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RESTAURO CIENTÍFICO Gustavo Giovannoni O CONCEITO DO RESTAURO CIENTÍFICO O restauro científico baseia-se na teoria de que deve se haver um estudo da obra a ser restaurada com base em plantas desenhos e historiografias, tem seus princípios definidos e bem claros. De modo que os monumentos restaurados fiquem o mais fiel possível ao original. BIOGRAFIA CARTA DE ATENAS Em 1933, na cidade de Atenas, Grécia, é realizado o IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), que resulta na criação da carta de Atenas escrita pelo arquiteto Le Corbusier e assinada pelos principais arquitetos da época. Gustavo Giovannoni foi um desses arquitetos que participou do congresso responsável pela elaboração da Carta de Atenas de 1931. Ele se dedicou a aprofundar a definição do chamado restauro científico. Na carta Giovannoni destacou alguns pontos. Valorização dos monumentos: recomenda-se o respeito ao caráter e à fisionomia das cidades, sobretudo nas vizinhanças dos monumentos antigos, no que se refere à construção de novos edifícios. Materiais de restauração: aprova-se o uso de recursos técnicos e materiais modernos, especialmente o concreto armado, para os casos de consolidação estrutural. deterioração dos monumentos: constata-se a agressividade dos agentes atmosféricos, manifesta-se a dificuldade de se formular regras gerais e recomenda-se a troca de informações e publicação de trabalhos realizados nessas áreas. Técnica da conservação: antes de se proceder à restauração, sugere-se analisar escrupulosamente a existência de patologias; para as ruínas destaca- se a tendência à recolocação dos elementos originais. Colaboração internacional: estima-se a importância de ações educativas de sensibilização e divulgação do interesse de preservação dos testemunhos de toda a civilização; A teoria do restauro cientifico foi uma evolução da teoria do restauro de Camillo Boito (restauro moderado), tendo como principais mudanças uma abordagem mais cientifica e aceitando a intervenção nos edifícios antigos, desde que a intervenção seja mínima. O restauro cientifico separa os monumento em dois tipo, os monumentos mortos e os vivos: • MONUMENTOS VIVOS são os que são possíveis ter o seu uso ou função identificado, nesses são recomendados o mínimo de intervenção. • MONUMENTOS MORTOS são os de caráter arqueológico, como ruínas e fortificações, onde os acréscimos deveriam ser secundários aos existentes. Para a escolha da técnica de intervenção no restauro cientifico cada monumento deve ser analisado de forma única para a melhor escolha. TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO NO RESTAURO CIENTIFICO: 1.CONSOLIDAÇÃO: O objetivo desta intervenção técnica é garantir a estabilidade do monumento, fazendo com que os esforços de restauração sejam limitados somente ao necessário para não interferir na estética da obra. 2.RECOMPOSIÇÃO: O objetivo desta intervenção é colocar cada fragmento que esteja espalhado de umas construção no seu lugar de origem (anastilose), neste intervenção é permitido a incorporação de elementos para suprir os faltantes, desde que sejam diferentes dos elementos originais. 3.LIBERAÇÃO: O objetivo desta intervenção é eliminar os elementos que foram agregados e que não tem valor artístico, devendo tomar cuidado para não danificar os demais elementos característicos. 4.COMPLEMENTAÇÃO: O objetivo desta intervenção é recuperar a obra, sem causar modificações no aspecto e a volumetria original. 5.INOVAÇÃO: O objetivo desta intervenção é inserir a obra novas partes essenciais de nova concepção, esse intervenção somente é recomendadas para casos excepcionais em que for inevitável podendo ser usada desde que a solução adorada seja funcional, criativa e esteticamente integrada a obra. TEORIA DO RESTAURO CIENTÍFICO Gustavo Giovannoni (Roma 1873 -1947) foi um arquiteto e engenheiro italiano. Formado em Engenharia Civil pela Universidade de Roma no ano de 1895, participou posteriormente de uma pós-graduação em História da Arte Medieval e Moderna, com Adolfo Venturi, na Faculdade de Artes de Roma. Sua área de atuação envolveu História Crítica da Arquitetura, Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e também a área acadêmica. Durante seus quarenta anos de carreira, ganhou destaque no cenário italiano, movendo-se entre os temas da restauração arquitetônica e urbana. Seu legado vai desde a criação de um Instituto Nacional de Restauração, bem como uma escola de pós-graduação, uma revista nacional, uma associação e um centro de pesquisa nacional. Esse personagem, interessante sobretudo pela contribuição dada no campo legislativo. é considerado um agente de peso na conformação da cultura arquitetônica, urbanística e conservacionista de seu pais, a partir de reflexões teóricas, atuação didática, práticas projetuais e consultivas. ancoradas em importantes inserções institucionais. Seu trabalho como arquiteto não foi muito expressivo, porém sua contribuição para a teoria de restauração através dos seus escritos e pesquisas científicas. tornaram-no um dos mais importantes arquitetos de restauração. Seus escritos abordam temas como História da Arquitetura Medieval, Arquitetura do Renascimento e as técnicas de restauração. • IGREJA DE SANTO STEFANO DEGLI ABISSINI • Foi construída no século 7 na cidade do Vaticano e em sua porta de entrada pode ser visto os batentes e os frisos de mármore que o cercam, em que o cordeiro da páscoa foi esculpido. Após um longo levantamento de Giovannoni executou intervenções reconstrutivas de complementação recuperando a unidade formal sem modificar o aspecto e a volumetria original • TEMPLO HERCULES • Um monumento construído no século 2 a.C e foi restaurado no ano de 1913. No templo de Hercules, Gustavo Giovannoni utilizou a intervenção de liberação onde ele elimina elementos agregados sem valor artístico DISCIPLINA: TÉCNICAS RETROSPECTIVAS (TEORIA DO RESTAURO) PROFESSORA: ANA LETICIA OBRAS ALUNOS: GUILHERME VASCONCELOS ORIKASSA / D98CIE-7 JOÃO EDUARDO DOS SANTOS / D85BHH-7 MANOEL LUCAS RODRIGUES DE SOUZA / N525JC-5 YURI WEMBER FERREIRA / D98553-1
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