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Obesidade e Cirurgia 
Bariátrica 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 3 
1. OBESIDADE 6 
Diagnóstico da obesidade 7 
Prevalência e incidência de obesidade 10 
Fisiopatologia da obesidade 11 
Tratamento da obesidade 14 
Estratégias nutricionais 15 
Dietas muito restritivas e efeito sanfona 18 
Treinamento físico e emagrecimento 18 
 
2. CIRURGIA BARIÁTRICA 23 
Critérios para a cirurgia bariátrica 23 
Tipos de cirurgia bariátrica 24 
Deficiências nutricionais decorrentes da cirurgia 
bariátrica 26 
Cuidado nutricional antes da cirurgia 27 
Cuidado nutricional após a cirurgia 28 
 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32 
 
 
 
 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
Ementa da disciplina: 
 
A disciplina abordará inúmeros aspectos, de forma detalhada, 
referente à obesidade, bem como aspectos referentes à cirurgia bariátrica. 
 
Objetivo da disciplina: 
 
Discutir, com base em evidências científicas, sobre a obesidade e 
sobre a cirurgia bariátrica. 
 
Objetivos específicos: 
 
• Apresentar informações detalhadas acerca da obesidade. 
• Apresentar informações referentes à cirurgia bariátrica. 
 
Habilidades e competências a serem alcançadas: 
 
Compreender aspectos importantes, de forma aprofundada, acerca 
da obesidade, bem como aspectos referentes à cirurgia bariátrica. 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
4 
Bibliografia básica da disciplina: 
 
Mahan, L.K.; Escott-Stump, S.; Raymond, J.L. Krause Alimentos, 
Nutrição e Dietoterapia. 13ª Ed. Elsevier. 2012. 
 
Cuppari, L. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar da EPM-
UNIFESP: Nutrição clínica no adulto. 3ª ed. Manole: São Paulo, 
2014. 
 
Cozzolino, SMF; Cominetti, C. Livro: Bases bioquímicas e 
fisiológicas da nutrição, nas diferentes fases da vida, na saúde e 
na doença. Ed. Manole, 1ª edição, 2013. 
 
Cuppari, L. Nutrição nas doenças crônicas não-transmissíveis. 
Manole, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
1. OBESIDADE 
 
 
Caracteriza-se como 
obesidade o acúmulo de gordura 
corporal que tem implicações à 
saúde, sendo esta a definição 
proposta pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS). O 
excesso de gordura visceral 
vincula-se com o 
desenvolvimento de inúmeros 
distúrbios, como resistência à 
insulina (RI), diabetes melito tipo 
2 (DM2), dislipidemias, esteatose 
hepática, hipertensão arterial 
sistêmica (HAS), isquemia 
cardíaca, entre outras. As 
condições mencionadas, cujo 
risco é aumentado pela obesidade, 
diminuem a expectativa de vida, 
aumentando as taxas de 
morbidade e mortalidade. Não 
obstante, estas condições têm 
importante impacto 
socioeconômico no país. 
 
Considerando a relevância 
da obesidade, cuja prevalência e 
incidência são crescentes na 
sociedade atual, é de suma 
relevância que os profissionais da 
saúde tenham domínio do estudo 
acerca da obesidade. Abordar 
detalhadamente esta condição é, 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
7 
justamente, o objetivo desta 
primeira seção. 
 
Diagnóstico da obesidade 
 
O diagnóstico do sobrepeso 
e da obesidade normalmente é 
realizado por meio de métodos 
que avaliam, estimam e/ou 
determinam a composição 
corporal. Dentre os mais 
utilizados na prática clínica, 
destaca-se o índice de massa 
corpórea (IMC), que é a relação 
entre peso e estatura, calculado 
por meio da divisão do peso (em 
kg) pela estatura ao quadrado (em 
metros). As classificações a partir 
do IMC estão apresentadas no 
Quadro 1. 
 
 
Quadro 1. Classificações a partir do IMC propostas pela OMS. 
 
IMC (kg/m2) Classificação 
< 16,0 Magreza III 
16,0 – 16,9 Magreza II 
17,0 – 18,4 Magreza I 
18,5 – 24,9 Eutrofia 
25,0 – 29,9 Sobrepeso 
30,0 – 34,9 Obesidade I 
35,0 – 39,9 Obesidade II 
> 40,0 Obesidade III 
 
Uma das questões do IMC é 
que não há diferenciação entre 
gordura e massa muscular, o que 
pode levar a uma classificação 
equivocada. Por exemplo, um 
indivíduo muito musculoso pode 
ser classificado como obeso 
segundo o IMC, quando, na 
verdade, o “excesso de peso” 
refere-se à massa muscular e não 
à gordura. 
 
Neste cenário, aliado ao 
peso, à estatura e ao IMC, sugere-
se a avaliação de outras medidas, 
as quais determinem a 
composição corporal de forma 
mais criteriosa, como a aferição 
de dobras cutâneas por meio de 
adipômetro, a avaliação de 
circunferência utilizando fita 
métrica, a utilização do exame de 
bioimpedância etc. A partir daí, é 
possível estimar a composição 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
8 
corporal (porcentagem de 
gordura corporal e de massa 
muscular) e identificar se a 
classificação do IMC é real ou não. 
 
Para estimar a porcentagem 
de gordura corporal por meio de 
dobras cutâneas, pode-se utilizar 
diversas equações, as quais 
consideram de 3 a 7 dobras, por 
exemplo. Dentre as equações mais 
utilizadas na prática clínica, 
destacam-se as equações de 
Jacson, Pollock & Ward, 
elaboradas entre as décadas de 70 
e 80. Salienta-se que a maior 
parte dos softwares de nutrição, 
por exemplo, já faz o cálculo da 
porcentagem de gordura corporal 
de forma automática, a partir da 
inclusão das medidas no 
programa, dispensando a 
necessidade de o profissional 
fazer estes cálculos manualmente. 
 
Os Quadros 2 e 3 
apresentam as classificações de 
acordo com a porcentagem de 
gordura corporal. Perceba que as 
mulheres sempre tendem a ter 
mais gordura corporal quando em 
comparação aos homens, 
principalmente em razão de 
aspectos hormonais. 
 
 
 
Quadro 2. Classificação do percentual de gordura para mulheres. 
 
 Idade (em anos) 
 18 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 > 60 
Excelente < 16 < 17 < 18 < 19 < 20 
Bom 16 - 19 17 - 20 18 - 21 19 - 22 20 - 23 
Dentro da 
média 20 - 28 21 - 29 22 - 30 23 - 31 24 - 32 
Regular 29 - 31 30 - 32 31 - 33 32 - 34 33 - 35 
Alto 
percentual de 
gordura 
> 31 > 32 > 33 > 34 > 35 
Fonte: Pollock & Wilmore, 1993. 
 
 
 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
9 
Quadro 3. Classificação do percentual de gordura para homens. 
 
 Idade (em anos) 
 18 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 > 60 
Excelente < 11 < 12 < 14 < 15 < 16 
Bom 11 - 13 12 - 14 14 - 16 15 - 17 16 - 18 
Dentro da 
média 14 - 20 15 - 21 17 - 23 18 - 24 19 - 25 
Regular 21 - 23 22 - 24 24 - 26 25 - 27 26 - 28 
Alto 
percentual de 
gordura 
> 23 > 24 > 26 > 27 > 28 
Fonte: Pollock & Wilmore, 1993. 
 
Quanto à circunferência, a 
mais utilizada no contexto do 
sobrepeso e da obesidade é a 
circunferência de cintura, a qual 
indica, indiretamente, o conteúdo 
de gordura visceral. Salienta-se 
que mulheres com circunferência 
de cintura maior que 80 cm e 
maior que 88 cm apresentam, 
respectivamente, risco 
aumentado e muito aumentado 
para desenvolver doenças 
cardiovasculares, ao passo que 
homens com circunferência de 
cintura acima de 94 cm e acima de 
102 cm apresentam, 
respectivamente, risco 
aumentado e muito aumentado 
para desenvolver doenças 
cardiovasculares. 
 
Além desta, utiliza-se a 
circunferência de quadril, a qual, 
juntamente com a circunferência 
de cintura, compõe a relação 
cintura-quadril (divide-se a 
medida da cintura pela medida do 
quadril – ambas em centímetros). 
Vale ressaltar que, tal como o 
IMC, a relação cintura-quadril 
também pode levar a uma 
classificação errônea. Um 
exemplo desta situação são 
indivíduos muito magros, que 
possuem baixa circunferência de 
cintura e baixa circunferência de 
quadril, os quais seriam 
classificadas erroneamente como 
tendo um alto risco de 
desenvolver doenças metabólicas. 
Assim, a avaliação da 
circunferência de cintura é mais 
assertiva, quando comparada à 
circunferência de quadril e à 
relação cintura-quadril. 
 
Além da avaliação de dobras 
cutâneas e de circunferências 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA10 
corporais, pode-se, ainda, aplicar 
o exame de bioimpedância, o qual 
consiste na passagem de uma sutil 
corrente elétrica (imperceptível 
ao indivíduo que está sendo 
avaliado) pelos tecidos corpóreos. 
Os tecidos com mais água, como a 
massa muscular, são menos 
resistentes à corrente, ao passo 
que os tecidos com menos água, 
como a gordura corporal, são mais 
resistentes à corrente. Com base 
na resistência dos tecidos à 
corrente, equações preditivas 
estimam as porcentagens de 
gordura corporal e de massa 
muscular. 
 
Apesar da avaliação por 
bioimpedância ser bastante 
comum na prática clínica, alguns 
estudos sugerem que os dados 
apresentados por determinados 
aparelhos de bioimpedância não 
são altamente confiáveis, 
sugerindo que, mesmo com a 
aplicação deste exame, a avaliação 
com adipômetro e fita métrica 
ainda seria importante. Uma 
opção interessante é sempre 
aplicar todos os métodos e 
comparar os seus resultados. 
 
Vale destacar que existem 
diversos outros métodos para 
estimar a composição corporal, no 
entanto, os apresentados acima 
são os mais aplicados na prática 
clínica, especialmente em razão 
do menor custo e da maior 
facilidade de aplicação. 
 
 
Fonte: https://saude.ig.com.br/2019-12-
17/segundo-oms-23-bilhoes-de-pessoas-
no-mundo-estao-com-sobrepeso-ou-
obesidade.html 
 
Finalmente, salienta-se que, 
para pacientes com 
sobrepeso/obesidade muito 
acentuada, a aferição de dobras 
cutâneas e circunferências pode 
não ser viável. Não obstante, para 
o profissional cujo público-alvo 
são indivíduos com sobrepeso ou 
obesos, é essencial ter uma 
balança adequada, que suporte e 
meça pesos elevados, tendo em 
vista que a maior parte das 
balanças mede apenas até 110 kg. 
Além disso, para maior conforto 
do indivíduo, é preciso que toda a 
infraestrutura seja adequada a 
ele, por exemplo, cadeiras mais 
resistentes (de metal, por 
exemplo, ao invés de plástico). 
 
Prevalência e incidência de 
obesidade 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
11 
A prevalência e a incidência 
de sobrepeso e de obesidade são 
alarmantes. Estima-se que cerca 
de 54% da população brasileira 
seja classificada como com 
sobrepeso ou obesidade. Estes 
dados se tornam ainda mais 
alarmantes quando se observa o 
crescimento desenfreado da 
obesidade infantil, indicando que 
mais de 30% das crianças 
brasileiras apresentam sobrepeso 
ou são obesas. Evidências 
científicas indicam que crianças 
acima do peso tendem a manter 
este quadro na vida adulta, isto é, 
muito provavelmente, estas 
crianças se tornarão adultos com 
sobrepeso ou obesos. 
 
Os dados mundiais não são 
muito diferentes dos observados 
em território nacional, 
demonstrando que o sobrepeso e 
a obesidade atingem mais de 70% 
dos mexicanos, cerca de 70% dos 
estadunidenses, 63% dos 
chilenos, 63% dos argentinos, 
63% dos australianos, 60% dos 
canadenses, 60% dos alemães, 
59% dos costa-riquenhos, 56% 
dos peruanos e 55% dos 
colombianos. 
 
Fisiopatologia da obesidade 
 
 
 
Fonte:https://www.zoom.com.br/balanca/
deumzoom/melhor-balanca 
 
Antigamente, o tecido 
adiposo era subestimado, sendo 
considerado apenas como um 
órgão de armazenamento 
energético (triacilgliceróis). No 
entanto, na atualidade, este tecido 
é visto como um órgão endócrino, 
pois secreta moléculas de 
sinalização denominadas 
adipocinas ou adipocitocinas, as 
quais apresentam caráter pró- ou 
anti-inflamatório. 
 
É sabido que o excesso de 
tecido adiposo, como ocorre nos 
quadros de sobrepeso e de 
obesidade, vincula-se ao aumento 
da síntese de citocinas pró-
inflamatórias, sendo o quadro de 
sobrepeso/obesidade 
considerado como uma condição 
inflamatória crônica de baixo 
grau. Interessantemente, a 
redução da gordura corporal 
nestes indivíduos diminui a 
síntese das adipocinas pró-
inflamatórias. 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
12 
Quando há expansão do 
tecido adiposo, isto é, quando o 
indivíduo engorda (como no caso 
de indivíduos com 
sobrepeso/obesos), há 
recrutamento e infiltração de 
macrófagos no tecido adiposo, 
culminando na síntese de 
citocinas inflamatórias (maior 
ativação da via do fator de 
transcrição nuclear kappa B – NF-
kappaB) e inflamação, o que 
contribui com a patogênese de 
várias doenças. Salienta-se que, 
além desta questão inflamatória, a 
expansão do tecido adiposo em 
obesos contribui com o aumento 
do depósito de gordura em 
inúmeros órgãos, como coração, 
rins, medula óssea e pulmão, além 
dos vasos sanguíneos. 
 
As adipocinas pró-
inflamatórias mais relevantes 
secretadas pelo tecido adiposo de 
pacientes obesos são: leptina, 
resistina, fator de necrose tumoral 
alfa (TNF-α), IL-6, IL-18 e fator 
ativador de plasminogênio 1 (PAI-
1). Ressalta-se que, em obesos, as 
adipocinas pró-inflamatórias 
estão presentes em elevadas 
concentrações, induzindo 
inflamação e aumentando o risco 
de distúrbios metabólicos, como 
RI, DM2, dislipidemias e 
esteatose hepática. Em 
contrapartida, a síntese de 
adipocinas com caráter anti-
inflamatório é reduzida em 
obesos, sendo que as principais 
adipocinas anti-inflamatórias são: 
adiponectina, IL-2, IL-10, grelina 
e secreted frizzled-related protein 
5 (SFRP5). 
 
Evidências científicas 
indicam que o TNF- α suprime a 
fosforilação e a atividade do 
receptor tirosina quinase (IR) e do 
substrato 1 do receptor de insulina 
(IRS-1) nos músculos e no tecido 
adiposo, reduzindo a síntese e a 
translocação do transportador de 
glicose 4 (GLUT-4) para a 
membrana, o que compromete a 
captação de glicose via ação da 
insulina. De um modo geral, o 
aumento das concentrações de 
TNF- α, tanto no tecido adiposo 
quanto no sangue de obesos, 
contribui com o desenvolvimento 
de RI. Destaca-se que a redução 
da gordura corporal promove 
diminuição da expressão de TNF- 
α em obesos. 
 
Outra adipocina que está 
elevada em obesos e que está 
vinculada à RI é a IL-6, a qual 
inibe a via de sinalização da ação 
da insulina por regular a 
expressão do SOC3 – uma 
molécula que altera a fosforilação 
do IR e do IRS-1. Não obstante, A 
IL-6 parece inibir a expressão do 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
13 
GLUT-4 nos tecidos muscular e 
hepático. Destaca-se que os 
valores séricos de IL-6 estão 
associados à medida da 
circunferência da cintura, bem 
como ao IMC, tendo em vista que 
indivíduos com IMC maior 
tendem a apresentar maior 
concentração de IL-6 e maior 
risco de hiperinsulinemia, o que, 
por sua vez, favorece o 
desenvolvimento de RI. 
 
A resistina, que também 
está aumentada na obesidade, 
vincula-se com o 
desenvolvimento de RI, 
inflamação e doenças 
cardiovasculares. Parece que o 
TNF- α participa da síntese de 
resistina, sendo que, havendo a 
redução de TNF- α com o 
emagrecimento, a resistina, por 
consequência, também se 
reduziria. O mecanismo pelo qual 
a resistina induz RI é similar ao da 
IL-6, isto é, por meio de regulação 
da SOC-3. Não obstante, a 
resistina ainda induz a síntese de 
inúmeras moléculas pró-
inflamatórias, como a IL-6, e 
bloqueia a ação de moléculas anti-
inflamatórias, como a 
adiponectina. 
 
A proteína ligadora do 
retinol 4 (RBP4) é sintetizada 
preferencialmente pelo tecido 
adiposo visceral em obesos e 
resistentes à insulina, sendo 
considerada como um marcador 
da expansão do tecido adiposo 
intra-abdominal e da inflamação. 
A RBP4 atua inibindo a 
fosforilação do IRS-1, 
contribuindo com a RI, bem como 
contribui com o desenvolvimento 
de HAS, dislipidemias e aumento 
do IMC, configurando a síndrome 
metabólica. 
 
 
Fonte:https://www.meionorte.com/curiosi
dades/cura-da-obesidade-pode-estar-
em-comer-argila-afirmam-cientistas-
354909 
 
Além disso, obesos 
apresentam altas concentrações 
de leptina (em razão do excesso de 
tecido adipososintetizando esta 
adipocina), porém, as suas 
concentrações elevadas induzem 
as células-alvo a se tornarem 
resistentes a sua ação. Sabe-se 
que a leptina controla 
mecanismos que inibem a 
ingestão alimentar (induzindo a 
saciedade), bem como 
mecanismos que induzem o 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
14 
aumento do gasto energético. 
Logo, a resistência à leptina 
presente nos pacientes obesos 
contribui ainda mais com o 
aumento da gordura corporal 
nestes indivíduos, representando 
um ciclo vicioso. 
 
Diferentemente dos fatores 
acima mencionados, a expressão 
de adiponectina reduz conforme o 
tecido adiposo se expande (ou 
seja, conforme a obesidade se 
desenvolve). A adiponectina 
protege o organismo contra 
inúmeras alterações metabólicas 
associadas à obesidade, pois 
melhora a sensibilidade à 
insulina, atenua a hiperglicemia, 
induz a oxidação de gordura, inibe 
a síntese de TNF- α, aumenta a 
síntese de IL-10 (anti-
inflamatória) etc. 
 
Tratamento da obesidade 
 
 
Fonte:https://balancacerta.com.br/obesid
ade/ 
 
O principal objetivo no que 
se refere ao tratamento da 
obesidade é a redução da gordura 
excessiva (emagrecimento). Para 
tal, a nutrição e o exercício físico 
desempenham papel de destaque. 
Não obstante, em determinados 
casos, pode utilizar-se de 
medicamentos e cirurgias, como a 
cirurgia bariátrica. Este último 
recurso (cirurgia bariátrica) será 
debatido em detalhes na aula 02. 
 
 O termo 
emagrecimento não se refere à 
diminuição do peso, mas sim 
diminuição da gordura corporal 
e/ou aumento do conteúdo de 
massa muscular. Assim, um 
indivíduo pode estar mais leve na 
balança, mas estar mais gordo, 
caso ele tenha perdido massa 
muscular e/ou ganhado gordura. 
De forma oposta, um indivíduo 
pode estar mais pesado na 
balança e estar mais magro, por 
ter perdido gordura corporal e/ou 
ganhado massa muscular. 
 
Para se conseguir o 
emagrecimento é necessário estar 
em balanço energético negativo, 
isto é, o consumo de energias 
precisa ser inferior ao gasto 
energético. A obtenção do dado do 
gasto energético total (GET) de 
um indivíduo se dá por meio de 
inúmeras equações preditivas, as 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
15 
quais consideram o peso, a 
estatura, a idade e o nível de 
atividade física. Logo, é 
compreensível que o gasto 
energético seja amplamente 
variável individualmente. Vale 
ressaltar que a dieta será baseada 
no GET, sendo que se o objetivo é 
emagrecer, a dieta terá valor 
inferior ao GET, ao passo que se o 
indivíduo quiser aumentar o seu 
peso, a dieta deverá fornecer mais 
calorias que o GET. 
 
Sabe-se que um quilo 
representa um pouco mais de 7 
mil kcal, ou seja, para perder um 
quilo, é necessário deixar de 
consumir 7 mil kcal, enquanto 
para ganhar um quilo é preciso 
consumir 7 mil kcal a mais 
durante um determinado período 
de tempo. Exemplificando, se o 
objetivo é perder dois quilos (14 
mil kcal) em um mês, sabe-se que 
é necessário descontar 466,6 kcal 
(arredondando 467 kcal) do GET 
por dia para alcançar este objetivo 
(14 mil kcal divididas por 30 dias 
= 466,6 kcal a menos todos os 
dias). A prática de exercício físico 
é uma importante aliada no 
emagrecimento, pois favorece um 
maior gasto energético, evitando a 
necessidade da dieta ser 
extremamente hipocalórica. O 
exercício físico no contexto da 
obesidade será debatido nos 
próximos tópicos. 
 
Estratégias nutricionais 
 
 
Fonte:https://pe.unit.br/blog/noticias/nutri
cao-e-nova-graduacao-da-
facipe/attachment/nutricao-clinica-cover/ 
 
Embora exista muita 
polêmica acerca de dietas “low 
carb” (com teor de carboidrato 
inferior às recomendações) e “low 
fat” (com teor de lipídios inferior 
às recomendações), as evidências 
científicas demonstram que a 
estratégia mais eficaz é a redução 
calórica da dieta, 
independentemente da proporção 
de macronutrientes. Logo, se a 
dieta for low carb e/ou low fat, 
mas a ingestão energética for igual 
ou superior ao gasto energético, 
não haverá emagrecimento. Neste 
contexto, recomenda-se que, 
quando o objetivo for 
emagrecimento, a dieta forneça 
menos energia que o gasto 
energético, e que a proporção de 
macronutrientes seja àquela 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
16 
recomendada pela OMS ou pelas 
DRIs (Dietary Reference 
Intakes). 
 
 
Fonte: https://globoesporte.globo.com/eu-
atleta/nutricao/noticia/dieta-low-carb-
como-funciona-e-o-que-comer-confira-
dicas-e-um-cardapio-semanal.ghtml 
 
As DRIs recomendam que 
os carboidratos contemplem de 45 
a 65% do valor energético total 
(VET), enquanto os lipídios 
componham de 20 a 35% e as 
proteínas representem de 10 a 
35%. Já a OMS recomenda que os 
carboidratos representem de 55 a 
75% do VET, enquanto os lipídios 
contemplem de 10 a 30% e as 
proteínas componham de 10 a 
15%. 
 
Além da redução de energia 
da dieta e da proporção adequada 
de macronutrientes, deve-se 
adotar estratégias alimentares 
que promovam saciedade, de 
modo que o indivíduo não sinta 
fome de forma extrema em vista 
da redução energética. As fibras 
alimentares e as proteínas 
apresentam potencial 
sacietogênico, sendo 
componentes importantes das 
dietas que visam emagrecimento. 
 
Sabe-se que uma dieta rica 
em proteínas vegetais e em fibras, 
e com baixas concentrações de 
gordura, açúcar e sal, está 
associada com a manutenção de 
um peso corporal saudável. 
Recomenda-se que a ingestão de 
açúcares (de adição) seja inferior 
a 10% do VET. A mesma 
recomendação é feita para as 
gorduras saturadas (consumo 
inferior a 10% do VET). Quanto às 
fibras, sugere-se que a ingestão 
seja, no mínimo, de 20 gramas 
por dia (valor difícil de ser 
alcançado se a dieta não 
contemplar vegetais e alimentos 
integrais). 
 
As fibras alimentares não 
são digeridas ou absorvidas no 
trato gastrointestinal, mas 
desempenham funções 
importantes nesse local, como 
retardo no esvaziamento gástrico 
(favorecendo a saciedade), 
fermentação pela microbiota 
intestinal (gerando ácidos graxos 
de cadeia curta, os quais 
desempenham funções biológicas 
importantes), retardo e/ou 
redução na absorção de açúcares e 
gorduras, melhora na constipação 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
17 
intestinal, permitindo que as fezes 
sejam mais macias e que a 
defecação seja mais regular, entre 
outros. 
 
Os efeitos das fibras mais 
associados com a manutenção do 
peso corporal são: (i) os alimentos 
ricos em fibras são menos 
calóricos, (ii) os alimentos ricos 
em fibras exigem maior tempo de 
mastigação, (iii) há retardo no 
esvaziamento gástrico e maior 
sensação de plenitude após o 
consumo de fibras, (iv) há retardo 
na absorção de açúcares e 
gorduras em razão da maior 
viscosidade promovida pelas 
fibras, (v) há fermentação das 
fibras pela microbiota intestinal e 
(vi) há liberação de hormônios 
intestinais associados à saciedade. 
 
Em virtude de todos os 
efeitos biológicos listados, o 
consumo diário de 25 - 29 gramas 
de fibras está associado à redução 
do risco de doenças 
cardiovasculares, DM2, HAS, 
hipercolesterolemia, câncer 
colorretal e, finalmente, 
sobrepeso e obesidade. 
 
Além das fibras 
alimentares, o uso de ingredientes 
adoçantes de baixo valor calórico 
ou sem calorias é uma 
interessante estratégia para 
auxiliar no emagrecimento de 
indivíduos com sobrepeso ou 
obesidade, apesar desta estratégia 
não ser aprovada unanimemente 
pelos profissionais da saúde. A 
utilização destes produtos, ao 
invés de açúcares convencionais, 
favorece a diminuição da ingestão 
calórica. Não obstante, estes 
adoçantes podem favorecer o 
controle da glicemia. 
 
Outra estratégia vastamente 
debatida no contexto do 
emagrecimento são os alimentos 
com caráter “termogênico”. 
Evidências indicam que estes até 
podemauxiliar no 
emagrecimento, desde que 
associados a hábitos saudáveis, 
como dieta adequada (propícia ao 
emagrecimento) e prática de 
exercícios físicos. Ressalta-se que 
o efeito dos termogênicos 
apresentado nos estudos é 
bastante sútil, por exemplo, perda 
de um quilo com uso contínuo. Os 
alimentos termogênicos mais 
estudados são café, canela, 
gengibre, chá verde e pimenta. 
 
Finalmente, é interessante 
salientar que o sobrepeso e a 
obesidade são condições delicadas 
que exigem um tratamento 
complexo e multidisciplinar. 
Neste aspecto, a associação de 
estratégias pode ser ainda mais 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
18 
efetiva para prevenir e tratar estes 
quadros. 
 
Dietas muito restritivas e 
efeito sanfona 
 
 
Fonte:https://www.lucianapepino.com.br/
blog/efeito-sanfona-o-que-e-e-como-
evitar/ 
 
Evidências têm 
demonstrado que dietas muito 
restritivas não são eficazes para 
promover o emagrecimento por 
diversos motivos: (i) por serem 
muito restritivas e pouco 
palatáveis, os indivíduos não 
conseguem aderir por longos 
períodos, logo, estes indivíduos 
emagrecem e depois engordam 
novamente, o que chamamos de 
“efeito sanfona”, (ii) as dietas 
muito restritivas reduzem o GET 
do organismo, o que dificulta o 
emagrecimento, (iii) após a 
prática de dietas muito restritivas, 
o indivíduo passa a sentir mais 
fome do que sentia antes, dessa 
forma, come mais e engorda, (iv) 
finalmente, as dietas muito 
restritivas induzem perda elevada 
de massa magra, o que, por 
definição, significa engordar. 
Além disso, quando o indivíduo 
recupera o peso perdido (“efeito 
sanfona”), o peso que ele ganha é 
majoritariamente na forma de 
gordura. Logo, a cada ciclo do 
“efeito sanfona” (emagrece e 
depois engorda novamente), o 
indivíduo reduz sua concentração 
de massa magra e aumenta a sua 
porcentagem de gordura corporal. 
Salienta-se que este estado – 
elevada porcentagem de gordura 
corpórea e baixa porcentagem de 
massa magra – é propicia para o 
desenvolvimento de doenças e 
redução da qualidade de vida. 
 
Finalmente, destaca-se 
novamente que as estratégias 
mais eficazes para o 
emagrecimento e para a 
manutenção do peso corporal 
(sem que haja “efeito sanfona”) 
são a alteração na dieta e a prática 
de exercícios físicos, a qual será 
abordada adiante. 
 
Treinamento físico e 
emagrecimento 
 
Os exercícios físicos de 
caráter aeróbio são aqueles que 
promovem maior dispêndio 
energético e, por isso, são 
considerados como importantes 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
19 
estratégias para o 
emagrecimento. É possível 
observar que estes tipos de 
exercícios promovem maior gasto 
de equivalentes metabólicos 
(METs). Perceba que exercícios de 
caráter aeróbio, como o ciclismo, 
demandam um maior gasto 
energético quando comparados 
com exercícios de caráter 
anaeróbio, como a musculação 
(Quadro 4). 
 
Quadro 4. Valor em METs dependendo do exercício físico. 
Exercício físico METs 
Basquete 6,0 
Futsal 7,0 
Handebol 8,0 
Vôlei 4,0 
Natação 7,0 
Polo 10,0 
Hidroginástica 4,0 
Ginástica 4,0 
Ballet e Jazz 4,8 
Tênis 7,0 
Ciclismo 8,0 
Remo 7,0 
Esquiar 7,0 
Musculação 3,0 
Yoga 2,5 
Alongamento 2,5 
Adaptado de Ainsworth et al., 2000. 
 
Dessa forma, quando 
associados a uma dieta 
hipocalórica, os exercícios 
aeróbios auxiliam na promoção e 
na manutenção do 
emagrecimento. Vale ressaltar 
que, caso haja a prática de 
exercício aeróbio, mas a dieta 
forneça mais energia que o gasto 
energético, ocorrerá aumento do 
peso corporal da mesma forma 
que ocorreria com um indivíduo 
sedentário, o que demonstra que a 
prática do exercício físico deve ser 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
20 
realizada em associação com a 
dieta e de forma sábia. 
 
Antigamente, pensava-se 
que apenas os exercícios de 
caráter aeróbio auxiliassem no 
emagrecimento, por promoverem 
maior gasto energético. No 
entanto, na atualidade, 
compreende-se a importância dos 
exercícios de força no processo de 
emagrecimento. Os principais 
motivos pelos quais o exercício de 
força pode emagrecer são: o 
exercício de força aumenta a 
massa muscular, o que por si só já 
caracteriza o emagrecimento 
(vide definição de 
emagrecimento). O tecido 
muscular é um dos mais ativos do 
organismo, logo, o aumento da 
massa muscular promove 
aumento do gasto energético 
total, favorecendo o 
emagrecimento. Após a sessão de 
treinamento de força, há aumento 
do gasto energético (parcialmente 
devido ao consumo excessivo de 
oxigênio pós-exercício - EPOC). 
 
Em razão dos benefícios 
promovidos pelo exercício de 
força, sugere-se que programas de 
emagrecimento incluam tanto 
exercícios aeróbios (a fim de 
aumentar o gasto energético) 
quanto exercícios de força (a fim 
de aumentar a massa muscular e, 
consequentemente, o gasto 
energético). Enfatiza-se que a 
prática de exercícios de força pode 
melhorar, de um modo geral, o 
estado de saúde e a qualidade de 
vida, permitindo a execução de 
atividades cotidianas que não 
eram conseguidas antes, como 
subir uma escada. A prática de 
exercícios mistos pode, também, 
ser uma estratégia interessante. 
 
 
Fonte:https://www.secad.com.br/blog/edu
cacao-fisica/obesidade-exercicios-fisicos/ 
 
Vale salientar que o volume, 
a intensidade, a duração e a 
frequência dos treinamentos 
físicos dependerão da condição 
física do indivíduo, devendo haver 
cautela para não sobrecarregar o 
organismo (possivelmente antes 
sedentário), de modo a evitar o 
desenvolvimento de lesões e o 
aumento do risco de eventos 
cardiovasculares, por exemplo. É 
preciso entender que, para um 
indivíduo pesado, a execução do 
exercício físico pode ser muito 
árdua, mesmo sem cargas. 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
21 
É importante se certificar de 
que toda a infraestrutura e 
equipamentos utilizados pelo 
indivíduo com sobrepeso e obeso 
sejam capazes de suportar o peso 
excessivo. Isso é válido, inclusive, 
para objetos de uso pessoal, como 
tênis, o qual, se estiver gasto ou 
não suportar o peso do indivíduo, 
favorecerá o desenvolvimento de 
lesões. 
 
Finalmente, estudos 
experimentais com animais 
demonstraram que ratos 
exercitados durante 20 a 60 
minutos diariamente tiveram 
menor ingestão calórica 
(indicando um menor apetite) e 
perderam peso. Os animais que se 
exercitaram na intensidade mais 
alta tiveram maior diminuição no 
apetite e no ganho de peso, 
quando comparados aos animais 
treinados na intensidade mais 
baixa. Constatou-se, ainda, que 
esta perda do apetite ocorre 
principalmente em indivíduos 
sedentários, quando estes passam 
a praticar exercício físico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
23 
2. CIRURGIA BARIÁTRICA 
 
 
A cirurgia bariátrica é uma 
opção de tratamento da 
obesidade, cujo objetivo final é 
permitir uma redução robusta da 
gordura e do peso corporal, a qual, 
provavelmente, não poderia ser 
obtida sem a cirurgia. Nesta 
seção, aspectos referentes à 
cirurgia bariátrica serão 
explanados em detalhes. 
 
Critérios para a cirurgia 
bariátrica 
 
Os critérios que tornam os 
pacientes elegíveis para a cirurgia 
bariátrica são: IMC maior que 35 
kg/m2, na presença de 
comorbidades (Quadro 5) ou 
IMC acima de 40 kg/m2 mesmo 
sem comorbidades. 
Quadro 5. Comorbidades associadas à obesidade que permitem a 
cirurgia bariátrica. 
 
 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
24 
SISTEMA 
AFETADO COMORBIDADES 
Sistema 
cardiovascular 
HAS, dislipidemias, infarto do miocárdio, angina, doença 
arterial coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, 
acidente vascular encefálico, hipertensão e fibrilação 
atrial, cardiomiopatia dilatada, cor pulmonale, veias 
varicosas e doença hemorroidária e hipertensão 
intracraniana idiopática (pseudotumor cerebri).Sistema 
respiratório 
Apneia do sono, síndrome de hipoventilação e asma grave 
não controlada. 
Sistema urinário e 
reprodutor 
Incontinência urinária de esforço na mulher, infertilidade 
masculina e feminina, disfunção erétil e síndrome dos 
ovários policísticos. 
Sistema 
osteoarticular 
Osteoartroses e hérnias discais. 
Sistema 
gastrointestinal 
Refluxo gastroesofageano com indicação cirúrgica, 
colecistopatia calculosa, pancreatites agudas de repetição 
e esteatose hepática. 
Demais 
comorbidades 
Diabetes, estigmatização social e depressão. 
 
Quanto à idade dos 
pacientes, estes podem ser 
operados a partir dos 16 anos, 
sendo que, para indivíduos com 
idade inferior a 18 anos, exige-se a 
inclusão de um pediatra na equipe 
multidisciplinar, devendo 
observar-se a consolidação das 
cartilagens das epífises de 
crescimento dos punhos. De um 
modo geral, para indivíduos com 
idade inferior a 18 anos, se deve 
certificar de que a cirurgia 
bariátrica não comprometerá o 
crescimento e desenvolvimento. 
 
Tipos de cirurgia bariátrica 
 
Existem inúmeros tipos de 
cirurgia bariátrica, sendo que as 
que são indicadas e não 
consideradas como experimentais 
(já por apresentarem elevado 
embasamento científico) são: 
banda gástrica ajustável, 
gastrectomia vertical, derivação 
gastrojejunal em Y de Roux e a 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
25 
cirurgia de Scopinaro ou de 
“switch duodenal”. 
 
 
Fonte: https://oparana.com.br/noticia/pos-
bariatrica-quando-a-cirurgia-plastica-e-
indicada/ 
 
Na banda gástrica ajustável, 
coloca-se um dispositivo em 
forma de anel em torno da porção 
superior do estômago, com o 
objetivo de diminuir o tamanho 
deste, limitando a ingestão 
alimentar. Já a gastrectomia 
vertical é mais severa, pois 
consiste na retirada de parte do 
estômago, o que torna esta 
cirurgia irreversível. 
 
Na derivação gastrojejunal 
em Y de Roux, o estômago é 
dividido em dois compartimentos 
por meio de grampeamento, 
sendo que a maior porção é 
excluída do trato gastrointestinal, 
enquanto o estômago reduzido 
(que comporta de 30 - 50 ml) é 
ligado a uma porção do jejuno. 
Neste cenário, não há digestão 
suficiente no estômago e o bolo 
alimentar chega praticamente não 
digerido no intestino, conferindo 
maior saciedade. Como resultado 
desta cirurgia, há redução da 
síntese de grelina (hormônio que 
estimula o apetite), bem como 
aumento da síntese do hormônio 
GLP-1, o qual é responsável por 
induzir a sensação de saciedade. 
 
A cirurgia de Scopinaro 
consiste no corte transversal do 
estômago (retira-se 2/3 distais do 
estômago). O remanescente do 
estômago (1/3 proximal 
remanescente) é costurado ao 
intestino dividido em forma de 
“Y”. Como resultado deste 
procedimento, o alimento 
ingerido entra em contato com o 
suco biliar e pancreático 
(promovendo a digestão) nas 
porções finais do intestino 
delgado (que, somadas, têm cerca 
de 50 a 100 cm). O switch 
duodenal é bastante similar à 
cirurgia de Scopinaro, sendo que a 
diferença entre estas técnicas é 
apenas a forma de corte do 
estômago, onde, na primeira 
(switch duodenal), o estômago é 
cortado longitudinalmente. Não 
obstante, o piloro é preservado no 
switch duodenal. Ambas as 
técnicas (cirurgia de Scopinaro e 
switch duodenal), 
reconhecidamente, induzem 
significativa redução de gordura e 
de peso corporal. 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
26 
Deficiências nutricionais 
decorrentes da cirurgia 
bariátrica 
 
Como apresentado no 
tópico anterior, a maior parte dos 
tipos de cirurgia bariátrica limita 
a ingestão alimentar de forma 
significativa, bem como reduz a 
área de digestão e de absorção de 
nutrientes. Ambas as situações – 
redução drástica da ingestão 
alimentar e redução da 
digestão/absorção – são propícias 
para o desenvolvimento de 
deficiências nutricionais 
importantes. Somado a estas 
condições, alguns pacientes 
submetidos à cirurgia bariátrica 
desenvolvem intolerâncias 
alimentares, repercutindo na 
exclusão de determinados 
alimentos da dieta. 
 
 
Fonte:https://saudedamente.com.br/vita
mina-c-rosto 
 
No intuito de identificar e de 
acompanhar as deficiências 
nutricionais já instauradas, 
utilizam-se exames laboratoriais. 
Além disso, deve-se proceder o 
exame físico com frequência para 
identificar sinais/sintomas 
resultantes de deficiências 
nutricionais. Salienta-se, 
entretanto, que no estágio inicial 
da maioria das deficiências 
nutricionais não há manifestação 
de sinais/sintomas, evidenciando 
a importância dos exames 
bioquímicos. 
 
 
Fonte:https://brasilescola.uol.com.br/saud
e-na-escola/vitaminas.htm 
 
As deficiências nutricionais 
mais comuns em pacientes 
submetidos à cirurgia bariátrica 
são: vitaminas do complexo B (B1, 
B2, B3, B7, B9, B12), vitaminas 
lipossolúveis (A, D, E, K), 
vitamina C, ferro, cálcio, fósforo, 
magnésio, selênio, cobre, zinco, 
aminoácidos e proteínas, e outras. 
 
No intuito de evitar as 
deficiências nutricionais, é de 
suma importância utilizar 
suplementos alimentares. 
Ressalta-se que os nutrientes que 
deverão ser suplementados 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
27 
dependem do tipo de cirurgia 
bariátrica que foi realizada, isto é, 
qual a porção gastrointestinal foi 
limitada. Por exemplo: o cálcio é 
vastamente absorvido no 
duodeno, logo, cirurgias que 
limitaram esta porção intestinal 
repercutirão em menor absorção 
de cálcio, devendo-se proceder 
com a suplementação. 
 
Em razão das inúmeras 
deficiências nutricionais comuns 
aos pacientes submetidos à 
cirurgia bariátrica, alguns 
profissionais optam pela 
suplementação com suplemento 
vitamínico-mineral (que 
contempla inúmeros nutrientes). 
No entanto, nestes, podem 
ocorrer interações entre 
nutrientes, prejudicando a 
absorção de vários deles. Assim, 
se o paciente apresentar alguma 
deficiência muito específica, por 
exemplo, anemia por deficiência 
de ferro, recomenda-se que este 
nutriente seja administrado de 
forma isolada, e não em conjunto 
com outros nutrientes. 
 
Cuidado nutricional antes da 
cirurgia 
 
Após a decisão da cirurgia, é 
preciso que o indivíduo se 
consulte com um nutricionista 
(caso já não o faça) para que este 
conduza uma avaliação 
antropométrica completa, a qual 
será utilizada como parâmetro 
para verificar as perdas de 
gordura e de peso após a cirurgia 
(normalmente, utiliza-se 
bioimpedância, em razão da 
dificuldade de utilizar adipômetro 
e fita métrica nestes pacientes). 
 
 
Fonte:https://www.sallet.com.br/como-
deve-ser-a-dieta-antes-da-cirurgia-
bariatrica/ 
 
Além disso, é essencial que o 
indivíduo compreenda como será 
a sua vida pós-cirurgia e já inicie 
um programa alimentar para 
perda ponderal de peso, o qual 
deve objetivar modificar os 
principais “equívocos 
alimentares” do paciente. Não 
obstante, deve-se já pesquisar, 
por meio de exames bioquímicos, 
a presença de deficiências 
nutricionais, bem como alertar o 
paciente que estes eventos podem 
se agravar ou ocorrer após a 
cirurgia. Os exames laboratoriais 
também devem contemplar 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
28 
parâmetros gerais, como perfil 
glicídico e lipídico. 
 
O nutricionista também 
deve estar atento à presença de 
compulsão alimentar, a qual, 
dependendo do grau, pode até 
mesmo inviabilizar a cirurgia 
bariátrica. Ressalta-se a 
importância do parecer do 
psicólogo ou psiquiatra acerca 
desta questão. 
 
Para que o indivíduo já 
comece a se acostumar com o 
regime que seguirá após a 
cirurgia, cerca de 3 a 5 dias antes 
desta, sugere-se iniciar a dieta 
líquida, a qual deve ser 
hipocalórica e bastante fracionada 
ao longo do dia. 
 
Cuidado nutricional após a 
cirurgia 
 
Após a cirurgia, a dieta é 
bastante criteriosa, sendo que no 
primeiro dia o indivíduo devepermanecer em jejum. No 
segundo dia, o indivíduo receberá 
dieta líquida contendo água, chá, 
água de coco e caldos de legumes, 
principalmente. Há uma 
importante limitação quanto à 
quantidade ofertada em cada 
refeição, devendo-se ingerir de 
180 a 250 ml por refeição, os quais 
devem fracionados, de modo a se 
ingerir de 30 a 50 ml a cada 15 
minutos. Esta prática é necessária 
em virtude da redução drástica do 
tamanho do estômago, sendo que, 
se ela não for respeitada, é 
possível que ocorram 
consequências graves, podendo 
colocar em risco até mesmo a vida 
do paciente. Em razão disso, é de 
suma importância que o paciente 
eleito para a cirurgia bariátrica 
não apresente compulsão 
alimentar. 
 
 
Fonte:http://www.gastromed.com.br/cirur
gia-de-obesidade/pos-operatorio-
orientacao-nutricional/ 
 
Do terceiro ao décimo 
quinto dia, o indivíduo deve 
receber dieta líquida, sem 
sacarose e sem lactose, mantendo 
a quantidade e o fracionamento 
por refeição (180 - 250 ml por 
refeição, fracionados em 30 - 50 
ml a cada 15 minutos). Do décimo 
sexto ao vigésimo nono dia, o 
indivíduo receberá dieta líquida 
pastosa, ainda sem sacarose e sem 
lactose, na mesma quantidade por 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
29 
refeição (180 - 250 ml), porém 
fracionados em apenas 30 ml a 
cada 15 minutos. Pode-se incluir 
no cardápio carnes moídas ou 
desfiadas, arroz "papa" e purê de 
legumes, por exemplo. Deve-se 
iniciar a refeição com o prato 
proteico. 
 
Durante todo o período de 
dieta líquida, o nutricionista 
precisa orientar o paciente quanto 
à ingestão de água, a qual deve 
ocorrer no mesmo esquema que o 
da ingestão alimentar, isto é, com 
fracionamento da quantidade, de 
modo a se ingerir, no máximo, 50 
ml a cada 15 minutos. 
 
 
Fonte:https://panelinhafit.com.br/blog/be
ber-agua-ajuda-a-emagrecer-e-a-
manter-o-peso 
 
Finalmente, a partir do 
trigésimo dia, o indivíduo poderá 
consumir dieta sólida, sendo que 
a evolução desta deve ocorrer de 
acordo com a tolerância do 
paciente. Sugere-se a inclusão 
gradativa de alimentos, 
observando se estes são bem 
tolerados ou não. A dieta deve ser 
fracionada em 6 a 7 refeições por 
dia, com consumo mínimo diário 
de 70 gramas de proteínas. A 
ingestão energética deve ser cerca 
de 5 kcal por kg de peso desejável 
por dia (300 - 500 kcal por dia). 
Ressalta-se que a distribuição de 
macronutrientes deve ser normal, 
isto é, dentro do recomendado 
pela OMS e pelas DRIs. 
 
É importante compreender 
que a dieta líquida, bem como o 
período inicial da dieta sólida não 
são completos no que se refere à 
composição nutricional, havendo 
necessidade de suplementação 
(não somente de micronutrientes, 
mas também de macro, como 
proteínas e ômegas). Não 
obstante, em razão deste tipo de 
dieta (especialmente a líquida), o 
indivíduo pode desenvolver 
alguns tipos de efeitos colaterais, 
como constipação intestinal. 
Nestes casos, pode-se sugerir 
suplementos como prebióticos, 
probióticos, simbióticos e outros 
que podem assessorar na 
atenuação deste problema. 
 
Quanto à transição para a 
dieta sólida, é importante que o 
nutricionista faça algumas 
instruções, como a importância 
do consumo limitado de sacarose 
(evitando a síndrome de 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
30 
Dumping), a importância da 
mastigação adequada, bem como 
de não se consumir alimentos e 
líquidos de forma concomitante 
(em virtude da redução do 
tamanho do estômago, 
principalmente). Enfatiza-se 
inúmeros pacientes relatam 
intolerância a alguns alimentos, 
como carnes e pães. 
 
Considerações finais 
 
Grande parte dos pacientes 
submetidos à cirurgia bariátrica 
não emagrece de forma suficiente 
para que alcancem o seu peso 
ideal. Não obstante, inúmeros 
pacientes voltam a engordar, 
readquirindo grande parte do 
peso perdido. Neste contexto, é 
importante que os pacientes 
sejam instruídos acerca de todas 
estas questões, incluindo 
dificuldades e perspectivas, antes 
de aderirem a este tratamento. 
Ressalta-se o importante papel 
educativo do nutricionista neste 
cenário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBESIDADE E CIRURGIA BARIÁTRICA 
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