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@ G U I A D A O A B Questões para TRIBUTÁRIO Comentadas Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 1 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 01 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase Panificadora Pães Fofos Ltda., tendo como sócio administrador José, alienou seu fundo de comércio à Panificadora Flor de Lisboa Ltda., deixando de atuar comercialmente. Contudo, 9 meses após a alienação do fundo de comércio, a Panificadora Pães Fofos Ltda. alugou um novo ponto comercial e retornou às atividades de panificação. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. A) A Panificadora Flor de Lisboa Ltda. responde, integralmente, pelos tributos relativos ao fundo adquirido, devidos até à data do ato de aquisição. B) Ambas as panificadoras respondem, solidariamente, pelos tributos relativos ao fundo adquirido, devidos até à data do ato de aquisição. C) A Panificadora Pães Fofos Ltda. responde, subsidiariamente, pelos tributos relativos ao fundo adquirido, devidos até à data do ato de aquisição. D) A Panificadora Pães Fofos Ltda. e José, seu sócio administrador, respondem, subsidiariamente, pelos tributos relativos ao fundo adquirido, devidos até à data do ato de aquisição. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra A. Letra “A” correta. Diante desse cenário, é correto afirmar que a Panificadora Flor de Lisboa Ltda. responde, integralmente, pelos tributos relativos ao fundo adquirido, devidos até à data do ato de aquisição. Para responder à questão temos que ter conhecimento do art. 133 e incisos do CTN, vejamos: Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - Integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - Subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. (Grifos nossos) Panificadora Pães Fofos Ltda parou por 09 meses sua atividade antes de recomeçar às atividades de panificação, logo não poderá responder pelos tributos devidos da alienação, vide inciso II do art. 133 do CTN. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 2 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 02 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase Em 10/11/2020, foi publicada lei ordinária federal que majorava a alíquota de contribuição previdenciária a ser cobrada do empregador, incidente sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. Diante desse cenário, a nova alíquota poderá ser aplicada A) a partir da data da publicação da lei. B) noventa dias a contar da data da publicação da lei. C) a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte. D) a partir de noventa dias contados do primeiro dia do exercício financeiro seguinte. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra B. A Emenda Constitucional nº 42/2003 também instituiu uma nova regra a ser observada concomitantemente na instituição ou aumento de tributos: ficou proibida a cobrança de tributos antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que a lei que os instituiu ou aumentou foi publicada. Portanto, além da anterioridade quanto ao exercício, também deve ser respeitada a anterioridade de 90 dias. Assim, deve-se observar o princípio da anterioridade quanto ao exercício e ao prazo de 90 dias, observadas as exceções que constam da própria Constituição Federal. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 3 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 03 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase Lei municipal específica instituiu contribuição de melhoria para custeio de pavimentação asfáltica integralmente custeada pelo ente público na Rua ABC, localizada no Município X. Finalizada a obra e seguido o devido procedimento previsto na legislação para cálculo e cobrança deste tributo, Lucas, proprietário de imóvel substancialmente valorizado em decorrência da obra, recebeu notificação, em 01/06/2021, para pagamento do tributo até 30/06/2021. Contudo, nem pagou nem impugnou o débito tributário. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. A) O prazo decadencial para constituição deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir da data de 01/06/2021. B) O prazo decadencial para constituição deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir da data de 30/06/2021. C) O prazo prescricional para cobrança deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir da data de 01/06/2021. D) O prazo prescricional para cobrança deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir da data de 30/06/2021. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra D. O STJ promoveu uma releitura da parte final do art. 174 do CTN, posto que, até o último dia estabelecido para o vencimento, é assegurado ao contribuinte realizar o recolhimento voluntário, sem qualquer outro ônus, por meio das agências bancárias autorizadas ou até mesmo pela internet, ficando em mora tão somente a partir do dia seguinte. Desse modo, tem-se que a pretensão executória da Fazenda Pública (actio nata) somente surge no dia seguinte à data estipulada para o vencimento do tributo. No caso em análise, a data estipulada para o vencimento consiste em 30 de junho de 2021, razão pela qual a pretensão executória inicia-se no dia 01 de julho de 2021. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 4 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 04 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase A Assembleia Legislativa do Estado Alfa, castigado por chuvas torrenciais que causaram graves enchentes, aprovou lei complementar estadual de iniciativa parlamentar que instituiu empréstimo compulsório sobre a aquisição de veículos automotores no território estadual, vinculando os recursos obtidos ao combate dos efeitos das enchentes. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. A) A iniciativa da lei que instituiu o empréstimo compulsório é privativa do chefe do Poder Executivo. B) O empréstimo compulsório necessita de lei complementar estadual para sua instituição. C) O Estado não pode instituir empréstimos compulsórios. D) A vinculação da receita de empréstimos compulsórios é inconstitucional. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra C. Segundo o texto constitucional, em seu art. 148, somente a União, mediante lei complementar, poderá instituir a cobrança de empréstimos compulsórios. Portanto, o Estado Alfa não poderia ter instituído o referido empréstimo compulsório. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 5 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 05 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira FaseUm carregamento de computadores foi abandonado no porto pelo importador, que não chegou a realizar o desembaraço aduaneiro dentro do prazo previsto na legislação tributária. Por isso, a autoridade tributária, após o devido processo legal, aplicou a pena de perdimento e realizou leilão para alienação dos computadores. Diante dessa situação, a base de cálculo do imposto sobre a importação incidente na hipótese será o valor A) de mercado dos bens. B) da arrematação. C) arbitrado pela autoridade tributária. D) estimado dos bens, deduzindo-se os custos com armazenagem e as comissões do leiloeiro público. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra B. O CTN, ao descrever a regra matriz de incidência tributária do imposto de importação, estabelece sua base de cálculo, isto é, seu critério quantitativo. Descreve ainda algumas situações nas quais serão consideradas bases de cálculo distintas, a depender do caso concreto. Conforme estabelecido na questão, houve a aplicação da pena de perdimento de bens, na qual a referida carga acabou sendo levada a leilão. Portanto, será considerada como base de cálculo: Art. 20. A base de cálculo do imposto é: III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 6 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 06 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase José está sendo executado por dívida tributária municipal não paga. Na Certidão de Dívida Ativa (CDA) que instrui a execução fiscal, constam o nome do devedor e seu domicílio; a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora; a origem e natureza do crédito, com menção do decreto municipal em que está fundado; e a data em que foi inscrito. José oferece embargos à execução, atacando a CDA, que reputa incorreta. Diante desse cenário, José A) tem razão, pois cabe à Fazenda Pública o ônus da prova de que a CDA cumpre todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei. B) tem razão, pois a CDA deve mencionar dispositivo de lei em que o crédito tributário está fundado. C) não tem razão, pois esta CDA goza de presunção iuris et de iure (absoluta) de certeza e liquidez. D) não tem razão, pois esta CDA contém todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra B. 1) Enunciado da questão A questão exige conhecimento sobre Certidão de Dívida Ativa (CDA). 2) Base legal (Código Tributário Nacional) Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I) o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II) a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III) a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV) a data em que foi inscrita; V) sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. 3) Exame da questão e identificação da resposta José está sendo executado por dívida tributária municipal não paga. Na Certidão de Dívida Ativa (CDA) que instrui a execução fiscal, constam o nome do devedor e seu domicílio; a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora; a origem e natureza do crédito, com menção do decreto municipal em que está fundado; e a data em que foi inscrito. José oferece embargos à execução (defesa no processo de execução), atacando a CDA, que reputa incorreta. Diante desse cenário: a) Errado. José não tem razão, pois não cabe à Fazenda Pública o ônus da prova de que a CDA cumpre todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei. Pelo contrário, cabe ao devedor, no caso José, demonstrar eventual ilegalidade na CDA ou irregularidade da própria petição de execução fiscal (cobrança do crédito tributário). b) Certo. José tem razão, pois a CDA deve mencionar dispositivo de lei em que o crédito tributário está fundado (e não o decreto municipal em que está fundado), nos termos do art. 202, inc. III, do CTN. c) Errado. A CDA não goza de presunção iuris et de iure (absoluta) de certeza e liquidez, posto que o devedor pode comprovar ilegalidade na sua inscrição, tal como fez José na assertiva “b", ao argumentou que deveria constar o dispositivo de lei em que o crédito tributário estava fundado, o que não ocorreu. A CDA goza de presunção relativa de certeza e liquidez (presunção juris tantum). Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 7 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário d) Errado. A CDA não contém todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei, já que faltou mencionar o dispositivo de lei em que o crédito tributário estava fundado, bem como o número do processo administrativo de que se originou, nos termos do art. 202, incs. III e V, do CTN. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 8 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 07 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase Decretado estado de calamidade pública financeira, o Presidente da República edita Medida Provisória (MP), instituindo, temporariamente, imposto extraordinário, incidente sobre os serviços de qualquer natureza, a ser suprimido, gradativamente, no prazo máximo de 5 (cinco) anos. Em seu último parágrafo, a MP prevê que entra em vigor e passa a gerar efeitos a partir da sua publicação, o que se dá em 20/12/2019. Assinale a opção que apresenta o vício da referida Medida Provisória, tal como editada. A) À Lei Complementar, e não a uma MP, cabe instituir impostos extraordinários. B) A instituição de impostos extraordinários só é permitida na iminência ou no caso de guerra externa. C) À União é vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. D) A referida MP viola a competência constitucional privativa dos Municípios para instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra B. a) O Imposto Extraordinário de Guerra (IEG) não é instituído mediante lei complementar, e sim por Lei Ordinária; b) O art. 154, II, da CF/88 trata do chamado Imposto Extraordinário de Guerra (IEG) . A União pode, na iminência ou no caso de guerra externa, instituir Imposto Extraordinário de Guerra (IEG), estando ou não compreendidos dentro de sua competência tributária. Atenção: na hipótese do inciso II, dispensa-se lei complementar devido à urgência da situação de guerra externa. c) Não há impedimento, vide comentário anterior. d) Em razão da gravidade circunstancial, a União pode invadir as demais competências (dos Estados, DF e Municípios). Exemplo: o ICMS é um tributo estadual. No caso de guerra, pode a União instituir ICMS extraordinário de guerra, invadindo, assim, a competência tributária dos estados. Trata-se de um bis in idem autorizado pela CF/88, porque o fato gerador de um determinado imposto estadual ou municipal ensejará o pagamento do imposto ordinário e do imposto guerra, instituído pela União. Eis um caso de bitributação autorizada, uma vez que se tem pessoas jurídicas diversas cobrando o mesmo tributo por fato gerador idêntico, porém, com destinações diferentes. ATENÇÃO: Empréstimo compulsório: temporário, restituível; lei complementar; receita vinculada; ImpostoExtraordinário de Guerra: não restituível; lei ordinária; receita não vinculada. Obs.: A ideia desse imposto é implementar a receita do Estado que está gastando muito com o esforço de guerra, para que outros serviços públicos não sejam afetados pela falta de recursos. Legislação: CRFB/88, Art. 154. A União poderá instituir: I - Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - Na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 9 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 08 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase Rodrigo, em janeiro de 2018, objetivando melhorar o seu inglês, mudou-se para a Austrália para realizar um intercâmbio de 5 (cinco) meses, sem, contudo, prestar qualquer tipo de informação à Secretaria da Receita Federal do Brasil. Durante o seu intercâmbio, precisando aumentar sua renda, Rodrigo prestou alguns serviços no exterior, recebendo por mês o equivalente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), totalizando R$ 100.000,00 (cem mil reais) ao longo dos cinco meses. Tais valores foram tributados na Austrália. Em abril do ano seguinte, Rodrigo questiona você sobre se deve declarar tais rendimentos à Secretaria da Receita Federal do Brasil, para fins de apuração do Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF). Sobre a hipótese formulada e considerando que o Brasil não possui convenção internacional com a Austrália para evitar a bitributação, assinale a afirmativa correta. A) Como os rendimentos foram obtidos no exterior, o Fisco Federal não possui competência para cobrá-los; sendo assim, Rodrigo não deve declará-los. B) Como os rendimentos foram tributados no exterior, Rodrigo não deve declará-los, sob pena de bitributação. C) Rodrigo não está obrigado a declarar e recolher o IRPF, uma vez que os rendimentos obtidos no exterior estão alcançados por imunidade. D) Os rendimentos de Rodrigo deverão ser declarados e tributados, uma vez que, tratando-se de residente fiscal no Brasil, a tributação do imposto sobre a renda independe da origem dos rendimentos. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra D. Artigo 43 CTN No que tange ao imposto de renda, o brasileiro que vai para o exterior com a intenção de permanecer por mais de 12 meses fora do Brasil, ou quando são completados 12 meses consecutivos, ainda que seja temporário, é indispensável preencher a declaração de saída definitiva, devendo ser entregue até o último dia de fevereiro do ano subsequente ao da saída definitiva, ao governo brasileiro, sob pena de multa. Se não entregar esse documento, mesmo morando fora do Brasil, SERÁ NECESSÁRIO DECLARAR O IMPOSTO DE RENDA! No caso apresentado, ele permaneceu por 5 meses na Austrália, portanto, ainda é considerado residente no Brasil. Em relação ao valor recebido de R$ 100.000,00 ao longo dos 5 meses, chegou a ultrapassar o limite de R$28.559,70, para fins de isenção de imposto de renda. Mesmo sendo tributado na Austrália, os rendimentos do Rodrigo deverão ser declarados e tributados no Brasil. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 10 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 09 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase Maria Silva, que, durante sua vida, foi domiciliada no Distrito Federal, faleceu deixando um apartamento no Rio de Janeiro e um automóvel que, embora registrado no DETRAN do Amazonas, atualmente está em uso por um de seus herdeiros no Ceará. O inventário está em curso no Distrito Federal. Quanto ao Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD devido, assinale a afirmativa correta. A) O ITCMD referente ao apartamento compete ao Distrito Federal, local onde o inventário está sendo processado. B) O ITCMD referente ao automóvel compete ao Ceará, local onde o bem está sendo usado. C) O ITCMD referente ao automóvel compete ao Distrito Federal, local onde o inventário está sendo processado. D) O ITCMD referente ao automóvel compete ao Amazonas, local onde o bem está registrado. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra C. A competência para o recolhimento do ITCMD dependerá da natureza do bem. Imóvel - Estado em que o imóvel está localizado (lembra do CPC? imóvel, competência absoluta… segue essa mesma lógica que você acerta). Móvel: Doação: Domicílio do Doador (DDD) Morte: você não lembra? Inventa uai! (Local onde se processa o inventário) Pato, mas e se o doador tiver domicílio no exterior ou a morte ocorrer fora do país? LC irá regulamentar. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 11 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 10 - FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase A sociedade empresária Quitutes da Vó Ltda. teve sua falência decretada, tendo dívidas de obrigação tributária principal relativas a tributos e multas, dívida de R$ 300.000,00 decorrente de acidente de trabalho, bem como dívidas civis com garantia real. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. A) O crédito tributário de obrigação principal tem preferência sobre as dívidas civis com garantia real. B) A dívida decorrente de acidente de trabalho tem preferência sobre o crédito tributário de obrigação principal. C) O crédito tributário decorrente de multas tem preferência sobre a dívida de R$ 300.000,00 decorrente de acidente de trabalho. D) O crédito relativo às multas tem preferência sobre o crédito tributário de obrigação principal. COMENTÁRIOS: Alternativa correta letra B. Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. Parágrafo único. Na falência: I – O crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; II – A lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e III – A multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III - Municípios, conjuntamente e pró rata. STF 2021: Não é compatível com a Constituição Federal de 1988 a preferência da União em relação a Estados, municípios e ao DF na cobrança judicial de créditos da dívida ativa. Com este fundamento, o plenário do STF cancelou o verbete 563 da Corte, que previa o concurso de preferência entre os entes federativos para execuções fiscais. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 12 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 11 - (V EXAME DE ORDEM) Determinada Lei Municipal, publicadaem 17/01/2011, fixou o aumento das multas e alíquotas relativo aos fatos jurídicos tributáveis e ilícitos pertinentes ao ISS daquele ente federativo. Considerando que determinado contribuinte tenha sido autuado pela autoridade administrativa local em 23/12/2010, em razão da falta de pagamento do ISS dos meses de abril de 2010 a novembro de 2010, assinale a alternativa correta a respeito de como se procederia a aplicação da legislação tributária para a situação em tela. a) Seriam mantidas as alíquotas nos valores previstos na data do fato gerador e as multas seriam aplicadas nos valores previstos de acordo com a nova lei. b) Seriam aplicadas as alíquotas e multas nos valores previstos de acordo com a nova lei. c) Seriam mantidas as alíquotas e multas nos valores previstos na data do fato gerador. d) Seriam aplicadas as alíquotas previstas na lei nova e as multas seriam aplicadas nos valores previstos na data do fato gerador. COMENTÁRIOS: Letra c. a) Errada. Lei da data do fato gerador para ambos. b) Errada. Lei da data do fato gerador para ambos. c) Certa. Como a nova lei aumento as alíquotas e multas não haverá retroatividade da lei tributário a fatos pretéritos sendo aplicada a lei da data do fato gerador. Art. 150 III a CF. d) Errada. Lei da data do fato gerador para ambos. QUESTÃO 12 - (V EXAME DE ORDEM) No exercício de 1995, um contribuinte deixou de recolher determinado tributo. Na ocasião, a lei impunha a multa moratória de 30% do valor do débito. Em 1997, houve alteração legislativa, que reduziu a multa moratória para 20%. O contribuinte recebeu, em 1998, notificação para pagamento do débito, acrescido da multa moratória de 30%. A exigência está a) correta, pois o princípio da irretroatividade veda a aplicação retroagente da lei tributária. b) errada, pois a aplicação retroativa da lei é regra geral no direito tributário. c) errada, pois aplica-se retroativamente a lei que defina penalidade menos severa ao contribuinte. d) correta, pois aplica-se a lei vigente à época de ocorrência do fato gerador. COMENTÁRIOS: Letra c. a) Errada. No caso de redução de multa com processo em curso haverá retroatividade da lei. b) Errada. A retroatividade da lei é medida excepcional e não regra. c) Certa. Art. 106 II c CTN. d) Errada. Aplica-se a nova lei que reduziu a penalidade. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 13 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 13 - (V EXAME DE ORDEM) A obrigação tributária principal tem por objeto a) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. b) a escrituração de livros contábeis. c) a inscrição da pessoa jurídica junto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ. d) a prestação de informações tributárias perante a autoridade fiscal competente. COMENTÁRIOS: Letra a. a) Certa. Art. 113 § 1o CTN. Obrigação tributária principal e uma obrigação em pagar tributos e penalidades. b) Errada. Art. 113 § 2o CTN. Obrigação tributária acessória é uma obrigação de fazer ou não fazer, uma prestação positiva ou negativa. c) Errada. Art. 113 § 2o CTN. d) Errada. Art. 113 § 2o CTN. QUESTÃO 14 - (VI EXAME DE ORDEM) Em cumprimento de diligência na sede da gráfica Impressões Beta, empresa beneficiária de imunidade quanto aos impostos incidentes sobre sua atividade de impressão de periódicos, fiscais da Fazenda Estadual apreenderam notas e livros fiscais, sem terem apresentado mandado judicial com a previsão da medida. Com base no cenário acima, assinale a alternativa correta no que tange à conduta dos agentes do Fisco. a) A ação não apresenta qualquer ilegalidade, conformando ato regular de fiscalização, representando um poder-dever da Administração. b) A ação é ilegal, pois a legislação que rege a fiscalização tributária não se aplica àqueles que gozam de imunidade tributária. c) A ação é ilegal, pois, para o cumprimento da diligência, era imprescindível a apresentação de mandado judicial. d) A ação não apresenta qualquer ilegalidade, já que a função de fiscalização é ilimitada, tendo em vista a supremacia do interesse público. COMENTÁRIOS: Letra a. a) Certa. O fisco no exercício de seu poder de polícia poderá apreender notas fiscais, livros sem a necessidade de autorização judicial como medida de fiscalização. b) Errada. Inclusive que possui imunidade ou isenção deverá ser fiscalizado quanto ao cumprimento das obrigações acessórias. c) Errada. Por ser ato regular do exercício de poder de policial é dispensável a autorização judicial. d) Errada. A função de fiscalização deve ser pautada pelos princípios da razoabilidade e proporcionalidade sob pena de se tornar arbitrário. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 14 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 15 - (VII EXAME DE ORDEM) A Lei X, promulgada em 20 de outubro de 2008, determinou a majoração do ISS. Já a Lei Y, promulgada em 16 de novembro de 2009, reduziu o ICMS de serviços de telecomunicação. Por fim, o Decreto Z, de 8 de dezembro de 2007, elevou o IOF para compras no exterior. Diante dessas hipóteses, é correto afirmar que a) o ISS poderá ser cobrado somente quando decorridos 90 dias da publicação da Lei X, ao passo que os novos valores do ICMS e do IOF poderão ser cobrados a partir da publicação dos diplomas legais que os implementaram. b) todos os impostos mencionados no enunciado somente poderão ser cobrados no exercício financeiro seguinte à publicação do diploma legal que os alterou por força do princípio da anterioridade. c) na hipótese do enunciado, tanto o ISS como o ICMS estão sujeitos ao princípio da anterioridade nonagesimal, considerada garantia individual do contribuinte cuja violação causa o vício da inconstitucionalidade. d) o IOF, imposto de cunho nitidamente extrafiscal, em relação ao princípio da anterioridade, está sujeito apenas à anterioridade nonagesimal, o que significa que bastam 90 dias da publicação do decreto que alterou sua alíquota para que possa ser cobrado. COMENTÁRIOS: Letra a. a) Certa. O ISS deve obediência aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal. Dessa forma, como a lei que determinou a majoração do ISS foi editada em 20 de outubro de 2008 a mesma só poderá produzir efeitos após 90 dias de sua edição por ser a data mais distante e benéfica ao contribuinte. Com relação a redução do ICMS esta poderá ocorrer de imediato uma vez que a aplicação dos princípios da anterioridade anual e nonagesimal ocorre para os casos de instituição e majoração dos tributos e não para os casos de redução. Por fim, com relação ao IOF este poderá ser cobrado de imediato tendo vista ser exceção a ambos os princípios em decorrência de seu caráter extrafiscal – Art. 150 § 1o da CF. b) Errada. Explicação do item A. c) Errada. Explicação do item A. d) Errada. Explicação do item A. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 15 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 16 - (X EXAME DE ORDEM) Suponha que determinada Medida Provisória editada pela Presidenta da República, em 29/09/2012, estabeleça, entre outras providências, o aumento para as diversas faixas de alíquotas previstas na legislação aplicável ao imposto de renda das pessoas físicas. Nesse caso, com base no sistema tributário nacional, tal Medida Provisória a) não violaria o princípio da legalidade e produzirá efeitos a partir da data de sua publicação. b) violaria o princípio da legalidade, por ser incompatível com o processo legislativo previsto na Constituição Federal/88. c) não violaria o princípio da legalidade e produzirá efeitos a partir de 90(noventa) dias contados a partir da data de sua publicação. d) não violaria o princípio da legalidade e só produzirá efeitos a partir do primeiro dia do exercício financeiro subsequente à data de sua conversão em lei. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. Só produz efeitos a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte a data da conversão da Medida Provisória em lei. b) Errada. Não há violação ao princípio da legalidade tendo em vista que Medida Provisória pode legislar em matéria de Lei Ordinária como é o caso do IR. c) Errada. Só produz efeitos a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte a data da conversão da Medida Provisória em lei. d) Certa. Art. 62 § 2o da CF. QUESTÃO 17 - (XI EXAME DE ORDEM) Assinale a alternativa que indica os impostos cujas alíquotas podem ser majoradas por ato do Poder Executivo, observados os parâmetros legais. a) Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). b) Imposto sobre a Importação (II), Imposto sobre a Exportação (IE) e Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). c) Imposto de Renda (IR) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). d) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto sobre a Importação (II). COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. O IR e o ITR somente podem ter as alíquotas alteradas por meio de Lei Ordinária. b) Errada. O IGF, conforme disposto no artigo 153 VII da CF, somente pode ter alíquotas alteradas por meio de Lei Complementar. c) Errada. O ITR e IR terá suas alíquotas alteradas por meio de Lei Ordinária e o IGF por meio de Lei Complementar, d) Certa. Segundo disposto no art. 153 § 1o da CF o II, IE, IPI e IOF podem ter somente as alíquotas alteradas por ato do poder executivo, por exemplo um Decreto, por terem função extrafiscal regulatória de mercado. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 16 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 18 - (XII EXAME DE ORDEM) A respeito dos Princípios Tributários Expressos e Implícitos, à luz da Constituição da República de 1988, assinale a opção INCORRETA. a) É vedado à União instituir isenções de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. b) O princípio da irretroatividade veda a cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. c) É vedado aos estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária de qualquer natureza e razão de sua procedência ou destino. d) Pelo princípio da anterioridade, para que os tributos possam ser cobrados a cada exercício, é necessária a prévia autorização na lei orçamentária. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Certa. Art. 151 III CF. b) Certa. Art. 150 III a CF. c) Certa. Art. 152 CF. d) Errada. Art. 150 III b da CF. O princípio da anualidade não é mais aplicado ao Direito Tributário. Não há mais necessidade de prévia autorização orçamentária para criação de novos tributos, mas tão somente obediência aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal – Art. 150 III b e c CF. QUESTÃO 19 - (XIV EXAME DE ORDEM) Visando a proteger a indústria de tecnologia da informação, o governo federal baixou medida, mediante decreto, em que majora de 15% para 20% a alíquota do Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros para monitores de vídeo procedentes do exterior, limites esses que foram previstos em lei. A respeito da modificação de alíquota do Imposto de Importação, assinale a afirmativa correta. a) Deve observar a reserva de lei complementar. b) Deve ser promovida por lei ordinária. c) Deve observar o princípio da irretroatividade. d) Deve observar o princípio da anterioridade. COMENTÁRIOS: Letra c. a) Errada. O Imposto de Importação não é matéria reservada a Lei Complementar podendo inclusive ter suas alíquotas alteradas por Decreto do Presidente em face de seu caráter extrafiscal – Art. 153 § 1o CF. b) Errada. As alíquotas do II podem ser alteradas por Decreto do Presidente e não necessariamente por meio de Lei Ordinária conforme disposto no art. 153 § 1o da CF. c) Certa. Todos os tributos devem obediência ao princípio da irretroatividade tendo em vista que a lei não pode ser aplicada a fato gerador passado – Art. 150 III a CF. d) Errada. O II pode ser cobrado de imediato por ser exceção aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal – Art. 150 III b e c CF. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 17 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 20 - (XIV EXAME DE ORDEM) Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública a) por crédito tributário ainda não inscrito em dívida ativa, desde que não tenham sido reservados pelo devedor bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida. b) por crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa, desde que não tenham sido reservados pelo devedor bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. c) por crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa, mesmo que tenham sido reservados pelo devedor bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. d) por crédito tributário ainda não inscrito em dívida ativa, objeto de impugnação administrativa oferecida pelo contribuinte. COMENTÁRIOS: Letra b. a) Errada. A presunção de fraude à execução fiscal somente resta configurada com a inscrição em dívida ativa desde que não tenham sido reservados pelo devedor bens suficientes ao total pagamento da dívida – Art. 185 CTN. b) Certa. Art. 185 CTN. c) Errada. Comentário item A. d) Errada. Não há necessidade de impugnação administrativa. QUESTÃO 21 - (XV EXAME DE ORDEM) O Art. 146, III, a, da Constituição Federal estabelece que lei complementar deve trazer a definição dos fatos geradores, da base de cálculo e dos contribuintes dos impostos previstos na Constituição. Caso não exista lei complementar prevendo tais definições relativamente aos impostos estaduais, os estados a) não podem instituir e cobrar seus impostos, sob pena de violação do Art. 146 da Constituição. b) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que celebrem convênio para estabelecer normas gerais. c) podem instituir e cobrar seus impostos, pois possuem competência legislativa plena até que a lei complementar venha a ser editada. d) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que seja publicada Medida Provisória autorizando. COMENTÁRIOS: Letra c. a) Errada. Caso a Lei Complementar da União estabelecendo normas gerais não seja editada os estados podem legislar de forma plena. b) Errada. Comentário item A. c) Certa. Art. 24 § 3o da CF. d) Errada. Comentário item A. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 18 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 22 - (XV EXAME DE ORDEM) Em dezembro de 2006, foi publicada a Lei Complementar n. 123, que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e criou novo regime de tributação simplificada, abrangendo, além dos impostos e contribuições federais, o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), bem como o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. a) A referida lei é inconstitucional, pois é vedada à União instituir benefício fiscal de tributode competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. b) O regime de tributação simplificada é obrigatório a todos os contribuintes que cumpram os requisitos previstos na referida lei complementar. c) A referida lei é inconstitucional, no que se refere ao ICMS, pois institui benefício fiscal do imposto sem a competente autorização por meio de convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ. d) Segundo a Constituição Federal, a fiscalização do cumprimento das obrigações principais e acessórias do regime único de arrecadação poderá ser compartilhada pelos entes da Federação. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. A LC 123 de 2006 estipula apenas normas gerais aplicadas as microempresa e empresas de pequeno porte. b) Errada. O regime do simples nacional é opcional aos contribuintes – Art. 146 § único I da CF. c) Errada. Não há necessidade de resolução do CONFAZ. d) Certa. Art. 146 § único IV da CF. QUESTÃO 23 - (XVI EXAME DE ORDEM) Uma obrigação tributária referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve seu fato gerador ocorrido em 1o de junho de 2012. O débito foi objeto de lançamento em 21 de janeiro de 2014. A inscrição em dívida ativa ocorreu em 02 de junho de 2014. A execução fiscal foi ajuizada em 21 de outubro de 2014 e, em 02 de março de 2015, o juiz proferiu despacho citatório nos autos da execução fiscal. Considerando que o contribuinte devedor alienou todos os seus bens sem reservar montante suficiente para o pagamento do tributo devido, assinale a opção que indica o marco temporal, segundo o CTN, caracterizador da fraude à execução fiscal, em termos de data de alienação. a) 21 de janeiro de 2014 b) 02 de junho de 2014 c) 02 de março de 2015 d) 21 de outubro de 2014 COMENTÁRIOS: Letra b. A inscrição em dívida ativa é o momento que se configura fraude à execução fiscal caso haja a alienação do patrimônio sem resguardar bens suficientes ao total pagamento da dívida. Art. 185 do CTN. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 19 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 24 - (XVIII EXAME DE ORDEM) Antônio, prestador de serviço de manutenção e reparo de instrumentos musicais, sujeito à incidência do Imposto Sobre Serviços (ISS), deixou de recolher o tributo incidente sobre fato gerador consumado em janeiro de 2013 (quando a alíquota do ISS era de 5% sobre o total auferido pelos serviços prestados e a multa pelo inadimplemento do tributo era de 25% sobre o ISS devido e não recolhido). Em 30 de agosto de 2013, o Município credor aprovou lei que: (a) reduziu para 2% a alíquota do ISS sobre a atividade de manutenção e reparo de instrumentos musicais; e (b) reduziu a multa pelo inadimplemento do imposto incidente nessa mesma atividade, que passou a ser de 10% sobre o ISS devido e não recolhido. Em fevereiro de 2014, o Município X promoveu o lançamento do imposto, exigindo do contribuinte o montante de R$ 25.000,00 – sendo R$ 20.000,00 de imposto (5% sobre R$ 400.000,00, valor dos serviços prestados) e R$ 5.000,00 a título de multa pela falta de pagamento (25% do imposto devido). Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. a) O lançamento está correto em relação ao imposto e à multa. b) O lançamento está incorreto tanto em relação ao imposto (que deveria observar a nova alíquota de 2%) quanto em relação à multa (que deveria ser de 10% sobre o ISS devido e não recolhido). c) O lançamento está correto em relação à multa, mas incorreto em relação ao imposto (que deveria observar a nova alíquota de 2%). d) O lançamento está correto em relação ao imposto, mas incorreto em relação à multa (que deveria ser de 10% sobre o ISS devido e não recolhido). COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. A nova lei que determinou a redução das alíquotas e multas aplicáveis ao fato gerador somente retroagirá com relação a penalidade– Art. 106 II c CTN. b) Errada. O lançamento está correto com relação a alíquota e incorreto com relação a multa mais benéfica conforme art. 106 II c CTN. c) Errada. O lançamento está incorreto com relação a multa. d) Certa. Art. 106 II c do CTN. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 20 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 25 - (XVIII EXAME DE ORDEM) A Presidência da República, por meio do Decreto 123, de 1o de janeiro de 2015, aprovou novas alíquotas para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), dentro das balizas fiadas na lei tributária, a saber: Cigarro – alíquota de 100% Vestuário – alíquota de 10% Macarrão – alíquota zero Sobre a hipótese, é possível afirmar que a) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio da legalidade. b) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio do não confisco. c) as alíquotas são diferenciadas em razão da progressividade do IPI. d) as alíquotas são diferenciadas em razão do princípio da seletividade do IPI. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. Não há violação ao princípio da legalidade tendo em vista que diante do caráter extrafiscal dado ao IPI suas alíquotas podem ser alteradas por um ato do poder executivo – Art. 153 § 1o da CF. b) Errada. Não há que se falar em confisco nos tributos com alíquotas seletivas. c) Errada. As alíquotas são diferenciadas pelo princípio da seletividade e não progressividade. d) Certa. As alíquotas do IPI devem obediência ao princípio da seletividade em decorrência da essencial do produto. Alíquotas inversamente proporcionais ao grau de essencialidade do produto para subsistência humana. QUESTÃO 26 - (XX EXAME DE ORDEM) O Estado Alfa institui, por meio de lei complementar, uma taxa pela prestação de serviço público específico e divisível. Posteriormente a alíquota e a base de cálculo da taxa vêm a ser modificadas por meio de lei ordinária, que as mantém em patamares compatíveis com a natureza do tributo e do serviço público prestado. A lei ordinária em questão é a) integralmente inválida, pois lei ordinária não pode alterar lei complementar. b) parcialmente válida – apenas no que concerne à alteração da base de cálculo, pois a modificação da alíquota só seria possível por meio de lei complementar. c) parcialmente válida – apenas no que concerne à alteração da alíquota, pois a modificação da base de cálculo só seria possível por meio de lei complementar. d) integralmente válida, pois a matéria por ela disciplinada não é constitucionalmente reservada à lei complementar. COMENTÁRIOS: Letra d. A lei ordinária poderá, neste caso, alterar esta Lei Complementar meramente formal, mas com conteúdo de Lei Ordinária. d) Certa. A instituição de taxas é matéria reservada a Lei Ordinária. Desta forma, caso uma Lei Complementar venha a criá-la esta será constitucional pois o quórum de maioria absoluta das Lei Complementares é superior ao das Lei Ordinárias (maioria simples). Assim, temos uma Lei Complementar meramente formal com matéria reservada a Lei Ordinária. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 21 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 27 - (XXI EXAME DE ORDEM) Determinado Estado da Federação publicou, em julho de 2015, a Lei n. 123/2015, que majorou o valor das multas e das alíquotas de ICMS. Em fevereiro de 2016, em procedimento de fiscalização, aquele Estado constatou que determinado contribuinte, em operações realizadas em outubro de 2014, não recolheu o ICMS devido. Por conta disso, foi efetuado o lançamento tributário contra o contribuinte, exigindo-lhe o ICMS não pago e a multa decorrente do inadimplemento. O lançamento em questão só estarácorreto se a) as multas e alíquotas forem as previstas na Lei n. 123/2015. b) as alíquotas forem as previstas na Lei n. 123/2015 e as multas forem aquelas previstas na lei vigente ao tempo do fato gerador. c) as multas e as alíquotas forem as previstas na lei vigente ao tempo do fato gerador. d) as multas forem as previstas na Lei n. 123/2015 e as alíquotas forem aquelas previstas na lei vigente ao tempo do fato gerador. COMENTÁRIOS: Letra c. Como a nova lei aumentou as alíquotas e a multas elas não poderão retroagir aos fatos geradores pretéritos devendo ser mantido os valores previstos na data do fato gerador. QUESTÃO 28 - (XXII EXAME DE ORDEM) Por meio da Lei Ordinária n. 123, a União instituiu contribuição não cumulativa destinada a garantir a expansão da seguridade social, utilizando, para tanto, fato gerador e base de cálculo distintos dos discriminados na Constituição da República. A referida lei foi publicada em 1o de setembro de 2015, com entrada em vigor em 2 de janeiro de 2016, determinando o dia 1o de fevereiro do mesmo ano como data de pagamento. Por considerar indevida a contribuição criada pela União, a pessoa jurídica A, atuante no ramo de supermercados, não realizou o seu pagamento, razão pela qual, em 5 de julho de 2016, foi lavrado auto de infração para a sua cobrança. Considerando a situação em comento, assinale a opção que indica o argumento que poderá ser alegado pela contribuinte para impugnar a referida cobrança. a) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade nonagesimal. b) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade anual. c) A nova contribuição somente poderia ser instituída por meio de lei complementar. d) A Constituição da República veda a instituição de contribuições não cumulativas. COMENTÁRIOS: Letra c. a) Errada. As novas contribuições para seguridade social devem obediência ao princípio da anterioridade nonagesimal que foi observado segundo as datas mencionadas na questão – Art. 195 § 6o da CF. b) Errada. As novas contribuições para seguridade social não devem obediência ao princípio da anterioridade anual, mas tão somente ao princípio da anterioridade nonagesimal – Art. 195 § 6o da CF. c) Certa. As novas contribuições para seguridade social residuais devem ser instituídas por meio de Lei Complementar conforme disposto no artigo 195 § 4o da CF e no art. 154 I da CF. d) Errada. As contribuições para seguridade social serão não cumulativas conforme o disposto no artigo 195 § 12 da CF. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 22 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 29 - (XXIV EXAME DE ORDEM) O Estado A ajuizou execução fiscal em face da pessoa jurídica B, com o objetivo de cobrar crédito referente ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Nesse sentido, requereu, em sua petição inicial, que, após a citação, fosse determinada a imediata indisponibilidade de bens e direitos da contribuinte. Nesse caso, o juiz deve indeferir o pedido, porque a decretação da indisponibilidade de bens e direitos a) ocorre somente após o insucesso do pedido de constrição sobre ativos financeiros, embora desnecessária qualquer outra providência. b) ocorre somente após a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, embora desnecessária qualquer outra providência. c) ocorre somente após o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis. d) é impossível durante a execução fiscal. COMENTÁRIOS: Letra c. a) Errada. A indisponibilidade de bens do executado somente poderá ser decretada após esgotar todas as tentativas na busca por bens penhoráveis. c) Certa. O magistrado somente poderá declarar a indisponibilidade de bens após esgotar todas as tentativas na busca por bens penhoráveis conforme disposto no artigo 185 A do CTN e Súmula 560 do STJ. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 23 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 30 - (XXIV EXAME DE ORDEM) A pessoa jurídica A declarou débitos de Imposto sobre a Renda (IRPJ) que, no entanto, deixaram de ser quitados. Diante do inadimplemento da contribuinte, a União promoveu o protesto da Certidão de Dívida Ativa (CDA) decorrente da regular constituição definitiva do crédito tributário inadimplido. Com base em tais informações, no que tange à possibilidade de questionamento por parte da contribuinte em relação ao protesto realizado pela União, assinale a afirmativa correta. a) O protesto da CDA é indevido, uma vez que o crédito tributário somente pode ser cobrado por meio da execução fiscal. b) O protesto da CDA é regular, por se tratar de instrumento extrajudicial de cobrança com expressa previsão legal. c) O protesto da CDA é regular, por se tratar de instrumento judicial de cobrança com expressa previsão legal. d) O protesto da CDA é indevido, por se tratar de sanção política sem previsão em lei. COMENTÁRIOS: Letra b. a) Errada. O Protesto da CDA é totalmente amparado por meio de Lei. b) Certa. O Protesto da Certidão de Dívida Ativa, especificamente da União, é o ato praticado pelo Cartório de Protesto de Títulos, por falta de pagamento da obrigação constante da referida CDA, conforme autorização da Lei n. 9.492, de 10 de setembro de 1997. O contribuinte será intimado pelo Cartório de Protestos no endereço fornecido pela PGFN, na forma dos arts. 14 e 15 da Lei n. 9.492, de 1997. A notificação do Cartório poderá vir acompanhada de boleto bancário para pagamento do débito acrescido dos emolumentos cartoriais. A intimação será feita por edital se a pessoa indicada como devedora na CDA for desconhecida, possuir localização incerta ou ignorada, for residente ou domiciliada fora da competência territorial do cartório, ou, ainda, ninguém se dispuser a receber a intimação no endereço fornecido pela PGFN. c) Errada. O Protesto da CDA é um instrumento extrajudicial de cobrança amparado na legislação. d) Errada. Ver comentário aos itens anteriores. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. 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No que tange à possibilidade de aplicação da nova legislação ao presente caso, assinale a afirmativa correta. a) É inaplicável, pois não respeitou o princípio da anterioridade anual. b) É inaplicável, pois o fisco somente poderia lavrar o auto de infração com base nos critérios de apuração previstos em lei vigente no momento da ocorrência do fato gerador. c) É aplicável, pois a legislação que institui novos critérios de apuração e amplia poderes de investigação das autoridades administrativas aplica-se aos lançamentos referentes a fatos geradores ocorridos antes de sua vigência. d) É aplicável, pois foi observado o princípio da anterioridade nonagesimal COMENTÁRIOS: Letra c. a) Errada. Não há necessidade de obediência aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal. b) Errada. A lei que altera e instituiu novos critérios de apuração e investigação dados ao Fisco poderá retroagir a fatos geradorespretéritos tendo em vista ser uma lei meramente interpretativa – Art. 144 § 1o do CTN. c) Certa. Art. 144 § 1o do CTN. d) Errada. Não há necessidade de obediência aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 25 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 32 - (XXVIII EXAME DE ORDEM) A União, por meio de lei ordinária, instituiu nova contribuição social (nova fonte de custeio) para financiamento da seguridade social. Para tanto, adotou, além da não cumulatividade, fato gerador e base de cálculo distintos dos discriminados na Constituição da República. A referida lei foi publicada em 1o de outubro de 2018, com entrada em vigor em 1o de fevereiro de 2019, determinando, como data de vencimento da contribuição, o dia 1o de março de 2019. A pessoa jurídica XYZ não realizou o pagamento, razão pela qual, em 10 de março de 2019, foi aconselhada, por seu (sua) advogado (a), a propor uma ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica, em face da União. Assinale a opção que indica o fundamento que poderá ser alegado para contestar a nova contribuição. a) Ela somente poderia ser instituída por meio de Lei Complementar. b) Ela violou o princípio da anterioridade anual. c) Ela violou o princípio da anterioridade nonagesimal. d) Ela somente poderia ser instituída por Emenda Constitucional. COMENTÁRIOS: Letra a. a) Certa. As novas contribuições para seguridade residual devem ser instituídas por meio de Lei Complementar conforme disposto no art. 195 § 4o da CF combinado com o artigo 154 I da CF. b) Errada. As contribuições para seguridade social residual não devem obediência ao princípio da anterioridade anual, mas tão somente a anterioridade nonagesimal conforme disposto no art. 195 § 6o da CF. c) Errada. As contribuições para seguridade social residual devem observar o princípio da anterioridade nonagesimal conforme ocorreu no comando da questão – Art. 195 § 6o da CF. d) Errada. Não há a necessidade de instituição pode Emenda, mas apenas a edição de uma Lei Complementar. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 26 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 33 - (XXIX EXAME DE ORDEM) O Município X, na tentativa de fazer com que os cofres municipais pudessem receber determinado tributo com mais celeridade, publicou, em maio de 2017, uma lei que alterava a data de recolhimento daquela exação. A lei dispunha que os efeitos das suas determinações seriam imediatos. Nesse sentido, assinale a afirmativa correta. a) Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), a lei é válida, mas apenas poderia entrar em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a sua publicação. b) A lei é inconstitucional, uma vez que não respeitou o princípio da anterioridade. c) A lei é constitucional, uma vez que, nessa hipótese, não se sujeita ao princípio da anterioridade. d) A lei é válida, mas só poderia vigorar 90 (noventa) dias após a sua publicação. COMENTÁRIOS: Letra c. Segundo o STF, o princípio da anterioridade anual e nonagesimal e o princípio da legalidade só pode ser aplicado aos casos em que o Fisco cria ou majora determinado tributo. A modificação do prazo para pagamento, recolhimento ou vencimento do tributo não pode ser equiparada à instituição ou ao aumento de tributo, mesmo que o prazo seja menor do que o anterior, ou seja, mesmo que tenha havido uma antecipação do dia de pagamento. Assim, quando o Poder Público alterar o prazo de pagamento de um tributo não há a necessidade de obediência aos princípios da legalidade, anterioridade anual e nonagesimal conforme Súmula Vinculante 50 e Súmula 669 do STF. QUESTÃO 34 - (XXIX EXAME DE ORDEM) A União lavrou auto de infração para a cobrança de créditos de Imposto sobre a Renda, devidos pela pessoa jurídica PJ. A cobrança foi baseada no exame, considerado indispensável por parte da autoridade administrativa, de documentos, livros e registros de instituições financeiras, incluindo os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras de titularidade da pessoa jurídica PJ, após 256 a regular instauração de processo administrativo. Não houve, neste caso, qualquer autorização do Poder Judiciário. Sobre a possibilidade do exame de documentos, livros e registros de instituições financeiras pelos agentes fiscais tributários, assinale a afirmativa correta. a) Não é possível, em vista da ausência de previsão legal. b) É expressamente prevista em lei, sendo indispensável a existência de processo administrativo instaurado. c) É expressamente prevista em lei, sendo, no entanto, dispensável a existência de processo administrativo instaurado. d) É prevista em lei, mas deve ser autorizada pelo Poder Judiciário, conforme exigido por lei. COMENTÁRIOS: Letra b. a) Errada. É totalmente possível desde que exista procedimento por escrito. b) Certa. O Fisco para realizar os atos de poder de polícia visando a prática de atos para a arrecadação de tributos pode ser realizada sem a necessidade de autorização judicial desde que haja procedimento administrativo por escrito. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 27 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 35 - (XXIX EXAME DE ORDEM) A União, diante de grave desastre natural que atingiu todos os estados da Região Norte, e considerando ainda a severa crise econômica e financeira do país, edita Medida Provisória, que institui Empréstimo Compulsório, para que as medidas cabíveis e necessárias à reorganização das localidades atingidas sejam adotadas. Sobre a constitucionalidade da referida tributação, assinale a afirmativa correta. a) O Empréstimo Compulsório não pode ser instituído para atender às despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. b) O Empréstimo Compulsório deve ser instituído por meio de Lei Complementar, sendo vedado pela CRFB/88 que Medida Provisória trate desse assunto. c) Nenhum tributo pode ser instituído por meio de Medida Provisória. d) A União pode instituir Empréstimo Compulsório para atender às despesas decorrentes de calamidade pública, sendo possível, diante da situação de relevância e urgência, a edição de Medida Provisória com esse propósito. COMENTÁRIOS: Letra b. a) Errada. O Empréstimo Compulsório pode ser criado diante de guerra externa ou sua iminência ou calamidade pública podendo, nesses casos, ser cobrado de imediato – Art. 148 I CF. Pode ainda ser cobrado diante de investimento público de relevante interesse nacional devendo, nesta hipótese, obediência aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal – Art. 148 II CF. b) Certa. O Empréstimo Compulsório é uma das cinco espécies tributárias. No entanto, é um tributo de competência exclusiva da União devendo ser criado por meio de Lei Complementar conforme disposto no art. 148 da CF. Vale destacar que Medidas Provisórias não podem, em hipótese alguma, legislar em matéria destinada a Lei Complementar – Art. 62 § 1o III da CF. c) Errada. Medida Provisória pode instituir ou majorar um tributo desde que sejam matérias reservadas a lei ordinária – Art. 62 § 2o da CF. d) Errada. Medida Provisória não pode em hipótese alguma legislar em matéria reservada a Lei Complementar – Art. 62 § 1o III CF. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 28 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 36 - (XXIX EXAME DE ORDEM) O Chefe do Executivodo Município X editou o Decreto 123, em que corrige o valor venal dos imóveis para efeito de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de acordo com os índices inflacionários anuais de correção monetária. No caso narrado, a medida a) fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode ser realizada por meio de lei em sentido formal. b) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo do IPTU dispensa a edição de lei em sentido formal. c) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU pode ser realizada por meio de decreto. d) fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do IPTU não dispensa a edição de lei em sentido formal. COMENTÁRIOS: Letra c. a) Errada. O comando da questão não fala de majoração de base de cálculo que se fosse o caso deveria ser feita por meio de lei ordinária – Art. 97 § 1o CTN. b) Errada. Caso o comando tratasse de majoração de Base de Cálculo deveria ser feito obrigatoriamente por meio de Lei Ordinária – Art. 97 § 1o CTN. c) Certa. A atualização da base de cálculo não corresponde majoração de tributo, mas tão somente uma correção da perda do valor aquisitivo da moeda. Desta forma, não é necessário a edição de uma lei em sentido formal bastando para tanto a edição de um decreto – Art. 97 § 2o CTN. d) Errada. A mera atualização da base de cálculo do IPTU por não configurar uma majoração, mas uma mera correção do valor aquisitivo da moeda pode ser realizada por um mero decreto sendo dispensada a edição de lei em sentido formal – Art. 97 § 2o CTN. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 29 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 37 - (XXX EXAME DE ORDEM) A sociedade empresária ABC Ltda. foi autuada pelo Fisco do Estado Z apenas pelo descumprimento de uma determinada obrigação tributária acessória, referente à fiscalização do ICMS prevista em lei estadual (mas sem deixar de recolher o tributo devido). Inconformada, realiza a impugnação administrativa por meio do auto de infração. Antes que sobreviesse a decisão administrativa da impugnação, outra lei estadual extingue a previsão da obrigação acessória que havia sido descumprida. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. a) A lei estadual não é instrumento normativo hábil para extinguir a previsão dessa obrigação tributária acessória referente ao ICMS, em virtude do caráter nacional desse tributo. b) O julgamento administrativo, nesse caso, deverá levar em consideração apenas a legislação tributária vigente na época do fato gerador. c) Não é possível a extinção dos efeitos da infração a essa obrigação tributária acessória após a lavratura do respectivo auto de infração. d) A superveniência da extinção da previsão dessa obrigação acessória, desde que não tenha havido fraude, nem ausência de pagamento de tributo, constitui hipótese de aplicação da legislação tributária a ato pretérito. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. As obrigações acessórias podem ser extintas por meio de lei ordinária. b) Errada. O processo administrativo, neste caso, deverá retroagir a legislação que determinou a extinção da obrigação acessória. c) Errada. É totalmente possível extinguir uma obrigação acessória com a aplicação do princípio da retroatividade benigna desde importe em fraude ou dispensa do pagamento do tributo. d) Certa. Art. 106 II b CTN. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 30 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 38 - (IX EXAME DE ORDEM) O procurador do município Gama decide contestar judicialmente a cobrança do ICMS discriminada na fatura da conta de luz do imóvel onde funciona a sede da prefeitura, alegando a condição de ente político para livrar-se da exação. A demanda da municipalidade deverá ser a) acolhida, em razão da imunidade recíproca, que impede que os entes da federação instituam impostos sobre bens e serviços uns dos outros. b) rejeitada, pois na situação apresentada o município se apresenta na condição de contribuinte de direito do ICMS. c) acolhida, pois a empresa concessionária prestadora do serviço de fornecimento de energia não tem competência para cobrar ICMS. d) rejeitada, pois o município não goza de imunidade com relação a imposto que incide apenas indiretamente sobre seus bens e serviços. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. Não há que se falar em imunidade recíproca de impostos que incidem apenas indiretamente sobre o bem, como é o caso do ICMS e do IPI. b) Errada. O Município, no caso posto, se encontra na qualidade de mero contribuinte de fato suportando no preço do produto o valor já pago de ICMS e repassado indiretamente no preço do produto. c) Errada. A empresa possui mero cometimento para arrecadar o imposto estadual. d) Certa. Não há que se falar em imunidade recíproca de ICMS, já que o Município se encontra na condição de mero consumidor final, portanto, mero contribuinte de fato. QUESTÃO 39 - (X EXAME DE ORDEM) Uma autarquia federal, proprietária de veículos automotores adquiridos recentemente, foi surpreendida com a cobrança de IPVA pelo Estado responsável pelos respectivos licenciamentos, não obstante vincular a utilização desses veículos às suas finalidades essenciais. Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. a) A cobrança é constitucional, por se tratar de fato gerador do IPVA. b) A cobrança é constitucional, por se aplicar o princípio da capacidade contributiva. c) A cobrança é inconstitucional, por se tratar de isenção fiscal. d) A cobrança é inconstitucional, por tratar de hipótese de imunidade tributária. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. A autarquia possui imunidade tributária recíproca sendo inconstitucional a cobrança de IPVA. b) Errada. Comentário dos itens A e D. c) Errada. Comentário dos itens A e D. d) Certa. A União, os Estados-Membros, os Municípios, o Distrito Federal, as Autarquias e Fundações, bem como as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista que prestem serviços públicos possuem imunidade recíproca sendo vedada, portanto, a cobrança de impostos sobre patrimônio, rendas e serviços uns dos outros como no caso do IPVA – art. 150, VI, a, § 2o, da CF. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 31 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 40 - (XI EXAME DE ORDEM) Determinada editora de livros, revistas e outras publicações foi autuada pela fiscalização de certo Estado, onde mantém a sede da sua indústria gráfica, pela falta de recolhimento de ICMS incidente sobre álbum de figurinhas. Nessa linha, à luz do entendimento do STF sobre a matéria em pauta, tal cobrança é a) inconstitucional, por força da aplicação da isenção tributária. b) inconstitucional, por força da aplicação da imunidade tributária. c) constitucional, por força da inaplicabilidade da imunidade tributária. d) inconstitucional, por estar o referido tributo adstrito à competência tributária da União Federal. COMENTÁRIOS: Letra b. a) Errada. Não se trata de uma isenção, e sim de uma imunidade tributária. Vale destacar que as isenções são causas de exclusão do crédito tributário e configuram como uma dispensa legal do tributo enquanto as imunidades são dispensas constitucionais. b) Certa. Os livros, jornais e periódicos possuem imunidade de impostos incidentes sobre os papéis e filmes fotográficos destinados à sua elaboração conforme art. 150, VI, d, CF, e Súmula n. 657 do STF. Vale ressaltar que tal imunidade objetivafoi estendida aos livros digitais e aos livros eletrônicos. c) Errada. Comentário dos itens A e B. d) Errada. Comentário dos itens A e B. QUESTÃO 41 - (XX EXAME DE ORDEM) Fulano de Tal prometeu adquirir de uma autarquia federal um imóvel residencial urbano. O sinal e parte substancial do preço são pagos no momento da lavratura da escritura pública de promessa de compra e venda, que é prontamente registrada no Registro Geral de Imóveis (RGI) competente. O saldo do preço será pago em várias parcelas. Após o registro da promessa de compra e venda a) passa a incidir o IPTU, a ser pago pela autarquia. b) continua a não incidir o IPTU, por força da imunidade da autarquia (cujo nome continua vinculado ao imóvel no RGI, ainda que agora a autarquia figure como promitente vendedora). c) passa a incidir o IPTU, a ser pago solidariamente pela autarquia e por Fulano de Tal. d) passa a incidir o IPTU, a ser pago por Fulano de Tal, uma vez que registrada no RGI a promessa de compra e venda do imóvel. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. Como haverá uma transferência de titularidade do imóvel da Autarquia para Fulano de Tal, pessoa física, não há mais que se falar em imunidade tributária recíproca de impostos incidentes sobre patrimônio, rendas e serviços. Portanto, passará a incidir o IPTU, mas a ser pago por Fulano de Tal. b) Errada. Ver comentários dos itens A e D. c) Errada. Ver comentários dos itens A e D. d) Certa. Súmula n. 583 do STF: Promitente-Comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. Todos os direitos reservados 32 Questões comentadas para OAB – Direito Tributário QUESTÃO 42 - (XXII EXAME DE ORDEM) O Município X instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, sobre o serviço público de coleta, remoção e tratamento de lixo e resíduos provenientes de imóveis. A igreja ABC, com sede no Município X, foi notificada da cobrança da referida taxa. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. a) As Igrejas são imunes; portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo Município X. b) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível. c) A taxa é inconstitucional, uma vez que os Municípios não são competentes para a instituição de taxas de serviço público. d) A taxa é constitucional e as Igrejas não são imunes. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. A imunidade tributária incidente sobre os templos de qualquer culto impede a cobrança de impostos incidentes sobre patrimônio, rendas e serviços desde que o dinheiro auferido pelas instituições religiosas seja destinado e aplicado em suas respectivas atividades essenciais não abarcando, nesse caso, as taxas – art. 150, VI, b, § 4o, da CF. b) Errada. O STF entendeu que a taxa de coleta de lixo residencial, ou seja, aquela dissociada de qualquer serviço de limpeza de logradouros públicos, é constitucional por se tratar de um serviço público específico e divisível conforme redação da Súmula Vinculante n. 19. c) Errada. As taxas são de competência comum dada aos quatro Entes Federativos. Ou seja, pelo disposto no artigo 145, III, da CF, as taxas podem ser instituídas tanto pela União, como pelos Estados, DF e Municípios. d) Certa. Comentário dos itens A e B. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. 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Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a afirmativa correta. a) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições de ensino que não sejam superavitárias. b) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições públicas de ensino. c) O fisco não agiu corretamente, pois não há impedimento à distribuição de lucro pelo estabelecimento de ensino imune. d) O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a instituição não precisa ser deficitária, desde que o superavit seja revertido para suas finalidades. COMENTÁRIOS: Letra d. a) Errada. Ver comentário do item D. b) Errada. As instituições públicas de ensino possuem imunidade recíproca baseada no artigo 150, VI, a, CF. c) Errada. As instituições de ensino superior sem fins lucrativo estão impedidas de distribuir os lucros auferidos, pois devem obrigatoriamente realizar a reversão integral do dinheiro nas finalidades da instituição sob pena de suspensão do benefício – art. 14, § 1o, CTN. d) Certa. As instituições de educação possuem imunidade tributária com relação aos impostos incidentes sobre o patrimônio, rendas e serviços desde que todo o lucro que venham auferir sejam destinados integralmente às finalidades essenciais da empresa. Dessa forma, a ideia é que tais instituições sejam superavitárias exatamente para que tenham maior quantidade de dinheiro para ser revertido em suas finalidades – art. 150, VI, c, § 4o, da CF, art. 14, do CTN. Este é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab |Proibido qualquer tipo de comercialização sem autorização. 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Tendo isso em vista, assinale a afirmativa correta. a) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; por outro lado, é incorreta a cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória. b) Há imunidade tributária em relação aos livros eletrônicos; no entanto, tendo em vista a previsão legal, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação acessória. c) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; da mesma forma, é correta a cobrança de multa pelo descumprimento da obrigação acessória, em vista da previsão legal. d) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a imunidade tributária somente abrange o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; no entanto, é incorreta a cobrança da multa pelo descumprimento da obrigação acessória. COMENTÁRIOS: Letra b. a) Errada. Ver o comentário do item B. b) Certa. Os livros, jornais e periódicos possuem imunidade de impostos incidentes sobre os papéis e filmes fotográficos destinados à sua elaboração conforme art. 150, VI, d, CF, e Súmula n. 657 do STF. Essa imunidade, no entanto, foi estendida aos livros digitais e aos livros eletrônicos. O Plenário aprovou, também por unanimidade, duas teses de repercussão geral para o julgamento dos recursos. O texto aprovado no julgamento do RE 330817 foi: A imunidade tributária constante do artigo 150, VI, “d”, da Constituição Federal, aplica-se ao livro eletrônico (e-book), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo. Para o RE 595676 os ministros assinalaram que “a imunidade tributária da alínea “d” do inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal alcança componentes
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