Buscar

DIREITO EMPRESSARIAL III

Prévia do material em texto

Direito Empresarial III
13/08/2020 
Recuperação judicial e a falência – dois grandes institutos da lei 11.101/2005 e claro tem a recuperação extrajudicial que tem sua relevância. Bem na verdade a frequência é maior dos procedimentos judicial, podendo se ver algum sucesso no extrajudicial. A atenção acaba recaindo sobre a recuperação judicial, sendo este procedimento é relativamente novo. 
Empresas que pediram recuperação: Oi; Odebrecht (=maior pedido de recuperação da história) OAS. 
Atenção especial para a recuperação judicial que desde 2005 ganhou atenção. Este instituto veio substituir a concorda. A falência é uma velha conhecida que existe a bastante tempo. 
Há algumas propostas tramitando no senado para alteração dessa lei 11.101/05.
---
Concordata – decreto lei 7.661/45. Havia a falência que era trata de forma diferente. Enquanto que a recuperação é uma novidade do que era trazido anteriormente. 
Em ambos os institutos há um concurso de credores. Sendo que na recuperação tem com objetivo de o devedor sair da crise, já a falência é um concurso para “liquidar” os débitos. 
Papel do juiz de direito – sui generis (sem semelhança com nenhum outro, único no seu gênero; original, peculiar, singular) com relação a posição com que eles normalmente ocupam em um processo judicial. A figura do juiz n recuperação do juiz é uma figura muito diferente do eu agente esta acostuma a ver em outros processos. Um exemplo é de que a principal decisão que se toma não é uma decisão tomada pelo juízo da causa. Como funciona esse negocio? (kkkk). A principal decisão é tomada pelo órgão é a assembleia de credores, que basicamente se passa pela aprovação ou reprovação do plano de recuperação e, claro, após essa aprovação da assembleia o jui vai analisar e eventualmente pode praticar algum tipo de decisão que venha contrariar a decisão final da assembleia (“grendau”). O mais comum e usual, é que após a assembleia decidir o juiz dará a decisão de concessão de recuperação judicial. E então começa a fase de execução do plano, em um segundo momento essa exceção deixa de se dar perante ao juiz e de forma “extrajudicial”.
Convolação (=alterar ou modificar de ponto de vista) da recuperação judicial em falência – por alguma situação que acaba não saindo conforme o plano, essa recuperação acaba transformando em falência, um decreto de falência. Ex.: a não aprovação pela assembleia acarreta em falência. 
Princípios e objetivos: 
Art. 47 seria o artigo 5º da CF. 
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Princípios que se extrai do artigo: preservação da empresa; função social (art. 170 CF); 
A construção dessa lei se deu com a construção da jurisprudência, onde foram sendo aplicadas leis de forma interpretativa, ....
RS: Em POA e NH temos varas especializadas em processos judicias de falência e recuperação. 
Outros princípios: retirada do mercado da empresa inviável (situação de crise crônica e permanente); participação ativa dos credores (devedor tem o papel importante de enviar um plano de recuperação minimamente palatável aos credores); separação dos conceitos de empresa e empresário (quem pode se beneficiar da lei? Empresário, seja ele PJ ou PF); redução do custo de crédito; proteção ao trabalhador (crédito trabalhista ocupa a primazia no recebimento dos créditos tanto na recuperação como na falência. Uma serie de garantias ao crédito trabalhista); preservação e maximização dos ativos do falido; celeridade, eficiência e economia processual (claro, esses objetivos que se tenta alcanças através de principio nem sempre é alcançado, infelizmente há processos de falência e recuperação que perduram no tempo e, por vezes, acabem prejudicando até o fim em si que se busca com o procedimento. Essa é uma crise maior do próprio Poder Judiciário); segurança jurídica e previsibilidade; favorecimento das empresas de menor porte; rigor na punição dos crimes falimentares e recuperatórios; 
Que tipo de crise é a apropriada para o devedor se utilizar desse instituto? É a crise uma crise patrimonial? 
Na verdade, é possível que o devedor confrontado por uma crise patrimonial, ou seja, os valores da divida ultrapassem o do patrimônio é possível que mesmo assim esse devedor encontre meios para se financiar no mercado e superar essa situação. 
A crise que dá ensejo à utilização dos institutos é aquela que a doutrina costuma referir como crise insolvência/insolvabilidade. É uma crise que leva ao descumprimento, ao não pagamento por parte do devedor. 
A crise que da ensejo é aquela que a doutrina costuma definir como insolvência ou insolvabilidade, ou seja, aquela que leva ao inadimplemento, situação crônica;
Art. 94, I – (não pagamento de obrigação líquida em título ou títulos executivos cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 salários-mínimos).
Diferença entre recuperação e falência e insolvência: Em ambas, há concurso. Na recuperação, concurso de observação (=cuidar se o plano esta sendo cumprido). Na falência, concurso de liquidação. Waldo Fazzio Júnior, p.94. 
(ADENDO) O que é esse concurso? Qual a ideia dos instituídos da recuperação e da falência?
Inicialmente, o credor a ter seu débito inadimplido irá cobrar o devedor e, por obvio, aqueles que chegarem primeiro terão os seus valores recebidos. Pois bem, tecnicamente ganha aquele credor que consegue ser mais ágil, rápido e conseguir efetivamente a forma de satisfação do crédito, ou seja, aquele que chega primeiro, igual na corrida. 
RECUPERAÇÃO – ART. 47 
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
FALENCIA – ART. 75
A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa.
INSOLVÊNCIA CIVIL – art. 1.052 do CPC. 
Até a edição de lei específica, as execuções contra devedor insolvente, em curso ou que venham a ser propostas, permanecem reguladas pelo Livro II, Título IV, da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 .
A quem se aplica? – art. 1º
Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.
Empresário e sociedade empresária, mas afinal quem são essas pessoas? - Art. 966 CC). 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
---
ANOTAÇÕES NO PPT: pressupostos e condições do pedido (13.08).
Fomos até o slide 14. 
20/08/2020
Terminamos o slide da aula anterior. 
Slide: Trabalho em grupos grau a (03 pontos) – RELATO DO ACÓRDÃO
Apresentação aproximada de 10 minutos (evitar uma apresentação de 2 min) – todos devem efetivamente colaborar. Pode fazer PPT; 
Escolher um acórdão representativo sobre um dos temas as seguir – significado de “representativo”: pedagógico, que tenha uma discussão de fato, que diga algo a mais sobre o conteúdo, agregar valor;
GA: se concentrar na recuperação judicial. GB: se concentrar na falência; 
Enviar por e-mail para o professor o acórdão escolhido para apresentação (da uni e do gmail);
ANOTAÇÕES NO SLIDE: Deferimento do processamento do pedido de recuperação judicial. 
Fomos até o slide 09. 
27/08/2020
Apresentação de trabalho24/09 – Assunto: assembleia de credores. 
ANOTAÇÕES NO SLIDE: verificação de créditos. 
Fomos até o slide 14. 
03/09/2020
Slide: Plano de recuperação judicial
Apresentação do pós-graduando Dita quanto aos planos de recuperação judicial mais aceito. Foram analisados 43 processos nas varas especializas do RS. 
Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros:
I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;
II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente; (este um meio mais ligado à operação societária, ou seja, uma solução societária para a crise da empresa).
III – alteração do controle societário;
IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos;
V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar; (não é proposto por a administração da empresa é “dividida”)
VI – aumento de capital social;
VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados;
VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro;
X – constituição de sociedade de credores;
XI – venda parcial dos bens; (meio muito utilizado, pois para a recuperação judicial ter sucesso é necessário que ingresse na empresa capital a fim de adimplir os valores)
XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;
XIII – usufruto da empresa; (menos proposto por perde a gestão da empresa)
XIV – administração compartilhada; (menos proposto por perde a gestão da empresa)
XV – emissão de valores mobiliários;
XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor.
§ 1º Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia.
§ 2º Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial será conservada como parâmetro de indexação da correspondente obrigação e só poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de recuperação judicial.
	
Legenda: os sublinhados são o mais proposto, o tachado os menos propostos e os marcados os mais aprovados. 
Dos 43 processos pesquisados apenas 04 foram aprovados tacitamente, ou seja, a assembleia de credores é desenvolvida e comprovada. Para que os planos tenham sucesso é necessário que haja uma programação, com prazo para pagamento. 
Todos os planos tiveram mais de dois anos, logo, o prazo não é respeitado.
Não há recuperação sem ingresso de capital novo, ou seja, não há recuperação sem apresentar para seus credores recursos e formas de pagamento. 
Slide: Recuperação e falência 
Plano de recuperação judicial:
Prazo – 
Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, e deverá conter: [...]
*A ideia é que se o recuperando não consegue apresentar o plano, provavelmente não conseguirá seguir com a recuperação. É de se supor que não se esteja usando a recuperação de forma serie, ou seja, uma empresa em um grau de comprometimento que é mais provável a falência. 
Prazos não processuais (esse e aquele de 180 dias), ou seja, não precisa se contar em dias uteis... 60 dias corridos. 
Conteúdo- 
I – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, conforme o art. 50 desta Lei, e seu resumo;
II – demonstração de sua viabilidade econômica; e
III – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada.
Meios de recuperação (art. 50, rol exemplificativo, ou seja, se a empresa recuperanda tiver outros meios que possam proporcionar o seu seguimento, ela poderá)–
I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;
II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente;
III – alteração do controle societário;
IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos;
V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar;
VI – aumento de capital social;
VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados;
VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva (precisará passar pelo crivo da justiça que tem a competência, aqui a trabalhista);
IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro;
X – constituição de sociedade de credores;
XI – venda parcial dos bens;
XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;
XIII – usufruto da empresa;
XIV – administração compartilhada;
XV – emissão de valores mobiliários;
XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor. 
Limitações ao plano quanto a autonomia do devedor, no sentido de proposição de meios de recuperação. 
- Tratamento do crédito trabalhista: 
Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial.
Parágrafo único. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.
*A ideia é que os créditos trabalhistas estejam menos sujeitos a possibilidade de sofrer uma maior dilação do pagamento por força da aprovação de um plano de recuperação. A recuperação não pode ser vista como pura e simplesmente de postergar um crédito trabalhista. 
· O plano também não pode alterar o valor do crédito trabalhista que é matéria de competência exclusiva da Justiça do Trabalho.
· Termo inicial: concessão da recuperação
 
- Garantias reais (se a proposta for de venda de bens, deve-se observar se este bem tem anotado a garantia real):
Art. 50. [...]
§ 1º Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garanti. (tem que ser expressamente autorizada pelo credor)
· Sem a aprovação, a cláusula é ineficaz em relação ao credor. (a alienação é ineficaz ao credor, ou seja, essa restrição acompanha o bem). 
- Variação cambial:
Art. 50. [...]
§ 2º Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial será conservada como parâmetro de indexação da correspondente obrigação e só poderá ser afastadase o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de recuperação judicial.
· Novamente, sem a aprovação, a cláusula é ineficaz em relação ao credor.
- Garantias fidejussórias: 
Art. 49. [...]
§ 1º Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso. (elas não são extintas em razão do plano). 
- Igualdade de tratamento:
Enunciado 57 da Primeira Jornada de Direito Comercial do Conselho da Justiça Federal
O plano de recuperação judicial deve prever tratamento igualitário para os membros da mesma classe de credores que possuam interesses homogêneos, sejam estes delineados em função da natureza do crédito, da importância do crédito ou de outro critério de similitude justificado pelo proponente do plano e homologado pelo magistrado.
· Admite-se, eventualmente, a possibilidade de diferenciação dentro da classe, observando a existência de um sub grupo. O que não se pode haver é diferenciação casuística. 
10/09/2020
Dr. Arthur Alves Silveira – advogado (Escritório: Medeiros e Medeiros). 
Recuperação judicial (O advogado entende que há quatro fases, apesar da doutrina defender que são três, sendo eles, o segundo, terceiro e quarto): 
Preparatórios – atos necessários indispensáveis para o êxito e o deferimento do processo da recuperação judicial, além da viabilidade econômica do decorrer no processo, que o final e ao cabo o objetivo da lei em seu art. 47. Este é o primeiro grande marco. 
Postulatória - Com a petição inicial, atendidos todos os requisitos legais, tempos o primeiro marco temporal do processo, que é a decisão de deferimento do processamento da recuperação judicial. O Conselho Nacional de Justiça aconselha que antes de deferir o processamento, especialmente nas varas especializadas (RS – POA e uma Regional em NH), seja realizada uma constatação previa (alguns chamam de perícia prévia), a fim de verificar se ao fim e ao cabo esta empresa tem atividade empresarial, existe, se possui os colaboradores que diz possuir na exordial, se a documentação contábil esta em dia e regular... Normalmente esse “perito” será o administrador judicial. Logo, ele elaborará um relatório... Estando ok, o juiz defere o processamento e nomeia um administrador judicial. Na pratica o administrador não administrada nada da empresa, ele é um fiscal, um braço do juízo que ira fiscalizar e zelar elo bom andamento do processo judicial. O primeiro ato do AJ é assinar um termo e a partir de então ele tem responsabilidade e prestar “esclarecimentos” para a própria sociedade/empresa, credores e magistrado. 
AJ – pessoa que irá fazer o “cara, crachá” de toda a documentação e a petição inicial, se a listagem dos credores esta ok, os credores tem prazo para se apresentar junto ao AJ para ser incluído nesta lista (isso se dá em petição simples, extrajudicial, apenas para formalizar, por diversos meios de comunicação), se os valores estão certos... 
ECOFICS – 90% das discussões de créditos foram filtradas na fase administrativa pelo AJ, isso significa que milhares de processos deixaram de desaguar no judiciário (discussão de divergência de valores). E das habilitações e divergências judiciais e também aquelas retardatárias, algumas até hoje não se teve desfecho. 
Feita a análise dos documentos e da exordial é apresentado ao juízo um relatório pormenorizados de todas as habilitações, divergências e inconsistência que existiam na lista inicial de credores. E então o AJ faz publicar uma nova listagem pós-verificação e desse modo, uma listagem mais fidedigna daquela recuperação. Logo, teremos um esboço muito próximo do quadro de credores, daqueles que irão votar na assembleia, àqueles que estão sujeitos à execução e daqueles que não, com exceção desses que estão sub judice (em julgamento). 
A partir de então, se faz publicar um edital onde todos os interessados, inclusive a recuperando, AJ, MP, podem provocar o judiciário. Então, se instaura a fase judicializada das divergências e habilitações de créditos. 
A fase de habilitação administrativa não tem custas, sendo que o AJ é remunerado pela recuperanda, conforme o arbitramento pelo juiz. Mas na fase judicial tem a cobrança de custa, ela é praticamente um processo sob o rito do processo originário, com sucumbência na maioria dos casos (há discussão neste ponto, se é devido ou não), contraditório. 
Esse edital onde lista s credores e dá conhecimento da recuperação judicial é um só, em razão da economia processual e celeridade, entre outros. 
A partir de então temos o prazo para os credores se insurgirem com relação ao plano. 
99% dos casos há insurgência. Desse modo, o juízo tem que determinar a assembleia geral de credores. 
Assembleia de credores é um ato formal e solenidade indispensável quando há essa objeção ao plano. Havendo a objeção de um credor que tenha um real para receber, terá que ser feito a assembleia. 
Não havendo objeção esse plano vai para homologação judicial e não havendo nenhuma ilegalidade (passando pelo controle de legalidade do poder judiciário que não acaba se insurgindo acerca das questões negociais, mas basicamente legais) o plano é homologado sem a assembleia. 
Com o deferimento do processamento a recuperanda precisa começar a conversar com seus credores observando aqueles estratégicos, mas conversar com todos (não adianta deixar para assembleia achando que lá resolverá. Ex. Padaria Listo localizada na Av. Padre chagas). A transparência, diálogo e a negociação devem ser um norte do processo de recuperação judicial, sendo está, talvez, a grande fase do processo que acaba proporcionando dentro de um ambiente de estresse e blindagem por força do stei a recuperanda e seus credores de conversaram. Apesar de o AJ não ser um instituo de mediação, ele precisa ter esse espirito para conduzir esse processo. 
Normalmente a assembleia não se instaura em primeira convocação, em razão do quórum, haja vista a necessidade de ter 50% mais 1 dos credores presentes. 
Na segunda convocação que se da em uma semana, 10 dias depois, há a instalação da assembleia com qualquer quórum e aqueles credores que estão credenciados na segunda convocação serão eles que votarão exclusivamente e independentemente das suspensões que venham a ter naquele processo judicial. 
A assembleia geral de credores é una, o que acontece é a suspensão da reunião por um prazo (10, 30 dias, 24 horas) por isso que só pode votar na quem esteve presente na instauração.
Homologado o plano nos temos uma decisão de concessão de recuperação judicial que é o marco final. O palestrante diz que é a segunda maior decisão dentro do processo, pois com essa decisão há a novação e todos esses créditos. 
E ainda, nos temos a última decisão, que é a decisão de levantamento que ocorre depois de dois anos após a homologação e concessão da RJ. É nesse período de dois anos que o AJ trabalha, fiscaliza se o plano esta sendo cumprido que fosse a fase executória. O plano pode ter duração de 20 anos, mas independente desse período, após dois anos é retirada da RJ, bem como é excluída a anotação de recuperação judicial de todos os registros e é vida que segue. Se ela não pagar o credor pode executar, pedir falência, o que quiser, mas aquele processo judicial acabou. 
Deliberativa – 
Executória –

Continue navegando