Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | BMF IV - BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA: barreira entre o sangue e o encéfalo. - BARREIRA HEMATOLIQUÓRICA: barreira entre o sangue e o líquor. - As barreiras têm como função a seleção de moléculas. - Impedir a passagem de agente tóxicos para o sistema nervoso central, como venenos, toxinas e outros. - Impedir a passagem de neurotransmissores em excesso encontrados no sangue, como adrenalina (que em grandes quantidades poderia alterar o funcionamento do cérebro). - Permitir a entrada de substâncias importantes para o funcionamento das células do tecido nervoso, como glicose e aminoácidos → portão que barra a entrada de algumas substâncias e permite a entrada de outras. OBS: há evidências de que a barreira hematoliquórica também funciona como portão, utilizando essencialmente os mesmo mecanismos da barreira hematoencefálica para transporte de substâncias. - COMPONENTES DA BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA = Endotélio, membrana basal (muito fina), pés vasculares dos astrócitos (camada quase completa em torno do capilar). - COMPONENTE CONSIDERADO BASE PARA A BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA = endotélio → pois é nele que existem as junções oclusivas. - Na barreira hematoencefálica os capilares são contínuos (não possuem aberturas, ou seja, são os capilares mais seletivos). - As células endoteliais são unidas por junções oclusivas que impedem a penetração de macromoléculas. - Os capilares dessa região não possuem fenestrações, que são pequenas áreas em que o endotélio se reduz a uma fina membrana muito permeável. 2 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | BMF IV - Nesses capilares contínuos são raras as vesículas pinocitóticas → nos demais endotélios elas são frequentes e importantes no transporte de macromoléculas. - A barreira hematoencefálica é mais “fraca” em recém-nascidos, pois os capilares que futuramente serão contínuos, ainda são fenestrados. - Os pés-vasculares dos astrócitos liberam substâncias que levam a perda das fenestrações dos capilares, deixando os capilares contínuos e fortalecendo a barreira hematoencefálica. ÓRGÃOS CIRCUNVENTRICULARES - Esses órgãos se distribuem em volta do III e IV ventrículos. - Esses órgãos não possuem barreira hematoencefálica, pois possuem capilares fenestrados (desprovidos de junções oclusivas) → estão relacionados com a passagem de hormônios. - Podem ser receptores de sinais químicos do sangue. - Podem estar relacionados direta ou indiretamente com a secreção de hormônios. - Glândula pineal (secreta melatonina), eminência média (transporte de hormônios do hipotálamo para a adeno-hipófise), neurohipófise (local de liberações de hormônios hipotalâmicos) → órgãos circunventriculares secretores de hormônios. - Órgão subfornicial (neurônios são sensíveis à baixa concentração de angiotensina 2 – estimulam o centro da sede no hipotálamo lateral – aumentando a sede), órgão vascular da lâmina terminal (neurônios são sensíveis ao aumento da pressão osmótica do sangue, desencadeando a sede e estimulando a secreção de hormônios antidiuréticos pelo hipotálamo), área postrema (neurônios sensíveis a sinais químicos do sangue, como a CCK) → órgãos circunventriculares receptores de hormônios. - Células que produzem o líquor na barreira hematoliquórica → células ependimárias modificadas que estão presentes nos plexos coróides, encontrados nos ventrículos. - COMPONENTES DA BARREIRA HEMATOLIQUÓRICA = o endotélio dos capilares, o tecido conjuntivo frouxo e as células ependimárias modificadas ou não. - Essa barreira está localizada nos plexos coróides → neste caso, a barreira não está nos capilares (que são fenestrados), mas sim no 3 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | BMF IV ápice do epitélio ependimário → voltado para a cavidade ventricular. - Epitélio ependimário dos plexos coróides → possui junções oclusivas que unem as células próximo à superfície ventricular e impedem a passagem de macromoléculas → base anatômica da barreira hematoliquórica. - A estrutura base da barreira hematoliquórica é o ápice das células ependimárias. LÍQUOR - Solução salina, clara geralmente viscoso → normalmente contém pouca proteína e não há células sanguíneas. - Produzido por células ependimárias modificadas localizadas nos plexos coroides. - Função principal → proteção mecânica → atua como um “amortecedor” entre o SNC e o tecido ósseo. - Circula nos ventrículos encefálicos, no canal central da medula espinal (canal ependimário) e no espaço subaracnóideo → reabsorvido em pequenas projeções no espaço subaracnóideo denominadas granulações aracnóideas, que se projetam no interior dos seios da dura mater → devolvem o líquido cerebrospinal à circulação venosa. - Transporte ativo de sódio e cloreto das células ependimárias para o LCR → água é transportada por osmose. GRANULAÇÃO ARACNÓIDEA - Pequenos “tufos” que penetram no interior dos seis da dura-máter. - Levam pequenos prolongamento do espaço subaracnóideo. - Realizam a absorção do líquor. 4 Universidade Nove de Julho – São Bernardo do Campo Beatriz de Paula | @plannedmed | BMF IV PLEXOS CORÓIDES - Estruturas altamente especializadas no teto dos III e IV ventrículos e nas paredes dos ventrículos laterais do encéfalo. - COMPOSIÇÃO DOS PLEXOS CORÓIDES = pregas altamente ramificadas de tecido conjuntivo frouxo vascularizado da pia-máter, recobertas por um epêndima modificado (células ependimárias modificadas) → epitélio com atividade secretora e de transporte de íons. - Células ependimárias modificadas produzem o líquido cerebrospinal (ou liquor). - Capilares fenestrados no tecido conjuntivo frouxo → altamente permeáveis. - NA BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA AS JUNÇÕES OCLUSIVAS ESTÃO NO ENDOTÉLIO. - NA BARREIRA HEMATOLIQUÓRICA AS JUNÇÕES OCLUSIVAS ESTÃO NAS CÉLULAS EPENDIMÁRIAS.
Compartilhar