Buscar

ASSUNTOS DE NEUROANATOMIA

Prévia do material em texto

FISIOLOGIA E MORFOLOGIA DO TECIDO NERVOSO: NEURÔNIOS E GLIÓCITOS (CÉLULAS DA GLIA).
· Os neurônios tem uma importância relativa porque eles têm a capacidade de propagação de informação.
· Mas os neurônios não sobreviveriam sem as células da glia (gliócitos) > os neurônios precisam dos gliócitos para que possam se manter em equilíbrio.
· Células grandes: neurônios/ e várias células pequenininhas: gliócitos
· Gânglios: sistema nervoso periférico.
· Neurônios:
. Eles são a unidade fundamental básica do nosso sistema nervoso;
. Quem realmente faz a comunicação e todo o processo de funcionamento do nosso sistema nervoso são os neurônios.
. Eles recebem, processam e enviam as informações. 
. Mitose = capacidade da célula de se dividir e se transformar em duas células iguais > os neurônios não possuem essa capacidade, ou seja, não se dividem produzindo novos neurônios.
. O neurônio não realiza a mitose, mas eles possuem a capacidade de recuperar as suas partes que não estão realizando um bom funcionamento, já que eles jogam “fora” essa parte que não funciona direito.
. Processo de apoptose: morte programada da célula > quando o neurônio percebe que alguma parte não está se desenvolvendo ou apresenta algum risco de desencadear algum problema patológico, ele programa sua morte e se degenera.
. Ideia equivocada = achar que nascemos com uma quantidade X de neurônios e que ao longo da vida nós só os perdemos, e que por ele não realizar a mitose, não existe nenhum outro meio e capacidade de se originar novos neurônios.
. Nascimento de neurônios > uma das possibilidades de uso das células tronco. 
. O que são células-tronco? Elas são células que serão usadas de acordo à necessidade do nosso corpo.
· São células altamente excitáveis, que se comunicam entre si (nenhuma outra célula tem essa capacidade) ou com células efetuadoras através da linguagem elétrica por voltagem.
· Os neurônios percebem modificações no meio ambiente em que estamos, comunicam tais modificações a outros neurônios e comandam as respostas corporais a essas sensações;
· Apresentam diversos formatos e tamanhos e a semelhança, geralmente, caracteriza regiões específicas do SNC.
· Neurônios – Corpo celular:
. Possui núcleo, citoplasma, organelas...
. Centro metabólico do neurônio: sintetiza todas as proteínas neuronais e é responsável pela maioria dos processos de degradação e renovação de constituintes celulares, inclusive de membranas;
. A forma e o tamanho variam de acordo com o tipo do neurônio;
. Recebe estímulos através de contatos sinápticos.
· Neurônios – dendritos:
. Curtos, em ramificações com formatos de galhos de árvores.
. Eles são especializados em receber os estímulos e em traduzi-los em alterações no potencial da membrana > eles tem a capacidade de pegar uma linguagem química, originária de um estímulo que veio de uma molécula química, e traduzir em linguagem elétrica.
· Neurônios – axônios:
. Prolongamentos finos e longos, que se origina do corpo ou de um dendrito principal.
. Seu tamanho varia, podendo ter axônios com mais de um metro no corpo humano.
. Especializado em gerar e conduzir o potencial de ação > quando o neurônio (axônio) propaga essa informação elétrica para outra célula.
.Geralmente sofrem arborização terminal (terminais sinápticos), por onde estabelecem conexões com outros neurônios ou com células efetuadoras, que pode ser qualquer outra célula do corpo.
. Bainha de mielina (isolante elétrico): nem todos os neurônios a possuem > ela, portanto é: um isolante elétrico que permite que o impulso elétrico passe mais rápido pelo neurônio, já que ele passa saltando.
. Os neurônios que a tem são mais rápidos, já que possuem o impulso salta tório que só é possível pela presença da bainha de mielina, e os que não têm são mais lentos.
· QUAL A HABILIDADE ESPECIAL QUE O DIFERENCIA DE OUTRAS CÉLULAS?
. A capacidade de comunicação entre si através da linguagem elétrica.
· Gliócitos:
. Essas células possuem a capacidade de realizar mitose, logo, se uma célula morre e ela não funciona mais, existe outra célula da glia que era igual a anterior, que realiza a mitose e ocupa o espaço deixado.
. Elas são muito numerosas.
. São células que preenchem os espaços entre os neurônios.
. Possuem a função de sustentar, revestir e isolar os neurônios.
. Fazem mitose – capacidade de se dividir mesmo após o processo de diferenciação celular.
· Homeostase:
· Tão numerosos quanto os neurônios.
· Participam da regulação de íons, nutrientes e de mensageiros químicos nas proximidades dos neurônios.
· Desempenham funções de proteção contra agentes agressores.
· Possuem a função de absorção de partes dos neurônios que eventualmente degeneram (lixo metabólico).
· Os oligodendrócitos possuem a função de formar o isolante elétrico (bainha de mielina) no sistema nervoso central.
. Podem formar diversas bainhas de mielina ao mesmo tempo em diversos neurônios diferentes > um só oligodendrócito para várias bainhas de mielina.
· Os astrócitos possuem uma função muito importante que é a de nutrição, ou seja, é por meio desse astrócitos que passam oxigênio, glicose e demais nutrientes para as demais células.
. Em forma de estrela, fornecem alimentação e suporte físico para os neurônios.
· As micróglias tem a função de proteção e “limpeza” dos ambientes onde estão os neurônios.
. Digerem parte dos neurônios mortos que ficam vagando.
· As células de Schwann também possuem a capacidade de produção da bainha de mielina, mas a diferença é que produzem no sistema nervoso periférico.
. É só uma célula de schwann para uma bainha de mielina, porque ela se enrola na bainha enquanto a produz > por isso só uma dessa célula produz só uma bainha de mielina.
PROTEÇÕES DO SISTEMA NERVOSO:
· O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, meninges, líquido cerebrospinal (liquor) e barreira hematoencefálica.
· O sistema nervoso é altamente protegido.
· Barreira hematoencefálica: é uma estrutura que impede e/ou dificulta a passagem de substâncias do sangue para o sistema nervoso central, tais como anticorpos, complemento e fatores de coagulação.
· Crânio protege o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e a coluna vertebral protege a medula espinhal (proteção óssea).
· MENINGES:
. Existem três folhas (folhetos de proteção) entre o crânio e o encéfalo que são as meninges.
. Possuem a função de proteção do nosso sistema nervoso central, logo, onde tiver sistema nervoso central, existe a meninge.
. Sempre são três: a mais externa, a do meio, mais interna que fica mais aderida ao órgão.
. Temos as três meninges tanto no encéfalo quanto na medula espinhal.
. A meninge mais externa é mais dura e espessa, e o seu nome é dura mater > É a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo denso muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos.
- Ela é constituída por duas porções, uma mais externa que está em contato com os ossos e uma mais interna.
. A meninge do meio é Aracnoide, ela tem umas espécies de “teias de aranha”.
- Ela recebe esse nome em razão de sua estrutura assemelhar-se a uma teia de aranha. Entre a aracnoide e a pia-máter existe um líquido, conhecido como cefalorraquidiano ou cerebrospinal.
. A meninge mais interna, que fica bem aderida ao órgão parecendo uma espécie de pele que o cobre, é a Pia Mater.
- Ela está em contato direto com o sistema nervoso central, sendo que a porção da medula é mais espessa e menos vascularizada quando comparada com a que reveste a região do cérebro. Vale destacar que essa membrana acompanha as ondulações do cérebro, aprofundando-se nessas regiões.
. Na medula espinhal também existem os três tipos de meninge.
 
· O sistema nervoso central está em contato como o ar? Não, graças a nossa barreira hematoencefálica.
· É um sistema altamente protegido: reveste e amortece;
· Barreira hematoencefálica (proteção molecular): proteção contra agentes nocivos trazidos pela circulação > permeabilidade seletiva.
·LÍQUOR:
. Líquido cefalorraquidiano;
- é formado principalmente por água, proteínas, glicose, glóbulos brancos e alguns hormônios. A função desse fluido é suavizar os possíveis impactos do sistema nervoso central com os ossos. A produção e a circulação desse líquido são contínuas, sendo que em algumas vezes pode ocorrer a obstrução desse fluxo e, consequentemente, seu acúmulo, causando a chamada hidrocefalia.
. É um líquido produzido pelo plexo coroide > esponjinha existente dentro os ventrículos.
. Eles estão onde têm meninges, ele fica sempre entre a aracnoide e a pia mater., logo, consequentemente teremos líquor em todo o sistema nervoso central, já que temos meninge em todo o SNC (encéfalo e medula espinhal).
. Preenche o espaço subaracnóideo e as cavidades internas do SNC (ventrículos).
*FUNÇÕES DO LÍQUOR:
. Proteção do sistema nervoso e de garantir a homeostasia (homeostase), logo, ele auxilia no processo de equilíbrio do SN.
. Excreção de produtos do metabolismo neural: quando as micróglias pegam os dendritos soltos, e excreta (joga) no líquor, e ele joga na circulação para eliminarmos do nosso corpo (FUNÇÃO DE LIMPEZA).
. Ele tem a capacidade de redução do peso do SNC.
. Ele é pulsátil (pulsa como se fosse batida de coração) e sua circulação é unidirecional.
. Preenche todas as cavidades do encéfalo e está dentro de todos os ventrículos.
· Acúmulo anormal de líquor: hidrocefalia > quando o líquor é produzido demais e ocorre o aumento da cabeça.
CEREBELO:
· Fica localizado logo abaixo do cérebro, na porção posterior do crânio e dorsalmente ao bulbo e a ponte (atrás deles), contribuindo para a formação do teto do IV ventrículo.
· O cerebelo é uma região do encéfalo relacionada com o equilíbrio do corpo, postura e coordenação dos movimentos.
· O cerebelo é uma grande massa encefálica, formada por dois hemisférios, que são unidos ao centro pelo vérmix do cerebelo e pelo lobo flóculonodular.
· Repousa (fica apoiado) sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital do cérebro por uma prega da dura mater denominada tenda do cerebelo > divide o cérebro do cerebelo.
· Foice do cérebro: prega de dura mater que divide os dois hemisférios do cérebro.
· O cerebelo é separado do cérebro por um folheto da dura máter, o tentório do cerebelo, que faz uma divisão em região supratentorial e infratentorial. Outro folheto da dura máter é a foice do cerebelo, que divide parcialmente os hemisférios cerebelares.
· Ocupa cerca de um quarto do volume craniano do homem, sendo bem menor que o cérebro, mas somente em tamanho, já em relação à quantidade de neurônios não é tão menor assim.
· Contem cerca de 80% do total de neurônios do cérebro. O cerebelo é a região que mais cresceu em número de neurônios, apesar de o cérebro ser maior em tamanho, volume.
· Consiste em uma estrutura globosa com dois hemisférios (esquerdo e direito) que apresentam dobraduras paralelas transversais chamadas folhas (dobras transversais), que são separadas por fissuras.
· Essas folhas e fissuras (visíveis na superfície do cerebelo) são especialmente evidentes em secções do órgão, que dão também uma ideia de sua organização interna.
· Ele possui o córtex cerebelar, que dentro possui a substância branca.
· Presença de Núcleos profundos – semelhança com o cérebro que possui os núcleos da base – massas de substancia cinzenta imersa na substancia branca.
· Vérmix: ele une os dois hemisférios cerebelares (no cérebro o que une os dois hemisférios é o corpo caloso).
· O cerebelo é constituído por um centro de substância branca – o corpo medular do cerebelo – de onde irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por uma fina camada de substancia cinzenta – o córtex cerebelar.
· A substância branca é constituída por dois conjuntos de fibras nervosas e, como em todo o sistema nervoso central, é a via de transmissão dos impulsos nervosos.
· O cerebelo, assim como o cérebro, possui externamente a substância cinzenta, que forma o córtex do cerebelo, e internamente a substância branca. Nessa substância branca, existem núcleos cerebelares, que são formados por substância cinzenta, como o núcleo denteado, o principal deles, o núcleo emboliforme, núcleo globoso e núcleo fastigial.
· O corpo medular do cerebelo com as laminas brancas que dele irradiam, quando vistas em cortes sagitais, recebem o nome de árvore da vida.
· O corpo medular do cerebelo é composto por substância branca e formado por fibras mielínicas (fibras axônicas e fibras de neurônios que possuem bainha de mielina, que é isolante elétrico) e:
. Fibras aferentes ao cérebro (fibras que chegam ao cerebelo com informações de sensibilidade, no sentido de percepção do corpo, articulações e etc. > são fibras sensitivas) - penetram pelos pedúnculos cerebelares e se dirigem ao córtex ou núcleos.
. Fibras (eferentes) formadas pelos axônios das células de Purkinje (possuem a função de sair do córtex e vão aos núcleos, elas não saem do cerebelo) – dirigem-se aos núcleos centrais, logo, elas saem do cerebelo.
· CEREBELO – VISÃO MACROSCÓPICA:
· Anatomicamente, o cerebelo é dividido em três lobos: lobo anterior, posterior e flóculonodular. Existem duas fissuras que realizam essa divisão, a fissura primária, que divide o lobo anterior e posterior, e a fissura póstero-lateral que separa o lobo flóculonodular do lobo posterior.
. Dividido em lobos por conta das folhas e fissuras (sem significância funcional, é só para entender onde estão os lobos).
- Anterior (acima da fissura primaria).
- Posterior (abaixo da fissura primaria)
- Floculo nodular*
· Ele é dividido em dois hemisférios pelo vérmix.
· O vérmix é pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, enquanto que na face inferior dois sulcos bem evidentes o separam dos hemisférios.
· É de acordo com a posição dos núcleos profundos que teremos a divisão funcional do cerebelo.
· No interior do corpo medular existem quatro núcleos de substância cinzenta em cada hemisfério, que são os núcleos profundos (ou núcleos centrais): denteado, interpósitos (emboliforme e globoso) e fastigial.
· Núcleo fastigial: tem um em cada hemisfério e fica na região central.
· Na região intermédia, tem o núcleo globoso e o núcleo emboliforme.
· E na região mais lateral, temos o núcleo denteado.
· Em cada região dessas do nosso cerebelo, que são a intermédia, central e lateral, recebe informações de determinada parte do corpo.
· Quando juntamos os núcleos da região intermédia, que são os globosos e emboliforme, podemos chamar de núcleos interpósitos.
· O corpo medular do cerebelo é formado de substância branca e tem um sistema de ramificações complexo e, juntamente com as folhas do cerebelo que têm a aparência de árvore, tem sido descrito como “arbor vitae”, a árvore da vida. Os núcleos cerebelares profundos são denominados fastigial, globoso, emboliforme e denteado.
· Os núcleos fastigiais recebem aferentes da região mediana do cerebelo (vérmix) > recebem informações que estão chegando pelo vérmix.
· Os núcleos interpósitos recebem de zonas longitudinais intermediárias situadas entre o vérmix e os hemisférios > recebem as informações que estão chegando à região intermédia;
· Os núcleos denteados recebem das regiões mais laterais dos hemisférios > recebem as informações que estão chegando às regiões mais laterais os hemisférios;
· O córtex do lobo floculonodular conecta-se com os núcleos vestibulares, que, apesar de estarem localizados no tronco encefálico (recebem informações do ouvido), desse ponto de vista podem ser considerados também núcleos profundos do cerebelo > são considerados assim por estarem conectados com o lobo floculo nodular.
· Com base nessas relações conectivas com os núcleos profundos, foi proposta uma nova divisão do cerebelo com base na sua funcionalidade, formado então por quatro regiões em cada hemisfério: o lobo floculonodular, o vérmix (meio), o hemisfério intermédio (interpósitos) e o hemisfério lateral (denteado).
· A divisão funcional é de acordo com os núcleos profundos do cerebelo e adivisão anatômica mais estrutural e simples.
· Funções do cerebelo
O cerebelo recebe informações sobre a posição de articulações, comprimento dos músculos, estímulos auditivos e visuais. Além disso, ele ajusta os impulsos provenientes do cérebro e, a partir dessas informações, controla:
· Os movimentos voluntários do corpo;
· A postura;
· A aprendizagem motora;
· O equilíbrio;
· Tônus muscular.
· Curiosidade: Quando acontecem lesões cerebelares, os seus principais sintomas são denominados de ipsilaterais, pois eles ocorrem do mesmo lado em que houve a lesão. As lesões na região denominada de vérmis apresentam sinais e sintomas no tronco. Já as lesões ocorridas nos hemisférios manifestam-se nos membros.
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO:
· O que forma o embrião é junção de dois gametas, feminino e masculino enquanto a mulher está no seu período de ovulação.
· A embriologia estuda o processo de formação e desenvolvimento do indivíduo desde o zigoto até o nascimento.
· Ao longo do crescimento embrionário alguns genes são ativados e outros desativados. Dessa maneira surge a diferenciação celular, ou seja, tipos celulares com formatos e funções distintos, que organizam os diversos tecidos e posteriormente formarão os órgãos.
· Na espécie humana as principais fases do desenvolvimento do embrião são a clivagem ou segmentação, gastrulação e organogênese.
· Na gametogênese são formados os gametas a partir de células especializadas chamadas células germinativas, que passam por várias mitoses e se multiplicam. Depois elas crescem e passam pela primeira divisão meiótica, formando células-filhas com a metade dos cromossomos da célula-mãe.
· Nos gametas femininos a meiose é interrompida antes de se completar, originando um ovócito secundário e um corpo polar primário bem menor.
· Durante a clivagem as divisões mitóticas são rápidas e elas dão origem às células chamadas blastômeros. Diante da velocidade com que as células se dividem, o embrião apresenta aumento do número delas, mas não de tamanho.
· O primeiro estágio da clivagem é a mórula, um maciço celular originado entre o terceiro e quarto dia após a fecundação. Na segunda e última etapa ocorre a blástula, onde as células delimitam uma cavidade interna chamada blastocele, cheia de um líquido produzido pelas próprias células.
· Blastocisto: o conjunto de estruturas embrionárias que inclui os blastócitos, células primordiais do embrião e dos anexos embrionários, a blastocele, cavidade que divide esses dois tipos celulares, e a zona pelúcida do óvulo, principal responsável por manter estas células unidas.
· Segmentação: proliferação do ovo originando os blastômeros.
· Até a fase de blástula as células embrionárias são chamadas de células-tronco, que podem originar todos os diferentes tipos de célula do corpo.
· A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação, onde o embrião começa a aumentar de tamanho e volume e surge o intestino primitivo ou arquêntero, além de ocorrer à diferenciação dos folhetos germinativos ou embrionários.
· Os folhetos darão origem aos diferentes tecidos do corpo e se dividem em ectoderme, endoderme e mesoderme.
. Ectoderme: responsável por dá origem ao sistema nervoso > todo o sistema nervoso (tanto central quanto periférico) vai ser originado a partir do processo de replicação celular que acontece a partir do ectordeme. 
- Epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso, encéfalo e neurônios, entre outros. 
. Endoderme: pâncreas, sistema respiratório (exceto cavidades nasais), pulmões, fígado e epitélio da bexiga urinária, entre outros. 
. Mesoderme: derme da pele, músculos, cartilagens e ossos (exceto da face), medula óssea, rim, útero, coração, sangue, entre outros. Ao final da gastrulação, o embrião é chamado de gástrula.
· A última fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese, onde ocorre a diferenciação dos tecidos e órgãos.
· O primeiro estágio dela é a neurulação, quando há formação do tubo neural, que se diferenciará no sistema nervoso central.  Durante a neurulação, o embrião recebe o nome de nêurula.
· A organogênese termina até a oitava semana de gestação, por volta do 56º dia. Nesse período, o embrião mede cerca de 3 cm de comprimento. Depois da nona semana até o nascimento, o indivíduo em formação passa a ser chamado de feto.
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO:
· Placa neural: a partir do ectoderma forma-se uma placa devido a compactação, ao aumento do número de células por conta da sua replicação acelerada e esse processo é contínuo.
· Suco neural: quando acontece muita replicação de células e quando forma esse suco, as pontas vão se aproximando > as pontas começam a se aproximar devido ao processo contínuo e frenético de replicação celular.
· Cristas neurais: uma espécie de “goteira” originada do suco natural com as extremidades mais próximas ainda e com duas cristas do lado. 
· Tubo neural: quando o processo de replicação continua e a “goteira” neural fecha e se transforma em um tubo e as cristas que estavam nas laterais se desprendem, mas ficam do lado, chamadas de gânglios espinhais (localizado no SNP). Logo, a partir das cristas neurais formam-se o sistema nervoso periférico.
· As cristas neurais além de formar o SNP, por ser uma região com muitas células-tronco, forma a pele, a retina e etc.
· O tubo neural tem a função de gerar todo o nosso sistema nervoso central.
· Todo esse processo acontece durante o 1º mês de vida uterina do embrião;
· Após o fechamento do tubo neural, a sua extremidade cranial (a parte de cima do tubo) começa a se dilatar, formando três bolhas: as vesículas encefálicas primitivas. 
· Durante o segundo mês de gestação, o tubo encurva-se essas vesículas se subdividem > essas três vesículas primitivas continuam crescendo e dilatando e passam a ser cinco:
. O prosencéfalo cresce para os lados e para trás para formar o telencéfalo e ele também forma o diencéfalo.
. O mesencéfalo continua sendo o mesencéfalo, não forma nenhuma nova estrutura.
. O rombencéfalo se divide em mielencéfalo e metencéfalo.
· A vesícula telencefálica cresce para os lados e para trás formando os dois hemisférios cerebrais (córtex e núcleos da base) que cobrem o diencéfalo e mesencéfalo.
· A vesícula mesencefálica da origem ao cerebelo e a ponte.
· A vesícula mielencefálica dá origem ao bulbo;
· O tubo neural continua cilíndrico, transformando-se na medula espinhal primitiva, que cresce por igual, sem muitas modificações, dando origem à medula espinhal adulta > a parte de baixo do tubo.
· A parte de cima do tubo neural da origem a tudo que é encéfalo (telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo, ponte, bulbo e cerebelo).
· Aos 4 a 5 meses as principais estruturas anatômicas estão já constituídas;
· O córtex cerebral e o cerebelar, nessa fase, são lisos e a velocidade do crescimento (maior que o da caixa craniana) e por isso leva à formação dos giros e folhas, sulcos e fissuras;
· A partir do 7º mês o cérebro começa a se enrugar > porque a velocidade de crescimento do crânio diminui e a do cérebro aumenta então ela começa a se enrugar para caber dentro da caixa craniana que possui volume menor > então quanto mais ele aumenta sua área mais funções vão se desenvolvendo, logo, se tivéssemos o cérebro liso, não teríamos tantas funções e capacidades. 
· Na medula, ocorre o oposto. A coluna vertebral e o canal ósseo se alongam mais que a medula. A diferença de comprimento é que faz com que os nervos raquidianos dos segmentos lombossacros tenham um trajeto oblíquo e até longitudinal formando a cauda equina (prolongamento de nervos).
O QUE ACONTECE QUANDO O TUBO NEURAL NÃO SE FECHA?
· Se ele não se fecha na parte de cima, a consequência será no encéfalo e se ele não se fecha na parte de baixo, na medula espinhal.
· Defeito na parte de baixo do tubo neural: espinha bífida
. A espinha bífida oculta resulta de uma falha no crescimento e fusão das metades do arco vertebral. Ocorre entre as vértebras L5 e S1. Geralmentenão apresenta sintomas clínicos e nos casos menores sua única evidência é uma depressão com um tufo de pelos.
. Espinha bífida do tipo meningocele acontece quando o “saco” formado contem as meninges e o fluido cérebro-espinhal. A medula espinhal e as raízes espinhais estão sem sua posição, mas pode haver anormalidade em suas estruturas. É quando o tubo neural não se fecha corretamente e dá espaço para que as meninges possam sair, e essa bolsa tem muito líquido, mas não tem raiz nervosa. 
. Espinha bífida do tipo mielo(raízes nervosas)meningo(meninge)cele(fora) = mielomeningocele é mais grave que a anterior. O “saco” contém as raízes nervosas e/ou a medula espinhal. Entre os sinais clínicos estão paraplegia, perda da sensação na parte inferior do corpo e incontinência > sai pelo local de má formação tanto as raízes nervosas quanto as meninges.
· Defeitos na parte de cima do tubo neural:
. Duas possibilidades: a não formação de alguma estrutura ou a saída de alguma parte
. Quando a porção superior do tubo neural não se fecha, o resultado é a anencefalia. No entanto, a causa específica não é conhecida. Alguns acreditam que essa condição possa estar relacionada às toxinas ambientais, mas nenhuma ligação total foi feita. Além disso, os baixos níveis de ácido fólico no plasma parecem contribuir para os defeitos do tubo neural. 
- Quando falta alguma estrutura pode acontecer à monstruosidade, que é incompatível com a vida, ou dependendo da estrutura que está faltando, esse indivíduo consegue sobreviver.
. Encefalocele: Defeito de fechamento do crânio durante a gestação, com vários graus de protrusão do encéfalo, meninges e líquor, através da falha craniana. A grande maioria das encefaloceles situa-se na região occipital, mas pode ocorrer na região craniofacial. E tem que ser submetido a um processo cirúrgico.
· Vitamina B9 (ácido fólico):
. A mulher tem que tomar ácido fólico durante a gravidez.
. Previne malformações do tubo neural.
. O uso se inicia antes da gravidez ou assim que se descobre.
· O sistema nervoso periférico é formado a partir das cristas neurais;
· Contém células tronco e por isso também participam da formação de outros tecidos que não fazem parte do sistema nervoso
O SISTEMA EMBRIONÁRIO FUNCIONA?
· 3º semana: formação do tubo neural.
· 4º semana: vesículas primitivas.
· 6º semana: impulsos elétricos em células isoladas, mas isso não significa que está em pleno funcionamento (comunicação entre os neurônios etc).
· 8º e 9º semanas: proliferação e migração das células > células-tronco e etc.
· 13º semana: músculos entram em funcionamento > teóricos falam que eles não estão em funcionamento, como se fosse uma fase teste.
· 16º semana: início das sinapses > sinapses sim é comunicação.
· 23º semana: consegue sobreviver fora do útero, mas com equipamentos; vias sensitivas > já tem o funcionamento do sistema nervoso e de diversos órgãos.
· 28º semana: funcionamento do sistema auditivo.
· 32º semana: controle da respiração e da temperatura > pode viver fora do útero, e sem suporte de vida.
 TELENCÉFALO:
· Funções corticais superiores (parte mais avançada no nosso cérebro de funcionamento) e lateralidade hemisférica.
· Cortical - córtex
· O telencéfalo é responsável por diversas funções: memória, interpretação de informações, sensibilidade, motricidade.
· Região enrugada e cheia de giros e sucos 
· Os sucos mais importantes são o lateral e central.
· Forma o cérebro juntamente com o diencéfalo.
· Compreende dois hemisférios cerebrais que são unidos pelo corpo caloso.
· Os giros e sucos permitem que seja dividido em lobos.
- Região anterior: lobo frontal
- Região posterior: lobo occipital
- Região lateral: temporal
- Região de cima: lobo parietal
- Região interna: insular
· 3 faces: face súpero – lateral; face medial; face inferior.
· Classificação funcional:
. O córtex é divido em áreas de associação e de projeção > a área de projeção: recebem ou dão origens a fibras relacionadas diretamente à sensibilidade a motricidade > dividida em sensitivas e primárias.
· . Áreas de associação > não se relacionam diretamente com a sensibilidade ou a motricidade e são divididas em secundárias (são importantes na nossa capacidade de movimentação) e terciárias.
. Terciárias: relacionadas com as atividades psíquicas. Não se ocupam de processamentos motores e sensitivos > pré-frontal (personalidade, capacidade de julgamento); temporoparietal; límbica (capacidade emocional); 
· Função cortical superior: às áreas terciárias estão no topo da hierarquia funcional no córtex cerebral. Elas não se relacionam isoladamente com nenhuma modalidade sensorial. Recebem e entregam as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e são responsáveis também pela elaboração de diversas estratégias comportamentais.
· Funções cognitivas: percepção: capacidade de associar as informações sensoriais (cheiro, som, imagem e etc) à memória e a cognição.
· Atenção/percepção seletiva: capacidade de focalização em alguma atividade sensorial > eu escolho no que vou prestar atenção.
· Capacidade de memória: registros de novas experiências e recordação das passadas. Capacidade de armazenar e evocar informações.
· Linguagem: meio de comunicação entre os seres > função cortical superior extremamente complexa.
· Funções executivas: programação, planejamento de tarefas.
· Conceitos importantes: 
. Lateralidade hemisférica: conceito essencialmente funcional, que significa que enquanto algumas funções são apresentadas igualmente em ambos os hemisférios (visão), outras são apresentadas somente de um lado (fala).
. Assimetria: conceito mais geral, que significa que os hemisférios não são simétricos, ou seja, sua forma à direita é diferente da forma à esquerda, bem como sua representação funcional e também os comportamentos que os hemisférios controlam > capacidade de comportamento diferente.
. Dominância cerebral: conceito que se refere à habilidade de cada hemisfério cerebral ser dominante em determinada função, exemplo: percepção musical.
· *Existem diferenças funcionais entre os hemisférios cerebrais:
. Hemisfério direito: percepção musical, identificação genérica de pessoas e objetos, imaginação, percepção holística (genérica)...
. Hemisfério esquerdo: cálculo matemático, identificação precisa de pessoas e objetos, avaliação métrica do espaço extra pessoal, raciocínio lógico, linguagem, percepção específica... 
· Os dois hemisférios funcionam perfeitamente bem.
· Os pacientes com lesões à D e à E foram solicitados a observar um desenho e depois copiá-lo na folha de papel. OS que tinham apenas o hemisfério esquerdo funcionante viram os detalhes do desenho, ou seja, os componentes miúdos das figuras maiores. Já os pacientes que tinham apenas o hemisfério direito funcionante detectaram a configuração global, mas não os detalhes. 
· Assimetria das funções corticais: 
. As afasias (incapacidade de fala ou interpretação da linguagem), por exemplo, estão quase sempre associadas a lesões no hemisfério esquerdo. Lesões do lado direito raramente causam distúrbios da linguagem.
- Afasia de articulação e afasia de interpretação.
- Afasia de Broca: afasia motora ou de expressão. Caracterizada por uma incapacidade de gerar um discurso fluente na presença de uma boa compreensão.
- Afasia de Wernicke: afasia sensitiva ou de percepção. Processamento verbal fluente, mas repleto de palavras sem sentido e substituições que distorciam o significado.
. Logo, do ponto de vista funcional, os hemisférios cerebrais não são simétricos e, assim, na maioria dos indivíduos, as áreas da linguagem estão localizadas apenas do lado esquerdo.
· Em 1863, Broca apresentou casos de pacientes que haviam perdido a capacidade de falar, sem qualquer paralisia dos músculos da face. Todos apresentavam lesões na mesma região cerebral: a porção posterior e lateral do lobo frontal do hemisfério esquerdo.
· Logo, Broca identificou a localização cerebral da fala e a sua natureza assimétrica, isto é, especialidade deapenas um dos hemisférios cerebrais.
· Localização da fala é assimétrica, só temos em um dos hemisférios.
· Dominância cerebral: 
“O cérebro tem dois hemisférios, mas eles não são iguais. Ao contrário, cada um deles tem especialidades que o outro não tem: funções lateralizadas”.
- Amplamente percebida no que se refere à linguagem e as habilidades manuais.
- A linguagem é a mais lateralizada das funções, já que a maior parte dos seus mecanismos é operada pelo hemisfério esquerdo na maioria dos seres humanos.
· - Não existe dominância cerebral (um lado melhor que o outro) no que se refere à capacidade de movimentação voluntária e a sensibilidade (capacidade de sensação). Nestes casos, os hemisférios cerebrais agem igualmente para comandar e receber informações. 
· LEMBRANDO: O hemisfério direito comanda o hemicorpo esquerdo e o hemisfério esquerdo comanda o hemicorpo direito.
· Em 96% dos indivíduos destros, o hemisfério dominante é o esquerdo.
· Em 70% dos indivíduos canhotos ou ambidestros, o hemisfério dominante é o esquerdo.
- Ou seja, é difícil ocorrer dominância cerebral direita mesmo em indivíduos canhotos.
· Comunicação entre os hemisférios (acontece graças ao corpo caloso > une os hemisférios e passa informações):
· . Os hemisférios cerebrais são mantidos em comunicação direta por comissuras cerebrais, como o corpo caloso, que permite que as funções de ambos hemisférios sejam coordenadas.
· Secção cirúrgica das comissuras cerebrais.
· Teste: colocar objeto na mão D do paciente pedir para que ele descreva. Depois, colocar o mesmo objeto na mão E do paciente e pedir para que ele descreva.
· Resultado: ao colocar o objeto na mão D, o hemisfério E do paciente recebe as informações sensitivas sobre o objeto e descreve-o normalmente, já que as áreas de linguagem que permitem az descrição do objeto do objeto estão no hemisfério E.
· Ao colocar o objeto na mão E, o hemisfério D do paciente recebe as informações sensitivas sobre esse objeto. Entretanto, no HD não existem áreas de linguagem, sendo então incapaz de descrever esse objeto, apesar de reconhecê-lo.
· . Em indivíduos normais, com o corpo caloso intacto, ao colocar o objeto na mão E, o HD capta as informações sensoriais e o HE descreve-o.
· Corpo caloso intacto > informação passa para o outro lado.
· TESTE 2: O indivíduo (sem corpo caloso) fixa um ponto no centro da tela. Em seguida, o pesquisador projeta, à esquerda do ponto de fixação (hemicampo visual esquerdo), uma letra (R, por exemplo), e à direita, outra (L, por exemplo). A imagem das letras permanece na tela durante por um tempo tão breve que impede que ele involuntariamente retire os olhos do ponto central de fixação. Com isso, a letra R projetada no hemicampo visual esquerdo será representada exclusivamente no hemisfério direito, e a letra L projetada no hemicampo direito será representada exclusivamente no hemisfério esquerdo. O pesquisador pode, então, perguntar ao indivíduo o que ele viu na tela. E depois solicitar a encontrar com a mão esquerda o objeto correspondente (letras de plástico atrás da tela).
· Resultado: Que letra viu na tela? L.
. Encontre com a mão esquerda o objeto.
– Pegará a letra R e não a L.

Continue navegando