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ALTERNATIVAS CLINICAS PARA O TRATAMENTO ESTÉTICO DE DENTES ANTERIORES Faceta direta de resina composta São restaurações onde há um desgaste da face vestibular na maioria das vezes e nas porções estéticas das faces proximais. É realizado com o propósito de restaurar esteticamente estas faces. Consiste na aplicação de uma ou mais camadas deste material sobre a superfície do dente para favorecer um melhor resultado estético. Esse tipo de faceta permite o profissional controlar e avaliar o procedimento restaurador desde a seleção de cor até o estabelecimento da morfologia final. Geralmente realizado em uma única sessão clínica, pois requer pouco ou até mesmo nenhum desgaste do dente. As facetas diretas de resina composta apresenta uma expectativa de longevidade clínica em torno de 4 a 8 anos. Para uma melhor adesão remove-se o esmalte aprismático. Para um sucesso funcional e estético depende principalmente do dentista, que deve entender os princípios básicos dos sistemas adesivos e das resinas compostas, diagnosticar o caso clinico com uma visão multidisciplinar e observar os fundamentos da estética dental para tentar reproduzi-las. As facetas em resina composta pode ser classificadas em: Extensão da faceta Parcial - restaura áreas amplas localizadas na face vestibular. Total -restaura toda a face vestibular. Total com recobrimento incisal - restaura toda a face vestibular incluindo redução do bordo incisal e envolvimento parcial da face palatina. Cor do dente a ser restaurado Sem alteração. Com moderada alteração. Com acentuada alteração. Profundidade do preparo Sem desgaste dental. Desgaste em esmalte. Desgaste em esmalte/dentina. Técnica restauradora Com matriz- confecção de uma matriz de resina acrílica previamente ao desgaste da face vestibular, tem o objetivo de copiar a forma e as características morfológicas superficiais e facilitar sua reprodução na restauração final. Sem matriz- reprodução da forma morfológica está na total habilidade do profissional. Indicações das facetas diretas de resina composta Sua indicação está ligada diretamente na modificação de cor, de forma e em casos de dentes mal posicionados Fluorose, displasia do esmalte, tetraciclina, tratamento endodôntico, traumatismos, fraturas, diastemas, má formação de esmalte, dente conoide, ampla lesões cervicais, dentes vitais com alteração de cor, bruxismo, desgaste, lesão cariosa extensa no esmalte, erosão/abrasão amplas, restaurações múltiplas no mesmo dente, dente girovertido, dentes vestubularizados que permitem redução, transformação de caninos em laterais e laterais em centrais, inclinação acentuado na lingual, quando o paciente não quer colocar alinhador ou aparelho fixo, e vários outros. Vantagens das facetas diretas de resina composta Seu custo benefício, resultado estético excelente, não necessita de provisório nem execução de moldagem, facilidade no reparo, preparo conservador, uma única sessão já realiza todo o procedimento, dispensa a etapa laboratorial de confecção, permite ao profissional o controle das ALTERNATIVAS CLINICAS PARA O TRATAMENTO ESTÉTICO DE DENTES ANTERIORES proporções de tamanho, forma, textura, cor e translucidez. Desvantagens das facetas diretas de resina composta Exige habilidade manual e senso estético do profissional, menos resistente e menos estáveis em relação a cor que as facetas cerâmicas, exige maior tempo clinico do profissional. Limitações das facetas diretas de resina composta Dentes muito escuros, em pacientes com hábitos parafuncionais, em pacientes fumantes e/ou com ingestão frequentes de substancias corantes, dentes com grande giroversão ou apinhamento, dentes com alteração na posição para vestibular, características inertes a resina composta, dentes com pouca disponibilidade de esmalte, dente com perda de estruturas. Enquanto o diagnóstico para a realização das facetas diretas de resina composta É imprescindível a realização de um adequado diagnostico do caso clinico, para planejar e decidir a melhor técnica a ser empregada. Devem ser observados alguns fatores como: Expectativa do paciente quanto ao resultado estético e longevidade clínica; Hábitos nocivos do paciente; Higiene oral e saúde periodontal do paciente; As condições do dente e a oclusão dentária. Seleção da resina composta Tradicionalmente usa-se duas categorias de resina composta, as micro-híbridas e as microparticular- a diferença marcante entre esses dois materiais são a quantidade de carga orgânica e o tamanho destas partículas, que são maiores nas resinas micro-híbridas, apresentam maior resistência mecânica, por isso utiliza-se na face palatina, quando se indica alongamento coronário ou recobrimento do bordo incisal. A resina micropartículas propicia um melhor polimento da superfície da restauração, sendo usada como última camada da restauração. Com a tecnologia e a evolução das resinas compostas, um profissional pode confeccionar a faceta com apenas uma categoria de resina composta, outro aspecto fundamental é o uso de diferentes camadas que apresentam diversos graus de opacidade e translucidez. A cor de parede de fundo do preparo, o grau de opacidade/translucidez e a espessura da camada de resina tem uma influência significativa no resultado estético. Protocolo clinico de preparo 1. Anestesia. 2. Verificação dos contatos oclusais. 3. Preparo do dente, determinar a extensão do preparo, confeccionar uma canaleta de orientação que se inicia da região cervical no centro da face vestibular e é direcionada em toda a extensão do dente com a ponta diamantada esférica 1011,1012,1012 ou 1014 (depende da profundidade de desgaste que deseja realizar). Logo após usar a ponta diamantada esférica 4138, 3215, 3216 ou 2235 para confeccionar uma canaleta na vertical no centro da face vestibular, que servira de orientação para a posterior redução desta face no sentido distal e mesial. Procurando manter convexidade nos sentidos mésio-distal e cervico-incisal, a ponta diamantada é posicionada nas 3 regiões (cervical, media e incisal) com diferentes inclinações e dirigida a face mesial inicialmente e se estender em direção a face distal. O desgaste será mais acentuado no terço médio e menor no incisal e cervical. A profundidade media na face vestibular é de aproximadamente 0,5 a 1mm em ALTERNATIVAS CLINICAS PARA O TRATAMENTO ESTÉTICO DE DENTES ANTERIORES dentes com acentuada alteração de cor, e em dentes com moderada alteração de cor de 0,4 a 0,7mm. Em dentes sem alteração de cor, é necessário somente asperização da superfície ou até mesmo nenhum desgaste. m 4. Seleção de cor; 5. Isolamento do campo operatório; 6. Sistema adesivo; 7. Inserção da resina composta; 8. Ajuste oclusal; 9. Acabamento e polimento – quando possível realizar em outra sessão clínica, remover excessos na região proximal com um bisturi nº12, utilizar broca diamantada de granulação fina número 1190F para o estabelecimento da anatomia primaria, iniciar o polimento das restaurações com discos abrasivos e estabelecer convexidade na área proximal e a face vestibular, usar lixas nas faces proximais em movimentos em forma de “S”, polir a restauração utilizando pasta para polimento com disco de feltro, usar ponta siliconada.