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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Profa. Vivian Camargo
 Quando falamos em OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÕES JURÍDICAS (conteúdo vínculo jurídico – intervenção do Estado (coercitivdade) e demais Obrigações, como por ex.: ir na missa; aniversário da sogra...pagar o dízimo...)
 Direito Pessoal – a toda obrigação se 
 contrapõe um direito pessoal Obrigação
 
Credor Devedor 
 
 
Estrutura básica da
 Obrigação 
Introdução. Conceito. Direito das Obrigações
A relação jurídica obrigacional de crédito (não necessariamente é quantia de dinheiro),que envolve um sujeito ativo (credor) e um sujeito passivo (devedor), tendo como objeto uma prestação. 
O vínculo obrigacional é transitório (nasce p ser cumprido). A obrigação deve ser naturalmente extinta (pelo cumprimento). Caso o devedor seja inadimplente arcará com seu patrimônio.
Conceito clássico do direito obrigacional. 
 
 
 
 
 
Conceito: 
Obrigação é o vinculo jurídico em virtude do qual um a pessoa pode exigir de outra uma prestação economicamente apreciável (PEREIRA, Caio Mário da Silva). 
A relação é pessoal (obrigacional) . Elementos:
 * Caráter transitório;
* Vínculo jurídico com exigibilidade patrimonial 
(responsabilidade patrimonial)
* Prestação exigível
* Relação entre pessoas
 
 
 
 
 
		
*Direito Pessoal – a toda obrigação, se contrapõe um direito pessoal.
Tem o direito a que uma pessoa:
 faça,
 não faça ou 
dê alguma coisa
Obrigação:
É o vínculo jurídico ao qual nos submetemos, coercitivamente, sujeitando-nos a uma prestação (dar, fazer ou não fazer) 
		
Art. 83 CC ( parte geral) :
Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. (direito pessoal é um bem móvel, ou seja, o credor pode ceder a 3, sem vênia conjugal). Agora se tiver uma garantia (imóvel) – direito real ( artigo 80)
Vamos sair da “caixa”?
Ex...devedor diz: se eu não pagar, meu apartamento no Renascença paga. ( hipoteca) 
Ou seja, garantindo agora esse direito pessoal, haverá a partir de então um direito real sobre um bem imóvel – 
Além do direito pessoal, o credor terá um direito real de garantia sobre um bem imóvel 
		
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; (se o credor tem um direito real sobre um bem imóvel, ele tem um bem imóvel. Se for transferir...vênia conjugal...) art. 1647, I CC (equiparação legal)
II - o direito à sucessão aberta.
		
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; (se o credor tem um direito real sobre um bem imóvel, ele tem um bem imóvel. Se for transferir...vênia conjugal...) art. 1647, I CC (equiparação legal)
Pode ceder a terceiros?
Qual a forma? 
		
Pode ceder a terceiros? 
Qual a forma? Escritura pública
Mas não é 1 crédito?
R.: é um crédito assegurado por um direito real de garantia sobre um bem imóvel + vênia conjugal
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648 , nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta (é a convencional) 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
SCHULD – Débito em si ( dívida)
HAFTUNG – Responsabilização 
 (consequência do não cumprimento do schuld). 
O que causa temor ao devedor. É o que na prática vai diferenciar... Qdo o juiz manda penhorar a casa do suj, carro, obra de arte do suj.; BACEN-JUD
Questões (Oral Magistratura):
1. É possível haver schuld (dívida) sem haftung (responsabilização patrimonial)? Dívida prescrita; dívida de jogo; obrigação natural. E se eu pagar, não posso pedir a repetição indébito ( artigo 814,189 CC)
Questões:
2. Existe Haftung sem Schuld? NÃO!!!
3. É possível haftung por schuld de outrem? (é possível ser responsabilizado pela dívida de outra pessoa? Fiador (até com bem família – locação bem imóvel); Aval ; Arts. 818; 932 CC)
Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito. (não se indébito - que foi pago sem ser devido; de que não se tem obrigação.) O QUE MORRE É A PRETENSÃO E NÃO O CRÉDITO (obrigação)
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
 Haftung por schuld de outrem:
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: (ler com cuidado...)
(...)
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
 Sub- rogação legal
CC, art. 346,III – ( terceiro interessado - entra no mesmo lugar jurídico do credor– com direito a tudo advem na obrigação por ex., jóia em garantia, arras, juros...)
Toda vez que houver Haftung por schuld alheio, o fiador ou outra pessoa prevista, terão ação regressiva contra o devedor
CONTUDO
Pai paga a dívida e não tem regressiva contra o filho menor (18 anos), pelo ato ilícito praticado pelo mesmo (artigos 3 e 4 CC)
O pai tem o haftung e o schuld – artigo 934 CC (o pagamento é dívida própria... Fundamento: colocar fiho no mundo)
Todo mundo tem direito a regressiva no pagamento do schuld alheio, salvo, o pai.
Vel ex contractu nascitur, vel ex delito
Contrato (maior fonte). 
Vontade (em conformidade com o ordenamento)
Lei (independentemente da vontade do agente) – prevê diretamente a obrigação
Ato Ilícito
E a sentença judicial?
Natureza transitória. Obrigação nasce para morrer (passível prescrição), o cumprimento de uma obrigação, mata esta. Como se fosse “consumível”, vc consome e morre.
Diferente do direito real ( pode sempre usar)
Só gera efeito inter partes, não gera para terceiros. Já o direito real...gera efeitos para terceiros erga omnes. Ex. se eu sou dona de uma casa, o mundo inteiro tem que respeitar isso, não ameaçar, não turbar, o meu exercício do direito real.
DIREITO PESSOAL só gera efeito inter partes, não gera para terceiros. 
Já o DIREITO REAL...gera efeitos erga omnes. Ex. se eu sou dona de uma casa, o mundo inteiro tem que respeitar isso, não ameaçar, não turbar...(o mundo muda quando eu tenho um direito real)
 Há um direito pessoal com efeito (eficácia) de direito real.
Direito pessoal com eficácia real:
Ex. aluguei a casa para uma inquilina.Contrato com uma clausula de vigência (caso o imóvel seja alienado, este será mantido) + registro no cartório (CRI). 
Novo comprador adquire o imóvel. O direito pessoal de morar na casa (obrigações), adquire efeitos reais. 
(Direito pessoal “qualificado” – saindo da regra de que só se afeta as partes)
Propter rem (in rem ou ob rem) ou ambulatória
“ caracterizam-se pela origem e transmissibilidade automática” 
							Orlando Gomes
Nasce em virtude de um direito real q vc tem (90% propriedade)
Ex. automaticamente deve IPTU, taxa lixo; fôro (enfiteuta - direito real em contrato perpétuo, alienável e transmissível para os herdeiros, pelo qual o proprietário atribui a outrem o domínio útil de imóvel, contra o pagamento de uma pensão anual certa e invariável; aforamento.); taxa condominial; decorrem do direito real.
Segue o dono (ambulatória) ( ex. dívida de IPTU-venda imóvel- novo proprietário torna-se o novo devedor)
Surge de um direito real sobre a coisa
É imposto a seu titular (independente da vontade)
 Sujeitos:
 Sujeito ativo: credor
 Sujeito passivo: devedor
 Objeto:
 O objeto sempre se refere a uma postura do devedor:
 Dar, fazer ou não fazer
 Vínculo jurídico: 
 Liame entre sujeito ativo e passivo. Nasce das fontes.
Determinável _ Gênero, espécie, quantidade e características
Geralmente é objeto de concentração
Fixação posterior
Fixação impessoal _ Bolsa, tabelas
Caráter patrimonial (controvertido)
Fixação do valor da prestação
Sem valor da prestação mas com multa convencional
Civil ou perfeita (obrigação propriamente dita)
	
	Natural ou Imperfeita (sem garantia, sem sanção, sem ação)
Soluti retentio Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.
Permeia o dever de consciência e o juridicamente exigível
Gera efeitos jurídicos com o adimplemento. 
Diferença entre o dever de consciência
Não admite a posterior alegação de erro
Pessoais (propriamente ditas)
Relação entre pessoas
Exige duas pessoas
Pessoas determinadas
Prestação específica
Relação débito-crédito
Extingue-se pela inércia
Reais
Relação com a coisa
Uma pessoa e a coisa
Erga omnes
Imposição de abstenção
Não se extingue
Obrigações simples: 
 Devedor Credor
objeto
Ex.: Dinheiro. Coisa incerta para fins da lei – significa que quando vc deve um valor em dinheiro, aquele valor será definido/determinado pelo gênero, quantidade e qualidade para determinar (notas de 50 ou 100); 
Ex.: vc me deve 100 sacas de arroz tipo A ( incerto) vc pode armazém que tiver arroz tipo A e me entrega... 
Ex.: Pai fala: quando vc passar na faculdade, vou-lhe dar um carro popular ( Incerto);
Ex.: Vc comprou o meu carro: corola, cor, ano tal, chassi tal...Destacado!!! Individualizado.
O perecimento da coisa certa sem culpa do devedor 
O que muda, em ser a coisa certa ou incerta???
O perecimento da coisa certa, individualizada, sem culpa do devedor, extingue a obrigação!
Ex.: se eu devo um carro específico e um raio caiu em cima dele – a obrigação sumiu
Artigo 234CC: ...se no caso do artigo antecedente ( obrigação de dar coisa certa, a coisa se perder sem culpa do devedor, antes da entrega, fica resolvido a obrigação para ambas as partes.
Artigo 238CC ( mesma coisa, só que na forma de restituição)...a obrigação se resolverá!
Pergunta concurso ( juiz federal) :
* Tício empresta seu carro (coisa certa) para mévio (comodatário) para o prazo de 01 mês, no décimo dia do empréstimo, Mévio é assaltado por homens fortemente armados e levam o carro...
O que Mévio deve para Tício ? A coisa certa se perdeu sem culpa...
Agora se fosse dinheiro (coisa INcerta) – essa não perece (gênero não perece) 
Art. 246 CC
Art. 246 CC
Antes da escolha, ou seja, quando a coisa ainda é Incerta, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa.
O gênero não perece. A coisa incerta não perece (ex. dinheiro)
No testamento, se a pessoa deixou um DETERMINADO (específico) carro e quando a pessoa morrer não tiver mais o carro (vendeu)...a pessoa não receberá nada. 
Agora se eu deixei escrito a entrega de um carro popular para terceiro, quando houver a morte e não tiver o bem no espólio, o herdeiro deve comprar um carro popular e entregar para o herdeiro testamentário.
Gênero não perece.
Obrigação Alternativa:
O devedor deve uma coisa ou outra coisa;
Como regra a escolha é do devedor.
Obrigação Alternativa - OU
Se cair um raio no fusca, remanesce naquele objeto que sobrou – concentração involuntária (e vira uma obç simples)
Obrigação Cumulativa
Muda a conjunção,“e”, suj tem que entregar o carro e o dinheiro.
EX.: Suj compra um carro e vai entregar uma moto e um valor em dinheiro.
O cumprimento ocorre quando entregar as 2 coisas.
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS
Tenho que imaginar o objeto divisível e de 2 ou mais sujeitos num mesmo lado da relação obrigacional (credores ou devedores). Requisitos mínimos.
Ex.:
2 irmãos foram visitar um velho tio deles e chegaram p o tio...órfãos...R$ 1.000,00 emprestados
Tio..., aceito, mas precisamos fazer um contrato de mútuo p 2 devedores.
 
Faz 1 contrato de mútuo para 2 devedores.
Prova: Quanto o tio pode cobrar do devedor A? 
Só pode cobrar 50%, porque em nenhum momento fora falado em dívida solidária.
 
A SOLIDARIEDADE NÃO SE PRESUME!!! 
Ela resulta da lei ou da vontade das partes.
 Se o objeto for divisível (dinheiro, 100 sacas de arroz, 1000l combustível, querosene, navio de soja e houver mais de um devedor, como regra, no silêncio, a obrigação é divisível ) – art. 257CC (Regra)
50% a cada
Se houver, pelo credor a interrupção da prescrição, na véspera, e não fez nada contra o outro devedor, irá prescrever em face deste, nas obrigações divisíveis. (sábado corre o prazo prescricional? Simmmmm)
E se for 2 credor? Tudo igual...a obrigação divide-se igualmente. Cada credor só pode cobrar 50%
Cuidado!!!
Dica final:
Nós temos, na verdade, diversas obrigações (divisível) com vida própria. 
Nascem juntas (1 contrato só de mútuo), mas no decorrer da vida, acaba-se cingindo.
Obrigações Divisíveis
Caso um dos sujeitos (devedores) vai a falência, o credor acabou de perder 50% -
 ESTA É A DIFICULDADE DA OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL.
E se for 2 credores? Mesma coisa! A rigor, o devedor tem 2 obrigações, com credor A e com credor B.
A interrupção da prescrição por um dos credores, não favorece aos outros.
Obrigações Divisíveis
Ex.: Obrigação indivisível
02 pessoas devem um objeto indivisível p o credor. Tendo em vista as leis da física, q não é possível dividir um carro ao meio. A lei, neste caso, como o objeto é indivisível, permite ao credor, cobrar 100% ao credor!!! 
NÃO É SOLIDARIEDADE!!!
Não dá p cobrar meio carro do devedor n. 1, assim a lei permite essa cobrança.
E o que acontece se este carro perece sem culpa dos devedores? Se o credor já pagou o carro, tem que receber
 o dinheiro. (voltou a ser divisível) – art. 257 CC
Ex. 2
Imagina que um dos sujeitos (devedores) entra e dá PT no carro... O que era carro, vira dinheiro.
A obrigação divide, e o credor só pode cobrar 50% de cada um.
Vamos abri o código e ler:
Artigos 257, 259 e 263CC
Das obrigações indivisíveis
Havendo mais de um devedor ou credor em obgç divisível, presume-se...
Indivisível quando a coisa não for suscetível de divisão;
Havendo mais de um dev. e a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
263 CC
Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos ( 257cc);
 2 credores, 1 devedor – obg indivisível
Ninguém disse que era solidária...
Quantos % o 1 credor poderá cobrar?
R$ 100%. Porque? O objeto é indivisível.
Cuidado: a obrigação não é solidária! O caminho de volta é diferente. O devedor, p pagar bem, tem q seguir as regras do 260 (a todos os credores, conjuntamente).
 Porque se fosse solidária ativa (vários credores), poderiaentregar p qq credor, pagaria bem (solidária), mas como não é solidária, e sim indivisível, terá q pagar a todos conjuntamente, ou, a um deles e este dar caução garantindo a quantia do outro.
260cc
...
Caução de confirmação dos outros credores. (obrigação indivisível)
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
Constituída de um modo que não importa o objeto. Dispensa a análise do objeto. Não importa se o objeto é divisível ou indivisível.
O que importa é que há um vínculo forte entre os diversos sujeitos de um mesmo polo da obrigação. (solidariedade passiva- devedores ou ativa - credores)
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA 
Na solidariedade, o objeto é diferente, o que importa é que os sujeitos, no mesmo lado obrigacional, há um vínculo forte entre eles.
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA 
Roberto de Ruggiero:
( tradução livre do Prof. Italiano)
“A relação se constitui de um modo tal que um dos vários credores tenha a faculdade de receber tudo, como se fosse o único credor, ou quando, cada um dos vários devedores deva pagar tudo, como se fosse o único devedor”
 Regra de Ouro da Solidariedade
Artigo 265 CC:
A solidariedade não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes.
*Curiosidade: CC Alemão diz o contrário ( 421)
 OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA PASSIVA: CADA DEVEDOR SE TORNA RESPONSÁVEL PELA DÍVIDA
 Hipótese que a coisa venha a desaparecer. A obrigação é solidária. Vínculo entre os 2 devedores. Não importa o objeto. O carro se perde e vira dinheiro. Cada 1 deve 100%. Cada dev se torna responsável por TODA a dívida, apesar de dever só uma parte.
111
Quando houver solidariedade passiva, cada devedor terá Schuld de 50% e Raftung de 100%.
Primeira regra da solidariedade passiva 
 
Obrigação Solidária. Consequências:
Quando houver Solidariedade Passiva, eu posso cobrar tudo de um só; 
Posso zerar a prescrição contra um devedor, e os demais se beneficiam;
Artigo 204 CC
 
 pagou 100%
 R$ 900,00
 pagou 100%
Esse sujeito pagou tudo (R$900,00), quando ele paga esse 100%, vai ter direito de regresso.
R$ 600,00, podendo cobrar um valor do segundo e outro valor do terceiro...de algum lugar tem que cair os 600,00. Tornando-se credor de R$ 600,00, pois ele pagou tudo para o credor inicial.
 pagou 100%
Ele pode cobrar o total do seu crédito(R$ 600,00) de qual devedor?
Ou esta limitado a cobrar R$ 300,00 de cada um?
Regras básicas, que já estudamos!!!
 Ele não se tornou credor? A obrigação não é divisível ? Sim – dinheiro ( objeto)
 A obrigação se divide em quantas partes forem as partes devedoras, logo este credor só pode cobrar R$ 300 de um e R$ 300 do outro.
 R$300,00 								+R$150,00
 Sua cota será: 
 R$ 300,00 + R$150,00	 							 
 
 
 Se um dos devedores se tornar insolvente, a quota dele (Chiquinha) que era R$ 300,00, acrescenta aos demais, ficando para o devedor (na ilustração: “Sr. Madruga” deverá R$ 300,00 + R$ 150,00) . 
Art. 283 CC. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
 
 
Como não poderia deixar de ser, o pagamento integral ou parcial efetuado por um dos devedores autoriza - lhe a cobrar pro rata a parcela devida por cada um dos co-devedores solidários. 
Não fosse assim, haveria o enriquecimento sem causa dos demais co-devedores, em prejuízo daquele que quitou a obrigação.
 
 CHAMAMENTO AO PROCESSO-CPC:
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
Chama-se ao processo p/ uma vantagem – a sentença que esse credor conseguir, condenando os demais, servirá de título executivo p cobrar os demais ( essa é a vantagem, não vai precisar entrar com um processo...e começar tudo de novo)
 
SOLIDARIEDADE ATIVA
 Na Obrigação solidária ativa, vou ter mais de um credor, NÃO IMPORTA O OBJETO.
Algumas consequências: 
1.Cada um poderá cobrar a integralidade da dívida (não importa se o bem é divisível ou não)
2. Se um interromper a prescrição, em face do devedor, favorece ao outro q não fez nada;
3. Quando ele recebe os 100% (o devedor pagou bem), o outro credor passa a ser devedor de 50%.
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA ATIVA, a partir do recebimento da dívida
 		100% credor, e ,
 se torna devedor 50%
 
		 
		 50% credor 100% dev.
 pagou bem
 
SE NÃO FOSSE SOLIDÁRIA . LEMBRAM, na obrigação indivisível?
PAGA A AMBOS CONJUNTAMENTE, OU
 A 1 COM CAUÇÃO de ratificação
 		
 
		 
 COISA INDIVISÍVEL
		
Ex.: QUANDO MARIDO E MULHER COM CONTA CONJUNTA ( obrigação solidária) NO BANCO
EX. 500 mil reais
A mulher ganha o mesmo que o marido, mas deposita todo mês R$ 2 mil e o marido R$ 18 mil reais;
Ai...o marido tem uma relação mais intensa com a secretaria (vítima pressão social)... Então ela vai ao banco e saca 100% do valor da conta (solidária ativa – conta conjunta). Pode? Pode, pega o estagiário e vai p/ o Havaí...e manda um cartão postal para o marido com o bofe de ouro...
 
 
Ela é credora solidária e pode exigir o valor 100%
Mas o marido terá direito de cobrar a parte dele em relação a mulher...
Será q ele vair cobrar???
 TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
A idéia inicial é a mesma que uma venda ou doação.
Quando vc vende, doa um carro, vc está na verdade transmitindo um direito real de propriedade sobre o carro.
Na doação, transmite, gratuitamente, o direito real de propriedade do veículo.
Em ambos os casos, vc está transferindo um direito. Por ter um objeto corpóreo, a visualização dessa transmissão é mais fácil...o que vc vê é a entrega do objeto ( carro), mas na vdd o que está sendo transferido é o direito real de propriedade, portanto esta é acompanhada da entrega do objeto.
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
 Na aula de hj é transmissão tb, mas a transmissão de um direito pessoal de crédito.
Quando eu transfiro um crédito, estou procedendo como se fosse uma compra e venda, mas ela não tem um bem corpóreo envolvido.
Transmito um crédito (obrigação) e não um objeto
TRANSMISSÃO Cessão Crédito
 Assunção Obrigações 
OBRIGAÇÕES
Cessão de Crédito
Estrutura básica:
Credor Devedor
credor
Relação jurídica
Direito pessoal patrimonial de crédito 
 
 Obrigação
Relação jurídica
Artigo 83, inc.III do Código Civil regulamentou ( ler)
O direito civil equiparou o direito pessoal a um bem móvel e quando ele (CC) faz isso, ele dá um recado:
Olha se vc quiser transmitir esse crédito p alguém, não vai precisar de vênia conjugal, nem escritura pública e nem vai pagar imposto = bem móvel
 Cedente Devedor (Cedido)
 +
transmissão
+
Cessionáriose o crédito 				estiver garantido por 					hipoteca, muda tudo...(bem imóvel – artigo 80 CC)
Nome das partes:
Quando vc manda uma carta para alguém vc é o remetente, e a pessoa que recebe é o destinatário.
Aqui nós temos o cedente e o cessionário (recebe o crédito). E o devedor = cedido
Será que o devedor (cedido) precisa autorizar a cessão de crédito?
 NÃO HÁ NECESSIDADE DO DEVEDOR AUTORIZAR A CESSÃO CRÉDITO
Para o devedor (cedido) pouco importa (não muda nada), dever para o cedente ou para o cessionário (para A ou para B)
Não há necessidade de autorização (cedido)
Contudo, porém...
Detalhe importante:
É de todo recomendado que o cedido (devedor) seja, ao menos, notificado da cessão de crédito.
Caso vc não o informe, pode acontecer que ele, de boa-fé, pague o credor antigo.
Artigo 309 CC, o devedor vai usar este artigo...
O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era o credor.
O pgto foi bom, porque estava de boa-fé
A TRANSMISSÃO PODE SER GRATUITA OU ONEROSA
Se gratuita é como se fosse uma doação, e, onerosa, como compra e venda, respectivamente –
 (não há um objeto/res/bem corpóreo) – há um bem intangível/incorpóreo = crédito
Transmitido o crédito, o cedente passou ao cessionário ( pagou se oneroso)
Agora o cessionário vai atrás do cedido para receber o valor que ajustado originalmente entre cedido e cedente
 Cedente 1. Cedido paga a dívida
 2.O crédito não existe
 3. O cedido não tem $ 							(insolvente)
 
Cessionário 							 cedido(devedor)
 
 
Cessionário 							 cedido2
3 hipóteses podem acontecer:
1. Cedido paga a dívida - Não cai no concurso – óbvio ( não tem lide/litígio)
2. o crédito não existe (prescrito) ou mentira (vendeu o nada)
3. O cedido não tem dinheiro – dev. insolvente
Como regra, vamos ter que diferenciar:
ou 
“Art. 295 CC: Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.”
Gratuita 
Onerosa 
RESPONSABILIDADE DO CEDENTE PELA EXISTÊNCIA DO CRÉDITO:
A- Cessão ONEROSA = sempre responde!
B- Cessão GRATUITA = somente se estava de má-fé.
RESPONSABILIDADE PRO SOLUTO
RESPONSABILIDADE DO CEDENTE PELA SOLVÊNCIA DO DEVEDOR (CEDIDO):
Somente haverá tal responsabilidade se expressamente se convencionou!!!
RESPONSABILIDADE PRO SOLVENDO
Responsabilidade do Cedente
 
Pro Soluto: responde apenas pela existência do crédito que transmitiu. (onerosa sempre existirá; gratuita, haverá se agiu de má-fé – transmitiu o nada)
Pro Solvente: responde pela existência do crédito e também pela solvência do devedor (passa o crédito e diz ele existe e o devedor tem patrimônio p pagar – tem q estar expresso (convenção).
Arts. 295 CC (em cima) 
Art. 296 CC: Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
ESSAS REGRAS SÃO PECULIARES AO DIREITO CIVIL
ESSAS REGRAS TODAS, ELAS NÃO SERÃO APLICADAS LITERALMENTE, PARA AS TRANSMISSÕES DE CRÉDITO QUE SÃO DOCUMENTADAS POR TÍTULOS DE CRÉDITOS, ESTAS SÃO ESTUDADAS EM MATÉRIA PRÓPRIA (DIREITO EMPRESARIAL). TÍTULO DE CRÉDITO TEM REGULAMENTOS PRÓPRIOS.
Ex.: Cheque – ao invés de depositar eu transfiro = Endosso ( como regra no direito empresarial/comercial – o sujeito que transfere/transmite, ele é responsável pela solvência do devedor). A IDÉIA É DAR SEGURANÇA. VALOR NA CIRCULAÇÃO.
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
Quando eu falo de transmissão de obrigação. Eu posso tanto transmitir tanto um crédito como uma dívida para um novo devedor.
Ex. vc é o credor! Existe alguém q está devendo p vc é um suj. muito rico. Vc tá tranquilo porque o devedor tem patrimônio p quitar a dívida, contudo, caso seja transmitido essa dívida, vc credor ficará bastante preocupado quem seja esse novo devedor...importa e muito saber quem é o devedor...pode mudar muita coisa, em o devedor ser o A ou o B; já na cessão de crédito é indiferente, se eu tenho que pagar para A ou B, nada muda para o devedor, agora para o credor muda tudo...
QUANDO EU FALO EM ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
DEVEDOR TRANSMITINDO A OUTRO DEVEDOR
Para que seja permitida a transferência de dívida para outro devedor, É OBRIGATÓRIO a CONCORDÂNCIA DO CREDOR
 DEVEDOR 1
 
OBRIGATÓRIA 
 
			 (ASSUNÇÃO)
							 
							 
							 DEVEDOR 2
Aluno pergunta:
E se o devedor notificou o credor (sr. Credor, estou transmitindo a minha dívida e estou querendo a sua concordância...) E O CREDOR QUEDA-SE INERTE!
QUAL A SOLUÇÃO LEGAL?
QUEM CALA CONSENTE?
NO DIREITO:
O silêncio do sujeito, vc não pode concluir, a priori, que há uma aceitação ou recusa. 
Não há uma definição antecipada dos efeitos do silêncio
PARA CADA CASO, A LEI TEM QUE TRAZER UMA SOLUÇÃO!
O SILÊNCIO DO CREDOR QUANTO A SUA ACEITAÇÃO DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA = RECUSA 
 
 NOVO DEVEDOR
Art. 299 É facultado ao terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Art. 299 CC. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
Se nada falar – significa que não aceitou a assunção da dívida
SOLUÇÃO DIFERENTE PARA A SOLUÇÃO DO CREDOR
Art. 303 CC: O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento.
Ou seja, caso esta dívida esteja garantido por uma hipoteca, o silêncio significa que ele aceitou
A LEI ACABOU DE MUDAR
A ACEITAÇÃO É REQUISITO DE VALIDADE DA ASSUNÇÃO;
O SILÊNCIO DO CREDOR, COMO REGRA, SIGNIFICA RECUSA;
SE O CREDOR FOR HIPOTECÁRIO, OU SEJA, ESTIVER GARANTIDO COM HIPOTECA, O SILÊNCIO DELE SIGNIFICARÁ ACEITAÇÃO DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA.
ADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
A obrigação tem um caráter transitório. Direito Pessoal de crédito (Credor) é consumível (usa – morre). Igual uma taça de vinho (usou/consumiu-morreu, pela própria natureza)...nasce p morrer, tendência p morrer (cumprimento)
E ainda, de um jeito ou de outro, vai “morrer”... Se não usar vai morrer (prescrição). Seja porque usou ou não usou...haverá a perda ou a morte do direito pessoal, ou, no mínimo, uma grande perda da eficácia.
ADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
O exercício do Direito Real não morre, não mata. 
O simples não exercício, por ex. do uso de uma casa, não gera usucapião, necessitará de outros requisitos...
O exercício do direito real não elimina o direito real.
O simples não uso de um direito real, por ex. de uma casa, haverá necessidade de outrosrequisitos.
O simples não exercício não gera sua perda.
O ADIMPLEMENTO 
(cumprimento da obrigação) – 
É a maneira mais natural, desejada, pela lei, p extinguir a obrigação.
ADIMPLEMENTO
 (NÃO É SINÔNIMO DE PGTO
PGTO DIRETO
PGTO INDIRETO
SEM PAGAMENTO (EQUIPARAÇÃO 
 ADIMPLEMENTO)
ADIMPLEMENTO OBRIGACIONAL 
 NÃO 
É SINÔNIMO DE PAGAMENTO
3 ESPÉCIES:
* PGTO DIRETO
* PGTO INDIRETO
* SEM PAGAMENTO (equiparação) 
PAGAMENTO DIRETO – vai significar que o devedor entregou exatamente o objeto que havia combinado com o credor.
Ex. aquele carro (coisa certa) – entrega exata do que havia combinado
ONDE SE PAGA ( ART.327)
QUEM PAGA
A QUEM SE PAGA?
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
(“Regra do S. Barriga” – ele ia até o domicílio receber...) = REGRA
OBRIGAÇÃO QUESÍVEL ou queráble
ONDE SE PAGA ( ART.327)
QUEM PAGA
A QUEM SE PAGA?
As partes podem convencionar a OBRIGAÇÃO PORTÁVEL ou portáble = o pagamento ocorrerá no domicílio do credor.
O aluno pode dizer:
Prof., em tempos de internet bank, isso não importa muito não é?! Suj faz um ted, doc e cumpre a obrigação! Sim ou não?
Mas,
Isso acontece quando a obrigação é dinheiro, agora quando por ex. um carro; entrega gêneros alimentícios, entrega de uma jóia e etc, 
ISSO MUDA BASTANTE A RELAÇÃO,
 SIM OU NÃO?
QUEM PAGA?
DEVEDOR
3 INTERESSADO
3 NÃO 
INTERESSADO
EM REGRA:
QUEM PAGA?
DEVEDOR
3 INTERESSADO
3 NÃO 
INTERESSADO
MAS, eu queria conversar com vcs sobre o pagamento feito por outra pessoa, porque quando é o devedor, o examinador não tem nem o que perguntar na prova, sim ou não?
3 INTERESSADO 
ou 
3 NÃO INTERESSADO
						
					Aptos a pagar
3 interessado – é a pessoa que pode ser chamada, juridicamente, a responder por uma dívida que não é dele!
Tem Raftung, apesar de não ser o devedor (schund) – ex.: (fiador, avalista, patrão pelo ato ilícito do empregado) 
Essas pessoas não são devedores, mas podem ser chamados a vir a responder com o seu patrimônio a dívida alheia.
credor
 devedor
 pagou
 3 interessado(a)
credor
 devedor
 pagou
 3 interessado(a) se 						SUBRROGA nos 						direitos do credor
 3 interessado(a) se 						SUB-ROGA nos 						direitos do credor. Entra no lugar do antigo credor, cobrando o devedor, na mesma qualidade jurídica do antigo credor. Ganha todos os acessórios que o crédito tinha. Artigo 346,III CC - Sub-rogação Legal
Quando o 3 interessado paga a dívida, entra no lugar jurídico do credor.
Art. 346, inc. III:
A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
(...)
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
3 NÃO INTERESSADO QUE PAGA DÍVIDA
Aquele que não pode ser responsabilizado pela dívida alheia
Ex1. Irmão mais velho que paga dívida do irmão.
Ex2. Sr.casado que pagou a cirurgia plástica da amante (funilaria e pintura)...a despeito da brincadeira, mas este Sr é 3 não interessado (juridicamente) na dívida.
Credor devedora
						 Paga a dívida
 3 não interessado
 Paga a dívida:
Em seu próprio nome
 ou 
Em nome da devedora
Em seu próprio nome: ELE VAI TER DIREITO DE REGRESSO CONTRA A DEVEDORA.
A primeira obrigação some e surge uma nova obrigação em face da devedora.
Pagar em nome da devedora (o recibo é em nome dela) . Não haverá qualquer direito ao 3 não interessado, será como se fosse uma doação.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. 
 A doutrina unânime entende que se pagar em nome da devedora, ele não tem direito.
A QUEM SE PAGA?
Se paga ao credor
2 observações:
* Se vc paga ao incapaz de receber (paga na mão do louco que é dono do imóvel que vc mora, por ex. = mal e pode vir a pagar 2x)
* Assim, vc pode paga a quem não é credor,(309) – o pagamento de boa-fé feito ao credor putativo, ainda que se prove depois que ele não era credor. Ex. Cedente (havia transferido o crédito ao cessionário)
PAGAMENTO INDIRETO
Outras Formas Adimplemento:
Consignação
Imputação
Dação
Novação 
Compensação
Confusão
Remissão
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO
As xs o devedor está cheio de boa intenção – quer pagar a dívida, só que esse dev quando vai pagar, encontra alguma dificuldade: credor ausente; localização difícil acesso; dúvida de quem é o devido credor; as x o credor não quer dar recibo.
DÚVIDA SÉRIA – FUNDADA – DIFICULDADE- IMPEDIMENTO RELEVANTE 
Tem –se uma autorização legal de consignar este pgto
Para evitar as consequências da Mora
 (não cumprimento da Obrigação) 
Ao invés de dar o dinheiro ao suposto credor 
(dúvidas...dificuldade), consigna o pagamento 
(afirmação do pgto)
Consignação pode ser:
JUDICIAL (geralmente) – entrega para o juiz 
(conta bancária judicial) 
A lei prevê tb a EXTRAJUDICIAL – vai no estabelecimento bancário oficial, deposita e manda uma carta com AR ao credor avisando...O SILÊNCIO, neste caso, DO CREDOR SIGNIFICA QUE ACEITOU.
Prof. Silvio Rodrigues –
Pagar também é um direito do devedor, e as vezes até para exercer esse direito, a pessoa se utiliza da via judicial.
Artigo 335 CC...
Art. 335 CC. A Consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
...art. 335 CC:
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
DO PAGAMENTO EM CONSIGNÇÃO – equivale ao pagamento
Pagar também é um direito. E o devedor pode exercer tal direito mediante o depósito judicial ou extrajudicial da obrigação, quando se deparar com alguma das situações do artigo 335. Os caso mais frequentes são:
A dívida sobre quem deva legitimamente receber, o litígio sobre quem o objeto do pagamento e a mora accipiendi (mora do credor quanto ao recebimento da obrigação) 
Os demais artigos, após o artigo 335 ( hipóteses) , trazem todo os regramentos do pagamento em consignação.
O artigo 336 CC - Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento. 
Claro, se vc deve 1000,00, não pode querer consignar R$ 600,00.
Obs. nos concursos pede o que é cada institutos, não entram muito em minucias. 
_______________________________________________
IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO 
Quando um sujeito, que é devedor, o outro sujeito que é credor. Só que esse devedor, tem com o mesmo credor tem diversas obrigações (dívidas).
Todas essas dívidas são líquidas, vencidas e fungíveis entre si ( REQUISITOS)
CREDOR DEVEDOR
$$$
CREDOR DEVEDOR
Várias dívidas com o mesmo credor (líquidas, vencidas e fungíveis)
IMPUTAR – significa que o devedor poderá escolher qual das obrigações ele pretende adimplir (imputar=indicar) 
$$$
Credor Devedor 
Quando o devedor escolhe a dívida a pagar, faz a IMPUTAÇÃO. Ele vai e paga!O concurso vai perguntar o que é imputação!
$$$
Imputação
Ele não precisa quitar a mais antiga, nem tão pouco a mais valiosa.
Ele indica qual ele quiser.
Só tem 3 limitações:
1. Não pode querer imputar meia dívida (obrigação é inteira) 
2. Não pode, se houver juros de uma obrigação, imputar no principal, tem que imputar primeiro nos juros, depois imputa no principal. – A LEI NÃO QUER QUE UM OBRIGAÇÃO FRUGÍFERA (frutos) SE TORNE INFÉRTIL
3. O devedor só poderá fazer a imputação quando todas as dívidas foram líquidas, vencidas e fungíveis entre si.
RESUMINHO PARA O CADERNO:
Imputação em pagamento é: Trata-se do direito que o devedor tem de escolher (imputar) a obrigação que pretende extinguir, desde que estejam presentes os seguintes requisitos:
Mais de uma obrigação entre em mesmo devedor e credor;
Obrigações líquidas;
Obrigações fungíveis entre si;
Obrigações vencidas.
PERGUNTA:
O que acontece se o devedor 
NÃO IMPUTA?
 
A lei nos diz que o credor não hora de dar o recibo, ele vai mencionar. Se o credor não mencionar, a lei presume que a imputação ocorreu na mais antiga. (a mais antiga dentro do valor possível) 
E se todas venceram juntas?
A lei fala que tem que imputar a MAIS ONEROSA possível de ser quitada por aquele valor. 
Art. 352 CC: 
A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Art. 353 CC.
Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
Art. 355 CC.
Se o devedor não fizer a indicação do art. 352 , e a quitação ( credor) for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar.
 Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
Para a prova, não esquece: 
É direito do devedor indicar imputar, qual obrigação ele quiser.
Se ele não fizer, o credor imputa.
Se o credor não imputar, a lei presume-se sobre a mais antiga. Se venceram todas juntas – será na mais onerosa
 
EQUIVALE AO ADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO
PAGAMENTO INDIRETO
Outras Formas Adimplemento:
Consignação
Imputação
Dação
Novação 
Compensação
Confusão
Remissão
DAÇÃO EM PAGAMENTO 
Regra secular (os Romanos já a tinham e o Direito Brasileiro repetiu essa regra)
 Um princípio obrigacional
Direito de receber o que foi combinado 
Art. 313 CC. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
Dação vai acontecer sempre que o credor aceitar, espontaneamente, receber coisa diversa da que havia combinado – extinguindo-se a obrigação
Ex.: suj. devida 10 mil e oferece uma Moto – e o credor aceita = EQUIVALE AO ADIMPLEMENTO
(tudo que for diferente do combinado, não é pagamento direto)
A lei não chama pagamento direto e sim Dação em Pagamento.
Dação em Pagamento
O que eu quero que vc : a Dação ocorre em ato único:
Eu entrego a moto e a obrigação morre (extingue), ou seja, não se cria outra obrigação
Pela regra geral, o credor não é obrigado a aceitar coisa diversa da combinada, ainda que mais valiosa (art. 313). Todavia, o credor pode assim anuir e com isso extinguir a obrigação da qual era titular. Aceitando objeto diverso do convencionado como forma do adimplemento, ocorre então a dação em pagamento.
Detalhe importante:
 
 Que o devedor ( supostamente malandro), entrega, por ex., a moto do cunhado...
Credor recebe, fica feliz da vida, porque recebeu alguma coisa. E, de repente, aparece o cunhado e retoma, judicialmente, o carro do credor.
SOLUÇÃO: Evicção do bem dado em pgto – Nestes casos, simplesmente, RESSURGE A OBRIGAÇÃO (exatamente como se não houvesse sido extinta) 
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. 
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros. 
O fiador da obrigação original não ressurge. FIADOR NÃO VOLTA (isso está no capítulo da Fiança) – art. 838
Art. 838. O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado:
(...)
III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso (DAÇÃO EM PAGAMENTO) do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por evicção.
As xs caem em concurso
NOVAÇÃO 
Quando eu trato de novação, acontece 2 etapas:
Extinguindo a obrigação original com a intenção de criar uma nova obrigação (animus novandi) 
Nova obrigação
Esta NOVA OBRIGAÇÃO 
(extingo uma obrigação com intenção de 
criar outra) 
pode ter um novo sujeito passivo – NOVAÇÃO SUBJETIVA PASSIVA
Pode ter um novo sujeito ativo – NOVAÇÃO SUBJETIVA ATIVA
Pode ter um novo objeto – NOVAÇÃO OBJETIVA
1
2
ISSO NÃO É DAÇÃO!
Nova obrigação: ENTREGAR UM CARRO
$$$ dinheiro
AQUI HÁ UMA NOVAÇÃO OBJETIVA 
Nova obrigação: ENTREGAR UM CARRO (OBJETO)
$$$ dinheiro
Não é dação, porque neste, o devedor simplesmente entregava a moto e matava a obrigação, na obrigação objetiva e ele mata a obrigação original e cria uma nova (entregar o carro) 
Poder-se-ia também mudar os sujeitos
 (CREDOR OU DEVEDOR), ou seja, extingue-se a primeira obrigação, criando-se uma nova em que o sujeito sai e entra outro.
ACONTECE MUITO EM FUSÕES DE EMPRESAS, AQUISIÇÃO DE EMPRESAS, PESSOAS JURÍDICAS, COMUM NO MUNDO CORPORATIVO.
 
Ex. O devedor combina com o credor um novação, pela qual extingue-se uma obrigação com uma nova com um empresa subsidiária, nova obrigação, extingue a primeira...libera fiador...libera garantias ( bem em penhor, casa em hipoteca) NOVA OBRIGAÇÃO COM O NOVO CREDOR – NOVAÇÃO SUBJETIVA ATIVA, podendo acontecer igualmente com o credor( novação sub. Passiva) 
DIFERENÇÃO com a CESSÃO DE CRÉDITO
NESTA, eu indico um novo credor para a mesma obrigação. Na novação subjetiva ativa, eu extingo uma obrigação para criar uma nova obrigação com um novo sujeito ativo (novação subj. ativa)
Diferença com a ASSUNÇÃO DE DÍVIDA – mesma coisa...
O devedor passa a obrigação para o outro, com a concordância do credor, sendo que a obrigação continua intacta, só mudou o devedor.
 Na novação sub passiva isso não acontece, eu extingo a 1 e crio uma nova obrigação com um novo devedor
NOVAÇÃO TEM UM BINÔMIO :
ENTINGUE A PRIMEIRA 
PARA CRIAR UMA NOVA...extingue a primeira para criar uma nova obrigação...
Já na Dação em Pagamento: eu entrego o bem e acabou a obrigação.
Cessão de crédito : eu mantenho a relação obrigacional e mudo só o credor
NOVAÇÃO:
O binômio que marca esta peculiar forma de adimplemento é a extinção de uma obrigação e o surgimento de uma nova. O elemento imaterial da novação é o animus novandi, que é a intenção de novar, de fazer surgir uma nova relação ou lugar da primeira que foi extinta.
COMPENSAÇÃO ( outra maneira de adimplir uma obrigação, sem que ocorra o pgto direto)
É comum. Banco trabalham bastante com compensação. Já com o civis, quando eu devo para vc e vc deve para mim, e até para uma questão de economia processual, lógica, elimina-se ambas as obrigações até o montante da menor
Ex.:Vc me deve 100, eu te devo 80. Compensa-se e eu passo a te dever 20 e o restante estará extinto (compensação).
Algumas ideias importantes, com relação a este instituto COMPENSAÇÃO. No Brasil, exige-se alguns requisitos, e, preenchidos, ocorrer-se-á automaticamente.
Os mandamentos gerais sobre Compensação. Artigo 368 CC e ss
REQUISITOS: vencidas, líquidas e fungíveis entre si. 
Fungíveis : dinheiro com dinheiro, por ex., não teria sentido compensar a entrega de um cavalo com 100 toneladas de de arroz ( não são fungíveis entre si)
Ilíquidas: não se tem certeza do exato montante. ex.: devo taxa condominial para o meu condomínio,mas existe um vazamento na minha unidade que eu imputoa responsabilidade do condomínio. EU NÃO POSSO COMPENSAR A MINHA DÍVIDA QUE É CERTA COM OUTRA QUE NÃO É VENCIDA, CERTA, OU MUITO MENOS LÍQUIDA.
Agora vc pagou a conta de energia 2x. Vc devida 100 de janeiro e pagou 200, não percebeu e acabou tenho um crédito de 100; e no próximo mês a conta vem de R$100, aí vc não teria que pagar – COMPENSAÇÃO (mútua/recíproca de obrigações).
Art. 368 CC: Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Art. 369 CC:
A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. 
REQUISITOS da Compensação.
Credores recíprocas e se as obrigações forem líquidas, vencidas e fungíveis entre si, ter-se-á Compensação
Tanto uma quanto a outra estarão extintas! 
CREDOR
 CREDOR
Idéia de COMPENSAÇÃO:
Só se efetua a compensação caso haja pluralidade de sujeitos. Tal instituto exige a presença de pelo menos duas pessoas.
Cada uma dessas pessoas é ao mesmo tempo – credora e devedora da outra. Eis a configuração básica da compensação: “A” deve para “B” e “B” deve para “A” 
(artigo 368)
Algumas dívidas (obrigações) não se permite compensações:
 Não se pode compensar obrigação que decorre de alimentos. 
Ex. filha que é sustentada pelo pai, e, pediu um dinheiro emprestado para comprar um carro e agora ela é devedora do pai, numa prestação de R$ 500 a.m. e o pai paga uma prestação alimentícia de R$ 2.000,00 a.m.; não é permitido a compensação face a natureza de sustentação dos alimentos ( ex. ficar alguns meses sem pagar para compensar o valores devidos).
Art. 373. A diferença de causa (se os outros requisitos estiverem presentes...ex. se eu te devo dinheiro por força de um contrato e vc me deve dinheiro por força de um ato ilícito- admite-se a compensação) nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - se provier de esbulho, furto ou roubo; (roubei a caneta do meu devedor e agora estaríamos compensados...estimulo roubo, furto...)
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; (comodato e depósito são contratos que envolvem a entrega de bens infungíveis...não seria possível até pelo 368CC) 
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. 
ADMISSÍVEL 
Ex. contrato de locação no qual o inquilino deve os aluguéis, só que o locador deve pagar algumas reformar no imóvel que ele se comprometeu a fazer...(casa no estado não tão bom)...já combinam no contrato que não poderá haver compensação.
 AS PARTES PODEM ENTÃO AFASTAR 
CONFUSÃO 
Previsto para a hipótese de uma só uma pessoa, em que esta reúne as qualidades de Credor e Devedor na mesma obrigação.
Esquisito...
Credor e Devedor de si próprio. Pega o dinheiro de um bolso (devedor) e coloca no outro bolso (credor) – como não tem sentido, a lei trata de extinguir a obrigação, com efeitos de adimplemento 
Acontece com mais frequência
 na morte do sujeito.
 Tinha patrimônio, e faleceu 
 com vários créditos. 
 Único herdeiro ( vai cobrar quem devia p o pai). 
 Herda os crédito do pai ( credor e devedor do pai)
Faleceu sem deixar nenhum herdeiro. 
Devedor de IPTU. Credora do IPTU
 
 
Recebe a cada e a dívida de IPTU – município é credor e devedor do mesmo IPTU. A dívida IPTU sumiu ( extinguiu) 
Há autores que tratam a Confusão numa só frase:
A confusão é a compensação de uma
 só pessoa 
(eu sou credor e devedor da mesma obrigação)
CONFUSÃO:
Nessa hipótese há uma só pessoa e nela confundem-se as qualidades de credor e devedor de uma mesma relação obrigacional.
Ex.: dono de uma imensa mansão falece sem nenhum herdeiro, deixando enorme dívida de Imposto Predial. O município (credor do imposto) que receberá o bem como herança vacante será agora também o devedor e a obrigação desaparece.
REMISSÃO DE DÍVIDAS 
Vem do verbo Remitir 
Credor vai perdoar a dívida e não vai mais cobrá-la.
Joia garantia ( penhor)
 
Credor
Pignoratício Devedor
Devolve o bem ao devedor . Sem condições guardar
A devolução bem,
Não é perdão
 da dívida
 
Credor Devedor
Remissão – Trata-se do simples perdão da obrigação. A devolução do bem empenhado não significa perdão da dívida, mas mera renúncia à garantia dada.
Remição – instituto do CPC. É específico. Quase sinônimo de resgate. Sujeito está devendo e seus bens são levados a leilão, os parentes e o próprio devedor tem direito preferência.
Obrigações com vários devedores.
Ex.: 4 irmãos que estão devendo para um tio.
 Ainda que solidária a obrigação, não importa. O credor pode perdoar apenas um só dos irmãos, dois, três ou todos os devedores.
O credor pode remir só apenas um. Mas é obvio que se a obrigação era de R$1.000,00, e ele perdoou apenas um dos irmãos, dos 4, seu crédito será de R$800,00 (obrigação solidária) -abriu mão de 20% do seu crédito.
Código Civil trata a Remissão nos artigos 385 a 388 CC
Art. 385: A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
O perdão da dívida tem sempre que ser aceito.
Se o devedor não aceitar, é mantido a dívida.
Art. 387 CC: a restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida ( real).
Devolve a garantia, não é o perdão da dívida
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida. 
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação (cheque, por ex.), quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar e o devedor capaz de adquirir. 
(ridículo sem fim...teria q colocar essa frase em todos os artigos de lei...p tudo tem q ser capaz 
(artigo 3 – teoria das capacidades)
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES (patologia das obrigações)
MORA
MORA SOLVENDI 
 ( mora do devedor)
Só se configura com a CULPA (dolo ou culpa) do devedor – SEM CULPA, SEM MORA DO DEVEDOR
Significa que a configuração da mora do devedor – somente ocorre com a culpa deste. Comprou e agora não tem dinheiro para pagar! Tem culpa?....não deveria ter comprado.
Ex. no dia do pgto, toma um pileque e não vai pagar; 
sem dinheiro (tb há culpa) – não deveria ter comprado. 
Art. 396 CC:
“Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.”
SEM CULPA = SEM MORA DO DEVEDOR
O devedor tem que ser CULPOSO.
Não foi pagar porque não quis, não estava a fim de pagar...RECAI SOBRE ELE O MANTO DA MORA!
LEI TAXA DE DEVEDOR MOROSO (culpa) - CONSEQUENCIAS
PERGUNTAS:
1. É Possível atrasar sem mora?
SIM. Nos casos em que o devedor está atrasado, mas não teve culpa.
Ex.: dia 20 suj. devia a entrega de um carro, e no dia 19 sofre um infarto e encontra-se internado...por ex. até o dia 21. Atraso sem mora.
Está atrasado, mas não esta, tecnicamente, em mora.
2. É possível MORA SEM ATRASO?
SIM.
Mora cumprimento defeituoso da obrigação quanto ao tempo, lugar e modo de cumprir.
Ex. Se eu combinei dia 20 em dinheiro e apareci com um cheque...já estou em mora.
Acordo trabalhista – pgto dia 10 no domicílio do devedor e eu ligo p ir buscar no escritório...mora
CONSEQUÊNCIAS DA MORA SOLVENDI (devedor):
Quando eu falo em mora, em especial da solvendi – a mora do devedor exige sua culpa para sua configuração. 
1)- Juros de Mora
2)- Atualização Monetária
3)- Prejuízos
4)- Honorários advogado do credor
5)- Responsabilidade ampliada
 
1)- Juros de Mora
2)- Atualização Monetária:dinheiro vai perdendo seu valor de aquisição de bens (o que se comprava há 10 anos atrás não se compra hj)
3)- Prejuízos ( supervenientes ) 
4)- Honorários advogado do credor (quem vai pagar é o devedor – ao menos teoricamente – se cair no concurso, lógico q vc coloca devedor)
5)- Responsabilidade ampliada – quer dizer que o devedor em mora, aquele que já está em mora, “ombros ampliados” ( responsabilidade ampliada) – responde por fatos que antes não respondia.
Artigo 395 CC:
“ Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único: Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.”
INADIMPLEMENTO ABSOLUTO
A Responsabilidade ampliada:
Das Obrigações de Dar Coisa Certa
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
Isso significa que:
(234) – a perda da coisa certa, sem culpa do devedor, extingue a obrigação!
Ex. suj. empresta o carro até o dia 30, eu estou andando com o carro no dia 10 e sou assaltado e levam o carro...
O QUE EU DEVO PARA O CREDOR?
NADA!!! ( não há indagações sobre seguro...)
O DEVEDOR NÃO RESPONDE PELA PERDA DA COISA SEM CULPA DE SUA PARTE
Se o devedor já estiver na situação jurídica da Mora, ele responde pela perda da coisa ainda que não tenha culpa.
AMPLIAÇÃO DA RESPONSABILIDADE 
O devedor normalmente não responde pela perda da coisa, sem culpa, mas como ele já estava em mora, a lei resolve puni-lo, ampliando a sua responsabilidade, portanto, quando já está em mora, responde pelo fortuito.
Artigo 399 CC
Credor Devedor 							 em mora 
 
 E agora?
Esse devedor que já estava em Mora, vai ter que devolver/ entregar o valor equivalente do carro ao credor!
O devedor em mora, responde pela impossibilidade da prestação, ainda que não tenha culpa.
Exceção:
SE ELE PROVAR QUE AQUELA PERDA OCORRERIA MESMOQUE ELE TIVESSE CUMPRIDO A OBRIGAÇÃO NO MOMENTO OPORTUNO. (brecha p escapar) - difícil
Ex.: devendo o cavalo, que foi emprestado p cruzar com a égua...e ia devolver no dia 20, sendo que neste dia tomou um pileque... A partir da 00:00 do dia 20 já está em mora, passando dia 21,22,23 (mora), no dia 24 o cavalo morre por uma doença incurável e de dificílima detecção (coração), nas mãos do devedor moroso sem culpa – PROVA QUE SE TIVESSE ENTREGUE NO DIA COMBINADO (20), TERIA MORRIDO NA MÃO DO CREDOR DO MESMO JEITO.
EXCEÇÃO DE DANO INEVTÁVEL
Art. 399 CC:
“O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa (NO ATRASO), ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. Exceção de dano inevitável.
O CC bobeou, porque se houver essa prova não tem devedor em mora...erro técnico do código...doutrina inteira já observou isso.
PONTOS A DESTACAR:
Mora solvendi – exige CULPA do dev.
 Mora solvendi traz alguns requisitos/ consequências...juros, prejuízos...e a responsabilidade ampliada que passa a responder pelo fortuito, salvo se provar q ainda assim haveria a ocorrência do prejuízo.
Pode acontecer atraso sem mora basta que sem culpa – sem culpa = sem mora
É possível mora sem atraso – quando o suj está no momento oportuno, mas paga maneira errada ou local errado.
ATRASO É UMA QUESTÃO DA FÍSICA ENQUANTO A MORA É UMA QUESTÃO JURÍDICA
ATRASO E MORA, NÃO SÃO NECESSARIAMENTE IDÊNTICAS.
MORA ACCIPIENDI 
(mora do credor) 
Este pode estar, tecnicamente, envolto à mora.
 Recusa a receber;
 Recusa a dar quitação;
 Pagamento é da espécie quesível – o credor tem que ir na casa do devedor para receber. O fato de não ir já estará em mora.
Mora de quem aceita o crédito – é mais raro, porque normalmente o credor quer receber o seu crédito. Sim?
Já fizemos menção à Consignação (qdo vc tiver dificuldade em realizar o pgto) – Consignação em Pagamento : deposita o valor da obrigação.
A primeira consequência da mora accipiendi : CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
A Mora do Credor NÃO DEPENDE DE CULPA DO CREDOR.
(Diferente da mora do devedor)
É uma mora de RESPONSABILIDADE OBJETIVA
CONSEQUÊNCIAS DA MORA ACCIPIENDI :
1.Possibilita consignação em pagamento
2.Despesas com conservação
3.Reduz responsabilidade do devedor
4.Sujeita credor a receber pela estimação mais favorável ao devedor se o preço oscilar.
1. Deposita e fala para o credor vir pegar o dinheiro.
2. O credor que passa a pagar as despesas com a conservação do bem. Ex.: obrigação de entregar um cavalo e o credor não está lá para receber...a partir do dia da entrega, passa a correr por conta do credor
3. A mora do credor, reduz a responsabilidade do devedor – ex.: imagine que vc foi levar o cavalo para o dia 15 e o credor não estava lá...vc leva o cavalo embora para a fazenda...o credor está em mora – a partir deste momento vc ( devedor) responderá pela perda apenas por DOLO ( intenção de causar um dano ao cavalo) - se eu fizer um churrasco do cavalo, mas não responderei pela culpa e nem pelo fortuito.
Ex. vc tomou um “pilequinho” a mais e esqueceu a porteira aberta e o cavalo fugiu...vc não vai responder – PORQUE O CREDOR ESTÁ EM MORA
EX. Ia te entregar o carro, vc não estava (mora) e eu volto para casa. No caminho, mandando um whatssp para um amigo, bato o carro – EU NÃO RESPONDO!
COMO O CREDOR ESTAVA EM MORA, ISSO DIMINUIU A MINHA RESPONSABILIDADE do devedor. 
Prof., porque vc não dá um exemplo com dinheiro?
Porque o dinheiro não some! Coisa incerta não some.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
 (O GÊNERO NÃO PERECE – já diziam os Romanos)
QUADRO GERAL:
Regra: sem mora de ninguém : devedor responde por culpa e por dolo. (CC, 234)
Mora Solvendi: devedor responde por culpa, dolo e até pelo fortuito (CC,399)
Mora Accipiendi: devedor só responde por dolo 
(CC,400)
3. Ultima Consequência da Mora Accipiendi: 
Só se aplica para casos de obrigações com valor variável 
 Ex.: Estou te devendo o equivalente em reais a mil dólares, e esse preço vai variando (volátil: economia, cambio...importações, exportações, etc)
Chega o dia de pagar, o credor está em mora, e o credor aparece 02 meses depois – neste caso, o devedor poderá pagar pela variação mais favorável entre o intervalo o vencimento e a data do efetivo pgto. 
 Dólar em um patamar médio
 
Vencimento Pagamento
Valor com pico bem 
Baixo. Credor em mora
Dólar alto. Credor 
aparece 
QUAL VALOR O DEVEDOR PODE PAGAR???
 Dólar em um patamar médio
 
Vencimento Pagamento
Valor com pico bem 
Baixo. Credor em mora
Dólar alto. Credor 
aparece 
IRÁ PAGAR NESTE 
MOMENTO.
 NO QUE FOR MAIS 
FAVORÁVEL NESTE
 LONGO INTERVALO 
QUAL VALOR O DEVEDOR PODE PAGAR???
 Dólar em um patamar médio
 
Vencimento Pagamento
Valor com pico bem 
Baixo. Credor em mora
Dólar alto. Credor 
aparece 
IRÁ PAGAR NESTE 
MOMENTO.
 NO QUE FOR MAIS 
FAVORÁVEL NESTE
 LONGO INTERVALO 
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservaçãoda coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação. ( GRÁFICO ANTERIOR)
ARRAS 
O famoso “sinal” – vou comprar um Fusca na loja (R$10 mil) e dou um sinal de R$ 4mil
 Sinal = sinalizando um firme propósito de comprar o carro.
Arras (em Roma) = aliança ( suj usa uma aliança de noivado e está sinalizando a vontade de casar com ela) 
Podem acontecer 02 situações:
Real intenção em efetivar a compra. No ex., compareço e pago o restante (R$ 6 mil);
Dei 4 mil e desisti da compra, vai perder os R$ 4 mil ( perde as arras) ;
Eu dei R$ 4mil e o vendedor um dia depois desiste, vai ter que devolver os R$ 4mil.
Art. 417 CC:
 Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução (do contrato) , ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
Art. 417 CC – ARRAS CONFIRMATÓRIAS : torna obrigatório o contrato, não permitindo arrependimento.
Se, não for dinheiro ou coisa incompatível com as prestações – devem ser devolvidas. 
A devolução ou compensação ocorre após efetivada a conclusão ou assinatura do contrato.
 
Art. 418 CC:
 Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
ARRAS CONFIRMATÓRIAS : além de tudo o que foi dito ( devolução + equivalente), é possível pleitear perdas e danos adicionais.
No silêncio das partes, entende-se que as arras são confirmatórias.
ARRAS PENITENCIAIS: não é possível pleitear perdas e danos adicionais. As arras, por si só, já são a penitência daquele que desistiu do negócio.
ARRAS PENITENCIAIS: ART. 420 CC
 Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória.
 Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.
Súmula 412 STF: 
No compromisso de compra e venda, com clausula de arrependimento, a devolução do sinal, por quem deu, ou a sua restituição em dobro, por quem o recebeu, exclui indenização maior, a título de perdas e danos, salvo juros moratórios e encargos do processo.
Nas arras ditas penitenciais não deve haver clausula alegando que o negócio é irrevogável e irretratável, pois o negócio é regovável pela sua própria natureza ou previsão expressa.
Incide as arras indenização pelo arrependimento!
CLAUSULA PENAL 
Arts. 408 a 420 CC
Clausula penal não tem nenhuma relação com o direito penal, apesar da grafia.
É algo comum, conhecido como multa, que ocorre pelo descumprimento da obrigação.
Natureza acessória (depende da obrigação principal), em que por meio de uma clausula se insere uma multa contratual.
É sinônimo de multa, ou seja, uma penalidade na obrigação para a parte que descumprir ou atrasar.
Apresenta 02 naturezas:
-Indenizatória: perdas e danos
-penalizar pelo descumprimento obrigacional total, parcial ou mora
A finalidade da clausula penal é, em primeiro lugar, estimular o devedor a cumprir com o contrato. 
Outra finalidade é garantir ao credor uma indenização pelos danos supervenientes da infração contratual, sem que seja necessário a comprovação do dano – art. 416
Inadimplemento contrato = 
PERDAS E DANOS
Ela é realizada de comum acordo, não pode deixar de cumprir com a clausula penal.
A doutrina ainda define que a clausula penal fará com que o devedor cumpra o combinado para evitar ser penalizado. No entanto, só poderá ocorrer se o devedor agiu de forma culposa de acordo com o artigo 408 cc.
Em regra, este inadimplemento é inicial, formulado no início do contrato, porém o artigo 409 cc permite que seja feita de forma ulterior, durante o curso do contrato. 
Em caso de o inadimplemento ser parcial ou o devedor constitua-se mora, denominas-se multa moratória, já na inexecução total denomina-se multa compensatória.
tendo em mente que a multa não pode exceder o valor da obrigação principal 
(artigo 412,cc) .
Quando ocorrer o descumprimento total da obrigação, o artigo 410 do CC trás a seguinte redação:
O credor definirá se deseja o cumprimento da obrigação ou se deseja o valor da multa, fazendo a escolha, o devedor paga e extingue a obrigação estipulada anteriormente.
Inadimplemento:
– diminuição patrimônio do lesado ( material )
- sem repercussão na órbita financeira (moral) 
DAS PERDAS E DANOS
Para Agostinho Alvim:
“ Dano, em sentido amplo, vem a ser a lesão a qq bem jurídico, e aí se inclui o dano moral. Mas, sem sentido estrito, dano é, para nós, a lesão a patrimônio; e patrimônio é o conjunto das relações jurídicas de uma pessoa, apreciáveis em dinheiro.”
Dano : toda desvantagem que experimentamos em nossos bens jurídicos (patrimônio, corpo, vida, saúde, honra, crédito, bem-estar, capacidade de aquisição)
Dano emergente e Lucro cessante. Artigo 402 CC.
O dano emergente e o lucro cessante deve abrangem todo o prejuízo experimentado pela vítima.
Dano emergente: danos e interesses
Lucros cessantes: diminuição, privação do aumento (perda de um ganho esperado)
A palavra efetivamente do artigo 402 está a significar que o dano emergente não pode ser presumido, devendo ser cumpridamente provado.
O dano indenizável deve ser certo e atual. Não pode ser, meramente, hipotético ou futuro.

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