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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR SISTEMA DE ENSINO SUPERIOR Á DISTÂNCIA CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA ALUNO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: O LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL Cidade 2020 Cidade 2020 Cidade ARAGUATINS / TO 2021 AlUNO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: O LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL Projeto Educativo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito obrigatório para a conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia. Docente supervisor: Prof. Michelle Carvalho de Sousa. ARAGUATINS / TO 2021 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 OBJETIVOS 5 PROBLEMATIZAÇÃO 6 REFERENCIAL TEÓRICO 7 1.1 O brincar e as crianças 7 1.2 O lúdico como prática pedagógica 11 MÉTODO 16 CRONOGRAMA 17 RECURSOS 18 AVALIAÇÃO 18 CONCLUSÃO 19 REFERÊNCIAS 20 INTRODUÇÃO Existe uma ampliação considerável do conceito de brincar, especialmente quando se considera as necessidades das crianças, que podem ocorrer em diferentes idades. Assim, o significado da brincadeira torna-se menos rígido e mais versátil. O desenvolvimento das crianças depende de uma série de fatores complexos que podem variar dependendo do contexto, entre os quais estão os aspectos sociais, culturais, econômicos e de meio no quais estão inseridas. Esses fatores, tanto quantitativos quanto qualitativos, juntamente com as necessidades da criança, podem determinar significativamente seu nível de desenvolvimento e aprendizagem, assim como sua capacidade de se relacionar e solucionar problemas. Em geral, a brincadeira emerge da criança e o ambiente no qual ela vive influencia diretamente na qualidade dessas brincadeiras. Assim, não é só a criança que brinca, mas também todos que estão presentes no ambiente em que ela é criada participam de alguma maneira. Os cuidados prestados pelos pais, professores e cuidadores presentes no sistema educacional, desempenham um papel fundamental na formação de crianças saudáveis. O desenvolvimento da criança também é um processo dinâmico, onde ela evolui, interage e se adapta ao ambiente no qual vive. A educação infantil é importante para compreender tal dinâmica do desenvolvimento da criança. Nesse sentido, é necessário compreender as interações entre a criança e o meio, além das consequências para o seu desenvolvimento. Portanto, torna-se importante entender como a exploração do lúdico poderá contribuir para o desenvolvimento de uma criança preparada para enfrentar os desafios da vida humana. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL A ludicidade proporciona ao educando o seu desenvolvimento pessoal, associados aos fatores sociais e culturais, colaboram para uma boa saúde física e mental, facilitando o processo de socialização, comunicação, construção de conhecimento, desenvolvimento pleno do processo de ensino e aprendizagem. OBJETIVOS ESPECÍFICOS · Refletir sobre as contribuições da ludicidade no contexto de sala de aula; · Analisar a importância da ludicidade no processo de construção do conhecimento dos educandos; · Verificar as formas que o professor pode trabalhar com a ludicidade nos Anos Iniciais; · Refletir sobre a contribuição do lúdico na no processo ensino aprendizagem; · Verificar como a ludicidade pode permear o contexto pedagógico das crianças dos Anos Iniciais. PROBLEMATIZAÇÃO De que maneira o lúdico na educação infantil, tem contribuído para a formação das crianças do primeiro ano? A proposta deste estudo se pauta no diálogo e análise do lúdico no processo de ensino e aprendizagem da educação infantil, considerando as diferentes possibilidades e as múltiplas implicaturas que o brincar traz à educação no primeiro ano do ensino fundamental I. De acordo com a realidade do contexto social e histórico, o lúdico é algo significativo para a criança testar suas capacidades de construir seus conhecimentos, e já o faz naturalmente. Deste ponto de vista, através do lúdico, é possível se adaptar os conteúdos da educação formal no sentido de partir do próprio universo infantil, para depois abarcar o conhecimento sistematizado. REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 passo 1 As metodologias ativas surgiram para que o modelo tradicional de ensino seja repensado com o intuito de inovar o conceito de relação entre professor e aluno. São novas formas de abordar o ensino-aprendizagem com o aluno como principal agente de construção do conhecimento. No ensino convencional os professores procuram garantir que todos os alunos aprendam o mínimo esperado e para isso explicam os conceitos básicos e pedem que os alunos depois os estudem e aprofundem através de leituras e atividades. Hoje, depois que os estudantes desenvolvem o domínio básico de leitura e escrita, podemos inverter o processo. As informações básicas, iniciais sobre um tema ou problema são acessadas por cada aluno de forma flexível e as mais avançadas, com o apoio direto do professor e dos colegas. O nosso sistema atual de ensino ainda é muito focado nos alunos receberem o conteúdo de forma passiva (que acaba virando uma grande “decoreba” de assuntos que muitas vezes eles não usarão para nada na vida). Ao invés de um modelo focado em desenvolver habilidades, competências e autonomia das pessoas de aprenderem por conta própria. Dessa forma, surgem as metodologias ativas para mudar a perspectiva do ensinar (centrado na figura do professor) para a perspectiva do aprender (centrada no aluno). Características Participação ativa dos alunos no contexto de sua aprendizagem; Percepção do papel do professor como facilitador efetivo e mediador do conhecimento; Conteúdo em linguagem mais próxima dos alunos. Além disso, Teóricos como Dewey (1950), Rogers (1973), Novack (1999) e Freire (2009), enfatizam, há muito tempo, a importância de superar a educação tradicional e focar a aprendizagem no aluno, envolvendo-o, motivando-o e dialogando com ele. Numa perspectiva de formação integral e contínua de discentes e docentes para a docência, este projeto propõe colaborar com mais um espaço de discussão e experimentação de práticas pedagógicas, notadamente na formação nas áreas científico-tecnológicas (também conhecidas pela sigla em inglês STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics/Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), que são o foco dos IFs. Nesse sentido, entende a comunidade acadêmica como um todo como instância educadora, em que em seus diferentes papeis contribui para a formação integral de seus participantes. Em conformidade com a Portaria 3243/2011 em seu artigo 2º, pois pretendo colaborar para “melhorar os processos de ensino e aprendizagem, propiciar melhores condições de permanência aos estudantes bem como realizar estudos sobre as atividades acadêmicas desenvolvidas”. Nesta proposta, isso seria feito por meio da exploração de Metodologias Ativas de Aprendizagem, que buscam desenvolver o protagonismo discente na construção do conhecimento – que é co-laborador do professor nesse processo, e não objeto da transmissão de informação. Toda a comunidade é considerada sujeito de educação nos espaços em que se desenvolvem as Metodologias Ativas de Aprendizagem. Como nas últimas décadas as concepções e técnicas de ensino estão sendo muito questionadas, para desenvolver a aprendizagem significativa, grandes mudanças têm sido exigidas no ambiente educacional. Nessa perspectiva, muitas instituições de ensino, inclusive as de nível superior, têm buscado propostas alternativas para a operacionalização do processo de ensino, por meio de inovações tecnológicas e do uso de metodologias ativas de ensino-aprendizagem (PAIVA et al., 2016). Com as brincadeiras e jogos lúdicos um universo de descobertas e experiências se revela para a criança, e ela acaba por sentir a profundidade da realidade do mundo que a rodeia, sob a ótica do imaginário. As descobertas podem trazer uma série de informações importantes sobre o funcionamento do mundo, fazendo-as perceber que podem ter umnúmero infinito de experiências. Nessa perspectiva, segundo Flores (2011), os jogos e brinquedos são fundamentais para o desenvolvimento da criança, pois possibilitam a construção da sua criatividade, autonomia e reflexão, contribuindo para o desenvolvimento dos aspectos físicos, sociais, culturais, afetivos, emocionais e cognitivos. É importante perceber que não é só em uma escola que a exploração do lúdico deve acontecer. Em nossas casas, dentro do circulo familiar, podemos desenvolver brincadeiras que também poderão auxiliar no desenvolvimento mais saudável das crianças, proporcionando mudanças significativas em seus comportamentos. A criança é criativa e esse é um ponto importante a destacar. Criatividade é algo que nos permite ver as coisas por diversos ângulos e interpretá-las de maneiras diferentes, ir para outro nível e ser capaz de construir algo novo. À medida que a criança cresce e se desenvolve, ela não permanece um mero observador, como resultado, ela se torna mais consciente, e o desenvolvimento da imaginação passa a ter um papel fundamental. Vigotsky (1984) afirma que brincar ajuda a criança a superar seus limites e ter experiências além de sua idade e realidade. Segundo ele, é no jogo onde crianças podem ser desafiadas para que reflitam e resolvam problemas. O jogo também desenvolve a sua imaginação, o chamado “faz de conta”, que o ajudará a compreender o futuro. Além disso, o jogo permite o autoconhecimento, aumenta a autoestima, contribui para o desenvolvimento físico-motor, assim como o pensamento e as capacidades cognitivas. A criança nasce com curiosidade, e a necessidade de explorar, descobrir, investigar, e testar os seus limites são fatores importantes para sua formação. E como ensinamos essas crianças? Como nos preparamos eles? Como os ajudamos a tirar o máximo proveito de sua curiosidade? Zanluchi (2005) acredita que as crianças têm um enorme potencial para aprender e tal condição deve ser aproveitada através do estimulo da curiosidade, pois é isso que as capacita a encontrar o seu caminho em vida. As crianças que são estimuladas e motivadas através das interações lúdicas aprenderão mais facilmente sobre o mundo, desenvolverão suas capacidades e, além disso, poderão construir laços importantes com seu próximo. Portanto, brincar é uma prática que apresenta diversos benefícios, podendo ajudar a criança alcançar um nível de aprendizagem relevante. É preciso analisar o papel do brincar na vida das crianças, sabendo que se trata de uma atividade natural, espontânea e gratificante, que pode proporcionar prazer, sendo fundamental estimular, incentivar e apoiar as atividades lúdicas. O brincar é a linguagem das crianças, sendo necessário estabelecer um ambiente adequado que poderá estimular e facilitar o uso da brincadeira como veículo de aprendizagem. Um dos principais objetivos dos jogos educativos é promover atividades que poderão ampliar a capacidade de aprender brincando, além de proporcionar o fortalecimento de habilidades cognitivas individuais, gerando a obtenção de conhecimentos por meio de diversas atividades. Segundo Negrine (2002), a criança deve ter o livre-arbítrio para se apossar do brinquedo e inseri-lo em suas brincadeiras conforma suas visões de mundo, o que lhe permitirá desenvolver autoestima e criatividade. É importante se ter cuidado ao realizar alguma interferência no modo como a criança deverá brincar com um brinquedo, pois poderá anular a liberdade e a autenticidade do brincar, podendo causar interferências nas escolhas e atitudes da criança ao longo de sua existência. A teoria da aprendizagem, proposta por David Ausubel, faz uma distinção dos tipos de aprendizagem: a cognitiva, a afetiva e a psicomotora. A primeira é o resultado do armazenamento de informações organizadas na estrutura cognitiva de um indivíduo. A segunda está ligada aos sentimentos e o significado que o sujeito cria para eles e, a terceira, envolve respostas motoras que dependem do treinamento e da prática. Nesse contexto, a aprendizagem se baseia na integração e na organização de conhecimentos, sendo o fator que mais influencia a aprendizagem significativa, os conhecimentos prévios do aluno e a organização mental que ele já possui (MOREIRA, 1999). 1.2 passo 02 A ProInfância tende crianças zero a cinco anos de idade, neste período é marcado por curiosidade, descoberta e aprendizagens claras, desde modo, o ensino da matemática na educação infantil deve chamar a atenção do educando, através de forma lúdica, aguçando o interesse do aluno e seus questionamentos. Para pensar em ensinar matemática é necessário primeiro entender a realidade do aluno, trabalhar no que o educando conhece, proporcionando a criança seus direitos de aprendizagem conforme a BNCC, “ Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais’’ Desse modo, é de suma importância a promoção do despertar da curiosidade das crianças, exercendo experiências e desafios a todo o momento; sem limitar, mas incentivando resoluções de problemas e criando suposições que permitam os pequenos os pensar em novas ideias. Ensinar matemática na educação não é fácil, pois são crianças pequenas que requerem bastante atenção, com isso o professor tem um papel primordial que é ser o auxiliar nessa construção do conhecimento. Não há dúvidas de que os professores, de alguma maneira, podem aplicar em sala de aula várias lições que aprenderam em sua vida cotidiana. Ser pessoalmente envolvido na formação dos alunos é um dos aspectos mais influentes para o sucesso dos professores na educação dos seus alunos. Nesse contexto, a formação acadêmica dos educadores deveria ser a norma, mas infelizmente nem sempre esse fato é levado a sério. Conforme Martins, Vieira e Oliveira (2006), embora algumas pesquisas citem as questões ambientais (número de crianças por cada sala, materiais disponíveis, estrutura predial, tempo) como desafios enfrentados pelos educadores, todas apontam que os principais obstáculos residem nas questões pedagógicas. Um exemplo é a falta de matérias universitárias que privilegie um currículo lúdico, que leve em consideração cada contexto escolar e as dificuldades de implantação do jogo. Tal aprimoramento deve possibilitar que os professores utilizem o jogo não apenas para fins educacionais, mas também para se desenvolver integralmente, possibilitando ao educador a criação de ferramentas que abonem suas práticas para os pais e a escola. Ainda nos tempos atuais, formar professores com saberes lúdicos é uma empreitada penosa e complexa, pois em sua formação o professor deverá ter o acesso a conhecimentos específicos e profundos, além de acreditar que será capaz de fazer compreender que a educação lúdica é uma forma de aprendizagem. Além de conhecer o conceito de escola em relação à aprendizagem e em relação aos jogos, brincadeiras e brinquedos, procurando equidade na educação e respeito pelas diferenças de níveis de aprendizado. Dentro do contexto das práticas pedagógicas, as interações são consideradas como o componente essencial da experiência de uma criança, sendo importante conhecer tais dinâmicas de interação como forma de melhorar o desenvolvimento infantil. Conforme Miranda (1964), o momento lúdico não é apenas um suplemento, mas também um auxílio indispensável no processo educativo. É uma forma de fazer a criança brincar, imaginar, brincar, interagir, fantasiar, discutir, construir, desenvolver e aprender jogos que desenvolvem objetivos reais e significativos sem que eles percebam. Para Negrini e Santos (1997) a formação de educadores deve contemplar três pilares que sustentam a formação profissional, sendo eles a formação acadêmica, formação pedagógica e formação pessoal. Segundo os autores, esse tipo de concepção não existe no currículo oficialdos cursos de formação de educadores, porém algumas experiências mostraram sua validade e muitos educadores afirmaram que a alegria é o motor da educação para o terceiro milênio. Para obter uma aprendizagem significativa é necessário despertar na criança seu interesse e sua curiosidade por aquilo que se quer ensinar a ela, sendo necessário fazer uso de recursos pelos quais elas possam se sentir envolvidas. Conforme Piaget (1978, p.81) “A brincadeira favorece a autoestima das crianças auxiliando a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa, contribuindo para a interiorização de determinado modelo adulto’’”. Portanto, é de suma relevância para o bom desempenho de sua autonomia e identidade, sabemos que para crianças uma simples brincadeira sempre está presente na maior parte de suas interações e o docente precisa estar atento para que essa interação ocorra e possa entender e respeitar todas as manifestações delas. Sabe-se que a Base Nacional Comum Curricular é um documento normativo que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver nas etapas e modalidades da educação básica. Fundamentada nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e também na lei n°9.394/96 (LDB) em seu artigo Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade em seu aspecto escolar. A constituição de professores para atuar na educação infantil é uma preocupação recorrente nas discussões acadêmicas, e para garantir à qualidade do ensino das crianças, foi preciso exigir por lei que os professores fossem qualificados. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB Lei 9.394/ 1996) e as diretrizes curriculares do ensino da Pedagogia determinou que o curso de Pedagogia fosse responsável pela formação dos profissionais docentes da educação infantil. Nesse contexto, foi percebido que para garantir um modelo de excelência no atendimento às crianças, a formação de educadores seria primordial. No entanto, antes de Lei 9.394/ 1996 ser aprovada, não havia nenhuma exigibilidade de treinamento especial para o papel dos educadores. Como resultado, muitas vezes os professores que trabalham neste campo não apresentavam conhecimento suficiente para atender corretamente as demandas exigidas pelas crianças, e por consequência o desenvolvimento delas era prejudicado. A educação infantil abrange temas como o cuidado e educação voltados à formação base de um indivíduo. Conforme Paschoal e Aquino (2007), esses temas também estão relacionados à constituição inicial dos professores. O cuidado refere-se à preocupação de manter a criança em condições apropriadas ao seu bem-estar, como a elaboração de um ambiente favorável, a disponibilização de alimentação adequada, higiene pessoal e outras questões, porém tais condições até então foram desenvolvidas por leigos. O educar, a priori exige a utilização de um profissional devidamente treinado, visto que o objetivo é desenvolver as habilidades cognitivas da criança por meio de atividades específicas e supervisionadas. A necessidade de implantar e aprofundar o conhecimento teórico, prático e pedagógico dos profissionais do campo da educação infantil é evidenciado pelas diversas necessidades presentes no universo infantil. Vários cursos de formação de profissionais da educação infantil são baseados na temática metodológica que enfatiza a criação de materiais didáticos, já outros tentam abordar aspectos teóricos do desenvolvimento infantil. Conforme afirma Pascoal e Aquino (2007), o principal desafio que o Brasil enfrenta hoje está relacionado, portanto, à formação de um corpo docente altamente qualificado, principalmente com vistas à investigação e aprofundamento de práticas pedagógicas adequadas. A constituição profissional dos educadores mostra-se de fundamental importância para o para desenvolvimento de uma interação positiva com crianças. Este treinamento o torna versátil e permite trabalhar diferentes tipos de conteúdos, desde o atendimento a demandas básicas, até a ampliação de conhecimentos específicos de diferentes áreas. No contexto lúdico, a brincadeira da criança não é vista apenas como uma expressão livre e espontânea de curiosidade e imaginação, mas é o resultado de um processo de construção e reconstrução em que ocorre a interação de diferentes interesses, com o de valorizar e desenvolver o conhecimento. Brincar dá à criança a oportunidade para testar diferentes experiências que podem determinar a construção de conhecimentos importantes dentro de um universo de fantasia. Bomtempo (1999), diz que quando o educador está presente em uma situação lúdica, é importante que o mesmo se atenha às várias formas de interação apresentada entre as crianças, assumindo um papel de mediador, orientando o percurso do ensino da maneira mais adequada possível. O educador tem que observar e entender o que as crianças estão fazendo, encorajá-los a desenvolver suas habilidades e apoiá-los nas dificuldades. O educador também deve observar a interação entre as crianças e suas brincadeiras, para determinar se eles estão desenvolvendo um interesse particular ou se estão jogando como um meio de se distrair de seus conflitos. Os desafios para aplicar as Metodologias Ativas de Aprendizagem · Professores com pouco tempo disponível para planejar uma aula com uma metodologia ativa; · Cronograma escolar muito apertado para testar e aplicar essas metodologias; · Resistência da direção da escola em permitir que sejam aplicadas essas metodologias; Diante disso e das transformações que vieram acontecendo nas últimas décadas, observa-se a necessidade de repensar os paradigmas vigentes na educação. Na perspectiva de Zabala (2002), a função do ensino pauta-se num processo de compreensão e intervenção da realidade: isso implica ensinar a partir do paradigma da complexidade. Assim, Masetto (1998) destaca a importância da relação professor/aluno no processo de aprendizagem, sendo o papel do professor orientar, motivar e incentivar o desenvolvimento das atividades. Para isso, é necessário que esse profissional desenvolva ação ativa, uma atitude de parceria e corresponsabilidade com os alunos, que planejem o curso juntos, usando técnicas em sala de aula que facilitem a participação e considerando os discentes como adultos que podem se corresponsabilizar por seu período de formação profissional. MÉTODO Metodologias ativas para uma educação inovadora aponta a possibilidade de transformar aulas em experiências de aprendizagem mais vivas e significativas para os estudantes da cultura digital, cujas expectativas em relação ao ensino, à aprendizagem e ao próprio desenvolvimento e formação são diferentes do que expressavam as gerações anteriores. Os estudantes que estão, hoje, inseridos nos sistemas de educação formal requerem de seus professores habilidades, competências didáticas e metodológicas para as quais eles não foram e não estão sendo preparados. Para isso, será necessários recursos apropriados para atender às necessidades atuais e ajudar as escolas parceiras a oferecerem um ensino de qualidade. Livro digital: contém todo o conteúdo do livro impresso e pode ser acessado por dispositivos eletrônicos, on-line e off-line, com recursos interativos. Ambiente virtual de aprendizagem: oferece videoaulas e atividades sobre 100% dos conteúdos lecionados em todo o segmento, bem como o acesso ao professor. Realidade aumentada: permite visualizar o mundo real através de imagens tridimensionais com projeções gráficas digitais. Portal: disponibiliza aos professores materiais completos com recursos para propor atividades para seus alunos, como projetos temáticos, atividades de sistematização, simulados, banco de provas, ferramentas audiovisuais, livro do professor e muito mais. Gamificação: Usadas para deixar os alunos mais focados e interessados, através de app eles poderão receber pontos e depois trocar por brinquedos.Aplicativos: como exemplo, temos o SAE Questões, que disponibiliza os conteúdos das últimas edições do Enem para os alunos estudarem pelo celular. QR Codes: códigos de acesso a conteúdos complementares por meios digitais, disponibilizados nos materiais. Assessoria pedagógica digital: oferece suporte administrativo e pedagógico à escola através de canais de comunicação digital. CRONOGRAMA O Projeto Educativo é uma atividade acadêmica - científica obrigatória para todos os estudantes de um curso superior que estão nos estágios finais de formação. Nele, consta a análise profunda de um tema relacionado ao curso graduado, com pesquisas, apontamento de problemática, diagnóstico e planos de ação propostos pelo aluno. ETAPAS DO PROJETO PERÍODO PLANEJAMENTO O projeto pedagógico assume uma postura de problematização a ser revisto no processo educacional e o mesmo busca a coletividade e individualidade na realização de atividades e possíveis soluções de problemas, sendo assim os alunos memorizam o conteúdo com mais facilidade, pois todo projeto tem em vista um plano curto. De acordo com a metodologia todo pedagogo precisa está preparado na hora de desenvolver seu planejamento e para o uso do mesmo, usamos tecnologias para o ensino e aprendizagem do aluno assim como pesquisas bibliográficas para impulsionar o conhecimento na hora de transmitir tal assunto. EXECUÇÃO O professor é o facilitador neste momento e ajudará com recursos materiais, com informações, com conteúdos necessários, etc. Mas, também ele é o mediador, ou seja, quem provoca novos olhares, questiona, auxilia, faz novas perguntas, etc. As atividades, serão realizadas de acordo com o cronograma de ensino adaptado pelo professor com o uso das metodologias ativas e quais conteúdos aplicados contendo todas variáveis possíveis. AVALIAÇÃO A avaliação tem um papel central na Educação Infantil e não pode ser feita apenas no final do ano letivo. Tanto os docentes quanto os coordenadores precisam realizar observações e registros ao longo de todo o ano para que, depois, eles sejam reunidos em um portfólio ou documento síntese. As aulas serão complementadas com a relação de palavras lúdicas. Realizaremos as anotações coletivas dos conceitos aprendidos em sala e como atividade extraclasse será proposta uma produção de desenhos em telas com o tema: O alfabeto e seus animais de começa com cada ler. RECURSOS Os recursos utilizados para o desenvolvimento do projeto de esnino será, Datashow, cartazes, panfletos, pendrive, e-mial, e pesquisas bibliograficas para a ampliar os conhecimentos diante do tema abordado. AVALIAÇÃO As atividades lúdicas auxiliam no processo de aprendizagem do aluno na educação infantil, pois trabalham a atenção, a imaginação, os aspectos motores e sociais, visando o pleno desenvolvimento da criança que aprende de forma significativa tornando o ensino de qualidade. CONCLUSÃO Uma vez concluído este estudo, pode-se afirmar que a meta inicialmente definida foi alcançada, pois permitiu aprofundar o conhecimento sobre a importância das atividades lúdicas desenvolvidas em uma educação infantil. A importância do educador infantil mostrou ser indiscutível. No contexto das atividades em sala de aula, o lúdico pode ser considerado como fator que oferece contribuições positivas para professores e crianças na educação infantil. Trabalhar a educação infantil é primordial, pois é o início da vida escolar das crianças. Na educação infantil não buscamos a aplicação de conteúdos, mas sim de situações que permitam às crianças conhecer o mundo a que estão acostumadas, tornando o aprendizado prazeroso por estar conectado com a alegria. O brincar mostrou ser uma ferramenta fundamental no desenvolvimento da criança. As atividades lúdicas são importantes na educação infantil, portanto as brincadeiras e brinquedos devem estar presentes nas ações pedagógicas dos educadores. Além disso, o desenvolvimento contínuo das práticas pedagógicas deve ser mantido, pois contribuirá significativamente para o desenvolvimento de educadores cada vez mais preparados para atender as demandas do ensino infantil. REFERÊNCIAS BOMTEMPO, Edda. Brinquedo e educação: na escola e no lar. Psicol. Esc. Educ. Campinas, SP, v. 3, n. 1, p. 61-69, 1999. BRASIL. Lei 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: DOU, 23 dez. 1996. FLORES, Cristina Domingos. A importância do brincar para o desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos. Trabalho de conclusão de curso (Pedagogia – Licenciatura Plena) – Universidade Federal da Paraíba, 2011. NEGRINE, Airton. Simbolismo e jogo. In: SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. MARTINS, Gabriela Dal Forno; VIEIRA, Mauro Luís; OLIVEIRA, Ana Maria Faraco de. Concepções de professores sobre brincadeira e sua relação com o desenvolvimento na educação infantil. Interação em Psicologia, 2006, v. 10, n. 2, p. 273-285. PASCHOAL, J.D.; AQUINO, O.R. Reconstruindo caminhos e processos relacionados à formação de professoras para a Educação Infantil. In: PASCHOAL, Jaqueline Delgado (Org.). Trabalho pedagógico na Educação Infantil. Londrina, PR: Humanidades, 2007. p. 191-197. SANTOS, Santa Marli Pires; CRUZ, Dulce Regina Mesquita. Brinquedo e infância: um guia para pais e educadores em creche. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. TEIXEIRA, Hélita Carla; VOLPINI, Maria Neli. A importância do brincar no contexto da educação infantil: creche e pré-escola Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade. Bebedouro-SP, v. 1, n. 1, p. 76-88, 2014. VIGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989. ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005.