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Página 1 de 2 Normas Processuais Civis 2/2022 Fernando Brito da Costa Dias – 6501796 NULIDADES PROCESSUAIS CONCEITO DE NULIDADE PROCESSUAL A Nulidade Processual é o erro nos atos processuais, ou seja, é a ineficácia do ato ou relação processual, normalmente causada pela não observância da lei. Para que isso ocorra, faz-se necessário que qualquer um dos requisitos de validade não seja cumprido, tais como: capacidade do sujeito; objeto lícito e possível; manifestação livre da vontade e não estar na forma prescrita. Temos então que ocorre a nulidade quando um ato é praticado sem a observância de um requisito de validade. Assim, só podem ser qualificados de nulos os atos do juiz e dos seus auxiliares. Os das partes não o são propriamente: apenas, se não preencherem os requisitos legais, não produzirão os efeitos que visavam alcançar. TIPOS DE NULIDADES PROCESSUAIS A lei não enumera quais são os tipos de nulidades que podem ocorrer, no entanto, a doutrina classifica como sendo nulidade absoluta e nulidade relativa. A nulidade absoluta é aquela que determina que o ato será nulo pois ofende normas de ordem pública (mais grave, portanto), ou seja, é a forma é imposta em observância ao interesse público, ao passo que a nulidade relativa pressupõe um vício processual não tão grave, pois ofende normas que protegem interesses privados, sendo que o ato será anulável, essa segunda nulidade, é imposta em observância ao interesse das próprias partes. É possível encontrar na doutrina jurídica alguns exemplos, tais como: a) as decisões prolatadas por juízes impedidos ou por juízos absolutamente incompetentes; b) a falta de intervenção do Ministério Público, quando obrigatória; c) a citação realizada sem obediência às formalidades legais; d) a sentença que não observe a forma prescrita em lei. Página 2 de 2 Normas Processuais Civis 2/2022 Fernando Brito da Costa Dias – 6501796 MOMENTOS DE ARGUIÇÃO DA NULIDADE PROCESSUAL O momento da arguição de nulidade relativa deve ocorrer na primeira oportunidade concedida à parte para se pronunciar nos autos, após o fato viciado, sob pena de preclusão, ou seja, perda da faculdade processual de providencia a anulação. Ainda sobre o momento de arguição da nulidade processual de acordo com o tipo de nulidade, temos que: • A nulidade absoluta pode ser arguida de ofício no curso do processo, desde que haja prejuízo para a parte; não preclui; • A nulidade relativa deve ser alegada pelo prejudicado na primeira oportunidade, sob pena de preclusão (art. 278, CPC). Somente é declarada se trouxe prejuízo para a parte que a requerer. ATOS DE DECRETAÇÃO DA NULIDADE PROCESSUAL A decretação da invalidade do ato processual, pode ser realizada ex ofício, ou por provocação das partes e sempre será dotada de um caráter de sanção. Para que o ato seja considerado invalido, este deve concomitantemente ser defeituoso processualmente e ocasionar em prejuízo. EFEITOS DA NULIDADE PROCESSUAL Declarada a nulidade, o juiz invalidará os atos subsequentes que dele dependem, preservando aqueles que não estejam relacionados. Do texto da lei, extraem-se três consequências fundamentais: 1) A nulidade de um ato não pode atingir os que lhe são antecedentes, mas apenas os posteriores. 2) Só serão atingidos os atos posteriores que sejam dependentes daquele, cuja nulidade foi declarada. 3) A nulidade de um ato ou de uma parte do processo não afetará os atos ou partes que deles sejam independentes.
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