1Aula Microbiologia e parasitologia-Apresentação. Breves considerações.

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PLANO DE AULA
-Ano: 2º
-Disciplina: Microbiologia e parasitologia
-Tipo de aula: Teorico-pratica
-Tema: Microbiologia e Parasitologia Humana: definição, divisões e objetivos. 
-Subtema: Procedimentos utilizados no laboratório de microbiologia e parasitologia
-Objectivos específicos: Que no final da aula, os estudantes sejam capazes de dar um conceito sobre a microbiologia e parasitologia.
-Meios de ensino e aprendizagem: Quadro, Computador, marcador, apagador, esferográfica, Retroprojector.
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO JEAN PIAGET-BENGUELA
CURSO DE ANÁLISES CLINICAS E SAÚDE PÚBLICA 
Definição
	 
	Microbiologia o termo vem do grego mikros, que significa pequeno e bio logos, “estudo da vida”. Assim, a microbiologia é o ramo da ciência que estuda os microrganismos, ou melhor, os seres vivos minúsculos que só podem ser vistos por meio do microscópio.
A parasitologia é a ciência que estuda os parasitas, as doenças parasitárias humanas, seus métodos de diagnóstico e controle.
Divisões
A Parasitologia divide-se em:
Protozoologia: protozoários (animais unicelulares,
Ameba, Giardia);
Helmintologia: helmintos (Taenia, Ascaris);
Entomologia: artrópodes (Filariose);
Microbiologia: bacteriologia/micologia/virologia.
Objectivos
 	A Microbiologia tem por objetivo o estudo dos microrganismos e suas atividades. Os microrganismos compreendem as Bactérias, Fungos (bolores, leveduras e orelha de pau), Vírus (limiar da vida), Algas e Protozoários.
	A Parasitologia tem como objetivo identificar os processos de desenvolvimento de epidemias parasitárias, criar métodos de profilaxia de doenças causadas pelos parasitas (tanto em seres humanos quanto em animais) e desenvolver tratamentos. O parasitologista precisa conhecer muito bem o ciclo de vida, as formas de infestação e os fatores que influenciam na distribuição e densidade dos parasitas.
A Microbiologia
	Neste laboratório existem quatro áreas de trabalho: Bacteriologia, Micologia, Micobactéria e Parasitologia. Em todas as áreas existe um grande número de técnicas e procedimentos realizados e, portanto, em seguida, está descrito resumidamente algumas actividades desenvolvidas em cada área.
Bacteriologia
Na Bacteriologia o principal objectivo é purificar e identificar colónias de bactérias ou leveduras semeadas em meios de cultura a partir de diversos tipos de amostras que incluem catéteres, hemoculturas, secreções brônquicas, líquido cefalorraquidiano, exsudados vaginais, biópsias, fezes, urinas e outros produtos líquidos como os líquidos peritoneais, pleurais, pericárdicos e sinoviais (Marques, 2015). 
Bacteriologia
	As amostras são recebidas no laboratório, são semeadas nos meios de cultura seleccionados e é feita uma lâmina com coloração de gram para a observação ao microscópio. Esta observação permite uma pesquisa orientada das colónias nos meios de cultura. 
Bacteriologia
	Os vários meios de cultura têm características únicas que permitem a obtenção das colónias puras das bactérias responsáveis pelas infecções. 
	Como ponto de partida para a maior parte das amostras usa-se a Gelose de Sangue (GS) onde crescem a maior parte das bactérias e depois, dependendo da morfologia da colónia e da observação do gram, fazem-se repicagens para o meio CLED, no caso de serem bacilos, meio CNA se forem cocos, meio HAE, Chocolate se há suspeita de hemófilos
Micobacteria
	Esta área dedica-se à pesquisa de micobactérias. O trabalho diário consiste essencialmente na realização da técnica de homogeneização das amostras com o objectivo de as homogeneizar, concentrar e purificar.
	
	 As amostras recebidas são muito diversificadas mas as principais são as expectorações, os aspirados brônquicos e os lavados broncoalveolares. A técnica termina com a inoculação no meio Lowenstein-Jensen e no meio MGIT e a preparação de uma lâmina com a coloração de Ziehl-Neelsen.
Micobacteria
 	Os meios permitem o crescimento das micobactérias inibindo o crescimento de outras bactérias. No Lowenstein-Jensen as colónias de micobactérias têm um aspecto tipo couve-flor. O meio MGIT é um meio líquido colocado a incubar num Bactec MGIT 960, que detecta o consumo de oxigénio devido ao crescimento das micobactérias. 
	 Ambos os meios são incubados durante 6 semanas, verificando-se se há crescimento todos os dias. Se ao final de 6 semanas não houver crescimento de micobactérias a amostra é reportada como negativa.
Micobacteria
Neste sector é também realizado o exame de urocultura. Os materiais usados são: Frasco colector, Microscópio óptico, Analisador de urina automatico, Placas de águar de sangue e placa de ágar Mac Conkey.
 Procedimento adotado para a urocultura 
Pega-se uma amostra de urina não centrifugada em sua execução a alça bacteriológica é introduzida na amostra bem homogeneizada, fazendo-se movimentos para baixo e para cima no sentido vertical. 
	Em seguida, faz-se a sementeira por esteira no meio não seletivo ágar de sangue para crescimento de bactérias gram positivas e a sementeira no meio selectivo MacConkey onde crescem bacterias gram negativas. 
 procedimento adoptado para a urocultura 
	Finalmente, deve-se incubar à 37ºC durante 48-72h horas para avaliar o crescimento de colonias de bactérias.
Uma urocultura é considerada negativa quando, após 48-72 horas de incubação da urina em meio de cultura, não se observa crescimento de colônias de bactérias. 
	A urocultura é considerada positiva quando, após este mesmo tempo, é possível identificar mais que 100.000 colônias de bactérias, chamadas de unidades formadoras de colônias (UFC). 
 Micologia
	Na Micologia é feita a identificação e isolamento de fungos usando o meio Sabouraud que é semeado muitas vezes por repicagem de uma GS em que se desconfia que a colónia presente seja um fungo. 
	Os mais comuns são as espécies de Candida. Também é feita a identificação e isolamento de outros tipos de fungos (fungos filamentos, por exemplo).
 Micologia
A pesquisa de fungos é feita principalmente recorrendo a kits comerciais, como o Kit de imunofluorescência para a detecção de Pneumocystis jirovecii da BIORAD, que consiste na marcação dos quistos de Pneumocystis jirovecii com anticorpos que vão emitir fluorescência quando observados ao microscópio de fluorescência. 
 Micologia
	As amostras infectadas com P. jirovecii contêm grandes quistos de forma redonda a elíptica, observados tanto em isolado como em cachos, que surgirão corados de verde maçã claro. 
	Para que a amostra seja considerada positiva deverão ser observados dois ou mais quistos fluorescentes bem definidos. Uma amostra é considerada negativa se não se observar qualquer fluorescência característica, como acima descrito.
 Parasitologia
A Parasitologia ocupa-se da pesquisa e identificação de parasitas. Este trabalho é realizado recorrendo a Kits de testes rápidos e a observação de lâminas ao microscópio. 
Um dos exemplos mais recorrentes no laboratório é a pesquisa de Plasmodium (P.) no sangue. 
 Parasitologia
	Esta pesquisa é feita através do Kit Malaria Pan/Pv/Pf da Core Diagnostics que é um teste de imunocromatografia que permite a detecção de P. falciparum e P. vivax. 
	Em associação ao teste, independentemente do resultado, é feita uma lâmina para observar ao microscópio e confirmar a presença ou ausência do Plasmodium. 
 Parasitologia
No laboratório de Parasitologia, são preparadas lâminas de fezes concentradas para a pesquisa de ovos e quistos de diversos parasitas. 
Em caso de exame positivo, identifica-se os parasitas encontrados nas fezes. cabe ao médico reconhecer se o verme encontrado é patogênico (capaz de causar doença) ou não. 
Parasitológia
		Existe uma lista grande de protozoários inofensivos, que não precisam ser tratados. No caso do resultado negativo identifica-se como ausência de parasitas nas fezes.
Muito Obrigada!