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Dicas e Jurisprudência em Direito Constitucional e Processual Penal

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CADERNO DE DICAS E DE JURISPRUDÊNCIA
DIREITO CONSTITUCIONAL
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
MANDATO ELETIVO FEDERAL ---> AFASTA DO CARGO
MANDATO DE PREFEITO ---> AFASTA DO CARGO, mas PODE OPTAR pela remuneração
MANDATO DE VEREADOR ---> duas hipóteses:
· HORÁRIO COMPATÍVEL: mantém o cargo, recebe pelos dois.
· HORÁRIO INCOMPATÍVEL: AFASTA DO CARGO, pode optar pela remuneração. 
	Quando o servidor perde o cargo a consciência PESA:
· Processo administrativo assegurado a ampla defesa; (art.41º, CF)
· Excesso de despesas com pessoal; (art.169º, CF)
· Sentença judicial transitada em julgado; (art.41º, CF)
· Avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar. (art.41º, CF)
 Tema 19/STF - "O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos vencimentos dos servidores públicos, previsto no inciso X do art. 37 da CF/1988, não gera direito subjetivo a indenização. Deve o Poder Executivo, no entanto, se pronunciar, de forma fundamentada, acerca das razões pelas quais não propôs a revisão" 
Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria compulsória prevista no art. 40, , , da . Este dispositivo atinge apenas os ocupantes de cargo de provimento efetivo. Por conta disso, não existe qualquer idade limite para fins de nomeação a cargo em comissão.
STF. Plenário. , Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).
STF - Tese de Repercussão Geral 667: É inconstitucional, por dispensar o concurso público, a reestruturação de quadro funcional por meio de aglutinação, em uma única carreira, de cargos diversos, quando a nova carreira tiver atribuições e responsabilidades diferentes dos cargos originais.
Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
STF. Plenário. Aprovada em 08/04/2015 (Info 780).
A contrario sensu = É constitucional modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se em cargo que integra a carreira na qual anteriormente investido por concurso público.
Cargo distinto/diferente dentro da mesma carreira: constitucional!
Explicações do DoD:
Existem duas formas de provimento: originário e derivado.
1) Provimento originário: ocorre quando o indivíduo passa a ocupar o cargo público sem que existisse qualquer vínculo anterior com o Estado. Ex.: João prestou concurso público e foi aprovado para o cargo de técnico judiciário do TRF, sendo nomeado. Trata-se de um provimento originário. Alguns anos depois, João fez novo concurso público e foi aprovado, desta vez, para analista judiciário do TRF. Ao ser nomeado para o cargo de analista, houve novo provimento originário, uma vez que seu vínculo não decorreu do anterior.
2) Provimento derivado: provimento derivado ocorre quando o indivíduo passa a ocupar determinado cargo público em virtude do fato de ter um vínculo anterior com a Administração Pública. O preenchimento do cargo decorre de vínculo anterior entre o servidor e o Poder Público.
Existem, por sua vez, três espécies de provimento derivado:
2.1) Provimento derivado vertical: ocorre quando o servidor muda para um cargo melhor.
Há dois exemplos de provimento derivado vertical:
• a ascensão funcional (transposição/acesso) e;
• a promoção.
A ascensão funcional, como vimos, é inconstitucional, sendo proibida pela SV 43-STF. Assim, atualmente, a única hipótese permitida de provimento derivado vertical é a promoção.
2.2) Provimento derivado horizontal: ocorre quando o servidor muda para outro cargo com atribuições, responsabilidades e remuneração semelhantes. É o caso da readaptação (art. 24 da Lei nº 8.112/90).
3) Provimento derivado por reingresso: ocorre quando o servidor havia se desligado do serviço público e retorna em virtude do vínculo anterior. Exs.: reintegração, recondução, aproveitamento e reversão.
Desse modo, concluindo, a SV 43-STF não proíbe todas as formas de provimento derivado. Na verdade, ela só veda uma espécie de provimento derivado vertical, que é a ascensão funcional.
JURISPRUDÊNCIA
DIREITO PROCESSUAL PENAL
grampo telefônico(interceptação) ------> reserva de jurisdição. Tem que ter ordem judicial.
quebra de sigilos telefônicos -----> É o que sua mulher faz quando pega teu celular, olhas apenas pra quem tu ligou que horas que foi, tempo de ligação e etc... Isso CPI pode fazer.
Agora lembre-se!
CPI que faz isso é em âmbito Federal e Estadual. Município não tem CPI justamente porque não tem órgão jurisdicional
Pelo que se observa do enunciado, não houve nenhuma justificativa plausível para não confecção do laudo. Tal cenário, impede o reconhecimento da qualificadora em questão: “No caso em análise, constata-se que, embora a prova testemunhal tenha atestado o rompimento de obstáculo, a Corte local não trouxe nenhuma justificativa para a não realização da perícia, como, por exemplo, o fato de os vestígios terem desaparecido ou as circunstâncias não terem permitido a sua realização, o que, nos termos da jurisprudência desta Corte, configura coação ilegal.”. (HC 396.362/MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 22/08/2017, DJe 31/08/2017)
 O STJ tem excepcionado sua Súmula 455, ao entender que é justificável a antecipação da colheita da prova testemunhal, com arrimo no art. 366 do CPP, nas hipóteses em que as testemunhas são policiais, porquanto “o atuar constante no combate à criminalidade expõe o agente da segurança pública a inúmeras situações conflituosas com o ordenamento jurídico, sendo certo que as peculiaridades de cada uma acabam se perdendo em sua memória, seja pela frequência com que ocorrem, ou pela própria similitude dos fatos, sem que isso configure violação à garantia da ampla defesa do acusado”. STJ, RHC 64.086-DF, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Rel. para acórdão Min. Rogério Schietti Cruz, por maioria, julgado em 23/11/2016, DJe 09/12/2016 (Info 595).
Do mesmo modo, o STF entende que a antecipação da prova testemunhal prevista no art. 366 do CPP pode ser justificada como medida necessária pela gravidade do crime praticado e possibilidade concreta de perecimento, haja vista que as testemunhas poderiam se esquecer de detalhes importantes dos fatos em decorrência do decurso do tempo. Além disso, a antecipação da oitiva das testemunhas não traz nenhum prejuízo às garantias inerentes à defesa. Isso porque quando o processo retomar seu curso, caso haja algum ponto novo a ser esclarecido em favor do réu, basta que seja feita nova inquirição. STF. 2a Turma. HC 135386/DF, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 13/12/2016 (Info 851).
Em ambos os precedentes visa-se evitar as chamadas falsas memórias. A prova oral, por sua própria natureza, perde em qualidade e em fidedignidade a cada dia que se tarda a sua produção em juízo. Por isso, nem mesmo se pode discutir que a memória humana é suscetível de falhas com o tempo, não se podendo, pois, atribuir a uma testemunha o encargo de guardar em sua mente os detalhes de um fato eventualmente presenciado, enquanto o acusado permanece alheio à persecução penal deflagrada em seu desfavor.
Conforme observam Aury Lopes Jr. e Cristina Carla Di Gesu, o delito, sem dúvida, gera uma emoção para aquele que o testemunha ou que dele é vítima. Contudo, pelo que se pode observar, a tendência da mente humana é guardar apenas a emoção do acontecimento, deixando no esquecimento justamente o que seria mais importante a ser relatado no processo, ou seja, a memória cognitiva, provida de detalhes técnicos e despida de contaminação (emoção, subjetivismo ou juízo de valor) (Prova Penal e Falsas Memórias: em Busca da Redução de Danos. In: Boletim do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, n. 175, jun./2007, p. 14).
(...) 3. A jurisprudência destaCorte dispõe que "o proprietário do veículo que o empresta a terceiro responde solidariamente pelos danos causados por seu uso culposo. A sua culpa configura-se em razão da escolha impertinente da pessoa a conduzir seu carro ou da negligência em permitir que terceiros, sem sua autorização, utilizem o veículo" (REsp n. 1.044.527/MG, Relator Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 27/9/2011, DJe 1º/3/2012). 4. Agravo interno desprovido.
(AgInt no REsp 1834006/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 22/03/2021, DJe 25/03/2021)
A questão da nulidade decorrente da não realização da audiência de custódia encontra-se superada pela conversão da prisão em flagrante em preventiva. Assim, eventuais irregularidades do flagrante ficam superadas pelo Decreto de prisão preventiva.
STJ. 5ª Turma. HC 708.905- MG. Rel. Min. Jesuíno Rissato, julgado em 14/12/2021.
.
A não realização de audiência de custódia no prazo de 24 horas não acarreta a automática nulidade do processo criminal, assim como que a conversão do flagrante em prisão preventiva constitui novo título a justificar a privação da liberdade, ficando superada a alegação de nulidade decorrente da ausência de apresentação do preso ao Juízo de origem.
STJ. 6ª Turma. RHC 154.274/MG, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 14/12/2021.
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O entendimento desta Corte Superior de Justiça é de que "a não realização de audiência de custódia no prazo de 24 horas não acarreta a automática nulidade do processo criminal, assim como que a conversão do flagrante em prisão preventiva constitui novo título a justificar a privação da liberdade, ficando superada a alegação de nulidade decorrente da ausência de apresentação do preso ao Juízo de origem
STJ. 6ª Turma. RHC 154.274. Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 14/12/2021.
Complementando com um julgado recente do STJ sobre o tema:
Quando o acusado estiver foragido, o judiciário não precisa revisar a prisão preventiva em 90 dias, nos termos do artigo 316, parágrafo único do CPP.
(STJ, RHC 153.528, decisão publicada em 01/04/2022)
Na análise da prisão preventiva, a fuga constitui o fundamento de cautelaridade, em juízo prospectivo, razão pela qual a alegação de ausência de contemporaneidade não tem o condão de revogar a segregação provisória. Superior Tribunal de Justiça. 6ª Turma. HC 572652 / RS, 23/06/2020. Diário da Justiça Eletrônico. 04/08/2020.
É ilícita a busca pessoal:
- realizada por agente de segurança privada – ex: agentes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (STJ, HC 470.937)
- realizada por guarda municipal em atividade de investigação ou policiamento ostensivo, sem situação flagrancial (STJ, HC 561.329)
- baseada exclusivamente em denúncia anônima (STJ, REsp 1.695.349)
- realizada apenas pelo fato de o revistado trajar um blusão suscetível de esconder um objeto ilícito, não configurando fundada suspeita parâmetros unicamente subjetivos (STF, HC 81.305)
É ilícita a entrada (não autorizam a busca):
- Denúncia anônima isolada (STJ, HC 512.418).
- Denúncia anônima e ser conhecido no meio policial (STJ, RHC 126.092)
- Denúncia anônima e fuga (STJ, RHC 89.853)
- Fuga após avistar policiais (STJ, HC 435.465)
- Fuga após avistar policiais e abandono de moto (STJ, HC 364.359)
- Fuga após desobedecer a abordagem (STJ, REsp 1.574.681)
- Fuga com veículo após desobedecer blitz (STJ, HC 561.360).
- Abordagem no quintal em local conhecido como ponto de tráfico e fuga (STJ, HC 586.474).
- Cheiro de droga sentido por cão farejador (STJ, HC 566.818)
É válida a revista pessoal:
- realizada em visitante de estabelecimento penal diante de fundada suspeita de que esteja portando drogas, armas, telefones ou outros objetos proibidos, inclusive na modalidade revista íntima, notadamente quando realizada sem qualquer procedimento invasivo (STJ, HC 460.234)
- feita no interior de veículo quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de material ilícito, dispensando-se autorização judicial (exceto se for usado como moradia do investigado) (STF, RHC 117.767; STJ, HC 216.437)
É lícita a entrada (autorizam a busca):
- Fuga precedida de dispensa de drogas (STJ, HC 470.771)
- Fuga acrescida de relato de usuários (STJ, HC 500.101)
- Casa abandonada (STJ, HC 588.445).
- Cheiro de droga sentido por policial e nervosismo do suspeito (STJ, HC 423.838)
- Suspeita de disparo de arma de fogo (STJ, HC 595.700)
- Suspeita de posse na residência de arma de fogo utilizada em roubo (STJ, HC 614.078).
Segundo o STJ, a decretação de prisão preventiva deve observar princípio da contemporaneidade, de modo que “a decisão judicial deve apoiar-se em motivos e fundamentos concretos, relativos a fatos novos ou contemporâneos, dos quais se possa extrair o perigo que a liberdade plena do investigado ou réu representa para os meios ou os fins do processo penal (arts. 312 e 315 do CPP)”.
O relatório de inteligência financeira do COAF pode ser usado para demonstrar a contemporaneidade da prisão provisória. (STJ)
O que seria essa contemporaneidade ?
diz respeito aos motivos ensejadores da prisão preventiva e não ao momento da prática supostamente criminosa em si, ou seja, é desimportante que o fato ilícito tenha sido praticado há lapso temporal longínquo, sendo necessária, no entanto, a efetiva demonstração de que, mesmo com o transcurso de tal período, continuam presentes os requisitos (i) do risco à ordem pública ou (ii) à ordem econômica, (iii) da conveniência da instrução ou, ainda, (iv) da necessidade de assegurar a aplicação da lei penal. 
STF, ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 15/12/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-025 DIVULG 09-02-2021 PUBLIC 10-02-2021)
STJ EM TESES: 4) No tocante ao flagrante retard@do* ou à ação controlada, a ausência de autorização judicial não tem o condão de tornar ilegal a prisão em flagrante postergado, vez que o instituto visa a proteger o trabalho investigativo, afastando a eventual responsabilidade criminal ou administrava por parte do agente policial.
LETRA B (ERRADA) - STJ EM TESES: 6) Eventual nulidade no auto de prisão em flagrante devido à ausência de assistência por advogado somente se verifica caso não seja oportunizado ao conduzido o direito de ser assistido por defensor técnico, sendo suficiente a lembrança, pela autoridade policial, dos direitos do preso previstos no artigo 5º, LXIII, da Constituição Federal.
LETRA C (ERRADA) - STJ EM TESES: 11) Com a superveniência de decretação da prisão preventiva ficam prejudicadas as alegações de ilegalidade da segregação em flagrante, tendo em vista a formação de novo título ensejador da custódia cautelar.
LETRA D (ERRADA) - Flagrante forjado: o fato é simulado pela autoridade para incriminar falsamente alguém, há uma conduta positiva. Ex: policial coloca droga no bolso da vítima. 
LETRA E (GABARITO) - O rol dos crimes que admitem a Prisão Temporária estão TAXATIVAMENTE previstos na lei 7.960/89. Os crimes trazidos na questão estão rpevistos no art. 1°, INCISO III, alíneas "a", "b" e "i", ambos da lei 7960/89
A falta da advertência quanto ao direito ao silêncio é causa de nulidade absoluta?
Não. Existem julgados do próprio STF e do STJ afirmando que essa nulidade seria relativa e, portanto, dependeria da comprovação do prejuízo no caso concreto, além de estar sujeita à preclusão.
Vejamos:
STF:
(...) A aventada nulidade, por não observância ao direito ao silêncio, e sua repercussão em toda cadeia processual, não se afigura evidente de plano, tanto por incidência, à espécie do princípio da pas de nulitte sans grief, como por demonstrada a preclusão da tese arguida. (...)
STF. 2ª Turma. RHC 182519 AgR, Rel. Edson Fachin, julgado em 08/04/2021.
(...) INTERROGATÓRIO – DIREITO AO SILÊNCIO – ADVERTÊNCIA.
Vício decorrente da ausência de advertência, em interrogatório, do direito de permanecer em silêncio há de ser aferido consideradas as circunstâncias do caso concreto, não surgindo configurado uma vez acompanhado o acusado de advogado, o qual não manifestou inconformismo.
NULIDADE – INTERROGATÓRIO – OPORTUNIDADE.Nulidade referente a interrogatório deve ser alegada de imediato, implicando preclusão a ausência de protesto oportuno.
STF. 1ª Turma. HC 144943, Rel. Marco Aurélio, julgado em 30/11/2020
STJ:
(...) A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça é firme no sentido de que a ausência de informação quanto ao direito ao silêncio constitui nulidade relativa, dependendo da comprovação de efetivo prejuízo. (...)
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 608.751/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 23/03/2021. 
Dizer o Direito
Admitem prisão temporária 
TCC HORSE GAE 5
Tráfico de drogas
Crime contra o sistema financeiro
Crime previsto na lei de terrorismo
Homicídio doloso
Roubo 
Sequestro ou Cárcere privado
Genocídio
Associação criminosa (bando/quadrilha)
Extorsão
Extorsão mediante sequestro
Estupro
Envenenamento com resultado morte
Epidemia com resultado morte
Desaforamento - Consiste no deslocamento do julgamento do Tribunal do Júri para outra comarca distinta da comarca que tramitou o processo.   
a) Legitimados:  
· por requerimento das partes: MP ou réu;  
· por representação do juiz àquele colegiado (Tribunal).
b) Hipóteses : 
· interesse da ordem pública: distúrbios possíveis no local por ocasião do julgamento;
· dúvida da imparcialidade dos jurados
· preservar a segurança pessoal do réu;
· se não houver a marcação do júri após 6 meses, a contar do trânsito em julgado da pronúncia, quando estiver comprovado o excesso do serviço. ( ouvidos o juiz presidente e a parte contrária) 
c) Procedimento : interessado faz o pedido ou o juiz faz a representação. → Tribunal decidirá (TJ ou TRF) -  o processo terá preferência na câmara ou turma competente, podendo o Relator :
· Conceder liminarmente o efeito suspensivo ( júri não vai se realizar, enquanto ele não decidir.)
· Indeferir e o julgamento ocorrendo, o pedido de desaforamento restará prejudicado.
-Súmula 712 do STF : é nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do Tribunal do Júri sem audiência da defesa. Trata-se de princípio da ampla defesa, ou do contraditório.
A - Errada. É ilegal a sentença de pronúncia fundamentada exclusivamente em elementos colhidos no inquérito policial.STJ. 5ª Turma. HC 560.552/RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 23/02/2021.
B . GABARITO.
C - Errada. A ausência do oferecimento das alegações finais em processos de competência do Tribunal do Júri não acarreta nulidade, uma vez que a decisão de pronúncia encerra juízo provisório acerca da culpa. (juris em tese 20 STJ)
D - Errada. A simples leitura da pronúncia no Plenário do Júri não leva à nulidade do julgamento, que somente ocorre se a referência for utilizada como argumento de autoridade que beneficie ou prejudique o acusado” (Tese nº 08, Ed. nº 75 da Jurisprudência em Teses).
E - Errada. A soberania do veredicto do Tribunal do Júri não impede a desconstituição da decisão por meio de revisão criminal. (STJ, Jurisprudência em teses, Edição nº 78, Enunciado nº 14)
Os prazos para que o Ministério Público e a Defensoria Pública se pronunciem em processos só começam a contar a partir da data do recebimento dos autos. Foi o que decidiu pela 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça em recurso repetitivo. 
Juizados Especiais: Teoria da atividade
Atos infracionais: Teoria da Atividade
CPP: Teoria do Resultado
Lugar do crime (CP): Teoria da ubiquidade
Tempo do crime (CP): Teoria da Atividade
Decisão..
interlocutória simples: elas apresentam um plus em relação aos despachos de expediente, nelas os juízes resolvem questões relacionadas a regularidade do feito. Para doutrina, seria aqui o recebimento da denúncia. 
Interlocutória mista terminativa: são aquelas que encerram o processo, sem a análise do mérito. Ex: impronúncia. 
Interlocutória mista não terminativa: são aquelas que encerram uma fase ou uma etapa do procedimento. Ex: pronúncia ou decisão desclassificatória.  
definitivas absolutórias ou condenatórias: são as que encerram a relação processual com a análise de mérito por meio da sentença. 
terminativa de mérito: são as que encerram a relação processual, analisam o mérito indiretamente, mas não condena nem absolve.  Decisão que extingue punibilidade. Ex: prescrição; perdão judicial 
com força de definitiva: são as que analisam o mérito de questões ou processos incidentes. Ex: sequestro; especialização de hipoteca legal. 
Não podemos confundir decisão subjetivamente complexa (tribunal do júri) com sentença plúrima. Esta, é proferida por um órgão jurisdicional homogêneo, formado por juízes togados que possuem a mesma competência para apreciar a matéria
MUITO cuidado com os arts 397 e 415 do CPP !! DICA DE OURO:
Observem que ambos tratam de absolvição sumária. Porém, a absolvição do 415 é do do rito do juri e, portanto, há prévia instrução. Por isso deve estar PROVADO ou demonstrado ao juiz. Observe:
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: I – provada a inexistência do fato; II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; III – o fato não constituir infração penal; IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do , salvo quando esta for a única tese defensiva.
Por outro lado, a absolvição do art. 397 ocorre nos demais procedimentos. Nestes não há prévia instrução e, portanto, a lei exige manifesta ou evidente demonstração da causa de absolvição (não pode haver dúvida). Observe:
397. Após o cumprimento do disposto no , e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou  
IV - extinta a punibilidade do agente. 
Por fim... vc sabe a razão do paragrafo único do art. 415?
trata-se de uma garantia ao inimputável. Por exemplo: vamos supor que João, além de alegar ser inimputável, sustenta ter atuado em legitima defesa no crime praticado. Melhor para ele se ver julgado pelo júri pois pode ser absolvido pela legitima defesa e não sofrer a absolvição imprópria.
Testemunhas da acusação:
1. Juiz presidente
2. MP
3. Assistente
4. Querelante
5. Defensor do acusado
Testemunhas da defesa:
1. Juiz
2. Defensor do acusado
3. MP
4. Assistente
5. Querelante
De acordo com Renato Brasileiro, em relação ao recurso interposto pela acusação (MP, querelante ou assistente de acusação), vigora o sistema do benefício comum, de maneira que do julgamento da irresignação poderá resultar benefício ao acusado. Isso porque, nesse caso, aplica-se o princípio da reformatio in mellius. É dizer: no recurso exclusivo da acusação, é plenamente possível que o Tribunal melhore a situação da defesa, seja para aplicar causas de diminuição de pena ou circunstâncias atenuantes não reconhecidas pelo juízo a quo, seja para excluir qualificadoras constantes da decisão impugnada, podendo, inclusive, absolver o acusado.
Alguns doutrinadores posicionam-se contrariamente a este princípio, pois se a matéria não foi devolvida à apreciação do Tribunal, este não poderia fazê-lo quando da análise do recurso exclusivo da acusação, sob pena de violação ao princípio do efeito devolutivo. Assim, se o Tribunal pretende melhorar a situação do acusado, que conceda ordem de habeas corpus de ofício.
Todavia, esse princípio é perfeitamente aplicável (art. 654, § 2º, do CPP): se o juiz pode conceder HC de ofício, ele também pode melhorar a situação do acusado em recurso exclusivo da acusação.
A doutrina costuma também extrair esse princípio a partir de uma interpretação a contrario sensu do art. 617 do CPP: se há proibição apenas a reformatio in pejus contra o acusado, não há nenhuma vedação à reformatio in mellius em recurso exclusivo da acusação, o qual tem o condão de devolver ao conhecimento do Tribunal toda a matéria que porventura se mostrar mais benéfica à defesa.Desdobramentos da reformatio in mellius:
a) O juízo ad quem pode melhorar a situação do acusado no recurso exclusivo da acusação;
b) No recurso exclusivo da defesa, mesmo que tal matéria não tenha sido expressamente devolvida ao conhecimento do Tribunal, também é possível que o juízo ad quem melhore a situação do acusado. Ex.: a defesa recorre apenas para diminuir a pena, mas o Tribunal concede ao acusado regime prisional mais favorável.
Toda essa liberdade que o TJ tem para melhorar a situação do acusado é aplicável apenas quando a decisão for proferida por juiz singular. Isso porque, em sede processual penal, somente a apelação interposta contra a sentença do juízo singular tem efeito devolutivo amplo. Nos processos de competência do Tribunal do Júri, não é possível conhecer de matéria não ventilada nas razões de apelação criminal, pois isso redundaria na vedada supressão de instância, daí a razão de ser da própria súmula nº 713 do Supremo (STJ: AgRg REsp 666732; REsp 730337, HC 162841).
CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES DO JECRIM
Reparação do dano à vítima – busca a justiça restaurativa, de forma a restabelecer o status quo (anterior ao ato delitivo praticado) do agressor para com a vítima
Não aplicação da pena privativa de liberdade – prevalência de penas de multas ou restritivas de direito.
ORALIDADE –> prevalência da oralidade nos atos da acusação, defesa e demais atos processuais
INFORMALIDADE E SIMPLICIDADE:
1.       Não se pronuncia nulidade caso não haja prejuízo (art. 65, §1º);
2.       Só serão escritos os atos essenciais (art. 65, §3º);
3.       Substituição do inquérito pelo termo circunstanciado (art. 69);
4.       Não exige corpo delito para o oferecer a denúncia (art. 77, §1º);
5.       Dispensa-se o relatório da sentença (art. 81, §3º);
ECONOMIA PROCESSUAL E CELERIDADE:
1.       Evita-se o inquérito;
2.       Leva-se, desde logo, autor e vítima para ao juizado;
3.       Não formação do processo através de acordos penais e/ou civis;
4.       Dispensa, para a acusação, do corpo de delito;
5.       Intimações feitas desde logo;
6.       O proceder sumaríssimo é resumido em uma só audiência.
7.    Todas as provas são produzidas em uma só audiência – instrução e julgamento (art. 82, § 1º);
8.       Nenhum ato será adiado (art. 80).
OBS I – para que seja fixada a competência do JECRIM, não basta a ocorrência de uma infração de menor potencial ofensivo, pois deve, também, ser observado a complexidade ou não do caso – art. 77, § 2º, além da citação pessoal do acusado – art. 66, P.U.
OBS II – atos essenciais: são aqueles estritamente ligados ao devido processo legal (citação, denuncia ou queixa, resposta do acusado, recebimento da acusação, depoimentos e outras provas produzidas, além dos debates e da sentença).
RECURSOS NO JECRIM
Os recursos do Jecrim são APELAÇÃO e EMBARGOS
Não cabe RESE (Recurso em sentido estrito)
No próprio Juizado – 3 juízes de 1º grau.
 
 APELAÇÃO
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá APELAÇÃO, que poderá ser julgada por turma composta de 3 Juízes em exercício no 1 grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
·        PRAZO ----> 10 Dias
EMBARGOS
· Haverá embargos quando houver obscuridade, contradição ou omissão.
· Por escrito ou oralmente
· PRAZO ---> 5 Dias
· INTERROMPEM o prazo para a interposição de recurso.
JURISPRUDÊNCIA
O desaforamento é medida excepcional, cabível apenas quando comprovada por fatos objetivos e concretos a parcialidade do Conselho de Sentença. A simples presunção de que os jurados poderiam ter sido influenciados por ampla divulgação do caso pela mídia e a mera suspeita acerca da parcialidade dos jurados não justificam a adoção dessa medida excepcional. STJ. 5ª Turma. HC 492964-MS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 03/03/2020 (Info 668).
 
Súmula 712, STF: É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do júri sem audiência da defesa.
No caso de desaforamento para outra comarca, deve-se preferir as mais próximas. No caso de desaforamento fundada na imparcialidade do corpo de jurados, o foro competente para a realização do júri deve ser aquele em que esse risco não exista. Assim, o deslocamento da competência nesses casos não é geograficamente limitado às comarcas mais próximas (STJ, HC 219.739/RJ).
STJ, 3ª Turma, REsp 1278239-RJ - O Ministério Público e a Defensoria Pública possuem a prerrogativa de intimação pessoal das decisões em qualquer processo ou grau de jurisdição, sendo que o prazo de recurso deve ser contado a partir do recebimento dos autos com vista. Caso o processo tenha sido remetido à Instituição para intimação pessoal com vista dos autos, a contagem dos prazos para a Defensoria Pública ou para o Ministério Público tem início com a entrada dos autos no setor administrativo do órgão, sendo despicienda a aposição no processo do ciente por parte de seu membro.
Súmula vinculante 35 - A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial.
 STJ. 6a Turma. REsp 1373356-BA - O testemunho por ouvir dizer (hearsayrule), produzido somente na fase inquisitorial, não serve como fundamento exclusivo da decisão de pronúncia, que submete o réu a julgamento pelo Tribunal do Júri. 
REsp 1.916.733-MG - 	As qualificadoras de homicídio fundadas exclusivamente em depoimento indireto (Hearsay Testimony), violam o art. 155 do CPP, que deve ser aplicado aos veredictos condenatórios do Tribunal do Júri.
Jurisprudência em teses - STJ
EDIÇÃO N. 184: DO PACOTE ANTICRIME
8) A posterior manifestação do órgão ministerial ou da autoridade policial pela conversão ou decretação de prisão cautelar supre o vício de não observância da formalidade do prévio requerimento para a prisão preventiva decretada de ofício.
Súmula 160 STF: “é nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício”. Ou seja, o juízo ad quem não pode reconhecer, de ofício, nulidade não arguida no recurso da acusação, cujo reconhecimento possa vir a prejudicar a defesa, sob pena de violação ao princípio da non reformatio in pejus: STJ, 5ª Turma, HC 90.793/SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 11/12/2008, DJe 16/02/2009.
A leitura, pelo Ministério Público, da sentença condenatória de corréu proferida em julgamento anterior não gera nulidade de sessão de julgamento pelo conselho de sentença. Segundo decidiu o STF, o art. 478, I, não proíbe que se leia a sentença condenatória de corréu no mesmo processo. Logo, não é possível falar que houve descumprimento da regra prevista nesse dispositivo. STF. 1ª Turma. RHC 118006/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 10/2/2015 (Info 774).
Sumula nº 713 do STF: “O efeito devolutivo da apelação contra decisões do Júri é adstrito aos fundamentos de sua interposição”
LETRA A – ERRADO: “Não se pode admitir, em um Estado Democrático de Direito, a pronúncia sem qualquer lastro probatório colhido sob o contraditório judicial, fundada exclusivamente em elementos informativos obtidos na fase inquisitorial, mormente quando essa prova está isolada nos autos.” AgRg no REsp 1.740.921-GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, por unanimidade, julgado em 06/11/2018, DJe 19/11/2018 (Info 638).
LETRA B – O tema é divergente no âmbito do STJ e do STF.
Para o STJ o ITEM estaria INCORRETO, visto que sua 3ª Seção firmou o entendimento de que a anulação da decisão absolutória do Conselho de Sentença (ainda que por clemência), manifestamente contrária à prova dos autos, segundo o Tribunal de Justiça, por ocasião do exame do recurso de apelação interposto pelo Ministério Público (art. 593, III, “d”, do CPP), não viola a soberania dos veredictos. STJ. 5ª Turma. HC 560.668/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 18/08/2020.
Por outro lado, no STF é apenas majoritárioo entendimento de que, em razão da norma constitucional que consagra a soberania dos veredictos, a sentença absolutória de Tribunal do Júri, fundada no quesito genérico de absolvição, não implica nulidade da decisão a ensejar apelação da acusação. Os jurados podem absolver o réu com base na livre convicção e independentemente das teses veiculadas, considerados elementos não jurídicos e extraprocessuais. STF. 1ª Turma. HC 178777/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/9/2020 (Info 993).
LETRA C – CERTO para o STJ, que, de fato entende que, “Tendo em vista o disposto nos arts. 420 e 431 do Código de Processo Penal – CPP, a intimação do defensor constituído acerca da data da sessão de julgamento do Tribunal do Júri torna dispensável a intimação do acusado solto que não for encontrado, como no caso dos autos, em que o paciente, tendo ciência da acusação, escolheu permanecer foragido”. (HC 552.108/MS, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 01/06/2021, DJe 07/06/2021)
LETRA D – ERRADO: As alegações finais são prescindíveis no procedimento bifásico do Tribunal do Júri, por encerrar mero juízo provisório acerca da materialidade e autoria delitivas, demonstrando, assim ausência de prejuízo por sua inexistência quando a defesa, devidamente intimada, deixa transcorrer in albis o prazo para a realização do ato processual, como no caso dos autos. Assim, a “inércia da defesa na apresentação das alegações finais do procedimento do Tribunal do Júri, quando devidamente intimada para tanto, não implica nulidade pela disposição do artigo 565 do CPP, no sentido de que “nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido”. (HC 366.706/PE, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 04/10/2016, DJe 16/11/2016)
DIREITO PENAL
Erro de tipo divide-se em:
Erro Essencial - pode ser: evitável (exclui dolo e mantém a culpa) ou inevitável (exclui o dolo e a culpa)
Erro acidental - não exclui o dolo
O erro acidental divide-se em:
1) Erro s/ o objeto material: erro sobre a coisa (não exclui o dolo). Exemplo: rouba um relógio pensando ser valioso, mas na verdade é um relógio sem valor. Ou o próprio exemplo da questão.
2) Erro s/ a pessoa (erro in persona) - pessoa x pessoa. Exemplo: Matou o irmão gêmeo da vítima verdadeira pensando que fosse o seu desafeto.
3) Erro na Execução (aberratio ictus) - atinge bem jurídico diverso. Exemplo: Quer atirar em A, mas acaba acertando em B. Relação pessoa x pessoa (o crime é o mesmo, independente da pessoa que você acerte)
4) Erro no resultado diverso (aberratio criminis) - pessoa x coisa ou coisa x pessoa. Exemplo: João joga uma pedra para acertar a vidraça de uma casa, mas acaba acertando Maria. Relação crime x crime (o crime de acertar a vidraça é diferente do crime de acertar maria)
5) Erro s/ curso causal (aberratio Causae) - erro sobre o nexo causal. Exemplo: A quer matar B afogado, sobe até uma montanha e joga-o lá de cima, porém B vem a morrer de outra causa sem ser o afogamento.
É necessário que a arma utilizada no roubo seja apreendida e periciada para que incida a majorante do art. 157, § 2º-A, I, do Código Penal?
NÃO. O reconhecimento da referida causa de aumento prescinde (dispensa) da apreensão e da realização de perícia na arma, desde que o seu uso no roubo seja provado por outros meios de prova, tais como a palavra da vítima ou mesmo de testemunhas.
STF. 1ª Turma. HC 108034/MG, rel. Min. Rosa Weber, julgado em 05/06/2012.
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1076476/RO, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 04/10/2018.
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 449102/MS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 09/10/2018.
Se, após o roubo, foi constatado que a arma estava desmuniciada no momento do crime, incide mesmo assim a majorante?
• STJ: NÃO. O emprego de arma de fogo desmuniciada tem o condão de configurar a grave ameaça e tipificar o crime de roubo, no entanto NÃO É suficiente para caracterizar a majorante do emprego de arma, pela ausência de potencialidade lesiva no momento da prática do crime (STJ. 5ª Turma. HC 449.697/SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 21/06/2018).
• STF: SIM. É irrelevante o fato de estar ou não municiada para que se configure a majorante do roubo (STF. 2ª Turma. RHC 115077, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 06/08/2013).
O Ministério Público que deve provar que a arma utilizada estava em perfeitas condições de uso?
NÃO. Cabe ao réu, se assim for do seu interesse, demonstrar que a arma é desprovida de potencial lesivo, como na hipótese de utilização de arma de brinquedo arma defeituosa ou arma incapaz de produzir lesão (STJ EREsp 961.863/RS).
 
É necessário que a arma utilizada no roubo seja apreendida e periciada para que incida a majorante?
NÃO. O reconhecimento da causa de aumento prevista no art. 157, § 2º-A, I, do Código Penal prescinde (dispensa) da apreensão e da realização de perícia na arma, desde que provado o seu uso no roubo por outros meios de prova.
Se o acusado alegar o contrário ou sustentar a ausência de potencial lesivo na arma empregada para intimidar a vítima, será dele o ônus de produzir tal prova, nos termos do art. 156 do Código de Processo Penal.
Fonte:
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Roubo circunstanciado pelo emprego de arma e desnecessidade de períciaa. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <>. Acesso em: 20/07/2020
"A condenação definitiva por fato anterior ao crime descrito na denúncia, mas com trânsito em julgado posterior à data do ilícito que ora se processa, embora não configure a agravante da reincidência, pode caracterizar maus antecedentes e ensejar o acréscimo da pena-base.” Acórdão 1347578, 07143431820198070003, Relator: CARLOS PIRES SOARES NETO, Primeira Turma Criminal, data de julgamento: 10/6/2021, publicado no PJe: 23/6/2021.
Tema 129 do STF – “A existência de inquéritos policiais ou de ações penais sem trânsito em julgado não pode ser considerada como maus antecedentes para fins de dosimetria da pena.” RE 591054 RG/SC  
Tema 150 do STF –  “Não se aplica para o reconhecimento dos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal.” RE 593818 RG/SC  
Tabelinha com base no entendimento do STJ / STF sobre circunstâncias judiciais na primeira fase da dosimetria do meu caderno:
CULPABILIDADE:
Aumenta:
· IDH da cidade em crimes contra Adm P
· réu policial em crime de concussão
· réu promotor em crime de corrução passiva
· se aproveitar da vulnerabilidade emocional da vítima
· premeditação
Não aumenta:
· excesso de velocidade em crime de homicídio ou lesão corporal na direção de veículo automotor
· posição de garante pela simples ascendência em crime de atentado violento ao pudor por omissão imprópria
MAUS ANTECEDENTES
Aumenta:
· condenação transitada em julgado não utilizada para reincidência
· condenação anterior com trânsito em julgado posterior ao delito que está sendo julgado
Não aumenta:
· IP e AP em curso
· atos infracionais
· aceitação de transação penal
CONDUTA SOCIAL E PERSONALIDADE
Não aumenta:
· condenações anteriores, ou posteriores, transitadas ou não em julgado antes ou depois do crime que está sendo julgado
· usuário de drogas em crime de tráfico (na verdade, deveria diminuir)
· atos infracionais
MOTIVOS
Aumenta:
· levar drogas para festa em crime de homicídio ou lesão corporal culposos na direção de veículo automotor (imprudência)
Não aumenta:
· falta de motivos
CIRCUNSTÂNCIAS E CONSEQUÊNCIAS DO CRIME
Aumenta:
· abalos / traumas psicológicos gerados na vítima
· tenra idade da vítima
Não aumenta:
· elevados custos da atuação estatal na persecução penal
· enriquecimento ilícito do agente
COMPORTAMENTO DA VÍTIMA
Não aumenta:
· comportamento neutro
	________________PPL_______________
· Detenção: S. aberto e Aberto
· Reclusão:
___________#Reg. Fechado:______________
___________ Pena +8a ___________________
· Em:Estabelec. de seg. máx. ou méd.
· Submissão à exame criminológico
· Trabalho diurno/ descanso à noite.
· Cumprido 1/6 da pena:
· *Admite trabalho externo
·*Serviços ou obras públicas
___________#Reg. Semiaberto:________________
___________ Pena +4 e -8a (Não reincidente)_____
· Em: colônia agrícola/ Industrial ou estab. similar
· Submete à exame criminológico. (não é obrigatório)
· Admite:
· Trabalho externo
· Curso supletivo profissionalizante
· Instrução de 2º grau ou superior
___________#Reg. Aberto:_____________________
___________ Pena = ou - 4a (Não reincidente)____
· Em: Casa do Albergado ou estab. adequado
· Baseia na autodisciplina e senso de responsab.
· Trabalho e curso diurno
· Recolhimento noturno e nos dias de folga.
· Regressão:
· Crime doloso
· Fuga
· Não paga multa
É possível considerar o tempo submetido à medida cautelar de recolhimento noturno, aos finais de semana e dias não úteis, supervisionados por monitoramento eletrônico, com o tempo de pena efetivamente cumprido, para detração da pena. STJ. 3ª Seção. HC 455097/PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/04/2021 (Info 693).
#PLUS: Alguns breves pontos importantes sobre detração penal.
· Previsão: Art. 42 do CP
· A detração penal não se aplica à pena de prestação pecuniária. STJ. 5ª Turma. REsp 1853916/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em04/08/2020.
· É possível que haja a detração em processos criminais distintos se a prisão cautelar foi POSTERIOR ao crime pelo qual a pessoa foi condenada. STJ. 5ª Turma. HC 178894-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 13/11/2012.
· O cálculo da detração deverá considerar a quantidade de horas efetivas de recolhimento domiciliar. STJ. 6ª Turma. AgRg no AgRg nos EDcl no HC 442.538/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 05/03/2020.
· Por prisão provisória, devem ser entendidas todas as formas de prisão cautelar admitidas processualmente: prisão em flagrante, preventiva etc.
· STJ - RHC 140.214/SC: "7.(...) o tempo a ser computado como pena cumprida, para fins de detração penal, limita-se aos intervalos nos quais o constrito foi obrigado a recolher-se. Os períodos em que lhe foi permitido sair, ou em que se encontrava voluntariamente em casa, não devem ser descontados.”
· HC 455097 - Info 693 do STJ - abril/21 - É possível considerar o tempo submetido à medida cautelar de recolhimento noturno, aos finais de semana e dias não úteis, supervisionados por monitoramento eletrônico, com o tempo de pena efetivamente cumprido, para detração da pena.
· 
CRIMEM SILENTI.
A participação negativa é também chamada de conivência. Trata-se essencialmente de um não fazer, que não ganha relevância penal porque o conivente não tem o dever jurídico de agir, ou seja, não ocupa posição de garante. Imagine um roubo num museu de obras valiosas. Em que pese o visitante estar de posse do seu celular e poder chamar a polícia, ou ainda, ter ele uma arma branca que pudesse interromper o prosseguimento da conduta, nada faz. Em tal caso, não há configuração de responsabilidade penal para o conivente-visitante, porque ele não tem o dever jurídico de evitar a ocorrência do crime. Também não seria possível exigir que todo cidadão se portasse como garantidor da segurança da humanidade. Portanto, não haverá qualquer responsabilização ao conivente.
Acerca deste assunto podemos observar o conceito dado por Nucci (2010, p.302) e o de Aníbal Bruno (1967, p. 278), os quais apontam que, respectivamente:
“Conivência: trata-se da participação por omissão, quando o agente não tem o dever de evitar o resultado, nem tampouco aderiu à vontade criminosa do autor. Não é punível pela lei brasileira. É o chamado concurso absolutamente negativo.”
Concurso de crimes: 
⇒ MATERIAL
Requisitos: Pluralidade de condutas e pluralidade de crimes, de mesma espécie ou não
Sistema: Cúmulo de Penas - as penas são somadas
 ⇒ FORMAL PERFEITO, PRÓPRIO ou NORMAL
Requisitos: Unidade de conduta e pluralidade de crimes, de mesma espécie ou não
Sistema: Exasperação - aumento de 1/6 a 1/2
Penas Homogêneas: qualquer uma
Penas Heterogêneas: a mais grave
ex.:Fulano atira em Ciclano, a bala transfixa e acaba matando Ciclanildo que passava pela rua. Vai responder por um só crime com a pena aumentada de um sexto até a metade.
 ⇒ FORMAL IMPERFEITO, IMPRÓPRIO ou ANORMAL
Requisitos: Unidade de conduta DOLOSA e pluralidade de crimes, de mesma espécie ou não, e desígnios autônomos
Sistema: Cúmulo de Penas - as penas são somadas
ex.: Juca na saída de um estádio de futebol lançou uma única bomba incendiária contra o automóvel contra dois desafetos, causando graves lesões em diversas vítimas e a morte de uma delas. 
 ⇒ CRIME CONTINUADO GENÉRICO
Requisitos: Pluralidade de condutas, pluralidade de crimes de mesma espécie e mesmas condições de tempo, lugar, modo de execução
Sistema: Exasperação - aumento de 1/6 a 2/3
 ⇒ CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO
Requisitos: Pluralidade de condutas, pluralidade de crimes de mesma espécie, mesmas condições de tempo, lugar, modo de execução e crime DOLOSO praticado com violência ou ameaça, contra vítimas diferentes
Sistema: Exasperação - aumento de 1/6 a 3X
STF MEDIDA DE SEGURANÇA : MÁXIMO DE 30 ANOS, agora máximo de 40 anos, (pacote anticrime);
STJ: MEDIDA DE SEGURANÇA: MAXIMO DA PENA ABSTRATA CUMINADA AO DELITO PRATICADO.
 Segundo o art. 30 da LEP, a jornada diária de trabalho do apenado deve ser de, no mínimo, 6 horas e, no máximo, 8 horas. Apesar disso, se um condenado, por determinação da direção do presídio, trabalha 4 horas diárias (menos do que prevê a Lei), este período deverá ser computado para fins de remição de pena. Como esse trabalho do preso foi feito por orientação ou estipulação da direção do presídio, isso gerou uma legítima expectativa de que ele fosse aproveitado, não sendo possível que seja desprezado, sob pena de ofensa aos princípios da segurança jurídica e da proteção da confiança. Vale ressaltar, mais uma vez, o trabalho era cumprido com essa jornada por conta da determinação do presídio e não por um ato de insubmissão ou de indisciplina do preso. STF. 2ª Turma. RHC 136509/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 4/4/2017 (Info 860).
1. É sanção penal com finalidade exclusivamente preventiva, e de caráter terapêutico, destinada a tratar inimputáveis e semi-imputáveis portadores de periculosidade, com o escopo de evitar a prática de futuras infrações penais.”
2. Existem duas espécies: detentiva (internação em HCT) e restritiva (tratamento ambulatorial).
3. Pode ser restabelecida, se antes de 01 ano da desinternação ou liberação o agente cometeu fato que indique a existência de periculosidade.
4. Somente deve ser pena ou medida de segurança: adotamos o sistema vicariante ou unitário e não mais o sistema do duplo binário.
5. Extinção da punibilidade por prescrição implica em desinternação de HCT.]
6. O indulto extingue a medida de segurança.
7. Compete à Justiça Estadual a execução de medida de segurança imposta a militar licenciado e não a J. Militar
8. O entendimento adotado pelo STJ é de que medida de segurança não deve ultrapassar o prazo máximo previsto abstratamente para o delito cominado, consoante entendimento da Súmula nº 527: "O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado".
9. O STF entende que a MS deverá obedecer a um prazo máximo de 40 anos (pena máxima alterada pelo Pacote Anticrime), estabelecendo uma analogia ao art. 75 do CP, e considerando que a CF/88 veda as penas de caráter perpétua.
10. O exame de cessação da periculosidade poderá ser feito a qualquer tempo, ou seja, mesmo que não encerrado o prazo mínimo de duração da medida de segurança, desde que essa antecipação seja requerida, de forma fundamentada, pelo Ministério Público, pelo interessado, por seu procurador ou defensor. Nesse sentido, Súmula 520-STF.
11. Súmula 422-STF: A absolvição criminal não prejudica a medida de segurança, quando couber, ainda que importe privação da liberdade.
12. Súmula 525-STF: A medida de segurança não será aplicada em segunda instância, quando só o réu tenha recorrido [#OBS 1: A 2ª Turma do STF aplicou a referida Súmula e afirmou que, se o réu foi condenado a uma pena e somente a defesa recorreu,o Tribunal não poderá aplicar medida de segurança sem que isso tenha sido pedido, por representar reformatio in pejus - HC 111769, julgado em 26/06/2012; #OBS 2: Deve-se ter cuidado com o tema porque a decisão do STF foi por maioria e o Min. Cezar Peluso, que conduziu a tese, já se aposentou. #OBS 3: O STJ continua entendendo que a súmula está superada. Nesse sentido: STJ. 5ª Turma. HC 184.940/SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 23/06/2015].
13. À luz dos princípios da adequação, da razoabilidade e da proporcionalidade, na fixação da espécie de medida de segurança a ser aplicada não deve ser considerada a natureza da pena privativa de liberdade aplicável, mas sim a periculosidade do agente, cabendo ao julgador a faculdade de optar pelo tratamento que melhor se adapte ao inimputável. STJ. 3ª Seção. EREsp 998128-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/11/2019 (Info 662).
STJ Info 706 - 2021: A reincidência específica tratada no art. 44, § 3o, do Código Penal somente se aplica quando forem idênticos - mesmo tipo penal, e não apenas de mesma espécie, os crimes praticados.
-Superação - overruling -  do entendimento que sempre prevaleceu de que ‘mesmo crime’ seria mesmo bem jurídico tutelado.
-Consubstanciava-se  em verdadeira analogia in malam partem.
súmula 441: "A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional." súmula 535 : "A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto."
FALTA GRAVE:
*revogação da autorização de trabalho externo (art. 37, par. único, LEP)
*revogação dos benefícios da presa gestante previstos no art. 112, par. 3º da LEP (art. 112, par. 4º, LEP)
*interrompe o prazo para progressão de regime (art. 112, par. 6.º, LEP)
*revogação automática da saída temporária dos presos que cumprem pena no regime semiaberto (art. 125 LEP)
*revogação de até 1/3 do tempo remido por estudo ou trabalho (art. 127 LEP)
*pode causar a revogação do benefício de estar sob monitoramento eletrônico (art. 146-D, LEP)
*pode ensejar a conversão da PRD em PPL (art. 181 LEP)
**NÃO interrompe o prazo para obtenção do livramento condicional
**NÃO interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto
SÚMULA 18, STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.
Súmula 715, STF: a pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução.
STJ: “Tendo em vista que a lei estabelece expressamente a consequência para o descumprimento da restritiva de direitos, não é possível, no caso de inadimplemento da prestação pecuniária, determinar o arresto de bens para garantir o pagamento do valor imposto no ato de substituição da pena privativa de liberdade. Se o condenado não efetua o pagamento, cabe ao juiz promover a conversão e determinar a prisão”. (REsp 1.699.665/PR). A prestação pecuniária não se confunde com a pena de multa, considerada dívida de valor, que não admite a conversão em privação de liberdade.
Súmula 588 do STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
JURISPRUDÊNCIA
À luz dos princípios da adequação, da razoabilidade e da proporcionalidade, na fixação da espécie de medida de segurança a ser aplicada não deve ser considerada a natureza da pena privativa de liberdade aplicável, mas sim a periculosidade do agente, cabendo ao julgador a faculdade de optar pelo tratamento que melhor se adapte ao inimputável. Desse modo, mesmo em se tratando de delito punível com reclusão, é facultado ao magistrado a escolha do tratamento mais adequado ao inimputável. STJ. 3ª Seção. EREsp 998.128-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/11/2019 (Info 662)
a) É possível considerar o tempo submetido à medida cautelar de recolhimento noturno, aos finais de semana e dias não úteis, supervisionados por monitoramento eletrônico, como tempo de pena efetivamente cumprido, para detração da pena.
STJ. 3ª Seção. HC 455.097/PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/04/2021 (Info 693).
b) Súmula Vinculante 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
c) A unificação de penas não enseja a alteração da data-base para concessão de novos benefícios executórios.
STJ. 3ª Seção. ProAfR no REsp 1753509-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/12/2018 (recurso repetitivo) (Info 644).
d) Súmula 441 do STJ: "A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional."
Súmula 535 do STJ: "A prática de falta grave não interrompe o prazopara fim de comutação de pena ou indulto."
e) Súmula 562 do STJ: É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa, ainda que extramuros.
Teorias sobre Autoria no Concurso de Pessoas:
 
a) Teoria Subjetiva ou Unitária: Não faz distinção entre autor e partícipe. Todo aquele que concorre para o crime é autor. Encontra fundamento na Teoria Da Equivalência Dos Antecedentes (qualquer colaboração para o resultado é considerada causa). 
b) Teoria Extensiva: Não faz distinção entre autor e partícipe, porém, reconhece a existência de graus de responsabilidade, que possibilitam a gradação da pena. Também encontra fundamento na Teoria Da Equivalência Dos Antecedentes (qualquer colaboração para o resultado é considerada causa). 
c) Teoria Objetiva ou Dualista (conceito restrito de autor): Distingue autor e partícipe. Tal teoria se divide em:
c.1) Teoria Objetivo-Formal: Autor é quem pratica o núcleo (verbo) do tipo. Partícipe é aquele que concorre para o crime, sem praticar o núcleo do tipo incriminador, ou ainda prestando auxílio moral ou material (induzimento ou instigação). Para essa teoria, o chamado autor intelectual é partícipe, enquanto os executores são autores. É a teoria adotada pelo CP.
Críticas: Essa teoria não consegue explicar satisfatoriamente a figura da autoria mediata, em que um agente se vale de outra pessoa como instrumento para praticar o delito. 
c.2) Teoria Objetivo-Material: Autor é aquele que colabora objetivamente de forma mais relevante para o resultado, não necessariamente praticando o núcleo do tipo. Partícipe é aquele que colabora de forma menos relevante mesmo que pratique o núcleo do tipo.
 d) Teoria Do Domínio Do Fato: Surgiu em 1939 com o finalismo de Welzel, mas foi desenvolvida e aperfeiçoada por Roxin em sua obra “Autoria e Domínio do Fato”.
Parte da premissa de que as teorias objetivas ou somente subjetivas não oferecem critérios seguros para distinguir autor e partícipe do fato Punível. Partindo do conceito restritivo de autor, uma vez que vincula o conceito de autor a ação descrita no tipo penal e, também, da teoria subjetiva de autor, já que incorpora a vontade como energia produtora do evento típico, define autor do fato como sendo não só o que executa a ação típica, mas também aquele que se de utiliza outrem, como instrumento, para a prática da infração penal. O pressuposto básico desta teoria é o fato de que o autor domina a realização do fato típico controlando a continuidade ou a paralisação da ação delituosa, enquanto, o partícipe não dispõe de poderes sobre a continuidade ou paralisação da ação típica.
O conceito de autor é ampliado, podendo abranger mesmo aquele que não pratica a figura típica. Considera-se autor quem possui:
Domínio da ação (autoria imediata); 
Domínio da vontade (autoria mediata). O domínio da vontade pode ocorrer basicamente por força de:
 
a) Coação ou erro;
 
b) Inimputabilidade;
 
c) Aparatos organizados de poder (domínio da organização): Também é autor mediato o homem de trás (chefe da organizaçãocriminosa). O homem de trás é aquele que detém poder praticamente absoluto sobre os demais 9executores), os quais funcionarão como peças descartáveis, fungíveis no cumprimento de suas ordens. Portanto, a fungibilidade (substitutividade ilimitada do autor imediato) que garante ao homem de trás a execução do fato e lhe permite dominar os acontecimentos. Exemplos: líderes do PCC, Comando Vermelho, etc.  
 
Domínio funcional do fato (autoria funcional): Autor é quem pratica uma conduta relevante na realização do plano criminoso, mesmo que não esteja descrita no tipo penal. Exemplo: motorista será autor quando se tratar de um roubo caracterizado pela surpresa e necessidade de desaparecer do local antes de soarem os alarmes, mas será partícipe se a contribuição que traz para o fato reside na mera comodidade dos autores.
É oportuno consignar, todavia, que a teoria do domínio do fato tem sua aplicação restrita aos crimes dolosos em face do conceito restritivo de autor que adotou. Ademais, não se pode olvidar que, SOMENTE NOS CRIMES DOLOSOS SE PODE FALAR EM DOMÍNIO FINAL DO FATO, até porque, a principal característica dos crimes culposos é exatamente a perda desse domínio.
 
CUIDADO: A teoria do domínio do fato tem a finalidade de distinguir autores e partícipes. Não significa que, pelo fato de alguém estar em situação de comando, automaticamente deva responder pelas condutas ilícitas praticadas pelos subordinados. Nesse sentido:
 
“A teoria do domínio do fato não preceitua que a mera posição de um agente na escala hierárquica sirva para demonstrar ou reforçar o dolo na conduta. Do mesmo modo, também não permite a condenação de um agente com base em conjecturas.”.
 
STF. 2ª Turma. AP 975/AL, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/10/2017 (Info 880).
ANISTIA
     → Concedida por meio de Lei Penal
     → Exclui o próprio crime
     → Exclui os efeitos primários e secundários
     → Efeitos extrapenais permanecem inalterados
     → Pode ser concedida antes da condenação
 
► GRAÇA
     → Benefício Individual, com destinatário certo
     → Depende de provocação do interessado
     → Concedido por meio de Decreto Presidencial
     → Pressupõe que já tenha ocorrido a condenação
     → Atinge apenas os efeitos primários
     → Efeito penal secundário e extrapenal permanecem
 
► INDULTO
     → Benefício coletivo, sem destinatário certo
     → Não depende de provocação do interessado
     → Concedido por meio de Decreto Presidencial
     → Pressupõe que já tenha ocorrido a condenação
     → Atinge apenas os efeitos primários
     → Efeito penal secundário e extrapenal permanecem
CRIMES FUNCIONAIS
· PRÓPRIOS
é INDISPENSÁVEL a qualidade de funcionário público, a exclusão desta qualidade torna atípico o crime, passando a não existir.
Ex. Prevaricação - Art. 319 CP (se não for cometido por funcionário público, o fato torna-se atípico)
· IMPRÓPRIOS
excluindo a qualidade de funcionário o tipo penal passa para outra classificação.
Ex. Se não for cometido por funcionário público, passa a ser apropriação indébita ou furto.
a) Periférico.
· Direito Penal de segunda velocidade: ao lado do Direito Penal nuclear, em uma zona periférica, admitir-se-ia a segunda expansão do Direito Penal, dirigido à proteção dos novos e grandes riscos da sociedade, com a possibilidade de flexibilização de garantias penais e processuais penais (Direito Penal periférico). Confere proteção aos bens jurídicos supraindividuais, possibilitando a antecipação da tutela penal (tipificação de condutas presumivelmente perigosas – crimes de perigo presumido) e a criação de crimes de acumulação (a lesão ao bem jurídico pressupõe a soma de várias condutas praticadas individualmente). Porém, diante dessa flexibilização, não admite a aplicação da pena de prisão, mas somente as penas restritivas de direitos e pecuniárias.
b) Clássico. 
· O Direito Penal primário (clássico) é aquele contido nos Códigos Penais. O Direito Penal secundário (extravagante ou penal administrativo) é o contido nas leis especiais não integrantes do Código Penal.
c) do Autor. (Gabarito)
· O que verdadeiramente configura o delito é o modo de ser do agente, como sintoma de sua personalidade: a essência do delito radica em uma característica do autor que explica a pena. Ou seja, “a pena se associa de modo imediato à periculosidade do autor, pelo que para a justificação da sanção aquela deve ser atribuível à. Por esta concepção o Direito Penal não deve castigar o ato, que em si mesmo não expressa muito valor, mas sim a atitude interna jurídica corrompida do agente. Com o Direito Penal de autor surge o denominado tipo de autor, pelo qual o criminalizado é a personalidade, e não a conduta.
d) do Fato. 
· A expressão Direito Penal do fato significa que as leis penais somente devem punir fatos causados pelo homem e lesivos a bens jurídicos de terceiro. Não se pune o pensamento, mas sim as manifestações exteriores do ser humano. O direito penal do fato se contrapõe ao direito penal do autor pelo simples fato da analise da infração cometida se a ter somente a infração em si, e não no agente que cometeu determinado delito ou tipo penal.
e) Nuclear.
· Direito Penal de primeira velocidade: assegura todos os critérios clássicos de imputação e os princípios penais e processuais penais tradicionais (ex.: princípios da subsidiariedade e ofensividade), mas permite a aplicação da pena de prisão. Trata-se do Direito Penal clássico, que protege bens jurídicos individuais e, eventualmente, supraindividuais, sempre que efetivamente houver lesão ou perigo concreto de lesão. Nesse nível de intensidade, o Direito Penal é reduzido ao seu núcleo duro (Direito Penal nuclear).
Maior que induz ou instiga menor a praticar o crime = partícipe.
Maior que utiliza de menor para prática de crime = autoria mediata
Maior que pratica crime em parceria de menor = coautor (o crime + corrupção de menor)
Em suma, aos crimes praticados no contexto da lei 11340/06, NÃO SE ADMITE:
· o Sursis Processual
· pena pecuniária
· pena isolada de multa
· Transação Penal
· ANPP (acordo de não persecução penal)
· o princípio da insignificância
· PRD em crimes com violência ou grave ameaça e nem em contravenção de vias de fato, independente da condição de primariedade do reu
DIREITO CIVIL
A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que é devida a indenização de dano material consistente em pensionamento mensal aos genitores de menor falecido, ainda que este não exerça atividade remunerada, considerando que se presume ajuda mútua entre os integrantes de famílias de baixa renda. (...) (AgRg no REsp 1228184/RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 28/08/2012, DJe 05/09/2012).
Súmula 491 do STF: É indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho remunerado.
DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO TITULAR DE BLOG PELOS DANOS DECORRENTES DA PUBLICAÇÃO EM SEU SITE DE ARTIGO DE AUTORIA DE TERCEIRO. O titular de blog é responsável pela reparação dos danos morais decorrentes da inserção, em seu site, por sua conta e risco, de artigo escrito por terceiro. Isso porque o entendimento consagrado na Súmula 221 do STJ, que afirma serem “civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação”, é aplicável em relação a todas as formas de imprensa, alcançado, assim, também o serviço de informação prestado por meio da internet. Nesse contexto, cabe ao titular do blog exercer o controle editorial das matérias a serem postadas, de modo a evitar a propagação de opiniões pessoais que contenham ofensivos à dignidade pessoal e profissional de outras pessoas. REsp 1.381.610-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 3/9/2013.
A conversão do flagrante em prisão preventiva torna superada a alegação de nulidade relativamente à falta de audiência de custódia.
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 669.316/PR, Rel. Min. Reynaldo Soares Da Fonseca, julgado em 08/06/2021.
MORTE PRESUMIDA:
CC, Art. 7º Pode ser declaradaa morte presumida, SEM decretação de ausência
I- Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II- Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
# Analisando por partes:
--> Admite-se a morte presumida, SEM a decretação de ausência:
(CESPE/TRE-MA/2009) Na sistemática do Código Civil, não se admite a declaração judicial de morte presumida SEM decretação de ausência.(ERRADO)
(CESPE/MPE-RO/2008) Admite-se, excepcionalmente, a declaração judicial de morte presumida da pessoa natural SEM a prévia decretação da sua ausência.(CERTO)
OBS: NÃO há necessidade da existência de cadáver:
(CESPE/TJ-PB/2015) A legislação civil brasileira admite o reconhecimento de morte SEM a existência de cadáver e sem a necessidade de declaração de ausência.(CERTO)
--> Hipóteses:
· A morte for extremamente provável de quem estava em perigo de vida;
(CESPE/TJ-AM/2016) O reconhecimento da morte presumida, quando for extremamente provável a morte de quem estava com a vida sob risco, independe da declaração da ausência.(CERTO)
· Desaparecido em campanha ou prisioneiro não encontrado até 2 anos (fim-guerra);
(CESPE/TJ-AL/2012) Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, de alguém que, feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.(CERTO)
--> A declaração da morte presumida, somente poderá ser requerida:
· Depois de esgotadas as buscas e averiguações; 
(CESPE/TCE-RJ/2021) Em caso de desaparecimento do corpo de pessoa vitimada em grave acidente aéreo, depois de esgotadas as buscas e averiguações, a declaração de óbito independe de decretação judicial de ausência.(CERTO)
--> Devendo a sentença:
· Fixar a data provável do falecimento;
(CESPE/ANAC/2012) No caso de provável morte de quem estava em perigo de vida, a declaração da morte presumida poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e feitas averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.(CERTO)
--> Exemplo:
(CESPE/TRT 1ª/2008) Antônia, esposa de Fernando, requereu ao juiz competente para tanto que este declarasse a morte presumida de seu marido, fundamentando seu pedido na única afirmação de que recebeu a notícia do desaparecimento daquele em naufrágio de embarcação pequena, ocorrido durante grave tempestade em alto-mar. Considerando essa situação hipotética, o pedido NÃO deverá ser provido porque a autora da ação apenas comprovou a extrema probabilidade de morte e a situação de perigo à vida, sem, no entanto, ter fundado seu pedido, também, no esgotamento das buscas e averiguações levadas a cabo para encontrar o desaparecido.(CERTO)
No SEGURO DE VIDA (seguro de pessoas) é devida a indenização securitária mesmo que o acidente que vitimou o segurado tenha decorrido de seu estado de embriaguez?
SIM. É vedada a exclusão de cobertura do seguro de vida na hipótese de sinistro ou acidente decorrente de atos praticados pelo segurado em estado de embriaguez.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.665.701-RS, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado em 9/5/2017 (Info 604).
STJ. 2ª Seção. EREsp 973.725-SP, Rel. Min. Lázaro Guimarães (Desembargador Convocado Do TRF 5ª Região), julgado em 25/04/2018 (Info 625).
No SEGURO DE AUTOMÓVEL (seguro de bens) celebrado por uma empresa com a seguradora, é devida a indenização securitária se o condutor do veículo estava embriagado?
• Em regra: NÃO.
• Exceção: será devido o pagamento da indenização se o segurado conseguir provar que o acidente ocorreria mesmo que o condutor não estivesse embriagado.
Não é devida a indenização securitária decorrente de contrato de seguro de automóvel quando o causador do sinistro (condutor do veículo segurado) estiver em estado de embriaguez, salvo se o segurado demonstrar que o infortúnio ocorreria independentemente dessa circunstância.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.485.717-SP, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado em 22/11/2016 (Info 594).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 620-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <>. Acesso em: 09/02/2022
DIREITO DE RETENÇÃO NA LOCAÇÃO DE COISA (CC, art. 578) e NA LOCAÇÃO DE IMÓVEL URBANO (Lei 8.245/91, art. 35 e 36)
# BENFEITORIAS NECESSÁRIAS COM CONSENTIMENTO ====> TEM
# BENFEITORIAS NECESSÁRIAS SEM CONSENTIMENTO ====> TEM
# BENFEITORIAS ÚTEIS COM CONSENTIMENTO ==========> TEM
# BENFEITORIAS ÚTEIS SEM CONSENTIMENTO ==========> NÃO TEM
# BENFEITORIAIS VOLUPTUÁRIAS COM CONSENTIMENTO => NÃO TEM
# BENFEITORIAIS VOLUPTUÁRIAS SEM CONSENTIMENTO => NÃO TEM
DIREITO DE RETENÇÃO NA LOCAÇÃO DE IMÓVEL RURAL (Lei 4.504/74, art. 95, VIII)
# BENFEITORIAS NECESSÁRIAS COM CONSENTIMENTO ====> TEM
# BENFEITORIAS NECESSÁRIAS SEM CONSENTIMENTO ====> TEM
# BENFEITORIAS ÚTEIS COM CONSENTIMENTO ==========> TEM
# BENFEITORIAS ÚTEIS SEM CONSENTIMENTO ==========> TEM
# BENFEITORIAIS VOLUPTUÁRIAS COM CONSENTIMENTO => TEM
# BENFEITORIAIS VOLUPTUÁRIAS SEM CONSENTIMENTO => NÃO TEM
JURISPRUDÊNCIA
APELAÇÃO CIVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. CONTRATO COMODATO. ALUGUEIS. DEVIDOS, CONFORME FORMULA DO PERITO. PAGAMENTO DE IPTU. INDEVIDOS. BENFEITORIAIS. DIREITO A INDENIZAÇÃO DOS APELADOS. SENTENÇA MANTIDA. SUCUMBENCIA REDISTRIBUÍDA CONFORME DISPOSIÇÃO DO ARTIGO 86 CPC. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (...) Segundo as razões recursais do autor, não haveria direito às benfeitorias em prol do comodatário. É certo que o art. 584 do Código Civil disciplina que "o comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada". Porém, não há como se olvidar de que o comodatário é possuidor de boa-fé e, nessa condição, a ele aplica-se a norma contida no artigo 1.219 do Código Civil, que assim estabelece: (...) Dessa maneira, apesar de não poder recobrar do comodante as despesas feitas com o uso da coisa, é assegurado ao comodatário a indenização pelas despesas extraordinárias. Flávio Tartuce, ao discorrer sobre o tema, adverte que: Todavia, justamente por ser possuidor de boa-fé, conforme aponta a renomada jurisprudência, é que o comodatário, em regra, terá direito à indenização e direito de retenção pelas benfeitorias necessárias e úteis, conforme prevê o art. 1.219 do CC. Além disso, poderá levantar as voluptuárias, se isso não danificar o bem. (TARTUCE, Flávio. Direito Civil. Vol. 3.12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017, p. 674). Destarte, deve ser assegurado o direito dos réus às benfeitorias. A Corte local entendeu que as benfeitorias realizadas no imóvel eram extraordinárias. Desconstituir a premissa estabelecida pelo TJPR exigiria a apreciação do conjunto fático-probatório dos autos, procedimento vedado pela Súmula n. 7/STJ. Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do recurso especial. Publique-se e intimem-se. Brasília, 16 de dezembro de 2021. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA Relator (STJ - REsp: 1786996 PR 2018/0271731-9, Relator: Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, Data de Publicação: DJ 17/12/2021)
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
TEORIAS DA CAUSA DE PEDIR:
# As teorias que se relacionam à causa de pedir são:
· Teoria da Individuação/Individualização;
· Teoria da Substanciação/Substancialização;
I) Teoria da INDIVIDUAÇÃO:
--> Segundo essa teoria, basta que o autor exponha a relação jurídica em que está inserido, dispensando a descrição dos fatos jurídicos dos quais se originou.
II) Teoria da SUBSTANCIAÇÃO:
--> De acordo com essa teoria, a causa de pedir, independentemente da natureza da ação, é formada pelos fatos e pelos fundamentos jurídicos narrados pelo autor.
# Qual delas foi adotada?
--> É majoritário o entendimento da doutrina e da jurisprudência no sentido de que o ordenamento jurídico processual brasileiro se vinculou à teoria da substanciação.
(CESPE/TJ-AC/2012) No que se refere aos requisitos intrínsecos e extrínsecos da petição inicial, prevalece o entendimento de que, no CPC, se adota a teoria dasubstanciação, ou seja, exige-se que o autor formule sua pretensão ao juízo de forma clara, narrando o fato gerador do seu alegado direito e os fundamentos jurídicos do pedido.(CERTO)
TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO:
De acordo com o STJ, acerca da causa de pedir, o nosso ordenamento jurídico processual adotou a teoria da substanciação ao exigir que o autor, na petição inicial, indique:
· Os fatos (causa de pedir remota); e
· Os fundamentos jurídicos (causa de pedir próxima) do seu pedido. 
(CESPE/AGU/2009) Afirmar que o CPC adotou a teoria da substanciação do pedido em detrimento da teoria da individuação significa dizer que, para a correta identificação do pedido, é necessário que constem da inicial os fundamentos de fato e de direito, também identificados como causa de pedir próxima e remota.(CERTO)
I) Causa de Pedir Remota ou Fática:
--> A descrição do fato que deu origem a lide, com indicação da efetiva e concreta lesão ou ameaça de lesão ao direito do autor.
II) Causa de Pedir Próxima ou Jurídica:
--> É o próprio direito, a descrição das consequências jurídicas decorrentes do fato alegado, ou seja, a retirada da norma do abstrato para o concreto.
--> Mas NÃO é necessária a descrição do fundamento legal preciso que dê sustentáculo ao pedido, isto é, não precisa mencionar em que lei, artigo, ou dispositivo de norma, encontra-se o direito requerido, uma vez que há o princípio do iura novit cúria (O Juiz conhece o direito).
-->Assim sendo, a fundamentação legal, caso apresentada pelo autor, NÃO vincula o juiz, que poderá dar outra interpretação e aplicação jurídica para os mesmos fatos.
(CESPE/TCE-RJ/2021) O ordenamento processual civil brasileiro adota, quanto à causa de pedir, a teoria da substanciação, portanto, ainda que o autor indique as consequências jurídicas que pretende extrair dos fatos descritos em sua petição inicial, o juiz NÃO está vinculado à pretensão autoral referente a essas consequências.(CERTO)
JURISPRUDÊNCIA
Ementa: “A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é assente no sentido de que a caracterização da revelia NÃO importa em presunção absoluta de veracidade dos fatos, a qual pode ser afastada pelo julgador à luz das provas existentes”. (STJ-3” Turma, Aglnt no REsp 1.816.726/RS, rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, j. 30/09/2019, negaram provimento, v.u., DJe 03/10/2019
Ementa: “A ausência de apresentação da contestação, a redundar na revelia, não impede o julgador, caso repute necessário à formação de sua convicção, determinar a produção de provas destinadas a comprovar os fatos alegados na inicial, podendo, a partir disso e, em tese, extinguir o feito sem julgamento de mérito ou mesmo julgar improcedente o pedido”. (STJ-3a Turma, Aglnt no RMS 62.555/RJ, rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 10/08/2020, negaram provimento, v.u., DJe 17/08/2020)
Ementa: “O Superior Tribunal de Justiça entende que os efeitos da revelia são RELATIVOS e NÃO acarretam a procedência automática do pedido, devendo o magistrado analisar as alegações do autor e a prova dos autos”. (STJ-4ª Turma, AgInt no AREsp 1.679.845/GO, rel. Min. Antônio Carlos Ferreira, j. 28/09/2020, negaram provimento, v.u., DJe 01/10/2020)
Ementa: “Consolidou-se nesta Corte o entendimento segundo o qual NÃO se aplica à Fazenda Pública o efeito material da revelia, NEM É ADMISSÍVEL, quanto aos fatos que lhe dizem respeito, a confissão, em face da indisponibilidade dos bens e direitos sob sua responsabilidade”. (STJ-13 Turma, Aglnt no AREsp 1.171.685/PR, rel. Min. Gurgel de Faria, j. 02/08/2018, negaram provimento, v.u., DJe 21/08/2018).
DIREITO ADMINISTRATIVO
JURISPRUDÊNCIA
DIFUSOS E COLETIVOS
JURISPRUDÊNCIA
DIREITO ELEITORAL
JURISPRUDÊNCIA
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
JURISPRUDÊNCIA
DIREITO DO CONSUMIDOR
JURISPRUDÊNCIA
DIREITO AMBIENTAL
JURISPRUDÊNCIA

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