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9 - DPF-M2T1 - A HISTÓRIA DA FILOSOFIA - O LONGO PERCURSO DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO

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DESENVOLVIMENTO 
DO PENSAMENTO 
FILOSÓFICO 
MÓDULO 2 
TÓPICO 1 
PROFESSOR ESPECIALISTA LUIS ALBERTO DA SILVA 
 
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INTRODUÇÃO 
 
Prezado acadêmico (a), 
 
Neste segundo módulo viajaremos pela História da Filosofia. A História da Filosofia 
confunde-se com a própria história do homem. É empenhando-se em pensar o mundo, sua 
estrutura, seu significado, seu sentido é que o homem descobre-se como construtor do próprio 
mundo e de si mesmo. A construção do homem se dá com a construção do conhecimento, 
pois sem este, o homem seria apenas um ser natural seguindo a inevitabilidade própria dos 
seres que não possuem a liberdade de construir a própria história. 
Num primeiro momento, os filósofos se ocuparam em buscar resposta para origem do 
mundo. A questão era, porque existe “algo” ao invés do “nada”? A pergunta talvez não fosse 
original, muitos homens talvez já tivessem realizado, mas a resposta não podia ser simplista, 
infundada ou fundada no sobrenatural. Ela deveria atender ao apelo da racionalidade. Por isso 
a resposta deveria ser encontrada na própria natureza. Assim esforçaram-se os primeiros 
filósofos em encontrar a “arché”, um princípio fundamental de todas as coisas existentes. As 
respostas foram várias: água, fogo, número, ar; porém o totalmente novo foi o esforço 
construir um modelo explicativo do mudo fundado na razão. 
Com o desenvolvimento do pensamento filosófico surge, sobretudo em Atenas, 
pensadores considerados clássicos da Filosofia, num período denominado sistemático. É aqui 
que aparecem autores como Sócrates, Platão e Aristóteles. Os sistemas filosóficos que, de 
certo modo, configuraram o pensamento ocidental. Sócrates, busca responder as questões 
essências da vida humana a partir do autoconhecimento. Para contemplar a verdade é 
necessário primeiro desenvolver o conhecimento de si mesmo, pois é no interior do indivíduo 
que se encontra a verdadeira sabedoria. Daí a as temáticas mais importantes estarem 
relacionadas ao ser humano: política, ética, conhecimento, sabedoria, e também a ações 
práticas como uma vida simples e moderada. 
Platão desenvolve sua reflexão propondo a existência de dois mundos, o sensível, 
marcado pelo conhecimento e apreensão dos objetos que nos advém pelos sentidos. Como 
são frutos de impressões sensíveis, são mutáveis, efêmeros e transitórios. E o intelegível, um 
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mundo onde as realidades são perfeitas, verdadeiras, por isso apenas alcançada pela 
inteligência. Essa realidade Platão chamou de ideia como sendo a essência verdadeira de 
tudo que existe (essa teoria é descrita em seu mito da caverna). O objetivo do homem é 
romper com a ilusão dos sentidos para contemplar as ideias verdadeiras do mundo inteligível. 
A Filosofia seria o meio pelo qual o indivíduo percorreria esse caminho. 
Aristóteles, o maior dentre os filósofos segundo muitos autores, sistematizou todo 
pensamento então existente. É considerado o criado da Lógica, da Ética, da Metafísica, área 
esta onde expõe sua teoria sobre o ser. Aristóteles, discípulo de Platão, rompe com a teoria 
dos dois mundos de seu mestre, afirmando que as duas realidades apresentadas por Platão 
se encontram nesse mundo, nas próprias coisas. Todas as coisas são formadas por essência 
e acidente, matéria e forma. 
Depois do período sistemático a Filosofia diminui sua produtividade. Grécia agora 
dominada politicamente não goza da liberdade de outrora. O amor pela cultura grega de 
Alexandre, dominador macedônico, faz surgir um período denominado helenismo, que a 
difusão da cultura grega por grande parte do mundo. Nesse período as reflexões gravitam 
sobretudo na ética. Surgem correntes como Ceticismo, Epicurismo e Estoicismo que buscam 
entender o melhor o lugar do homem no mundo, seja na satisfação moderada dos poderes, 
seja pela rejeição absoluta das paixões. 
Portanto, vamos focar o tópico 1 no estudo da Filosofia Antiga. 
Boa Leitura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 MÓDULO 2 – A HISTÓRIA DA FILOSOFIA. 
 
Tópico 1 : O LONGO PERCURSO DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO 
 “O homem é visivelmente feito para pensar, e toda a sua dignidade, e todo o seu mérito, e 
todo o seu dever consistem em pensar corretamente” (Pascal) 
Como você pode perceber a Filosofia teria surgido na Grécia, aproximadamente no 
século VII e VI a.C. Um fator interessante é que ela começa primeiro nas colônias para só 
depois atingir a pátria-mãe. 
“Mas há um fato muito importante a destacar, confirmando de modo ainda melhor o que 
já dissemos: a filosofia nasce primeiro nas colônias e não na mãe-pátria. Mais 
precisamente, primeiro nas colônias orientais da Ásia Menor (em Mileto) e logo depois 
nas colônias ocidentais da Itália meridional- e só depois refluiu para a mãe-pátria. E 
isso aconteceu precisamente porque, com sua operosidade e com seu comércio, as 
colônias alcançaram primeiro uma situação de bem-estar e, devido à distância da mãe-
pátria, puderam construir instituições livres antes do que ela” (REALE, 1990, p. 20). 
Por isso encontramos em Mileto, mais precisamente Tales, o primeiro filósofo, 
considerado por muitos como sendo o “pai da Filosofia ocidental”. 
 
Tales da cidade de Mileto 
Fonte: https://filosofiaevertigem.wordpress.com/2009/03/22/tales-de-mileto-624-548-ac/ 
 
Desde o surgimento, tem-se procurado, para fins de estudo, dividir a História da 
Filosofia em períodos. Note-se que esta divisão é didática, pois o período não tem um começo 
e um fim exatos. O que ocorre são progressivas mudanças que acabam por implicar em 
diferentes concepções de mundo. 
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Observe a divisão esquemática da História da Filosofia: 
 Séc. VII a.C. séc. V d.C. séc. XV d.C. séc. XIX d.C. 
 FILOSOFIA ANTIGA -------I----- FILOSOFIA MEDIEVAL -------- I -------FILOSOFIA MODERNA------- I-------FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA-------- 
 Pré-socráticos Patrística Renascimento Idealismo 
 Sistemático Escolástica Racionalismo Positivismo 
 Helenismo Empirismo Marxismo 
 Iluminismo Existencialismo 
Ao observar o esquema acima você pode perceber que cada época tem seu foco de 
interesse e os temas para os quais a Filosofia se volta que dão origem a diversas correntes 
filosóficas. Observe as características principais e os principais autores de cada período. 
Nosso objetivo é o de apenas apresentar de modo sintético a História da Filosofia a partir dos 
principais filósofos. 
 
Continue assistindo ao vídeo indicado abaixo. 
Vídeo: Introdução Inicial ao Estudo da filosofia : O que é Filosofia? 
 
https://www.youtube.com/watch?v=R66F4aJKTbw 
 
Filosofia Antiga (séc. VII a. C. – V d.C.) 
A maioria dos filósofos primitivos queriam encontrar o princípio de todas as coisas existentes 
 (Aristóteles) 
OS PRÉ-SOCRÁTICOS 
Os filósofos que viveram antes de Sócrates se preocupavam muito com o Universo e 
com os fenômenos da natureza (physis), daí esse período ser denominado de naturalista . 
Buscavam explicar tudo através da razão e do conhecimento científico. Eram chamados de 
físicos ou cosmólogos (preocupação quase que exclusiva com os problemas cosmológicos: 
como tudo se originou? De que é feito o universo? Como surgiu a vida? Quais são os 
elementos fundamentais do universo?), pois seu interesse era o de encontrar ma própria 
natureza um princípio (arché – arqué: princípio originário) que explicasse a origem de tudo que 
é natural. 
Vejamos agora alguns autores da Filosofia Antiga 
 
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Tales de Mileto (624-548 a. C.) 
Fenício de origem, é considerado o fundador da escola jônica. É o mais antigo filósofo 
grego. Tales não deixounada escrito, mas sabemos que ele ensinava ser a água a substância 
única de todas as coisas. Cultivou também as matemáticas e a astronomia, predizendo, pela 
primeira vez, entre os gregos, os eclipses do sol e da lua. No plano da 
astronomia, fez estudos sobre solstícios a fim de elaborar um 
calendário, e examinou o movimento dos astros para orientar a 
navegação. Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e 
dá origem à terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que 
retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo de 
seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as diversas 
formas de vida, vegetal e animal. A cosmologia de Tales pode ser 
resumida nas seguintes proposições: A terra flutua sobre a água; A 
água é a causa material de todas as coisas. Todas as coisas estão 
cheias de deuses. 
Tales acreditava em uma "alma do mundo", havia um espírito 
divino que formava todas as coisas da água. Tales sustentava ser a 
água a substância de todas as coisas. 
 
Conheça um pouco mais sobre Tales de Mileto. 
Vídeo: Tales de Mileto 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=34n8FBzf-fI 
 
Heráclito ( 540- 470 a. C) 
Nasceu em Éfeso, cidade da Jônia, descendente do fundador 
da cidade. É considerado o mais importante dos pré-socráticos. 
Chama a atenção, além da pluralidade, para os opostos. Tanto o bem 
como o mal são necessários ao todo. Deus se manifesta na 
natureza, abrange o todo e é crivado de opostos. O logos é o 
princípio cósmico, elemento primordial, e a razão do real, a 
inteligência. A verdade se encontra no devir, não no ser. Com 
sentidos poderosos, poderíamos vê-lo. 
O ponto de partida do pensamento de Heráclito é o caráter 
Ilustração de "Illustrerad verldshistoria 
utgifven av E. Wallis. volume I": Thales. 
Heráclito 
Fonte: 
http://kdfrases.com/autor/her%C3%A1clito 
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transitório e mutável das coisas: nada existe de permanente e fixo no mundo. Símbolo desse 
devir, mudança contínua é o fogo , considerado o elemento primordial para Heráclito. É dele a 
frase de que tudo flui. Não entramos no mesmo rio duas vezes e o sol é novo a cada dia. É o 
filósofo do devir, a lei do universo, tudo nasce se transforma e se dissolve. 
 A verdade se encontra no devir, não no ser. Com sentidos poderosos, poderíamos vê-lo. 
 
Descubra um pouco mais sobre Heráclito . 
Vídeo: Heráclito: o filósofo do fogo e do movimento 
 https://www.youtube.com/watch?v=oLnAyYD0go4 
 
Parmênides (544- 450 a. C.) 
É o primeiro pensador a discutir questões relativas ao Ser. A partir do seu poema 
intitulado Sobre a Natureza, ele nos traz as possibilidades de conhecê-lo, tendo em relação a 
ele um conhecimento verdadeiro e universal, e para chegarmos a este conhecimento, torna-se 
necessário o abandono dos sentidos, pois o verdadeiro não pode ser percebido pelo nosso 
campo sensorial e sim pensado, compreendido por nossa razão. 
Sua doutrina opõe-se ao dualismo pitagórico e, de forma extremada, ao mobilismo de 
Heráclito. Ao tudo flui de Heráclito, Parmênides apresenta o “tudo permanece”. A essência 
básica de sua filosofia está na identificação entre o ser e o pensamento lógico, na ideia de que 
o ser e o pensar são a mesma coisa. 
A verdade é o Ser. O Ser é o verdadeiro, e é na vida da 
verdade que nós temos que caminhar. E é pela razão que 
atingirmos o Ser que é Uno, indivisível, imutável, intemporal. Ao 
contrário, o não-ser, não é: “ou uma coisa é ou não é. Se é, não 
pode vir a ser, porque já é. Se não é, não pode vir a ser, porque do 
nada não se tira nada”. 
Assim, a máxima elaborado por Parmênides: O Ser é e o 
não-ser não é, norteará todas as discussões ulteriores sobre o Ser. 
As respostas variadas serão dadas para defender e ou refutar a 
tese parmenediana do Ser Uno e imutável. 
 
Continue estudando os pré-socráticos vendo o filme indicado abaixo. 
Vídeo: FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS: PARMÊNIDES DE ELÉIA 
 https://www.youtube.com/watch?v=BG9CKoPLSJ0 
Parmênides 
Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parm%C3%AAni
des 
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PERÍODO CLÁSSICO 
O segundo período da história do pensamento grego é o chamado período sistemático. 
Nesse período realiza-se a sua grande e lógica sistematização, culminando em Aristóteles, 
através de Sócrates e Platão , que fixam o conceito de ciência e de inteligível, e através 
também da precedente crise cética da sofística. 
O interesse dos filósofos gira, de preferência, não em torno da natureza, mas em torno 
do homem e do espírito, da metafísica passa-se à gnosiologia e à moral. Daí ser dado a esse 
segundo período do pensamento grego também o nome de antropológico, pela importância e o 
lugar central destinado ao homem e ao espírito no sistema do mundo, até então limitado à 
natureza exterior. 
Os sofistas 
Após as grandes vitórias gregas, atenienses, contra o império persa, houve um triunfo 
político da democracia, como acontece todas as vezes que o povo sente, de repente, a sua 
força. E visto que o domínio pessoal, em tal regime, depende da capacidade de conquistar o 
povo pela persuasão, compreende-se a importância que, em situação semelhante, devia ter a 
oratória e, por conseguinte, os mestres de eloqüência. Os sofistas, sedentos de conquistar 
fama e riqueza no mundo, tornaram-se mestres de eloqüência, de retórica, ensinando aos 
homens ávidos de poder político a maneira de consegui-lo. Diversamente dos filósofos gregos 
em geral, o ensinamento dos sofistas não era ideal, desinteressado, mas retribuído. O 
conteúdo desse ensino abraçava todo o saber, a cultura, uma enciclopédia, não para si 
mesma, mas como meio para fins práticos e empíricos e, portanto, superficial. 
Sócrates (470 – 399 a. C.) 
"Só sei que nada sei." Com essas palavras Sócrates reagiu ao pronunciamento do 
oráculo de Delfos, que o apontara como o mais sábio de todos os homens. O pensador foi o 
primeiro do grande trio de antigos filósofos gregos, que incluía ainda Platão e Aristóteles, a 
estabelecer, na Grécia antiga, os fundamentos filosóficos da cultura ocidental. 
Sócrates nasceu em Atenas. Era filho de uma parteira, Fenarete, e de Sofronisco, 
homem bem relacionado nos meios políticos da cidade. Como não deixou obras escritas, tudo 
o que se sabe de sua vida e de suas ideias é o que relatam principalmente autores como 
Platão e Xenofonte. Na juventude, participou de várias batalhas da guerra do Peloponeso. 
Casou-se tardiamente com Xantipa e teve três filhos. 
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Passava a maior parte do tempo ensinando em lugares públicos, como praças, 
mercados e ginásios, mas ao contrário dos filósofos profissionais - os sofistas, que combatia 
com vigor - não cobrava por suas lições. 
Segundo palavras de Cícero, "Sócrates fez a filosofia descer dos céus à terra". Antes, 
os filósofos buscavam obsessivamente uma explicação para o mundo natural, a physis. Para 
Sócrates, no entanto, a especulação filosófica devia se voltar para outro assunto, mais 
urgente: o homem e tudo o que fosse humano, como a ética e a política. 
Sócrates dizia que a filosofia não era possível enquanto o indivíduo não se voltasse 
para si próprio e reconhecesse suas limitações. "Conhece-te a ti mesmo" era seu lema. Para 
ele, a melhor maneira de abordar um tema era o diálogo: por meio do método indutivo que 
denominou "maiêutica", numa alusão ao ofício de sua mãe, era possível trazer a verdade à luz. 
No ano 399 a.C., Sócrates foi acusado de corromper a juventude e desdenhar o culto 
aos deuses tradicionais. Ao que parece, a acusação fora motivada pelo fato de ter sido ele o 
educador de Alcibíades e Crítias, considerados traidores da democracia. O processo foi 
montado de modo a forçar o pensador a contrariar suas ideias e a 
retratar-se. A maioria dos comentadores concorda que ele teria 
sido poupado se não se mostrasse tão inflexível. 
A sentença, envenenamento com cicuta, foi executadatempos depois. Na prisão, continuou a receber amigos e discípulos 
para debater assuntos como a morte e a imortalidade da alma. 
Rejeitou vários planos de fuga elaborados por Critão e outros 
amigos. Suas últimas palavras foram para encomendar o sacrifício 
de um galo a Esculápio, o deus a quem se atribuía a cura da 
fadiga e dos males da vida. 
 
 
Conheça Sócrates vendo o vídeo indicado abaixo. 
Vídeo: Grandes Pensadores: Sócrates 
https://www.youtube.com/watch?v=809bdDKp1BA 
 
 
Platão (427 – 347 a.C.) 
Diversamente de Sócrates , que era filho do povo, Platão nasceu em Atenas de pais 
aristocráticos e abastados, de antiga e nobre estirpe. Temperamento artístico e dialético - 
Sócrates 
Fonte: 
http://www.diegomaia.com.br/blog/as-tres-
peneiras-de-socrates-e-a-fofoca-no-
ambiente-de-trabalho/ 
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manifestação característica e suma do gênio grego - deu, na mocidade, livre curso ao seu 
talento poético, que o acompanhou durante a vida toda, manifestando-se na expressão 
estética de seus escritos. 
Aos vinte anos, Platão travou relação com Sócrates - mais velho do que ele quarenta 
anos - e gozou por oito anos do ensinamento e da amizade do mestre. Em Atenas, pelo ano 
de 387, Platão fundava a sua célebre escola, que, dos jardins de Academo, onde surgiu, 
tomou o nome famoso de Academia. 
Platão, ao contrário de Sócrates, interessou-se vivamente pela política e pela filosofia 
política. 
Platão é o primeiro filósofo antigo de quem possuímos as obras completas. Dos 35 
diálogos, porém, que correm sob o seu nome, muitos são apócrifos, outros de autenticidade 
duvidosa. A forma dos escritos platônicos é o diálogo, transição espontânea entre o 
ensinamento oral e fragmentário de Sócrates e o método estritamente didático de Aristóteles. 
No fundador da Academia, o mito e a poesia confundem-se muitas vezes com os elementos 
puramente racionais do sistema. Faltam-lhe ainda o rigor, a precisão, o método, a terminologia 
científica que tanto caracterizam os escritos de Aristóteles. 
Como já em Sócrates, assim em Platão a filosofia tem um fim prático, moral; é a grande 
ciência que resolve o problema da vida. Este fim prático realiza-se, no entanto, 
intelectualmente, através da especulação, do conhecimento da ciência. Mas - diversamente de 
Sócrates, que limitava a pesquisa filosófica, conceptual, ao campo antropológico e moral - 
Platão estende tal indagação ao campo metafísico e cosmológico, isto é, a toda a realidade. 
Este caráter íntimo, humano, religioso da filosofia, em Platão é tornado especialmente 
vivo, angustioso, pela viva sensibilidade do filósofo em face do universal vir-a-ser, nascer e 
perecer de todas as coisas; em face do mal, da desordem que se manifesta em especial no 
homem, onde o corpo é inimigo do espírito, o sentido se opõe ao intelecto, a paixão contrasta 
com a razão. Assim, considera Platão o espírito humano peregrino neste mundo e prisioneiro 
na caverna do corpo. Deve, pois, transpor este mundo e libertar-se do corpo para realizar o 
seu fim, isto é, chegar à contemplação do inteligível, para o qual é atraído por um amor 
nostálgico. 
Sócrates mostrara no conceito o verdadeiro objeto da ciência. Platão aprofunda-lhe a 
teoria e procura determinar a relação entre o conceito e a realidade fazendo deste problema o 
ponto de partida da sua filosofia. 
A ciência é objetiva; ao conhecimento certo deve corresponder a realidade. Ora, de um 
lado, os nossos conceitos são universais, necessários, imutáveis e eternos (Sócrates), do 
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outro, tudo no mundo é individual, contigente e transitório 
(Heráclito). Deve, logo, existir, além do fenomenal, um outro 
mundo de realidades, objetivamente dotadas dos mesmos 
atributos dos conceitos subjetivos que as representam. Estas 
realidades chamam-se Ideias. As ideias não são, pois, no 
sentido platônico, representações intelectuais, formas 
abstratas do pensamento, são realidades objetivas, modelos 
e arquétipos eternos de que as coisas visíveis são cópias 
imperfeitas e fugazes. Assim a ideia de homem é o homem 
abstrato perfeito e universal de que os indivíduos humanos 
são imitações transitórias e defeituosas. 
Todas as ideias existem num mundo separado, o 
mundo dos inteligíveis, situado na esfera celeste. Tal a 
célebre teoria das ideias, alma de toda filosofia platônica, 
centro em torno do qual gravita todo o seu sistema é 
apresentada no mito da caverna. 
 A alma desempenha papel de mediador entre as ideias e a matéria, à qual 
comunica o movimento e a vida, a ordem e a harmonia. 
A faculdade essencial da alma é a de conhecer o mundo ideal, transcendental: 
contemplação em que se realiza a natureza humana, e da qual depende totalmente a ação 
moral. Entretanto, sendo que a alma racional é, de fato, unida a um corpo, dotado de atividade 
sensitiva e vegetativa, deve existir um princípio de uma e outra. Segundo Platão, tais funções 
seriam desempenhadas por outras duas almas - ou partes da alma: a irascível (ímpeto), que 
residiria no peito, e a concupiscível (apetite), que residiria no abdome - assim como a alma 
racional residiria na cabeça. Naturalmente a alma sensitiva e a vegetativa são subordinadas à 
alma racional. 
A alma está no corpo como num cárcere, o intelecto é impedido pelo sentido da visão 
das ideias, que devem ser trabalhosamente relembradas. E diga-se o mesmo da vontade a 
respeito das tendências. E, apenas mediante uma disciplina ascética do corpo, que o mortifica 
inteiramente, e mediante a morte libertadora, que desvencilha para sempre a alma do corpo, o 
homem realiza a sua verdadeira natureza: a contemplação intuitiva do mundo ideal. 
 Platão fala da separação entre dois mundos. As ideias estão separadas das 
coisas, o mundo inteligível está fora e acima do mundo sensível. A única realidade objetiva, 
perfeita, são as ideias que se encontram nesse mundo inteligível. As coisas são cópias 
Platão 
Fonte: 
https://doidaporlegumes.wordpress.com/200
7/04/21/23/ 
[Digite texto] 
 
 
 
 
 
imperfeitas e fugazes de protótipos, de modelos ideais. O mundo sensível abrigada a 
mutabilidade e a imperfeição. Segundo a psicologia platônica, a natureza do homem é 
racional, e, por consequência, na razão realiza o homem a sua humanidade: a ação racional 
realiza o sumo bem, que é, ao mesmo tempo, felicidade e virtude. 
 
Entenda a forma com que Plantão concebeu suas ideias. 
Vídeo: Grandes Pensadores: Platão 
 https://www.youtube.com/watch?v=tL36cKPQzsw 
 
Aristóteles (384 – 322 a.C.) 
Se com Platão a filosofia já havia alcançado extraordinário nível conceitual, pode-se 
afirmar que Aristóteles - pelo rigor de sua metodologia, pela amplitude dos campos em que 
atuou e por seu empenho em considerar todas as manifestações do conhecimento humano 
como ramos de um mesmo tronco - foi o primeiro pesquisador científico no sentido atual do 
termo. 
Aristóteles nasceu em Estagira (donde ser dito "o Estagirita"), Macedônia, em 384 a.C. 
Em Atenas desde 367, foi durante vinte anos discípulo de Platão. Com a morte do mestre, 
instalou-se em Asso, na Eólida, e depois em Lesbos, até ser chamado em 343 à corte de Filipe 
da Macedônia para encarregar-se da educação de seu filho, que passaria à história como 
Alexandre o Grande. Em 333 voltou a Atenas, onde fundou o Liceu. Durante 13 anos dedicou-
se ao ensino e à elaboração da maior parte de suas obras. 
Como nenhum filósofo antes dele, Aristóteles compreendeu a necessidade de integrar 
o pensamento anterior a sua própria pesquisa. Por isso começa procurando resolver o 
problema do conhecimento do ser a partir das antinomias acumuladas por seus 
predecessores: unidade e multiplicidade, percepção intelectual e percepção sensível, 
identidade e mudança, problemas fundamentais, ao mesmo tempo, do ser e do conhecimento. 
O realismo de Aristóteles procura restabelecer essa coerência entre o conceito e seu 
objetosem abandonar o mundo sensível: explora a experiência, e nela mesma insere o 
dualismo entre o inteligível e o sensível. 
O projeto de Aristóteles visa em última análise restabelecer a unidade do homem 
consigo mesmo e com o mundo, tanto quanto o projeto de Platão, baseado numa visão do 
cosmos. Entretanto, Aristóteles censura a Platão ter seguido um caminho ilusório, que retira a 
natureza do alcance da ciência. 
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A metafísica de Aristóteles trata do ser no sentido mais amplo ou mais radical. Duas 
questões se destacam na metafísica aristotélica: a da unidade do ser e a da existência de 
essências separadas. Quanto à primeira, admite Aristóteles diferentes maneiras de ser, que 
ele denomina categorias, ressaltando dez: essência, qualidade, quantidade, relação, lugar, 
tempo, situação, o ter, ação e paixão. As categorias são os "gêneros supremos do ser", já que 
a este se referem diretamente, como suas determinações mais radicais. A ciência do ser tem 
um objeto real, aquele a que, direta ou indiretamente, se referem todos os "gêneros 
supremos": a essência. Aí se funda, para muitos, a teoria da analogia do ser, pela qual se 
conciliam a unidade e pluralidade deste. O ser unívoco existe, contudo, separado do mundo 
sensível: é pura essência, à qual não se pode atribuir nenhuma outra categoria além da 
própria essência. 
A filosofia da natureza, um dos fundamentos da filosofia especulativa de Aristóteles, 
sustenta que a mudança nos seres não contraria o princípio de identidade, já que representa 
apenas a atualização da potência nelas contidas. A partir daí, o filósofo apoia sua física em 
duas teorias filosóficas: a da substância e do acidente, e a das 
quatro causas. 
A substância é o que existe por si, o elemento estável das 
coisas, e o acidente, o que só noutro pode existir, como 
determinação secundária e cambiante. Graças à união entre os dois 
princípios, a substância se manifesta através dos acidentes: "o agir 
segue o ser". Por outro lado, dependem os seres de quatro causas: 
material, formal, eficiente e final, estando ligada, à primeira, a 
potencialidade de cada ser; à segunda, a especificidade; à terceira, 
a existência; e à quarta, a intenção. 
Com a morte de Alexandre (323), Aristóteles teve de fugir à 
perseguição dos democratas atenienses, refugiando-se em 
Cálcide, na Eubéia, onde morreu em 322 a.C. 
 
Continue assistindo o vídeo sobre a vida e obra de Aristóteles. 
Vídeo: Grandes Pensadores: Aristóteles 
 https://www.youtube.com/watch?v=kkHJce9-oLE 
 
 
 
Aristóteles 
Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles 
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HELENISMO 
 Está época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era 
Cristã, dentro de um contexto histórico que representa o final da hegemonia política e militar 
da Grécia. 
É o período da decadência da filosofia grega. Cessa-se a preocupação em fornecer 
uma teoria racional do mundo. Os diversos sistemas filosóficos se voltam para o problema 
ético se interessando pela conduta pessoal do homem. Assim o interesse da filosofia se desvia 
para a vida prática. As manifestações filosóficas mais representativas da época helenística 
são: o ceticismo, o epicurismo e o estoicismo. 
 
Entenda o Helenismo a partir do vídeo abaixo . 
Vídeo: Filosofia Helenista 
 https://www.youtube.com/watch?v=cV4uIR-Spd0 
 
 
Ceticismo 
A verdade não existe; se existisse, seria impossível conhecê-la; e ainda que se 
pudesse conhecê-la, seria impossível comunicá-la. Essa fórmula resume os princípios do 
ceticismo e orienta a reflexão sobre os fundamentos e limites do conhecimento. 
Ceticismo é uma doutrina filosófica segundo a qual, do ponto de vista teórico, não se 
pode conhecer a verdade e, do ponto de vista prático, só se chega à felicidade, entendida 
como ausência de inquietação (ataraxia), pela suspensão de todo juízo. 
Caracterizado por uma atitude que repele os dogmas, o ceticismo busca demonstrar a 
inconsistência de qualquer afirmação. A única posição justa é a recusa em assumir qualquer 
posição. A atitude cética, no entanto, não deve ser interpretada como indiferença: ela 
representa um esforço ativo por manter no espírito o equilíbrio entre as representações da 
realidade e as opiniões sobre essas representações. 
O fundador do ceticismo antigo foi o filósofo grego Pirro de Élida, no século III a.C. 
Aceitando a distinção entre o que é verdadeiro por natureza e o que é verdadeiro por 
convenção, Pirro admite que as coisas existam por si mesmas e que tenham uma natureza, 
mas não que elas sejam acessíveis ao conhecimento. Não existem, portanto, coisas belas ou 
feias, boas ou más, verdadeiras ou falsas por natureza, mas somente por convenção ou 
costume. Nossos juízos sobre a realidade dependem de sensações, que são instáveis e 
ilusórias. O autêntico sábio, portanto, deve praticar a suspensão do juízo (epokhe), estado de 
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repouso mental em que predomina a insensibilidade (apathia), em que nada se afirma e nada 
se nega (aphasia), de modo a atingir a felicidade pelo equilíbrio e pela tranqüilidade 
(ataraksia). 
Epicuro e epicurismo 
Os princípios enunciados por Epicuro e praticados pela comunidade epicurista 
resumem-se em evitar a dor e procurar os prazeres moderados, para alcançar a sabedoria e a 
felicidade. Cultivar a amizade, satisfazer as necessidades imediatas, manter-se longe da vida 
pública e rejeitar o medo da morte e dos deuses são algumas das fórmulas práticas 
recomendadas por Epicuro para atingir a ataraxia, estado que consiste em conservar o espírito 
imperturbável diante das vicissitudes da vida. 
Para chegar à ataraxia, o homem deve perder o medo da morte. Como corpo e alma 
são entidades materiais, não existem sensações boas ou más depois da morte; assim, o temor 
da morte não se justifica. Epicuro aceitava a existência dos deuses, mas acreditava que eles 
estavam muito afastados do mundo humano para preocupar-se com este. Logo, o homem não 
tem porque temer os deuses, embora possa imitar sua existência serena e beatífica. 
À semelhança de outras correntes filosóficas da época, como o estoicismo e o 
ceticismo, suas concepções vieram ao encontro das necessidades espirituais de seus 
contemporâneos, preocupados com a desintegração da polis (cidade) grega. O prazer 
sensorial converteu-se na única via de acesso à ataraxia. Esse prazer, porém, não consiste 
numa busca ativa da sensualidade e do gozo corporal desenfreado, como interpretaram 
erroneamente outras escolas filosóficas e também o cristianismo, mas baseia-se no 
afastamento das dores físicas e das perturbações da alma. O maior prazer, segundo Epicuro, 
é comer quando se tem fome e beber quando se tem sede. O "tetrafármaco", receita do mestre 
para a vida tranqüila, tem o seguinte teor: "O bem é fácil de conseguir, o mal é fácil de 
suportar, a morte não deve ser temida, os deuses não são temíveis." 
No ano 270 a.C., Epicuro morreu e tornou-se objeto de culto para os epicuristas, o que 
contribuiu para aumentar a coesão da seita e para conservar e propagar a doutrina. 
Estoicismo 
A necessidade de um guia moral na época de transição da Grécia clássica para a 
helênica explica por que o estoicismo ganhou rapidamente adeptos no mundo antigo e 
também porque renasceu todas as vezes em que os valores de uma sociedade entraram em 
crise profunda. O estoicismo foi criado pelo cipriota Zenão de Cício por volta do ano 300 a.C. 
O termo tem origem em Stoà poikilé, espécie de pórtico adornado com quadros de várias 
cores, onde Zenão se reunia com seus discípulos. 
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Os estóicos se vangloriavam da coerência de seu sistema filosófico. Afirmavam que o 
universo pode ser reduzido a uma explicação racional e que ele próprio é uma estrutura 
racionalmente organizada. A capacidade do homem de pensar, projetar e falar (logos) está 
plenamente incorporadaao universo. A natureza cósmica - ou Deus, pois os termos são 
sinônimos para o estoicismo - e o homem se relacionam um com o outro, intimamente, como 
agentes racionais. O homem pode alcançar a sabedoria se harmonizar sua racionalidade com 
a natureza. Lógica e filosofia natural estão, portanto, em íntima e essencial relação. 
O estoicismo se apresenta como uma forma de ajudar o indivíduo a aceitar a 
adversidade. O homem deve viver de acordo com a razão e ser indiferente a desejos e 
paixões. A verdadeira felicidade não está no sucesso material, mas na busca da virtude. 
Alegrias e infortúnios devem ser igualmente aceitos, porque seguem o ritmo natural do 
universo. 
 
 
Exercícios Resolvidos 
 
 
Exercício 1 : A filosofia grega parece 
começar com uma ideia absurda, com a 
proposição: a água é a origem e a matriz 
de todas as coisas. Será mesmo 
necessário deter-nos e levá-la a sério? 
Sim, e por três razões: em primeiro lugar, 
porque essa proposição anuncia algo sobre 
a origem das coisas; em segundo lugar, 
porque o faz sem imagem e fabulação; e 
enfim, em terceiro lugar, porque nela, 
embora apenas em estado de crisálida, 
está contido o pensamento: Tudo é um. 
NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os 
pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 
1999. 
 
O que, de acordo com Nietzsche, 
caracteriza o surgimento da filosofia entre 
os gregos? 
 
 
 
 
 
a) O impulso para transformar, mediante 
justificativas, os elementos sensíveis em 
verdades racionais. 
b) O desejo de explicar, usando metáforas, 
a origem dos seres e das coisas. 
c) A necessidade de buscar, de forma 
racional, a causa primeira das coisas 
existentes. 
d) A ambição de expor, de maneira 
metódica, as diferenças entre as coisas. 
e) A tentativa de justificar, a partir de 
elementos empíricos, o que existe no real. 
 
COMENTÁRIO: 
A opção correta é letra C. Nietzsche refere-
se a um grupo de filósofos pré-socráticos 
chamados de filósofos da natureza, 
naturalistas, ou filósofos da phýsis. Esses 
buscavam a realidade primeira fundamental 
numa perspectiva cosmológica. Nietzsche 
valoriza os pré-socráticos por investigarem 
o real de forma racional, sem "imagem e 
fabulação" próprias da mitologia. 
 
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Exercício 2: Leia o texto 
"A caverna (...) é o mundo sensível onde 
vivemos. O fogo que projeta as sombras na 
parede é um reflexo da luz verdadeira (do 
Bem e das ideias) sobre o mundo sensível. 
Somos os prisioneiros. As sombras são as 
coisas sensíveis, que tomamos pelas 
verdadeiras, e as imagens ou sombras 
dessas sombras, criadas por artefatos 
fabricadores de ilusões. Os grilhões são 
nossos preconceitos, nossa confiança em 
nossos sentidos, nossas paixões e 
opiniões. O instrumento que quebra os 
grilhões e permite a escalada do muro é a 
dialética. O prisioneiro curioso que escapa 
é o filósofo. A luz que ele vê é a luz plena 
do ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo 
inteligível como o Sol ilumina o mundo 
sensível. O retorno à caverna para convidar 
os outros a sair dela é o diálogo filosófico, e 
as maneiras desajeitadas e insólitas do 
filósofo são compreensíveis, pois quem 
contemplou a unidade da verdade já não 
sabe lidar habilmente com a multiplicidade 
das opiniões nem mover-se com engenho 
no interior das aparências e ilusões. Os 
anos despendidos na criação do 
instrumento para sair da caverna são o 
esforço da alma para libertar-se. Conhecer 
é, pois, um ato de libertação e de 
iluminação. A Paideia filosófica é uma 
conversão da alma voltando-se do sensível 
para o inteligível. Essa educação não 
ensina coisas nem nos dá a visão, mas 
ensina a ver, orienta o olhar, pois a alma, 
por sua natureza, possui em si mesma a 
capacidade para ver." [Marilena Chauí] 
 
De acordo com o texto, pode-se afirmar 
que: 
a) O conhecimento filosófico é o único que 
pressupõe o acesso ao mundo sensível. 
b) Filosofar é um instrumento de alienação 
para quem sai da caverna. 
c) O filósofo, por sua busca, tem uma visão 
mais abrangente do conhecimento. 
d) A unidade da verdade não permite 
divagações metafísicas. 
e) O filosofar permite atingir o carma 
metafísico. 
COMENTÁRIO: 
A opção correta é letra C. A filosofia de 
Platão é resultado de um trabalho de 
reflexão intenso e extenso, de modo que as 
questões durante os inúmeros diálogos por 
ele escritos são respondidas de maneiras 
distintas. Porém, Platão possui uma 
questão de fundo que: o mundo verdadeiro 
é uma totalidade sempre permanente, ou 
uma totalidade sempre efêmera? Para ele 
as Ideias são verdadeiras, a realidade 
sensível é apenas uma aparência 
passageira dessa realidade. Por isso é 
necessário ir mais a fundo na busca do 
conhecimento para atingira a realidade 
verdadeira. 
Exercício 1 : A opinião (doxa), no pensamento 
de Platão representa um saber sem 
fundamentação metódica. É um saber que 
possui sua origem: 
a) Nos mitos religiosos, lendas e poemas; 
b) Nas imprevisões e nas sensações das coisas 
sensíveis; 
c) No discurso dos sofistas na época da 
democracia ateniense; 
d) Num saber eclético, provenientes do 
pensamento de alguns filósofos. 
 
 
Exercício 2: (Enem 2013)A felicidade é, 
portanto, a melhor, a mais nobre e a mais 
aprazível coisa do mundo, e esses atributos não 
devem estar separados como na inscrição 
existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é 
a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a 
mais doce é ter o que amamos”. Todos estes 
atributos estão presentes nas mais excelentes 
atividades, e entre essas a melhor, nós a 
identificamos como felicidade. 
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das 
Letras, 2010. 
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Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais 
excelentes atributos, Aristóteles a identifica 
como: 
a) busca por bens materiais e títulos de 
nobreza. 
b) plenitude espiritual e ascese pessoal. 
c) finalidade das ações e condutas humanas. 
d) conhecimento de verdades imutáveis e 
perfeitas. 
e) expressão do sucesso individual e 
reconhecimento público. 
 
Exercício 3: (Enem 2009) 
Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor 
conjunto de normas e naquela dotada de 
homens absolutamente justos, os cidadãos não 
devem viver uma vida de trabalho trivial ou de 
negócios — esses tipos de vida são desprezíveis 
e incompatíveis com as qualidades morais —, 
tampouco devem ser agricultores os aspirantes 
à cidadania, pois o lazer é indispensável ao 
desenvolvimento das qualidades morais e à 
prática das atividades políticas”. 
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na 
cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. 
O trecho, retirado da obra Política, de 
Aristóteles, permite compreender que a 
cidadania: 
a) possui uma dimensão histórica que deve ser 
criticada, pois é condenável que os políticos de 
qualquer época fiquem entregues à ociosidade, 
enquanto o resto dos cidadãos tem de 
trabalhar. 
b) era entendida como uma dignidade própria 
dos grupos sociais superiores, fruto de uma 
concepção política profundamente 
hierarquizada da sociedade. 
c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma 
percepção política democrática, que levava 
todos os habitantes da pólis a participarem da 
vida cívica. 
d) tinha profundas conexões com a justiça, 
razão pela qual o tempo livre dos cidadãos 
deveria ser dedicado às atividades vinculadas 
aos tribunais. 
e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita 
àqueles que se dedicavam à política e que 
tinham tempo para resolver os problemas da 
cidade. 
 
Exercício 4: (Unicamp 2013) A sabedoria de 
Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século 
V a.C. , encontra o seu ponto de partida na 
afirmação “sei que nada sei”, registrada na 
obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma 
resposta aos que afirmavam que ele era o mais 
sábio dos homens. Após interrogar artesãos, 
políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão 
de que ele se diferenciava dos demais por 
reconhecer a sua própria ignorância. O “sei que 
nada sei” é um ponto de partida para a 
Filosofia, pois 
 a) aquele quese reconhece como ignorante 
torna-se mais sábio por querer adquirir 
conhecimentos. 
b) é um exercício de humildade diante da 
cultura dos sábios do passado, uma vez que a 
função da Filosofia era reproduzir os 
ensinamentos dos filósofos gregos. 
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado 
e a Filosofia é o saber que estabelece verdades 
dogmáticas a partir de métodos rigorosos. 
d) é uma forma de declarar ignorância e 
permanecer distante dos problemas concretos, 
preocupando-se apenas com causas abstratas. 
 
 
 GABARITO 
1 - B 3 - B 
2 - C 4 - A 
 
http://www.infoescola.com/livros/politica-aristoteles/
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Proposta de Investigação 
 
 
Conheça mais sobre Platão investigando o clássico: MITO DA CAVERNA. 
Abaixo segue um link correspondente a versão lúdica elaborada por Mauricio de 
Souza com os personagens da Turma da Mônica. 
http://josueldocunha.blogspot.com.br/2011/02/o-mito-da-caverna-platao-versao-
em.html

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