto de instituições de fomento, bem 
como a adesão de novos sócios e investidores. Nele é possível mostrar, 
de forma detalhada, qual será a área de atuação; delimitar a ideia central 
Gestão de Riscos 47
de produtos e/ou serviços que serão oferecidos; identificar o público-
alvo e a concorrência; posicionar-se no mercado; projetar o crescimento; 
contabilizar o volume de vendas; e estabelecer políticas para gerir os 
colaboradores e fornecedores.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos?! O mundo 
encontra-se numa era de competição entre os setores 
da economia. Identifica-se diariamente uma corrida para 
com projetos e novas ideias de negócio, afinal o mercado 
consumidor espera por inovação. Com isso os riscos de 
projeto na abertura de novos negócios e do gerenciamento 
das suas atividades para a gestão sustentável é um grande 
desafio. Para diminuir os riscos de frustração na perda de 
recursos materiais, financeiros e de esforço de pessoas os 
estudos de administração propõe metodologias de gestão 
tais como o plano de negócios. 
Gestão de Riscos48
REFERÊNCIAS
ANDRADE, T. Para entender relações públicas. 3. ed. São Paulo: Loyola, 
2001. 
ASSIS, G. B. L. O absolutismo e sua influência na formação do Estado 
brasileiro. Revista dos Tribunais. RTVOL. 969. Julho, ...............2016. Disponível 
em: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_
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https://pixabay.com/pt/illustrations/apresentação-empresária-empresários-1831080/
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Daniele Melo de Oliveira
Livro Didático Digital
	Gestão de Riscos e a Administração Pública
	Gestão de Riscos no Meio Jurídico
	O Gerenciamento de Riscos na Área da Saúde
	Gestão de Riscos no Ambiente corporativo

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