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Orientacoes-20220514T214216Z-001

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 Recomendações Nutricionais para Pacientes com Diabetes
 A Diabetes é uma doença crônica, ou seja, uma doença que não tem cura. Mas assim como qualquer doença crônica existe um controle. O paciente Diabético pode conviver muito bem com a doença se fizer um tratamento adequado. Hoje em dia existem muitos alimentos próprios para os Diabéticos, mas ainda existem muitas dúvidas em relação à isso. Esse artigo tem como objetivo dar uma idéia do que é necessário tomar cuidado na alimentação do Diabético, mas é muito importante o paciente agendar uma consulta com um Nutricionista para receber as orientações individuais e específicas de cada caso.
1) Retirar totalmente o açúcar, mel, açúcar mascavo, açúcar cristal, açúcar orgânico e todas as preparações que vão esses ingredientes (doces e sobremesas)
2) Não misturar e nem repetir os carboidratos na mesma refeição. Ex: arroz, batata, mandioca, mandioquinha, macarrão, pão, aveia, granola.
3) Prefira o carboidrato integral. Ex: pão integral, macarrão integral, aveia, granola. A fibra presente nesse alimento ajuda a liberar o açúcar no sangue aos poucos e controlar a sobra de açúcar no sangue.
4) Consumir em torno de 3 frutas por dia, mas deve ser fracionado, ou seja, uma de cada vez a cada 3 horas. De preferência, consuma a casca junto.
5) Não  tomar suco de frutas concentrados. Somente 1 fruta por copo.
6) Os vegetais são importantíssimo na alimentação. As folhas podem ser consumidas à vontade. Em relação aos legumes cuidado com a beterraba. Nunca tome suco de beterraba. Consuma a beterraba junto com a refeição em pequena quantidade (em torno de 2 fatias finas ou 1 colher de sopa da beterraba ralada junto do almoço e jantar).
7) É preciso entender a diferença entre light e diet. Uma alimento classificado como light diz que esse alimento tem redução de pelo menos 25 % de um dos componentes. O diet significa que o alimento tem ausência total de um nutriente. No caso dos Diabéticos o termo correto é o diet, por ter ausência total de açúcar. Se for comprar algum alimento light precisa conferir nos ingredientes descritos no rótulo, se na composição tem açúcar ou não.
8 ) Os doces diet são boas opções para saciar a vontade de doces. Mas cuidado com a quantidade. Muitas vezes esses alimentos são mais gordurosos do que as versões normais.
9) Não abuse das quantidades de adoçante. A recomendação é de 3 a 5 gotas por copo ou 1 sachê por copo. Dê preferência para os adoçantes naturais ex: steviosídeo.
 
Xxxxxx xxxxxxxxx
Nutricionista Clínica
CRN6 xxxxx
Xxxxxx @hotmail.com
 
Orientacoes/DietaParaHiperuricemia.pdf
RECOMENDAÇÃO DIETÉTICA NA HIPERURICEMIA E NA GOTA 
 
Alimentos À Vontade Com Moderação Proibidos 
Carne 
Vaca, Galinha, 
Pato 
Carneiro, Coelho 
Carnes Jovens 
(Frango, Vitela, 
etc.), Miúdos 
(fígado, rins, 
coração, moelas), 
Caça, Presunto, 
Bacon 
Peixe 
Carapaus, 
Pescada, Pargo, 
Corvina, Faneca, 
Cachucho 
Bacalhau Salgado 
Choco,Lulas, 
Sardinha, Peixe-
espada, Sarda, 
Conservas e 
Marisco, 
Camarão, Truta 
Salmão, Atum 
Fruta (Madura) 
Maçã, Pêra, 
Banana, Laranja, 
Melão, Melancia 
Morangos, 
Ameixas, 
Pêssegos 
Ananás, Cerejas, 
Limão, Nêsperas 
Doces Chocolate, Cacau 
Bebidas 
Água(hipossalina) 
Chãs fracos, 
 Leite Magro, 
Vinho Branco 
Maduro 
Espumantes, 
Whisky 
Outras Águas 
minerais, Café, 
Cerveja, Outros 
Vinhos, Bebidas 
Alcoólicas 
Hortaliças e 
Leguminosas 
Alface, Cenoura, 
Grelos, Nabos, 
Agriões, Couves 
(todas), Feijão 
Verde 
Cebola, 
Espinafres, 
Tomate 
Ervilhas, Favas, 
Feijão, Grão de 
Bico, Espargos, 
Vários 
Arroz, Massas, 
Pão, Tortas, 
Batata, Ovos, 
Azeite, Queijo 
Fresco, 
Margarinas 
 
Azeitonas, Nozes, 
Coco, Castanha, 
Amêndoas, Mel, 
Queijo Seco, 
Manteiga, Ovos 
Estrelados 
 
Orientacoes/Receitas_hipotireoidismo.pdf
RECEITAS INDICADAS NO HIPOTIREOIDISMO 
EXAMES LABORATORIAIS 
E CONDUTA NUTRICIONAL 
 
Tártar de tomate 
 
Ingredientes 
 - 2 tomates sem pele e sem sementes 
 - 1 colher (sopa) de cebola roxa ralada e espremida 
 - 1 colher de sopa de azeitona preta, sem caroço 
 - 2 colheres de sopa de azeite 
 - Suco de ½ limão 
 - 1 colher chá de vinagre de maçã 
 - Sal a gosto 
 - Fatias de pão de centeio 
 
Modo de preparo: 
Corte os tomates em cubinhos iguais, as azeitonas em rodelas, junte a cebola ralada e 
o restante dos ingredientes. Sirva frio junto com as fatias de pão. 
 
Essa receita contem ômega-3, o qual tem a capacidade de melhorar a sinalização dos 
hormônios tireoidianos no fígado. Contem também vitamina A, responsável pela 
modulação do metabolismo da tireóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECEITAS INDICADAS NO HIPOTIREOIDISMO 
EXAMES LABORATORIAIS 
E CONDUTA NUTRICIONAL 
 
Atum com crosta de quinoa e castanha-do-Brasil 
 
Ingredientes: 
 - 1kg de atum 
- 2 colheres de sopa de suco de limão 
- 2 colheres de sopa de azeite 
- 1 dente de alho, sal a gosto 
- Crosta: 2 colheres de sopa de castanha triturada; 1 xícara de chá de flocos de 
quinoa; 1 dente de alho; 1 colher sopa de salsinha picada. 
 
Modo de preparo: 
1. Faça uma marinada e coloque o atum. 
2. Reserve. 
3. Para a crosta, misture todos os ingredientes, coloque a crosta em cima de cada 
pedaço e leve para assar em forno a 160°C por 20 minutos. 
4. Não deixe assar muito para o atum não ficar ressecado. 
 
O atum é um peixe riquíssimo em ômega-3, interferindo positivamente no 
metabolismo da tireoide. 
 
 
 
 
 
 
RECEITAS INDICADAS NO HIPOTIREOIDISMO 
EXAMES LABORATORIAIS 
E CONDUTA NUTRICIONAL 
 
Salmão ao molho colorido 
 
Ingredientes 
- 1kg filé de salmão 
- Suco de 1 limão 
- 2 colheres de sopa de azeite 
- Sal a gosto 
- Molho: 2 colheres de sopa de cebola ralada e espremida, 1 dente de alho 
ralado, 2 colheres de sopa de azeite, 2 colheres de sopa de alcaparras, 1 xícara 
de chá de cogumelos frescos ou em conserva, 12 tomates cereja e folhas de 
manjericão. 
Modo de preparo 
1. Tempere o peixe e reserve. Coloque em uma assadeira, passe um pouco de 
azeite e leve ao forno 160°C coberto com papel alumínio para assar durante 20 
minutos. 
2. Molho: refogue a cebola com azeite e alho, os tomates e em seguida 
acrescente as alcaparras, os cogumelos e, por último, as folhas de manjericão e 
coloque sobre os filés. Sirva bem quente. 
 
O salmão é considerado um dos peixes mais ricos em ômega-3, interferindo 
positivamente no metabolismo da tireoide. Além de conter Iodo, mineral essencial na 
função tireoidiana. 
 
 
 
RECEITAS INDICADAS NO HIPOTIREOIDISMO 
EXAMES LABORATORIAIS 
E CONDUTA NUTRICIONAL 
 
 
Arroz integral com nozes e brócolis 
 
Ingredientes: 
- 2 xícaras de chá de arroz integral cozido 
- ½ cebola ralada e escorrida 
- 1 dente de alho 
- 1 xícara de chá de brócolis picado cozido 
- ½ xícara de nozes picada 
- ½ xícara de chá de damasco 
- 1 colher de sopa de azeite 
 
Modo de preparo: 
1. Refogue o alho com a cebola, as nozes e o azeite, 
2. Em seguida acrescente o brócolis e o damasco, misture ao arroz já cozido e 
sirva. 
 
O damasco e o brócolis são fontes de vitamina A, auxiliando assim na produção de 
hormônios tireoidianos. E as nozes possuem zinco, além de gorduras 
monoinsaturadas. 
 
 
 
RECEITAS INDICADAS NO HIPOTIREOIDISMO 
EXAMES LABORATORIAIS 
E CONDUTA NUTRICIONAL 
 
FEIJÃO COM LINHAÇA 
Ingredientes: 
- 650g de feijão carioquinha 
- 1 unidade média de cebola 
- Água – 1,5L 
- 3 colheres (sopa) de azeite de oliva 
- Sal marinho
- 1 dente de alho 
- 1 colher (chá) de coentro 
- 1 colher (chá) de cebolinha 
- ½ xícara de farinha de linhaça estabilizada 
 
Modo de preparo: 
- Escolher o feijão, lavar em água corrente e colocar com água em panela de 
pressão e cozinhar por 30 minutos; 
- Apagar o fogo e quando for possível verificar o cozimento; 
- Picar a cebola, o alho, o tomate, o coentro e a cebolinha; 
- Refogar os temperos e adicionar 1/4 do feijão neste refogado; 
- Adicionar o feijão temperado no restante do feijão e caso seja necessário adicionar 
água e cozinhar por mais tempo em pressão; 
- Após a cocção, acrescentar a farinha de linhaça e o sal. 
 
Esta receita contem sal iodado, aumentando assim o aporte de iodo na 
alimentação. O feijão é rico em ferro, evitando ou tratando um possível caso de 
anemia. É importante lembrar que para a absorção desse ferro faz-se necessário o 
consumo de algum alimento fonte de vitamina C durante essa refeição. 
 
 
Orientacoes/Resumão das condutas e orientações.docx
Resumão das condutas e orientações – Dieto 1
Desnutrição
O desnutrido não tolera grandes quantidades de alimentos, portanto deve-se:
· AUMENTAR o fracionamento;
· DIMINUIR o volume;
Objetivo: Favorecer a tolerabilidade e a aceitabilidade e saciedade menor.
Começar sempre com 50%do VET e ir aumentando progressivamente conforme a tolerabilidade e aceitabilidade.
Macronutrientes:
· PTN: N
· CHO: N
· LIP: N/h – Diminuir a saciedade do paciente para que ele tenha esvaziamento gástrico maior e maior aceitação na próxima refeição (O LIP é o último nutriente a ser digerido)
Cárie dental: 
VET: ANP (ajustado às necessidades do paciente)
CHO: N/h – Para minimizar a fonte do substrato energético para a bactéria.
PTN: N/H – Promover a cicatrização e aumentar a imunidade.
LIP: Complementar o VET.
FIB e água: H
Outros componentes: ANP.
Outras observações: Promover uma melhor higiene bucal.
Gengivite: Inflamação da gengiva
VET: ANP
PTN: H – Aumentar a cicatrização;
CHO: N (cariogênico, fermentação)
LIP: N (indivíduo eutrófico) / N/h (indivíduo com baixo peso) – diminui a saciedade do paciente e ele pode aceitar melhor a próxima refeição;
Vitaminas: 
-A: Reepitelização da mucosa (repõe a integridade da mucosa oral);
-B: Metabolismo dos macronutrientes;
-Folato: Imunidade celular;
-C: aumentar a biodisponibilidade do ferro não heme;
 
Minerais:
-Fe: Prevenir anemia devido ao sangramento;
-Na: diminuir o seu consumo para diminuir a dor quando esse entra em contato com a lesão;
Fracionamento: Aumentado
Volume: diminuído 
Disfagia: Dificuldade para deglutir
Disfagia para líquido: Usar espessante (para ficar gelatinoso) Ex: Thicken Up Clean
Disfagia para sólido: Alterar consistência
Odinofagia: Dor ao deglutir
Tratamento: Dieta Líquida Completa V.O. ou sonda; fracionamento aumentado; sem alimentos de DD, ferment, flat, e ricos em S
DRGE (Doença do Refluxo Gastro Esofágico): Diminuição da pressão do EEI; tudo o que vai, volta.)
 Tratamento:
-LIP: N/h – Proporciona esvaziamento gástrico mais rápido; quando há maior quantidade de lipídeo, o esvaziamento é mais lento, aumentando o refluxo.
-PTN: N/H – Fortalece a musculatura do esfíncter.
-CHO: N/h – evitar a fermentação e a distensão, provocando a dilatação do estômago e a aberturado esfíncter.
-Fracionamento: AUMENTADO
-Volume: DIMINUÍDO
OBS: TODA DOENÇA ESOFAGEANA tem esse tratamento como base.
Alimentos fermentativos: proibidos porque proporcionam a dilatação do estômago e a abertura do esfíncter esofagiano, piorando o refluxo (N/h glicídico); evitar pimenta, ketchup, ricos em S.
Orientações (Associar com o tratamento):
-Evitar uso de cintas apertadas;
-Não deitar logo após as refeições;
-Tronco elevado cerca de 15-20 cm;
-Evitar bebida alcoólica;
-Evitar fumo, café, chocolate, alimentos gordurosos e distensão excessiva do estômago.
Gastropatias
-Dispepsia: Má digestão
Orientações:
Não ingerir líquidos junto às principais refeições
Mastigar bem os alimentos
Comer devagar
Diminuir o volume das refeições
-Gastrites: Inflamação da mucosa gástrica
Gastrite aguda:
PTN: N/H – Atuar no processo inflamatório associado à diminuição da pepsina
LIP: N/h – Favorecer o esvaziamento gastroentérico
CHO: N/h – Evitar a distensão intragástrica e a fermentação
Gastrite crônica agudizada:
PTN: N/H – Para cicatrização
Demais nutrientes: igual gastrite aguda.
Fracionamento: AUMENTADO Proporciona a tolerabilidade e a aceitabilidade (gastrite aguda)
Volume: DIMINUÍDO
OBS: Evitar ingestão de alimentos picantes, embutidos e enlatados.
-Ulceras Pépticas:
Fase aguda:
PTN: N/H – Promover a cicatrização
CHO: N/h – Evitar a distensão gástrica e fermentação
LIP: N/h – Favorecer o esvaziamento gástrico
Fase de recuperação:
PTN: H – Para a cicatrização
CHO: N
LIP: N
Fracionamento: AUMENTADO Proporciona a tolerabilidade e a aceitabilidade (gastrite aguda)
Volume: DIMINUÍDO
OBS: Purinas são proibidas, pois excitam a mucosa gastrointestinal (caldo de carne); líquidos fora das refeições, não ingerir álcool.
Portador de gastropatia e úlcera: Ingerir fibras modificadas por cocção e subdivisão, para não lesionar a mucosa (Fibra crua é rígida e fica remoendo na mucosa)
Doenças intestinais:
-Diarréia: Aumento da frequência, da fluidez ou volume das defecações (3 ou mais fezes líquidas ou 6 ou mais fezes pastosas)
Dieta: 
-PTN: N/H a H – iniciar com normo a hiper e passar para hiper progressivamente para repor as perdas sem ocasionar diarreia osmótica.
-CHO: N/h – Evitar fermentação e distensão abdominal (desconforto)
-LIP: N/h – Repor as perdas (Esteatorreia)
Outras recomendações:
-Utilizar fibra SOLÚVEL e COZIDA – Pectina (absorve água e retarda o esvaziamento gástroentérico)
-Caldos de purina: isento
-Evitar líquidos frios e gelados
-Fracionamento AUMENTADO e volume DIMINUÍDO
-Líquidos – aumentar a ingestão hídrica
-Associar com uso de PREBIÓTICOS e PRÓBIÓTICOS (SIMBIÓTICOS)
-Constipação: Fezes muito pequenas e duras, difíceis de expelir, evacuação infrequente ou incompleta.
Recomendações:
-Procurar saber se a constipação é atônica ou espástica (o tipo de fibra vai depender da situação);
-Intervir do ponto de vista nutricional
-Investir no coquetel laxativo
Conduta para constipação atônica (empurrão):
-PTN: H
-Fibras: Celulose crua
-Temperatura: Fria ou gelada em jejum (estimula a peristalse)
-Líquidos: H
Constipação Espástica:
-PTN: H
-Fibras: Modificadas por cocção e subdivisão
-Normal da preparação
-Fracionamento AUMENTADO e volume DIMINUÍDO
-Líquidos: H
-Caldos purina: isento
-Doença Celíaca: Enteropatia induzida pelo glúten (trigo, aveia, cevada, centeio, malte), Manifestação: diarreia, astenia e perda de peso
Conduta:
-Retirar o glúten;
-PTN: H – repor as perdas (paciente descompensado)
-Paciente compensado: Normo PTN, CHO e LIP
-Sprue Tropical: Síndrome tropical relacionada a má absorção do ácido fólico (funções do ac. Fólico: imunidade celular, mecanismo da homocisteína, formação do tubo neural)
Manifestação: diarreia com esteatorreia
Tratamento: Reposição do ácido fólico
Dieta: 
H: PTN, Fe, Ac.fólico, hídrica, vit b12
H: CHO, LIP, purina
-Doença de Crohn: Doença inflamatória crônica que pode atingir qualquer parte do TGI, sendo mais comum no íleo.
Dieta: Fase aguda (Terapia Enteral – com dieta elementar, por causa da diarreia de difícil controle)
- PTN: N/H a H – iniciar com normo/hiper e aumentar para hiper (evitar diarreia osmótica)
-LIP: N/h – dar preferência ao TCM
-CHO: N/h – Evitar a distensão abdominal e fermentação
-Vit e Min: Suplementar, fontes alimentares não é o suficiente (Protovit ou clusivol)
Obs: Atentar para o uso do antiinflamatório VO (depleta Fe e Ac.Fólico); uso do corticoide (Sobrecarga hepática, cálcio+ vit.D,  B12, gastropatia, proteólise, edema,  peso,  cortisol,  glicemia)
Reicidiva: Cirurgia
– Pode desenvolver a síndrome do intestino curto (SIC) ou síndrome da má absorção
-Retocolite ulcerativa: Inflamação da mucosa e submucosa do intestino
Conduta:
*Fase aguda:
-PTN: N/H – Repõe as perdas e evita diarreia osmótica;
-LIP: h – evitar a saciedade precoce, associar ao TCM;
-CHO: N/h – Evitar distensão e fermentação.
-Consistência: Semi-líquida
*Fase moderada e recuperação:
-PTN: N/H – Cicatrização
-LIP: N/h – Favorecer o esvaziamento gastroentérico
-CHO: Idem fase aguda.
-Consistência – Pastosa a branda
Obs: Em todos os casos: fibras modificadas por cocção e subdivisão; aumentar o consumo de líquidos; caldo de purina deve ser isento.
-Síndrome do Cólon irritável: Alteração da função peristáltica do intestino, em que o fator principal da formação da sintomatologia é o psicogênico.
Tratamento:
 
-Fazer uma dieta básica, incluindo opções constipantes e opções laxativas, dependendo da situação em que o paciente se encontra no momento.
OBS IMPORTANTE:
3 Pontos básicos para associar nas doenças infamatórias intestinais:
1º - Fibras modificadas;
2º - Associação de probiótico ou simbiótico;
3º - Associação do zinco quelato (50 mg/dia)
*pode associar glutamina (se tiver como pagar)
Hepatopatias
Principais marcadores bioquímicos:
TGO Hepatócitos (avaliação da célula hepática – histatinas são drogas altamente hepatotóxicas 
TGP que podem lesionar as células hepáticas; TGP isolada: Associada ao quadro de esteatose hepática; marcadores aumentados – quadro de Cirrose Hepática 
FA – Fosfatase Alcalina 
GGT ou GT – Hepatite medicamentosa
BRT BRD – Icterícia 
 BRI
OBS: Somente a GGT aumentada: Hepatite medicamentosa
*Formas de proteção Hepática (formas de prevenção)
-Aumentar a oferta de AAs de cadeia RAMIFICADA (Leucina, isoleucina e valina); fontes: BCAA; carne branca (peixe) e fubá
-Dieta N/h lipídica (para poupar o fígado da síntese da bile); ofertar TCM (não passa pelo sistema porta, e não sobrecarrega o fígado)
 Ter cautela no fornecimento de PTN; metabolismo da PTN gera ureia que é hepatotóxica; associado ao ácido valpróico (anticonvulsivante que eleva a qtde de ureia no sangue), deve-se monitorar a amônia e controlar a quantidade de PTN.
 Hepatopatas compensado ou descompensado: deve-se acompanhar a albumina; prevenção: prescrever clara de ovo cozida (3x/semana) e em caso de diminuição: associar com albumina em pó.
*Dieta cetogênica: para controlar crises convulsivas
-80% lip e 20% CHO e PTN
*Hipertensão porta: Aumento na pressão da veia porta; vasos tortuosos que geram varizes esofagianas (hepatopata descompensado)
Não é aconselhado comer comida quente e condimentadas, pois as varizes podem se romper e ocasionar HEMATÊMESE.
-Cirrose: Complicação clássica do hepatopata; alterações na estrutura dos hepatócitos, com presença de fibrose, necrose hepatocelular e nódulos de regeneração.
Conduta: VET – HIPERCALÓRICO (Por causa do peso diminuído)
Cirrose descompensada:
-PTN: N/H – com preferência aos AAs de cadeia RAMIFICADA; 
-LIP: N/h – utilizar TCM (Para não sobrecarregar o fígado)
-CHO: N/H – em caso de Diabetes Mellitus e Resistência a Insulina: CHO normal
-Menor oferta de carne vermelha (AAs aromáticos, pioram a Encefalopatia Hepática e aumenta a ureia)
Outras recomendações: Hepatopatas compensados ou descompensados:
-Nunca ingerir extremos de temperatura (Pode romper as varizes esofagianas);
-Nunca comer condimentos fortes (excita a mucosa);
-Mastigar bem os alimentos;
-Acrescentar albumina de fonte alimentar (30g PTN – clara de ovo)
-Doença de Wilson: Degeneração hepática relacionado ao metabolismo do Cobre (Comprometimento da síntese de ceruloplasmina) 
Tratamento nutricional: Diminuir ao máximo as fontes de cobre (quanto mais fontes de cobre, pior é a sobrecarga hepática)
-Doenças Biliares
*Conduta: 
-Dieta hipolipídica, hipocolesterínica, hiperHídrica, restante ANP.
-Pâncreas 
-Endócrino: Células Beta: Produz insulina
 Células Alfa: Produz Glucagon
-Exócrino: Atua no fenômeno da digestão
 *1º Suco Pancreático (Secreção hidrelática ou hidroeletrolítica) – Função primordial de ALCALINIZAR o quimo, proveniente do estômago (passar a se chamar quilo); é rico em bicarbonato.
 *2º Suco Pancreático (Secreção Enzzimática ou Ecbólica) – Secreção que dá continuidade à digestão; é rico em enzimas proteolíticas, glicolíticas e lipolíticas.
OBS: Quimo no estômago + gastrina estimula liberação de SECRETINA essa estimula o pâncreas a liberar o 1º e 2º suco pancreático.
*Secreção enzimática ou ecbólica (2º SP – enzimas digestivas):
Proteína:
-Tripsina Terminam a digestão das proteínas, iniciada pela pepsina
-Quimiotripsina
-Carboxipeptidases
- A digestão completa da PTNA se dá respectivamente pela: Pepsina Tripsina Quimiotripsina Carboxipeptidase
- A pepsina é originada a partir da ativação do pepsinogênio pelo HCl. (no estômago)
- A tripsina é originada a partir da ativação do tripsinogênio pela ENTEROQUINASE.
- A quimiotripsina é originada a partir da ativação do quimiotripsinogênio pela TRIPSINA.
Tripsinogênio Enteroquinase Tripsina
Quimiotripsinogênio Tripsina Quimiotripsina
Carboidrato:
-Amilase (marcador bioquímico para doenças pancreáticas) – Atua no amido que não foi completamente digerido pela boca.
Lipídeos:
-Lipase ( também marcador bioquímico para as pancreatites, principalmente a AGUDA) – Atua nas substâncias emulsificadas pela bile.
Terapia Nutricional Enteral
· Cateter nasogástrico ou orogástrico – Entra no nariz e vai até o estômago
· Cateter nasoentérico ou oroentérico – Entra no nariz e vai até o intestino
Ambos podem ser usados até 45 dias; o alimentos dever ser liquidificado e peneirado.
· Gastrostomia – Endoscópica (PEG) ou Cirúrgica – boton colocado no estômago. Pode ser usado por tempo indeterminado; o alimento deve ser liquidificado e NÃO pode ser peneirado.
· Jejunostomia – Boton colocado no jejuno.
Indicações da TNE: Doenças desmielinizantes (Esclerose Múltipla, Síndrome de Guillan-Barré, Esclerose Lateral Amiotrófica, Pancreatite (utilizar sonda com extremidade no estômago ou no intestino, com dieta oligomérica ou polimérica)
Contraindicações da TNE: Vômitos incoercóveis, diarreia importante, obstrução intestinal completa, fístula digestiva, gastroparesia.
Classificação das dietas:
Elementares – Todos os macronutrientes estão hidrolisados; não há trabalho para absorver ou digerir os macronutrientes. Indicação: Diarreia de difícil controle, jejum prolongado, intolerabilidade a oligomérica.
Oligoméricas – Principalmente a proteína está hidrolisada. Indicações: diarreia, jejum, pancreatite e intolerabilidade à polimérica.
Polimérica – Todos os macronutrientes estão intactos. Indicações: todas, exceto para aquelas indicadas na elementar e oligomérica. 
Modulares – Tem como base da sua formulação módulos de macro e micronutrientes específico.
Orientacoes/Hipotireoidismo.docx
ORIENTAÇÕES PARA HIPOTIREOIDISMO
Os hormônios liberados pela tireoide são responsáveis por uma série de funções orgânicas. Eles garantem que coração, cérebro e muitos outros órgãos exerçam suas funções adequadamente. Superprodução dos hormônios tireoidianos provoca no organismo um distúrbio, o hipertireoidismo, e produção abaixo da quantidade necessária, o hipotireoidismo.
O prefixo “hipo” significa: pouco, escassez. Portanto, hipotireoidismo significa queda dos hormônios da tireoide, mais especificamente T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). 
A alimentação pode tanto contribuir, como prejudicar o quadro, e para que isso não aconteça, atenção especial a alguns nutrientes que devem ser evitados ou consumidos com moderação:
• Cloro: está relacionado ao bloqueio de iodo na tireoide. Evite água clorada- água da torneira (até mesmo para
o cozimento dos alimentos) e alguns adoçantes (sucralose).
• Soja: contém flavonoides e ácido fítico, que prejudicam o funcionamento da tireoide e a absorção de minerais (zinco, cálcio e magnésio). Evite: leite e suco a base de soja, salsicha, peito de peru, hambúrguer e outros produtos que contenham soja (leia com atenção os ingredientes presentes no rótulo dos alimentos).
• Açúcar e alimentos refinados: esses alimentos aumentam muito a insulina, que tem alta relação com a disfunção da tireoide. Evite alimentos refinados como: pães, arroz, farinhas brancas, açúcar e doces em geral.
• Glicosinolatos: essa substância está presente em algumas verduras cruas e pode interferir negativamente. Prefira consumir o repolho, brócolis, couve-de-bruxelas, couve-flor e espinafre somente cozidos.
• Glúten: pode prejudicar o bom funcionamento da tireoide. Evite aveia, cevada, centeio e trigo.
• Café: pode prejudicar a absorção do medicamento. Evite-o próximo ao horário da medicação.
• Chá verde: possui fatores antinutricionais, atrapalhando o funcionamento da tireóide, devendo assim ser evitado ou consumido com moderação.
Tão importante quanto controlar o consumo destes alimentos é incluir os nutrientes que podem melhorar o bom funcionamento da tireoide:
• Selênio: consuma alimentos fontes deste mineral: carnes, frutos do mar, grãos integrais. 
• Zinco: é fundamental para o funcionamento adequado da tireoide.
 Fontes: carnes bovinas, peixes, aves, leite e derivados, ostras, mariscos, cereais, nozes e feijão.
• Iodo é fundamental para produção dos hormônios tireoidianos, mas o seu excesso pode ser prejudicial. Fontes: sal, peixes, frutos do mar (marisco, ostra, camarão), algas marinhas (Kombu, Dulse, Wakame e Nori).
• Vitamina A: É necessária para uma boa absorção do iodo. Fontes: alimentos de origem animal (carnes e vísceras), gema de ovo e leite e seus derivados (manteiga e queijo). 
• Vitaminas do complexo B: ajudam o iodo na produção hormonal. Fontes: gérmen de trigo, cereais integrais, semente de gergelim, nozes, broto de feijão.
• Fibras: evitam o aumento brusco de açúcar no sangue, evitando a ativação da insulina. Fontes: verduras, semente de chia, linhaça.
• Ômega 3: consumir pelo menos 3 vezes por semana peixes ricos em ômega-3: atum, arenque, salmão e sardinha. 
• Dê preferência às frutas orgânicas e da época (possuem menos agrotóxicos).
• Cuidar com o tipo de panela utilizada, principalmente a de alumínio, o qual é um metal tóxico. As melhores opções são: Pedra Sabão, cerâmica e vidro.
• Não utilize recipientes de plástico para aquecimento de alimentos, ou mesmo para armazenar alimentos quentes. Use versões de cerâmica ou de vidro. Utilizando o plástico há risco de migração de substâncias tóxicas para os alimentos.
Nutrisandralilia@outlook.com
Orientacoes/hipotireoidismo-projeto diretrizes.pdf
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
IMPORTANTE
Houve um erro de editoração nas páginas
165 e 166 do Volume IV do Projeto Diretrizes
AMB/CFM. Na diretriz “Hipotireoidismo”,
no tópico “Tratamento e acompanhamento
do hipotireoidismo”, por seis vezes foi impressa
a medida mg (miligrama) em vez do símbolo
µg (micrograma), e por duas vezes a medida
mIU (mil unidades internacionais) em vez de
µIU (micro unidades internacionais).
A devida correção foi efetuada no arquivo
disponível neste site em 22 de maio de 2007.
Se você consultou ou imprimiu esta diretriz
antes da referida data, por favor considere
essas alterações.
2
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal
de Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar
condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas
neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta
a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente.
Autoria: Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia
Elaboração Final: 12 de janeiro de 2005
Participantes: Nogueira CR
Hipotireoidismo
3Hipotireoidismo
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA:
Os dados para a realização desta diretriz foram coletados da The National
Academy of Clinical Biochemistry (NACB). Essa diretriz foi elaborada em 1995
e atualizada em 2002, e o trabalho feito em colaboração com diversas soci-
edades de tiróide: American Association of Clinical Endocrinologists (AACE),
Asia & Oceania Thyroid Association (AOTA), American Thyroid Association
(ATA), British Thyroid Association (BTA), European Thyroid Association (ETA)
e Latin American Thyroid Society (LATS). Em relação ao hipotireoidismo subclínico,
o texto foi retirado do Scientific Review and Guidelines for Diagnosis and
Management, de 2004, e inclui também revisões atualizadas.
GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA:
A. Estudos experimentais e observacionais de melhor consistência.
B: Estudos experimentais e observacionais de menor consistência.
C: Relatos de casos (estudos não controlados).
D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos
fisiológicos ou modelos animais.
OBJETIVOS:
Apresentar as principais recomendações de diagnóstico, seguimento e tra-
tamento de pacientes com hipotireoidismo. O texto foi dividido em: a) defi-
nição e diagnóstico, focando o hipotireoidismo primário, central, e hipotireoidismo
subclínico; b) testes de triagem para a disfunção tireoidiana; c) tratamento e
acompanhamento do hipotireoidismo; d) hipotireoidismo associado a ou-
tras condições: gravidez, diabetes mellitus, infertilidade, depressão, síndrome
do T3 baixo.
CONFLITO DE INTERESSE:
Nenhum conflito de interesse declarado.
4Hipotireoidismo
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
DEFINIÇÃO E DIAGNÓSTICO
Podemos definir hipotireoidismo como um estado clínico re-
sultante de quantidade insuficiente de hormônios circulantes da
tireóide para suprir uma função orgânica normal. A forma mais
prevalente é a doença tireoidiana primária, mas também pode ocor-
rer hipotireoidismo devido a doença hipotalâmica ou hipofisária
(denominado hipotireoidismo central)1(D).
As manifestações clínicas do hipotireoidismo resultam da re-
dução da atividade metabólica e depósito de glicosaminoglicanos
e ácido hialurônico na região intersticial2(D).
Devemos lembrar que, nos estágios iniciais da doença, os sin-
tomas podem ser inespecíficos, como: mialgia, artralgia, câimbras,
pele seca, dores de cabeça e menorragia. Unhas quebradiças, ca-
belos mais finos, palidez e sintomas do túnel do carpo também
podem aparecer. O depósito de glicosaminoglicanos levará ao atraso
da fase de relaxamento dos reflexos e aparecimento de macroglosia.
Quando o hipotireoidismo se torna mais acentuado, pode ser evi-
denciado edema periférico, constipação, dispnéia e ganho de peso.
Outras manifestações incluem edema pericárdico, ascite, audição
diminuída, hipertensão diastólica. Quando o hipotireoidismo é
primário, pode ocorrer, em estágios mais avançados da doença, a
galactorreia [a concentração diminuída dos hormônios tireoidianos
provoca aumento do hormônio liberador da tireotrofina
hipotalâmico (TRH), que estimula o hormônio tireoestimulante
(TSH) e a prolactina na hipófise]. Sintomas psiquiátricos podem
se manifestar: depressão, demência, mudança de personalidade e,
raramente, franca psicose. A anemia pode ocorrer por deficiência
de ferro em razão da menorragia e, em alguns casos, pela
concomitante deficiência de vitamina B121(D)3(C). Dislipidemia
tem sido descrita e pode contribuir para acelerada aterosclerose.
Tipicamente, têm sido relatados níveis elevados de LDL e baixos
de HDL1(D).
As principais etiologias para o hipotireoidismo primário são:
doença
auto-imune de tireóide, também denominada de tireoidite
de Hashimoto (caracterizada pela presença de auto-anticorpos),
deficiência de iodo, redução do tecido tireoidiano por iodo radio-
ativo ou por cirurgia usada no tratamento de Doença de Graves
5Hipotireoidismo
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ou do câncer de tireóide. Raramente a etiologia
é devido a doença infiltrativa ou infecciosa da
tireóide1(D).
Define-se hipotireoidismo subclínico no caso
de pacientes que apresentam níveis circulantes
normais de T4 na presença de TSH elevado.
Mas não existe, na literatura, nível de TSH
definido para o diagnóstico de hipotireoidismo
subclínico. Pode representar uma falência inici-
al da glândula tireóide e pode ocorrer na pre-
sença ou ausência de sintomas. Normalmente
é assintomático, e diagnosticado por meio da
determinação do TSH4(A).
A prevalência de hipotireoidismo subclínico
varia com o estudo e com a população analisa-
da, apresentando freqüência aumentada em
mulheres, em idosos e naqueles com ingesta de
iodo muito elevada. Em uma população de
dislipidêmicos, foi definida uma freqüência en-
tre 1,4 -11,2%4(A)5(B).
A causa mais comum do hipotireoidismo
subclínico é a tireoidite auto-imune (doença de
Hashimoto). Um estudo prospectivo de 9 anos
demonstrou que de acordo com a concentração
inicial de TSH, de 4 a 6; maior que 6 e até 12;
e maior que 12 mU/litro, a incidência de
hipotireoidismo foi, respectivamente, de 0%;
42,8% e 76,9%. A presença de auto-anticorpos
prediz a falência tireoidiana, embora a sua in-
fluência seja menor do que a da concentração
de TSH circulante6(D).
TESTES DE TRIAGEM PARA A DISFUNÇÃO
TIREOIDIANA
O exame que deve ser utilizado para estabe-
lecer o diagnóstico de hipotireoidismo primário
é o hormônio tireóide estimulante (TSH)1(D).
Deve-se escolher o método de TSH com
sensibilidade funcional= 0,02 mIU/ml7(B).
Adicionalmente ao TSH podem ser soli-
citados:
• T4 livre: A concentração do T4 livre é a
medida mais confortável para avaliar o status
tireoidiano nos dois a três primeiros meses
do tratamento do hipotireoidismo, pois o
TSH leva este período para se reequilibrar
com o status tireoidiano atual8(C).
• T4 total: Deve ser avaliado quando há
discordância nos testes de T4 livre. As con-
centrações de T4 total são dependentes das
proteínas transportadoras, enquanto que a
medida do hormônio livre reflete mais
acuradamente o status tireoidiano9(C).
• Auto-anticorpos tireoidianos -
antiperoxidase: É o teste mais sensível para
detectar doença tireoidiana auto-imune
(DTA) porque está presente em 95% desses
pacientes10(B); é utilizado para: diagnósti-
co e fator de risco de DTA, disfunção
tireoidiana na gestação, pacientes em uso
de amiodarona ou interferon, história de
aborto.
• Ultra-sonografia deve ser solicitada, sempre
que for palpado um nódulo11(A).
Em relação ao hipotireoidismo secundário
resultante de disfunção hipotálamo-hipófise, a
concentração de TSH pode estar reduzida, nor-
mal, ou mesmo levemente elevada. Portanto,
TSH inapropriadamente baixo em resposta aos
níveis séricos reduzidos de T4 livre deve sugerir
hipotireoidismo central. A análise da concen-
tração dos outros hormônios hipofisários
(prolactina, hormônio de crescimento, cortisol
e gonadotropinas) e estudo de imagem com res-
sonância magnética são necessários12(D).
6Hipotireoidismo
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Devemos ainda ressaltar que o TSH é o exa-
me diagnóstico mais sensível para detectar
hipotireoidismo subclínico (TSH anormal as-
sociado a um T4 livre normal, desde que o eixo
hipotálamo/hipofisário esteja intacto)4(A).
Devemos levar em consideração as artrites
iniciais e as doenças musculares inflamatórias
no diagnóstico diferencial do hipotireoidismo,
desde que os sintomas iniciais podem variar des-
de mialgias até fraqueza muscular proximal e
que poderia ser confundido com polimiosite. A
concentração de TSH deve ser feita em todo
paciente com fraqueza muscular e CPK
elevado13(C).
TRATAMENTO E ACOMPANHAMENTO DO
HIPOTIREOIDISMO
O paciente deve ser tratado com levotiroxina,
para a qual existem vários nomes comerciais,
mas recomenda-se sempre manter o paciente
com a mesma droga comercial durante todo o
tratamento. Em pacientes com hipotireoidismo
primário, o nível do TSH deve ser diminuído
para o meio do limite de normalidade. A dose
média de levotiroxina requerida para adultos é
aproximadamente de 1,0 a 1,7µg/kg. A etiologia
do hipotiroidismo pode influenciar a dose ne-
cessária de tiroxina. Pacientes cujo
hipotireoidismo é resultante de tireoidectomia
total ou tireoidite crônica auto-imune podem
necessitar de doses mais altas de levotiroxina.
A dose de levotiroxina final requerida está asso-
ciada à concentração de TSH inicial. A dose
inicial de levotiroxina varia desde 12,5 µg até a
dose total baseada na idade, peso, função cardí-
aca do paciente, gravidade e duração do
hipotiroidismo14(C).
O TSH sérico deve ser avaliado após seis se-
manas para indicar necessidade de ajuste de dose,
com incrementos de 25-50 µg12(D). Idosos re-
querem doses menores15(C). Em pacientes com
cardiopatia isquêmica, a dose inicial recomenda-
da é de 25 µg/dia, com incrementos de 25 µg
por mês16(B). No tratamento do hipotireoidismo
central, o objetivo é atingir uma concentração
normal de T4 livre. Após atingir a dose ideal, os
hormônios tireoidianos devem ser solicitados a
cada seis ou 12 meses. A cada retorno do paci-
ente, realizar um apropriado exame físico, além
da solicitação da dosagem hormonal1(D).
A levotiroxina deve ser tomada em jejum e
pelo menos com quatro horas de diferença entre a
tomada de outras medicações ou vitaminas16(B).
A absorção da levotiroxina pode ser afetada por
doença de má absorção, pela idade do paciente17(C)
e por algumas drogas, como colestiraminas, sulfa-
to ferroso, cálcio, e alguns antiácidos que contêm
hidróxido de alumínio18(B). Drogas como
anticonvulsivantes19(B) e a rifampicina e sertralina
podem acelerar o metabolismo da levotiroxina e,
nesse caso, a dose de levotiroxina precisa ser au-
mentada.
Estudos têm mostrado que existe um inte-
resse atual na possibilidade de benefício do trata-
mento do hipotireoidismo com combinações de
T4 e T3 e com preparações de extratos de tireóide.
O tratamento com a combinação de T4/ T3 não
produz melhora no bem-estar, na função cognitiva
ou na qualidade de vida, quando comparado ao
tratamento só com T420,21(A).
Em relação ao hipotireoidismo subclínico,
há sugestão de que o tratamento reduz fatores
de risco cardiovasculares, melhora o perfil
lipídico e minimiza anormalidades neurológi-
cas ambientais22-25(A).
7Hipotireoidismo
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
Para os pacientes com níveis entre 5 e
10µIU/ml, os benefícios do tratamento ainda
são controversos e reservados para aqueles que
apresentem bócio ou anticorpo antiperoxidase
positivo, ou ambos, por se acreditar que esses
pacientes progridem, com mais freqüência, para
o hipotireoidismo4(A).
Recomenda-se tratar o hipotireoidismo
subclínico com uma dose inicial entre 25 e 50
µg/dia, e o nível sérico de TSH deve ser
medido entre 6 e 8 semanas, com a dose de
levotiroxina ajustada de acordo com a necessi-
dade. O TSH deve estar entre 0,3 e 3,0 µIU/
ml. Quando o nível de TSH estiver estabiliza-
do, deve-se estabelecer o controle médico e
laboratorial a cada ano4(A).
HIPOTIREOIDISMO ASSOCIADO A OUTRAS
CONDIÇÕES CLÍNICAS
GRAVIDEZ
Hipotireoidismo não tratado durante a gra-
videz pode aumentar a incidência de hiperten-
são materna, pré-eclampsia, anemia, hemorra-
gia pós-parto, disfunção cardíaca ventricular,
aborto espontâneo, morte fetal ou ao nascimen-
to, baixo peso ao nascer e, possivelmente, de-
senvolvimento cerebral anormal26(B). O
hipotireoidismo materno, mesmo leve ou
assintomático, quando não tratado durante a
gravidez, pode ter efeitos adversos no desenvol-
vimento neuropsíquico
da criança27(B).
TSH sérico levemente aumentado, durante
a gravidez, pode também aumentar o risco de
morte fetal, mas não se sabe se o tratamento
previne essa complicação28(B). Portanto, como
a administração do hormônio tireoidiano na
gravidez é segura, recomenda-se fazer a substi-
tuição hormonal mesmo nos casos em que o
hipotireoidismo seja leve. Existe a recomenda-
ção para dosar o TSH de rotina antes da gravi-
dez ou durante o primeiro trimestre, mas não
existem estudos sistemáticos que avaliem o seu
custo e benefício29(D).
Quando uma mulher com hipotireoidismo
ou com tireoidite crônica engravida, a função
tireoidiana pode mudar. De modo geral, a dosa-
gem dos hormônios tireoidianos deve ser au-
mentada em pacientes com moderado a grave
hipotireoidismo. Deve-se medir o TSH sérico
desses pacientes a cada 6 semanas durante a
gravidez, para verificar a necessidade de mudança
da dose de levotiroxina30,31(C).
DIABETES MELLITUS (DM)
Em aproximadamente 10% dos pacientes
com diabetes tipo 1, pode ocorrer a tireoidite
crônica. Portanto, pacientes com diabetes de-
vem ser examinados em relação ao aparecimen-
to de bócio. Com regularidade, o TSH sérico
deve ser medido em pacientes portadores de DM,
especialmente quando aparece o bócio ou quan-
do aparece uma outra doença auto-imune. Além
disso, tireoidite pós-parto pode ocorrer em cer-
ca de 25% de mulheres com DM tipo
132(B)33(C).
INFERTILIDADE
Alguns pacientes com infertilidade e irregu-
laridade menstrual têm diagnóstico de
hipotireoidismo clínico ou subclínico. Tipica-
mente, esses pacientes procuram a assistência
médica mais devido à infertilidade do que ao
hipotireoidismo. Em alguns pacientes com ní-
8Hipotireoidismo
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veis de TSH alto, o tratamento com levotiroxina
pode normalizar o ciclo menstrual e restaurar a
fertilidade normal34(B).
DEPRESSÃO
O diagnóstico de hipotireoidismo subclínico
deve ser considerado para pacientes deprimidos.
De fato, uma pequena proporção de todos os paci-
entes com depressão tem hipotireoidismo primá-
rio clínico ou subclínico. Além disso, todo o paci-
ente que recebe litium pode desenvolver bócio e
hipotireoidismo35(A).
O diagnóstico de tireoidite crônica ou
hipotireoidismo clínico ou subclínico será basea-
do na concentração elevada de TSH e na presen-
ça de auto-anticorpos positivos. Terapêutica com
levotiroxina deve ser iniciada. Ocasionalmente,
alguns psiquiatras associam a levotiroxina ao tra-
tamento antidepressivo, mesmo com a função
tireoidiana normal. Mas, as evidências mostram
que esse tratamento não alivia a depressão36(A).
SÍNDROME EUTIREOIDIANO DOENTE
A função da tireóide em pacientes cronicamen-
te doentes pode ser confusa. Muitas medicações,
como o corticosteróide e dopamina, podem inter-
ferir com o resultado dos exames da função
tireoidiana. Quando um paciente está gravemen-
te doente ou em jejum, o corpo tende a compen-
sar, diminuindo o metabolismo, que pode resultar
em um T4 livre baixo e normal ou baixa concen-
tração de TSH; caso seja possível, devemos deter-
minar a concentração de T3 reverso, que poderá
estar aumentada nesses pacientes37(C).
9Hipotireoidismo
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
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Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviços 
DEFINIÇÃO 
O hipotireoidismo refere-se à diminuição ou ausência de hormônios tireoidianos e se caracteriza por uma concentração 
sérica de tiroxina (T4 livre) baixa no soro. A secreção diminuída de hormônios tireoidianos provoca um aumento nos 
níveis de TSH (hormônio estimulador da tiroide), porém pode ser resultado de uma estimulação reduzida da glândula 
tireoide, diminuição do hormônio liberador de tirotropina (TRH) ou da diminuição da ação de TSH. 
CLASSIFICAÇÃO 
ü Primário ü Transitório ü Secundário 
CAUSAS DO HIPOTIREOIDISMO 
Primário 
Hipotireoidismo autoimune: tireoidite de Hashimoto (causa mais comum de hipotireoidismo), tireoidite atrófica 
Iatrogênico: tratamento com I131, tireoidectomia total ou subtotal, irradiação externa do pescoço para linfoma ou câncer 
Medicamentos (listados logo abaixo) 
Hipotireoidismo congênito: tireoide ausente ou atópica, disormonogênese, mutação de TSH-Receptor 
Deficiência de iodo 
Distúrbios infiltrativos: amiloidose, sarcoidose, hemocromatose, esclerodermia, cistinose, tireoidite de Riedel 
Expressão excessiva de deiodinase tipo 3 no hemangioma infantil 
Transitório 
Tireoidite silenciosa, incluindo a tireoidite pós-parto 
Tireoidite subaguda 
Privação do tratamento com tiroxina nos indivíduos com a tireoide intacta 
Após tratamento com I131 ou tireoidectomia subtotal para a doença de Graves 
Secundário 
Hipopituitarismo: tumores, cirurgia ou irradiação da hipófise, distúrbios infiltrativos, síndrome de Sheehan, traumatismo, 
formas genéticas de deficiências combinadas dos hormônios hipofisários 
Deficiência ou inatividade isolada de TSH 
Tratamento com Bexaroteno 
Doenças hipotalâmicas: tumores, traumatismo, distúrbios infiltrativos, idiopática 
SINAIS E SINTOMAS DE HIPOTIREOIDISMO 
Cansaço, fraqueza 
Pele seca 
Intolerância ao frio 
Queda de cabelo 
Dificuldade de concentração e 
memória precária 
Prisão de ventre 
Aumento de peso com apetite precário 
Dispneia 
Voz rouca 
Menorragia 
Parestesia 
Audição prejudicada 
Pele áspera e seca; extremidades 
periféricas frias 
Face, mãos e pés inchados (mixedema) 
Alopecia difusa 
Bradicardia 
Edema periférico 
Relaxamento retardado dos 
reflexos tendinosos 
Síndrome do túnel do carpo 
Derrames serosos das cavidades 
 
MEDICAMENTOS QUE PODEM CAUSAR HIPOTIREOIDISMO 
Inibição da síntese de hormônio tireoidiano e / ou liberação - tionamidas, lítio, perclorato, aminoglutetimida, talidomida 
e iodo e medicamentos que contenham iodo, incluindo amiodarona, agentes radiográficos, expectorantes (Organidin, 
Combid), comprimidos de algas, as soluções de iodo de potássio (SSKI) ducha de betadina, antissépticos tópicos 
Diminuição da absorção de T4 - colestiramina, colestipol, colesevelam, hidróxido de alumínio, carbonato de cálcio, 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviços 
sucralfato, sulfato de ferro, raloxifene, omeprazol, lansoprazol e, possivelmente, de outros medicamentos que 
prejudicam a secreção de ácido, sevelemer, carbonato de lantânio, e crómio; síndromes de má absorção podem 
também diminuir absorção de T4 
Desregulação imune - interferon alfa, interleucina-2 
Supressão do TSH – dopamina 
Possível tireoidite destrutiva - sunitinib 
Aumento da desiodação tipo 3 - sorafenibe 
Aumento da depuração de T4 e supressão do TSH - bexarotene 
 
OBJETIVOS E METAS TERAPÊUTICAS 
ü Melhora dos sinais e sintomas 
ü Restaurar os níveis de T4, T3 e TSH para valores de normalidade 
 
TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS (TERAPIA DE REPOSIÇÃO) 
O tratamento de escolha para a correção de hipotireoidismo é a tiroxina sintética (T4). Aproximadamente 
80% da dose de T4 é absorvida, e como a meia-vida plasmática de T4 é longa (sete dias), a administração 
uma vez ao dia leva a concentrações séricas, quase constantes de tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), quando 
o estado estacionário é atingido (em 6 semanas). O medicamento deve ser administrado pela manhã em 
jejum, de preferência 1 hora antes da refeição (ou pelo menos 30 minutos). Recomenda-se pelo menos a 
administração com quatro horas de antecedência em relação à tomada de outras medicações que diminuem 
a absorção da levotiroxina (colestiramina, sulfato ferroso, carbonato de cálcio, hidróxido de alumínio, 
hidróxido de magnésio, orlistate, sevelamer, sucralfato). O omeprazol, bem como outros inibidores de 
prótons, pode afetar a absorção da levotiroxina também, entretanto as evidências são muito limitantes. 
Sendo assim, a fim de favorecer a adesão do paciente, pode-se recomendar a tomada de omeprazol e 
levotiroxina concomitantemente, desde que os níveis de TSH estejam dentro da normalidade. Fenobarbital, 
rifampicina, fenitoína e carbamazepina podem induzir o metabolismo da levotiroxina, portanto, pacientes em 
uso destes medicamentos podem necessitar de doses mais elevadas da levotiroxina. 
Uma dieta rica em fibras é outro fator que pode interferir com a absorção de T4. Café, em comparação com 
a água, reduz a absorção de preparações de levotiroxina de 27 a 36%. Pacientes com gastrite autoimune 
têm necessidades de doses maiores de T4. 
T4 é um hormônio com pouca atividade intrínseca. Ele é desiodada nos tecidos periféricos para formar T3, o 
hormônio tireoidiano ativo. Este processo de deiodinação é responsável por cerca de 80% da produção total 
diária de T3 em
indivíduos normais, como resultado, as concentrações séricas de T3 estão dentro da faixa 
normal em pacientes com hipotireoidismo recebendo terapia T4 adequada. A natureza do hormônio T4 é 
uma vantagem sobre as outras preparações de hormônios da tireoide, porque os próprios mecanismos 
fisiológicos do paciente controlam a produção de hormônio ativo. 
As doses devem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica e os parâmetros de laboratório. A dose 
inicial de T4 é de 1,6 a 1,8mcg/kg/dia. Entretanto, pacientes idosos e com doença arterial coronariana 
deve-se iniciar o tratamento com doses menores (25-50mcg/d) e devem ser cuidadosamente 
monitorizados para alterações na estabilidade (hormônios tireoidianos podem aumentar a demanda de 
oxigênio, o qual está associada a arritmias, angina e infarto, vide “Seleção do tratamento em situações 
especiais”). 
A melhora sintomática é observada após 2 semanas do início do tratamento, entretanto pode levar alguns 
meses em casos de hipotireoidismo grave. Vale ressaltar que o período estacionário da levotiroxina é 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviços 
alcançado após 6 semanas. 
Via de regra, o ajuste posológico de levotiroxina segue as recomendações do seguinte algoritmo: 
	
 
Pacientes com melhora sintomática devem reavaliar o TSH e T4 em 6 semanas. Caso TSH permaneça 
elevado, a dose de levotiroxina deve ser aumentada em 12 a 25mcg/d e posteriormente reavaliar em 6 
semanas. Entretanto, pacientes que permanecem sintomáticos após 2-3 semanas de tratamento, reavaliar o 
TSH e T4 em 3 semanas. Se o TSH estiver ligeiramente elevado (5-15mU/L, por exemplo), um aumento na 
dose de 12-25mcg/d geralmente é o suficiente. Entretanto, quando o TSH está altamente elevado, a 
determinação de T4 livre ajuda a determinar doses apropriadas, por exemplo: 
Valor de 
referência 
TSH 
TSH do 
paciente 
Valor de 
referência 
T4 livre 
T4 livre do 
paciente 
Ajuste de 
levotiroxina Monitoramento 
0,5 e 5 
mU/L 
5-15mU/L 
0,8- 1,8ng/dl 
0,8 - 
1,8ng/dL 
12-25mcg/d 
Repetir exames 
após 6-8 semanas 
30-80mU/L 
0,6-0,7 ng/dL Dobrar a dose 
0,2-0,3 ng/dL 
Aumentar 25 a 50% 
da dose 
 
Em pacientes com TSH persistentemente elevados, apesar de dosagens adequadas de T4 livre, deve-se 
confirmar a administração em jejum com o paciente, bem como a administração de outros 
medicamentos que afetam a absorção da levotiroxina. 
Caso os valores de TSH estiverem abaixo do normal (0,05-0,3mU/L, por exemplo), redução de 12-25mcg/d 
na dose de levotiroxina deve ser feita e posterior reavaliação em 6-8 semanas. Para pacientes com valores 
de TSH abaixo de 0,05mU/L, dosar T4. 
Após a identificação da dose ideal de manutenção, monitorar os hormônios tireoidianos a cada 6 meses ou 
anualmente ou após reaparecimento de sintomas ou mudança do fabricante do medicamento; neste último 
caso reavaliar TSH em 6 semanas. 
 
SELEÇÃO DO TRATAMENTO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS 
Pacientes mais 
velhos ou aqueles 
com DAC (doença 
O hormônio da tiroide aumenta a exigência de oxigênio do miocárdio, o qual está 
associado com um pequeno risco de induzir arritmias cardíacas, angina de peito ou 
infarto do miocárdio em pacientes mais idosos. Os pacientes mais velhos (> 50 ou 60 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviços 
arterial 
coronariana) 
 
anos, dependendo de problemas médicos coexistentes) devem ser tratados 
inicialmente com 50 mcg T4/dia. Aqueles que têm um histórico de DAC devem ser 
inicialmente tratadas com 25 mcg/ dia. Em ambos os grupos, a dose pode ser 
aumentada em até 25 mcg /dia a cada 3-6 semanas, até que a reposição seja 
completa (concentração de soro normal de TSH). 
Ressalta-se que pacientes acima de 80 anos apresentam outros valores de referência 
para TSH (limite superior de normalidade: 7,5mU/L) 
Hipotireoidismo 
durante a gravidez 
- Gestantes com TSH >4 mU/L devem iniciar o tratamento com levotiroxina (Caso T4 
livre esteja normal, deve ser iniciado levotiroxina 1mcg/kg/d, porém se estiver abaixo 
dos níveis de normalidade, utilizar uma dose de 1,6mcg/kg/d) 
- Gestantes com TSH entre 2,6 a 4mU/L, com anticorpos anti-TPO (tireoperoxidase) 
positivo e histórico de aborto, iniciar o tratamento com levotiroxina (50mcg/d). 
- TSH no limite inferior do normal para o respectivo trimestre: caso houver história 
prévia de aborto e apresentar anticorpos anti-TPO, iniciar levotiroxina 50mcg/d. 
Reavaliar TSH em 4 semanas. O objetivo do tratamento é alcançar valores de TSH 
<2,5 mU/L, especialmente no 1º trimestre. Caso o TSH permaneça alterado, 
aumentar a dose de levotiroxina em 12-15mcg/d, com posterior reavaliação em 4 
semanas. 
Terapia 
estrogênica 
Estrogênios aumentam a concentração sérica de TBG (globulina de ligação da 
tiroxina), neste caso há necessidade de uma dose maior de T4. 
Pacientes 
cirúrgicos 
A cirurgia de urgência não deve ser adiada nos pacientes com hipotireoidismo, mas o 
paciente deve ser avaliado quanto às possíveis complicações (hipotensão, 
hiponatremia e disfunção do sistema nervoso central). Por outro lado, é prudente 
adiar a cirurgia até que o estado de eutireoidismo seja restaurada quando o 
hipotireoidismo é descoberto em um paciente que está sendo avaliado para uma 
cirurgia eletiva. 
Hipotireoidismo 
subclínico (TSH 
elevado, níveis de 
T3 e T4 livres 
normais, pouco ou 
nenhum sintoma) 
 
Se a concentração de TSH for >10 mU/L, pacientes com hipotireoidismo subclínico 
devem ser tratados com T4 para prevenir a progressão para hipotireoidismo. 
Pacientes com TSH entre 7-9,9 mU/L, considerar a idade: 
- <65-70 anos: tratar 
- >65-70 anos: caso o paciente apresente bócio, fadiga, intolerância ao frio ou demais 
sintomas de hipotireoidismo, iniciar o tratamento, caso contrário observar e reavaliar 
em 6 meses. 
Pacientes com TSH acima dos limites de normalidade, mas inferior a 6,9 mU/L, 
considerar a idade: 
- <65-70 anos: caso o paciente apresente bócio, fadiga, intolerância ao frio ou demais 
sintomas de hipotireoidismo, iniciar o tratamento, caso contrário observar e reavaliar 
em 6 meses. 
- >65-70 anos: observar e reavaliar em 6 meses. 
Iniciar o tratamento com levotiroxina 25-50mcg/d, ou doses até 1,6mcg/kg/d. 
Pacientes pouco 
aderentes ao 
tratamento 
Alguns pacientes não tomam seu T4 regularmente e não respondem aos esforços 
para melhorar a adesão. Estes doentes podem receber a dose total semanal de T4, 
uma vez por semana. Dose semanal não deve, provavelmente, ser utilizado em 
	
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doentes com doença cardíaca coronária. 
Hipotireoidismo 
secundário ou 
central 
A maioria dos pacientes com hipotiroidismo, provocado por doença hipotalâmica, têm 
baixas concentrações séricas de T4 e concentrações baixas ou normais de TSH. A 
eficácia da terapia com T4 em pacientes com hipotireoidismo central deve ser 
monitorada clinicamente e por meio de medições de T4 no soro, com o objetivo de 
manter a concentração de T4 no soro na parte superior do intervalo normal. 
Câncer de tireóide Pacientes que tiveram uma tireoidectomia para câncer de tireoide, com ou sem 
tratamento adicional com I131, precisam tomar T4, não só para o tratamento de 
hipotireoidismo, mas também para prevenir a recorrência do câncer de tireóide. 
Terapia com T4 deve ser ao longo da vida nos pacientes, e não deve ser interrompido 
mesmo se o tecido residual da tiróide normal permanece suficiente para fornecer a 
secreção adequada de hormônio. 
Coma 
mixedematoso 
O coma mixedematoso é definido como hipotireoidismo grave levando à diminuição 
do estado mental, hipotermia, e outros sintomas. É uma emergência médica com uma 
alta taxa de mortalidade. Devem ser tratados de forma agressiva (alta dose de T4), no 
entanto, o modo ideal de terapêutica hormonal da tiróide em pacientes com coma 
mixedematoso é controverso, principalmente porque a condição é tão rara que não 
existem ensaios clínicos comparando a eficácia de diferentes
esquemas de 
tratamento. IV: 200-500 mcg, e 100-300 mcg no dia seguinte, se necessário; doses 
menores devem ser consideradas em pacientes com doença cardiovascular. 
Deficiência de 
selênio 
O selênio é necessário para a atividade de desiodação, e tem efeitos importantes 
sobre a função imunológica. Os efeitos da deficiência de selênio na função normal da 
tiróide não estão bem descritos. No entanto, a deficiência de selênio demonstrou 
exacerbar tanto a doença auto-imune da tiróide quanto o cretinismo endêmico. 
Suplementação de selênio reduz os níveis de anticorpos anti- peroxidase da tiroide, 
melhora a estrutura da tireoide, e reduz a ocorrência de tireoidite pós-parto em 
mulheres grávidas com anticorpos anti-peroxidase da tiroide, mas uma revisão da 
literatura não mostra qualquer melhora na função da tireoide quando o selênio é dado 
a indivíduos com hipotireoidismo. 
Quando o 
diagnóstico de 
hipotiroidismo é 
incerto 
Em tais pacientes, uma elevada concentração de TSH sugere que o paciente é hipo, 
e a dose de T4 deve ser aumentada em conformidade. Se, no entanto, os valores 
séricos de TSH são normais ou baixos, a dose de hormônio da tiróide pode ser 
reduzida para metade e TSH novamente medido em cada quatro a seis semanas. Se 
o valor é normal, a dose pode ser ainda mais reduzida ou interrompida. 
Utilização 
farmacológica do 
hormônio da 
tireoide em 
eutireoideos 
A terapia com T4 em eutireoideos (função tireoidiana normal) com "sintomas de 
hipotireoidismo" não foi mais eficaz do que o placebo na amenização dos sintomas. 
 
 
 
 
 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviços 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BRENTA, G., et al.	Diretrizes clínicas práticas para o manejo do hipotireoidismo. Arq Bras Endocrinol Metab. 2013;57(4). Disponível em: <	
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302013000400003&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 11/12/2017. 
Levothyroxine: Drug information. Disponível em: <	https://www.uptodate.com/contents/levothyroxine-drug-information?source=related_link>. Acesso 
em: 11/12/2017. 
NOGUEIRA, CR. Hipotireoidismo. Sociedade brasileira de endocrinologia e metabolismo. 12 de janeiro de 2005. 
ROSS, DS. Subclinical hypothyroidism in nonpregnant adults. Disponível em: <	https://www.uptodate.com/contents/subclinical-hypothyroidism-in-
nonpregnant-adults?source=search_result&search=Subclinical%20hypothyroidism%20in%20nonpregnant%20adults&selectedTitle=1~150>. Acesso 
em: 11/12/2017. 
ROSS, DS. Treatment of primary hypothyroidism. Disponível em: <	 https://www.uptodate.com/contents/treatment-of-primary-hypothyroidism-in-
adults?source=search_result&search=Treatment%20of%20hypothyroidism&selectedTitle=1~150 >. Acesso em: 11/12/2017. 
SURKS, MI. Drug interactions with thyroid hormones. Disponível em: <	 https://www.uptodate.com/contents/drug-interactions-with-thyroid-
hormones?source=search_result&search=drug%20interactions%20levotiroxina&selectedTitle=5~114>. Acesso em: 11/12/2017. 
 
Realização: 
 
Coordenação Geral: 
GT de Saúde Pública – Conselho Federal de Farmácia 
Coordenação Pedagógica: 
Thais Teles de Souza 
Walleri Christini Torelli Reis 
Tutoria: 
Alcindo de Souza Reis Junior 
Aline de Fátima Bonetti 
Bruna Aline de Queirós Bagatim 
Cínthia Caldas Rios Soares 
Fernanda Coelho Vilela 
Fernando Henrique Oliveira de Almeida 
Inajara Rotta 
Livia Amaral Alonso Lopes 
Natália Fracaro Lombardi 
Wallace Entringer Bottacin 
 
Orientacoes/Manual-de-Orientação-para-CARDÁPIO-Especial-Revisão-2015SEM-IMAGENS-.pdf
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços Escolares 
Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno 
Centro de Serviços de Nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE ORIENTAÇÃO 
DE CARDÁPIOS ESPECIAIS 
2015 
 
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Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno 
Centro de Serviço de Nutrição 2 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços Escolares 
Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno 
Centro de Serviços de Nutrição 
 
 
 
 
GERALDO ALCKMIN 
Governador 
HERMAN JACOBUS CORNELIS VOORWALD 
Secretário 
IRENE MIURA 
Secretária Adjunta 
FERNANDO PADULA NOVAES 
Chefe de Gabinete 
CÉLIA REGINA GUIDON FALÓTICO 
Coordenadora – CISE 
 
Elaborado por 
Helen Carla Mesquita dos Santos 
Nicolle Moritz Fernandes 
Monserrat Toloni Moreno 
Polyana Wanessa Lacerda Panse 
Gabriela Bragança Bombardi 
Letícia Silva de Almeida 
 
Supervisionado por 
Silvia Cristina Lancellotti Pinto 
Apoio à confecção do material 
Viviane Fagundes Piatecka, Isabella de Cassia de Lucca Silva Moreira, Vanessa Alves 
Vieira Lazaro. 
 
 
Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços Escolares 
Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno 
Centro de Serviço de Nutrição 3 
 
ÍNDICE: 
1. Introdução 7 
2. Alergia a Corantes e Aromatizantes Artificiais 9 
2.1 Protocolo de Alergia a Corantes e Aromatizantes Artificiais 9 
3. Alergia a Ovo 10 
3.1 Protocolo de Orientação de Alergia a Ovo 10 
4. Alergia a Soja 12 
4.1 Protocolo de Orientação de Alergia a Soja 12 
5. Anemia Ferropriva 14 
5.1 Protocolo de Orientação de Anemia Ferropriva 14 
6. Alergia a Proteina do Leite de Vaca (APLV) 16 
6.1 Protocolo de Orientação de Alergia a Proteina do Leite de Vaca (APLV) 16 
7. Baixo Peso 18 
7.1 Protocolo de Orientação de Baixo Peso 18 
8. Constipação Intestinal 20 
8.1 Protocolo de Orientação de Constipação Intestinal 20 
9. Deficiência da Enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase 22 
9.1 Protocolo de Orientação de Deficiência da Enzima Glicose-6-Fosfato 
Desidrogenase 22 
10. Diabetes Mellitus 25 
10.1 Protocolo de Orientação de Diabetes Mellitus 25 
11. Dieta Vegetariana 28 
11.1 Protocolo de Orientação de Dieta Vegetariana 28 
12. Disfagia e Refluxo Gastroesofágico 30 
12.1 Protocolo de Orientação de Disfagia e Refluxo Gastroesofágico 30 
13. Dislipidemia 32 
13.1 Protocolo de Orientação de Dislipidemia 32 
14. Diverticulite 34 
 
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Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno 
Centro de Serviço de Nutrição 4 
 
14.1 Protocolo de Orientação de Diverticulite 34 
15. Doença Celíaca 36 
15.1 Protocolo de Orientação de Doença Celíaca 36 
16. Fenilcetonúria 38 
16.1 Protocolo de Orientação de Fenilcetonúria 38 
17. Fibrose Cística 40 
17.1 Protocolo de Orientação de Fibrose Cística 40 
18. Gastrite 42 
18.1 Protocolo de Orientação de Gastrite 42 
19. Hipercolesterolemia 44 
19.1 Protocolo de Orientação de Hipercolesterolemia 44 
20. Hipertireoidismo 46 
20.1 Protocolo de Orientação de Hipertireoidismo 46 
21. Hipertensão Arterial Sistêmica – Dieta Hipossódica 48 
21.1 Protocolo de Orientação de Hipertensão Arterial Sistêmica – Dieta 
Hipossódica 48 
22. Hipotireoidismo 50 
22.1 Protocolo de Orientação de Hipotireoidismo 50 
23. Insuficiência Pancreática 52 
23.1 Protocolo de Orientação de Insuficiência Pancreática 52 
24. Insuficiência Renal Crônica 54 
24.1 Protocolo de Orientação de Insuficiência Renal Crônica 54 
25. Intolerância à Lactose 56 
25.1 Protocolo de Orientação de Intolerância à Lactose 56 
26. Patologias associadas à dificuldade de mastigação e deglutição - Dieta 
Pastosa 58 
26.1 Protocolo de Orientação de Patologias associadas à dificuldade de 
mastigação e deglutição - Dieta Pastosa 58 
 
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Centro de Serviço de Nutrição 5 
 
27. Síndrome Metabólica 60 
27.1 Protocolo de Orientação de Síndrome Metabólica 60 
28. Síndrome
Nefrótica 62 
28.1 Protocolo de Orientação de Síndrome Nefrótica 62 
29. Sobrepeso e Obesidade 64 
29.1 Protocolo de Orientação de Sobrepeso e Obesidade 64 
30. Alergia à Peixe 66 
30.1 Protocolo de Orientação de Alergia à peixe 66 
31. Alfa-1 Antitripsina 68 
31.1 Protocolo de Orientação de Alfa-1 Antitripsina 68 
32. Dermatite Herpetiforme 70 
32.1 Protocolo de Orientação de Dermatite Herpetiforme 70 
33. Esteatose Hepática 72 
33.1 Protocolo de Orientação de Esteatose Hepática 72 
34. Frutosemia 74 
34.1 Protocolo de Orientação de Frutosemia 74 
35. Hipertrigliceridemia 77 
35.1 Protocolo de Orientação de Hipertrigliceridemia 77 
36. Hipoglicemia de Jejum 79 
36.1 Protocolo de Orientação de Hipoglicemia de Jejum 79 
37. Homocistinúria 80 
37.1 Protocolo de Orientação de Homocistinúria 80 
38. Síndrome Vasovagal 82 
38.1 Protocolo de Orientação de Síndrome Vasovagal 82 
39. Tumor de Wilms 84 
39.1 Protocolo de Orientação Tumor de Wilms 84 
40. Síndrome de Williams 87 
 
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40.1 Protocolo de Orientação de Síndrome de Williams 87 
41. FPIES 89 
41.1 Protocolo de Orientação de FPIES 89 
42. Referências 91 
 
 
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Centro de Serviço de Nutrição 7 
 
PREFÁCIO 
 
O Programa Cardápios Especiais do DAAA/SEE do Governo do Estado de São 
Paulo foi criado com base nos princípios do Direito Humano à Alimentação Adequada e 
Saudável e está em harmonia com o Programa Nacional de Alimentação Escolar 
(PNAE). Este Programa tem princípios equitativos, para garantir o acesso universal às 
necessidades nutricionais adequadas, e tem como fundamento o fornecimento de 
alimentação saudável e adequada, com alimentos variados e seguros, que contribuam 
para o desenvolvimento físico e intelectual dos alunos, em conformidade com sua faixa 
etária e seu estado de saúde. 
Cada vez mais cedo, crianças e jovens têm sido vítimas de doenças que podem 
ser combatidas, remediadas ou minimizadas com alimentação adequada. 
Tendo em vista que é da competência do nutricionista zelar pela preservação, 
promoção e recuperação da saúde, alimentação e nutrição no ambiente escolar, 
compete a este Departamento promover cuidados nutricionais especiais àqueles que 
necessitem de alimentação específica, evitando preconceitos ou discriminações. 
Desta forma, todo portador de patologia relacionada à alimentação, devidamente 
diagnosticada, tem direito a receber orientação personalizada e um cardápio especial. 
Este Manual sobre Cardápios Especiais sintetiza orientações com o objetivo de 
facilitar a consulta e padronizar informações transmitidas à rede estadual de ensino. 
 
 
 
Giorgia Castilho Russo Tavares 
 Diretor Técnico III DAAA 
 
Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços Escolares 
Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno 
Centro de Serviço de Nutrição 8 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A escola é um ambiente propício para aprendizados diversos, dentre os quais 
aqueles relacionados à importância da alimentação do aluno para um desenvolvimento 
físico e intelectual sadios. 
Muitas vezes, os próprios pais, cientes das queixas de mal-estar físico de seus 
filhos, apresentadas após a ingestão de determinado alimento, têm dificuldades para 
resolver o problema. 
A diversidade de doenças existentes, tais como: doença celíaca, diabetes, 
hipertensão, anemias, alergias, intolerâncias alimentares, pode confundi-los. Por isso, 
é fundamental que o aluno seja diagnosticado por um médico ou nutricionista, visando 
à alteração do padrão alimentar, e assim obtenha melhora na qualidade de vida. 
Para atingir esse objetivo, toda a comunidade escolar envolvida na alimentação 
dos alunos precisa estar atenta a casos que necessitem de orientação médica, e 
preparada para responder a perguntas simples sobre as doenças mais comuns. 
Para auxiliá-los nessas questões, apresentamos o Manual sobre Cardápios 
Especiais para alunos de Escolas Estaduais, elaborado por este Centro. Este manual 
além de trazer orientações de forma simplificada, objetivando a manutenção e a 
melhora do quadro de saúde dos alunos com necessidades nutricionais específicas; 
também propõe substituições fáceis no cardápio ofertado pela escola. 
 
 
 
Viviane Fagundes Piatecka 
Diretora Técnica II - CENUT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno 
Centro de Serviço de Nutrição 9 
 
2. Alergia a Corantes e Aromatizantes Artificiais 
 
2.1 Protocolo de orientação para Alergia a Corantes Artificiais 
 
A alergia alimentar pode ser definida como uma reação adversa a um antígeno 
alimentar mediada por uma reação imunológica, ou seja, pessoas alérgicas possuem 
um sistema imunológico que reconhece como agente nocivo, mesmo as substâncias 
que não causariam complicações na grande maioria das pessoas. 
Corantes artificiais são substâncias químicas presentes nos alimentos, usados 
para melhorar o aspecto e o aroma deles. No entanto, podem causar alergias e outras 
reações adversas. 
Entre os corantes mais conhecidos estão a tartrazina, amarelo crepúsculo, azul 
brilhante, vermelho bordô e vermelho eritrosina. 
Mesmo que raras, as manifestações alérgicas pela ingestão de corantes são 
preocupantes, costumam aparecer após cerca de uma hora a ingestão do mesmo e 
aparecem mesmo quando forem ingeridos em pequenas quantidades. Seus sintomas 
podem ser bem diversificados, sendo os mais comuns: 
 Pele: urticária e edema. 
 Sistema respiratório: falta de ar e espasmos; 
 De origens gerais: vômitos e cólicas. 
Não existem testes clínicos para diagnosticar a alergia a corantes. Médicos 
especialistas e nutricionistas podem orientar sobre uma dieta adequada para indivíduos 
que tenham esse tipo de alergia. 
Orientamos não oferecer alimentos que contenham corantes artificiais, 
substituindo-os por alimentos naturais. 
É importante salientar que os alimentos oferecidos na Alimentação Escolar são 
isentos de corantes artificiais em sua formulação. 
 
 
Coordenadoria de Infraestrutura e Serviços Escolares 
Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno 
Centro de Serviço de Nutrição 10 
 
3. Alergia a Ovo 
3.1 Protocolo de orientação para Alergia ao Ovo 
A alergia ao ovo é uma reação alérgica do organismo em relação a uma proteína 
presente na clara do ovo. Os principais causadores da alergia ao ovo estão na clara, 
são eles: ovoalbumina, ovomucoide e conalbumina. 
A alergia ao ovo tem início geralmente na infância, logo nas primeiras vezes que o 
alimento é oferecido. Alguns dos motivos que podem levar o indivíduo a desenvolver 
alergia alimentar são: herança genética, idade, hábitos alimentares, hereditariedade, 
exposição ao alimento, permeabilidade gastrointestinal e fatores ambientais. 
Seus sintomas começam a aparecer de trinta minutos a uma hora após a ingestão 
e podem ser bem diversificados, sendo os mais comuns: 
 Na pele: placas vermelhas e coceira; 
 Falta de ar; 
 Tontura; 
 Alterações dos vasos sanguíneos; 
 Edema de mucosas (lábios, pálpebras e glote). 
Os sintomas ainda podem levar a uma queda rápida da pressão arterial, 
constrição dos brônquios pulmonares e choque anafilático. 
 O tratamento baseia-se, principalmente, na exclusão do alimento (ovo), seja 
isoladamente ou em preparações culinárias. 
Para o diagnóstico da alergia ao ovo o histórico é fundamental.

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