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1 CONCURSO IFPE AULA 02 3 Avaliação do Estado Nutricional. 2 Obesidade e transtornos alimentares. Nutrição para Concursos -NPC 2 SUMÁRIO – Questões comentadas 4 -Questões comentadas na aula 40 -Gabarito 46 Nutrição para Concursos -NPC 3 Bem-vindos, Nossa aula será dividida em duas partes. A primeira parte vem sendo cobrada nas provas da IFPE, o que nos exige maior atenção! Já a segunda parte, ainda que esteja cobrada no edital, não vem sido cobrada. Estudaremos através da teoria e questões de outras bancas. Equipe NPC. Nutrição para Concursos -NPC 4 Avaliação Nutricional A avaliação do estado nutricional é o começo, o meio e o fim de tudo que se faz em nutrição, para indivíduos e populações, saudáveis ou doentes. Ou seja, a sua importância é vital tanto para o meio clínico como para o epidemiológico (Cristina Martins). Métodos de avaliação do estado nutricional: 1) Métodos diretos: A) Inquéritos alimentares (R24h, QFCA, DA, HA) B) Avaliação antropométrica C) Exames laboratoriais/bioquímicos 2) Métodos indiretos: A) Avaliação subjetiva global (ASG) B) Exame clínico/físico 1.(IFPE/2009)Analise os itens seguintes, relacionados à avaliação do estado nutricional: I. Muitos métodos de avaliação nutricional têm sido propostos, todavia, nenhum pode ser considerado único e suficiente para predizer o risco nutricional, isoladamente. II. A dobra cutânea tricipital é, dentre as outras, a mais utilizada na prática clínica para monitoramento do estado nutricional. III. A circunferência da cintura referida em homens e mulheres tem pontos de corte, respectivamente, de 105 cm e 88 cm. IV. A circunferência do braço é utilizada para estimar a proteína somática e tecido adiposo. V. A circunferência muscular do braço não inclui o diâmetro do osso. Estão corretos, apenas: a) I, II, III e IV b) I, II, III e V c) II, III e IV d) I, III, e V e) I, II, IV e V RESOLUÇÃO: I. Muitos métodos de avaliação nutricional têm sido propostos, todavia, nenhum pode ser considerado único e suficiente para predizer o risco nutricional, isoladamente. CORRETO Nutrição para Concursos -NPC 5 II. A dobra cutânea tricipital é, dentre as outras, a mais utilizada na prática clínica para monitoramento do estado nutricional.CORRETO As pregas cutâneas correlacionam-se bem com o tecido adiposo subcutâneo e, assim, com a gordura corporal total, de modo que são utilizadas para estimar estas reservas. É um método simples, de baixo custo, porém necessita de exaustivo treinamento para o desprendimento correto dos tecidos. Em avaliação nutricional, podem ser aferidas diversas pregas cutâneas, entretanto, na disciplina, trabalhamos com quatro: tricipital (PCT), bicipital (PCB), subescapular (PCSE) e supra-ilíaca (PCSI). Estes pontos anatômicos foram escolhidos por existirem dados de referência para sua avaliação, por serem de fácil localização, por apresentarem menor quantidade de tecido fibroso - facilitando, assim, o seu desprendimento - e, principalmente, pela elevada correlação com o tecido adiposo corporal total. Na prática clínica, a PCT é o parâmetro mais usado para avaliação da reserva de gordura corporal. Esta prega pode ser avaliada de forma isolada ou em associação com a circunferência do braço (CB), formando a área gordurosa do braço (AGB). Na literatura sobre o assunto, é possível encontrar outros pontos anatômicos para compor equações de estimação da gordura corporaL. Separadamente, as pregas também podem ser utilizadas como indicadores de acompanhamento, quando avaliadas de forma seriada. No entanto, para estimar a quantidade de gordura corporal, recomenda-se a utilização de equações com mais de uma prega subcutânea (Livro- Avaliação Nutricional ) III. A circunferência da cintura referida em homens e mulheres tem pontos de corte, respectivamente, de 105 cm e 88 cm.ERRADO IV. A circunferência do braço é utilizada para estimar a proteína somática e tecido adiposo.CORRETO A medida diminui com a perda de peso aguda e crônica, e pode ser usada para estimar o grau de desnutrição. V. A circunferência muscular do braço não inclui o diâmetro do osso.CORRETO A massa muscular pode ser estimada através da circunferência muscular do braço (CMB), área muscular do braço (AMB) e área muscular do braço corrigida (AMBc). A CMB considera que todos os tecidos do braço são circulares e concêntricos. A AMB, por sua vez, considera o formato irregular dos tecidos do braço e a AMBc difere-se das outras por descontar a área óssea, sendo assim a mais precisa. Outro importante indicador que está sendo bastante estudado é a circunferência da panturrilha (CP), principalmente para avaliação da alteração no tecido muscular em idosos e indivíduos acamados. A avaliação da massa muscular é importante, principalmente para verificar a depleção de proteínas somáticas, a capacidade de trabalho dos indivíduos (por relacionar-se à força), a progressão de doenças catabólicas e a eficácia da intervenção terapêutica sobre o prognóstico. Nutrição para Concursos -NPC 6 GABARITO: E 2.(IFPE/2013) Qual o diagnóstico nutricional para uma mulher de 52 anos, com peso de 70 Kg, 160 cm de altura e circunferência da cintura de 92 cm, segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde, Who(1995) e Who(2000) respectivamente? a) Sobrepeso e ausência de risco para doenças cardiovasculares. b) Obesidade e risco aumentado para doenças cardiovasculares. c) Eutrofia e ausência de risco para doenças cardiovasculares. d) Eutrofia e risco aumentado para doenças cardiovasculares. e) Sobrepeso e risco aumentado para doenças cardiovasculares. RESOLUÇÃO: IMC: 27,34 Nutrição para Concursos -NPC 7 Circunferência da cintura: 92 cm OBS: ESSA QUESTÃO FOI MAL ELABORADA. MAS ANALISANDO OS ITENS, E INDO PELO “MAIS CERTO” DÁ PRA SABER CLARAMENTE QUE O ITEM CERTO É O E!! DICA: SE ENCONTRAR UMA QUESTÃO MAL ELABORADA, TENTE ENCONTRAR A MAIS CERTA POR ELIMINAÇÃO!!! GABARITO: E 3.(IFPE/2009)Um homem com 50 anos, uma estatura de 1,80cm e 105 kg de peso corpóreo, de acordo com o IMC (Índice de Massa Corporal), segundo a OMS, pode ser classificado como a) normal. b) sobrepeso. c) obesidade grau I. d) obesidade grau II. e) obesidade grau III. RESOLUÇÃO: IMC: 32,4 Nutrição para Concursos -NPC 8 a) normal. ERRADO b) sobrepeso. ERRADO c) obesidade grau I.CORRETO d) obesidade grau II.ERRADO e) obesidade grau III. ERRADO GABARITO: C 4.(IFPE/2009) Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o depósito de gordura no organismo está relacionado a risco de complicações metabólicas, quando a circunferência de cintura do homem está maior ou igual a: a) 75 b) 80 c) 85 d) 90 e) 102 RESOLUÇÃO: a) 75 ERRADO b) 80 ERRADO Nutrição para Concursos -NPC 9 c) 85 ERRADO d) 90 ERRADO e) 102 CORRETO GABARITO: E 5.(IFPE/2009)Os métodos de avaliação dietética podem ser divididos em retrospectivos ou prospectivos. Os retrospectivos incluem a) registro alimentar estimado, registro alimentar pesado, duplicata de porção. b) registro alimentar estimado, histórico alimentar, questionário de freqüência alimentar. c) recordatório de 24 horas, registro alimentar pesado, registro alimentar estimado. d) histórico alimentar, registro alimentar estimado, registro alimentar pesado. e) recordatório de 24 horas, questionário de freqüência alimentar, histórico alimentar. RESOLUÇÃO: 1. Prospectivos: registram informações recentes e estão associados à dieta atual, ou seja, com a média do consumo alimentar em um curto período de tempo corrente. Os métodos utilizados dentro desta categoria são o registro alimentar diário,a pesagem direta . 2. Retrospectivos: colhem a informação do passado imediato ou em longo prazo e estão associados com a dieta habitual, ou seja, com um consumo padrão que o indivíduo mantém rotineiramente em um período de tempo prolongado. Para esta investigação, utilizam-se a frequência alimentar, a história dietética e os recordatórios 24 horas. MÉTODO VANTAGENS DESVANTAGENS Recordatório de 24 horas (R24h) Curto tempo de administração Não altera ingestão do indivíduo Vários R24h podem estimar a ingestão habitual Pode ser usado em qualquer idade e em analfabetos Baixo custo Depende da memória Problemas de comunicação Só 1 R24h não estima a ingestão habitual Dificuldade de definir tamanho porções Síndrome flat slope Registro ou Diário alimentar (RA ou DA) Alimentos anotados no momento do consumo Não depende da memória Menor erro quando bem orientado Mede consumo atual Consumo pode ser Alterado Depende do Entrevistado Dificuldade de estimar Porções Menor adesão de Nutrição para Concursos -NPC 10 Maior precisão e exatidão de medidas ingeridas Homens Requer tempo Conhecimento de medidas caseiras História alimentar ou dietética (HA ou HD) Elimina variações do dia- a-dia Leva em consideração a variação sazonal Descrição de ingestão habitual em relação aos aspectos qualitativos e quantitativos Requer nutricionistas treinados Dificuldade de padronização/variabilidade Depende da memoria do entrevistado Tempo de administração longo Alto custo* Questionário de Freqüência de Consumo Alimentar (QFCA ou QFA) Uso em estudos epidemiológicos Estima ingestão habitual Rápido e simples de administrar Não altera padrão de consumo Categorias de consumo Depende da memória passada Desenho do instrumento Limitação em analfabeto e idoso Viés de informação Complexidade da lista de alimentos Quantificação pouco exata a) registro alimentar estimado, registro alimentar pesado, duplicata de porção. b) registro alimentar estimado, histórico alimentar, questionário de freqüência alimentar. c) recordatório de 24 horas, registro alimentar pesado, registro alimentar estimado. d) histórico alimentar, registro alimentar estimado, registro alimentar pesado. e) recordatório de 24 horas, questionário de freqüência alimentar, histórico alimentar. CORRETO GABARITO :E 6.(IFPE/2009) Diferentes métodos de avaliação nutricional têm sido propostos. Em 1987, Detsky propôs a ficha de Avaliação Subjetiva Global (ASG) do estado nutricional, originalmente concebida para pacientes cirúrgicos e posteriormente adaptada para diversas situações clínicas. Com relação a ASG do estado nutricional, é correto afirmar, exceto: a) Utilizada para avaliar o estado nutricional com base na história do paciente, perda de gordura subcutânea, depleção muscular e presença de edema ou ascite. b) O paciente classificado como desnutrido grave tem poucas chances de ser nutrido. Nutrição para Concursos -NPC 11 c) Possibilita a participação de todos os membros da equipe multidisciplinar de terapia nutricional na avaliação e não necessita de treinamento. d) A precisão do método depende da capacidade do observador em detectar as alterações nutricionais significativas por meio de avaliação subjetiva. e) É um método de fácil execução, não exige recursos dispendiosos, além de poder ser executado por todos os membros da equipe multidisciplinar. RESOLUÇÃO: Aplica-se o método ASG para diagnosticar e classificar a desnutrição, com enfoque em questões relacionadas à desnutrição crônica ou já instalada, como percentual de perda de peso nos últimos seis meses, modificação na consistência dos alimentos ingeridos, sintomatologia gastrointestinal persistente por mais de duas semanas e presença de perda de gordura subcutânea e de edema. Além disso, é o único método que valoriza alterações funcionais que possam estar presentes. A perda de peso de 5% em um mês ou 10% em seis meses pode ser utilizada como critério para diagnóstico de desnutrição. A ASG é um método simples e de baixo custo, e que, após treinamento adequado, pode ser efetuada por qualquer membro da equipe multidisciplinar.Originalmente este método foi desenvolvido e validado para uso em pacientes cirúrgicos, sendo posteriormente aplicado e adaptado a outras situações clínicas, tais como em pacientes nefropatas, oncológicos, hepatopatas, geriatria e HIV positivos. Estudos demonstraram que a ASG pode predizer tempo de permanência hospitalar em pacientes com doenças digestivas benignas e malignas, assim como morbidade em pacientes em pré- operatório de cirurgia eletiva A ASG tem sido considerada um método de avaliação nutricional com boa reprodutibilidade e capacidade de prever complicações relacionadas à desnutrição e está indicada em doentes sob diferentes condições, como cirurgia do trato gastrointestinal, câncer, hepatopatias e em pacientes renais crônicos em hemodiálise. a) Utilizada para avaliar o estado nutricional com base na história do paciente, perda de gordura subcutânea, depleção muscular e presença de edema ou ascite. CORRETO b) O paciente classificado como desnutrido grave tem poucas chances de ser nutrido. CORRETO c) Possibilita a participação de todos os membros da equipe multidisciplinar de terapia nutricional na avaliação e não necessita de treinamento.ERRADO d) A precisão do método depende da capacidade do observador em detectar as alterações nutricionais significativas por meio de avaliação subjetiva. CORRETO e) É um método de fácil execução, não exige recursos dispendiosos, além de poder ser executado por todos os membros da equipe multidisciplinar. CORRETO GABARITO: C ANTES DE TERMINARMOS ESSE TÓPICO, VAMOS ESTUDAR MAIS ALGUMAS INFORMAÇÕES QUE NÃO FORAM ABORDADAS NAS QUESTÕES Nutrição para Concursos -NPC 12 SEMIOLOGIA NUTRICIONAL (LIVRO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL) Anamnese Nutricional A palavra anamnese vem do grego anmnesis e significa recordar. Na prática clínica, significa a rememoração dos eventos relacionados à saúde e à identificação dos sintomas e sinais atuais, com o intuito principal de possibilitar entender, com a maior precisão possível, a história dos motivos que traz o paciente à consulta. Dessa forma, a anamnese ou história clínica é de grande relevância para se reconhecer e entender as três dimensões do diagnóstico: o paciente, a moléstia e as circunstâncias associadas.Na avaliação nutricional, a história clínica é direcionada para identificação da situação nutricional e de fatores de determinação associados. O paciente deve então ser interrogado sobre fatores que interferem direta ou indiretamente no estado nutricional: perda ou ganho ponderal recente; sinais de doenças gastrointestinais, como náuseas, vômitos, diarreia; uso de medicamentos que interferem na absorção e na utilização dos nutrientes; presença de fatores limitantes na ingestão adequada, como anorexia, lesões bucais, dificuldades de mastigação; presença de doenças crônicas ou intervenções cirúrgicas e etilismo e tabagismo, além de fatores psíquicos que possam interferir na ingestão alimentar. Exame Físico O exame físico engloba observações dos diversos tecidos de proliferação rápida, os quais refletem precocemente problemas nutricionais, quando comparados a outros tecidos, sistemas corporais (cardiovascular, respiratório, neurológico e gastrointestinal) dos tecidos adiposo e muscular e da condição hídrica do paciente, buscando sempre investigar a presença de alterações específicas. Existem várias técnicas e procedimentos para a realização do exame físico. Dentre essas, abordaremos aqui as que são direcionadas para a avaliação nutricional: • Inspeção: para esta técnica, o avaliador irá usar de sua visão, olfato e audição na avaliação do paciente. Por exemplo: verificar a presença de obesidade, caquexia, condição hídrica, integridade da pele, cicatrização de feridas,icterícia, ascite, capacidade funcional, estado mental etc. • Palpação: trata-se de uma avaliação táctil, onde seu uso tem como objetivo sentir pulsações e vibrações. Através desta técnica, o nutricionista pode avaliar as estruturas corporais como: textura, tamanho, temperatura, consistência e mobilidade. O Turgor, a elasticidade da pele, integridade da derme, tamanho de órgãos, edema periférico, massas abdominais, ascite, perda de peso, entre outros, são exemplos de situações que podem ser detectadas pela técnica de palpação. • Percussão: consiste na avaliação de “sons”, para determinar o contorno, formato e posição destes. Permite avaliar também se o órgão está sólido ou se há presença de líquido ou gases. Essa técnica não é sempre necessária no exame clínico nutricional. • Ausculta: nesta técnica, serão avaliados os sons corpóreos que podem ser ouvidos com ou sem estetoscópio (ex.: sons do coração, dos pulmões – presença de líquidos, intestinais –, ruídos hidroaéreos e dos vasos sanguíneos). Avaliação muscular subjetiva Nutrição para Concursos -NPC 13 A AMS visa observar a atrofia de determinados grupamentos musculares, correlacionando-a com a atividade do músculo afetado. Esta é uma técnica facilmente aplicada por observadores treinados, pois não requer o uso de equipamentos e pode ser complementada pela história clínica. É de grande utilidade para a avaliação e o acompanhamento clínico da atenção nutricional, por sua capacidade de detectar alterações morfológicas na musculatura responsável pela mastigação, deambulação e vida laborativa. Trata-se, portanto, de um exame físico orientado para quatro grupamentos musculares, envolvidos obrigatoriamente nas atividades rotineiras diárias: 1. Músculo temporal superficial e masseter, relacionados com a mastigação: a. Atrofia leve: sem exposição do arco zigomático; b. Atrofia moderada: exposição do arco zigomático; c. Atrofia grave: quando é possível a visualização do contorno ósseo, envolvendo a órbita, o arco zigomático e o ramo ascendente da mandíbula, sugerindo o desenho de uma “chave”. 2. Músculo adutor do polegar, relacionado com a vida laborativa e déficit muscular. a. Atrofia leve e moderada: depressão em graus variados do relevo muscular; b. Atrofia grave: possibilidade de visualização de um contorno ósseo do indicador e do polegar, formando uma concha. 3. Músculos interósseos da mão, relacionados com a vida laborativa e déficit muscular. a. Tróficos: ausência de depleção; b. Não tróficos: visualização de depleção (perda importante da musculatura). 4. Músculos da panturrilha, relacionados com a deambulação e déficit muscular. a. Tróficos: ausência de depleção; b. Não tróficos: visualização de depleção (perda importante da musculatura). Os estudos realizados com AMS sugerem complementação deste método com outras técnicas de avaliação nutricional. Sugere-se também a utilização e/ou criação de índices múltiplos, com o objetivo de aumentar a sensibilidade e a especificidade no diagnóstico das alterações nutricionais, uma vez que, até o momento, não existe parâmetro tradicional isolado capaz de estabelecer diagnóstico nutricional fidedigno para o paciente hospitalizado. Nutrição para Concursos -NPC 14 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA DO ESTADO NUTRICIONAL (LIVRO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL) PROTEÍNAS SÉRICAS Proteína Valores de Referência Vida média (dias) Função Limitação de uso Albumina (g/dl) Normal: > 3,5 Depleção leve: 3,0 – 3,5 Depleção. moderada: 2,4 – 2,9 Depleção grave: < 2,4 18 – 20 Manter a pressão coloidosmótica do plasma Carrear pequenas moléculas Reduzida nas doenças hepáticas e, por ser uma proteína de fase aguda negativa, na presença de infecção e inflamação Pré – Albumina (mg/dl) Normal: 20 Depleção leve: 10 - 15 Depleção moderada: 5 - 10 Depleção grave: < 5 2 – 3 Transportar hormônios da tireóide, mas geralmente é saturada com a proteína carreadora do retinol e com a vitamina A Elevada na insuficiência renal. Reduzida nas doenças hepáticas e na presença de inflamação e infecção. Influenciada pela disponibilidade da tiroxina, onde funciona como proteína de transporte Transferrina (mg/dl) Depleção leve: 150 - 120 Depleção. moderada:100 - 150 Depleção grave: < 100 7 – 8 Transportar Fe do plasma Elevada na carência de ferro, gravidez, hepatite aguda e sangramento crônico. Reduzida em várias anemias, doenças hepáticas crônicas, neoplasias, sobrecarga de ferro. Reduzida na presença de inflamação e infecção por ser proteína de fase aguda. Proteínas transportadora de retinol (mg/dl) Normal: 3 a 5 mg/dl 10 a 12 horas Transportar vitamina A na forma de retinol Elevada na insuficiência renal. Reduzida nas doenças hepáticas, na carência de vitamina A e de zinco. Nutrição para Concursos -NPC 15 Fibronectina (Alfa-2 Glicoproteína): A Fibronectina tem importância nos mecanismos de defesa não imunológicos do organismo, como na adesão das células e cicatrização de feridas. Possui uma vida média de 24 horas. Apresenta níveis reduzidos na desnutrição e durante a administração de dietas de conteúdo calórico muito baixo e/ou carentes de aminoácidos e lipídeos (Waitzberg, 2006). Apesar da resposta rápida, a terapia nutricional, após uma semana de tratamento, apresenta-se reduzida no hipercatabolismo agudo e na coagulação intravascular disseminada, o que limita o seu uso na avaliação nutricional. Somatomedina C (Insulina-like Growth Factor – IGF-1) :A Somatomedina C atua como indicador do estado nutricional proteico, especialmente nas crianças, pois é o mediador da ação do hormônio de crescimento. Em crianças gravemente desnutridas, a concentração sérica de IGF-1 se encontra reduzida e, no adulto, está muito bem correlacionada ao balanço nitrogenado . Indicadores Somáticos: A proteína muscular corresponde a 50% do total das proteínas corporais. Dentre os indicadores somáticos do estado das proteínas, podem ser utilizados o índice de creatinina-altura, o 3- metil- histidina, o balanço nitrogenado e a excreção da ureia. Índice de Creatinina-Altura (ICA) :O índice de creatinina-altura é a medida indireta da massa muscular e do nitrogênio corporal. É utilizado para estimar a massa proteica muscular, sendo assim um indicador de catabolismo proteico, apresentando correlação positiva entre ICA, Área Muscular do Braço (AMB) e Massa Corporal Magra. É calculado a partir do volume urinário de 24 horas. A excreção de creatinina esperada em 24 horas está relacionada com a altura dos indivíduos. A partir disso, foram construídas tabelas contendo valores esperados. Excreção de 3-Metil-Histidina :A excreção de 3-metil-histidina é um indicador de catabolismo protéico. Nutrição para Concursos -NPC 16 ALGUNS OUTROS PONTOS IMPORTANTES SOBRE ANTROPOMETRIA: Nutrição para Concursos -NPC 17 Nutrição para Concursos -NPC 18 Obesidade e transtornos alimentares OBESIDADE A obesidade também é um distúrbio do estado nutricional. Ou seja, é uma má-nutrição. CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE A obesidade pode ser diagnosticada de modo quantitativo ou qualitativo. Quantitativo A classificação quantitativa refere-se à massa corporal, ou massa de tecido adiposo. Para esse objetivo, o índice de massa corporal (IMC = peso/altura2) é o mais utilizado.Na classificação quantitativa, a obesidade é estratificada em graus: leve (IMC entre 30-34,9 kg/m2), moderada (IMC entre 35-39,9 kg/m2) e grave (IMC >40 kg/m2). Qualitativo A classificação qualitativa refere-se à composição corporal. Mais precisamente, à distribuição da gordura. A distribuição pode ser: GINÓIDE (OU GINECÓIDE). Esta classificação é utilizada quando a gordura está concentrada, principalmente, nos quadris, coxas e glúteos. É chamada de obesidade do tipo “pêra”. Nesse caso, as complicações mais comuns são as vasculares periféricas e os problemas ortopédicos. ANDRÓIDE.Esta classificação é usada quando a gordura está principalmente concentrada em tronco eabdômen ). É chamada de obesidade do tipo “maçã”. Esta modalidade de obesidade apresenta maior risco para as doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e para a morte. A gordura abdominal pode ser dividida em subcutânea e visceral. Em geral, os fatores de risco associados à obesidade estão relacionados, principalmente, à deposição excessiva de gordura visceral. FATORES REGULADORES DA ALIMENTAÇÃO E ADIPOSIDADE Adiponectina: Neuropeptídio produzido apenas pelo tecido adiposo; Significamente reduzida nos obesos; Níveis plasmáticos correlacionados negativamente com o IMC, percentual de gordura, concentração de leptina, resistência à insulina, HAS, níveis de LDL e triacilglicerois. Bombesina: Peptídio gástrico que inibe a alimentação; Estimula a liberação de gastrina. Glp1: Nutrição para Concursos -NPC 19 o Produzido nas células L localizadas no íleo distal e no cólon; o Os receptores do GLP-1 são expressos no trato intestinal e pâncreas endócrino; o Possui a capacidade de regular os níveis de glicose no sangue,a pressão arterial, os níveis de colesterol, além de diminuir o apetite; o Inibe a motilidade do trato gastrointestinal, reduz as secreções e diminui o esvaziamento gástrico; o Estimula a secreção de insulina. Leptina: Proteína secretada principalmente pelos adipócitos; A produção de leptina pelos adipócitos é estimulada pela insulina e pelos glicocorticoides; Promove a redução da ingestão alimentar e o aumento do gasto energético, além de regular a função neuroendócrina e o metabolismo da glicose e de gorduras; Reduz o apetite a partir da inibição da formação de neuropeptídeos relacionados ao apetite, como o neuropeptídeo Y, e também do aumento da expressão de neuropeptídios anorexígenos; Hiperleptinemia, encontrada em pessoas obesas, é atribuída a alterações no receptor de leptina ou a uma deficiência em seu sistema de transporte na barreira hemato-cefálica, fenômeno denominado resistência à leptina. Grelina: Hormônio gastrointestinal diminui a oxidação das gorduras e aumenta a ingestão alimentar e a adiposidade; Reduzida na obesidade. Neuropeptídio Y : Mais potente orexígênico do SNC; Deficiência de insulina leva à sua hipersecreção. Serotonina: ● Anorexígeno; ● Inibe o consumo alimentar; ● Níveis de serotonina no cérebro são dependentes da ingestão alimentar de triptofano e carboidratos . Hormônio liberador da corticotropina: A) Anorexígeno Melanocortinas: Nutrição para Concursos -NPC 20 B) Neuropeptídios; C) Anorexígeno. Para facilitar a memorização: 7.(IFPE/2009)Os pilares fundamentais no tratamento da obesidade são mudanças do comportamento e hábitos de vida, que incluem alterações no hábito alimentar e prática rotineira de atividades físicas. O Plano Nutricional de indivíduos obesos apresenta as seguintes características recomendáveis (em percentuais relativos ao Valor Calórico Total da dieta consumida), segundo o Consenso Latino- Americano de Obesidade: a) carboidratos complexos e ricos em fibras: 45% a 60%; carboidratos simples: de 10% a 15%. Gorduras: 20% a 25%. Gorduras Saturadas: 8%, gorduras monoinsaturadas: 12%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 15% a 20%. Fibra: 20 a 30 g/dia. b) carboidratos complexos e ricos em fibras: 40% a 50%; carboidratos simples: de 15% a 20%. Gorduras: 25% a 30%. Gorduras Saturadas: 8%, gorduras monoinsaturadas: 12%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 15% a 20%. Fibra: 25 a 35 g/dia.Peixe/batata inglesa. c) carboidratos complexos e ricos em fibras: 40% a 50%; carboidratos simples: de 10% a 15%. Gorduras: 20% a 25%. Gorduras Saturadas: 12%, gorduras monoinsaturadas: 6%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 20% a 30%. Fibra: 20 a 30 g/dia. d) carboidratos complexos e ricos em fibras: 60% a 70%; carboidratos simples: de 10% a 15%. Gorduras: 20% a 25%. Gorduras Saturadas: 8%, gorduras monoinsaturadas: 12%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 20% a 35%. Fibra: 20 a 30 g/dia. e) carboidratos complexos e ricos em fibras: 40% a 50%; carboidratos simples: de 10% a 15%. Gorduras: 20% a 25%. Gorduras Saturadas: 8%, gorduras monoinsaturadas: 12%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 15% a 20%. Fibra: 20 a 30 g/dia. Nutrição para Concursos -NPC 21 RESOLUÇÃO: Nessa questão, são abordadas recomendações desse consenso. No entanto, há recomendações e informações mais atualizadas sobre obesidades. Dessa forma, vamos estudar o que a questão pede e,ao final desse tópico, vamos estudar mais sobre a obesidade. A banca deu como gabarito a letra E, no entanto nenhuma das alternativas corresponde à recomendação do consenso!! Abaixo, seguem as recomendações do Consenso: 1)Plano de restrição calórica moderada: a) Conteúdo Energético: Calcular o valor energético desejado segundo a situação clínica. Aconselha- se reduzir progressivamente a ingestão entre 500 kcal e 1000 kcal por dia com relação ao valor ob- tido, segundo a anamnese alimentar (não inferior a 1200 kcal/dia); b) Conteúdo ideal de nutrientes: - Carboidratos: 55% - 60% (com aproximadamente 20 % de absorção simples) - Proteínas: 15%-20% (não menos de 0.8 g/ Kg de peso desejável) - Gorduras: 20%-25%, com 7% de gorduras saturadas, 10% de gorduras poliinsaturadas e 13% de gorduras monoinsaturadas - Fibras: entre 20 e 30g por dia - Álcool: não é aconselhável sua recomendação - Colesterol: não mais que 300mg/dia - Vitaminas e Minerais: são atingidos os requerimentos totais nos planos de 1200 kcal ou maiores - Cloreto de Na: adequada a situação biológica individual - Líquidos: 1500ml para cada 1000kcal - Distribuição: sugerem-se 6 refeições por dia. 2) Outros Planos Alimentares: a) de baixo valor calórico: Denomina-se assim o que provém entre 800-1200 kcal ou entre 10 a 19 kcal por kg de peso desejável. Está indicado se após um período razoável com um plano moderado não se con- seguiu diminuir de peso. b) de muito baixo valor calórico: Denomina-se assim o que provém menos de 800 kcal diárias ou menos de 10 kcal por kg de peso desejável/dia. Está indicado para obesidades graves e recorrentes, descompen- sação diabética e outros estados que necessitam rápida perda de peso. Deve aplicar-se por períodos cur- tos (3-4 semanas). Não se recomendam dietas de menos de 400 kcal/dia, nem o jejum total (menos de 200 kcal/dia). 3)Desarmônicas: dietas cetogênicas 4)Dietas não aconselhadas: porque não tem fundamento científico nutricional.Ex: dietas de moda. GABARITO DA BANCA: E 8.(AOCP/HU-UFPA/2016) No geral, o tecido adiposo pode ser classificado de duas maneiras em relação a sua distribuição: androide e ginoide. De acordo com essas classificações, assinale a alternativa correta. Nutrição para Concursos -NPC 22 (A) Androide, também conhecida como “formato de maçã”, destaca-se pelo acúmulo de tecido adiposo na região de abdômen, tronco e pescoço. (B) Ginoide, também conhecida como “formato de maçã”, é o tecido adiposo acumulado predominantemente nas regiões do quadril, glúteo e parte superior da coxa. (C) Androide, também conhecida como “formato de pêra”, é mais prevalente no sexo feminino, com maior acúmulo de tecido adiposo na parte superior da coxa. (D) Ginoide, também conhecida como “formato de pêra”, é o tecido adiposo acumulado predominantemente nas regiões de abdômen, tronco e pescoço. (E) Ginoide, também conhecida como “formato de maçã”, é mais prevalente no sexo masculino, com maior acúmulo de tecido adiposo na parte superior da coxa e abdômen. RESOLUÇÃO: A obesidade ginoide ocorre predominantemente no sexo feminino. É também chamada de obesidade baixa, periférica ou glúteo-femoral. Este tipo de obesidade se associa à figura de uma pêra, e acarreta num menor risco de complicações metabólicas. Já a obesidade androideé predominante no sexo masculino. Esta variação também é conhecida como obesidade alta, central ou troncular. A obesidade androide se assemelha à figura de uma maçã. Estudos apontam que a obesidade androide oferece maior risco de complicação metabólica. Esta variação é considerada de alto risco pois possui um acúmulo predominante de células gordurosas na região abdominal, o que leva a um aumento de risco de doenças cardiovasculares e morte prematura. As alterações metabólicas relacionadas à obesidade androide incluem as dislipidemias, resistência à insulina, diabetes de tipo 2, síndrome metabólica, inflamações e trombose. GABARITO: A 9.(AOCP/HU-UFJF/2015) Nas últimas décadas, a obesidade tem crescido de forma vertiginosa em todo o mundo e está associada a várias repercussões metabólicas importantes. Em relação ao assunto, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. I. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é considerado obeso o indivíduo com Índice de Massa Corporal igual ou superior a 30 kg/m2 . II. Pacientes obesos possuem maiores concentrações de ácidos graxos livres circulantes, resultantes da lipólise das triglicérides, provenientes do tecido adiposo. Assim, quanto maior a quantidade de tecido adiposo, maior a concentração de ácidos graxos circulantes. III. A produção e a secreção aumentada de citocinas inflamatórias em pacientes obesos podem interferir na ação da insulina sobre a supressão da lipólise. IV. A gordura visceral pode determinar um aumento na pressão intra-abdominal, cujos efeitos compressivos sobre os rins ativam o sistema renina angiotensina-aldosterona e contribuem para a elevação da pressão arterial. Nutrição para Concursos -NPC 23 (A) Apenas I. (B) Apenas I e III. (C) Apenas II, III e IV. (D) Apenas I, II e III. (E) I, II, III e IV. RESOLUÇÃO: I. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é considerado obeso o indivíduo com Índice de Massa Corporal igual ou superior a 30 kg/m2 . CORRETO II. Pacientes obesos possuem maiores concentrações de ácidos graxos livres circulantes, resultantes da lipólise das triglicérides, provenientes do tecido adiposo. Assim, quanto maior a quantidade de tecido adiposo, maior a concentração de ácidos graxos circulantes. CORRETO III. A produção e a secreção aumentada de citocinas inflamatórias em pacientes obesos podem interferir na ação da insulina sobre a supressão da lipólise. CORRETO IV. A gordura visceral pode determinar um aumento na pressão intra-abdominal, cujos efeitos compressivos sobre os rins ativam o sistema renina angiotensina-aldosterona e contribuem para a elevação da pressão arterial. CORRETO GABARITO: E 10.(COPEVE- Pref. de Palmeira dos Índios) A obesidade é uma doença multifatorial, que envolve aspectos metabólicos a sociais e culturais. Pode-se considerar que uma pessoa tem obesidade mórbida quando o Indice de Massa Corporal (IMC) equivale a A) ≥ 40,0. B) 35,0 a 45,0. C) 35 a 39,9. D) 30,0 a 34,9. E) ≥ 45,0. RESOLUÇÃO: Essa questão é super fácil, e também poderia estar na aula de avaliação nutricional! GABARITO: A Nutrição para Concursos -NPC 24 11.(UPENET/2019)Segundo a Organização Mundial de Saúde, a determinação do sobrepeso e obesidade consiste no conjunto de fatores relacionados ao modo de vida contemporânea, no qual há uma interposição de fatores de ordem individual (biológicos e comportamentais), fatores relacionados ao modo de comer e viver na atualidade e organização dos sistemas alimentares. Em uma visão mais ampliada dos determinantes da obesidade, todos abaixo podem ser relacionados, com EXCEÇÃO de um deles. Assinale-o A) A obesidade como problema psiquiátrico B) A padronização da alimentação e dos gostos D) O sistema hedônico C) O comer sozinho E) A padronização do corpo magro RESOLUÇÃO: A questão é baseada no seguinte documento: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/perspectivas_desafios_cuidado_pessoas_obesidade.pdf A) A obesidade como problema psiquiátrico ERRADO B) A padronização da alimentação e dos gostos CORRETO A padronização da alimentação e dos gostos debatida na literatura, provocada pela crescente globalização, vem acompanhada de manifestações singulares de se alimentar: dietas mais ou menos restritivas por razões médicas, restrições alimentares por motivos religiosos, estéticos, estética laboral (profissionais da moda, dançarinos, fisiculturistas etc.), ou ainda por consequência das condições econômicas precárias vivenciadas por grupos populacionais em várias regiões do mundo . D) O sistema hedônico CORRETO O sistema hedônico é um termo utilizado para designar o uso de alimentos como forma de suportar os problemas emocionais na vida adulta, que se vincula diretamente ao ganho de peso e reflete na determinação da necessidade calórica (SHARMA; PADWAL, 2010). Comer em reposta ao estresse, às frustrações, à solidão, à ansiedade, à raiva, ao desgosto, ao medo, à gratidão, comer como diversão e tudo que possa significar desinibição, com escolhas de alimentos de alta palatabilidade são preferenciais nos sistemas hedônicos de hiperfagia, com alta densidade calórica e que geram conforto . C) O comer sozinho CORRETO O comer sozinho, como uma das marcas de nosso tempo, ao lado da padronização globalizante, implica seleções de alimentos, nas formas de cozinhá-los e consumir os alimentos, justificadas por necessidades, conhecimentos, atitudes e constrangimentos, mais os menos específicos que interferem nas relações sociais permeadas pela comensalidade. Essas “novas” formas de comer pressupõem diferentes tipos e graus de exclusão ou distanciamento das tradições alimentares, das formas de preparar os alimentos, as quais não se encaixam com as “escolhas” individuais ( E) A padronização do corpo magro CORRETO Nutrição para Concursos -NPC http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/perspectivas_desafios_cuidado_pessoas_obesidade.pdf 25 Na complexa dinâmica de determinação da obesidade são passíveis de observação as pressões sociais para a padronização do corpo magro como símbolo de saúde e beleza. Essa pressão social e cultural manifestada de diversas formas, mas principalmente com o preconceito às pessoas com excesso de peso, tem sido capitaneada pelos interesses econômicos de determinados setores da sociedade de produção e consumo, que se utiliza da mídia e esta se aproveita de um discurso biomédico para justificar o combate à obesidade. O setor Saúde, no entanto, que se ocupa e se preocupa com a obesidade como problema de saúde pública, convive com o crescente “comércio” da saúde, representado por grupos que obtêm lucros nos mais variados produtos e serviços para “prevenir e curar” a obesidade, manter os corpos magros, jovens, saudáveis, belos e firmes. GABARITO: A 12.(FGV/TJ-PI/2015)O aconselhamento dietético (AD) de obesos deve apresentar-se como proposta educativa, que se preocupa com a compreensão do ser humano e do mundo, e suas relações. Desse modo, o plano de ação do AD, sendo individual ou coletivo, deve ser fundamentado em técnicas pedagógicas e nos seguintes valores: a) causais e passivos; b) causais e estruturais; c) formais e passivos; d) sociais e culturais; e) sociais e estruturais. RESOLUÇÃO: O Aconselhamento Dietético (AD), que em 1969 foi conceituado pela Associação Americana de Dietética, como a orientação profissional individualizada para ajudar uma pessoa a ajustar seu consumo diário de alimentos, a fim de atender às suas necessidades de saúde . Nessa perspectiva, o AD apresenta-se antes de tudo como uma proposta educativa, que preocupa-se com a compreensão do homem e do mundo, e das relações que existem entre estes. Dessa forma, valores sociais e culturais, sejam individuais ou coletivos, compõemo plano de ação do Aconselhamento, que consiste em um espaço pedagógico inserido numa realidade concreta e histórica . GABARITO: D 13.(UFES/2017)A conduta nutricional no tratamento inicial da obesidade deve objetivar a redução semanal de 0,5 kg a 1,0 kg do peso do paciente, de acordo com as suas características individuais. Nessa fase, a restrição calórica do paciente deve ser de: a)500 a 800 kcal/dia. Nutrição para Concursos -NPC 26 b)500 a 1000 kcal/dia. c)800 a 1000 kcal/dia. d)800 a 1200 kcal/dia. e)1000 a 1200 kcal/dia. RESOLUÇÃO: 1)Plano de restrição calórica moderada: Conteúdo Energético: Calcular o valor energético desejado segundo a situação clínica. Aconse- lha-se reduzir progressivamente a ingestão entre 500 kcal e 1000 kcal por dia com relação ao va- lor obtido, segundo a anamnese alimentar (não inferior a 1200 kcal/dia). a)500 a 800 kcal/dia. ERRADO b)500 a 1000 kcal/dia.CORRETO c)800 a 1000 kcal/dia. ERRADO d)800 a 1200 kcal/dia. ERRADO e)1000 a 1200 kcal/dia ERRADO GABARITO: B Nutrição para Concursos -NPC 27 Antes de resolvermos a última questão sobre obesidade, vamos estudar o tratamento cirúrgico! TRATAMENTO CIRÚRGICO Indicações: Contraindicações: Pré-operatório: o Anamnese deve contemplar: história evolutiva do peso, identificação de fatores que contribuem para o ganho ponderal (medicações e comorbidades), antecedentes patológicos e cirúrgicos, história familiar de obesidade, nutricional, psiquiátrica e social. Também deve ser feita avaliação especializada de saúde mental; o Exames complementares são necessários para identificar condições que possam piorar o risco cirúrgico; o A perda de 10% do peso antes da cirurgia tem sido relacionada com uma melhor perda ponderal no primeiro ano pós-operatório; o Os tabagistas devem parar de fumar pelo menos oito semanas antes da cirurgia: minimizar riscos de complicações tromboembólicas. o Técnicas cirúrgicas: Não há evidência científica para indicar uma técnica específica à população obesa em geral, devendo a escolha respeitar características do paciente e a experiência do cirurgião. o Restritivas: Banda gástrica ajustável: Técnica ajustável, realizada por via laparoscópica, reversível; Nutrição para Concursos -NPC 28 Apresenta melhor resultado de perda e manutenção de peso que a mudança de estilo de vida isolada e baixa mortalidade (0,1%), embora a perda de peso seja menor que na derivação gástrica em Y de Roux (DGYR). A perda do excesso de peso é de aproximadamente 50%; Após a banda gástrica, a perda de peso tende a ser mais gradual. Balão Intragástrico: Trata-se de um procedimento endoscópico, e não de uma cirurgia propriamente dita; Pode ser utilizado como método auxiliar para perda de peso no pré-operatório; Só se pode utilizar o balão por até seis meses e, se houver necessidade de recolocá-lo, deve-se aguardar um intervalo de 30 dias; Apesar de ser um procedimento de baixo risco, em geral cursa com reganho de peso após sua retirada. o Mista predominante restritiva: Derivação Gástrica em Y de Roux: É a técnica mais realizada atualmente; Caracterizada pela criação de uma pequena câmara ou bolsa gástrica junto à pequena curvatura e pela exclusão do restante do estômago, incluindo todo o fundo e o antro gástrico, o duodeno e a porção inicial do jejuno; Como efeito principal, leva à saciedade mais precocemente, associada a efeitos causados pela reconstrução do trânsito em Y de Roux; O peso final atingido é menor que o das técnicas puramente restritivas, sendo a perda do excesso de peso de aproximadamente 70%; Deve-se garantir reposição de complexo vitamínico-mineral e de vitamina B12, bem como monitoramento dos níveis séricos de ferro, cálcio e vitaminas; Há técnicas que utilizam um anel de contenção para reduzir o esvaziamento da pequena câmara gástrica (as mais conhecidas são as de Capella e Fobi). o Mista predominante desabsortiva: Derivação Biliopancreática com Gastrectomia Horizontal - Scopinaro Neste procedimento, caracterizado por gastrectomia horizontal, exclusão de todo o jejuno e parte do íleo (2,5 m) e criação de uma alça intestinal comum de 50 cm; A perda de peso pós-operatória é secundária principalmente à disabsorção lipídica e calórica; Por isso, essa técnica possui maior incidência de desnutrição e deficiência de vitaminas lipossolúveis; A perda do excesso de peso oscila em torno de 80%. Derivação Biliopancreática com Duodenal Switch : Derivação da técnica anterior, em que se realizam gastrectomia vertical subtotal com preservação do piloro e anastomose entre o íleo e a primeira porção do duodeno; A alça intestinal comum é mantida mais longa [75 cm], para minimizar efeitos colaterais decorrentes da disabsorção acelerada); A perda de peso oscila em torno de 75% a 80%. Pós-operatório: o Benefícios: Maior controle do peso corporal promovido pela cirurgia bariátrica promove melhora das comorbidades relacionadas à obesidade; Estado psicossocial e a qualidade de vida também melhoram muito após a perda de peso; Nutrição para Concursos -NPC 29 A perda de peso após procedimentos desabsortivos atinge um nadir por volta de 12 a 18 meses de pós-operatório, com reganho de cerca de 10% durante a década seguinte; A Derivação gástrica em Y de roux modifica a resposta dos hormônios intestinais envolvidos na sinalização do apetite e no controle glicêmico. o Complicações: ➢ Nas técnicas desabsortivas e, em menor grau, na DGYR, há maior risco de se desenvolver diarreia com flatulência excessiva, desnutrição proteica, anemia ferropriva, deficiência de vitaminas e doenças osteometabólicas; ➢ A síndrome de dumping pode ocorrer após Derivação gástrica em Y de roux, quando houver ingestão de alimentos doces ou hiperosmolares. o Seguimento pós-operatório: A) Acompanhamento regular dos pacientes no pós-operatório, por meio de consultas ambulatoriais, orientações nutricionais e exames laboratoriais para detectar precocemente alterações metabóli- cas e nutricionais; B) A frequência do acompanhamento deve ser individualizada e baseada no tipo de cirurgia e comor- bidades do paciente; C) A suplementação nutricional é fundamental a todos os pacientes e deve incluir suplementos polivi- tamínicos diários que contenham minimamente ferro, cálcio, vitamina D, zinco e complexo B em sua fórmula; D) Profissional habilitado deve prescrever o programa nutricional pós-operatório. Normalmente, ini- cia-se a dieta oral líquida de prova 24 horas após o procedimento cirúrgico. A introdução de nutri- ção parenteral pode ser necessária a pacientes de alto risco; E) O protocolo de progressão da dieta alimentar: depende do tipo de cirurgia realizada, mas, como regra geral, o paciente deve realizar pequenas refeições balanceadas, diversas vezes ao dia, sem a ingestão simultânea de líquidos. F) A presença de fibras é obrigatória e o consumo de proteínas, em torno de 60 a 120 g por dia; G) Hidratação adequada também é importante, com estímulo à ingestão de líquidos superior a 1,5 l por dia; H) A perda ponderal estabiliza-se em média 18 meses após a cirurgia, época em que geralmente ocorre perda máxima do peso (podendo chegar a mais de 80% do excesso deste); I) Considera-se o tratamento cirúrgico da obesidade bem-sucedido: se houver perda de, no mínimo, 50% do excesso de peso e o paciente deixar de ser obeso mórbido, sendo necessária a manuten- ção dessas condições pelo período de cinco anos; Nutrição para Concursos -NPC 30 J) Só se pode efetuar avaliação de sucesso, no mínimo, após 24 meses do pós-operatório, espe- rando-se reganho ponderal entre dois e cinco anos após a cirurgia. Acompanhamento nutricional pós-operatório • Planejamento alimentar após a cirurgia bariátrica: O Guia Alimentar utilizado em pacientes bariátricos é justamente a pirâmide bariátrica, proposta por VioletMoizé em 2013, que determina o uso de suplementos alimentares, ingestão de água e chás claros e atividade física como base de comportamento. Prioriza as proteínas tanto ricas em ferro como ricas em cálcio, como primeiro alimento a ser ingerido, seguido de vitaminas e minerais advindos de frutas e vegetais.Em consumo moderado o uso de carboidratos, preferencialmente os integrais e o que deve ser evitado ao máximo são bebidas alcoólicas, gaseificadas, doces e gorduras em geral. Evolução da consistência alimentar – Fases da Dieta: Como a capacidade gástrica está reduzida, como na gastroplastia com derivação em Y Roux em torno de 50ml e na Manga Gástrica ou Sleeve em torno de 100ml, as dietas hipocalóricas são uma rotina. Porém estas dietas, se utilizadas por um tempo prolongado podem causar deficiências nutricionais se não forem bem conduzidas 1ª fase – DIETA LÍQUIDA: Esta fase compreende as duas primeiras semanas após a cirurgia e caracteriza-se como uma fase de adaptação. A alimentação é liquida e constituída de pequenos volumes (em torno de 50 ml por refeição a cada 30 minutos) e tem como principal objetivo o repouso gástrico, a adaptação aos pequenos volumes e a hidratação. Como consequência da alimentação liquida, a perda de peso chega a ser de 10% em média nos primeiros trinta dias, devendo-se introduzir o uso de complementos nutricionais específicos para evitar carências de vitaminas e de minerais. O uso de suplementos nutricionais em pó devem ser iniciados desde os primeiros dias da dieta líquida. A intolerância à lactose pode acontecer em alguns pacientes podendo gerar náuseas, vômitos e diarréia. Nestes casos a lactose deve ser excluída da dieta líquida 2ª fase- DIETA PASTOSA Nutrição para Concursos -NPC https://www.sbcbm.org.br/nutricao/#1511203034439-9b4f3ccc-d8fd https://www.sbcbm.org.br/nutricao/#1507066090314-09f06be5-48b7 https://www.sbcbm.org.br/nutricao/#1507065771549-d7989898-b6ed https://www.sbcbm.org.br/nutricao/#1507065771484-cf22b1cc-52db 31 Nesta fase ocorre a inclusão de alimentos na consistência de cremes e purês. O objetivo principal é manter o repouso gástrico e iniciar a transição para dieta branda, onde mastigação exaustiva deverá ocorrer. O tempo médio de duração é de 7 a 10 dias. O consumo de líquidos deve ser sempre estimulado nos intervalos das refeições, em pequenos volumes. O paciente deve ser orientado a sempre começar sua refeição pela fonte de proteína, bem como identificar possíveis intolerâncias alimentares, na medida que os diferentes alimentos são incluídos na dieta 3ª fase – DIETA BRANDA – alimentos cozidos: Após a dieta líquida, evolui-se para uma fase com alimentos bem cozidos, que demandam muita mastigação. Inicia-se uma etapa onde a seleção dos alimentos é de fundamental importância pois, considerando que as quantidades ingeridas diariamente continuam muito pequenas, deve-se dar preferência aos alimentos mais nutritivos escolhendo fontes diárias de proteínas e ferro como carnes moídas e desfiadas, cálcio (leite e derivados) e vitaminas (frutas e vegetais cozidos). O paciente deverá receber um treinamento para reconhecer quais são os alimentos mais ricos nestes nutrientes de forma a ficar mais independente para escolher as principais fontes de minerais e vitaminas encontradas nas suas refeições diárias. Como a alimentação passa a ser mais consistente deve-se mastigar exaustivamente. A duração desta fase é em média de quinze dias. 4ª fase – DIETA GERAL (normal) Nesta fase a alimentação evolui gradativamente para uma consistência ideal para uma nutrição satisfatória. Geralmente ocorre a partir do 1º mês após a cirurgia quando, quase todos os alimentos começam a ser introduzidos na alimentação diária. O cuidado com a escolha dos alimentos nutritivos deve continuar, pois, as quantidades ingeridas diariamente continuam pequenas. Nesta fase o paciente pode ser capaz de selecionar os alimentos que lhe tragam mais conforto, satisfação e qualidade nutricional. Escolher carnes na forma de bifes, filés, assados, cozidos ou grelhados, leite e derivados com baixo teor de gordura, frutas em geral, vegetais folhosos crus ou refogados, grãos como feijões, lentilhas, ervilhas e cereais integrais, ou seja, uma alimentação completa. A evolução nutricional deve ser lenta e progressiva, dependendo da tolerância individual podendo variar bastante de um paciente para outro. Normalmente os pacientes mais ansiosos, que não reaprenderam o processo de mastigação lenta, tendem a sentir desconforto e até vômitos dependendo do tipo de alimento utilizado. Estes demoram mais para evoluir para as consistências desejadas e consequentemente o valor proteico e calórico, e necessitam de mais atenção da equipe multiprofissional. Nutrição para Concursos -NPC https://www.sbcbm.org.br/nutricao/#1507066091769-9bbd6fa2-c037 https://www.sbcbm.org.br/nutricao/#1507066091122-d486979f-be15 32 O reaprendizado da mastigação e deglutição lentas são fatores determinantes para uma boa digestão, em especial no paciente bariátrico. Caso o paciente persista com dificuldade de progressão da dieta, após as orientações do profissional da nutrição, uma avaliação mais aprofundada da função mastigatória deveria ser realizada. Nesse caso, o encaminhamento para o fonoaudiólogo seria importante, principalmente com os usuários de prótese dentária parcial ou total. • Suplementação nutricional após a cirurgia bariátrica Após a cirurgia bariátrica as deficiências nutricionais podem ocorrer pela menor ingestão de alimentos, devido à redução do estômago, e/ou pela diminuição da absorção dos nutrientes – as quais podem variar conforme o tipo de cirurgia. A dieta individualizada e bem orientada é a maneira mais adequada de manter os nutrientes em em níveis desejáveis. No entanto, em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, a restrição do tamanho do estômago, o desvio intestinal e algumas intolerâncias alimentares justificam a utilização da suplementação nutricional. Portanto, a utilização de uma dosagens diárias adequadas de polivitamínicos/minerais é a forma de garantir esse aporte. Essa reposição é realizada nos meses iniciais, na maioria dos casos, por suplementos em forma de pastilhas e/ou em pó solúveis devido à restrição inicial à comprimidos e cápsulas, existindo também a possibilidade de diluição do comprimido em liquidos; em geral, após 60-90 dias de cirurgia o uso de comprimidos e cápsulas é permitido. Esse suplemento deve conter 100% ou ao menos 2/3 das necessidades diárias, com a finalidade da prevenção das deficiências nutricionais. Através do acompanhamento de rotina com equipe multidisciplinar será avaliado a necessidade de uma suplementação específica de algum nutriente isolado, caso seja necessário. De uma forma geral, as deficiências nutricionais mais comuns na cirurgia bariátrica são: proteína, ferro, zinco, cálcio, vitamina D e vitaminas do complexo B. Os sinais e sintomas que geralmente podem ocorrer destas deficiências são: queda de cabelo, unhas quebradiças, anemia, fraqueza, cansaço, pele ressecada, “formigamento” das extremidades (braço/mãos e pernas/pés), e algumas vezes déficit de memória 14.(AOCP/2017)A cirurgia bariátrica é uma ferramenta eficaz no tratamento e controle da obesidade mórbida. Após o tratamento clínico longitudinal sem sucesso, realizado por no mínimo dois anos, são considerados candidatos a esse tratamento cirúrgico, EXCETO a)Paciente com IMC > 35 kg/m2 associado à apneia do sono. Nutrição para Concursos -NPC https://www.sbcbm.org.br/nutricao/#1507066244242-007cb77c-9a52 33 b)Paciente com IMC > 30 kg/m2 associado a diabetes tipo II. c)Paciente com IMC > 40 kg/m2 independente da presença de comorbidade. d)Paciente com IMC 50 kg/m2. e)Paciente com IMC > 35 kg/m2 associado à doença articular degenerativa. RESOLUÇÃO: A)Pacientecom IMC > 35 kg/m2 associado à apneia do sono.CORRETO B)Paciente com IMC > 30 kg/m2 associado a diabetes tipo II.ERRADO C)Paciente com IMC > 40 kg/m2 independente da presença de comorbidade.CORRETO D)Paciente com IMC 50 kg/m2.CORRETO E)Paciente com IMC > 35 kg/m2 associado à doença articular degenerativa.CORRETO GABARITO: B Nutrição para Concursos -NPC 34 TRANSTORNOS ALIMENTARES (FONTE: José Carlos Appolinárioa e Angélica M Claudinob Rev. Bras. Psiquiatr. vol.22 s.2 São Paulo Dec. 2000) Anorexia nervosa (AN) Várias alterações do apetite e perturbações da imagem corporal podem ocorrer nas crianças em idade escolar, embora os quadros mais típicos de transtornos alimentares sejam mais raros. Apesar de cerca de 45% das crianças de ambos os sexos em idade escolar quererem ser mais magras e 37% tentarem perder peso,6 somente uma pequena proporção delas desenvolvem um transtorno alimentar. Vale ressaltar, no entanto, que alguns traços presentes na idade escolar são considerados fatores de risco para o surgimento dos transtornos alimentares na adolescência, alertando o profissional de saúde que atende crianças para reconhecer e investigar estes traços ainda insipientes. A AN ocorre predominantemente em mulheres jovens, com uma prevalência pontual de 0,28%6 e taxas de prevalência ao longo da vida oscilando entre 0,3% e 3,7%.6 Existem dois picos de incidência: aos 14 e aos 17 anos.7 Evidências sugerem que fatores psicossociais desempenham um importante papel na distribuição dos transtornos alimentares.8 A influência da "cultura do corpo" e da pressão para a magreza que as mulheres sofrem nas sociedades ocidentais (especialmente as adolescentes) parece estar associada com o desencadeamento de comportamentos anoréticos. Determinadas profissões que exigem leveza para melhor desempenho (como ginastas, jockeis, patinadoras, bailarinas) ou esbeltez para "comercialização" da imagem (modelos, atrizes) se encontram em risco aumentado para o desenvolvimento do transtorno.9 O modelo etiológico mais aceito atualmente para explicar a gênese e a manutenção dos transtornos alimentares é o modelo multifatorial que baseia-se na hipótese de que vários fatores biológicos, psicológicos e sociais estejam envolvidos, interrelacionando-se. Na sua forma típica, a AN se inicia geralmente na infância ou na adolescência. O início é marcado por uma restrição dietética progressiva com a eliminação de alimentos considerados "engordantes", como os carboidratos. As pacientes passam a apresentar certa insatisfação com os seus corpos assim como passam a se sentir obesas apesar de muitas vezes se encontrarem até emaciadas (alteração da imagem corporal). O medo de engordar é uma característica essencial, servindo muitas vezes como um diferencial para outros tipos de anorexia secundárias a doenças clínicas ou psiquiátricas. Gradativamente, as pacientes passam a viver exclusivamente em função da dieta, da comida, do peso e da forma corporal, restringindo seu campo de interesses e levando ao gradativo isolamento social. O curso da doença é caracterizado por uma perda de peso progressiva e continuada. O padrão alimentar vai se tornando cada vez mais secreto e muitas vezes até assumindo características ritualizadas e bizarras.9 Segundo o sistema classificatório da última edição do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV2), existem dois tipos de apresentação clínica da doença: no primeiro, as pacientes Nutrição para Concursos -NPC 35 apenas empregam comportamentos restritivos associados à dieta ("tipo restritivo"); no outro grupo ("tipo purgativo") ocorrem episódios de compulsão alimentar e/ou comportamentos mais perigosos, como os vômitos auto-induzidos, o abuso de laxativos e de diuréticos. A classificação dos transtornos mentais e do comportamento da Classificação Internacional de Doenças ¾ 10ª Edição (CID-103) já não distingue tipos de anorexia e, portanto, pacientes anoréticas que apresentam episódios bulímicos podem receber os dois diagnósticos: anorexia e bulimia. A prática de exercícios físicos é freqüente, sendo que as pacientes chegam a realizar exercícios físicos extenuantes com o objetivo de queimar calorias e perder peso. Há uma ausência completa de inquietação com sua condição física com negação dos riscos.10 Várias complicações médicas podem surgir em decorrência da desnutrição e dos comportamentos purgativos, tais como anemia, alterações endócrinas, osteoporose e alterações hidroeletrolíticas (especialmente hipocalemia, que pode levar a arritmia cardíaca e morte súbita), dentre outras. A associação dos transtornos alimentares com outros quadros psiquiátricos é bastante freqüente, especialmente com transtornos do humor, transtornos de ansiedade e/ou transtorno de personalidade, mesclando os seus sintomas com os da condição básica e complicando a evolução clínica.11,12 O diagnóstico diferencial deve ser feito tanto com doenças físicas como psiquiátricas que podem cursar com anorexia e emagrecimento. No entanto, quando a causa da anorexia e do emagrecimento é uma doença clínica, a pessoa não apresenta as alterações da imagem corporal e o medo de ganhar peso presentes nas pacientes com AN.9 Outro diagnóstico diferencial importante e por vezes difícil é com a BN, comentado mais adiante. AN de início precoce parece ser o transtorno alimentar mais comum na infância. A anorexia pode ter início a partir dos 7 anos de idade e preferencialmente em meninas, embora em crianças a prevalência entre meninos parece ser maior do que entre adultos jovens. Formas mais precoces de transtornos alimentares apresentam uma associação importante com comportamento obsessivo (incluindo extrema preocupação com a escola) e com sintomas depressivos.6 As mais freqüentes razões dadas para a recusa alimentar, além do medo de engordar ou do desejo de emagrecer, costumam ser: náuseas, dor abdominal, sensação de plenitude, perda de apetite ou incapacidade para engolir.13 Quando manifestam claramente sua intenção de controlar a alimentação, meninas referem preocupações estéticas, enquanto meninos relatam mais preocupação com saúde e condicionamento físico. Apesar das crianças se utilizarem menos de métodos purgativos (vômitos e laxativos), elas se exercitam bastante para controlar o peso através de esportes ou subindo escadas e fazendo abdominais.7 Embora nesta faixa etária a perda de peso não seja essencial para o diagnóstico, podendo haver apenas redução no ganho de peso esperado para o crescimento, a perda de peso pode ser rápida e dramática em virtude dos baixos níveis de gordura corporal total em crianças.1 Nos casos de AN pode haver um importante retardo no desenvolvimento, expondo ao risco de osteopenia, osteoporose e baixa estatura.14,15 A AN pode se instalar de forma aguda (com sintomas obsessivo-compulsivos), podendo existir uma associação com transtornos neuropsiquiátricos auto-imunes desencadeados por infecções estreptocócicas na infância.4 Nutrição para Concursos -NPC 36 Devido a sua etiologia multifatorial, a AN é considerada uma condição de difícil tratamento. A integração das abordagens médica, psicológica e nutricional é a base da terapêutica. A constituição de uma equipe multiprofissional é fundamental para o sucesso terapêutico e os profissionais envolvidos devem trabalhar de forma integrada.16 A internação hospitalar deve ser considerada para as pacientes com peso corporal abaixo de 75% do mínimo ideal, quando estão perdendo peso rapidamente ou quando se faz necessária uma monitorização adequada das suas condições clínicas. O tratamento ambulatorial deve ser indicado quando a paciente tem um bom suporte social, não está perdendo peso rapidamente, encontra-se metabolicamente estável e não apresenta os critérios de gravidade descritos acimae que indicam a necessidade de uma internação hospitalar. Apesar de não existir um agente farmacológico específico para a AN, vários medicamentos têm se mostrado úteis. O uso de antidepressivos ou ansiolíticos pode ser adequado em pacientes que desenvolvem uma comorbidade psiquiátrica associada. O emprego destas substâncias em pacientes com AN deve ser cauteloso, tendo em vista as freqüentes anormalidades clínicas associadas. Os agentes inibidores da recaptação da serotonina (ISRS) parecem mais seguros.17 Existem evidências de que a fluoxetina poderia auxiliar na manutenção do peso pós-internação em alguns pacientes. A psicoterapia em suas diversas modalidades (cognitivo-comportamental, interpessoal e a terapia de família) ainda é um dos pilares centrais do tratamento. Bulimia nervosa (BN) A BN é extremamente rara antes dos 12 anos.18 O transtorno é característico das mulheres jovens e adolescentes, com prevalência de 1,1% a 4,2% neste grupo.6 Fatores de ordem biopsicossocial se encontram relacionados com sua etiologia.19 O episódio de compulsão alimentar é o sintoma principal e costuma surgir no decorrer de uma dieta para emagrecer. No início, pode se achar relacionado à fome, mas posteriormente, quando o ciclo compulsão alimentar-purgação já está instalado, ocorre em todo tipo de situação que gera sentimentos negativos (frustração, tristeza, ansiedade, tédio, solidão). Inclui um aspecto comportamental objetivo que seria comer uma quantidade de comida considerada exagerada se comparada ao que uma pessoa comeria em condições normais; e um componente subjetivo que é a sensação de total falta de controle sobre o seu próprio comportamento. Estes episódios ocorrem às escondidas na grande maioria das vezes e são acompanhados de sentimentos de intensa vergonha, culpa e desejos de autopunição. A quantidade de calorias ingerida por episódio pode variar enormemente, muito embora em média oscile entre 2 mil e 5 mil calorias.19 O vômito auto-induzido ocorre em cerca de 90% dos casos, sendo portanto o principal método compensatório utilizado. O efeito imediato provocado pelo vômito é o alívio do desconforto físico secundário à hiperalimentação e principalmente a redução do medo de ganhar peso. A sua freqüência é variável, podendo ser de um até 10 ou mais episódios por dia, nos casos mais graves. No começo, a paciente necessita de manobras para induzir o vômito, como a introdução do dedo ou algum objeto na Nutrição para Concursos -NPC 37 garganta. Algumas bulímicas mais graves, com vários episódios de vômitos por dia, podem apresentar até ulcerações no dorso da mão pela uso da mesma para induzir a emese, o que se chama de sinal de Russell. Com a evolução do transtorno, a paciente aprende a vomitar sem necessitar mais de estimulação mecânica.9 Outros mecanismos utilizados pelas bulímicas para controle do peso após uma ingestão exagerada são: o uso inadequado (sem prescrição médica) de medicamentos do tipo laxativo, de diuréticos, de hormônios tireoidianos, de agentes anorexígenos e de enemas. Jejuns prolongados e exercícios físicos exagerados são também formas de controle do peso, mas geralmente geram menos complicações clínicas do que as técnicas purgativas descritas acima. Na BN, a paciente mantêm uma preocupação excessiva com a forma e o peso corporal. A classificação do DSM-IV2 distingue dois tipos de pacientes com bulimia conforme a utilização de métodos compensatórios mais invasivos (vômitos, laxantes, diuréticos, outras drogas) ¾ "tipo purgativo" ¾ ou não (só dieta, jejuns e exercícios), classificado no "tipo não-purgativo". A CID-103 apresenta critérios diagnósticos muito próximos aos do DSM-IV,2 ressaltando, entretanto, a possibilidade de negligência do tratamento insulínico em diabéticos como uma apresentação especial do quadro, assim como a possível ocorrência de um episódio prévio de AN que evoluiu para bulimia. As complicações clínicas são decorrentes principalmente das manobras compensatórias para perda de peso: erosão dos dentes, alargamento das parótidas, esofagites, hipopotassemia e alterações cardiovasculares, dentre outras. Como na AN, parece haver uma ocorrência aumentada de transtornos do humor e de transtornos de ansiedade em pacientes com BN. Assim, um grande número de pacientes com BN (46% a 89%) evidencia um transtorno depressivo associado em algum momento de sua evolução clínica. Particular atenção deve ser dada a ocorrência de transtornos de personalidade e de abuso de substâncias no diagnóstico das pacientes com BN. O abuso de álcool e de psicoestimulantes são descritos, mas também podemos encontrar o abuso múltiplo de substâncias.19 A bulimia é um diagnóstico diferencial da AN. Diferente da AN do tipo purgativo, na BN as pacientes conseguem manter o peso dentro do limiar de normalidade na maioria dos casos (cerca de 70%) ou, discretamente abaixo deste (15%), sendo que as pacientes restantes podem estar até acima do peso (15%). Como na AN, o tratamento da BN deve ser conduzido por uma equipe multiprofissional. A necessidade de internação hospitalar nos casos de BN está relacionada com a presença de complicações médico- psiquiátricas, de ciclos incoercíveis de compulsão alimentar-vômitos, de abuso de laxativos e/ou outras drogas e de outros comportamentos de risco. Na maioria das vezes, entretanto, o tratamento da BN é extra-hospitalar, devendo-se tentar um período inicial de abordagens como a psicoterapia cognitivo- comportamental, o aconselhamento nutricional e o uso de psicofármacos, o que pode conduzir a uma melhora das pacientes.16 Os estudos utilizando a fluoxetina no controle dos episódios de compulsão alimentar têm gerado um grande entusiasmo em relação à eficácia destes agentes no tratamento da BN, muito embora pareça Nutrição para Concursos -NPC 38 improvável que todos os pacientes possam permanecer totalmente livres dos episódios de compulsão alimentar. A fluoxetina parece indicada em doses mais altas na BN (60 mg por dia em adultos).17 Síndromes atípicas ou parciais de AN e de BN Cerca de 1/3 dos pacientes que procuram tratamento apresentam um conjunto de sintomas difícil de classificar como um transtorno alimentar "típico",20,21 também chamados de síndromes parciais, AN e BN atípicas (CID-103) ou transtorno alimentar não especificado (DSM-IV2). Podemos dividir esta categoria em dois grupos. No primeiro, encontram-se aqueles quadros clínicos que se assemelham a AN e a BN, mas que não preenchem totalmente os seus critérios, ou porque lhes falta um aspecto clínico essencial (por exemplo, pacientes que apresentam todos os outros critérios para AN, mas ainda não apresentam peso abaixo do limiar diagnóstico, ou que não apresentam a freqüência de episódios de compulsão alimentar necessária para o diagnóstico de BN), ou porque não são suficientemente graves para atingir o limiar diagnóstico.22 Estes quadros parciais chegam a ser cinco vezes mais freqüentes que as síndromes completas, e autores como Dancyger e Garfinkel (1995), acompanhando quadros parciais, observaram que aproximadamente 50% evoluem para quadros completos, sendo importante portanto seu diagnóstico precoce.22,23 O transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) Os pacientes com o transtorno apresentam os episódios de compulsão alimentar, mas não utilizam as medidas extremas para evitar o ganho de peso como pessoas com BN.24 A maioria dos pacientes com o transtorno é obesa. A sua prevalência na população em geral é em torno de 2%. Pessoas com TCAP diferem das obesas sem TCAP no que se refere à gravidade da psicopatologia, ao início mais precoce da obesidade, à maior gravidade da obesidade e à má resposta aos regimes de tratamento, podendo estar associado a obesidade em adolescentes. Berkowitz et al25 relataram que 30% de um grupo de adolescentes obesas que procurou tratamento paraemagrecer apresentava compulsão alimentar. O tratamento do TCAP deve envolver uma orientação dietética adequada com refeições regulares, psicoterapia cognitivo-comportamental, o uso de inibidores seletivos da recaptação de serotonina ¾ ISRS (fluoxetina, fluvoxamina e sertralina) ou o uso de agentes que se encontram em fase inicial de avaliação como a sibutramina e o topiramato.26,27 15.(UPENET/ PREF PETROLINA /2019)Mulher de 24 anos, IMC de 21,8 Kg/m2 procura a Nutricionista do NASF insatisfeita com o peso corporal. Relata que, quase diariamente tem apresentado descontrole alimentar, ingerindo quantidades excessivas de alimentos, e, após, como tentativa, de compensação, se exercita por longo tempo. No dia anterior à consulta, consumiu sozinha um pote de 1,5 l de sorvete de creme em menos de 2 horas e depois fez exercícios por mais de 2 horas. Esse quadro vem ocorrendo há cerca de seis meses. Está desempregada e sem namorado. Essa condição provavelmente caracteriza A) anorexia nervosa do tipo restritiva B) bulimia nervosa do tipo purgativa. C) anorexia nervosa do tipo purgativa. Nutrição para Concursos -NPC 39 D) bulimia nervosa do tipo não purgativa. E) Transtorno Alimentar Não Especificado (TANE). RESOLUÇÃO: A) anorexia nervosa do tipo restritiva ERRADO B) bulimia nervosa do tipo purgativa. ERRADO C) anorexia nervosa do tipo purgativa.ERRADO D) bulimia nervosa do tipo não purgativa.CORRETO E) Transtorno Alimentar Não Especificado (TANE). ERRADO GABARITO: D Nutrição para Concursos -NPC 40 QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 1.(IFPE/2009)Analise os itens seguintes, relacionados à avaliação do estado nutricional: I. Muitos métodos de avaliação nutricional têm sido propostos, todavia, nenhum pode ser considerado único e suficiente para predizer o risco nutricional, isoladamente. II. A dobra cutânea tricipital é, dentre as outras, a mais utilizada na prática clínica para monitoramento do estado nutricional. III. A circunferência da cintura referida em homens e mulheres tem pontos de corte, respectivamente, de 105 cm e 88 cm. IV. A circunferência do braço é utilizada para estimar a proteína somática e tecido adiposo. V. A circunferência muscular do braço não inclui o diâmetro do osso. Estão corretos, apenas: a) I, II, III e IV b) I, II, III e V c) II, III e IV d) I, III, e V e) I, II, IV e V 2.(IFPE/2013) Qual o diagnóstico nutricional para uma mulher de 52 anos, com peso de 70 Kg, 160 cm de altura e circunferência da cintura de 92 cm, segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde, Who(1995) e Who(2000) respectivamente? a) Sobrepeso e ausência de risco para doenças cardiovasculares. b) Obesidade e risco aumentado para doenças cardiovasculares. c) Eutrofia e ausência de risco para doenças cardiovasculares. d) Eutrofia e risco aumentado para doenças cardiovasculares. e) Sobrepeso e risco aumentado para doenças cardiovasculares. 3.(IFPE/2009)Um homem com 50 anos, uma estatura de 1,80cm e 105 kg de peso corpóreo, de acordo com o IMC (Índice de Massa Corporal), segundo a OMS, pode ser classificado como a) normal. b) sobrepeso. c) obesidade grau I. d) obesidade grau II. e) obesidade grau III. 4.(IFPE/2009) Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o depósito de gordura no organismo está relacionado a risco de complicações metabólicas, quando a circunferência de cintura do homem está maior ou igual a: a) 75 b) 80 c) 85 d) 90 e) 102 Nutrição para Concursos -NPC 41 5.(IFPE/2009)Os métodos de avaliação dietética podem ser divididos em retrospectivos ou prospectivos. Os retrospectivos incluem a) registro alimentar estimado, registro alimentar pesado, duplicata de porção. b) registro alimentar estimado, histórico alimentar, questionário de freqüência alimentar. c) recordatório de 24 horas, registro alimentar pesado, registro alimentar estimado. d) histórico alimentar, registro alimentar estimado, registro alimentar pesado. e) recordatório de 24 horas, questionário de freqüência alimentar, histórico alimentar. 6.(IFPE/2009) Diferentes métodos de avaliação nutricional têm sido propostos. Em 1987, Detsky propôs a ficha de Avaliação Subjetiva Global (ASG) do estado nutricional, originalmente concebida para pacientes cirúrgicos e posteriormente adaptada para diversas situações clínicas. Com relação a ASG do estado nutricional, é correto afirmar, exceto: a) Utilizada para avaliar o estado nutricional com base na história do paciente, perda de gordura subcutânea, depleção muscular e presença de edema ou ascite. b) O paciente classificado como desnutrido grave tem poucas chances de ser nutrido. c) Possibilita a participação de todos os membros da equipe multidisciplinar de terapia nutricional na avaliação e não necessita de treinamento. d) A precisão do método depende da capacidade do observador em detectar as alterações nutricionais significativas por meio de avaliação subjetiva. e) É um método de fácil execução, não exige recursos dispendiosos, além de poder ser executado por todos os membros da equipe multidisciplinar. 7.(IFPE/2009)Os pilares fundamentais no tratamento da obesidade são mudanças do comportamento e hábitos de vida, que incluem alterações no hábito alimentar e prática rotineira de atividades físicas. O Plano Nutricional de indivíduos obesos apresenta as seguintes características recomendáveis (em percentuais relativos ao Valor Calórico Total da dieta consumida), segundo o Consenso Latino- Americano de Obesidade: a) carboidratos complexos e ricos em fibras: 45% a 60%; carboidratos simples: de 10% a 15%. Gorduras: 20% a 25%. Gorduras Saturadas: 8%, gorduras monoinsaturadas: 12%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 15% a 20%. Fibra: 20 a 30 g/dia. b) carboidratos complexos e ricos em fibras: 40% a 50%; carboidratos simples: de 15% a 20%. Gorduras: 25% a 30%. Gorduras Saturadas: 8%, gorduras monoinsaturadas: 12%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 15% a 20%. Fibra: 25 a 35 g/dia.Peixe/batata inglesa. c) carboidratos complexos e ricos em fibras: 40% a 50%; carboidratos simples: de 10% a 15%. Gorduras: 20% a 25%. Gorduras Saturadas: 12%, gorduras monoinsaturadas: 6%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 20% a 30%. Fibra: 20 a 30 g/dia. Nutrição para Concursos -NPC 42 d) carboidratos complexos e ricos em fibras: 60% a 70%; carboidratos simples: de 10% a 15%. Gorduras: 20% a 25%. Gorduras Saturadas: 8%, gorduras monoinsaturadas: 12%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 20% a 35%. Fibra: 20 a 30 g/dia. e) carboidratos complexos e ricos em fibras: 40% a 50%; carboidratos simples: de 10% a 15%. Gorduras: 20% a 25%. Gorduras Saturadas: 8%, gorduras monoinsaturadas: 12%, gorduras poliinsaturadas: 10%. Proteínas: 15% a 20%. Fibra: 20 a 30 g/dia. 8.(AOCP/HU-UFPA/2016) No geral, o tecido adiposo pode ser classificado de duas maneiras em relação a sua distribuição: androide e ginoide. De acordo com essas classificações, assinale a alternativa correta. (A) Androide, também conhecida como “formato de maçã”, destaca-se pelo acúmulo de tecido adiposo na região de abdômen, tronco e pescoço. (B) Ginoide, também conhecida como “formato de maçã”, é o tecido adiposo acumulado predominantemente nas regiões do quadril, glúteo e parte superior da coxa. (C) Androide, também conhecida como “formato de pêra”, é mais prevalente no sexo feminino, com maior acúmulo de tecido adiposo na parte superior da coxa. (D) Ginoide, também conhecida como “formato de pêra”, é o tecido adiposo acumulado predominantemente nas regiões de abdômen, tronco e pescoço. (E) Ginoide, também conhecida como “formato de maçã”, é mais prevalente no sexo masculino, com maior acúmulo de tecido adiposo na parte superior da coxa e abdômen. 9.(AOCP/HU-UFJF/2015) Nas últimas décadas, a obesidade tem crescido de forma vertiginosa em todo o mundo e está associada a várias repercussões metabólicas
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