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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR UNIVERSIDADE PAULISTA CAROLINE NASCIMENTO DA SILVA RA: 0591474 HOSPITAL IGESP: SÃO PAULO - SP PIM VI PRAIA GRANDE 2021 CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO HOSPITALAR UNIVERSIDADE PAULISTA CAROLINE NASCIMENTO DA SILVA RA: 0591474 HOSPITAL IGESP: SÃO PAULO - SP PIM VI Projeto Integrado Multidisciplinar V para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Hospitalar, apresentado a Universidade Paulista – UNIP Orientador: Prof.ª Me Ivete Rolim Daniel. PRAIA GRANDE 2021 2 RESUMO Este estudo tem por objetivo analisar o Hospital IGESP de São Paulo, a fim aplicar os conceitos de Planejamento e Negócios da Saúde onde será elaborado um plano de négocio para verificar a viabilidade da implantação de um modelo de assistência à saúde com foco na Atenção Primária à Saúde (APS); em Matemática Financeira será observada a gestão financeira da empresa, a aplicação de seus recursos, controle e monitoramento dos seus investimentos; Ética e Relações Humanas no Trabalho abordaremos a conduta ética no trabalho, seguindo padrões e valores tanto da sociedade, quanto da própria organização, apresentar estratégias para a melhor aplicação da ética no ambiente de trabalho. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica de natureza descritiva, a fim de reconhecer as questões retratadas na literatura de maneira a poder compreender a importância do plano de negócio, gestão financeira e da ética e relações humanas no ambiente de trabalho. Palavras-chave: Plano de Negócio; Gestão Financeira; Ética e Relações Humanas no Trabalho. 3 TABELAS Tabela 1: Balanços Patrimoniais (Em milhares de reais) - Exercício 2020/2019…………………………………………………………………………………...27 Tabela 2: Demonstração de Resultado (Em milhares de reais) - Exercício 2020/2019…………………………………………………………………………………...28 Tabela 3: Demonstração dos Fluxos De Caixa – DFC (Em Milhares De Reais) - Exercício 2020/2019……………………………………………………………………....28 4 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................6 2.PLANEJAMENTO E NEGÓCIOS DA SAÚDE…………………....………………….. 8 2.1 ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIO…………………………………………... 8 2.2 SUMÁRIO EXECUTIVO………………………………………………………..……..10 2.3 ANÁLISE DE MERCADO………………………………………………………….....13 2.4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO……………………………………………...….14 2.5 ORGANIZAÇÃO E GERÊNCIA………………………………………………….......16 2.6 PLANEJAMENTO DE MARKETING……………………………………….……….18 2.7 PLANEJAMENTO FINANCEIRO…………………………………………….……...19 3.MATEMÁTICA FINANCEIRA……..........................................................................20 3.1 CONCEITO DE GESTÃO FINANCEIRA…………………………………………....22 3.2 FUNÇÕES DA GESTÃO FINANCEIRA………………………………………….....24 3.3 MECANISMOS DE CONTROLE………………………………………………….....25 3.4 GESTÃO FINANCEIRA CENTRO TRASMONTANO DE SÃO PAULO………...26 4. ÉTICA E RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO………………………………..28 4.1 DEFINIÇÕES DE ÉTICA………………………………………………………….......30 4.2 ÉTICA NAS RELAÇÕES DE TRABALHO…………………………………….…...32 4.3 IMPORTÂNCIA DA ÉTICA E DO DIREITO NO TRABALHO…………...……….34 4.4 REGRAS INSTITUCIONAIS E CÓDIGO DE ÉTICA HOSPITAL IGESP………..39 5.CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................43 6.REFERÊNCIAS.......................................................................................................45 5 1.INTRODUÇÃO O Instituto de Gastroenterologia de São Paulo foi criado na década de 50, localizado no centro da capital paulista. Em 1º de dezembro de 1955, o instituto adquiriu personalidade jurídica e no ano 1964, transferiu suas instalações para um prédio próprio na região da Bela Vista. Em 1998, o hospital IGESP foi adquirido pelo grupo Trasmontano. Presidida por Fernando José Moredo, o antigo Instituto de Gastroenterologia transformou-se em complexo hospitalar, preparado para atender às mais diversas áreas da medicina. Após três grandes programas de expansão, o Hospital IGESP conta hoje com uma infraestrutura moderna e voltada para o atendimento de alta complexidade. Composta por 8 salas cirúrgicas, 60 leitos de UTI adulto e um total de 235 leitos de internação dispostos em apartamentos. No Pronto Atendimento, são adotados modernos protocolos que visam o atendimento rápido, eficiente e seguro nas especialidades de clínica médica, cirurgia geral e ortopedia. O hospital também conta com uma completa unidade de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, setor de diagnóstico por imagem,, além de outros serviços de diagnósticos onde são realizados exames cardiológicos, procedimentos endoscópicos, exames de motilidade digestiva, entre outros. Considerada uma empresa de grande porte, o IGESP conta com aproximadamente 6.000 funcionários espalhados entre sua sede e unidades. No momento, o hospital possui duas unidades ambulatoriais, localizadas na região do Aeroporto de Congonhas, na Capital e outra na cidade do Guarujá, litoral paulista. A instituição ainda conta com o pronto atendimento na cidade de Praia Grande que funciona 24 horas por dia, realizando atendimento de urgência e emergência clínica e pediátrica. Na cidade também está sendo construído um novo complexo hospitalar, previsto para ser entregue em novembro de 2021. 6 Atualmente a diretoria do IGESP é composta pelo presidente Fernando José Moredo, vice-presidente Alcides Félix Terrível e os diretores Abel M. Lopes, Joel da Cunha e Julio Lobato. A instituição tem como missão praticar a medicina em prol da vida, com orgulho e responsabilidade, aliando respeito, dedicação e calor humano à recursos tecnológicos, qualidade técnica profissional e excelente infraestrutura de hotelaria e serviços. Sua visão é tornar-se referência de qualidade em serviços de assistência médica e hospitalar, identificando como um dos mais modernos e completos hospitais de São Paulo, voltado para o atendimento de alta complexidade. E seus principais valores são ética e respeito ao ser humano, primando por sua integridade, dignidade e bem-estar; profissionalismo com foco na melhoria constante dos processos e na qualidade dos serviços prestados em todos os níveis de atendimento; valorização humana baseada em um excelente ambiente de trabalho, aprimoramento técnico contínuo e justo reconhecimento profissional; responsabilidade técnica e social, focada na superação dos níveis de resolutividade e avaliação constante da qualidade em todos os serviços prestados e humanização com um atendimento acolhedor baseado em atenção e carinho, fortalecendo as relações pessoais e contribuindo para o processo de cura. Neste estudo será analisado Hospital IGESP de São Paulo, onde será elaborado um plano de négocio para verificar a viabilidade da implantação de um modelo de assistência à saúde com foco na Atenção Primária à Saúde (APS); será observada a gestão financeira da empresa, a aplicação de seus recursos, controle e monitoramento dos seus investimentos; abordaremos também sobre a conduta ética no trabalho, seguindo padrões e valores tanto da sociedade, quanto da própria organização e apresentar estratégias utilizadas pela empresa no ambiente de trabalho. 7 2.PLANEJAMENTO E NEGÓCIOS DA SAÚDE A cultura de planejamento ainda não está totalmente difundida no Brasil, ao contrário de outros países, como os Estados Unidos, onde o Plano de Negócio é o passaporte e o pré-requisito básico para a abertura e gerenciamento do dia-a-dia de qualquer negócio, independente de seu segmento ou porte. Segundo Fonseca (2019) um plano de negócio consiste em um documento formal que contém informações acerca do conceito do negócio, dos riscos, dos concorrentes, do perfil dos clientes, das estratégias de marketing e, ainda, de todo o plano financeiro que vai viabilizar o novo negócio. Nesse pensamento o SEBRAE (2013) define um Plano de Negócio como um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindoos riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado. Nakagawa (2011) define como um documento que explica uma oportunidade de negócio, identifica o mercado a ser servido e provê detalhes a respeito de como a organização planeja capturá-la. O principal objetivo do Plano de Negócio é orientar o empreendedor que pretende iniciar uma atividade econômica ou expandir sua empresa na tomada de decisões estratégicas antes de iniciar o seu empreendimento, com o intuito de minimizar fatores de risco. Serve, também, como instrumento para a solicitação de empréstimos e financiamento junto a instituições financeiras, podendo ainda, ser utilizado na busca de novos sócios e parceiros. 2.1 ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIO O Plano de Negócio deve possuir uma estrutura sequencial e lógica, que permite ao empreendedor planejar os seus próprios esforços pessoais para elaboração dos estudos necessários: levantamento de dados, análise das informações, consultas a terceiros, decisões a serem tomadas, entre outras ações. Segundo Dornelas (2005, p. 100), não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios, pois cada negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão de plano de negócios que 8 seja universal e aplicado a qualquer negócio. [...] Mas, qualquer plano de negócios deve possuir um mínimo de seção, as quais proporcionarão um entendimento completo do negócio. Para SEBRAE (2013) os principais elementos para a elaboração de uma Plano de Negócio são os seguintes: Sumário Executivo: É um resumo do Plano de Negócio, o objetivo é retratar o negócio que irá empreender. Nele deve conter os principais pontos tais como dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições, dados do empreendimento, missão da empresa, setores de atividade, forma jurídica, enquadramento tributário, capital social e fontes de recursos. Análise de Mercado: Abranger três temas (Estudo de clientes, Estudo dos concorrentes e Estudo dos fornecedores). No estudo dos clientes possibilita a identificação das características gerais dos clientes, se pessoa física ou jurídica, interesses e comportamentos, o que leva a pessoa a comprar e onde estão localizados os possíveis clientes. O estudo dos concorrentes possibilita aprender lições importantes que servem como referência. Através do estudo dos concorrentes é possível observar preço cobrado, condições de pagamento, prazos, atendimento prestado, serviços disponibilizados, garantias. Também é possível observar se há espaço no mercado para todos. O estudo dos fornecedores permite verificar o quão fácil ou difícil será encontrar tal matéria-prima ou serviço. Tenha sempre mais de um fornecedor. Plano de Marketing: Deve conter a descrição dos principais produtos e serviços, o preço o qual o consumidor está disposto a pagar por tal mercadoria ou serviço, a estratégia promocional, ou seja, como será a divulgação, a estrutura de comercialização e a localização do negócio. Plano Operacional: Composto de layout ou arranjo físico, capacidade produtiva, processos operacionais e necessidade de pessoas. Um plano operacional bem elaborado permite aumentar a capacidade produtiva, diminuir o desperdício e retrabalho. Plano Financeiro: Através do plano financeiro é possível determinar o total de recursos a serem investidos para que a empresa comece a funcionar. Essa é a etapa mais longa do plano de negócio, a qual vai indicar a viabilidade ou não do negócio. 9 O plano financeiro deve ser composto de: Estimativa dos investimentos fixos, Capital de giro, Investimentos pré-operacionais, Investimento total (resumo), Estimativa do faturamento mensal da empresa, Estimativa do custo unitário, de matéria-prima, materiais diretos e terceirizações, Estimativa dos custos de comercialização, Apuração dos custos dos materiais diretos e/ou mercadorias vendidas, Estimativa dos custos com mão de obra, Estimativa do custo com depreciação, Estimativa dos custos fixos operacionais mensais, Demonstrativo de resultados, Indicadores de viabilidade, Lucratividade, Rentabilidade, Prazo de retorno do investimento. Construção de Cenários: Após a finalização do plano de negócio, deve-se simular valores e situações diversas para a empresa. Preparar cenários onde o negócio obtenha resultados pessimistas (queda nas vendas e/ou aumento dos custos) ou otimistas (crescimento do faturamento e diminuição despesas). A partir daí, ações devem ser pensadas para evitar e prevenir-se frente às adversidades ou então para potencializar situações favoráveis. Fazer quantas simulações julgar necessário e ter sempre alternativas de ações (plano B). Avaliação Estratégica: Análise SWOT (strengths, weaknesses, opportunities e threats) ou em português F.O.F.A (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças). Levará o empreendedor a pensar nos aspectos favoráveis e desfavoráveis do negócio, dos seus proprietários e do mercado. Avaliação do Plano de Negócio: O plano de negócio é um valioso instrumento de planejamento e deve ser consultado com frequência. Vivemos em um mundo globalizado e as mudanças são constantes, por isso é necessário estar atento ao mercado e realizar as adaptações necessárias. Empreender é sempre um risco, mas empreender sem planejamento é um risco que pode ser evitado. O plano de negócio, apesar de não ser a garantia de sucesso, irá auxiliar na tomada de decisão mais acertada e também a não se desviar dos objetivos. 2.2 SUMÁRIO EXECUTIVO Nosso Plano de Negócio estuda a viabilidade da implantação de um modelo de assistência à saúde com foco na Atenção Primária à Saúde (APS) voltada para a 10 carteira de colaboradores e seus dependentes (cerca de 4.000 usuários) do Hospital IGESP, uma das unidades de negócio do grupo Trasmontano. O serviço será prestado em rede assistencial própria e através de alguns prestadores porém iremos focar, em um primeiro momento, uma nova estrutura física onde ficará instalada a APS como unidade central responsável pela comunicação com a rede. O acesso ao sistema será integrado e sempre será intermediado por um médico generalista. Dependendo dessa avaliação, esses colaboradores serão referenciados e contra-referenciados aos especialistas da nossa rede assistencial, conforme a necessidade, e atendidos em nossa rede de atenção secundária (nível ambulatorial e hospitalar) e terciária (alta complexidade). Somos uma estrutura verticalizada, que compreende um hospital composto por 8 salas cirúrgicas equipadas com alta tecnologia médica, 60 leitos de UTI adulto preparados para pacientes que exigem grau máximo de atenção e um total de 235 leitos de internação dispostos em apartamentos. No Pronto Atendimento, são adotados modernos protocolos que visam o atendimento rápido, eficiente e seguro nas especialidades de clínica médica, cirurgia geral e ortopedia. O hospital também conta com uma completa unidade de hemodinâmica e cardiologia intervencionista, setor de diagnóstico por imagem equipado com modernas tecnologias, além de outros serviços de diagnósticos onde são realizados exames cardiológicos, procedimentos endoscópicos, exames de motilidade digestiva entre outros. Após a experimentação da APS com os colaboradores do hospital, lançaremos o novo produto para todo mercado. Desta forma, nossos consumidores serão as pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir o plano da APS. A área de atuação da Trasmontano Saúde abrange as seguintes cidades: São Paulo (Capital), Grande São Paulo (Arujá, Atibaia, Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Osasco,Parque São Luís, Poá, Rochedale, Santo Antônio, Suzano, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista), Região do ABC (Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul) e Litoral Paulista (Caraguatatuba, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Peruíbe,Praia Grande, Santos, São Sebastião, São Vicente, Ubatuba). Sendo esse o nosso mercado potencial. 11 O grupo Trasmontano tem como missão prestar assistência médica de qualidade, visando a promoção da saúde de forma global, em prol de uma maior qualidade de vida para os nossos associados. Nossa visão é crescer de forma sustentável e tornar-se uma instituição cada vez mais sólida, segura e confiável, em benefício dos nossos associados e parceiros. A base tecnológica da empresa inclui sistemas de alta performance para gestão da operadora, hospital e medicina preventiva. Nossos concorrentes diretos no negócio são outras operadoras de plano de saúde e as clínicas médicas com consultas de baixo custo e atendimento rápido. A empresa pretende financiar seu crescimento com recursos próprios ou de terceiros dependendo, logicamente, das oportunidades que possam emergir do mercado. A Trasmontano já possui registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS sob nº 30.362-3), desde 16/03/1999, opera planos privados de saúde no Segmento Primário Principal (SPP), Modalidade Medicina de Grupo, com atendimento em hospitais, consultórios, clínicas e laboratórios. Isso reflete o cumprimento das exigências advindas da agência reguladora. A efetividade do atendimento a essa norma demonstra a qualidade dos serviços prestados, assim como a preocupação e transparência com seus beneficiários e prestadores. Além do registro na ANS o grupo deve possuir todos os outros documentos legais exigidos: Alvará de funcionamento, Alvará Vigilância, Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES). Estamos sujeitos à lei 9656/98 (Lei dos Planos de Saúde) e às normativas da ANS que regulamenta as operadoras de planos de saúde. Nossa diretoria é composta atualmente pelo presidente Fernando José Moredo, vice-presidente Alcides Félix Terrível e os diretores Abel M. Lopes, Joel da Cunha e Julio Lobato. As áreas Jurídica, Atuarial, Marketing, Informática, Contábil, Auditoria Médica Especializada são terceirizadas. No nível estratégico nossa diretoria executiva está diretamente envolvida na implantação do projeto. No nível operacional, a equipe já está dimensionada mas em vias de contratação. As decisões são tomadas de acordo com o nível hierárquico englobando a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração. 12 2.3 ANÁLISE DE MERCADO O público-alvo escolhido para o projeto do novo modelo de assistência médica foi a carteira de colaboradores e seus dependentes do Hospital IGESP. Isso porque, com a amostra de 4.000 vidas, que representa o total de colaboradores, será possível observar as variações comportamentais originárias diretamente da mudança do modelo assistencial, uma vez que esses colaboradores e seus dependentes já possuem cobertura de um plano de saúde que tem, como uma de suas características, a livre escolha de prestadores. O público-alvo reside, em sua grande maioria, na capital de São Paulo. Por ser um projeto piloto, ainda não há uma base para análise. As características serão obtidas após um ano de implementação da Atenção Primária à Saúde quando teremos nossos próprios indicadores. O único segmento pretendido é a carteira de colaboradores e seus dependentes, em um primeiro momento. À medida que tivermos nossos indicadores, faremos a segmentação do mercado, estabelecendo entre outras coisas os critérios para estabelecer o melhor segmento. Em linhas gerais, a população-alvo atual é formada por pessoas de meia idade e jovens, ligados ao mercado de saúde, que consomem conteúdos voltados para cultura, esporte e lazer. Procuram informações na internet e veículos regionais e têm perfis na rede social. Todos os colaboradores e seus dependentes serão atingidos, uma vez que, com a implantação da Atenção Primária à Saúde, a massa será migrada para o novo programa. Os benefícios que entendemos agregar valor ao nosso usuário são: Agilidade para a identificação e resolução dos problemas de saúde, com o médico que encaminha o paciente para um especialista, caso necessário; Tempo de consulta individualizado de acordo com as necessidades; Atendimento personalizado com um médico que conhece o histórico de saúde do colaborador; Novo modelo de acesso avançado, com agenda que garante atendimento médico em até 48 horas. Nossos concorrentes diretos no negócio são outras operadoras de plano de saúde: Unimed, Amil, NotreDame Intermédica, SulAmérica, Bradesco Saúde, Porto Seguro e as clínicas médicas com consultas de baixo custo: Dr. Consulta, Mais Saúde, Dr. Examina e Cartão de Todos. 13 2.4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO A APS é a forma de atendimento nos serviços de saúde na qual um profissional médico capacitado guia as pessoas em plano personalizado de cuidado. Além do médico, conta-se com a atuação conjunta de uma equipe multidisciplinar, que envolve diversos profissionais de saúde. Tudo para que se tenha uma vida equilibrada com cuidado integral e orientações sobre o que fazer, desde as condições mais simples até o direcionamento a uma equipe especializada, caso necessite de procedimentos em outras áreas. A Atenção Primária à Saúde oferece um modelo de cuidado mais próximo, integral, mais humanizado. O projeto está em andamento e tem as seguintes características: Abrangência na área de ação; Acesso a toda rede credenciada de especialistas quando recomendado ou acordado com o médico pessoal; Médico pessoal e equipe são responsáveis por cuidar da saúde mesmo quando o paciente não for ao consultório; Cuidado baseado em equipe e em evidências científicas; Modelo inspirado no sistema de saúde Inglês e das melhores experiências americanas. Nosso negócio tem o foco do atendimento na APS que obedece a seis princípios evidenciados por Starfield (2004): Longitudinalidade: aporte de cuidados regulares e constantes da parte da equipe de saúde a indivíduos e familiares, que se estabeleça entre as duas partes uma relação humanizada e de confiança; Integralidade: prestação de um conjunto de serviços que atendam à população descrita na promoção da saúde, prevenção de doenças, cuidados, cura, paliação e reabilitação. A equipe de saúde tem a responsabilidade de identificar problemas biológicos, psicológicos e sociais causadores das doenças; Coordenação: capacidade de garantir a continuidade dos serviços prestados pela equipe de saúde. Está deve identificar os problemas que requerem acompanhamento constante e atuar como centro de comunicação das redes de atenção à saúde; Foco na Família: família como sujeito da atenção, o que exige interação da equipe de saúde com essa unidade social e o conhecimento integral de seus problemas de saúde e das formas singulares de abordagem familiar; Orientação Comunitária: reconhecimento das necessidades das famílias em seu contexto físico, econômico e social; 14 Competência Cultural: respeito pelas singularidades culturais e preferências das pessoas e das famílias. As nossas vantagens distintivas englobam: ● Conhecer todos os indicadores de saúde dos colaboradores; ● Prontuário eletrônico único para todos os clientes; ● Cuidado integral, ao longo de toda a vida do paciente, com coordenação de todos os cuidados; ● Maior satisfação de todos; ● Consultas no mesmo dia com a equipe de Atenção Primária; ● Resultados mais eficazes para a saúde dos clientes; ● Sustentabilidade do negócio. Identificamos alguns riscos ao negócio: ● Horário de funcionamento da unidade pela equipe interdisciplinar poderá dificultar os atendimentos em período integral, devido não funcionar no período noturno e aos finais de semana; ● Falta de um Sistema de Informação, software específico; ● Falta de adesão dos médicos da rede credenciada ao projeto; ● Falta de adesão por parte dos beneficiários. O produto terá uma sede para atendimentos médicos, neste local deverão ser realizadas coletas dos materiais de acordo com os programas de resíduos de saúde, sem causar impacto ambientalou a sociedade. O produto passará por uma fase de experimento no período em que estiver sendo fornecido apenas para os colaboradores. Neste período serão feitos os ajustes necessários para que quando oferecido ao mercado ele possa ser bem aceito e tenha plena funcionalidade. Nossa principal estratégia competitiva, considerando este projeto, é poder utilizar como piloto a carteira dos nossos colaboradores e dependentes como público-alvo, neste primeiro ano. Há de se considerar que, com a fragmentação do cuidado, existiria uma certa resistência para que o médico generalista fosse a entrada para o sistema, mas tratando-se dos nossos colaboradores esta possibilidade será mínima. Sendo assim, a experiência com os colaboradores proporcionará estratégias competitivas para concorrer com outras operadoras de 15 saúde que comercializam o mesmo produto e vêm na resistência dos usuários em serem conduzidos pelos médicos generalistas como um fator de grande dificuldade pós implantação do modelo. Atuamos na assistência à saúde há 89 anos com fornecedores alinhados com o nosso planejamento estratégico e, portanto, não será diferente com o novo modelo de atenção. Trabalhamos com gerenciamento estratégico de aquisição e controles de movimentação e armazenagem dos materiais e medicamentos. 2.5 ORGANIZAÇÃO E GERÊNCIA Todo cliente, assim que adquirir o plano, terá o seu médico generalista que responderá por uma carteira com um determinado número de usuários. O beneficiário agendará uma primeira avaliação e a equipe de saúde explicará como funciona o serviço, que cuidados serão oferecidos ao longo da vida e que terá acesso a qualquer necessidade, sendo este sempre o primeiro contato com a assistência à sua saúde. Após a consulta, a equipe discutirá com o paciente os pontos identificados que precisam ser abordados para que este se mantenha saudável e juntos estabelecem um plano de cuidados que periodicamente é revisto e discutido. Sempre que o paciente deixa de comparecer a algum evento agendado, a equipe entra em contato para saber o que aconteceu e agendar uma nova data. Nos momentos em que a necessidade ultrapassar a capacidade do serviço, a equipe da atenção primária entra em contato com outros serviços da rede de atendimento e direciona o paciente ao local mais adequado para resolver seu problema. Todas as informações serão compartilhadas e discutidas com a equipe de referência do usuário e o cuidado terá continuidade. A atenção primária estará no centro, integrada com laboratórios, clínicas de imagem, clínicas de especialistas e hospitais, de maneira que as informações sobre o paciente trafeguem de forma apropriada, consistente e sem atrasos. Portanto, a atuação será em rede. Não temos ainda um local definido, mas será adquirida uma estrutura física bem localizada em nossa cidade. Este lugar abrigará: ● 1 sala de espera; ● 2 consultórios médicos; ● 1 sala de medicação/ observação; 16 ● 1 sala para farmácia; ● 1 sala de curativos / 1 expurgo / 1 Depósito de Material de Limpeza (DML); ● 1 sala de pequenos procedimentos / coleta; ● 1 cozinha / área de descanso; ● 1 banheiro para colaborador; ● 2 banheiros com acessibilidade para pacientes; ● 1 sala para equipe multiprofissional; ● 1 sala para atendimento da enfermeira (consultório); ● 1 sala para nutricionista / psicóloga. Além de participar de certificações e monitorar indicadores, pretendemos estabelecer uma remuneração médica mista por captação, performance e contratação via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os programas de pagamento por indicadores de qualidade podem ajudar a estabelecer ou a manter um ciclo de melhoria de desempenho no sistema de saúde ao fortalecer os sistemas de dados, permitir a análise do trabalho e reforçar uma cultura de responsabilidade. O resultado da unidade de negócio APS integrará o balanço patrimonial do grupo Trasmontano e a distribuição se dará por meio de rateio na proporção de todo trabalho médico realizado no ano. Os membros da equipe gerencial são: ● Diretor Superintendente: Médico com especialização e conhecimentos em gestão; ● Médico Coordenador: Médico com especialização em Atenção Primária à Saúde; ● Gerente Saúde: Especialização e conhecimentos em gestão; ● Coordenador de Enfermagem: Enfermeiro com especialização em Atenção Primária à Saúde. Outros diretores estarão envolvidos: ● Diretor Presidente - Médico com especialização e conhecimentos em gestão; ● Diretor Financeiro - Médico com especialização e conhecimentos em gestão. A equipe operacional deverá ser composta por: ● 2 médicos especialistas em Medicina da Família; 17 ● 1 enfermeiro; ● 1 técnico de enfermagem; ● 1 farmacêutico; ● 1 nutricionista; ● 1 recepcionista; ● 1 médico coordenador; ● 1 coordenador enfermagem; ● 1 gerente de saúde. O processo de recrutamento e seleção de profissionais tem como objetivo triar o melhor perfil do mercado ou interno, do ponto de vista técnico e comportamental para atender as demandas internas e contribuir para a busca dos resultados da organização. As decisões são tomadas de acordo com o nível hierárquico cujo processo se inicia pelo Médico Coordenador, Diretor Superintendente, Diretoria Executiva, Conselho de Administração e a Assembleia. Realizamos monitoramento do clima organizacional mobilizando e estimulando a organização e propiciando um ambiente de trabalho saudável e motivador para os colaboradores. Cultivamos a cultura do treinar, criando uma maneira sistemática e organizada que possibilite às pessoas adquirir novos conhecimentos e desenvolver habilidades e competências, com foco nos objetivos estratégicos. 2.6 PLANEJAMENTO DE MARKETING Considerando que num primeiro momento iremos utilizar nossa carteira para experimentar o modelo, utilizaremos como estratégia para atrair o cliente: Foco nos diferenciais do modelo de assistência primária e Ações de Comunicação Interna e já no momento da integração de novos colaboradores. A integração é um processo mensal realizado para inserir os novos funcionários no ambiente de trabalho e também para engajar os colaboradores antigos a buscarem a qualidade em todos os procedimentos. No processo de integração, será apresentado o novo produto Atenção Primária à Saúde criado especificamente para orientar os colaboradores sobre os procedimentos do novo produto no hospital. 18 No futuro, com foco em novos clientes para o modelo, iremos identificar e localizar nossos potenciais clientes através do perfil epidemiológico da nossa carteira de beneficiários. Utilizaremos a venda direta como estratégia de distribuição para os beneficiários de São Paulo. Como nosso público já está definido e adquirido, não será necessário esforço de vendas. Será necessária uma mobilização dos colaboradores para a conscientização quanto ao impacto da mudança do modelo. No futuro, quando direcionado para toda a nossa carteira, o produto APS permitirá uma redução de cerca de 20% em relação ao preço do produto assistencial convencional. 2.7 PLANEJAMENTO FINANCEIRO Projetamos para essa carteira uma receita com preço diferenciado 20% menor sobre o preço médio da carteira Pessoa Jurídica (PJ), a partir do 2º ano de implantação. Este será o valor também comercializado quando formos ao mercado, dependendo logicamente dos resultados e indicadores gerados a partir desse projeto-piloto. Trabalhamos com um custo de capital de 15% para estabelecer o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR). Investimentos iniciais em infra-estrutura e tecnologia da informação: ● Software: R$ 40.000,00 ● 10 Computadores: R$ 38.950,00 ● 4 Locação Impressoras: R$ 580,00 ● 1 Switch: R$ 2.800,00 ● 1 Rack, Patch Panel, No-Break: R$ 2.100,00 ● 14 Instalação Pontos: Rede, Telefonia e Elétrica: R$ 4.200,00 ● 1 PABX: R$ 2.500,00 ● 4 Linhas Telefônicas: R$ 480,00 ● 1 Link de dados (6M): R$ 1.985,00 ● Adequação Imóvel: R$ 100.000,00 Despesas administrativas e custo assistencial fixomensal: ● Pessoal: R$ 35.000,00 ● Manutenção de Software: R$ 320,00 19 ● Imóvel (aluguel): R$ 15.000,00 ● Internet (link 2 mega): R$ 1.985,00 ● Água: R$ 282,00 ● Energia Elétrica: R$ 858,00 ● Telefones: R$ 393,00 ● Linhas telefônicas: R$ 480,00 ● Taxas Estaduais e Municipais (IPTU, Alvarás, etc): R$ 750,00 ● Consumo de Materiais / Material Manutenção: R$ 1.311,00 ● Impressoras: R$ 580,00 ● Alarme: R$ 75,00 ● Seguro Prédio: R$ 47,00 ● Equipe médica: R$ 22.880,00 As despesas com registros de marcas e patentes e com licenças e alvará de funcionamento, serão as seguintes: ● Registro Produto ANS: R$2.696,73; ● Vigilância Sanitária: R$ 1.064,00 + R$100,00 por técnico habilitado; ● Alvará Prefeitura: R$ 83,15; ● Responsabilidade Técnica COREN: R$374,12/ano. Portanto, o recurso financeiro para a implantação, no primeiro ano, será de R$ 238.962,95. No momento, nossas posições financeiras revelam que o Fluxo de Caixa indica a disponibilização imediata para implantação da APS. Atingiremos o ponto de equilíbrio ao final do 3º ano após a implantação. O Período de Retorno de Investimento é definido como o número de anos necessários para recuperar o dinheiro investido em um projeto com base nos seus fluxos de caixa operacionais. O ponto em que este saldo é “zerado”, ou passa de negativo para positivo, é o ponto exato em que todos os gastos com o investimento inicial do negócio retornam para a empresa. Nosso ocorrerá após 16 meses do início das atividades. 3.MATEMÁTICA FINANCEIRA Vivemos em um mundo altamente competitivo e dinâmico, onde o capital das pessoas e empresas está cada vez mais escasso, com inflação alta, taxas de juros 20 elevadas e diminuição do poder aquisitivo. Apesar de ser difícil obter recursos, é muito fácil gastá-lo, e se não forem administrados corretamente podem levar empresas a fecharem suas portas e interromperem suas atividades econômicas e comerciais. A gestão financeira hospitalar trata desafios particularmente difíceis, pois é uma área muito dinâmica e que muda de forma célere e contínua. Portanto, devem manter uma gestão financeira excepcionalmente qualificada, para garantir a sustentabilidade e a saúde financeira de seus negócios (COPEHOUSE, 2016). Realizar a gestão de uma organização hospitalar é uma tarefa extremamente desafiante, visto que seja público ou particular, um hospital constitui-se em um universo complexo que abriga muitas tecnologias e diferentes atividades e estas estão em constante processo de inovação e modernização, exigindo investimentos financeiros elevados, tanto em equipamentos e recursos materiais, quanto em recursos humanos especializados e qualificados. Neste sentido, é fundamental haver uma gestão financeira forte e qualificada, com objetivos e metas bem definidos para direcionar as ações necessárias que levem ao sucesso financeiro da organização e consequentemente cumpra seu papel social junto à população. Para as empresas o capital proporciona abertura de novos empreendimentos, permitindo sua expansão e sucesso empresarial, aquisição de maquinários e equipamentos, investimentos em tecnologias e mão de obra qualificada. Chiavenato (2014) relata que neste cenário conturbado a gestão financeira desponta como sendo uma das áreas empresariais mais importantes na condução das empresas rumo à excelência, competitividade e sustentabilidade, pois para muitos empresários, a rentabilidade das empresas é basicamente sinônimo de excelência e sucesso empresarial. O autor ressalta também a importância que tanto os proprietários, gestores, acionistas e executivos tenham conhecimento sobre as bases da gestão financeira e sobre seus indicadores financeiros, pois é por meio do balanço contábil e dos demonstrativos financeiros que o mercado mede o sucesso empresarial e as oportunidades para possíveis aplicações financeiras. 21 3.1 CONCEITO DE GESTÃO FINANCEIRA Entende-se por gestão financeira um conjunto de ações e procedimentos administrativos que visam maximizar os resultados econômicos e financeiros das empresas, uma área funcional presente em toda e qualquer organização, apresentando um crescimento significativo em importância dentro das empresas (MEGLIORINI; VALLIM, 2009). Administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à administração das finanças de empresas e organizações. Trata-se de um ramo privativo à Administração. É o gestor de finanças quem dirige e administra as finanças de uma empresa (OLIVEIRA, 2005, citado por BERTOLETI, 2015, p. 80). A gestão financeira cuida de um dos recursos mais caros e importantes da empresa, os recursos financeiros, pois são eles que permitem às empresas a possibilidade de contratar pessoas, adquirir novas instalações, máquinas e tecnologias, para comprar matérias primas e investir na produção de bens e consumo. Para Chiavenato (2014), é a área da administração que cuida dos recursos financeiros da empresa, envolvendo a aplicação dos princípios econômicos e financeiros no sentido de manter e maximizar a riqueza e o valor de suas ações, que em geral enfrenta três tipos básicos de decisões tomadas continuamente. O orçamento de capital que envolve o planejamento e a gestão dos investimentos de longo prazo da empresa, cuja finalidade é identificar e localizar as oportunidades de investimentos, no qual o fluxo de caixa gerado por um ativo seja superior ao custo de aquisição, pois é neste aspecto que reside à criação de riqueza, em buscar oportunidades que aumentem o valor dos negócios (CHIAVENATO, 2014). Em segundo lugar, a estrutura de capital que nada mais é do que a combinação de capital próprio existente com capital de terceiros, usada para suprir o capital próprio em momentos que este se torna insuficiente para atender as necessidades da empresa (CHIAVENATO, 2014). E, finalmente, o capital de giro, que envolve o ativo e o passivo da empresa, uma atividade diária e recorrente que visa assegurar que a empresa tenha recurso suficiente para dar continuidade às suas operações, e evitar interrupções desnecessárias em suas atividades cotidianas (CHIAVENATO, 2014). 22 Oliveira (2005) descreve capital de giro como sendo capital de trabalho, necessário para financiar a continuidade das operações da empresa, como recursos para financiamento aos clientes (nas vendas a prazo), recursos para manter estoques e recursos para pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda), pagamento de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais. As quatro especializações básicas da administração envolvem a gestão de produção, gestão de recursos humanos, gestão de marketing e gestão financeira. Para um bom funcionamento da gestão financeira, tem que haver uma interdependência com as demais áreas da empresa, pois é a gestão financeira que trata dos processos, das instituições, e instrumentos envolvidos na transferência de recursos entre pessoas, empresas e governos. Segundo Megliorini e Vallim (2009), a área financeira é responsável por viabilizar a atividade fim da empresa através da alocação de recursos, é nesta área que as análises, decisões e direcionamento dos recursos da empresa são definidos, a de atuação do setor financeiro se resume em uma integração da obtenção de recursos, utilização destes e por fim controlá-los. Essa integração visa trazer duas respostas à empresa: primeira, o controle estável da operação: É essencial que o custo necessário para a operacionalização do negócio (estoque, por exemplo) tenha estabilidade de forma a permitir que os compromissos e demandas não sofram impactos; e a rentabilidade, pois toda empresa com fim lucrativo deve ter sua atenção voltada para a rentabilidade da operação, caso a empresa não seja rentável não tem porque permanecer operando. Esta análise é realizada, levantada e acompanhada pelo setor de finanças da empresa independente do seu tamanho ou complexidade. Assim como todo setor dentro da empresa, a gestãofinanceira possui objetivos claros, definidos e mensuráveis. Destacam-se: Manutenção de permanente situação de liquidez através de um adequado controle de entradas e saídas caixa, pois quando os ativos e os passivos da empresa são adequadamente geridos, pode-se dizer que existe uma situação de liquidez corrente; Obtenção de recursos adicionais para operações ou planos de expansão com menores custos, permitir que a empresa tenha uma boa estrutura financeira e 23 econômica de modo que o curto prazo, o médio prazo e o longo prazo não apresentem riscos derivados da má administração financeira; Manutenção do equilíbrio entre os objetivos de lucro e liquidez financeira, no sentido de assegurar que os planos de expansão estejam de acordo com as possibilidades de obtenção de recursos próprios ou de terceiros. A área financeira é responsável direta para a manutenção desta estrutura e criar condições para viabilizar investimentos que aumentem a receita; Elaborar o adequado planejamento tributário, o gestor financeiro precisa conhecer bem a legislação tributária referente aos impostos, taxas, contribuições que incidem sobre as atividades operacionais da sua empresa, como por exemplo, base de cálculo, lucro real ou presumido, prazo de recolhimento, isenções, incentivos, benefícios fiscais. 3.2 FUNÇÕES DA GESTÃO FINANCEIRA Para Hayrton (2010), a gestão financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa. Uma correta administração financeira permite que se visualize a atual situação da empresa. Registros adequados permitem análises e colaboram com o planejamento para aperfeiçoar resultados. Sendo assim, fica evidente que algumas funções são vitais para a correta gestão financeira organizacional. Primeiro, a análise e planejamento financeiro: analisar os resultados financeiros e planejar ações necessárias para obter melhorias; seguida de captação e aplicação de recursos financeiros: analisar e negociar a captação dos recursos financeiros necessários, bem como a aplicação dos recursos financeiros disponíveis; não menos importante destacamos o crédito e cobrança: analisar a concessão de crédito aos clientes e administrar o recebimento dos créditos concedidos; seguindo de gestão de caixa: efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de caixa; cuidado especial com contas a Receber: controlar as contas a receber relativas às vendas a prazo; bem como as contas a Pagar: controlar as contas a pagar relativas às compras a prazo, impostos, despesas operacionais, e outras e, finalmente, e não tão menos importante, a contabilidade: registrar as operações realizadas pela empresa e emitir os relatórios contábeis. 24 A não observância dessas funções poderá causar problemas sérios e ou graves na empresa. Problemas como não ter as informações corretas sobre saldo do caixa, valor dos estoques das mercadorias, valor das contas a receber e das contas a pagar, volume das despesas fixas e financeiras. Isso ocorre porque não é feito o registro adequado das transações realizadas; não saber se a empresa está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades operacionais, porque não é elaborado o demonstrativo de resultados; não calcular corretamente o preço de venda, porque não são conhecidos seus custos e despesas; não conhecer corretamente o volume e a origem dos recebimentos, bem como o volume e o destino dos pagamentos, porque não é elaborado um fluxo de caixa, um controle do movimento diário do caixa; não saber o valor patrimonial da empresa, porque não é elaborado o balanço patrimonial; não saber quanto os sócios retiram de pró-labore, porque não é estabelecido um valor fixo para a remuneração dos sócios; não saber administrar corretamente o capital de giro da empresa, porque o ciclo financeiro de suas operações não é conhecido; não fazer análise e planejamento financeiro da empresa, porque não existe um sistema de informações gerenciais (LIZ, 2009). 3.3 MECANISMOS DE CONTROLE Oliveira (2005) relata que para a maioria das empresas independentemente do setor de atividades, os controles de caixa, de bancos, contas a receber, contas a pagar, de despesas e controles de estoques são essenciais para a gestão financeira, ou seja, sem esses controles, o empresário terá dificuldades para gerenciar as finanças da empresa. Segundo o SEBRAE (2009), os principais instrumentos de controle utilizados na gestão empresarial, são: o controle diário de caixa, onde se registram todas as entradas e saídas de dinheiro, além de apurar o saldo existente no caixa, fornecer informações para controlar os valores depositados em bancos, fazer pagamentos em dinheiro, quando há recursos disponíveis, controlar e analisar as despesas pagas, fornecer dados para elaboração do fluxo de caixa. Contempla também o controle bancário que nada mais significa registrar diariamente toda a movimentação bancária e do controle de saldos existentes como os depósitos e créditos na conta da empresa, e todos os pagamentos feitos por meios bancários e demais valores debitados, tem duas finalidades: a primeira consiste em confrontar os registros da 25 empresa e os lançamentos gerados pelo banco, além de apurar as diferenças nos registros se isso ocorrer; a segunda é gerar informações sobre os saldos bancários existentes, inclusive se são suficientes para pagar os compromissos do dia. Não esquecer o controle diário de vendas cuja principal finalidade é acompanhar as vendas diárias e o total das vendas acumuladas durante o mês, possibilitando ao empresário tomar providências diárias para que as metas de vendas sejam alcançadas. Realização do controle de contas a receber que tem como finalidade controlar os valores a receber, provenientes das vendas a prazo, além de organizar o controle dos valores a receber por data de vencimento, essa organização fornece informações importantes para as áreas de crédito, cobrança e vendas. O controle de contas a pagar tem como objetivo controlar as datas de pagamento e honrar os compromissos financeiros, haja vista a finalidade de estar sempre pronto para realizar captação de recursos sem ressalvas. Não tão menos importante, o controle mensal de despesas serve para registrar o valor de cada despesa, acompanhando sua evolução. Algumas delas necessitam de um controle mais rigoroso, ou até, a tomada de providências urgentes, como cortar gastos que podem e devem ser eliminados. Atenção especial ao controle de estoques, pois controlando os estoques existentes na empresa, evita desvios de mercadorias, fornece informações para reposição dos produtos vendidos, e ainda, facilita a tomada de providências para redução dos produtos parados no estoque. 3.4 GESTÃO FINANCEIRA CENTRO TRASMONTANO DE SÃO PAULO O Centro Trasmontano de São Paulo é controladora do IGESP S/A - Centro Médico e Cirúrgico Instituto de Gastroenterologia de São Paulo e a empresa Farmácia Trasmontano Ltda. O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do Covid-19, que causou a forte retração da atividade econômica, não apenas no Brasil mas no mundo. Na presença desse cenário de incertezas a Trasmontano se manteve sólida, com fluxo normal de pagamentos aos colaboradores, fornecedores e prestadores, se manteve firme na continuidade dos investimentos e no plano de expansão planejado para o período, proporcionando um crescimento vertiginoso da operadora, com foco 26 principal, o bem estar dos beneficiários, colaboradores, parceiros, fornecedores e da sociedade. As medidas tomadas no exercício de 2020 propiciaram a Trasmontano um aumento no superávit de 24,81% em relação a 2019 e aumento de 19,57% de beneficiários, mantendo seu crescimento sustentável. Destacando-se: Melhorias no processo de análise das contas médicas; Atuação na recuperação de glosas identificadas; Reeducação de cobranças de prestadores por meio de glosas geradas; Monitoramento efetivo de pacientes internadose Projeto Vendas On Line. O Centro Trasmontano de São Paulo investiu fortemente em ações voltadas ao controle e contenção da transmissão do Coronavírus, bem como à ampliação aos programas de promoção e prevenção em saúde. A manutenção dessas ações é condição indispensável para o bom desempenho operacional e viabilidade dos planos de saúde ofertados, tais como o Gerenciamento dos programas de promoção e prevenção em saúde; Telemedicina; Implantação do Projeto de Reabilitação Infantil (ABA) Tecnologia - integração total de sistemas de informação assistenciais e administrativos. Gerenciamento de pacientes crônicos; Modernização e ampliação da Central de Atendimentos aos associados. Em 2020 foi dada a continuidade no plano de expansão com a construção do Hospital na cidade de Praia Grande. Ampliação física dos ambulatórios no Centros Médicos do Tatuapé, Lapa e melhoria na estrutura de todos os centros médicos. Projetos de Tecnologia da Informação e Marketing. No Relatório da Administração, consta as Demonstrações Contábeis do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2020. Tabela 1: Balanços Patrimoniais (Em milhares de reais) - Exercício 2020/2019. Fonte: Centro Trasmontano de São Paulo. 27 Tabela 2: Demonstração de Resultado (Em milhares de reais) - Exercício 2020/2019. Fonte: Centro Trasmontano de São Paulo. Tabela 3: Demonstração dos Fluxos De Caixa – DFC (Em Milhares De Reais) - Exercício 2020/2019. Fonte: Centro Trasmontano de São Paulo. 4. ÉTICA E RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO Na história da humanidade a ética é parte integrante do pensamento filosófico buscando sempre estabelecer, cada um em sua época, pressupostos e princípios voltados à compreensão da moral e da ética. Desse modo, é possível afirmar que a 28 ética é parte significativa em todas as relações evidenciadas entre as pessoas, quer na sociedade, quer no desempenho das profissões. A evolução dos princípios éticos se deu acompanhando a evolução da humanidade, revelando caráter único para a conduta humana. É, pois, através da ética que o ser humano define o que é bom e correto e o que deve assumir, com vistas ao bem comum. No ambiente de trabalho, contudo, não raras são as constatações de que existem muitos que ainda não sabem diferenciar o que é certo do que é errado, revelando, assim, desrespeito à ética, não se adotando a postura que se espera que todo profissional assuma. É fato, porém,que a falta de ética nas relações no trabalho não é fenômeno novo, sendo possível afirmar que ele é tão antigo quanto o trabalho ou as próprias definições da ética. De acordo com Vázquez (1999), o ser humano é um animal racional, cuja distinção dos demais é feita pela fala e pela inteligência, sendo, também, definido como um ente material capaz de interagir o tempo todo com o meio ambiente no qual se encontra inserido, tendo, ainda, habilidades para transformá-lo, sendo por ele também transformado. Lisboa et al (1997, p.16) faz uso da afirmação “O homem é um animal social por natureza" ao se referir ao homem, definindo-o em poucas palavras como alguém que não pode viver isoladamente. Por esta razão, em toda a sua existência, ele busca viver em sociedade, que é definida pelo autor como sendo a “integração verificada entre duas ou mais pessoas, que somam esforços para que determinado objetivo seja alcançado”. Conforme Alencastro (2010), ocorrem diferentes relações entre variados tipos de pessoas, que podem se dar por motivos igualmente diversos, tais como, por exemplo, os seguintes: por escolha, como no caso da religião ou do time de futebol para o qual se vai torcer; por natureza,no caso das famílias; por imposição, no caso das Forças Armadas, nas quais os homens devem se alistar aos 18 anos. Ressalta ainda o autor que existem muitas micro sociedades interligadas em um contexto de uma sociedade muito maior, que abrange todos os habitantes da terra. Cada indivíduo, porém,bem como cada micro sociedade e a sociedade de um modo geral têm objetivos específicos que, por vezes, podem sofrer oposição. Para que não se desenvolvam conflitos, é necessário encontrar um ponto de 29 entendimento para que se possa promover o desenvolvimento da sociedade de um modo geral (ANDRADE; ALYRIO; BOAS, 2006). Conforme Alencastro (2010, p.29), as coletividades humanas originam ao que é comumente denominado cultura, assim compreendido “tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade”. Para Chaui (2001), toda cultura na qual o indivíduo se encontra inserido influencia de certa forma a sua personalidade, já que ele vai agregando os valores essenciais que nela estão contidos, instituindo, também, uma moral, assim concebidos os valores relativos ao bem e ao mal, ao que é permitido e ao que se tem como proibido, e à conduta correta, que possui validade para todos os seus membros, indistintamente. Para Sá (2005), as pessoas seguem as regras vigentes no seio social, suplantando muitas vezes os interesses individuais para sobressair o interesse da coletividade, criando conflitos entre a sociedade e o indivíduo, ocasionando consequências para este ou para ambas as partes. Segundo Alencastro (2010), um indivíduo estabelece os valores a seu próprio respeito e sobre os outros por meio da convivência social, criando, assim uma dimensão ética, que abrange os princípios por ele formulados sobre o que é certo e o que é errado, contemplando as ações dele mesmo e de cada indivíduo a seu redor. Habitualmente, tem-se as ações do indivíduo como reflexos de suas crenças, embora estas também possam divergir do que se crê e, até mesmo, daquilo que se deve fazer. 4.1 DEFINIÇÕES DE ÉTICA Segundo Aranha (2009), as pessoas valorizam constantemente as coisas e outras pessoas. Tais valores, de acordo com a autora, podem ser unitários, lógicos, afetivos, estéticos, religiosos, econômicos e éticos. Para Sá (2005, p.17), uma definição para o termo ética seria de “ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes”. Arruda, Whitaker e Ramos (2003), por sua vez, defendem que a ética consiste no estudo do comportamento humano no âmbito de uma dada sociedade,tendo como objetivo o estabelecimento de normas que possam garantir a convivência pacífica em sociedade e entre elas. Nesse contexto, segundo os 30 autores, a ética seria o ramo da ciência que busca investigar os valores e códigos morais que subjugam os indivíduos, abrangendo,também, os comportamentos individuais conforme a moral que é inserida em determinada sociedade, durante o decurso de um período histórico. É sob esta perspectiva, ainda segundos os autores, que ética e moral se relacionam, mas não se confundem. Para Vázquez (1999), os problemas éticos têm a generalidade como característica. Desse modo, é possível dizer aos indivíduos em que consiste um comportamento ético a partir das normas, revelando-se o comportamento bom como aquele que faz parte do procedimento moral concreto vigente em sociedade, do qual o indivíduo é adepto. Diante de um caso concreto, o problema que surge sobre o que fazer é um problema de ordem prático moral e não se refere a um problema teórico-ético. Segundo Arruda (2002), o caráter ético somente se mostra quando é estipulado para o indivíduo o que é tido como bom, destacando o que seria considerada essência do comportamento moral, não importando outras formas de comportamento humano, tais como de religião, política, artístico, trato social,dentre outros. Diante desse quadro, é possível contemplar a ética como um aspecto científico da moral, já que tanto esta como aquela abrangem a história, a filosofia, a psicologia, a política, a religião, o direito, e toda estrutura existente em volta do ser humano. Conforme Andrade, Alyrio e Boas (2006), tal situação faria com que o termo “ética” passasse a necessitar de uma forma correta para se fazer o seu emprego, que fosse imparcial, de tal modo que se constituiria em um conjuntode princípios voltados para o direcionamento de uma maneira de bem viver, tanto consigo mesmo, como em sociedade. Nesse contexto Arruda (2002), se vislumbra outra característica da ética, que seria a universalidade, opondo-se, assim, à moral, que está na esfera do indivíduo, de sociedades ou comunidades, não apresentando nivelamento entre as pessoas, mas, antes, variando de sujeito para sujeito. Além das considerações já feitas, que contrapõem ética e moral, é possível, ainda, identificar a seguinte: a moral possui caráter prático imediato, já que se revela como parte integrante da vida cotidiana dos indivíduos em sociedade, sendo considerada não somente por se tratar de um conjunto de normas e regras regentes da existência humana, que dá os direcionamentos sobre o que fazer e o que deixar 31 de fazer. Tal constatação se dá, também, porque ela se faz presente no discurso diário, influenciando as opiniões e juízos das pessoas. Desse modo, a noção do que seria o imediato surge em razão da utilização contínua (ARRUDA; WHITAKER; RAMOS, 2003). Outro aspecto a se considerar é que a ética abrange, também, o sujeito consciente, sendo, nesse contexto, o campo ético constituído pelas obrigações e valores formadores do conteúdo das condutas morais, que são realizadas pelo sujeito moral, que é, a seu turno, principal constituinte da existência ética. Desse modo, para que exista uma conduta ética “é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício” (KANT, 1985, p.66). De um modo geral, então, pode-se apontar que a ética procura compreender a formação dos hábitos, regras, costumes que norteiam uma sociedade. Sendo assim, proporciona compreensão não apenas sobre o passado, mas, também, como estabelecer parâmetros de comportamento capazes de reduzir os conflitos dentro da sociedade (VÁZQUEZ, 1999). 4.2 ÉTICA NAS RELAÇÕES DE TRABALHO Em meados da década de 1970, experimentou-se grande impulso do ensino de ética nas faculdades de Administração e Negócios dos Estados Unidos da América (EUA). Em pouco tempo, reunindo vivência profissional e formação acadêmica, passou-se a aplicar os conceitos de ética à realidade dos negócios, focando na conduta ética profissional e pessoal. Também nessa época, experimentou-se expansão das empresas multinacionais, em especial, das europeias e americanas, ao redor do mundo, instalando suas subsidiárias em todos os continentes. Nesse contexto, choques culturais foram suscitados em função das diferentes formas de se entabular negócios, que conflitavam com as matrizes das companhias. Todo esse cenário foi propício à criação dos códigos de ética corporativos (ARRUDA; WHITAKER; RAMOS, 2003). Dentre as ramificações existentes do conceito de ética e sua aplicação nas relações de trabalho, surge a noção de ética empresarial, ética profissional e ética individual. 32 Segundo Arruda, Whitaker e Ramos (2003), a ética empresarial tem as suas bases fincadas na conduta humana, mais precisamente nos valores e normas norteadoras do ambiente empresarial. Nesse sentido, dispõem Leisinger e Schmitt (2001, p.22) que “a ética empresarial reflete sobre as normas e valores efetivamente dominantes em uma empresa, interroga-se pelos fatores qualitativos que fazem com que determinado agir seja uma agir bom”. Camargo (1999, p.31) cita a ética profissional, como “a aplicação da ética geral no campo das atividades profissionais: a pessoa tem que estar imbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivê-los nas suas atividades de trabalho”. A ética individual, que vige no âmbito da ética profissional, apresenta um interesse tríplice, composto pelo interesse pelos outros, interesse por si próprio e interesse pela instituição (ARRUDA, 2010). Também se tem, no âmbito da ética nas relações de trabalho, a elaboração de um Código de Ética. Segundo Srour (2008), ao destacar a necessidade para toda organização de estabelecimento de um sistema de valores, de modo que, de forma direta ou indiretamente, se configure em uma boa contribuição para o desempenho da própria organização. Para Arruda, Whitaker e Ramos (2003), estes valores podem ser coincidentes ou conflitantes com os valores individuais estabelecidos por cada pessoa. Desse modo, é bom estabelecer políticas e padrões uniformes, de modo que todos saibam qual seria a conduta apropriada e adequada a seguir. Com isso, concebe-se no código de ética um instrumento voltado à busca da realização da visão, dos princípios da missão da empresa. Para os autores, “os códigos de ética não tem a pretensão de solucionar os dilemas éticos da organização, mas fornecer critérios ou diretrizes para que as pessoas encontrem formas éticas de se conduzir” (ARRUDA;WHITAKER; RAMOS, 2003, p. 65). Uma vez adotado pela organização, é importante que se estabeleça um comitê de alta qualidade, com formação geralmente feita por um número ímpar de integrantes dos diversos departamentos da empresa, todos reconhecidos por seus colegas como pessoas íntegras. A sua utilidade poderá ser constatada tanto em relação às tomadas de decisões como também como instrumento de aconselhamento, podendo solucionar e investigar casos, procedendo à análise com 33 profundidade e sob perspectivas diferentes o problema que foi colocado (ARRUDA;WHITAKER; RAMOS, 2003). Conforme Ramos Filho (2010), ao comitê de ética incumbe o delineamento de uma política que será adotada, bem como a modernização do código de conduta de tempos em tempos, com vistas a acompanhar as mudanças ocorridas, atendendo, assim, às necessidades dos stakeholders. Depois da criação do comitê, segundo o autor, a empresa irá nomear um profissional de ética, que, vinculado à Diretoria, terá total autonomia para a coordenação dos programas de ética, mantendo atualizado e vivo o código de ética. Para que o código de ética apresente um bom funcionamento, Arruda, Whitaker e Ramos (2003, p.68) destacam que “é preciso fazer com que qualquer funcionário sinta que tem crédito, que suas opiniões não são apenas ouvidas, mas também valorizadas e aplicadas sempre que conveniente”. Sendo assim, para que ele passe a ser parte da cultura da organização é necessário implementar um sistema de monitoramento. Diante de tais considerações, tem-se que o estudo do que seria a ética profissional se mostra como excelente meio orientativo para os profissionais que desejam estabelecer conceitos éticos e atitudes que possuam relação com as atividades por eles desempenhadas em um meio ambiente de trabalho. Deve-se, ainda, destacar que o agir com ética se tornou, na contemporaneidade, fator decisivo para a definição dos rumos e do sucesso da carreira de um profissional. 4.3 IMPORTÂNCIA DA ÉTICA E DO DIREITO NO TRABALHO Segundo Sá (2005), o indivíduo obtém realização plena e reconhecimento por meio do desempenho de sua profissão. É pelo seu exercício que ele prova o seu valor, demonstrando habilidade, capacidade, inteligência e sabedoria, comprovando sua personalidade para vencer obstáculos. É através de sua profissão que o homem demonstra utilidade para a comunidade. O mundo do trabalhador atual pode ser contemplado como sendo um mundo de incertezas, o que contribuiria para que fosse corrompido, assumindo postura de engano ao acreditar que pode determinar o rumo de sua carreira, quando, verdadeiramente, o controle de tal situação lhe escapa. É possível, também, 34 considerar tal posicionamento como tentativa mal/bem sucedida de adaptação ao meio em que vive (SENNETT, 2005). Ainda segundo Sennett (2005), as consequências dessa mudança, bem como o impacto por ela causado no caráter dos trabalhadores das organizações contemporâneas, traz a possibilidade de considerar intrínseca relação de questões éticas ao cotidiano. Nesse contexto, o autor aborda questões pertinentes ao trabalho, à família e aos indivíduos por si mesmos enquanto seres dotadosde poder de decisão e de personalidade e a forma como os valores éticos podem ser afetados pelos riscos incessantes do capitalismo contemporâneo e pelas mudanças experimentadas nesse contexto. O fato é que, como sustenta Medeiros (2003), o capitalismo contemporâneo torna as pessoas cada vez mais consumistas, adeptas do imediatismo, querendo sempre mais e mais. Desse modo, o comportamento do trabalhador terá sempre um quê de insatisfação seja com o salário, seja com a função que ocupa, seja com o próprio emprego. Nesse contexto, desposta a relevância da ética nas relações de trabalho, na medida em que, conforme o autor, o comportamento ético deve ser considerado como princípio de vida das organizações contemporâneas, já que a ética estaria atrelada ao relacionamento interpessoal, à preocupação do sujeito com a felicidade coletiva e pessoal. Segundo Lisboa et al (1997), é possível dizer que a definição de ética, de um modo geral, estaria, pois, atrelada a noções afetas à conduta humana nas relações com o outro, tais como justiça, honestidade, ser correto, moralidade, ser bom. Todos seriam sinônimos de ética e orientativos da conduta no âmbito laboral. A primeira questão a se considerar ao abordar aspectos referentes ao trabalho é que, no ordenamento jurídico pátrio, ele se mostra como um importante direito fundamental. Os direitos fundamentais se apresentam como uma reação da pessoa frente à arbitrariedade na atuação estatal tendo surgido em defesa das liberdades individuais dos cidadãos. (PINTO, 2009). Conforme Mendes (2011), direitos fundamentais são direitos garantidores de uma existência livre, igualitária, justa e solidária, que se mostra tanto na ordem social, quanto na econômica e política. Seu substrato é a dignidade da pessoa humana. 35 Para Masson (2015), os direitos fundamentais são os direitos maiores, que garantem, conforme sistemática constante na Constituição Federal de 1988, a dignidade da pessoa humana. Desse modo, intimamente relacionados à essência do ser humano, não há razão para o seu afastamento, ou ainda, para a imposição de restrições à sua aplicação a determinado grupo de pessoas. Na Constituição de 1988, os direitos fundamentais são nominados “direitos e garantias fundamentais”, sendo subdivididos em cinco espécies distintas: direitos individuais (artigo 5º); direitos coletivos (artigo 5º); direitos sociais (artigos 6º ao 11); direitos de nacionalidade (artigos 12 e 13) e direitos políticos (artigos 14 ao 17). (BRASIL,1988). Lenza (2012) assim dispõe, ao destacar que os direitos são vantagens e bens prescritos na norma constitucional, apresentando-se as garantias como instrumentos institucionalizados através dos quais se assegura o exercício preventivo de direitos, ou, em atuação repressiva, os repara em caso de violação. Os direitos fundamentais que foram positivados no texto da Carta De 1988 têm influência nítida dos tratados internacionais, especialmente do Pacto Internacional Dos Direitos Civis e Políticos, e do Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, que prevê em seu artigo 4º, dentre os princípios a serem seguidos nas relações internacionais, a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, o direito à autodeterminação e a concessão de asilo político. Os direitos fundamentais são subdivididos em dimensões ou gerações: Direitos de primeira dimensão: são os direitos relacionados às liberdade políticas e civis do indivíduo. Demandam uma atuação negativa por parte do Estado, o que os caracterizaria como direitos de oposição ou resistência ao poder estatal. (PIOVESAN, 2013). O reconhecimento dos direitos fundamentais de primeira dimensão surge com maior evidência nas primeiras constituições escritas entre os séculos XVII e XIX, como a Magna Carta (1215), Habeas Corpus Act (1679) e as Declarações Americana (1776) e Francesa (1789). Lenza (2012), sustenta que os direitos fundamentais de primeira dimensão marcam a passagem de um Estado autoritário para um Estado de Direito. Segundo o autor, verifica-se em sua identificação demasiado respeito às liberdades individuais,destacando clara perspectiva de absenteísmo do Estado. 36 Direitos de segunda dimensão: correspondem a direitos coletivos que, ao contrário dos identificados na primeira dimensão, ensejam atuação positiva por parte do Estado. Encontram-se nessa dimensão, pois, os direitos econômicos, sociais e culturais, cujo objetivo é reduzir as desigualdades sociais em razão da proteção de indivíduos que estão em posição de fragilidade (PIOVESAN, 2013). Os direitos de segunda dimensão surgiram com a Revolução Industrial na metade do século XIX. Entre eles estão a Constituição do México (1917); Constituição de Weimar (1919) na Alemanha, Tratado de Versalhes (1919) e a Constituição do Brasil (1934). Direitos de terceira dimensão: revelam direitos de natureza universal, que correspondem à fraternidade, abrangendo, em seu sentido, o direito a um meio ambiente equilibrado e à paz mundial (PIOVESAN, 2013). Os direitos de terceira dimensão surgiram após a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, até o século XIX, as Constituições se limitavam a tratar apenas formas de Estado e sistema de governo. Com o passar dos anos, porém, passou-se a indicar em seu bojo os vários ramos existentes no direito brasileiro, destacando importantes dispositivos acerca do direito do trabalho, como ainda ocorre na Constituição Federal de 1988, atualmente vigente (MARTINS, 2016). A primeira Constituição brasileira a versar sobre o direito do trabalho foi a Constituição de 1934, que garantiu aos trabalhadores a liberdade sindical, a jornada de trabalho de 8 horas diárias, o salário mínimo, a proteção do trabalho de mulheres e crianças, a isonomia salarial,as férias anuais remuneradas e o repouso semanal. Seguindo-se a ela, na mesma esteira de ideias, foi aprovada, em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada com o objetivo de reunir e organizar as leis e normas esparsas que tutelavam o direito do trabalho à época (NASCIMENTO, 2013). A CLT é, “a sistematização das leis esparsas existentes na época, acrescidas de novos institutos criados pelos juristas que a elaboraram” (NASCIMENTO, 2013, p. 56). Hoje, vários são os direitos trabalhistas concedidos ao trabalhador, direitos estes que, se hoje são realidade, é certo, também, que foram conquistados a duras penas, tendo levado razoável período de tempo para que os ideais se tornassem realidade. Deste modo, hoje é garantido ao trabalhador o pagamento de salário, que não pode ser inferior ao salário mínimo do país; a limitação da jornada de trabalho a 37 8 horas diárias, com o pagamento das horas que excederem, até o limite de 2 horas; o intervalo intrajornada e entre as jornadas de trabalho,dentre inúmeros outros (MARTINS, 2016). Ao longo dos anos, as organizações buscam alternativas capazes de impulsionar seus colaboradores à realização de tarefas conforme deles se espera. Estratégias voltadas também à melhor aplicação da ética no ambiente de trabalho vêm surgindo ao longo dos anos. Dentre as várias existentes, estão os códigos de ética, que delimitam as ações da empresa e dos colaboradores em seu âmbito. Os padrões de conduta e de ética seguidas na organização, integram o capital intelectual, que está, a cada dia mais, ganhando espaço junto à sociedade e às empresas, passando a ser considerado até mais valioso do que o capital financeiro tradicional. Com isso, a reunião dos conceitos de capital intelectual ao uso correto de um código de ética pode conduzir a uma melhor interação entre os colaboradores, colegas de trabalho, em função do fato de que a todos são atribuídos deveres e direitos, criando, assim, um clima de respeito mútuo entre eles. Nesse mesmo sentido, dispõem Azevedo e Costa (2006) que a aplicação de preceitos éticos no desempenho de atividades por um profissional irá depender da forma como se põe em prática a ética em sua condutasocial diária. Para os autores, “não podemos esquecer que antes de um código de ética profissional, existe um código de ética pessoal” (AZEVEDO; COSTA, 2006, p.31). De forma geral, tem-se nos códigos de ética empresariais verdadeiros modelos de direcionamento para os colaboradores e para a própria empresa, na medida em que, se apresenta como um padrão de conduta a ser seguido por pessoas que possuem diferentes experiências e visões aplicadas às atividades empresariais complexas. Perante o mercado, ele ainda pode servir como mostra da intenção da empresa (MOREIRA, 2002). Segundo Arruda, Whitaker e Ramos (2003), atualmente os códigos de ética são vistos por muitos como verdadeiras estratégias empresariais, comprovando, assim, os avanços experimentados na mentalidade organizacional ao longo dos anos. Além do funcionário e da empresa, sustenta ainda Moreira (2002) que a própria sociedade também é beneficiária da adoção de códigos de ética, na forma de produtos e serviços de qualidade e adequados, com o estabelecimento de preços justos. A partir desse modelo de ações, nasceria a confiança, adquirida através da 38 percepção de prestação de bons serviços à sociedade, bem como da preocupação em não somente auferir lucros finais, ocupando-se, também, da lisura dos meios utilizados para tal fim. O lucro que é moralmente aceitável é o que se obtém com ética. Srour (2008), destaca que todas as organizações têm seu código de ética, ainda que não escrito, já que todas são direcionadas por uma dada lógica institucional. O ideal, porém, segundo o autor, seria que as empresas desempenhassem esforços para que esse código se tornasse explícito. 4.4 REGRAS INSTITUCIONAIS E CÓDIGO DE ÉTICA HOSPITAL IGESP Atualmente o Hospital IGESP desenvolve projetos relativos à melhoria das condições de trabalho, benefícios, promoção à saúde, segurança, capacitação e desenvolvimento profissional. O foco é promover a atração e retenção de pessoas, aprimorando sua formação e incentivando a adesão dos colaboradores a esta nova cultura aliada à política e aos objetivos institucionais. O propósito do trabalho do Recursos Humanos da instituição é tornar-se um facilitador das relações, comprometido com a satisfação dos colaboradores atendendo às suas necessidades e zelando pela clareza e transparência das informações e serviços prestados pelo setor. Entre os valores passados para as equipes destaca-se o respeito às pessoas considerando a diversidade, seus princípios e crenças nas relações estabelecidas com a organização. Estimulando uma atuação íntegra e ética frente aos nossos clientes garantindo a confidencialidade das informações e sua privacidade. O Hospital IGESP comprometido com a capacitação e o desenvolvimento das competências técnicas e comportamentais de todos os colaboradores, buscando o seu crescimento profissional e a melhoria contínua de processos criou diversos programas voltados aos colaboradores: Programa de Cargos E Salários - PCS, Programa De Incentivo Educacional, Programa De Recrutamento Interno - PRI e Treinamento E Desenvolvimento. O sucesso desta Instituição está profundamente ligado à credibilidade individual e intransferível de nossos colaboradores e à retidão de nossas ações pessoais, profissionais e institucionais, alicerçadas no inalienável compromisso com seus valores, visão e sua missão. 39 A instituição tem como missão praticar a medicina em prol da vida, com orgulho e responsabilidade, aliando respeito, dedicação e calor humano à recursos tecnológicos, qualidade técnica profissional e excelente infraestrutura de hotelaria e serviços. Sua visão é tornar-se referência de qualidade em serviços de assistência médica e hospitalar, identificando como um dos mais modernos e completos hospitais de São Paulo, voltado para o atendimento de alta complexidade. E seus principais valores são ética e respeito ao ser humano, primando por sua integridade, dignidade e bem-estar; profissionalismo com foco na melhoria constante dos processos e na qualidade dos serviços prestados em todos os níveis de atendimento; valorização humana baseada em um excelente ambiente de trabalho, aprimoramento técnico contínuo e justo reconhecimento profissional; responsabilidade técnica e social, focada na superação dos níveis de resolutividade e avaliação constante da qualidade em todos os serviços prestados e humanização com um atendimento acolhedor baseado em atenção e carinho, fortalecendo as relações pessoais e contribuindo para o processo de cura. O Código de Ética é uma carta de princípios que governa nossas atividades diárias e os padrões de comportamento esperados no Hospital IGESP; comunica o compromisso de seguir as leis, regulamentos, padrões de cuidados assistenciais e práticas éticas de negócio; além de ajudar a assegurar aos seus colaboradores que todo o hospital esteja alinhado aos valores que governam a Instituição e suportam nossa missão. Este código apoia as ações ao cuidado de seus pacientes e familiares, amparados na atuação de todos os seus colaboradores, incluindo cuidadores, operadoras de saúde, fornecedores, auditores, imprensa, mídias sociais, órgãos reguladores e fiscalizadores e a sociedade em geral, com respeito, honestidade na busca da excelência. Segue o Código de Ética do Hospital IGESP: Cumprimento de leis e regulamentos: Observamos a legislação vigente aplicável à nossa atividade, bem como a das categorias profissionais que têm as suas atividades regulamentadas e que também estão sujeitas aos códigos de ética disciplinares de seus respectivos conselhos e órgãos, trabalhando para atendê-la 40 em todos os locais em que atuamos e nas relações que mantemos com as partes interessadas. Para tanto, possibilitamos que conheçam e cumpram tal legislação. Assistência a pacientes e relacionamento com clientes: Avaliação constante da qualidade em todos os serviços prestados e humanização com um atendimento acolhedor baseado em atenção e carinho, fortalecendo as relações pessoais e contribuindo para o processo de cura. Pesquisa: Os estudos científicos devem ser desenvolvidos com consistência, ética, rigor técnico e profissional e devem atender a todos os requisitos legais aos quais estão sujeitos. Ensino e gestão do conhecimento: Os programas de ensino do hospital devem ser motivados pela difusão do saber e estar pautados sempre por respeito, cordialidade, ética, empatia e boa educação, fundamentados por elevados padrões profissionais. Uso de ativos da organização (patrimônio e bens intangíveis): Utilizamos nosso patrimônio, tanto os bens materiais como os intangíveis, tais como nome, logotipo e marca do Hospital IGESP, de forma responsável e eficiente para atingir os objetivos e garantir a sua preservação. Respeito às escalas e horários de trabalho: O respeito irrestrito às normas acordadas é essencial à efetiva operação do hospital e ao compromisso do hospital com a excelência de serviços e segurança. Informações: Respeitamos a confidencialidade e garantimos a integridade e disponibilidade das informações sob nossa responsabilidade. Finanças e contabilidade: Aperfeiçoamos, constantemente, as nossas práticas de governança corporativa, operando de forma transparente, fidedigna e igualitária, no relacionamento com as partes interessadas, respeitando as disposições legais. Relações com a imprensa: Todos os integrantes do hospital devem zelar pela imagem e reputação da Instituição, fomentar seu fortalecimento junto aos meios de comunicação de acordo com suas políticas e diretrizes. Conduta pública, internet, e-mail e mídias sociais: A liberdade de expressão é um direito assegurado em lei bem como sua respectiva responsabilização. Quando o cidadão se expressa, representa não só sua mensagem pessoal como também sua imagem profissional. 41 Colaboradores e ambiente de trabalho: Valorizamos os colaboradores por meio de gestão participativa, da criação de oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional,
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