Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Paulista - Unip Relatório de aulas Práticas Citologia CURSO: Ciências Biológicas DISCIPLINA: Citologia NOME DO ALUNO: Mariana Erustes Martins RA: 2154048 POLO: Botucatu – SP DATA: 03/12/21 1 - Introdução A citologia é a ciência que estuda as células Eucariontes, cujo constituem as algas e bactérias, e também as células Procariontes, presentes nos animais e plantas. As células são compostas por três estruturas básicas: membrana plasmática, citoplasma e núcleo. MEMBRANA PLASMÁTICA: A membrana plasmática separa o meio extracelular do citoplasma, atuando como uma barreira seletiva, controlando o que entra e sai da célula. É formada por uma bicamada de fosfolipídios, além de proteínas e ouras moléculas inseridas na dupla camada lipídica. A membrana plasmática é fluida possibilitando o transporte de substância através da membrana, além disso, atua no controle homeostático celular e na comunicação entre as células adjacentes Figura 1. A membrana plasmática eucariótica é uma bicamada fosfolipídica com proteínas e colesterol embutidos nela. Fonte: openstax biology A passagem das substâncias pode se dar por meio do transporte passivo, ativo ou em massa. Transporte passivo ocorre a favor do gradiente de concentração, sem gasto de energia, pode ser explicado por dois processos: difusão, onde as partículas de soluto se distribuem de forma homogênea, e também o processo de osmose que permite a passagem de solvente do meio menos concentrado (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico), atingindo o equilíbrio celular (isotônico). Transporte ativo ocorre conta o gradiente de concentração, onde há gato de energia, através da ´´bomba de sódio e potássio``, cuja função é ´´bombear`` o Na+ para o meio extracelular e K+ para o meio intracelular, através de uma enzima ATPase, mantendo o gradiente eletroquímico da célula. Transporte em massa ocorre a passagem de macromoléculas pela membrana plasmática, por meio dos processos de endocitose (FAGOCITOSE E PINOCITOSE), que é englobamento de substâncias, e a exocitose, referente ao processo de eliminação de substâncias das células através da membrana. As membranas plasmáticas apresentam especializações, que auxiliam determinadas células a exercer melhor suas funções, como por exemplo, as microvilosidades cujo são comuns em células presentes no intestino delgado a fim de absorver os nutrientes digeridos (openstax CNX), e os Desmossomos que são especializações de contato entre as células. Citoplasma: O citoplasma celular é onde ocorre a maior parte das reações químicas e metabólicas na célula. Nela estão presentes todas as organelas citoplasmáticas, cada uma realizando sua função. Componentes de células procarióticas e eucarióticas no citoplasma Componente Celular Função Presente em procariontes? Presente em células animais? Presente nas células vegetais? Ribossomos Síntese proteica im im im Mitocôndria Produção de ATP / espiração celular Não im im Peroxissomos Oxida e, portanto, decompõe os ácidos graxos e aminoácidos e desintoxica os venenos Não im im Vesículas e vacúolos Armazenamento e ransporte; função digestiva nas células vegetais Não im im Centrossoma Papel não especificado na divisão celular em células animais; fonte de microtúbulos em células animais Não im Não Lisossomos Digestão de macromoléculas; eciclagem de organelas gastas Não im Não Parede celular Proteção, suporte estrutural e manutenção da forma celular Sim, principalmente peptidoglicano Não Sim, principalmente celulose Cloroplastos Fotossíntese Não Não im Retículo endoplasmático Modifica proteínas e intetiza lipídios Não im im Aparelho de Golgi Modifica, classifica, marca, embala e distribui pídios e proteínas Não im im Citoesqueleto Mantém a forma da célula, protege organelas em posições específicas, permite que o citoplasma e as vesículas se movam dentro da célula e permite que os organismos unicelulares se movam ndependentemente im im im Flagelos Locomoção celular Algum Algum Não, exceto por algumas células espermáticas vegetais. Cílios Locomoção celular, movimento de partículas ao longo da superfície extracelular da membrana plasmática e filtração Algum Algum Não Fonte: openstax biology Núcleo: O núcleo é região da célula onde abriga o DNA e ocorre a síntese de ribossomos e proteínas (openstax). O núcleo é composto pela carioteca, e em seu interior encontra-se a cromatina (formada por uma molécula de DNA e proteínas histonas) e o nucléolo (agrega o RNA ribossômico com proteínas, formando novos ribossomos a serem transportados para o citoplasma). Fonte: openstax biology O núcleo armazena a cromatina (DNA mais proteínas) em uma substância semelhante a um gel chamada nucleoplasma. O nucléolo é uma região condensada da cromatina onde ocorre a síntese do ribossomo. O limite do núcleo é chamado de envelope nuclear. Consiste em duas bicamadas de fosfolipídios: uma membrana externa e uma interna. A membrana nuclear é contínua com o retículo endoplasmático. Os poros nucleares permitem que as substâncias entrem e saiam do núcleo. As células apresentam tamanho na ordem de micrômetros, por isso só podem ser observadas por meio do microscópio óptico composto (MOC) As células podem ser classificadas de várias formas, baseadas em sua fisiologia, morfologia, genética, patologia e embriologia. Podem ser classificas também por seus diferentes graus de diferenciação e maturidade, como células Lábeis (sempre realizam processo de divisão), Estáveis (sofrem processos de divisão quando há necessidade – osteoblastos) e permanentes (não sofrem processo de divisão - células nervosas). A Análise e exames citológicos por meio do Microscópio óptico, são realizados por meio dos métodos Exame in vitro e Exame pós mortem, cuja técnica de coloração mais utilizada para análise das lâminas consiste no método de coloração pela Hematoxilina & Eosina (Exame pós mortem) 2 - Objetivos: Os objetivos dessa aula prática foram adquirir um maior conhecimento da citologia e seus métodos de estudo, além disso pôde-se obter o entendimento do funcionamento do Microscópio óptico composto, como também os diversos materiais utilizados em laboratório. 3 – Resultados e Discussões: Aula 1: Funcionamento do Microscópio óptico composto e observação de células epiteliais da mucosa bucal pela técnica azul de metileno. Parte A: identificação das peças e funcionamento do microscópio óptico composto (MOC) ou microscópio de luz. Material: Microscópio óptico composto, lâminas de histologia, lamínula, letra recortada de jornal, pipeta, pisseta, placa de petri, água. Procedimento: Identificar cada parte do microscópio óptico composto e suas funcionalidades. O MOC permite análise de materiais que não podem ser observados a olho nu, como as células, por isso conta com uma série de mecanismos, como as lentes de aumento, os métodos de focalização e a luz para uma análise clara da lâmina histológica. O MOC é dividido e peças ópticas: Oculares - contém um aumento de 10x; Objetivas – 4x, 10x, 40x e 100x oil; condensador e Sistema Iluminador. E também é dividido em peças mecânicas: Canhão; Revólver; Braço; Sistema Charriot; Mesa; Base e Parafusos sistema condensador. Parte B: Focalização de uma letra de jornal. Material: Microscópio óptico composto, lâminas de histologia, lamínula, letra recortada de jornal, pipeta, pisseta, placa de petri, pinça, água. Procedimento: Foi recortado uma letra de jornal e com o auxílio de uma pinça a letra foi colocada sob uma lâmina histológica, em seguida, com uma pipeta de Pasteur colocou-se uma gota de água sobre a letra, para a fixação da letra na lâmina foi colocado em seguida uma lamínula sobre a letra e retirado o excesso de água. Em seguida com o auxílio do MOC pôde-se ser observada a letra de jornal e compreender melhor o funcionamento do microscópio na prática. Primeiramente, acendeu-se a luz do MOC em 3,5, foi colocado a lâmina no sistema de charriout, levantou- se a mesa com o auxílio do botão micrômetro, e com o micrométrico até o foconecessário para uma visualização nítida, iniciando a visualização em 4x e aumentando pelo revólver conforme necessário uma visualização mais especifica. Parte C: Célula Procarionte: bactéria de iogurte. Material: Microscópio óptico composto, lâmina de histologia, lamínula, iogurte, pisseta, pipeta, água. Procedimento: Inicialmente, foi diluído uma gota do iogurte em uma gota de água, em seguida com o auxílio de uma pipeta, foi aplicada a gota de iogurte diluído em sobre uma lâmina de histologia e coberta com uma lamínula. Após a preparação da lâmina, com o auxílio do MOC, inicialmente em 4x, 10x, 40x e 100x. Com o auxílio do botão macrométrico e do micrométrico foi ajustado o foco para uma visualização necessária do material. Nesse experimento não foi possível observar nenhuma bactéria presente no iogurte. Parte D: Técnica de dissociação do epitélio da mucosa bucal (oral). Material: Espátula de madeira, lâmina, lamínula, corante azul de metileno 0,5%, pipeta, papel absorvente e microscópio óptico composto. Procedimento: Com a espátula de madeira foi realizado o esfregaço da mucosa oral para a extração das células epiteliais, o material coletado foi aplicado sobre a lâmina histológica. Após o material aplicado sobre a lâmina, foi aplicado uma gota do corante azul de metileno 0,5% e coberto com uma lamínula, em seguida com o auxílio de um papel absorvente foi retirado o excesso do corante da lâmina. Com o microscópio óptico composto, inicialmente com o aumento de 4x, pôde-se ter uma visão geral do material coletado, com o aumento de 10x pôde ser observado algumas células do tecido epitelial, com o aumento de 40x pôde ser observado, além das células, bactérias presente na mucosa oral, com o aumento de 100x pôde-se observar mais detalhadamente o formato de cada célula, como o núcleo celular que apresenta uma coloração mais escura em relação ao citoplasma. Aula 2: Interpretação Tridimensional de cortes macro e microscopicamente, e preparação de esfregaço para o sangue periférico segundo a técnica de Leishman. Parte A: Interpretação tridimensional de cortes histológicos bidimensionais. Material: Pecíolo de mamona, ovos cozidos, laranja, abacate, faca afiada e lâmina do material de esôfago de um rato, seccionado transversalmente e corado em H&E. Procedimento: Com o auxílio da faca foram feitos cortes (secções) do tipo transversal (menor eixo), longitudinal (maior eixo), mediano, excêntrico e tangencial no pecíolo de mamona (comparando-se os vasos sanguíneos), em ovos cozidos e abacate (comparando-se às células), e também na laranja (comparando-se às glândulas exócrinas). Esses cortes (secções) macroscópicos serviram de auxílio para o entendimento e interpretação microscópicos, como a análise de lâminas de tecidos histológicos, e interpretar a forma que esse material foi seccionado. Em seguida com o auxílio do Microscópio óptico composto, foi analisado uma lâmina histológica contendo tecido de esôfago de rato cortado transversalmente e corado com a técnica de H&E. Nesse tecido foi possível observar que o esôfago apresenta uma região vazia, nesse caso refere-se a parte aberta do órgão destinada a passagem de alimentos, foi possível notar também a presença de ductos de glândulas atravessando a parede do órgão (formado por tecido epitelial e conjuntivo), e cortada de forma longitudinal. Parte B: técnica de esfregaço (extensão) para o sangue periférico, segundo Leishman (Mistura de ´´Romanowsky´´ = eosina + azul de metileno, que é o azul de metileno oxidado). Material: Lâmina de histologia, lâmina de esfregaço, lanceta especial para picar a ponta do dedo, algodão hidrófilo, álcool, corante de Leishman, papel de filtro, água destilada, pipeta, caixa de descarte, cuba para lavagem das lâminas, MOC e óleo de imersão. Procedimento: Com um algodão e álcool 70% foi limpado toda a polpa do dedo, em seguida com a lanceta (descartada após o uso na caixa de descarte) foi feita a perfuração do dedo e a gota de sangue foi então aplicada na lâmina de histologia, em seguida com a outra lâmina foi realizada a técnica de esfregaço, e então esperou-se até que o material coletado estivesse seco sobre a lâmina. Após o material seco, com a lâmina apoiada na cuba sobre um suporte, foi aplicado o corante com o auxílio de uma pipeta por durante 5 minutos, após esse procedimento, também com o auxílio de uma pipeta foi gotejado água destilada sobre a lâmina, sem retirar o corante, por 7 minutos, em seguida a lâmina foi escorrida na pia e novamente aplicado água destilada para retirar o excesso de corante. Após o procedimento de coloração da lâmina, foi realizado a análise do material no MOC com a objetiva de 1000x, com o auxílio do óleo de imersão. Foi possível observar todas as hemácias (em maior quantidade), glóbulos brancos e também algumas plaquetas. Aula 3: Aspectos citológicos do mesmo material (fígado) corado por técnicas diferentes de coloração: Hematoxilina/Eosina (H&E) e Hematoxilina mais o ácido periódico com o reativo de Schiff (PAS), e identificação de componentes celulares observados por técnicas citológicas e citoquímicas. PARTE A: aspecto de mesmo material preparado por técnicas diferentes de coloração. Material: MOC, lâmina de fígado por H&E e lâmina de fígado por H + PAS. Procedimentos: Com a utilização do Microscópio óptico composto, foram analisadas lâminas histológicas contendo células de fígado, coradas pelo método de H&E e PAS, respectivamente. Inicialmente foi feita a análise com a objetiva de 4x, em seguida 10x, podendo ser identificado o núcleo (em roxo), e o citoplasma (em rosa), por fim foi feita a análise pela objetiva de 40x. O objetivo dessa aula foi poder fazer uma comparação sobre os métodos de coloração do material das lâminas. Parte B: Observação de hemácias em meios hipertônico, isotônico e hipotônico. Material: Sangue, MOC, lâminas, lamínulas, Pipeta Pasteur, lanceta, solução de NaCl 2%: 0,9% e 0,4%. Procedimentos: Com a pinceta, foi realizado a perfuração do dedo, em seguida aplicado uma gota de sangue sobre cada uma das lâminas com suas a serem analisadas. Com o auxílio de uma pipeta foi aplico uma gota de solução de NaCl com as concentrações de 2%: 0,9% e 0,4% em suas respectivas lâminas, em seguida coberto com lamínula. Após os procedimentos cada lâmina foi analisa no MOC com a objetiva de 40x. Resultados: 1- Com a concentração de 0,9% foi possível observar as hemácias em seu tamanho normal e em forma de disco (meio isotônico), com a concentração de 2,0% foi possível observar as hemácias enrugadas e em menor tamanho (meio hipertônico), e em concentração de 0,4% foi possível observar as células maiores e bem juntas, alguma em processo de hemólise (meio hipotônico). 2- No meio Isotônico a concentração de soluto é igual é igual dentro e fora das células, resultando em um não fluxo de água, mantendo seu equilíbrio. No meio Hipertônico a concentração de soluto é maior fora das células resultando na perda de água e sua aparência enrugada. No meio Hipotônico a concentração de soluto é menor fora das células, resultando em uma maior entrada de água na célula e porconceguinte um aumento celular e sua hemólise (rompimento da célula). 3- O movimento de água através da membrana se dá pelo processo de osmose Fonte: Mariana Erustes Martins. Desenho Hemácias em meio Hipotônico, Isotônico e Hipertônico. Parte C: Observação de lâminas do tecido muscular estriado esquelético Lâmina 1: foi analisado o tecido muscular estriado esquelético, língua de cão, corado por Hematoxilina férrica. Com a objetiva de 4x foi possível ter uma visão mais ampla do tecido, com partes longitudinais composta pelas fibras do tecido esquelético. Com a objetiva de 40x, foi possível observar faixas transversais entre as fibras longitudinais, por conta dos discos claros e escuras formados por actina e miosina responsáveis pelo processo de contração muscular, além disso, foi possível observar a presença de núcleos periféricos. Lâmina 2: foi analisado o musculo estriado cardíaco HE, coração de porco.Parecido com o musculo estriado esquelético, porém uma menor visualização das fibras transversais dentre as fibras longitudinais, e presença de núcleos centrais. Aulas 4: Preparação pela técnica de esmagamento de meristema apical de raiz de cebola para a observação do ciclo celular mitótico (interfase, prófase, metáfase, anáfase e telófase). Material: cebola, béquer, papel-alumínio, água, pinça, pincel, gilete ou bisturi, placa de Petri, tubo de ensaio, bico de Bunsen. Procedimentos: Foi selecionado 1 cebola e colocado sobre a borda de um Béquer com água, sem deixar a raiz em contato direto com a água, por 7 dias, após esse período iniciou-se a seleção do material da raiz da cebola. Primeiro com o auxílio de uma gilete foi cortado um pequeno pedaço (0,5cm) da raiz da cebola, em seguida com uma pinça foi colocado dentro de um tubo de ensaio com 3 ml de orceína acética e levado, em seguida, ao bico de Bunsen até ferver. Logo após ferver o material foi despejado dentro de uma placa de Petri, e com uma pinça a raiz foi colocada em uma lâmina e aplicado novamente uma gota de orceína acética fria sobre a raiz deixando em repouso por 5 minutos. Após o tempo de espera foi colocado uma lamínula sobre a lâmina e com um papel filtro pressionamos a lamínula para esmagar a raiz. Resultados: Com o MOC foi possível observar as células no processo de interfase, referente ao processo de duplicação do material genético e algumas células em telófase, referente ao processo de separação dos núcleos e a citocinese, formando uma nova célula. 4- Referencias: 1- KUNZLER, A.; BRUM, L.F.D.S.; PEREIRA, G.A.M.; AL., E. Citologia, histologia e genética. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2018. 9788595023178. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023178/. Acesso em: 03 Dec 2021. 2- ZEDALIS J. BISHOP'S SCHOOL; EGGEBRECHT J, BROOKLYN TECHNICAL HIGH SCHOOL. Biology for AP® Courses. OpenStax Rice University 6100 Main Street MS-375 Houston, Texas 77005. Disponível em: https://openstax.org/books/biology-ap-courses/pages/4-introduction https://openstax.org/books/biology-ap-courses/pages/4-introduction
Compartilhar