Buscar

12054-conhecimentos-gerais-para-bm-rs

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 276 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 276 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 276 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ATUALIDADES
VIDEOAULA
PROF. FABRÍCIO MULLER
CONHECIMENTOS GERAIS PARA BM-RS
www.acasadoconcurseiro.com.br
http://www.acasadoconcurseiro.com.br
ATUALIDADES
3
Conhecimentos Gerais para BM-RS
Tem concurso Brigada Militar RS pintando na área. A Brigada Militar do Estado do Rio Grande 
do Sul publicou no Diário Oficial do RS em 06 de agosto a composição da comissão do certame. 
O concurso será para provimento dos cargos iniciais das carreiras de níveis superior e médio da 
Brigada Militar e Corpo de Bombeiros.
PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS PROGRAMA:
Tópicos atuais, nacionais, estaduais ou locais, de diversas áreas, tais como segurança pública, 
transportes, política, economia, sociedade, inclusão, desigualdade social, educação, saúde, 
cultura, esportes, tecnologia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e
ecologia.
História
1837
A ordem interna encontrava-se conturbada na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul pela 
ação dos farroupilhas, quando o presidente, Antonio Elzeário de Miranda e Britto, promulgou 
a Lei Provincial nº 7, em 18 de novembro de 1837, criando a Força Policial da Província, com 
o efetivo de 19 oficiais e 344 praças e as atribuições de auxiliar na justiça, manter a ordem e a 
segurança pública na capital, nos subúrbios e nas comarcas.
Sua regulamentação só ocorreu, em 05 de maio de 1841, quando entrou em vigor o Regulamento 
do Corpo Policial. Após sua regulamentação, ocorreu a nomeação dos primeiros oficiais. Em 14 
de julho de 1841, o Corpo Policial iniciou suas atividades, sob o comando do tenente-coronel do 
Exército Quintiliano José de Moura, na época, chefe de polícia em Porto Alegre.
A partir da regulamentação do Corpo Policial, em 1841, inúmeros oficiais do Exército estiveram 
no Comando-Geral da Instituição.
 • Tenente-coronel Sebastião Barreto Pereira Pinto (1847 a 1849),
 • Tenente-coronel Antônio Jacintho da Costa Freire (1850),
 • Major João Luiz de Abreu e Silva (1851 a 1857),
 • Tenente-coronel José Antônio da Silva Lopes (1858 a 1864),
 • Tenente-coronel José Antônio da Silva Lopes (1858 a 1864)
4
1865
Com o objetivo de derrubar o presidente do Partido Blanco e substituí-lo pelo líder dos 
colorados, forças brasileiras invadiram o Uruguai, em novembro de 1864. Em represália, o 
presidente paraguaio Solano López, que apoiava os blancos, rompeu relações com o Brasil, 
proibiu a navegação brasileira pelo rio Paraguai e, em janeiro de 1865, invadiu a província do 
Mato Grosso e, mais tarde, duas províncias argentinas. Na ocasião, o exército paraguaio possuía 
cerca de 70 mil homens, prontos para a batalha, enquanto a tropa brasileira não chegava a 18 
mil integrantes e a Argentina possuía seis mil soldados, aproximadamente.
Diante das graves e extraordinárias circunstâncias em que se encontrava o país e da necessidade 
de serem adotadas “todas as providências para a sustentação, no exterior, da honra e da 
integridade do Império”, foram “criados extraordinariamente corpos para o serviço de guerra 
compostos de todos os cidadãos maiores de dezoito e menores de cinquenta anos, que 
voluntariamente se quiserem alistar”. Contra as pretensões do governo paraguaio, em maio de 
1865, o Brasil, a Argentina e o Uruguai uniram-se formando a Tríplice Aliança, que contava com 
o apoio militar e financeiro da Inglaterra.
Em julho de 1865, 60 praças do Corpo Policial passaram a integrar o 33º Corpo de Voluntários 
da Pátria que se organizava em Porto Alegre, sob o comando do general Luiz Manoel de Lima e 
Silva. Porém, segundo Ribeiro, em dezembro deste ano, “as praças que nele estavam servindo” 
foram excluídas. O autor afirma que “ainda no mesmo mês, foram mandados apresentar ao 
coronel Augusto Frederico Pacheco, três oficiais e 40 praças, para fazer parte do Piquete do 
Imperador” que, sob o comando do capitão Francisco Antônio de Morais, deveria escoltar 
Dom Pedro II e sua comitiva até a cidade de Uruguaiana, invadida por uma divisão do exército 
Paraguaio. Uma semana depois da chegada de D. Pedro II em Uruguaiana, ocorreu a rendição 
do Exército Paraguaio.
Convertido em 9º Batalhão de Voluntários da Pátria, o Corpo Policial marchou para o teatro de 
operações, integrando o 1º Corpo do Exército Brasileiro, comandado pelo marechal Luís Alves 
de Lima e Silva. Mais tarde, recebeu a denominação de 39º Corpo de Voluntários da Pátria.
No transcurso da Guerra, o Corpo Policial participou das batalhas de Tuiuti e Avaí, além das 
ações em Estero Belaco, Passo da Pátria, Tuiu-Cuê, Humaitá, Suruí, Angostura e Lomas Valentina, 
decisivas para a derrota do Paraguai, retornando ao Brasil, no final de maio de 1870, quando foi 
recebido festivamente e entregou a bandeira utilizada pelo Corpo de Voluntários da Pátria na 
Catedral Metropolitana de Porto Alegre.
Estiveram no Comando-Geral do Corpo Policial:
Major da Guarda Nacional José de Oliveira Bueno (1865), Major José Maria de Alecastro (1866), 
Coronel honorário do Exército José de Oliveira Bueno (1869).
1873
Conforme Lei Provincial nº 874, de 26 de abril de 1873, o Corpo Policial foi extinto dando 
lugar à Força Policial, que possuía as mesmas características militares da instituição anterior, 
organizada com uma seção móvel na Capital, sede do Comando-Geral, e seções fixas no interior 
da Província.
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
5
1874
Em 1874, a Força Policial foi enviada para a localidade conhecida como Padre Eterno (Sapiranga), 
com o objetivo de apoiar na campanha contra a seita religiosa dos Mucker (que significava falso 
santo, em português), orientada pelo casal Jacobina Mentz Maurer e João Jorge Maurer.
Tudo começou depois que imigrantes alemães instalados na colônia de Padre Eterno, 
mostraram-se insatisfeitos com as precárias condições de assistência médica e de educação 
na região. Esses colonos eram liderados por Jacobina e João Jorge Maurer.
Na época, os moradores acreditavam que Jacobina possuía o dom de diagnosticar doenças e 
curar os enfermos com o uso de plantas e chás. Assim, a residência do casal passou a ser um 
local de curas e de culto, onde Jacobina, afirmando ser uma reencanação de Jesus Cristo, reunia 
centenas de pessoas, com o objetivo de evangelizá-las.
Diante disto, preocupados com a influência que ela passou a exercer sobre os moradores, 
tropas militares começaram a combater suas atividades. Em 28 de junho de 1874, 100 soldados, 
incluindo homens do Corpo Policial, sob o comando do coronel Genuíno Sampaio, cercaram 
o reduto dos Mucker. Sem estratégia e sem treinamento, as tropas militares perderam 39 
homens, contra seis dos mucker. Em 18 de julho, houve um segundo ataque, com um 
contingente mais reforçado, resultando na morte de alguns Mucker e do coronel Sampaio, e a 
fuga de Jacobina. Três dias depois, ocorreu um novo ataque. Finalmente, em 02 de agosto de 
1874, conduzidos por Carlos Luppa (ex-Mucker), soldados chegaram ao reduto dos Mucker e 
mataram Jacobina e seus 16 seguidores.
1892
Após a proclamação da República, em 1889, foi promulgada a primeira Constituição do Brasil 
republicano, que estabeleceu as principais características do Estado brasileiro contemporâneo 
com o modelo presidencialista e federativo, o voto direto, a separação entre Estado e Igreja, 
a independência entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), e o fim do Poder 
Moderador. A Constituição concedeu autonomia para que os Estados elaborassem suas 
próprias constituições e estabeleceu que os governos estaduais adotassem providências para a 
manutenção da ordem e segurança pública, autorizando a organização de guardas cívicas. Em 
consequência, a 26 de dezembro de 1889, a Força Policial passou a ser denominada de Guarda 
Cívica do Estado.
No Rio Grande do Sul, a Constituição promulgada, em 14 de julho de 1891, foi calcada nos 
princípios positivistas de Augusto Comte, dando início a um período de instabilidade política no 
Estado. Após a queda do marechal Deodoro da Fonseca da presidência da República, Júlio de 
Castilhos deixou o governodo Rio Grande do Sul, sob pressão e, do final de 1891 até a metade 
de 1892, o Estado vivenciou a sucessão de 18 governos.
Nesse período, que ficou conhecido como governicho, a Guarda Cívica voltou a ser denominada 
de Corpo Policial, em 28 de março de 1892; recebeu a denominação de Brigada Policial, em 06 
de junho de 1892; e retomou o nome de Guarda Cívica, em 17 de junho de 1892, após a queda 
da Junta Governativa e o retorno de Júlio de Castilhos à presidência do Estado.
A insatisfação em decorrência do retorno de Júlio de Castilhos foi tão grande que, em junho 
de 1892, a canhoneira Marajó navegou pelo Lago Guaíba, da ponta do Gasômetro até a altura 
da Rua General Silva Tavares (atual Rua Marechal Floriano) efetuando centenas de disparos. 
Esse fato provocou uma reação da sociedade porto-alegrense, que defendeu a Capital junto 
com as forças militares do Exército e da Guarda Cívica. “Após o combate, um esquadrão de 
6
cavalaria, pertencente à Guarda Cívica, percorreu as ruas da cidade, assegurando a ordem 
pública”, conforme publicou o jornal A Federação.
Finalmente, Fernando Abbott assumiu interinamente a presidência do Estado e pelo Ato 
nº 357, de 15 de outubro de 1892, criou a Brigada Militar para zelar pela segurança pública, 
mantenimento da República e do Governo do Estado, fazendo respeitar a ordem e executar as 
leis, em todo o território sul-rio-grandense. Seu primeiro comandante e organizador foi o major 
do Exército Joaquim Pantaleão Teles de Queiroz, comissionado no posto de coronel.
1893
Em 9 de fevereiro de 1893, eclodiu no Rio Grande do Sul a Revolução Federalista, entre pica-
paus ou chimangos, aliados a Júlio de Castilhos, e maragatos (federalistas), que queriam 
a deposição dos presidentes Federal e Estadual e a revogação da Constituição Estadual. O 
movimento teve início quando os revolucionários, comandados por Gumercindo Saraiva, 
procedentes da República do Uruguai, invadiram o Estado pela região da Carpintaria, próxima 
ao rio Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, aliando-se às forças de João Nunes da Silva Tavares 
(Joca Tavares). Dois dias depois, quando Gumercindo Saraiva se dirigia ao encontro de Joca 
Tavares, comandante em chefe do exército federalista, travou combate com forças republicanas 
e forças civis, no Passo do Salsinho. No mesmo dia as tropas de Gumercindo Saraiva bateram em 
retirada, sendo perseguidas, sobretudo pelo 2º Batalhão de Infantaria. O Combate do Salsinho 
foi considerado o batismo de fogo da Brigada Militar.
As tropas republicanas foram organizadas em cinco divisões, que correspondiam às regiões 
do território gaúcho (Capital, Norte, Sul, Oeste e Centro) e contaram com o apoio dos 17 
Corpos Provisórios, que foram distribuídos estrategicamente em diferentes pontos do Estado, 
principalmente na região da fronteira. Durante a Revolução, alguns Corpos Provisórios foram 
incorporados à tropa regular e prestaram relevantes serviços à Corporação.
A participação da Brigada Militar foi intensa, ao longo da Revolução Federalista. Em 1893, 
combateu em Inhanduí, Upamototi, Restinga, Piraí, Serrilhada, Cerro Chato, Rio Grande, 
Mariano Pinto, Mato Castelhano, Mato Português e Rio Negro. No ano seguinte, tomou parte 
do Cerco de Bagé, além de ter combatido no quilômetro 34 da estrada São Francisco de Paula-
Taquara, Rio Pelotas, Campo do Meio, Passo Fundo (Pulador), Carovi, Capão das Laranjeiras e 
Traíras. Finalmente, no último ano da Revolução, participou das ações bélicas em Campo Osório. 
Com o término da Revolução, a Brigada Militar retornou às suas atividades, mantendo a maioria 
do seu contingente aquartelado.
1897-1898
Em 11 de fevereiro de 1897, o coronel do Exército José Carlos Pinto Júnior assumiu o comando-
geral da Brigada Militar.
Em 20 de junho de 1898, foram criadas as Escolas Regimentais, destinadas aos praças “que 
se encontrassem em melhores condições morais e intelectuais”. Eles teriam aulas de leitura, 
caligrafia, quatro operações, noções de higiene militar e deveres do soldado, cabo de esquadra, 
furriel e sargento, e todas as circunstâncias do serviço de paz e guerra; organização de papéis 
relativos às campanhas e esquadrões, de acordo com os modelos adotados.
Simultaneamente, funcionava o curso de preparatórios para oficiais e inferiores, que se destinava 
a elevar o nível intelectual dos oficiais e contava com os melhores professores da Capital, dentre 
os quais estavam o educador Alfredo Clemente Pinto, o capitão e professor João Vespúcio de 
Abreu e Silva, o educador e engenheiro militar Otávio Rocha, Ildefonso Gomes, o professor e 
historiador Afonso Guerreiro Lima, Antonio Gonçalves Moura Monteiro e o professor Leopoldo 
Tietböhl.
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
7
Em consequência das exigências de escolaridade para a inclusão na Corporação, esses cursos 
deixaram de existir e, em 01 de março de 1916, o coronel Affonso Emílio Massot criou o Curso 
de Ensino, com duração de dois anos, para “proporcionar aos oficiais e inferiores da Brigada 
Militar meios de se aperfeiçoarem no conhecimento de várias matérias de instrução intelectual, 
sem sacrifícios pecuniários”. As disciplinas ministradas no curso seriam: português, francês, 
matemática, geografia, história do Brasil e desenho linear.
Diante da necessidade de outra orientação ao Curso de Ensino, de modo que proporcionasse 
aos oficiais e inferiores o estudo de disciplinas fundamentais ao seu melhor preparo militar, o 
programa de ensino foi modificado e sua denominação foi alterada para Curso de Preparação 
Militar (CPM).
Em 28 de agosto de 1934, foi aprovada a proposta para que os Cursos de Preparação Militar, 
de Sargentos, de Transmissão e, mais tarde, de Educação Física Militar passassem a integrar o 
Centro de Instrução Militar (CIM), cujo diretor seria o oficial mais graduado da Missão Instrutora, 
com a missão de formar, aperfeiçoar e especializar oficiais e praças. O CIM foi instalado 
definitivamente, em 6 de abril de 1936, na Chácara das Bananeiras, quando foi organizado como 
unidade de ensino.
No ano seguinte, foram estabelecidas as normas para o exame de admissão ao Curso de 
Preparação Militar e ficou estabelecido que o curso seria um curso técnico-profissional, 
exclusivamente para sargentos da Brigada Militar e, excepcionalmente, a juízo do comandante-
geral, para oficiais efetivos, graduados e comissionados, devendo o exame dos oficiais ser 
separado do dos praças.
O Curso de Preparação Militar passou a ser denominado de Curso de Formação de Oficiais 
(CFO), em 1942.
1907
Desde a criação da Brigada Militar, havia a previsão de profissionais da área de saúde em sua 
estrutura organizacional.
Durante o Período Imperial, o Estado firmou um convênio com a Santa Casa de Misericórdia, 
a fim de que as praças da Corporação fossem tratadas nas enfermarias dessa Instituição. 
Entretanto, a partir de 1892, as instalações da Santa Casa de Misericórdia não ofereciam 
condições ideais para atender às demandas. Em consequência, em janeiro de 1907, foi criada 
a Enfermaria Militar, também chamada de Enfermaria do Cristal, na Ponta do Dyonísio, em 
um terreno elevado que oferecia excelentes condições de ventilação e iluminação, além de 
ser afastado do perímetro urbano.
Em 4 de agosto de 1911, a Enfermaria do Cristal foi transformada no Hospital da Brigada 
Militar, destinado ao atendimento exclusivo do seu efetivo. Conforme contrato estabelecido, 
as Irmãs da Penitência e da Caridade da Ordem Terceira de São Francisco de Heythuizem eram 
responsáveis pelo cotidiano hospitalar.
Três anos depois, atendendo à proposta do médico Ignácio Capristano Cardoso, um dos 
principais propagadores da homeopatia no Estado, o Comando da Corporação criou a enfermaria 
homeopática do Hospital da Brigada Militar.
1909-1910
8
Em 15 de março de 1909, o coronel do Exército Cypriano da Costa Ferreira assumiu o Comando-
Geral da Brigada Militar.
O prédio da Linha de Tiro foi inaugurado, em 20 de outubro de 1910, na Chácara das Bananeiras 
e destinava-se aotreinamento para o manuseio de armas de fogo. Na inauguração, o disparo de 
honra foi efetuado pelo Dr. Carlos Barbosa Gonçalves, presidente do Estado, com um fuzil.
Com o objetivo de simplificar os exercícios de pontaria e obter, em pouco tempo, homens 
aptos para a prática do tiro, a Corporação adquiriu o aparelho subtarget, de procedência norte-
americana, que era utilizado, durante os treinamentos, sem munição. O aparelho, que se 
destinava a preparar preliminarmente os atiradores, podia ser utilizado em qualquer espaço, 
ainda que reduzido.
1911
Em fevereiro de 1911, foi inaugurado o Depósito de Recrutas, na Chácara das Bananeiras, 
destinado à instrução dos voluntários que ingressavam na Brigada Militar. Depois de submetidos 
aos exames sobre os conteúdos ministrados, os recrutas eram declarados prontos para o serviço 
e apresentados nos batalhões ou regimentos.
Algum tempo depois, o Depósito de Recrutas teve sua denominação alterada para Escola de 
Instrução, reunindo a Linha de Tiro, o picadeiro e o estádio de instrução física.
1912
As bandas de música sempre representaram um elo de integração e socialização com as 
comunidades, desde o seu surgimento, na segunda metade do século XVII. Em ações militares, 
a música servia como meio de comunicação nos campos de batalha, além de elevar o moral da 
tropa e atemorizar os inimigos, já que determinados sons poderiam perturbá-los. Em tempos de 
paz ou durante os intervalos entre os combates ou batalhas, as bandas alegravam os soldados 
com repertório popular.
A Brigada Militar possuía, no final do século XIX, quatro formações musicais em algumas das 
suas unidades, entretanto, somente em 1909 o maestro da Banda do 1º Regimento de Cavalaria 
(1º RC), tenente Pedro Corrêa Borges, começou a idealizar a composição de uma grande banda, 
com instrumentos modernos, constituída pelos melhores músicos da Corporação.
Pedro Corrêa Borges era um profissional reconhecido e, em agosto de 1908, depois de retornar 
de uma apresentação da banda do 1º RC nas festividades alusivas ao centenário dos portos, no 
Rio de Janeiro, foi agraciado pelo Jornal do Comércio com uma batuta de ébano encastoada de 
ouro.
Finalmente, em 23 de janeiro de 1912, foi criada a Banda de Música da Brigada Militar, com 
30 componentes oriundos do 1º RC, sob a regência do tenente Pedro Corrêa Borges, que foi 
declarado alferes inspetor das bandas de música pelo presidente do Estado, a partir de proposta 
encaminhada pelo comandante-geral da Corporação.
A Banda de Música da Brigada Militar estava subordinada ao Comando-Geral e, dentre suas 
atribuições, deveria acompanhar as tropas em ações bélicas, além de marchas e manobras.
1914
O Cemitério da Tristeza, localizado no Morro do Osso, foi criado, na segunda metade do século 
XIX, quando as família já não podiam mais enterrar seus parentes em suas propriedades. 
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
9
Inicialmente, o cemitério serviu para sepultar os imigrantes (principalmente italianos e alemães) 
que habitavam um terreno localizado onde, hoje, é o bairro Cristal.
Em 1914, foi inaugurado o Cemitério da Brigada Militar, nos fundos do Cemitério da Tristeza e 
ao lado do Cemitério Israelita.
1916
A Escolta Presidencial, que fazia parte do 1º Regimento de Cavalaria, desde 1901, tornou-se 
unidade independente, em 25 de janeiro de 1916, com um efetivo de 90 homens. Sua principal 
missão era o serviço de guarnição, vigilância e segurança do Palácio do Governo do Estado
Em outubro de 1916, foi realizado o primeiro Curso de Enfermeiros e Padioleiros, evidenciando, 
mais uma vez, a preocupação com a instrução da tropa.
1917-1918
Em 18 de maio de 1917, o coronel Affonso Emílio Massot assumiu o Comando-Geral da Brigada 
Militar.
Em 28 de maio de 1918, o presidente do Rio Grande do Sul, Antônio Augusto Borges de 
Medeiros, sancionou o Decreto nº 2.347–A, criando o regulamento disciplinar e processual para 
a Brigada Militar.
Conforme redação do art. 61, “A justiça militar será administrada:
a) por um conselho militar;
b) por um conselho de apelação.”
O Conselho de Apelação foi instalado no Quartel do Comando-Geral, onde permaneceu ao 
longo de 63 anos. A primeira sessão ocorreu, no dia 19 de junho do mesmo ano, marcando 
a instauração e início dos julgamentos da Corte de Apelação, atualmente Tribunal de Justiça 
Militar do Estado do Rio Grande do Sul.
Em outubro de 1918, a influenza hespanhola, que já havia vitimado milhares de pessoas na 
Europa, chegou a Porto Alegre, fazendo com que o movimento da cidade fosse diminuindo à 
medida que o número de enfermos aumentava assustadoramente. A Influenza ceifou vidas 
preciosas e trouxe a miséria à cidade de Porto Alegre.
Para tentar conter a epidemia, várias medidas foram adotadas pelo Governo do Estado. Nessa 
ocasião, além de fornecer oficiais para exercerem a função de inspetores dos quarteirões 
sanitários da Capital, foram instalados isolamentos para os enfermos nos quartéis da Praia de 
Belas, do 1º RC (no Cristal) e do Grupo de Metralhadoras (na Chácara das Bananeiras). Também 
em decorrência da epidemia, o 1º Batalhão de Infantaria teve sua sede transferida do velho 
prédio localizado na Rua General Canabarro para a Chácara das Bananeiras, pois a sua antiga 
sede passou a servir de isolamento para civis enfermos.
Finalmente, em novembro do mesmo ano, os hospitais provisórios foram desativados.
1923 - Revolução Assisista
Com a aproximação da eleição presidencial, a situação política do Estado ficou conturbada. Em 
1920, Borges de Medeiros anunciou a sua candidatura e, diante da possibilidade de reeleição 
para o seu quinto mandato, uma aliança formada pelos opositores do governo lançou a 
10
candidatura de Assis Brasil. Com a vitória de Borges de Medeiros, a oposição alegou fraude 
nas eleições. Foi realizado novo escrutínio e o resultado persistiu, suscitando o início da 
Revolução Assisista, também chamada de Movimento Libertador, após o cerco de Passo Fundo, 
em janeiro de 1923. De um lado, estavam os partidários de Borges de Medeiros, conhecidos 
como chimangos ou pica-paus, e do outro os partidários de Assis Brasil, também chamados de 
maragatos.
As tropas legais ou governistas foram integradas por contingentes da Brigada Militar e pelos 
Corpos Provisórios, sob o comando do comandante-geral da Corporação e a supervisão de 
Borges de Medeiros.
Nessa revolução não ocorreram combates de envergadura, mas típicas lutas de guerrilha, sem 
que houvesse encontros decisivos.
A Brigada Militar combateu em Passo Fundo, Estância da Serra, Passo da Juliana, Lagoa 
Vermelha, Passo do Guedes, Santa Maria Chica, Picada do Aipo, Ibirapuitã, Carajazinho, Ibicuí 
da Armada, Uruguiana, Poncho Verde, Parada Chagas, Marco do Lopes, Capão Bonito, Passo 
do Mendonça, Erebango, Desvio Giareta, Morro Pelado, Vapor Velho, Capão Alto, Vista Alegre, 
Quatro Irmãos, Quaraí e Pelotas.
Com a intermediação do ministro da Guerra, o general de divisão Fernando Setembrino de 
Carvalho, em 7 de novembro de 1923, foi assinado um acordo provisório de armistício e, em 
14 de dezembro, foi assinado o Pacto de Pedras Altas, que marcou o fim do movimento e impôs 
mudanças na Constituição Estadual de 1891, estabelecendo a impossibilidade de reeleição.
1923 - Serviço de Aviação
Em um contexto de instabilidade provocada pela Revolução Assisista, o coronel Massot viu uma 
nova oportunidade retomar sua proposta. Assim, em 28 de maio de 1923, teve início o Serviço 
de Aviação da Brigada Militar, com a aquisição de dois aviões Breguet 14 pela Secretaria de 
Estado dos Negócios das Obras Públicas. As aeronaves receberam a identificação de BM-1 e BM-
2. O campo de aviação foi instalado na várzea do Gravataí e possuía uma pista de 600 metros, 
dois hangares, escritório, oficinas, corpo da guarda e alojamentos. Noêmio Ferraz, ex-sargento-
aviador do Exército, foi contratado paras as missões de voo e Osório Oliveira Antunes como 
observador aéreo, sendo atribuído a ambos o posto de alferes.
Os aviões BM-1 e BM-2foram equipados com metralhadoras, fuzis e lançadores de bombas, 
à semelhança dos aeroplanos utilizados na Primeira Guerra Mundial e seu primeiro voo foi 
realizado, no dia 30 de maio de 1923, sobre a cidade de Porto Alegre e proximidades.
Transcorrido algum tempo, as metralhadoras foram retiradas, pois deveriam ser utilizadas 
apenas em combates aéreos. As bombas, construídas pela Brigada Militar, só produziam efeito 
moral e destinavam-se a espantar as montarias, deixando as tropas inimigas confusas e a pé.
Durante a Revolução de 1923, os aviões da Brigada Militar receberam a missão de observar a 
movimentação das tropas no Estado, fazer o reconhecimento do terreno e prestar informações.
O Serviço de Aviação teve duração efêmera e, em 9 de agosto, ao retornar de um voo de 
reconhecimento na região de Cachoeira do Sul, São Sepé e Caçapava do Sul, o avião BM-1 
sofreu uma pane, incendiou no ar e caiu. O piloto, alferes Noêmio Ferraz, com sérios ferimentos 
e queimaduras, foi projetado da aeronave e sobreviveu; enquanto o observador, alferes Osório 
de Oliveira Antunes ficou totalmente carbonizado.
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
11
Em consequência, os voos passaram a ser realizados pelo BM-2 que, pouco mais tarde, 
apresentou defeitos e, por falta de recursos para os reparos, suscitou a suspensão do Serviço de 
Aviação, em janeiro de 1924.
1924
Mal havia acabado a Revolução Assisista quando irrompeu em São Paulo a segunda grande 
revolta tenentista. O movimento, deflagrado no dia 5 de julho, data do segundo aniversário da 
Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, reuniu elementos amotinados do Exército e da Força 
Pública Paulista, que queriam depor o presidente Arthur Bernardes e estabelecer um governo 
provisório que convocasse outra assembleia para redigir uma nova Constituição.
A capital paulista foi ocupada fazendo com que, poucos dias depois, o presidente do Estado 
abandonasse o Palácio dos Campos Elíseos, sede do governo, refugiando-se na estação de 
Guaiaúna, sob a proteção das forças legais do Exército. Em consequência, o ministro da 
Guerra e os generais mandaram bombardear a cidade para desalojar os revoltosos, atingindo 
os bairros mais pobres da Capital e deixando um grande número de mortos e feridos, além de 
consideráveis danos materiais.
Diante da situação, Arthur Bernardes solicitou o apoio gaúcho para debelar a sedição e o 
presidente do Rio Grande do Sul criou um Grupo de Batalhões de Caçadores (GBC) integrado 
pelos 1º e 3º Batalhões de Infantaria e uma Companhia de Metralhadoras Pesadas da Brigada 
Militar, totalizando 1.106 homens que seguiram em direção a São Paulo no navio Poconé, da 
companhia de navegação Lloyd Brasileiro.
Depois de seis dias a bordo do navio, o GBC desembarcou no porto do Rio de Janeiro, onde foi 
recebido por representantes da presidência da República, dos ministros da Guerra e da Justiça e 
outras autoridades; pelo ministro da Marinha e por um grande número de membros da colônia 
sul-rio-grandense que residia na capital federal. Depois de receber o material bélico necessário 
para a operação, o GBC partiu para São Paulo em composições da Estrada de Ferro Central do 
Brasil.
O GBC chegou a Guaiaúna, na periferia de São Paulo, e foi incorporado às tropas federais 
legalistas, ao lado da Força Pública de São Paulo. Depois de mais de 18 horas sem se alimentar, 
seus homens receberam parca ração de café e pão e partiram para o teatro de operações.
Em decorrência da ocupação da cidade de São Paulo, muitas famílias abandonaram seus lares e 
procuraram refúgio longe dos locais de combate, enfrentando uma série de dificuldades. Diante 
de um grande número de idosos, mulheres e crianças pedindo alimentos, os integrantes do GBC 
dividiram quase toda a ração de pão e leite que possuíam, demonstrando um grande espírito de 
solidariedade e de amor ao próximo.
Ao retornar de São Paulo, o Grupo de Batalhão de Caçadores encontrou um movimento 
na fronteira ao sul do Estado. Foi precisamente em decorrência desse encontro, que ficou 
conhecido pelo nome de Combate da Conceição, ocorrido no dia 22 de novembro de 1924, que 
o 2º Regimento de Cavalaria registrou um dos mais significativos episódios de sua história, ao 
lado do 15º Corpo Auxiliar. Na ocasião, uma coluna rebelde, sob as ordens do caudilho Honório 
Lemos, tentou convulsionar novamente o Rio Grande do Sul, praticando ataques e depredações 
nos próprios nacionais de Saicã, sendo derrotada pelas forças estaduais. Vários outros combates 
ocorreram no Estado, onde destacamos: Guassu-boi, Tupanciretã, Santo Ângelo, São Luiz 
Gonzaga e Ramada (o confronto mais importante, no município de Palmeira das Missões).
12
1925
Em 22 de outubro de 1925, o coronel Claudino Nunes Pereira assumiu o Comando-Geral da 
Brigada Militar.
Em virtude da movimentação da Coluna Miguel Costa - Prestes, o Governo Federal solicitou 
apoio do Rio Grande do Sul para persegui-la. Por conseguinte, a Brigada Militar formou um 
destacamento que perseguiu a Coluna do Mato Grosso até Goiás. Mais tarde, foi organizado o 
Destacamento Travassos, com integrantes do 3º Batalhão de Infantaria, uma ala do 21º Corpo 
Auxiliar, um pelotão do Grupo de Metralhadoras e outro do 1º Regimento de Cavalaria, que 
partiu de Porto Alegre, por via marítima, com destino à capital maranhense, onde integraria 
as Forças em Operações do Norte da República. O destacamento embarcou para o Piauí e, 
posteriormente, para o Ceará. Durante a perseguição, seus homens enfrentaram a escassez 
de animais de montaria e de carga, operando em uma zona completamente devastada pelos 
revolucionários que lhe tinham retirado todos os recursos, tornando muito difícil a travessia
Além disso, 552 homens do 1º Batalhão de Infantaria seguiram para o Rio de Janeiro a fim 
de cooperar com a manutenção da ordem, enquanto um esquadrão da Escolta Presidencial 
acompanhou a comitiva de Getúlio Vargas até a capital federal e, depois de sua posse, 
permaneceu fazendo a guarda do Palácio do Catete.
O movimento teve a duração de apenas 21 dias, culminando com a instalação de um governo 
provisório ditatorial, sob a direção de Getúlio Vargas, marcando o fim da política do café com 
leite, que alternava candidatos de São Paulo e Minas Gerais na presidência; o declínio das 
oligarquias estaduais; e o início da República Nova.
1932
Após a Revolução de 1930, o governo provisório de Vargas suscitou uma insatisfação muito 
grande, principalmente no estado de São Paulo. Os paulistas esperavam a convocação de 
eleições, mas dois anos se passaram e o governo provisório se mantinha. Diante disso, os 
fazendeiros paulistas, que tinham perdido o poder e eram os mais insatisfeitos, deram início a 
uma forte oposição ao governo Vargas, com o apoio de estudantes universitários, comerciários 
e profissionais liberais.
Enquanto o movimento ganhava apoio popular, o governo provisório mobilizou 
aproximadamente 35 mil homens do Exército, Marinha, polícias militares e corpos provisórios. A 
Brigada Militar integrou a frente Sul, com 2.393 homens, ao lado das polícias de Santa Catarina 
e Paraná.
Em São Paulo, as tropas da frente sul participaram do combate em Buri, onde o tenente-
coronel Apparício Gonçalves Borges, comandante do 1º BI, tombou à frente de sua unidade.
Quando o major Camillo Diogo Duarte assumiu interinamente o comando do batalhão, após 
a morte do tenente-coronel Apparício Borges, recebeu um documento do comandante da 
Vanguarda das Forças Ordinárias do Sul, da qual o 1º BI fazia parte, onde dizia: “o elemento 
férreo parece não estar mais somente no território, mas nas veias de cada combatente (...) que 
vive nas linhas, morre nos trilhos e é sepultado ao lado deles. É um batalhão de homens de 
ferro, verdadeiros heróis que seria longo enumerar”. Esse é o motivo pelo qual o 1º Batalhão de 
Polícia Militar (antigo 1º BI) é chamado de Batalhão de Ferro.
Em 06 de outubro de 1932, o tenente-coronel do Exército João de Deus Canabarro Cunha 
assumiu o Comando-Geral da Brigada Militar.ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
13
1934
Em 20 de setembro de 1934, foi inaugurada, em frente ao quartel do 1º Batalhão de Infantaria, 
na Chácara das Bananeiras, um monumento em homenagem ao coronel Apparício Gonçalves 
Borges e aos soldados que tombaram no combate do Buri, em São Paulo, durante a Revolução 
Constitucionalista. O monumento foi projetado por Francis Pelichek e executado por ele e pelo 
escultor Vitório Livi.
Nesse mesmo ano, foi criada a 1ª Companhia Rodoviária, em Santa Cruz do Sul, oriunda do 
extinto 8º Batalhão de Infantaria da Reserva. Inicialmente, seu efetivo foi empregado na 
supervisão do trabalho realizado pelos detentos, durante a construção da estrada Rio Pardo-
Encruzilhada. Porém, somente em 1967 a Brigada Militar recebeu a incumbência de realizar 
policiamento ostensivo, patrulhamento e fiscalização nas rodovias estaduais. No mesmo ano, 
foi criada a Companhia de Policiamento Rodoviário, em Viamão, que mais tarde, daria lugar ao 
Batalhão de Polícia Rodoviária.
Após a reorganização do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), ocorreu a 
reestruturação do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DAER) no Estado e, no 
final de 1953, foi criada a Polícia Rodoviária do DAER, integrada por funcionários daquele 
Departamento que faziam o policiamento rodoviário das estradas estaduais do Rio Grande do 
Sul. Em 02 de maio de 1967, o policiamento rodoviário do Estado foi incorporado à Brigada 
Militar, que passou a ter a competência de executar, com exclusividade, o policiamento 
rodoviário nas rodovias estaduais, sendo responsável por cumprir e fazer cumprir a legislação 
de trânsito, impor e arrecadar multas decorrentes de infrações de trânsito e fazer estatísticas. 
Na ocasião, os funcionários do DAER puderam optar em permanecer no Departamento ou se 
incorporar ao Batalhão Rodoviário da Brigada Militar.
1935
No ano de 1935, as companhias seguradoras que mantinham o Corpo de Bombeiros, desde 
o final do século XIX, perderam a condição financeira para a aquisição de equipamentos mais 
modernos, fundamentais para a atividade de combate ao fogo. Assim, a 27 de junho do mesmo 
ano, o Corpo de Bombeiros foi integrado à Brigada Militar.
Diante disso, a Brigada Militar intensificou as atividades de policiamento ostensivo e, a partir da 
década de 1950, foram destacadas frações operacionais para as principais praias do litoral.
1937-1938
Em 11 de novembro de 1937, o coronel Agenor Barcellos Feio assumiu o Comando-Geral da 
Brigada Militar, permanecendo até o dia 16 de dezembro de 1838, quando transmitiu o cargo ao 
coronel Angelo de Melo.
1940
Nos primeiros dias de março de 1940, no Campo de Instrução de Saicã, em Rosário do Sul 
(região central do Rio Grande do Sul), a Brigada Militar participou das manobras coordenadas 
pelo Estado-Maior do Exército, com um esquadrão do 4º Regimento de Polícia Montada, efetivo 
do Centro de Instrução Militar e dos Batalhões de Caçadores com sede em Porto Alegre.
Durante as manobras, que possuíam objetivo de promover o aperfeiçoamento profissional da 
tropa, os generais de divisão Eurico Gaspar Dutra, ministro da Guerra, Pedro Aurélio de Góis 
14
Monteiro, chefe daquele órgão, e Almério de Moura, inspetor do 2º Grupo de Regiões Militares, 
compareceram no local a fim de acompanhar parte dos exercícios.
O acampamento da Brigada Militar recebeu a visita do presidente da República, Getúlio Vargas, 
acompanhado pelos coronéis Osvaldo Cordeiro de Farias, interventor Federal no Rio Grande do 
Sul, e Ângelo de Melo, comandante-geral.
Integrando a programação das atividades alusivas ao Dia do Soldado, ocorreu a inauguração 
do Estádio General Cypriano, no dia 01 de setembro de 1940, com a presença do interventor 
federal no Estado, do chefe de polícia, do arcebispo metropolitano e de outras autoridades civis 
e militares. A solenidade foi transmitida pela Rádio Farroupilha, que instalou seus microfones 
no local.
Após a abertura das festividades, feita pelo general Estevão Leitão de Carvalho, o capitão Hélio 
Peres Braga, diretor de Estudos do Centro de Instrução Militar (CIM), proferiu um discurso 
enaltecendo Luiz Alves de Lima e Silva, o glorioso Caxias, Patrono do Exército Brasileiro, e 
conclamando os alunos do CIM a seguirem seu exemplo, pois o presente e o futuro do Brasil 
dependiam da dedicação patriótica de cada um.
Ao término do discurso, o coronel Osvaldo Cordeiro de Farias, interventor federal, declarou 
inaugurado o Estádio General Cypriano, passando a palavra ao capitão Cícero Krás Borges, que 
fez o discurso inaugural. Iniciou, lembrando que a busca pelo aperfeiçoamento do ser humano 
perdura desde a civilização helênica; afirmou que “a educação física, como ciência biológica 
exata, desempenha um papel importantíssimo no aperfeiçoamento da saúde e revigoramento 
das forças psicofísicas”. Enfatizou, ainda, que por meio de uma educação moral e cívica é possível 
fortalecer um povo. Para o oficial, a educação intelectual prepara e dirige a educação moral e 
a educação física. Enquanto a educação moral auxilia o ser humano a dirigir seus esforços na 
busca de objetivos elevados, úteis e nobres; a educação física capacita o ser humano a realizar, 
de forma completa e perfeita, todas as suas necessidades.
Salientou que o equilíbrio fisiológico e psicológico, fundamentais ao ser humano, são um 
resultado paralelo entre o desenvolvimento do cérebro e do corpo. Afirmou que o exercício 
físico é o meio pelo qual os homens desenvolverão e manterão suas qualidades físicas naturais.
Depois de fazer referência à criação da Escola Nacional de Educação Física, que ocorreu em 
1939, Krás Borges afirmou que “o Rio Grande do Sul, pioneiro nas campanhas de nacionalização 
e do ensino primário do Estado Novo, já tem em pleno funcionamento a sua escola de educação 
física”, referindo-se à Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 
fundada em 06 de maio de 1940 (a quarta do país, depois de São Paulo, Espírito Santo e Rio de 
Janeiro).
Cabe salientar que a ESEF (Escola de Educação Física), inicialmente, não possuía sede própria e 
desenvolvia suas aulas de “educação física geral, desportos terrestres individuais e coletivos” 
no Estádio General Ramiro Souto; e as aulas de ginástica rítmica no Salão de Ginástica do 
Ginásio Bom Conselho. A partir daí, é possível concluirmos que a Brigada Militar, sempre 
preocupada com o preparo do seu efetivo, inaugurou um dos primeiros ginásios de Porto 
Alegre, senão o primeiro.
A construção do Estádio General Cypriano teve início no ano de 1936, durante o comando do 
Coronel João de Deus Canabarro Cunha, e foi supervisionada pelo capitão Cícero Krás Borges. 
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
15
As obras tiveram o apoio do DAER, que cedeu, em agosto de 1938, seus tratores para fazerem o 
nivelamento e a drenagem do local.
Nas dependências do estádio, logo após sua inauguração, foi instalado um gabinete de 
biometria, que possuía o equipamento “mais moderno do gênero”, o qual foi adquirido na firma 
Alberto de Araújo & Cia, no Rio de Janeiro.
O Estádio General Cypriano destinava-se a proporcionar à tropa o vigor físico, fundamental para 
a superação das adversidades nos campos de batalha, principalmente se considerarmos que 
a Brigada Militar era uma força de reserva do Exército, treinada à semelhança deste, sempre 
pronta para o emprego imediato em qualquer tipo de conflito.
Durante a realização da Universíade 1963, um dos maiores eventos esportivos realizados em 
Porto Alegre, o Estádio das Bananeiras, como foi chamado, foi utilizado para o treinamento de 
todas as modalidades de atletismo, cujas provas seriam realizadas, no Estádio Olímpico.
No portão de entrada do Estádio General Cypriano é possível apreciarmos uma das quatro 
reproduções da obra do escultor Adloff, que é uma réplica do “Discóbulo de Miron”. Com esse 
trabalho, Adloff participou de uma das tantas exposições realizadas na década de 20 e foi muito 
bem sucedido. As outras três reproduçõesforam instaladas no Instituto Porto Alegre (IPA), no 
Ginásio da SOGIPA e nas piscinas do Clube União.
1941
Na primeira quinzena de maio de 1941, Porto Alegre vivenciou uma de suas mais graves 
inundações provocadas pela elevação das águas do Lago Guaíba, que alagou o Centro da cidade 
e diversos bairros. Consequentemente, o Regimento Bento Gonçalves (RBG) iniciou o serviço de 
socorro aos flagelados, salvando pessoas, animais e parte dos bens dos moradores dos bairros 
São João e Cristal. "Naquele ano, a chuva começou na Quinta-Feira Santa, dia 10 de abril, e 
choveu por três semanas seguidas. O Guaíba atingiu o ponto máximo de 4,75 metros acima do 
nível normal em 8 de maio, deixando 70 mil flagelados". Duzentas pessoas morreram.
As vítimas da enchente receberam alimentação, fornecida pelo rancho do RBG; assistência 
médica e medicamentos, disponibilizados pelo Hospital da Brigada Militar e pelo 
Departamento Estadual de Saúde. Foram atendidos 148 flagelados, dos quais 79 ficaram 
alojados no regimento e 88 receberam alimentação durante dois dias. Porém, no dia 05 de maio, 
as instalações do RBG também estavam totalmente inundadas, fazendo com que seu efetivo, 
armamento e material precisassem ser transferidos para as “baias e depósitos de veículos”. 
Os flagelados foram levados para o Grupo Escolar Rafael Pinto Bandeira, instalado em um 
próprio da Brigada Militar no bairro Cristal. No dia seguinte, dois pelotões do RBG precisaram 
ser transferidos para o quartel do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), na Rua 
Correa Lima, no bairro Menino Deus. Após a enchente, apenas a parte de alvenaria pode ser 
aproveitada.
1942
Durante a II Guerra Mundial, ocorreram inúmeras manifestações públicas contra os países do 
Eixo. No dia 13 de março de 1942, no 4º Distrito, na zona norte de Porto Alegre, os moradores 
saíram às ruas e, em sinal de protesto, arrancaram os nomes de cinco ruas cujos nomes eram 
uma homenagem aos países do Eixo, substituindo-as por placas com os nomes dos navios 
brasileiros afundados até aquele momento. No dia seguinte, as manifestações ocorreram no 
16
Centro da Capital. Por conseguinte, a Brigada Militar precisou dispersar os manifestantes, 
impedindo que as depredações prosseguissem
À medida que se intensificavam os ataques de submarinos alemães e italianos contra navios 
brasileiros, aumentavam as manifestações contra os países do Eixo.
Em Rio Grande e Pelotas, os estabelecimentos comerciais, hotéis e casas de diversão que 
possuíam designações germânicas ou italianas, bem como as residências de alemães e italianos 
foram atacados. As cidades de Bagé, Santa Maria, Rio Pardo, Montenegro e São Leopoldo foram 
palco de comícios contra o Eixo. Em consequência, a Corporação atuou na manutenção da 
ordem pública.
Nesse contexto, a Brigada Militar manteve, também, um contingente destacado, guarnecendo 
os depósitos de petróleo localizados na margem direita do rio Gravataí, o aeroporto, as oficinas 
da Fábrica Renner e a Cervejaria Continental.
1945
No dia 06 de novembro de 1945, o coronel Justino Marques de Oliveira, comandante-geral 
interino da Brigada Militar, desde dezembro de 1944, assumiu efetivamente o Comando da 
Corporação.
No dia 06 de novembro de 1945, o coronel Justino Marques de Oliveira, comandante-geral 
interino da Brigada Militar, desde dezembro de 1944, assumiu efetivamente o Comando da 
Corporação.
1953
Em 20 de outubro de 1953, o coronel Affonso Emílio Massot foi instituído patrono da Brigada 
Militar em virtude de ter sido o comandante-geral que dedicou a maior parte de sua existência 
ao serviço do Estado e da Corporação; por ter, no posto de capitão e de major, no comando 
do 2º Batalhão de Infantaria da Reserva, prestado relevantes serviços, durante a Revolução 
Federalista, fazendo com que o Governo Federal lhe concedesse as honras de tenente-coronel 
honorário do Exército; por sua atuação serena e enérgica no comando do 2º Batalhão de 
Infantaria e no Comando-Geral da Brigada Militar, que contribuíram decisivamente para elevar 
o conceito da Corporação; por sua preponderante atuação nos trabalhos de mobilização das 
tropas na Revolução Assisista, no Rio Grande do Sul, e na Revolução de 1924, em São Paulo; por 
seus atos, conselhos e pelo seu exemplo.
1955
No dia 04 de fevereiro de 1955, o coronel Ildefonso Pereira de Albuquerque assumiu o Comando-
Geral da Brigada Militar.
Em 12 de agosto de 1955, foi criada a Companhia Pedro e Paulo, em caráter experimental, adida 
ao 1º Batalhão de Caçadores. Essa Companhia desenvolvia suas atividades de policiamento em 
duplas, aos moldes do que vinha sendo realizado em grandes metrópoles, como Paris, Inglaterra, 
São Paulo e Rio de Janeiro. Seu nome foi uma homenagem aos padroeiros do Rio Grande do Sul.
Para integrar a Companhia Pedro e Paulo foi realizado um rigoroso processo de seleção entre 
o contingente da BM, onde eram considerados o biotipo, grau de escolaridade, boa conduta 
e apresentação pessoal. Depois, os candidatos escolhidos pelos oficiais da Corporação eram 
submetidos a uma rígida avaliação física, médica e psicotécnica (esta realizada na Faculdade de 
Medicina de Porto Alegre).
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
17
Concluído o processo de seleção, os policiais eram submetidos a um programa de treinamento 
para aperfeiçoamento e melhor desempenho da função policial, com duração de quatro meses, 
com aulas de instrução geral e moral, instrução policial, trânsito, educação física, ordem unida, 
armamento e maneabilidade. O treinamento técnico-profissional era voltado para a legislação 
específica, principalmente trânsito, além da grande preocupação com o atendimento ao público.
Concluído o período de treinamento, os integrantes da Companhia Pedro e Paulo foram lançados 
oficialmente no serviço de policiamento de Porto Alegre, em 27 de janeiro de 1936. Inicialmente, 
desenvolviam suas atividades no aeroporto, rodoviária e estação férrea ampliando.
As primeiras duplas empregadas no policiamento ostensivo, antes de serem lançadas no 
terreno, fizeram o juramento: “Prometo não esquecer que sou um policial em serviço e que a 
sociedade tem em mim um guardião da ordem!”.
Aos poucos, os Pedro e Paulo foram conquistando a simpatia da população. Durante o desfile 
cívico-militar, em 20 de setembro de 1956, quando se apresentaram ao público com um 
fardamento diferente daquele utilizado pela Corporação, foram calorosamente aplaudidos.
No ano de 1958, em decorrência de uma proposta encaminhada pelo Comando-Geral da 
Brigada Militar, o engenheiro Ildo Menegheti, governador do Estado, fortaleceu o serviço de 
policiamento do Estado, criando o Batalhão Pedro e Paulo, que manteve o mesmo sistema de 
policiamento em duplas.
O Batalhão Pedro e Paulo teve suas atividades ampliadas e passou a realizar o policiamento 
parcial de Porto Alegre, no porto, na Secretaria da Fazenda, em presídios e cadeias civis, serviços 
judiciários e outros encargos correlatos.
Na década de 1960, os “Pedro e Paulo” iniciaram suas atividades no interior do Estado.
1956
O coronel Walter Peracchi Barcellos, comandante-geral da Brigada Militar, encaminhou uma 
proposta de transformação do 1º Regimento de Cavalaria (1º RC) em Regimento de Polícia 
Rural Montada, em 1948, destacando que a distância entre vilas e povoados, fazendas e 
ranchos, facilitava a incidência de crimes, principalmente o abigeato e o contrabando. No 
entanto, inicialmente verificou-se apenas a criação de um Esquadrão de Polícia Rural para atuar, 
principalmente, na região da fronteira, onde o contrabando e o abigeato eram intensos.
Algum tempo depois, em 29 de novembro de 1955, a proposta foi acolhida e, em janeiro do 
ano seguinte, foi efetivada a transformação do 1º RC em Regimento de Polícia Rural Montada 
(RPRM), com esquadrões em Santa Maria, Alegrete, Tupaciretã, Farroupilha e Pelotas.
Dentre as missões do RPRM destacavam-se a vigilância preventiva e as primeiras providências 
de caráter repressivo no interior dos municípios,em colaboração com a autoridade policial; 
visitas periódicas a lugares remotos, para entrega de correspondência e prestação de serviços 
assistenciais; auxílio a moradores de regiões mais isoladas, em caso de acidente ou moléstia; 
solicitação de médicos ou medicamentos, pelo rádio ou outros meios de comunicação; 
condução dos médicos, enfermeiros, parteiras, veterinários ou medicamentos para regiões de 
difícil acesso, em caso de necessidade; aviso às autoridades sanitárias em caso de epidemia, 
colaborando quando requisitado; assistência e auxílio à população flagelada, em caso de 
calamidade pública; medidas preventivas contra o fogo e combate a incêndios em matas; e 
auxílio nos serviços florestal, caça e pesca, de estatística e de proteção aos índios. Em 30 de 
setembro de 1956, ocorreu a instalação solene do Regimento de Polícia Rural Montada, em 
18
Santa Maria, que ficou conhecido como abas largas, em decorrência do chapéu utilizado por 
seus integrantes.
No dia 08 de maio de 1956, foi criado o Serviço de Relações Públicas da Brigada Militar.
1959-1960
Em 31 de janeiro de 1959, o coronel João Carvalho Carpes assumiu o Comando-Geral da 
Corporação, transmitindo o cargo, em 24 de fevereiro do ano seguinte, ao coronel Diomário 
Moojem.
No dia 03 de dezembro de 1960, ocorreu a primeira edição do Festival Hípico Noturno, que se 
desenvolveu ao longo de 15 dias.
O Festival foi organizado pelo tenente-coronel Átila Escobar, comandante do 4º RPMon, e um 
grupo de oficiais, com o intuito de inaugurar a carrière da Unidade, inicialmente de areia. Seu 
principal objetivo era o congraçamento entre os apreciadores do hipismo.
Na primeira noite de competições, foram realizadas duas provas, a primeira chamada de “Coronel 
Venâncio Batista”, destinada apenas aos oficiais da Corporação, e a segunda, denominada de 
“Coronel Péricles Pujol”, destinada aos oficiais do Exército Brasileiro e da Brigada Militar e aos 
cavaleiros civis.
Além de ter marcado a história do 4º RPMon, o 1º Festival Hípico Noturno marcou a história da 
Brigada Militar e do hipismo gaúcho, uma vez que passou a figurar anualmente no calendário 
hípico de Porto Alegre, divulgando o esporte e reunindo equitadores de todo o Brasil e de países 
vizinhos.
Está subordinado à Federação Gaúcha dos Esportes Equestres (FGEE) e à Confederação Brasileira 
de Hipismo (CBH), diretamente ligada à Federação Equestre Internacional (FEI).
1961
Em 27 de julho de 1961, foi criado, no 4º Regimento de Polícia Montada, o Pelotão Especial 
de Batedores Motociclistas, com a finalidade de fazer o serviço de escolta e segurança do 
governador do Estado e de autoridades visitantes.
No cenário nacional, após derrotar o marechal Henrique Lott e Ademar de Barros, Jânio Quadros 
assumiu a presidência da República, em janeiro de 1961. Em seguida, anunciou a retomada 
das relações diplomáticas com a União Soviética, desagradando à cúpula de seu partido. Em 
agosto, condecorou Ernesto Che Guevara com a ordem do Cruzeiro do Sul, aumentando o 
descontentamento. Ao mesmo tempo, nos EUA, o Jornal The New York Times, publicou que 
Jânio Quadros era um homem a ser observado, devido às relações que mantinha com os 
governos cubano e socialista soviético, e o seu provável reconhecimento do regime da China 
Vermelha.
Para agravar a situação do Governo, no início de agosto de 1961, o vice-presidente João Goulart 
(Jango), foi à China Popular tentar estabelecer relações diplomáticas e comerciais com aquele 
país. Embarcou de Paris rumo a Pequim, passando por Moscou. Na China, reuniu-se com o 
presidente Mao Tsé-Tung.
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
19
Enquanto isso, no Brasil, em 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou ao cargo de 
presidente da República e os ministros militares tentaram impedir a posse de Jango. Por 
conseguinte, iniciaram as manifestações simpáticas à Legalidade, porém, foram reprimidas em 
todos os Estados brasileiros.
No Rio Grande do Sul, ao tomar conhecimento dos fatos, o governador Leonel Brizola iniciou 
um movimento de resistência em defesa da legalidade, ou seja, pela posse de João Goulart. De 
prontidão, a Brigada Militar assumiu todas as posições consideradas estratégicas.
O Regimento Bento Gonçalves, responsável pela segurança do Palácio Piratini, recebeu reforço 
de outras unidades da Corporação, sob o comando do coronel Átila Escobar. Todo o efetivo 
disponível que se encontrava destacado nos municípios vizinhos foi empregado nas posições 
que o Estado-Maior da Brigada Militar entendeu conveniente.
Logo após a renúncia de Jânio Quadros, o governador Leonel Brizola requisitou a Rádio 
Guaíba e seus pronunciamentos passaram a ser ouvidos em todo o Brasil. Com isso, outras 
emissoras foram unindo-se à Rádio da Legalidade, surgindo a Rede Nacional da Legalidade. 
As atividades radiofônicas foram centralizadas nos porões do Palácio Piratini e, para assegurar 
as suas transmissões, a Brigada Militar enviou seus homens para guarnecerem as antenas da 
Rádio Guaíba, na Ilha da Pintada. Todas as medidas adotadas por Brizola criaram um estado de 
exaltação coletiva no Estado. Grande parte da população civil foi para as ruas, concentrando-se, 
principalmente, à volta do Palácio do Governo.
Em cumprimento a determinações do Ministro da Guerra, foram montadas pelo III Exército, 
por duas vezes, operações para desmantelar a Cadeia da Legalidade. Entretanto, temendo que 
qualquer reação viesse a desencadear uma guerra civil, o Gen Machado Lopes, comandante do 
III Exército, determinou que ambas fossem sustadas. O Palácio Piratini e as áreas adjacentes se 
transformaram numa verdadeira cidadela. As torres da Catedral foram ocupadas com ninhos de 
metralhadoras. Pilhas de sacos de areia formaram barricadas onde havia necessidade
A BM, que passava por um momento de transição, pois seus homens, antes preparados 
exclusivamente para a guerra, iniciavam o serviço de policiamento, atuou como força de 
sustentação da autoridade do governador Leonel Brizola contra o veto dos Ministros Militares à 
posse de João Goulart.
1963
No dia 31 de janeiro de 1963, o coronel Octávio Frota assumiu o Comando-Geral da Brigada 
Militar.
Em julho de 1963, foi lançado o longa-metragem “Abas Largas”, em reconhecimento aos serviços 
prestados pela polícia rural montada à população do interior do Estado. O filme foi baseado nos 
relatórios das atividades do Regimento de Polícia Rural Montada, com sede em São Gabriel, 
para conter o abigeato na fronteira. As filmagens ocorreram na sede do 1º RPRMon, em Santa 
Maria, e na fazenda Philipson, da Brigada Militar, localizada em Itaara.
Entre 30 de agosto e 08 de setembro de 1963, Porto Alegre foi sede da III Universíade, 
considerada, na época, a segunda maior competição esportiva em importância mundial, 
perdendo apenas para os Jogos Olímpicos. Na ocasião, a cidade recebeu aproximadamente 700 
atletas oriundos de 27 países. Para a realização do evento, Porto Alegre recebeu modificações, 
pois as provas foram realizadas em diferentes pontos da cidade.
O Ginásio da Universíade foi a principal obra construída para a realização das competições.
Segundo Halpern, em artigo publicado pela Folha Esportiva, “a construção do Ginásio da 
Universíade deu início à fase dinâmica dos preparativos”. A obra foi uma parceria entre diversos 
departamentos do governo do Estado e contou, ainda, com a participação da prefeitura de 
Porto Alegre.
20
O Ginásio Universíade foi construído em um terreno localizado em frente ao quartel do Corpo de 
Bombeiros da Brigada Militar. A construção teve início no dia 24 de maio de 1963 e foi concluída 
em 92 dias, sendo entregue aos organizadores dois dias antes da abertura da Universíade.
Além dos engenheiros Irany Frainer e Abrahão Nudelmenn, responsáveis pela obra, havia 
mais 15 engenheiros, cedidos por outros órgãos e empresas, trabalhando voluntariamente. 
As obras foram acompanhadas, também, pelo diretor de basquete da Universíade, que cuidou 
de cada um dos detalhes, desde as acomodaçõespara a imprensa e autoridades até a pintura 
das quadras. Uma das grandes novidades do ginásio foi a instalação de placares eletrônicos e 
tabelas de vidros, utilizadas, até então, somente no Rio de Janeiro e São Paulo.
Conforme ofício encaminhado pela Secretaria de Estado das Obras Públicas, no dia 26 de 
agosto de 1963, ao comandante-geral da Brigada Militar, o Pavilhão-Ginasium foi entregue à 
Corporação, no dia 29 de agosto do mesmo ano, visto as obras terem sido concluídas antes 
do tempo previsto pelo órgão executor do programa de prédios públicos, graças ao apoio 
dado pela Corporação. Na mesma solenidade, o comandante-geral fez a cessão do Ginásio 
ao Comitê Executivo da Universíade para a realização da competição mundial universitária-
desportiva. Com a entrega do ginásio à Brigada Militar, esta teve um velho anseio atendido. A 
solenidade de inauguração e entrega do Ginásio à Brigada Militar, contou com as presenças do 
governador do Estado, Ildo Meneghetti; do secretário de Obras, engenheiro João Magalhães 
Filho; do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Octávio Frota; e do presidente do Comitê 
Executivo, Henrique Halpern.
Com capacidade para sete mil espectadores, o Ginásio Universíade serviu de sede para as 
competições de basquete dos Jogos Mundiais Universitários quando a equipe brasileira 
consagrou-se campeã.
Somente no ano de 1969, o Ginásio de Esportes da Brigada Militar teve sua estrutura 
administrativa organizada, conforme relatório apresentado pelo seu diretor, primeiro-tenente 
Eron Beresford, em 1971. Em sua estrutura organizacional possuía: secretaria, sargenteação, 
almoxarifado, setor de material esportivo, setor de condicionamento físico, além da sauna e do 
bar que arrecadavam recursos para a construção das dependências que ainda eram necessárias 
ao referido complexo esportivo.
1964
A Companhia de Segurança foi criada, em 10 de março de 1964, subordinada ao 3º Batalhão 
de Polícia Militar, com a missão de executar o patrulhamento militar da guarnição de Porto 
Alegre, guardas de honra e serviços especiais. Em 1º de setembro do mesmo ano, tornou-se 
independente, subordinada ao Estado-Maior da Brigada Militar, e recebeu a denominação de 
Companhia de Policiamento Militar.
Mais tarde, em 13 de agosto de 1974, passou a ser chamada de Companhia de Polícia de 
Choque. Entretanto, diante do crescimento populacional do Estado, a Corporação realizou uma 
significativa adequação estrutural e, em 20 de novembro de 1981, foi criado o Batalhão de 
Polícia de Choque (BPChq).
No cenário nacional, durante um comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, o presidente 
João Goulart, anunciou medidas que nacionalizavam refinarias de petróleo e desapropriavam 
áreas rurais para fins de reforma agrária. Alguns setores da sociedade reagiram fortemente 
às reformas. Os empresários, militares e membros da sociedade temiam que tais medidas 
indicassem a implantação do comunismo no Brasil. Em consequência, os setores mais 
conservadores da sociedade reagiram com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 
São Paulo, reunindo milhares de pessoas em oposição a Jango.
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
21
A radicalização política se intensificou até o dia 31 de março de 1964, quando um movimento 
civil-militar derrubou o presidente João Goulart.
Durante o movimento, foi realizada a Operação Farroupilha, quando o Governo Estadual, a 
Casa Civil, a Casa Militar e alguns dos seus secretariados foram transferidos para Passo Fundo, 
ficando sediados no quartel do 2º Batalhão Policial por três dias. A Brigada Militar realizou, 
ainda, atividades de controle de tumulto em diversas ocasiões.
1967
No dia 31 de janeiro de 1967, o coronel Nabuco Rodrigues Martins assumiu o Comando-Geral 
da Brigada Militar.
Em 08 de maio do mesmo ano, foi criada a Companhia de Policiamento Radiomotorizado (Cia 
PRM) em Porto Alegre, em substituição à Divisão de Rádio Patrulha da Guarda Civil (DRP), que 
havia sido extinta. O serviço iniciou com 11 viaturas Rural Willis, oriundas de unidades do interior 
do Estado, equipadas com rádio transmissor-receptor, com uma estação de comando localizada 
no Quartel do Comando-Geral. Era executado por 70 alunos-sargento, até que os 100 homens 
recém-incluídos na Corporação concluíssem seu treinamento. Em seguida, foram entregues 11 
caminhonetes Chevrolet, com xadrez e equipamentos de rádio transmissor-receptor; e 10 Jeep 
com capota de aço e xadrez, oriundos da extinta DRP.
Durante o movimento, foi realizada a Operação Farroupilha, quando o Governo Estadual, a 
Casa Civil, a Casa Militar e alguns dos seus secretariados foram transferidos para Passo Fundo, 
ficando sediados no quartel do 2º Batalhão Policial por três dias. A Brigada Militar realizou, 
ainda, atividades de controle de tumulto em diversas ocasiões.
1967
No dia 31 de janeiro de 1967, o coronel Nabuco Rodrigues Martins assumiu o Comando-Geral 
da Brigada Militar.
No dia 26 de novembro de 1968, o coronel Iriovaldo Maciel de Vargas assumiu o Comando da 
Corporação.
Com o Decreto–Lei n.º 667, de 1969, a Brigada Militar recebeu a missão de realizar, com 
exclusividade, o policiamento ostensivo, onde o homem ou a fração empregada seriam 
identificados de relance pela farda, equipamento ou viatura, objetivando a manutenção da 
ordem pública.
1970-1971
Aos poucos, a população gaúcha foi criando o hábito de ir para o Litoral, durante o verão. 
No início, os banhos de mar tinham a finalidade terapêutica e eram indicados na profilaxia de 
certas doenças, por recomendação médica. A partir da década de 1920, entretanto, surgiu uma 
cultura ligada à apreciação do mar, que se intensificou nas décadas de 1930 e 1940, e gaúchos 
passaram a ir à praia também para se divertir. Em consequência, ocorreu a urbanização dos 
balneários marítimos e a transformação da paisagem no litoral gaúcho. Diante disso, a Brigada 
Militar intensificou as atividades de policiamento ostensivo e, a partir da década de 1950, 
foram destacadas frações operacionais para reforçar o policiamento nas principais praias do 
litoral, incluindo o contingente da Companhia Pedro e Paulo.
22
Num período mais remoto, a atividade de salva-vidas era realizada por um grupo de 
pescadores que, voluntariamente, permaneciam à beira-mar para resgatar os veranistas que 
corriam risco de afogamento. Mais tarde, as prefeituras das praias mantinham um corpo de 
salvamento integrado por moradores locais. Com o aumento de turistas no litoral, durante o 
verão, o então Corpo Marítimo de Salvamento da Marinha desenvolveu um curso de guarda-
vidas e, em 1970, um contingente do 8º Batalhão de Polícia Militar assumiu o serviço de 
salvamento, com o apoio de pescadores.
Por conseguinte, desde o veraneio de 1969/1970, a Brigada Militar realiza a Operação Golfinho, 
que concentra ações de policiamento nas praias gaúchas.
No período em que a sociedade gaúcha migra para a orla, entre os meses de dezembro e 
fevereiro, a Corporação acompanha esse deslocamento e mantém um aparato de segurança 
nas praias do Litoral Norte, Litoral Sul e nos balneários de águas interiores.
Em 17 de março de 1971, o coronel Clóvis Antônio Soares assumiu o Comando-Geral da Brigada 
Militar.
1974-1975
Em 09 de agosto de 1974, o coronel Aluízio Adrovando da Silva Fraga assumiu o Comando-Geral 
da Brigada Militar, permanecendo até o dia 18 de março de 1975, quando transmitiu o cargo ao 
coronel Jesus Linares Guimarães.
1978-1979
No dia 13 de março de 1978, o coronel Cândido José Ribas da Silva assumiu o Comando-Geral 
da Corporação, permanecendo até o dia 19 de março de 1979, quando transmitiu o cargo ao 
coronel Milton Weyrich.
1980
No ano de 1980, a Brigada Militar recebeu a visita da capitã Esther Reitman, de Bat Yam, e 
sargento Sara Toby, de Tel Aviv, da polícia de Israel. As policiais, que atuavam no policiamento 
de trânsito, demonstraram suas habilidades direcionando o tráfego intenso na esquina das 
Avenidas Venâncio Aires e Oswaldo Aranha, em frente ao Hospitalde Pronto Socorro de Porto 
Alegre; visitaram o Quartel do Comando-Geral, o 1º BPM e a Academia de Polícia Militar, entre 
outras atividades. As policiais foram acompanhadas pelo capitão Paulo Brochado Filho, da 
Brigada Militar.
Em julho de 1980, o Papa João Paulo II rezou sua primeira e única missa no Rio Grande do Sul, 
na rótula das avenidas José de Alencar e Érico Verissimo, reunindo mais de 330 mil pessoas, 
segundo publicação da imprensa, o que fez com que a Brigada Militar empregasse grande 
contingente no policiamento do local e adjacências.
Idealizado pelo coronel Oswaldo de Oliveira, na época comandante da Academia de Polícia 
Militar, o Colégio Tiradentes da Brigada Militar foi criado em janeiro de 1980, aos moldes 
do Curso de Formação de Oficiais da Brigada Militar (CFO), com o objetivo de preparar 
os adolescentes para o oficialato da Corporação. Por esse motivo possuía apenas alunos do 
sexo masculino. Com a inclusão das mulheres na Brigada Militar, a partir de 1989, o Colégio 
Tiradentes passou a aceitar alunas.
Para o ingresso na primeira turma do Colégio Tiradentes, não houve exame de seleção 
intelectual. Os candidatos realizaram apenas exames físico e psicológico. O exame de seleção 
intelectual foi realizado a partir de 1981. Posteriormente, foram criados Colégio Tiradentes em 
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
23
Passo Fundo (2006), Santa Maria e Pelotas (2008), Ijuí e Santo Ângelo (2009), e São Gabriel 
(2010).
1982
Em 09 de fevereiro de 1982, foi aprovada a proposta da Canção da Brigada Militar, com letra 
e música da professora Aristilda Antonieta Rechia e do 1º Ten PM Mús Antônio Setembrino 
Corrêa dos Santos, respectivamente.
No dia 12 de fevereiro do mesmo ano, o coronel Antonio Codorniz de Oliveira Filho assumiu o 
Comando-Geral da Corporação.
1985-1986
A Corporação, que só possuía servidoras civis em atividades administrativas e serviços gerais, às 
vésperas do seu sesquicentenário, passou a pensar na criação de um segmento feminino. Após 
um grande período de estudos, por solicitação do governador do Estado, Jair Soares, a história 
da polícia feminina no Rio Grande do Sul teve início, em 08 de janeiro de 1985, com a criação da 
Companhia de Polícia Militar Feminina (Cia PM Fem), com um efetivo de 135 policiais.
As primeiras dez mulheres ingressaram na Corporação, em 17 de fevereiro de 1986, para 
frequentar o Curso de Habilitação de Oficiais Femininos (CHOFem) na Academia de Polícia 
Militar. As primeiras oficias concluíram o curso, em 24 de julho de 1987, e homenagearam Anita 
Garibaldi.
Diante da preocupação com a apresentação pessoal das policiais e a praticidade de seus 
uniformes, a Corporação convidou o estilista de alta costura Rui Spohr para desenhá-los. Os 
uniformes foram apresentados em um desfile realizado no Palácio Piratini, em setembro de 
1986.
No dia 10 de setembro de 1986, teve início o Curso de Formação de Sargentos Femininos (CFS 
Fem) na Escola de Formação e Especialização de Cabos e Soldados, em Porto Alegre. As 16 
alunas concluíram o curso no dia 31 de julho de 1987.
O Curso de Formação de Soldados Femininos teve início, em 04 de março de 1987, na Escola 
de Formação e Especialização de Cabos e Soldados, em Porto Alegre. Ao concluírem o curso, 
em 25 de setembro do mesmo ano, as formandas homenagearam Olmira Leal de Oliveira, que 
ficou conhecida como Cabo Toco, por ter sido a primeira mulher a ostentar uma farda e lutar 
nas linhas de frente da Instituição, durante os movimentos revolucionários desencadeados no 
período compreendido entre 1923 e 1927.
Na mesma data, ocorreu a instalação da Companhia de Polícia Militar Feminina (Cia PM Fem) 
e a incorporação ao 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), iniciando sua atividade sistemática 
de policiamento ostensivo em Porto Alegre, em eventos especiais na capital e no interior do 
Estado, e na Operação Golfinho.
A Companhia foi desincorporada do 9º BPM, em 05 de fevereiro de 1989, indo para a sua sede 
própria.
Além de atuar no policiamento ostensivo, a Cia PM Fem realizava palestras sobre educação para 
o trânsito nas escolas de Porto Alegre. Em outubro 1991, recebeu o Prêmio Volvo de Segurança 
no Trânsito com um projeto de teatro de fantoches, idealizado e coordenado pela 1º Ten Carmen 
Isabel Andreola, que promovia a educação para o trânsito junto à comunidade gaúcha.
24
Em 14 de abril de 1985, foi instalado um posto de policiamento comunitário no município de 
São Luiz Gonzaga/RS, que seria realizado pela 1ª companhia do 14° BPM.
Definido o local do posto, foi realizada uma reunião com a comunidade a fim de apresentar o 
plano de trabalho e os policiais militares que integrariam o projeto. Posteriormente, os policiais 
militares visitaram as residências e empresas instaladas no local, conversando com os moradores 
e proprietários de empresas, proporcionando um envolvimento e comprometimento tanto dos 
policiais como da comunidade. A partir do ano 2000, essa ideia passou a ser difundida em nível 
institucional.
No dia 14 de outubro de 1985, foi criado o Museu da Brigada Militar que se instalou, dois anos 
depois, no prédio da Linha de Tiro, na Chácara das Bananeiras, construído em 1910 e tombado 
como patrimônio histórico do Estado, em 1990. No ano de 2001, foi transferido para um antigo 
prédio do final do século XIX, localizado ao lado do Quartel do Comando-Geral da Corporação, 
no Centro Histórico de Porto Alegre. Seu acervo reúne indumentárias, insígnias, armas, material 
de campanha, medalhas, premiações esportivas, equipamento de bombeiros, mobiliário, 
viaturas e fotografias.
Lanças do período farroupilha, uma das escrivaninhas que pertenceu ao general Bento Gonçalves 
e um canhão Whitworth (modelo 1863), utilizado na Revolução Federalista, também fazem 
parte do acervo. Ainda em 1985, foi criado o Grupamento Aéreo de Policiamento Ostensivo 
(GUAPO), cujos helicópteros eram comandados por pilotos civis, contratados pelo Estado. 
Cabia à Brigada Militar a função de patrulhamento e observação a bordo. Somente em 1989, 
a Corporação retomou o emprego de aeronaves no seu aparato de segurança ao criar o Grupo 
de Polícia Militar Aéreo (GPMA). Sua sede foi estabelecida junto ao aeroporto internacional 
Salgado Filho, em um hangar próprio, onde foi organizada a estrutura necessária para o seu 
funcionamento operacional. Em 2010, o GPMA foi transformado em Batalhão de Aviação da 
Brigada Militar (BAvBM), que atua de forma ostensiva em diversos eventos.
No dia 06 de fevereiro de 1986, o coronel Nilso Narvaz assumiu o Comando-Geral da Corporação.
1987
No dia 26 de fevereiro de 1987, o coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira assumiu o Comando-
Geral da Corporação, permanecendo até o dia 18 de março do mesmo ano, quando transferiu o 
cargo ao coronel Jerônimo Carlos Santos Braga.
Em 4 do novembro de 1987, foram criados o Brasão de Armas e o Estandarte Histórico da 
Brigada Militar do Estado.
1988
O Instituto de Pesquisa da Brigada Militar (IPBM), criado em 1988, é um dos pioneiros entre as 
polícias militares do país.
Encarregado do planejamento, coordenação e execução de projetos afins, nos diversos campos 
de atuação da Brigada Militar, tem a missão de fomentar e promover a pesquisa, vinculada ao 
aperfeiçoamento das atividades dos policiais militares e dos bombeiros dentro das linhas de 
estratégia e fundamentos da segurança pública, gestão, operacionalidade e recursos humanos.
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
25
1989-1990
Em 1989, deu-se início a uma estrutura para a criação de equinos, com a construção de 
cocheiras para garanhões, baias para maternidade, laboratório para reprodução e piquetes para 
manuseio dos animais.
Em 2002, foi estruturado o criatório de equinos do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon), 
visando à reprodução gradual e sistemática do plantel equino, inclusive com a possibilidade de 
instituir convênios com outras instituições para troca de experiências e informações, bem como 
o financiamento das atividades. O criatório deu origem,cinco anos mais tarde, à Coudelaria 
da Serra, que integra o Centro de Estudos, Treinamentos, Reprodução Animal e Preservação 
Ambiental “Cel Fabrício Batista De Oliveira Pillar” (CETRAPA). O local é centro de referência na 
produção do cavalo da raça Brasileiro de Hipismo (BH), ideal para o emprego no Policiamento 
Montado.
O programa de produção de equinos distribui os animais para todos as unidades que executam 
o policiamento montado, depois de passarem por um processo de urbanização e treinamento 
no 1º RPMon.
O programa é desenvolvido por veterinários, enfermeiros veterinários, zootecnistas, 
adestradores, cavalariças, casqueadores e ferrageadores, que vêm se dedicando à criação de 
equinos ao longo de anos.
No dia 05 de maio de 1989, foi criado o Grupamento Florestal, integrado por 53 policiais 
militares especializados para a proteção ao meio ambiente, visando a atender um convênio 
do Comando-Geral da Brigada Militar e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA). O Grupamento Florestal realizava fiscalizações no Estado, em 
conjunto com técnicos do órgão federal.
O convênio com o IBAMA se extinguiu, em 1993, e o Grupamento Florestal deu origem ao 
Esquadrão Ambiental, vinculado ao 4º Regimento de Polícia Montada (4º RPMon), em Porto 
Alegre. A partir de 1994, foram formadas patrulhas ambientais (Patrams) em diversas cidades 
do Estado, subordinadas às unidades operacionais, que eram encarregadas da fiscalização 
ambiental.
O Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) foi criado, em 22 de janeiro de 1998, quando foi extinto 
o Esquadrão. Sua missão inicial era realizar o policiamento ambiental em Porto Alegre e região 
metropolitana, preparando o caminho para incorporar as Patrams do interior do Estado.
Em 19 de fevereiro de 1990, o coronel Carlos Walter Stocker assumiu o Comando-Geral da 
Brigada Militar, permanecendo até 21 de fevereiro de 1991, quando transmitiu o cargo ao 
coronel Elói Castro Cajal. O coronel Cajal foi substituído pelo coronel Antônio Carlos Maciel 
Rodrigues, no dia 16 de março do mesmo ano.
1993-1994
A Missão de Observadores das Nações Unidas em El Salvador (ONUSAL) foi estabelecida, em 
26 de julho de 1991, com as atribuições de verificar a observância dos direitos humanos em 
El Salvador; observar o direito das pessoas circularem livremente pelo país, expressarem-
se e reunirem-se livremente; receber denúncias sobre as violações dos direitos humanos, 
sequestros, desaparecimentos, detenções ilegais e intimidatórias; visitar livremente qualquer 
lugar ou estabelecimento sem aviso prévio; promover campanhas educativas e de divulgação 
sobre os direitos humanos.
26
O primeiro contingente policial-militar brasileiro apresentou-se no local da missão, em 17 de 
junho de 1993, integrado por cinco oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal e dez oficiais 
da Brigada Militar do Rio Grande do Sul (capitães Gastão Juarez Viegas, Gaspar Neibson Ribeiro 
Xavier, Uilson Miguel Miranda do Amaral, Nicomedes Barros Vieira Júnior, João Francisco Franco, 
João Zazycki Filho, Dalmo Itaboraí dos Santos, Aurélio Ferreira Rodrigues, Ricardo Luiz Prola, 
Edmur Wagner e Joel Prates Pedroso).
No dia 4 de outubro de 1993, o coronel João Vanderlan Rodrigues Vieira assumiu o Comando-
Geral da Brigada Militar, permanecendo até 19 de dezembro de 1994, quando transmitiu o 
cargo ao coronel Artidor Roque de Oliveira.
O programa é desenvolvido por veterinários, enfermeiros veterinários, zootecnistas, 
adestradores, cavalariças, casqueadores e ferrageadores, que vêm se dedicando à criação de 
equinos ao longo de anos.
Em novembro de 1994 foi estabelecida a Minugua (Verification Mission in Guatemala), com o 
principal objetivo de monitoramento das questões atinentes aos direitos humanos. A função 
de verificação incluía a observação do cessar-fogo entre o governo da Guatemala e a Unidade 
Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG), a separação de forças e a desmobilização da 
guerrilha.
Entre 1994 e 2003, o Brasil cedeu 51 observadores policiais para a MINUGUA, provenientes de 
15 estados, dentre os quais o Rio Grande do Sul.
O capitão Sérgio Lemos Simões integrou o terceiro contingente enviado para a operação, em 
julho de 1996, designado para a cidade de Barillas, no norte do país, realizando patrulhas 
terrestres e aéreas, em conjunto com outros militares. Mais tarde, passou a integrar uma equipe 
multidisciplinar em uma missão sigilosa, em contato com os guerrilheiros, que possibilitou o 
início do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reinserção (DDR) dos combatentes e 
suscitou a total desmobilização do movimento guerrilheiro, no ano seguinte.
Mais tarde, o capitão Sérgio passou a executar atividades de observador na cidade de 
Huehuetenango, realizando inspeções nos presídios e cadeias públicas, visitas aos quartéis 
da polícia nacional e aos quartéis do Exército Guatemalteco, ações atinentes à repatriação de 
refugiados, entre outras.
1995
No dia 3 de janeiro de 1995, o coronel Clemor Antonio Balen assumiu o Comando-Geral da 
Brigada Militar.
No mesmo ano, a Brigada Militar tornou-se a única força policial militar do País a administrar 
penitenciárias. A Corporação assumiu uma massa carcerária em torno de 6.760 detentos, 
abrigados no Presídio Central de Porto Alegre (PCPA), o maior do Estado, e nos regimes 
fechado e semiaberto da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), localizada em Charqueadas, 
a 57 quilômetros da capital. O trabalho é dividido com a Superintendência dos Serviços 
Penitenciários (Susepe), responsável pela coordenação técnica do trabalho de agentes 
penitenciários, assistentes sociais, psicólogos, advogados e profissionais da área médica. Além 
da administração do Presídio Central e da PEJ, a BM faz a guarda externa dos outros 94 presídios 
do Estado.
1996
ATUALIDADES | FABRÍCIO MULLER
27
No dia 13 de fevereiro de 1996, o coronel José Dilamar Vieira da Luz assumiu o Comando-Geral 
da Corporação.
No mesmo ano, o Termo Circunstanciado (TC) começou a ser lavrado pela BM, como projeto-
piloto nas cidades de Rio Grande e Uruguaiana, para os delitos de menor potencial ofensivo 
(contravenções e os crimes punidos com pena máxima igual ou inferior a dois anos), cujo autor 
seja conhecido. A partir de 2001, passou a ser aplicado em todo o Estado.
1998-1999
A Brigada Militar instituiu, em 1998, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à 
Violência (Proerd) nas escolas do Estado, por intermédio de policiais militares voluntários e com 
capacitação específica.
O Proerd foi baseado no programa D.A.R.E. (Drug Abuse Resistance Education), criado pela 
Professora Rutty Hellen em parceria com o Departamento de Polícia da cidade de Los Angeles, 
Califórnia, em 1983. No Brasil, o programa foi implantado pela Polícia Militar do Estado do Rio 
de Janeiro, em 1992, e difundido para outros estados brasileiros, posteriormente.
O programa tem o objetivo de desenvolver uma ação conjunta entre o policial militar, 
professores, especialistas, estudantes, pais e comunidade, para prevenir e reduzir o uso 
de drogas e a violência na comunidade escolar, a partir de aulas semanais desenvolvidas 
por policiais militares capacitados, com a presença do professor em sala, e de reuniões com 
professores e pais de alunos.
Em julho de 2011, pela primeira vez, a Brigada Militar enviou uma comitiva integrada pela 
tenente-coronel Silvia Vissot Bitencourt, máster do Proerd; capitã Letícia Dall´Igna, mentora do 
Proerd; e tenente Nilton Jose Tavares, máster do Proerd, para participar da 24ª Conferencia 
Internacional do Proerd, em Nashville, Tenesse, nos Estados Unidos. Além de atualização e 
qualificação profissional, o objetivo maior era propor à equipe diretiva do D.A.R.E. a oficialização 
do Proerd/RS como Centro de Treinamento, possibilitando maior interação com as polícias do 
Uruguai e da Argentina, eis que já haviam sido formados os primeiros pais e alunos uruguaios, 
por meio de parceria entre instrutores do Proerd de Santana

Continue navegando