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Sistema cardiovascular - @focusmedvet

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‘’ 
1 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Fluídos e sistema linfático 
 
 
 
 
 
 
 
Forças que determinam a 
filtração de fluidos através da 
membrana 
 
As forças que determinam a 
filtração de fluidos através da 
membrana e são chamadas de 
Forças de Starling: 
 
1. Pressão de Filtração Capilar 
(pressão hidrostática) : É a pressão 
exercida pelo plasma para 
passagem do fluido para o 
interstício. 
 
2. Pressão do Líquido Intersticial: 
É a pressão exercida pelo liquido 
intersticial contra a 
passagem do fluido. 
 
3. Pressão Coloidal Osmótica 
(Coloidosmótica) Capilar: É a 
pressão com que as proteínas 
dentro do capilar puxem o fluido 
para dentro. (osmose para dentro). 
4. Pressão Coloidosmótica 
Intersticial: É a pressão com que as 
proteínas intersticiais puxam o 
fluido para fora do capilar (osmose 
para fora). 
 
 
- O sistema linfático anda junto 
com o sistema circulatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O liquido que circula no sistema 
linfático é chamado de linfa e 
 
 
 
‘’ 
2 Patologia especial | Medicina Veterinária 
todos os líquidos tem origem iguais, 
o seu nome muda de acordo com 
o local 
 - O liquido do sangue é 
chamado de plasma 
sanguíneo. 
 - O espaço que fica entre os 
capilares e células é 
chamado de espaço 
intersticial e o liquido 
presente nesse local é 
chamado de liquido 
intersticial. 
 - O liquido que corre dentro 
dos vasos linfáticos e 
linfonodos é chamado de 
linfa 
 - O liquido que a célula 
absorve no espaço 
intersticial é chamado de 
Hialoplasma. 
- O sangue que circula no sistema 
circulatório leva nutrientes que as 
células precisam que estão no 
plasma sanguíneo. 
- O sangue que vem das artérias e 
passa para os capilares exerce 
alta pressão na parede dos 
capilares. A pressão hidrostática é 
maior e por conta disso o plasma 
passa para liquido intersticial para 
as células absorverem. 
- A pressão oncótica (de proteínas, 
principalmente da albumina) 
sempre atrai a água onde a 
concentração de proteínas é 
maior. 
- Após o plasma ser absorvido a 
célula produz toxinas que é 
jogada para o interstício 
novamente. 
- No capilar venoso a pressão 
oncótica é maior do que a 
hidrostática e faz com que o 
plasma do interstício seja “sugado” 
novamente para o capilar venoso 
por conta alta concentração 
proteica 
- . Não é 100% do líquido que é 
absorvido pelos capilares venosos 
e uma % acaba ficando pelo 
interstício. 
- Os capilares linfáticos tem origem 
no interstício preferencialmente no 
lado dos capilares venosos, e a 
sua função é absorver o liquido 
intersticial que está em excesso 
(linfa). 
- O acúmulo de liquido no 
interstício é chamado de edema e 
ocorre com a saída excessiva de 
líquidos intracelular e não é 
absorvido novamente pela linfa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘’ 
3 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Respostas fisiopatológicas 
z 
 
 
 
 
- O miocárdio é composto de um 
tecido muscular estriado que 
possui a capacidade de 
contratilidade e condutibilidade. 
As anomalias que surgem, podem: 
 Está afetando a formação do 
coração 
 Alterar o seu ritmo e 
condução do impulso elétrico 
 Alterar a capacidade 
contrátil da fibra muscular. 
 
As células musculares cardíacas 
geralmente não se regeneram e 
as respostas adaptativas do 
miocárdio frente a essas lesões 
são, na sua grande maioria de 
caráter megálico 
(cardiomegalia) e são 
reversíveis. 
 
- O coração não tem capacidade 
de se regenerar, ou seja, aumentar 
o número dos mioblastos. Por isso, 
ele aumenta o seu volume fazendo 
hipertrofia. 
 
A capacidade dos mioblastos se 
dividirem decai rapidamente após 
o nascimento. 
 
Exemplos. 
Um coração de um atleta precisa 
de uma grande demanda de 
trabalho, submetendo o coração a 
sofrer uma sobrecarga 
constantemente. O resultado é o 
coração se hipertrofiar, 
aumentando o seu volume. Isso 
ocorre com o tempo (meses), e não 
é de um dia para o outro, é 
crônico. 
- No infarto do miocárdio (área de 
necrose de coagulação) o local 
afetado é uma área morta, não há 
células vivas e nesse local não vai 
hipertrofiar. 
- Para ocorrer a hipertrofia as 
fibras dos músculos precisam estar 
saudáveis. E onde há morte celular, 
pode haver cicatrização. 
- Em casos de lesão no coração, 
irá acontecer cicatrização e não 
hipertrofia. 
 
Hiperplasia (multiplicação celular, 
mitose). 
Hipertrofia - aumento de volume 
 
Hipertrofia 
- A hipertrofia é uma resposta 
compensatória do miocárdio frente 
a uma sobrecarga de caráter 
 
‘’ 
4 Patologia especial | Medicina Veterinária 
crônico. Essa sobrecarga pode ser 
de: 
 Pressão (sistólica) 
 Volume (diastólica) 
 Ela é classificada em dois 
tipos: 
 Hipertrofia excêntrica 
 Hipertrofia concêntrica 
Hipertrofia excêntrica 
- Nesse tipo, ocorre o aumento da 
carga diastólica, irá chegar muito 
mais sangue nas câmaras 
cardíacas. 
Hipertrofia concêntrica 
- Ocorre quando há sobrecarga 
de pressão, aumentando a carga 
sistólica aumentando a espessura 
da parede ventricular. 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações post mortem 
 
Rigor mortis 
- É o estado em que a musculatura 
se torna contraída e fica rígida. 
Isso ocorre devido à ausência de -
- O ATP é necessário para que 
ocorra a contração e o 
relaxamento. As pontes dos 
miofilamentos de actina e miosina 
ficam afastadas durante o 
relaxamento muscular e é o ATP que 
é responsável por isso. 
No rigor mortis há 3 fases. 
Fase de pré rigor 
- O glicogênio muscular fornece 
ATP necessário para que as 
miofibrilas fiquem afastadas 
durante o relaxamento muscular. 
Fase de rigor 
- Quando ocorre o óbito, o 
consumo de reservas de glicogênio 
continua e quando se esgota 
ocorre a ausência de ATP que 
resulta em uma forte união entre os 
miofilamentos de actina e miosina. 
Fase pós rigor 
- O músculo não permanece em 
contração para sempre, essa 
contração acaba quando as 
proteínas musculares são 
destruídas em um processo 
autolítico por enzimas lisossômicas 
ocasionando o relaxamento 
muscular. 
- O coração é o primeiro órgão a 
entrar em rigor mortis, justamente 
por ser um órgão que está em 
constante atividade e o coração 
não reserva muito glicogênio. O 
rigor mortis pode vir mais rápido em 
situações em que o glicogênio 
muscular é consumido rapidamente. 
 
‘’ 
5 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 Ex: animais que fizeram muito 
exercícios gastando o 
glicogênio e vindo a óbito 
posteriormente. 
O que ocorre no coração: 
- O animal morre -> a função 
cardiaca para e o coração para 
em diástole -> com a estagnação 
do coração o oxigênio não é 
levado para os demais locais e 
ocorre a morte dos tecidos -> as 
células do corpo morrem -> liberam 
enzimas lisossômicas que digerem o 
tecido do corpo -> ocorre a 
autólise (digestão dos substratos 
celulares pelas enzimas das 
células.). 
- Os tecidos do corpo também são 
digeridos por enzimas microbianas. 
Isso ocorre porque as defesas 
orgânicas desaparecem e os 
patógenos e micróbios invadem o 
corpo. Eles começam a produzir 
enzimas e gases (basicamente gás 
sulfídricos produzidos por 
micróbios), que colaboram a 
degradação dos cadáveres. 
(heterólise ou putrefação) 
 Esses dois processos 
acontecem simultaneamente. 
Coágulos post mortem 
- No rigor mortis, o coração para 
em diástole, ou seja, cheio de 
sangue nas câmaras cardíacas. A 
expulsão completa do sangue se 
dá pela contração da musculatura 
do ventrículo no momento do rigor. 
- No lado direito do coração: é 
comum achar coágulos no lado 
direito por conta da espessura da 
parede desse lado ser menor, no 
momento da contração do rigor 
ela não terá força o suficiente 
para mandar o sangue para a 
artéria pulmonar, 
- No lado esquerdo: não é comum 
achar coágulos no ventrículo 
esquerdo. A espessura do 
ventrículo é maiore no momento da 
contração do rigor o ventrículo tem 
força suficiente para expulsar o 
sangue para a artéria aorta. 
 Se houver sangue no 
ventrículo esquerdo, é 
chamado de rigor mortis 
incompleto, podendo sugerir 
insuficiência cardíaca. 
 
 O rigor incompleto pode ser 
causado por lesões de 
natureza degenerativa, 
inflamatórias ou necróticas 
que irão afetando 
negativamente a 
capacidade contrátil das 
fibras cardíacas. 
 
Tipos de coágulos 
- Após o óbito, as células começam 
a se degenerar por conta da falta 
de o2, elas liberam uma enzima 
chamada de tromboquinase que é 
 
‘’ 
6 Patologia especial | Medicina Veterinária 
responsável pelo processo e 
coagulação. O coágulo fica no 
sistema cardiovascular até que 
enzimas façam sua digestão e 
liquefação. 
Os coágulos post mortem podem 
ser classificados em dois tipos 
 Coágulo lardáceo 
 Coágulo cruórico 
- O primeiro, é formado 
basicamente de hemácias e possui 
a cor vermelha. 
- Já o cruórico, é formado por 
plaquetas, fibrina, leucócito e por 
isso possui uma cor amarelada. 
 
 
 
Coágulo cruórico 
 
 
Coágulo lardáceo 
 
Coágulos e trombos 
Coágulos 
 São lisos 
 Brilhantes 
 Elásticos 
 São soltos dentro do sistema 
cardiovascular 
 Possuem o formato do local 
em que se ocupa. 
 
 
 
 
‘’ 
7 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
Trombos 
 São opacos 
 Friáveis 
 Secos 
 Inelásticos 
 Tem forma e tamanho 
variável 
 Ficam aderidos a parede 
do vaso ou endocárdio. 
 
Trombo na artéria pulmonar 
- Quando se tenta remover o 
trombo, ele deixa uma superfície 
rugosa no local em que foi retirado. 
 
 
 
Embebição da hemoglobina 
- Após 12 a 24h, ocorre a hemólise 
do coágulo e a hemólise libera 
hemoglobina que por meio de 
difusão passiva tinge todo o 
endocárdio e a íntima dos vasos 
originando manchas. 
- As manchas de hemorragia 
possuem um vermelho mais 
profundo e definido, já as da 
hemoglobina possuem uma cor 
mais vermelho fraco alaranjado e 
atingem apenas a superficie do 
local atingido, diferente da 
hemorragia que é mais profunda. 
 
 
 
 
 
 
Intima da aorta de um cão com coloração 
normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘’ 
8 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Alterações sem significado clínico 
Anomalias no desenvolvimento 
 
Intima da aorta com Embebição da 
hemoglobina. (vermelho cor de água de 
salsicha ou uma tinta vermelha diluída) 
 
 
 
- No miocárdio pode ser 
encontrado manchas 
esbranquiçadas que podem levar 
ao erro no exame post mortem. 
- Em uma necropsia de um cão por 
exemplo, quando se visualiza uma 
área pálida no miocárdio deve-se 
se pensar em necrose que pode ser 
causada por várias coisas. 
 Degeneração hidrópica, 
hialina, gordurosa. 
 Pode ser inflamação 
 Miocardites 
 Cicatriz 
 Neoplasia - linfossarcoma ou 
linfoma. 
- A palidez difusa ou multifocal 
pode não está relacionada com 
nenhuma outra alteração e para 
sugerir uma degeneração ou 
necrose é preciso que essas 
alterações estejam associadas a 
outras alterações sistêmicas. 
 
 
 
 
 
Coração de cão. Endocárdio. Câmara 
ventricular com pontos brancacentos com 
 
 
aspecto de pó de giz (alteração sem 
significado clínico). 
- Os pontos brancacentos, 
distribuídos de forma difusa no 
endocárdio semelhantes a pó de 
giz, não possuem significado 
clínico algum. 
 
 
 
- As anomalias congênitas do 
coração são as mais frequentes 
nos animais domésticos. 
- Os sinais clínicos irão depender 
do grau da lesão da anomalia. 
- As alterações congênitas podem 
ser causadas durante a vida pré-
 
‘’ 
9 Patologia especial | Medicina Veterinária 
natal ou por alterações em genes 
recessivos. 
- Várias dessas doenças acometem 
indivíduos de raça pura e a 
incidência de anomalias irão variar 
a depender da espécie em 
questão, 
Causas de anomalias congênitas 
fatais: 
 Raio X 
 Uso de talidomida 
 Deficiência nutricional 
(vitamina A, ácido 
pantotênico, 
riboflavina...) 
 
 
 
Para entender as alterações 
cardiovasculares, é preciso 
entender sobre a circulação fetal 
 
- No feto, o funcionamento do 
coração é diferente de um 
neonato. Os pulmões estão 
colapsados, fazendo com que a 
resistência ao fluxo sanguineo 
pulmonar seja maior do que a 
circulação pós-natal. 
- A pressão sanguinea é elevada 
do lado direito do coração o que 
no lado esquerdo. 
- O feto não precisa respirar, o 
fornecimento de oxigênio se dá 
através da placenta e o cordão 
umbilical. Por isso, o pulmão está 
colapsado (não está em 
funcionamento) 
 
Circulação fetal 
 
Durante o desenvolvimento do 
coração no periodo fetal, existem 
3 estruturas que são importantes 
para a circulação fetal. 
 
Septo atrial e forame oval 
 Eles fazem a comunicação 
entre os dois átrios 
 
 
 
 
 
 
Septo ventricular 
 Ele faz a comunicação entre 
os ventrículos 
 
 
 
 
 
Ducto arterioso 
 Faz a comunicação com a 
artéria aorta e a pulmonar. 
 
‘’ 
10 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O fechamento do septo atrial e 
ventricular ocorre durante a vida 
intrauterina – pré natal 
- O fechamento do forame oval e 
do ducto arterioso ocorre no 
período neonatal. 
- Se não houver o fechamento 
adequado dessas estruturas, o 
sangue não irá seguir o seu 
caminho adequado. 
 
Fisiologia da circulação fetal 
- No feto, os pulmões estão 
colapsados e por conta disso a 
resistência do fluxo sanguíneo 
pulmonar é alta. O sangue não se 
oxigena pelos pulmões e sim pela 
placenta. 
- O sangue oxigenado vem da 
placenta através do cordão 
umbilical. Em seguida, ele segue 
pelo ducto venoso, que é uma 
estrutura que cria um atalho com o 
cordão umbilical e a veia cava 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
inferior. Ele não passa pelo fígado, 
por conta do fígado não ter pleno 
metabolismo, por isso o fígado 
desvia e o pouco sangue que 
entra é para manter células 
hepáticas sadias. 
- O sangue segue pela veia cava 
inferior e desemboca no átrio 
direito e através do forame oval 
ele segue para o átrio esquerdo e 
ventrículo esquerdo indo para a 
artéria aorta que irá distribuir o 
sangue pela circulação sistêmica. 
- O sangue que vem da veia cava 
superior e entra no átrio direito, 
 
‘’ 
11 Patologia especial | Medicina Veterinária 
vem lá da cabeça e pescoço 
desoxigenado, ele não vai para o 
átrio direito e sim para o ventrículo 
direito seguindo pela artéria 
pulmonar. 
- Como o pulmão não está 
funcional e colapsado, uma 
pequena quantidade de sangue 
vai para os pulmões e a outra é 
desviada para a artéria aorta por 
uma estrutura chamada ducto 
arterial. 
- Esse sangue segue a circulação 
sistêmica novamente e o ciclo se 
inicia. O sangue é levado pelas 
artérias umbilicais até a placenta, 
onde então é oxigenado e volta 
pelo cordão umbilical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Persistência do ducto arterioso 
 
- Quando o animal nasce, os 
pulmões são insuflados e a 
resistência ao fluxo sanguineo 
diminui, a placenta interrompe o 
fluxo sanguineo e a pressão da 
aorta se eleva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘’ 
12 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Em poucas horas a parede 
muscular do ducto arterioso se 
contrai e dentro do período de a 
8 dias o ducto está finalmente 
contraído interrompendo o fluxo 
sanguíneo. 
Entre 1 e 4 dias, ocorre a 
proliferação de tecido conjuntivo 
fibroso formando o ligamento 
arterioso e o ducto fica totalmente 
ocluído. 
- Quando esse canal não se fecha, 
tem-se a persistência do ducto 
arterioso. 
- É a alteração congênita mais 
comum principalmente nos cães. 
- Como o ducto continua aberto, a 
comunicação da artéria aorta com 
a artéria pulmonar continua aberta 
e osangue desvia do lado 
esquerdo para o lado direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Quando o ducto é grande o 
ventrículo esquerdo vai sofrer uma 
sobrecarga de volume, 
ocasionando a hipertrofia 
excêntrica. Pois, o sangue da 
grande circulação volta para a 
artéria pulmonar novamente e 
segue para os pulmões que irão 
oxigenar esse sangue e envia-lo de 
volta para o átrio esquerdo. (em 
maior quantidade) 
- Já o ventrículo direito, é 
submetido ao aumento de pressão, 
levando a hipertrofia concêntrica, 
 
pois o ventrículo precisa de mais 
força para impulsionar o sangue 
em excesso. 
 
‘’ 
13 Patologia especial | Medicina Veterinária 
- O pulmão inunda de sangue e 
tende a ficar congesto, pode ter 
Hipertensão pulmonar no interior 
dos vasos sanguíneos pulmonares. 
- O átrio pode sofrer uma 
dilatação (do átrio esquerdo) 
O sangue da artéria aorta pra 
pulmonar é turbilhonado, expondo 
o colágeno subendotelial e 
podendo causar trombose. 
 
P – artéria pulmonar 
A – Artéria aorta 
* - Ducto arterioso 
 
 
 
Defeito no septo ventricular 
 
- O septo interventricular é 
formado na fase embrionária e 
separa os dois ventrículos. Ele é 
formado por uma porção 
membranosa e outra porção 
muscular. 
- As alterações do septo estão 
relacionadas com o tamanho do 
orifício. Quando o orifício é 
consideravelmente grande, o 
sangue é desviado do ventrículo 
esquerdo para o ventrículo direito 
podendo levar o animal à morte. 
 
- A pressão do ventrículo esquerdo 
é bem maior do que o do ventrículo 
direito. 
- O que se observa é uma 
hipertrofia excêntrica do ventrículo 
esquerdo, por ele aumentar o 
volume sanguíneo. 
- Já no ventrículo direito, se 
observa a hipertrofia concêntrica 
devido a sobrecarga de pressão. 
O ventrículo precisa de mais força 
para ejetar o sangue em excesso. 
 
- Nesse caso, o que supera é a 
pressão, a sobrecarga de pressão 
supera a de volume vindo do 
ventrículo esquerdo que manda o 
sangue com muita pressão para o 
outro ventrículo. 
- Os pulmões podem sofrer 
congestão por serem inundados de 
sangue e hipertensão 
 
‘’ 
14 Patologia especial | Medicina Veterinária 
- O sangue em grande quantidade 
que vem pro lado esquerdo pode 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
causar dilatação do átrio 
esquerdo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Defeito no septo interventricular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Defeito do septo atrial (persistência do 
forame oval) 
 
- O forame oval permite a 
comunicação entre os dois átrios. 
O sangue oxigenado consegue 
fluir do lado direito do átrio para 
o lado esquerdo do átrio através 
desse forame. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘’ 
15 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
- Quando o animal nasce, ocorre 
uma inversão de pressão. No 
período fetal, a pressão do átrio 
direito é maior do que o esquerdo 
e então o sangue passava pelo 
forame. No nascimento, essa 
inversão ocorre e a pressão do 
átrio esquerdo é maior e isso 
permite o fechamento do forame 
oval para impedir que o sangue 
volte para o átrio direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Quando ocorre defeito no septo 
atrial, este fica persistente. Defeitos 
maiores fazem com que o sangue 
do átrio esquerdo passe para o 
átrio direito. 
- O sangue que vem do átrio para 
o ventrículo é vem com baixa 
pressão (escorrendo) e o sangue 
que passa dos átrios é um sangue 
que passa devagar. 
- O resultado disso é: Hipertrofia 
concêntrica do ventrículo direito, 
por precisar realizar armazenar 
mais sangue dilatando sua 
câmara. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Nesse caso, a supremacia é de 
volume e não de pressão. O 
sangue não vem com alta pressão 
do átrio esquerdo, ele vem 
escorrendo. 
- O pulmão sofre congestão, 
hipertensão pulmonar e pode 
haver dilatação do AE (nem 
sempre). 
 
 
‘’ 
16 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coração, cordeiro de 3 meses de idade. 
Defeito do septo atrial (seta). Um defeito do 
septo ventricular também é evidente 
(asterisco) 
 
Transposição de grandes vasos 
(TVG) 
 
- A Aorta se origina no ventrículo 
direito, e a artéria pulmonar se 
origina do ventrículo esquerdo. 
 
- O sangue venoso irá chegar no 
átrio direito e seguir pela artéria 
aorta indo para a circulação 
sistêmica. 
- Já o sangue oxigenado chega 
no átrio esquerdo pelas veias 
pulmonares e é bombeado pelo 
ventrículo esquerdo novamente 
para os pulmões através da artéria 
pulmonar. 
 
Tetralogia de Fallot 
 
- Predisposição racial em cães - 
Bulldog Inglês, Poodles, Schnauzers, 
Fox Terrier, Collie, Pastor de 
Shetland. 
- Defeito quase sempre letal nas 
espécies domésticas (morte 
logo após o nascimento). 
- Resulta quase que 
invariavelmente em sinais clínicos 
(fadiga, cianose, policitemia). 
Ocorre 4 anomalias distintas do 
coração. 
 Dextroposição da aorta 
(origem biventricular) 
 Defeito do septo ventricular 
 Estenose da artéria pulmonar 
 Hipertrofia ventricular direita 
secundária. 
- A aorta tem origem biventricular e 
recebe sangue dos dois 
ventrículos. Ela fica mais localizada 
 
‘’ 
17 Patologia especial | Medicina Veterinária 
no lado esquerdo e consegue 
abranger os dois ventrículos. 
- O septo ventricular possui um 
defeito e o sangue do lado 
esquerdo flui para o lado direito 
do ventrículo e para a aorta. 
- A artéria pulmonar apresenta 
estenosa, e pouca quantidade de 
sangue do ventrículo direito vai 
para os pulmões. 
- O lado direito do coração fica 
com sobrecarga de pressão e 
desenvolve hipertrofia concêntrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A principal alteração fisiológica que os 
animais acometidos apresentam é o fato de 
75% do sangue ser desviado dos pulmões e 
não ser oxigenado. 
 
 
Estenose subaórtica 
 
- É frequente em suínos e em cães 
das raças Pastor Alemão e Boxer. 
- Ocorre a formação de uma 
camada espessa de tecido 
conjuntivo fibroso no ventrículo 
- O sangue muito oxigenado e 
desoxigenado se mistura e vai 
para o pulmão. 
- A cianose muito acentuada e 
intensa é comum na tetralogia de 
Fallot 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo: sangue do ventrículo esquerdo pro 
direito → sangue com grande pressão → a 
estenose da artéria pulmonar dificulta a 
passagem do sangue, a válvula muito fechada 
faz com que o ventrículo tente superar a pressão 
-> Hipertrofia concêntrica do ventrículo direito 
 
 
‘’ 
18 Patologia especial | Medicina Veterinária 
esquerdo logo abaixo das válvulas 
semilunares aórticas. 
- Isso dificulta o funcionamento da 
válvula (sua abertura) 
- O sangue tem dificuldade de 
passar para uma válvula. 
- Hipertrofia concêntrica do VE por 
ter que exercer maior pressão por 
conta da camada espessa 
atrapalhar a abertura da válvula. 
 
Válvula aórtica espessada e traves de 
tecido conjuntivo abaixo da válvula aórtica. 
- Ocorre dilatação da aorta 
ocasionando um fluxo turbulento 
por conta da maior pressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estenose da artéria pulmonar 
 
- Comum em cães e é semelhante a 
estenose subaórtica. 
- Relativamente comum em cães 
como o Bulldog Inglês e rara em 
outras espécies. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Ocorre a formação de tecido 
conjuntivo fibroso perto da origem 
da artéria pulmonar, diminuindo o 
seu lúmen. 
- A consequência é hipertrofia 
concêntrica do ventrículo direito 
por sobrecarga de pressão. 
- Dilatação da artéria pulmonar 
(fluxo turbulento) 
 
 
 
‘’ 
19 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artéria pulmonar com estenose e ventrículo 
esquerdo hipertrófico 
 
Persistência do arco aórtico direito. 
 
- Na vida embrionária desenvolve 
arco aórtico ( 6 pares) 
- Alguns arcos aórticos regridem, e 
a artéria aorta se desenvolve do 4 
arco aórtico esquerdo.Na 
persistência do arco aórtico a 
aorta se desenvolve do 4 arco 
aórtico direito que deveria ter 
regredido e não regride. 
 
 
 
 
 
‘ 
 
 
 
 
 
 
 
- Quando o ligamento do ducto 
arterioso se forma, ele acaba 
abraçando a traqueia e o 
esôfago. O ligamento vai 
apertando, formando um anel que 
laça o esôfago e a traqueia e 
oclui o esôfago. 
- O esôfago fica com a com luz 
diminuída e causa distensão 
esofagiana e regurgitação 
fazendo com que o animal tenha 
disfagia (dificuldade de deglutir) 
Sinais clínicos: O animal pode ficar 
magro, crescer, desenvolver 
megaesôfago secundário pouco e 
pode aspirar o conteúdo 
regurgitado (pneumonia por 
aspiração) 
 
 
 
 
 
 
 
‘’ 
20 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Ectopia cordis 
 
- O coração se localiza fora da 
cavidade torácica. Normalmente é 
na região cervical, mas pode ser 
na região submandibular, torácica 
ou abdominal. 
- Coração para fora é exposição 
muito grande e há chances de 
traumatizar e haver uma 
contaminação ambiental. Animal 
não sobrevive muito (dias ou horas) 
 
 
 
Fibroelastose endocárdica 
 
- Alteração congênita hereditária 
que tem sido observada mais 
frequentemente em gatos das 
raças Siamês e Burmês 
- O endocárdio apresenta-se 
esbranquiçado e espesso, 
especialmente no ventrículo 
esquerdo, devido à proliferação 
de tecido fibroelástico. 
 
- Está associada à hipertrofia e 
dilatação do ventrículo esquerdo 
na ausência de outras anomalias. 
- Insuficiência cardiaca pode 
causar dilatação que se durar 
muito endocárdio fica muito 
espesso. 
 
. 
Hematocistos 
 
- São cistos preenchidos por 
sangue nas extremidades das 
válvulas atrioventriculares. É mais 
frequente em bezerros. 
- É uma alteração que regride 
espontaneamente, podendo 
persistir por poucos meses a 1 ano, 
e não causa alterações funcionais 
na válvula, sendo considerada 
achado de necropsia. 
 
 
 
 
 
 
‘’ 
21 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Displasia no miocárdio 
Melanose 
 
A grande massa azulada no centro da imagem 
e no lado atrial da válvula AV é um 
hematocisto ou cavidade vascular cheia de 
sangue que se desenvolveu durante a vida 
embriológica. Por ser ligeiramente firme à 
palpação, contém uma massa de sangue 
parcialmente coagulado. No lado direito da 
imagem, há três estruturas menores 
semelhantes na própria válvula. 
 
Alterações congênitas 
 
 
- Doença caracterizada pela 
substituição gradual dos 
cardiomiócitos por células 
adiposas e por tecido conjuntivo 
fibroso. 
- Alteração dos impulsos elétricos 
– arritmias. 
- Alteração observada 
principalmente na parede livre do 
ventrículo direito. 
- Causa de morte súbita em cães. 
Traço autossômico dominante em 
cães da raça Boxer. 
 
Miocárdio do cão com displasia 
Nota-se um coração globoso, dilatado, com 
extensas áreas pálidas e diâmetro transversal 
semelhante ao longitudinal, ápice achatado. 
Dica: O ápice do coração é do 
ventrículo esquerdo, porque a massa 
é maior. 
 
 
- É possível ver manchas de 
coloração marrrom/enegrecida 
- Ocorre pela migração errada 
de melanócitos 
- As manchas são planas e não 
tem tipo de elevação e 
nodulação 
- Se não for plana é melanoma 
porque tem elevações. 
 
 
 
 
‘’ 
22 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Hemorragias 
Hidropericárdio 
- Ocorre um acúmulo de liquido no 
interior do saco pericárdico. Esse 
liquido é um transudato (com baixo 
teor de proteína). 
 
Coração de equino. Epicárdio com 
hemorragias petequiais e sufusões 
- O liquido do hidropericardio é um 
fluido aquoso, transparente, claro, 
um pouco amarelado e não se 
coagula quando é exposto ao ar. 
- O pericárdio contém liquido em 
baixa quantidade para 
lubrificação dos folhetos, mas, 
nessa patologia se trata do 
excesso. 
- Hemorragia no coração nem 
sempre é isolada, pode ser 
causada por outras patologias 
generalizadas no organismo. 
Causas 
Processos patológicos que levam 
o: 
 Aumento da pressão 
hidrostática 
 Diminuição da pressão 
oncótica 
 Aumento da permeabilidade 
vascular 
 Redução da drenagem 
linfática 
O hidropericádio pode ocorrer 
com acúmulo lento e rápido 
Lento: 
 Quando é lento pode haver 
espessamento do folheto 
parietal 
 Pode haver compensação 
do ventrículo gerando 
hipertrofia concêntrica do 
coração progredindo para 
uma insuficiência. 
Acumulo rápido 
 A bolsa pericárdica enche 
rapidamente, não dá tempo 
do coração compensar e isso 
impede a expansão 
ventrículo durante a diástole 
levando o animal a morte por 
choque. 
Macroscopia 
- Acumulo excessivo de fluído no 
saco pericárdico. 
- Folhetos permanecem brilhantes 
e lisos 
- Líquido geralmente é amarelado 
e translúcido 
- Os folhetos parietais podem se 
encontrar espessos 
 
‘’ 
23 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
O liquido pode estar avermelhado 
pela embebição da hemoglobina 
(alteração post mortem) 
 
 
 
 
 
 
 
Hidropericárdio . Líquido dentro da bolsa 
pericárdica. O liquido está em quantidade 
excessiva. A espessura do folheto parietal do 
pericárdio está maior, está opaco, 
brancacento (deveria ser algo mais 
transparente e mais fininho) 
Consequências: 
O acumulo lento e de grande 
quantidade pode causar: 
 Hipertrofia excêntrica do 
coração 
 Insuficiência cardíaca 
O acumulo rápido de liquido pode 
causar: 
 Tamponamento cardíaco 
agudo por conta do 
ventrículo direito ter 
dificuldade de se encher na 
diástole. 
Hemopericárdio 
É o acumulo de sangue dentro do 
saco pericárdico. 
Causas comuns: 
 Rompimento de vasos 
 Rompimento de átrios por 
trauma 
 Perfuração do coração 
 Ruptura intrapericárdica da 
aorta 
 Ruptura de 
hemangiossarcomas 
 Ruptura da artéria coronária 
e do átrio decorrente de 
deficiência de cobre em 
suínos. (o tecido conjuntivo 
da parede vascular precisa 
do cobre e vitamina c) 
O hemangiossarcoma no cão 
pode se originar em qualquer local 
que tenha vaso sanguíneo com 
frequência em átrio direito e baço. 
Ele pode produzir sangramento e 
hemopericárdio ou sangramento e 
hemoperitôneo. 
 
Consequência 
 Choque cardiogênico 
 Insuficiência cardiaca 
aguda 
 
Hemopericárdio 
 
‘’ 
24 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Macroscopia 
 Liquido denso e viscoso 
 A cor do liquido é bem forte 
e não se compara a 
embebição por hemoglobina. 
 
Alterações degenerativas 
- Importante doença valvular em 
cães idosos 
- A maioria dos animais que 
possuem endocardiose não 
desenvolvem insuficiência cardíaca 
por conta disso. 
 
Válvula mitral bastante espessada, com 
formação de nódulos nas bordas livres da 
válvula. Área pálida e com nódulos firmes que 
não se rompem. 
Macroscopia 
- Espessamento nodular, de 
consistência firme, de coloração 
brancacenta ou amarelada, com 
superfície lisa e brilhante, 
localizado nas bordas livres das 
válvulas 
 
- O átrio pode sofrer dilatação, pode se 
romper, e levar o desenvolvimento de 
hemopericárdio 
 
 
 
Alterações inflamatórias 
Endocardite 
- É o processo inflamatório do 
endocárdio. 
- É o diagnóstico diferencial de 
endocardiose 
Essa inflamação pode ser nas 
válvulas (chamada de 
 
‘’ 
25 Patologia especial | Medicina Veterinária 
endocardite valvular) ou nos 
átrios e ventrículos (chamados de 
endocardite mural) 
Endocardite valvular 
- Acomete mais a válvula 
atrioventricular esquerda nos 
animais domésticos 
- No bovino, a válvula mais 
afetada é a atrioventricular direita 
Causas 
 Bactérias (90% dos casos) 
 Parasitas 
 Fungos 
 Processos inflamatórios 
infeciosos em outros locais 
do organismo 
Como ocorre 
- As válvulas estão em situação de 
aposição de suas margens, e o seu 
constante movimento causa um 
desgaste fisiológico. Esse desgaste 
favorece a proliferação de 
bactérias no endotélio das 
válvulas. As enzimas das bactériaspodem favorecer a destruição do 
tecido valvular e a ruptura de 
cordas tendíneas. 
- Os agentes bacterianos mais 
frequentemente isolados são 
Trueperella (Arcanobacterium) 
pyogenes, 
Streptococus spp (bovinos), 
Streptoccocus suis e Erysipelothrix 
rhusiophatiae (suínos), 
Streptoccocus equi e 
Actinobacilus equuli (equinos), 
Staphiloccocus aureu, 
Streptococus spp 
Escherichia coli (cães). 
- Se uma válvula estiver lesada e 
estiver um processo inflamatório 
qualquer no organismo as 
bactérias presentes irão causar 
formação de embolo sépticos 
(bacteremia). 
- A bactéria se adere na válvula e 
ela agrava a lesão. 
Lesões 
- Ulcerações irregulares nas 
bordas das válvulas 
- Massa e coloração amarelada, 
acinzentada (Restos celulares de 
fibrina) 
- As massas são friáveis e 
promovem erosão do endotélio 
valvular quando são retiradas. 
 
 
 
Consequências 
- Estenose 
 
‘’ 
26 Patologia especial | Medicina Veterinária 
- Insuficiência valvular 
- Endocardite mural 
- Geralmente é uma extensão da 
endocardite valvular 
-. Observa-se as algumas áreas do 
endocárdio atrial com superficie 
irregular, rugosa opaca ou 
esbranquiçada. 
- Ocorre a deposição de minerais 
-Pode haver trombos 
Endocardite atrial ulcerativa 
 
- Lesão caracterizadas de placas 
irregulares, com áreas elevadas de 
coloração amarelada no átrio 
esquerdo. Pode observar alguns 
focos de hemorragia. 
- As áreas amarelas caso cortadas 
podem ranger ao corte 
(mineralização) 
 
 
 
 
 
Miocardite 
- Processo inflamatório do 
miocárdio e está associada à 
doenças sistêmicas. 
- Pode ocorrer por conta de 
pericardites e endocardites 
existentes. 
• Pericardite pode causar 
endocardite por extensão. 
- Pode se observar fibrose nos 
processos inflamatórios focais. 
- Nos casos difusos uma ICC 
aguda ou crônica com óbito do 
animal 
- Pode ser foca, multifocal ou difusa 
 
Miocardite supurada/, 
supurativa/purulenta 
- Causada por bactérias 
piogênicas 
- Trueperella (Arcanobacterium) 
pyogenes em bovinos e 
Actinobacillus equuli em equinos, 
- Geralmente ocorre por 
embolismo 
Macroscopia 
• Áreas pálidas multifocais 
• Múltiplos abcessos no 
miocárdio. 
Macroscopia 
• Se observa infiltrado 
inflamatório neutrofílico 
 
‘’ 
27 Patologia especial | Medicina Veterinária 
intenso associado à necrose 
de fibra muscular 
 
 
 
Coração de cão. Coração com tendencia a 
ficar globoso, áreas pálidas no miocárdio. Na 
parede do VE, próximo ao ápice existe uma 
área extensa, de formato irregular 
acompanhada de hemorragia. 
 
 
 
Miocardite hemorrágica 
- Aparece em casos de carbúnculo 
sintomático de bovinos causados 
pelo Clostridium chauvoei 
- É evidente uma musculatura 
hemorrágica e áreas de 
crepitação, formadas pelos gases 
do clostridium 
 
 
 
 
 
 
 
Macroscopia 
É possível notar o músculo 
cardíaco de coloração vermelho-
escura ou marrom-escura e de 
aspecto poroso, semelhante aos 
músculos estriados esqueléticos 
também afetados. 
 
Coração bovino. Áreas multifocais 
vermelho escuras com tendência a 
coalescência. 
 
 
Áreas de necrose, crepitação e 
hemorragia 
Miocardite granulomatosa 
- Pode ocorrer em casos de 
tuberculose bovina, mas não é 
comum 
Em ovinos: Corynebacterium 
 
‘’ 
28 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Algas do gênero Prothoteca está 
associada a infecção sistêmica em 
cães 
- Observa-se nódulos branco-
amarelados com material caseoso 
e, às vezes calcificado. 
 
• Átrio esquerdo é menor que o 
direito 
Ventrículo direito com uma grande 
área de formato ovoide com um 
material brancacento, friável. Lesão 
granulomatosa 
 
Miocardite linfocítica 
- Causada por vírus 
- Parvovírrus canino do tipo 2 em 
cães 
 
 
 
 
 
Oração de cão. Ventrículo 
direito maior, extensas áreas 
pálidas. 
 
Pericardite 
Processo inflamatório do pericárdio 
envolvendo os folhetos visceral e 
parietal 
Pode ser: 
 Seroso 
 Fibrinoso 
 Supurado 
Pericardite fibrinosa 
Tipo mais comum, o miocardio fica 
coberto por um material friável 
(fibrina) que possui coloração 
amarelo-acinzentada. 
 
 
 
 
 
 
 
Pericardite fibrinosa. Hemorragias e material 
fibrinoso e acinzentado no epicárdio e 
pericárdio. Há liquido no pericárdio 
(hidropericárdio) causado pela inflamação 
que aumenta a permeabilidade vascular. O 
pericárdio parietal possui manchas 
arroxeadas e vermelhas (hemorragias). 
- Pode ocorrer também formação 
de grumos na superfície do 
 
‘’ 
29 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
coração que em certas áreas 
formam filamentos de fibrina. 
 
 
 
 
 
 
 
Coração de feto de bovino. Há um material 
fibrinoso recobrindo o coração formando 
uma capa extensa. 
 
- A pericardite fibrinosa tem 
exsudato inflamatório rico em 
fibrina e com o tempo ela sofre o 
processo de organização (reparo). 
No local onde tinha fibrina se forma 
tecido conjuntivo cicatricial 
(fibroso). 
- No processo inicial tem fibrina, se 
o animal sobreviver se forma o 
tecido fibroso (processo 
cicatricial). Então, a fibrina é 
diferente de fibrose e é mais solta 
se desfazendo facilmente. 
 
 
 
 
 
 
Pericardite constritiva (evolução da 
pericardite fibrinosa severa ou 
purulenta) 
- A depender da quantidade de 
fibrina, ela pode ocluir totalmente 
a bolsa pericárdica por tecido 
conjuntivo fibroso causando 
hipertrofia concêntrica ventricular 
(tanto do direito e do esquerdo) 
Pericardite purulenta 
- Causada por bactérias 
piogênicas e pode estar 
associada a piotórax em cães e 
cavalos. 
- Essa alteração é comum em 
bovinos em decorrência de reticulo 
pericardite traumática causada 
por corpos estranhos perfurantes 
oriundos do retículo. 
 
-O exsudato é fino, amarelo verde 
ou cinza. Pode ter sangue junto e 
o animal pode morrer nas fases 
mais precoce da doença por 
conta de choque séptico. 
- A bolsa pericárdica pode ficar 
muito distendida 
- 
 
- Caso não venha a óbito, a 
infecção pode avançar e o animal 
irá ficar sem comer e sentir dor por 
conta da perfuração. 
 
‘’ 
30 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
Coração de bovino. Pericardite supurada. 
Consequência de reticulopericardite traumática. Há 
também atrofia gelatinosa de gordura (o animal ficou 
sem comer) 
* O corpo estranho pode perfurar 
a câmara cardíaca 
 
Alterações degenerativas do 
miocárdio 
- As fibras musculares cardíacas 
são suscetíveis a tipos de lesão por 
exercerem trabalhos contínuos. 
Degeneração hidrópica 
- Acumulo de água e eletrólitos no 
citoplasma das fibras musculares 
cardíacas, deixando-as tumefeitas. 
- Músculo possui aspecto de carne 
cozida 
Causas: 
 Hipóxia 
 Hipertermia+ 
 Toxinas 
Como ocorre: 
A célula retém sódio, acumula 
potássio, aumenta a pressão 
osmótica e a água entra para o 
citoplasma da célula. 
Microscopia 
 Miocardio de coloração 
cinza-pálida com 
consistência friável. 
Degeneração gordurosa 
Esteatose 
- É o acúmulo de lipídios no 
citoplasma das fibras musculares 
cardíacas. 
Causas: 
 Anemia grave 
 Toxemia 
Macroscopia 
- Órgão apresenta coloração 
amarelada alternando com áreas 
de coloração normal. 
Degeneração hialina 
Acúmulo de material acidófilo no 
interior da célula cardíaca por 
conta de uma coagulação de 
proteínas das células musculares. 
Causas: 
 Endotoxinas bacterianas 
 Deficiência de vitamina E 
 Vírus da febre aftosa 
 Atrofia do miocárdio 
 As fibras do miocárdio 
diminuem de tamanho. 
Geralmente ocorre por conta 
de doenças caquetizantes e 
desnutrição. 
 
‘’ 
31 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
Macroscopia: áreas pálidas 
Doença do musculo branco. Bovio. Áreas 
brancacentas na musculatura. 
- A vitamina E previne oxidação 
celular por radicais livres 
- Radicais livres reagem com 
células e a vitamina E previne odano causado pelos radicais 
- Pouca vitamina E e selênio na 
dieta > maior oxidação. 
 
Lipofuscinose (atrofia parda) 
- Está sociada ao processo de 
envelhecimento celular. A 
lipofuscina é um pigmento que 
aparece como grânulos 
amarronzados intracitoplasmáticos 
oriundos de restos celulares. 
- O músculo do miocárdio 
apresenta coloração marrom 
escura. 
- Acomete animais mais velhos / 
doenças caquetizantes. 
 
 
 
Mineralização 
- Ocorre precipitação de cristais 
de fosfato de cálcio intracelulares 
que estão presentes no interior de 
mitocôndrias e extracelulares 
presentes nas vesículas da matriz. 
Essa precipitação ocorre após um 
processo de necrose e/ou fibrose 
das fibras musculares cardíacas. 
- Na macroscopia, observa-se 
áreas branco-amareladas que 
rangem ao corte 
- A mineralização distrófica é uma 
lesão seguida de mineralização 
Causas: 
• Hipercalcemia → 
hiperparatireodismo 
• Hipervitaminose D - excesso 
de reabsorção de cálcio 
• Intoxicação por planta 
calcinogênica → tem 
princípios ativos semelhantes 
a vitamina D → aumentando 
a absorção intestinal de 
cálcio → calcificação de 
tecidos moles nas paredes de 
vasos sanguíneos 
 
 
‘’ 
32 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
Mineralização do miocárdio - Cão 
Alterações metabólica do pericárdio 
 
Atrofia gelatinosa do tecido 
adiposo 
- O tecido adiposo do epicárdio 
se apresenta com uma forma 
gelatinosa e ocorre em quadros de 
caquexia em que os depósitos de 
tecido adiposo são mobilizados 
para a produção de energia. 
 
- O epicárdio possui um deposito 
de gordura e nesse caso fica com 
um aspecto gelatinoso e brilhante. 
Em quadros de caquexia, inanição 
ou anorexia um dos primeiros 
depósitos de gordura que é 
mobilizado é o do epicárdio. 
 
- Não mata e nem altera a função 
cardíaca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gota úrica visceral 
- Caracteriza-se pelo o acúmulo 
de urato no pericárdio, fígado, 
baço, sacos aéreos e peritônio 
parietal. 
- O rim fica com incapacidade de 
excretar o urato, e ocorre a sua 
deposição dos cristais em vários 
locais do organismo. 
Observa-se substância branca 
semelhante a pó de giz nos 
folhetos parietal e visceral. 
 
‘’ 
33 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
Material giz branco (cristais de ácido 
úrico) cobrindo o coração. 
 
Causas: 
 Insuficiência renal 
 Desidratação 
 Dieta hiperproteica 
 Deficiência de vitamina A ou 
excesso 
- Acumulo do material não 
prejudica o animal em si, mas indica 
uma doença adjacente. 
 
Alterações proliferativas 
Neoplasias 
As neoplasias secundárias que se 
originam de metástase são mais 
comuns nos animais, principalmente 
o: 
 Carcioma 
 Linfoma 
Rabdomioma 
É uma neoplasia benigna das 
fibras musculares estriadas 
primárias do coração. 
 ** é rara nos animais domésticos 
Frequentes em suínos mais jovens 
Macroscopicamente 
Apresenta nódulos na parede 
ventricular. Esses nódulos são: 
 Nódulos múltiplos ou únicos 
 Acinzentados 
 Bem delimitados 
 Não encapsulados 
 Sólidos ou císticos 
 Tamanho variando até 3cm 
Histologicamente 
 Células grandes, poligonais e 
redondas 
 Núcleos grandes com um ou 
dois nucléolos 
 Citoplasma abundante e 
bem eosinofílico e 
vacuolizado. 
 
 
 Pode ter celulas bi ou 
multinucleadas 
Neurofibroma 
- Neoplasia benigna dos nervos 
periféricos, provavelmente 
originado nas células de Schwann 
Macroscopicamente 
 São nódulos solitários ou 
múltiplos 
 
‘’ 
34 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
 Os nódulos ficam localizados 
no epicárdio ou miocárdio 
Microscopia 
 Células fusiformes e dispostas 
em feixes ou redemoinho e as 
vezes em paliçada. 
 Quantidade variável de 
colágeno nas células 
Hemangiossarcoma 
- Neoplasia maligna de células 
endoteliais. 
- É mais frequente em cães e 
geralmente se localiza no átrio 
direito. 
Macroscopicamente 
A massa é 
 Vermelha 
 Friável 
 Sem limite preciso 
 Com coágulos sanguíneos 
no seu interior. 
- Pode ocorrer metástase que 
afetam o pulmão e se caso essa 
massa se romper pode haver 
hemopericárdio que pode causar 
óbito por tamponamento cardíaco 
que leva a insuficiência. Aguda por 
conta do sangue vazar da massa 
para dentro do pericárdio. 
 
Hemangiossarcoma no átrio direito de um 
cão. O átrio direito apresenta aumento de 
volume, com nodulações com área vermelho 
escura, esbranquiçada e rosadas. 
 
O hemangiossarcoma pode ter 
área sólida que não forma vaso e 
tem área cavitaria que tem 
formação de vaso. Quanto mais 
maligno ele for, mais área sólida ele 
terá. 
Motivo: a célula endotelial forma 
vasos sanguíneos. O hemangioma 
benigno é bem diferenciado e 
forma muito vaso sanguíneo e não 
tem área sólida nessa neoplasia. O 
hemangiossarcoma é maligno por 
conta das células serem bem 
indiferenciadas e perdem 
habilidade de formar vasos 
sanguíneos formando mais área 
sólida diferente de um 
hemangiossarcoma com menor 
diferenciação. 
 
 
 
 
‘’ 
35 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Mesotelioma 
- Neoplasia oriunda do mesotélio 
(camada de células que recobre 
os órgãos e cavidades corporais). 
- É rara nos animais domésticos 
Macroscopia 
- Nódulos difusos ou com placas 
cobrindo as serosas 
- Nos nódulos pode haver 
componente fibroso envolvido. 
Microscopia 
- Proliferações de estruturas 
ramificadas ou papilares de células 
mesoteliais basais alinhadas sob 
um estroma de sustentação 
fibrovascular. A neoplasia pode 
apresentar invaginações com 
aparência de ácinos que lembram 
adenocarcinomas. As células 
mesoteliais são cuboides a 
poligonais, com núcleos grandes e 
ovais e citoplasma distinto 
 
Linfoma 
. 
- É uma neoplasia maligna de 
linfócitos e tem origem em qualquer 
tecido linfoide. 
 
- É frequente em coração de 
bovino e cães. 
 
Macroscopia 
 Formação de uma ou mais 
massas nodulares que são 
delimitadas ou difusas 
 O coração possui coloração 
brancacenta e consistência 
friável 
 As massas são localizadas na 
parede atrial ou ventricular. 
 Nem sempre o linfoma forma 
nódulos 
 
 
 
Quimiodectomas 
- São tumores da base do 
coração, que atinge células 
quimiorreceptoras. 
- É uma neoplasia de órgãos 
receptores que estão localizados 
na carótida e na aorta, junto à 
base do coração. 
- Os órgãos receptores são corpos 
carotídeos ou aórticos. 
- Os órgãos receptores tem função 
de: 
- Detectar alteração de pH, 
conteúdo de dióxido de carbono 
e oxigênio e auxiliam na regulação 
da respiração e circulação. 
 
 
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36 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
 
 
Nódulos múltiplos de tamanhos variados de 
formato irregular, saliência na superfície 
endocárdica, localizados no miocárdios. 
 
 Alterações dos vasos 
sanguíneos. 
 
Alterações do desenvolvimento 
 
Desvio ou anastomose 
portossistêmica congênita 
 
- É o desvio da veia porta para a 
veia cava por meio de estruturas 
fetais remanescentes, como o 
ducto venoso persistente. 
 
 
Alterações inflamatórias 
 
Arterite 
 
- É a inflamação nas artérias 
 
- Vasculite ou angiite = inflamação 
para mais um tipo de vaso (artéria, 
veias e capilares são afetados) 
 
- Flebite e linfangite = utilizado 
para designar inflamação restrita a 
veias ou a vasos linfáticos. 
 
Causas: 
 
 Doenças infecciosas, 
imunomediadas ou tóxicas. 
 
 Vírus, bactérias, parasitas e 
fungos. 
 
- Nos vasos inflamados há 
leucócitos na parede ou ao redor 
dos vasos associados e há 
alterações degenerativas ou 
necróticas com deposição de 
fibrina. 
 
- Está associado a trombose 
 
 
 
Aorta e esôfago de cão. Arterite crônica e 
aneurisma causados por Spirocerca lupi. Se 
observa áreas de hemorragia, a parede do 
vaso está com dilatação (aneurisma). 
 
- A inflamação pode causar 
enfraquecimento da parede 
vascular. 
 
 
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37 Patologia especial | Medicina Veterinária 
- O aneurisma pode causar 
trombos por causarfluxo turbulento 
gerando lesão endotelial e 
consequente trombose. 
 
 
Arterite parasitária 
 
- Causada pela migração de 
larvas em animais. 
 
- As larvas de Spirocerca lupi por 
exemplo, migram do estômago do 
cão para a adventícia da arota 
torácica de cães, onde crescem 
para a forma adulta e formam 
nódulos na parede da aorta. 
 
- Esse dano pode progredir para 
um aneurisma e uma ruptura fatal. 
 
- As formas adultas da Dirofilária 
immitis estão presentes nas artérias 
pulmonares e no coração direito. 
 
- A intima da artéria apresenta um 
aspecto granular em sua superficie 
endotelial e proliferação 
fibromuscular. 
 
 
Arterites bacterianas 
 
- Ocorrem pela ação do LPS 
(lipopolissacarídio) ou de 
endotoxinas citotóxicas de 
bactérias. Ocorre uma lesão 
diretamente no endotélio ou 
indiretamente por ação de 
prostaglandinas e radicais livres 
de oxigênio liberados durante a 
infecção. 
 
- São originadas por viroses 
sistêmicas. 
 
- As células endoteliais são 
atingidas e as suas paredes 
pequenas e médias apresentam 
necrose fibrinoide, edema e 
infiltração linfo-histioplasmocitária. 
 
Onfaloflebite 
 
- Processos inflamatório que 
envolve o cordão umbilical. 
 
- Ocorre em bezerros devido a 
contaminação bacteriana do 
umbigo logo após o parto e pode 
causar: 
 
 Septicemia 
 Poliartrite 
 Abcessos hepáticos 
 
 
 
- Onfaloflebite supurada em 
bezerro. Parede da veia está 
irregular e com pus. 
 
- A onfaloflebite pode gerar 
embolo séptico e até infecção 
generalizada. 
 
 
 
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38 Patologia especial | Medicina Veterinária 
 
Dilatações e rupturas 
 
Aneurisma 
 
- Dilatação localizada e 
permanente da parede de um vaso 
arterial sendo mais frequente em 
artéria elástica. 
 
- O motivo do aneurisma é o 
enfraquecimento da parede 
vascular, que está distendida além 
da sua capacidade de resistência 
por conta de alterações 
inflamatórias ou degenerativas. 
 
- A dilatação que ocorre em veias 
é conhecida como flebectasia. 
A telangiectasia é a dilatação dos 
capilares comprometendo os 
sinusóides do fígado frequente em 
bovinos. 
 
Rupturas vasculares 
 
- Ocorrem devido a um 
traumatismo e não são 
espontâneas. 
 
- O aumento da pressão arterial e 
degeneração do vaso está 
relacionado e a ruptura 
geralmente ocorre dentro do saco 
pericárdico levando a morte por 
tamponamento cardiaco. 
 
- O choque hipovolêmico pode 
ocorrer se houver ruptura de 
grandes vasos em outras 
localidades causando hemorragia 
nas cavidades. 
 
Trombose e embolismo 
 
- Definição: formação patológica 
de um coágulo sanguíneo ante 
mortem que está aderido a à 
parede vascular 
 
Causas: 
 
- Lesão endotelial, por conta da 
exposição de colágeno da íntima 
levar à aderência de plaquetas 
ativando a cascata de 
coagulação. 
 
- Agentes infeciosos, produtos 
tóxicos ou reações imunomediadas 
 
- Alteração no fluxo sanguíneo. 
 
 Turbulência sanguínea 
 
Alterações na hipercoagubilidade 
 
 Aumento dos fatores pré-
coagulantes ou diminuição 
dos fatores anticoagulantes. 
 
- Lesão endotelial, alterações no 
fluxo sanguíneo e 
hipercoagulabilidade formam a 
tríade de Virchow. 
 
Consequência da trombose 
 
 Obstrução com isquemia 
 Formação de Êmbolos 
 (tromboembolismo) 
 
Embolismo 
 
 
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39 Patologia especial | Medicina Veterinária 
Os êmbolos podem ser sólidos, 
líquidos ou gasosos. Eles não ficam 
aderido a parede do vaso, mas 
são transportados pela circulação 
até parar em um vaso de menor 
calibre 
 
Consequências: 
 Obstrução e isquemia 
tecidual (infarto) 
 Formação de abcessos ou 
processos inflamatórios 
tromboembólicos 
 
 
 
Coração de bovino. Infarto do miocárdio 
devido a tromboembolismo séptico. 
 
 
Coagulação intravascular 
disseminada (CID) 
 
Hipercoagulação sanguínea que 
resulta na formação de 
microtrombos no interior das 
arteríolas e capilares sanguíneos e 
sinusóides. 
 
Causas: 
 
 Endotoxemias e septicemias 
bacterianas 
 Infecções virais, como 
peritonite infecciosa felina e 
peste suína clássic 
 Infecções parasitárias, como 
dirofilariose, queimaduras 
extensas, 
 Pancreatites agudas; e 
processos neoplásicos, como 
hemangiossarcomas e 
leucemias. 
 
Como ocorre: 
 
- Pode começar por uma lesão 
endotelial seguida da exposição 
do colágeno subendotelial, 
agregação plaquetária e 
ativação do processo de 
coagulação. 
 
- A coagulação ocorre de maneira 
excessiva, depleção dos fatores de 
coagulação seguida de 
hemorragia disseminadas. 
 
Os trombos recém formados são 
massas de fibrina firmes, 
amareladas ou avermelhadas, 
aderidas focalmente na íntima do 
vaso, e, nos casos das doenças 
parasitárias, os vermes são 
encontrados em seu interior. 
Os trombos podem obstruir os 
vasos afetados, causando 
isquemia tecidual, se desprender e 
formar êmbolos que obstruem vasos 
distantes de menor calibre. 
 
 
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40 Patologia especial | Medicina Veterinária

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