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Termo desconhecido ➥ PSA (antígeno prostático-específico) -> VR varia de acordo com a idade do paciente; • 40 - 49a (até 2,5 ng/mL) • 60 - 69a (até 4,5 ng/mL) • 50 - 59a (até 3,5 ng/mL) • 70 - 79a (até 6,5 ng/mL) ◉ Compreender o ciclo celular - o ciclo celular compreende os eventos celulares e bioquímicos responsáveis pela geração de duas células filhas, a partir de uma célula-mãe; - é essencial para processos como desenvolvimento embrionário; o crescimento do organismo; a regeneração ou a renovação tecidual; a reprodução assexuada, e a formação de gametas; - sequência comum de eventos: crescimento celular; replicação do material genético (DNA); distribuição do material genético para as células filhas (cromossomos); e divisão celular (citocinese); - é dividido em duas fases distintas: intérfase e mitose. ◈ Processos◈ . 1. Interfase (90% da divisão) ● G1 (crescimento celular) ➥ é a fase na qual o DNA se encontra em forma de cromatina, as células aumentam de tamanho com geração de novas organelas e sintetiza de RNA e proteínas; (1 cromossomo com 1 molécula de DNA) ● S (síntese de material genético) ➥ é a fase mais longa do ciclo, e é nesta fase que ocorre síntese de DNA, com a replicação das cromátides irmãs (genético indentica), duplicação dos centríolos e síntese de histonas (proteínas ‘enoveladoras’ de DNA); *com a finalização da replicação, cada cromossomo duplicado consiste em um par de cromátides irmãs que são mantidas unidas através da ligação das proteínas coesinas ao longo de toda extensão dessas cromátides; tal união contribui para compactação do DNA e assim, facilita a separação do conteúdo genético de forma igualitária e sem quebras, como precisa ocorrer na fase M. ● G2 (síntese de proteínas) ➥ fase da continuação na síntese de RNA, proteínas* e duplicação de organelas, além do deslocamento dos centríolos e início da condensação da cromatina *síntese de tubulinas, que constituem o microtúbulo, estrutura responsável pela formação do fuso mitótico (1 cromossomo com 2 moléculas de DNA) * G0 (repouso) ➥ nessa fase as células desmontam seu sistema de controle do ciclo e com isso dificulta a divisão, mas não impede; células como neurônio se encontram nela. 2. Fase M (10% da divisão) ● Mitose i. Prófase ↪ é marcada pelo início da condensação da cromatina, dando origem aos cromossomos, e pela duplicação dos centrossomos, que serão responsáveis pela organização do fuso mitótico ↪ os cromossomos duplicados são unidos por estruturas protéicas (complexo de coesão) em uma região denominada centrômero - deslocamento dos centríolos - formação das fibras do fuso mitótico (microtúbulos se ligam ao centrômero do cromossomo) - carioteca se rompe e desaparece • coesinas ➡ proteínas envolvidas na união das cromátides irmãs • condensinas ➡ proteínas que regulam a condensação da cromatina ii. *Pró-metáfase ↪ é caracterizada pelo desarranjo do envelope nuclear, fruto da fosforilação das lâminas nucleares pelo complexo ciclina B/cdk1 - material genético tem acesso ao citoplasma - cromossomos podem se unir aos polímeros do microtúbulo - formação do fuso mitótico iii. Metáfase ↪ é marcada pela localização dos centrossomos nos pólos da célula ↪ o alinhamento das cromátides garante que o conteúdo genético, duplicado na intérfase, seja distribuído de forma homogênea para ambas as células filhas - início do alinhamento medial das cromátides-irmãs no plano equatorial - cromossomos ligados às fibras do fuso *é considerado o terceiro ponto de restrição (ou verificação) iv. Anáfase ↪ é marcada pela separação das cromátides irmãs com encurtamento dos microtúbulos ligados aos cinetócoros que pode estar associado à inativação parcial dos complexos ciclina B/cdk1, é responsável pela movimentação dos cromossomos em direção aos pólos da célula - separação das cromátides irmãs - encurtamento das fibras do fusos - cromossomos separados nos pólos opostos da célula, com material genético idêntico a célula mãe v. Telófase (‘inverso’ da prófase) ↪ é uma fase de reorganização celular, com reestruturação do envelope nuclear, o fuso mitótico é desfeito e os cromossomos são descondensados ↪ a inativação das condensinas promove a descondensação dos cromossomos e o retorno da cromatina como a configuração estrutural do material genético - formação de novas membranas - reaparecimento dos nucléolos - novas células com metade do material genético original vi. Citocinese (inicia na anáfase e finaliza na telófase) ↪ é a fase onde um anel contráctil formado por filamentos de actina e miosina é responsável pela compressão da membrana plasmática de forma a gerar as duas células filhas - divisão dos citoplasmas celulares (anel contráctil) ➥ A duração do ciclo celular depende, essencialmente, do tipo celular: - células embrionárias possuem um ciclo celular extremamente curto, que em alguns casos pode levar apenas 30 minutos; - Enquanto que uma célula de mamífero em cultura pode levar até 24 horas para completar o ciclo celular. ➥ Ao receber o sinal extracelular a célula alvo altera o seu perfil de expressão gênica, dando início ao que chamamos de ciclo celular; ➥ Os sinais extracelulares, normalmente são responsáveis pela entrada da célula na fase G1 da intérfase, fazendo com que a mesma prossiga para a fase S. ● Ponto de restrição (checkpoints) - Checkpoint 1: o prosseguimento da fase G1 para a fase S requer que uma série de requisitos seja satisfeita, tais como integridade do DNA, tamanho celular e conteúdo protéico que são conhecidos como ponto de restrição; Em suma, a célula filha precisa apresentar as mesmas características genotípicas e fenotípicas da célula mãe. - Checkpoint 2: ao entrar na fase G2, a célula verifica, através de um sistema enzimático extremamente qualificado, a integridade do DNA recém-sintetizado. - Checkpoint 3: no meio da fase M (entre metáfase e anáfase), a célula se certifica de que todos os cromossomos que foram duplicados estão corretamente ligados ao fuso mitótico. ● Proteínas de reparo - em casos de danos no DNA, proteínas responsáveis pelo sistema de reparo do DNA irão promover a ativação da proteína p53; - a p53 atua como um fator de transcrição (proteína responsável por induzir a expressão de um determinado gene), levando à expressão da proteína p21; - a p21 forma um trímero com o complexo ciclina D/cdk 4 ou 6, inibindo a atividade cinase da cdk. Desta forma, o ciclo celular é interrompido até que o dano possa ser reparado. - caso o dano não seja passível de reparo, a proteína p53 irá induzir a expressão de proteínas pró-apoptóticas, como a proteína bax ou NOXA, que serão responsáveis pela indução da morte celular. ◈ Reguladores ◈ . ➥ Em condições fisiológicas, a entrada no ciclo celular depende de sinais extracelulares que promovam alterações bioquímicas e fisiológicas na célula alvo; ➥ Estes sinais, conhecidos como fatores de crescimento, através da sua interação com receptores de superfície celular, disparam uma cascata de sinalização intracelular, que responderá pelas mudanças morfofisiológicas responsáveis pela divisão celular. ➥ As mudanças fisiológicas que determinam a entrada na fase G1 dependem da expressão da proteína ciclina D, que é ativada pela cascata de sinalização mediada pelos fatores de crescimento (via de sinalização da proteína ras) • Ciclinas - as ciclinas são proteínas fundamentais na regulação do ciclo celular das células eucarióticas; - sofrem um ciclo de síntese e degradação durante as diferentes fases do ciclo celular; - são divididas em duas classes: a) ciclinas G1/S ➡ inclui as ciclinas D, A e E b) ciclina G2/M ➡ inclui a ciclina B • CDKs (quinases dependentes de ciclinas) - as ciclinas formam dímeros funcionais (estruturas “espelhadas”) com proteínas cinases específicas, conhecidas como “cinases dependentes de ciclina” (cdks); - a formação do dímero ativa as proteínas CDKS que passam a adicionar grupamentos fosfato em seus substratos (fosforilação); - a adição destes grupamentos, em proteínas-alvo específicas,é responsável pela progressão do ciclo celular, regulando desde a replicação do DNA, na fase S, até a condensação da cromatina, o desarranjo do envelope nuclear e a formação do fuso mitótico na fase M. • CKIs (cinases inibidoras de CDK) - atua por meio da fosforilação de um sítio do complexo ou pela ligação do inibidor diretamente ao complexo imobilizando-o e impedindo-o de fosforilar seus alvos. • APC/C (complexo promotor da anáfase ou ciclossomo) - atua sobre substratos proteicos através da ubiquitinação, e com isso os leva a degradação no proteossomo ➥ Ao final da replicação de todo o conteúdo genético, o complexo pré-replicativo que estava nas origens de replicação não se encontram mais lá, e só serão remontados quando a célula alcançar a fase G1 novamente na presença do complexo APC/C (e na ausência de ciclinas). ★ Complexo ciclina-CDK - atua através da fosforilação de proteínas alvo resultando na ativação delas ➥ A ciclina ao se ligar a CDK causa uma mudança conformacional, o que leva a molécula a um estado parcialmente ativo; mas quando a cinase ativadora de CDK (CAK) fosforila um certo sítio desse complexo, haverá uma mudança conformacional que resultará na ativação completa do complexo; ➥ após a ativação total, a ciclina-CDK pode então fosforilar o conjunto de proteínas que compõem seu grupo de moléculas alvo e assim exercer sua atividade completamente; ➥ a concentração das CDKs ao longo do ciclo é constante mas a concentração das ciclinas irá variar em ciclos ➥ o complexo ciclina-CDK de uma fase irá levar a ativação do complexo ciclina-CDK da fase seguinte e a partir do momento que este complexo passa a ter concentração elevada e se torna ativo a célula passa para a próxima etapa: ➥ os complexos ciclinas-CDKs se apresentam em quatro conformações e são identificadas de acordo com a fase em que exercem o controle majoritário: ○ Complexo G1-CDK (ciclina D/cdk4 ou 6) ✦ FASE G1 - uma vez ativado irá agir fosforilando entre outros alvos, a proteína retinoblastoma (Rb) - ao ser fosforilada, a retinoblastoma torna-se inativa e assim deixa de inibir a proteína E2F, a qual é um fator de transcrição - Uma vez ativada a E2F vai promover a transcrição de vários genes relacionados a duplicação do DNA que ocorre na fase S - entre os produtos dessa ativação estão a produção das ciclinas A e E e da CDK 2 (complexo G1/S-CDK e S-CDK ) ○ Complexo G1/S-CDK (ciclina E/cdk2) ✦ FASE G1 - vai promover o avanço da célula pela fase G1, além de promover a ativação cada vez maior da E2F, num processo chamado de retroalimentação positiva - controle majoritário do primeiro checkpoint ✦ FASE S - atua na duplicação dos centrossomos que emitem os microtúbulos e durante o ciclo serão responsáveis por polimerizar esses microtúbulos que originam o fuso mitótico na fase M ○ Complexo S-CDK (ciclina A/cdk2 ou 1) ✦ FASE G1 - promove estímulo para aumentar a ativação de E2F, e consequentemente da sua produção (retroalimentação positiva) - a partir do momento que o complexo S-CDK se tornar ativo a célula passa para fase S (após aprovação do 1º checkpoint) ✦ FASE S - irá promover o recrutamento de proteínas do processo de replicação como a helicase para o complexo pré replicativo ✦ FASE G2 - irá gerar uma alta síntese proteica para preparação dessa célula para a fase M, dentre elas a ciclina B que irá se acumular na célula. ○ Complexo M-CDK (ciclina B/cdk1) ✦ FASE G2 - esse complexo começa a ser acumulado em G e só será fosforilado para assumir sua conformação ativa após a célula passar pelo seu 2º checkpoint - encontra-se fosforilado no sítio ativador pela ação da CAK, mas também tem o sítio de inibição fosforilado pela ação da CIK wee1, com isso o complexo fica no estado inativo - a ativação da fosfatase cdc25 irá retirar o fosfato inibidor do complexo e ativar o complexo - é o acúmulo abrupto de M-CDK ativado que irá dar início a mitose ✦ FASE M -> prófase - é responsável pela migração dos centrossomos para os pólos opostos da célula e construção do fuso mitótico (e maior condensação cromossômica) -> prometáfase - atua desintegração completa da membrana nuclear e conexão dos microtúbulos no cinetócoro das cromátides-irmãs -> metáfase - é responsável pelo alinhamento dos cromossomos, estabilização do fuso mitótico e ativação da proteína cdc20 que promove a ativação do complexo proteico APC/C *terceiro checkpoint ○ Complexo APC/C -> anáfase - age na separação dos cromossomos duplicados - ubiquitinação (marcação) de alvos como a ciclina S, ciclina M e securina para destruição no proteossomo (complexo multiproteico degradador) ➥ a destruição da proteína securina, permite que a proteína separase se torne ativa e promova a clivagem coordenada das proteínas coesinas que estavam mantendo as cromátides-irmãs unidas na placa metafásica e assim, elas se separam sincronizadamente *encurtamento dos microtúbulos do cinetocoro -> telófase - cada pólo da célula apresenta um conjunto completo de 46 cromossomos e a membrana nuclear é reestruturada com a desestruturação do fuso mitótico (despolimerização dos microtúbulos) - isso ocorre pela ativação de fosfatases, a inativação completa das CDKs e a desfosforilação dos seus alvos. -> citocinese - é a fase de separação do citoplasma das duas células filhas geradas e surgimento de um sulco na superfície celular pela ação do anel contrátil (ativação da RhoA - GTPase) com formação dos filamentos de actina. ➥ Ao final da mitose a célula pode retomar para fase G1 mas irá se encontrar com as Cdks inativas devido à ausência de ciclinas, promovida pela ação do complexo APC/C. Ela ficará assim até receber um novo estímulo favorável para divisão celular ➥ Além disso, a célula, em geral, é capaz de diferenciar a qualidade do estímulo mitogênico que está recebendo; logo, se receber estímulo em excesso, ela deve identificar e impedir o desenvolvimento de tumor, uma vez que, o crescimento desordenado das células pode resultar na geração de câncer: • ARF (proteína inibidora) ↪ estímulos excessivos resultam em produção excessiva de Myc, que resulta na produção da proteína inibidora Arf: - a Arf se liga à proteína Mdm2 inibindo-a e assim, estabiliza a p53 - isso ocorre porque em condições normais a Mdm2 encontra-se ligada a p53 promovendo a degradação dessa - a p53 ao deixar de ser degradada, se torna estável e interrompe a progressão do ciclo ou direcionar essa célula para apoptose. • Reconhecimento de danos ao DNA ➥ danos podem ocorrer por reações químicas espontâneas na molécula de DNA, como resultado de agentes físicos ou até por erro no processo de replicação ➥ independente de qual seja a origem do erro, esse irá ativar cinases (ATM e ATR) que vão disparar uma via de sinalização que resulta na estabilização da p53, promovendo a expressão a p21 ➥ a proteína p21 que é uma inibidora (CKI) dos complexos G/S-CDK e S-CDK irá interromper a replicação desse DNA que apresenta erro e dar tempo para que a célula repare esse dano ➥ se o dano for muito extenso e não seja possível repará-lo, a p53 irá direcionar a célula para morte por apoptose (proteína bax). • Encurtamento dos telômeros ➥ quando uma célula duplica seu DNA, o telômero não é duplicado da mesma forma, visto que são duplicados pela ação da enzima telomerase e muitas células somáticas humanas não produzem essa enzima ➥ dessa maneira, a célula ao se dividir não consegue produzir mais a capa protetora dos telômeros e nem manter a extensão da sequência de DNA telomérica ➥ à medida que a célula se divide o telômero é encurtado e em um determinado momento essa porção exposta e encurtada do DNA é reconhecida pela maquinaria de dano do DNA e o ciclo celular é bloqueado, pela via da p53. ◉ Entender a interferência celular para a formação do câncer ➥ A carcinogênese é um processo complexo que envolve múltiplas vias e é definido como um processo no qual a função normal da célula viva é alterada, o que causa o crescimento celular anormal do órgão ou tecido afetado; ➥ na oncogênese, progressivas mutaçõesno DNA levam à interrupção das funções celulares normais e à expressão descontrolada de genes ligados à regulação e a proliferação celular; ➥ a transformação de uma célula normal em tumoral é lenta, gradual e cumulativa e as mutações podem ocorrer em qualquer uma das etapas de crescimento e diferenciação celular; ◈ Fatores desencadeantes ◈ . • Físicos ✓ Exposição às radiações ionizantes/radônio ✓ Exposição aos raios UV • Químicos ✓ Exposição a produtos químicos (fuligem, alcatrão de carvão, óxido de etileno) ✓ Ingestão de metais pesados ✓ Consumo de cigarro (tabagismo) ✓ Consumo de álcool • Biológicos ✓ Infecções (HPV, H. pylori, EBV, HBsAg e anti-HCV) ✓ Predisposição genética ✓ Hormônios ✓ Dieta inadequada ✓ Obesidade ✓ Doenças cardiovasculares e respiratórias • Psiconeuroimunológicos ✓ Sistema imunológico comprometido ✓ Estresse, ansiedade. • Genéticos . ◈ Etapas e atores ◈ . . ➥ A carcinogênese pode ser dividida conceitualmente em quatro etapas: 1. Iniciação ➥ a iniciação tumoral é um processo que envolve a exposição das células normais a agentes agressores (químicos, físicos, virais) que causam danos irreversíveis aos genes, levando a ativação de oncogenes e/ou inativação de genes supressores de tumor: - as células podem permanecer estacionadas no estado de “iniciadas” durante tempos variados se não são estimuladas a se dividir; - células iniciadas respondem de maneira aumentada a alguns estímulos como, por exemplo, aos fatores de crescimento. 2. Promoção ➥ compreende a expansão clonal das células iniciadas até formar tumores visíveis, geralmente lesões benignas ou focos de células pré neoplásica; ➥ pode ocorrer por consequência da: a) exposição exógena ➡ como o fumo do cigarro ou certas infecções b) ou processo endógeno ➡ como a estimulação hormonal ➥ os promotores tumorais se caracterizam pela sua habilidade para reduzir o período de latência na formação de um tumor depois da exposição de um tecido a um iniciador, ou por aumentar o número de tumores formados nesse tecido - logo, os promotores tumorais não são capazes, por si mesmos, de produzirem mutações no DNA, ou seja, não são carcinogênicos; eles são capazes de induzir a formação tumoral quando combinados com um iniciador. 3. Conversão ➥ a conversão maligna ocorre quando há transformação de células pré neoplásicas em células que expressam o fenótipo maligno; sendo um processo que necessita de várias trocas genéticas, as quais podem ocorrer por: - erros na síntese do DNA; - pela ativação de oncogenes; - e/ou a inativação de genes supressores de tumor. 4. Progressão ➥ caracteriza-se pela fase em que a célula adquire características cada vez mais agressivas, devido a enorme quantidade de mutações sofridas pela célula tumoral 5. Disseminação ➥ a instabilidade genômica da célula propicia um ambiente favorável às trocas genéticas, ocasionando a amplificação de alguns genes e a expressão alterada de outros, podendo resultar em uma maior taxa de crescimento e na aquisição de propriedades como a invasão local e a disseminação metastática • Genes carcinogênicos ➥ são aqueles cuja função está diretamente associada à proliferação celular, ao controle de morte celular programada (apoptose) e a reparação do DNA danificado. Eles podem ser classificados em: a) proto oncogenes ➡ estimulam os processos de divisão celular e quando ocorre a mutação se transformam em oncogenes (expressa em excesso sua proteína estimuladora do crescimento). b) genes supressores de tumor ➡ inibem os processos de divisão celular e quando ocorre a mutação se transformam em proteínas ineficientes (não inibem o crescimento apropriado) c) genes de reparação do DNA ➡ codificam proteínas que devem corrigir os erros da fase S e quando há mutação ocorre o fracasso da reparação desses erros de duplicação do material genético d) metastogenes e genes supressores de metástase ➡ são alterações de determinados genes que não estão associados com as etapas iniciais do desenvolvimento tumoral, e não afetam o crescimento do tumor primário, mas alteram a capacidade do tumor de gerar metástase. ➥ A maioria das células tumorais apresenta perda do controle do ciclo celular devido a mutações em genes responsáveis por esse controle, permitindo assim que as células cancerígenas atravessem os pontos de restrição e dividam-se, mesmo que as condições requeridas para o processo de divisão celular não sejam cumpridas ➥ Células cancerosas ignoram os sinais de alarme e continuam o ciclo duplicando o DNA danificado, conduzindo assim a acumulação de mutações ▶ Relação entre mutações nas proteínas p53, pRb e ras e o desenvolvimento de tumores humanos (HPV) Algumas oncoproteínas interagem com as proteínas supressoras de tumor p53 e pRb alterando as suas funções e resultando na replicação alterada do DNA e na atividade transcricional descontrolada do E2F - a célula continua a divisão celular de forma descontrolada (neoplasia). ◉ Conhecer o estadiamento do câncer ➥ estadiar um caso de neoplasia maligna significa avaliar o seu grau de disseminação ◈ TNM ◈ . . . (MS, 2004 - 6ªed) ➥ é o sistema mais usado para a classificação de tumores malignos e a descrição de sua extensão anatômica, desenvolvido e publicado pela União Internacional contra o Câncer – UICC; ➥ os tumores sólidos e de origem ectodérmica (carcinomas) são em sua maioria classificados pelo sistema TNM; *linfomas são classificados pelo sistema Ann Harbor ➥ o sistema TNM trabalha prioritariamente com a classificação por extensão anatômica da doença, determinada clínica e histopatologicamente (quando possível); ➥ no TNM, a avaliação de três componentes é essencial para a descrever a extensão anatômica da doença: ● T➡ a extensão do tumor primário - TX: o tumor primário não pode ser avaliado - T0: não há evidência de tumor primário - Tis: carcinoma in situ - T1: tumor infiltra-se na submucosa - T2: tumor infiltra-se na camada muscular própria - T3: tumor infiltra-se na através da c. muscular própria até os tecido peri colorretais - T4: tumor invade ou está aderido a outros órgãos e estruturas ● N ➡ a ausência ou presença e a extensão de metástase em linfonodos regionais - NX: os linfonodos regionais não podem ser avaliados - N0: ausência de metástase em linfonodos regionais - N1: metástase em 1-3 linfonodos regionais - N2: metástase em 4 ou + linfonodos regionais - N3: metástase em 7 ou + linfonodos regionais ● M ➡ a ausência ou presença de metástase à distância - MX: a presença de metástase à distância não pode ser avaliada - M0: ausência de metástase à distância - M1: metástase à distância ➥ a adição de números a estes três componentes indica a extensão da doença maligna; ➥ todos os casos devem ser confirmados microscópicamente, e os casos que assim não forem comprovados devem ser relatados separadamente. *TNM Próstata (pg. 218-220): ◉ Explicar como os fatores psicossociais influenciam no paciente com câncer, nos cuidadores e na família • Paciente oncológico ➥ o paciente se vê diante de uma situação inédita, desafiadora que o confrontará diariamente, associada a vivências que geram desamparo, que trazem novos sintomas, dilemas, questionamentos, medos e obstáculos que terão de ser superados; ➥ em geral, o câncer traz consigo o estigma de morte rápida e dolorosa, afetando as dimensões física, psicológica, social e espiritual, do indivíduo acometido; ➥ para isso, pesquisas mostram o benefício do acompanhamento psicológico para pacientes oncológicos após o impacto do diagnóstico ● a atividade cognitiva, ativada com o diagnóstico de uma doença crônica como o câncer, pode influenciar o comportamento e as emoções do paciente, alterando a forma como ele se sente, e podendo resultar em transtornos psicológicos decorrentes de um modo distorcido de se perceber os acontecimentos (distorções cognitivas). • Família ➥ o familiar exerce grande influência no bem-estar do paciente, devido à proximidade afetiva entre eles, e seu apoio tem elevada importância para obter-se uma melhoradaptação ao longo do tratamento oncológico; • Cuidadores ➥ variáveis de estado de humor do cuidador/familiar podem se encontrar direta e significativamente relacionadas ao estado de humor do paciente - cuidadores familiares tendem a apresentar maior ansiedade quando os pacientes apresentam sintomas de ansiedade (ρ=0,57) e depressão, e vice-versa. ➥ a convivência diária entre o sujeito adoecido e seu cuidador, cria entre ambos uma relação muito estreita, além de fortalecer o vínculo emocional; ➥ para tal, entende-se que a sobrecarga é um fator modificador da saúde e da qualidade de vida do cuidador, capazes de afetar a dinâmica familiar e a própria assistência prestada ao paciente oncológico ● é fundamental a atenção ao cuidador familiar até para que ele possa proporcionar cuidados oportunos ao seu familiar acometido pelo câncer. ◉ Descrever a ética médica em situação oncológica ➥ Para que o paciente possa participar ativamente das tomadas de decisões a respeito de seu tratamento, torna-se imprescindível estar ciente da doença que o acomete, sua gravidade e possível evolução, e os benefícios e malefícios dos tratamentos disponíveis; ➥ No Código de Ética Médica brasileiro, em vigor desde abril de 2010, embora não seja possível observar novas orientações quanto à comunicação de diagnósticos e prognósticos, identificamos a ênfase atribuída ao exercício da autonomia do paciente; *direito do paciente ao conhecimento de seu estado clínico atual • Código de Ética Médica (2019) - Capítulo V (relação com pacientes e familiares) ➥ É vedado ao médico: Art. 34. Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal. ▶ Impasses nesse campo interferem na qualidade da relação médico-paciente e podem provocar expectativas ilusórias nos pacientes e familiares, causando também sofrimento ao profissional. Além disso, impedimentos pessoais do médico na abordagem e no enfrentamento da morte podem levar a práticas de obstinação terapêutica, quando o médico insiste em tratamentos curativos apesar da doença já estar em fase terminal, momento em que seria necessária a indicação de condutas paliativas exclusivas. • Protocolo Spikes (2000) - consiste em uma ferramenta composta por 6 etapas para transmitir más notícias aos pacientes com câncer - o protocolo tem quatro objetivos principais: recolher informações dos pacientes, transmitir informações médicas, proporcionar suporte aos pacientes e induzir sua colaboração no desenvolvimento de uma estratégia terapêutica para o futuro, mesmo que de maneira paliativa. REFERÊNCIAS http://www.dbm.ufpb.br/~marques/Artigos/Bi ologia_e_Fisiologia_Celular_-_Unidade_8_-_Ci clo_Celular.pdf https://jaleko-files.s3-sa-east-1.amazonaws.co m/apostila-web/604eb79cc49dd_ciclo-celular .pdf http://doutorsabas.com.br/wp-content/upload s/2018/04/LIVRO-NOCOES-BASICAS-DE-ONC OLOGIA.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/m anual_base_tecnicas_oncologia_13ed.pdf https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/ files//media/document//ambiente_trabalho_e _cancer_-_aspectos_epidemiologicos_toxicolo gicos_e_regulatorios.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/in ca/tnm2.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/880 750/lgbt-11-portug.pdf http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v4n2/v4n2a 06.pdf https://www.scielo.br/j/bioet/a/RBnKcZHRfZQ RS8J4vnK9LRK/?lang=pt&format=pdf https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cem201 9.pdf https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/ 235/11714/1/21483278.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/in ca/abc_do_cancer_2ed.pdf https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/33320/33 320_2.PDF https://www.scielo.br/j/rbhh/a/5GdfhSzdz7sT WNBbrWsr8Mh/?format=pdf&lang=pt http://www.dbm.ufpb.br/~marques/Artigos/Biologia_e_Fisiologia_Celular_-_Unidade_8_-_Ciclo_Celular.pdf http://www.dbm.ufpb.br/~marques/Artigos/Biologia_e_Fisiologia_Celular_-_Unidade_8_-_Ciclo_Celular.pdf http://www.dbm.ufpb.br/~marques/Artigos/Biologia_e_Fisiologia_Celular_-_Unidade_8_-_Ciclo_Celular.pdf https://jaleko-files.s3-sa-east-1.amazonaws.com/apostila-web/604eb79cc49dd_ciclo-celular.pdf https://jaleko-files.s3-sa-east-1.amazonaws.com/apostila-web/604eb79cc49dd_ciclo-celular.pdf https://jaleko-files.s3-sa-east-1.amazonaws.com/apostila-web/604eb79cc49dd_ciclo-celular.pdf http://doutorsabas.com.br/wp-content/uploads/2018/04/LIVRO-NOCOES-BASICAS-DE-ONCOLOGIA.pdf http://doutorsabas.com.br/wp-content/uploads/2018/04/LIVRO-NOCOES-BASICAS-DE-ONCOLOGIA.pdf http://doutorsabas.com.br/wp-content/uploads/2018/04/LIVRO-NOCOES-BASICAS-DE-ONCOLOGIA.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_base_tecnicas_oncologia_13ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_base_tecnicas_oncologia_13ed.pdf https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//ambiente_trabalho_e_cancer_-_aspectos_epidemiologicos_toxicologicos_e_regulatorios.pdf https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//ambiente_trabalho_e_cancer_-_aspectos_epidemiologicos_toxicologicos_e_regulatorios.pdf https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//ambiente_trabalho_e_cancer_-_aspectos_epidemiologicos_toxicologicos_e_regulatorios.pdf https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//ambiente_trabalho_e_cancer_-_aspectos_epidemiologicos_toxicologicos_e_regulatorios.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/tnm2.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/tnm2.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/880750/lgbt-11-portug.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/880750/lgbt-11-portug.pdf http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v4n2/v4n2a06.pdf http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v4n2/v4n2a06.pdf https://www.scielo.br/j/bioet/a/RBnKcZHRfZQRS8J4vnK9LRK/?lang=pt&format=pdf https://www.scielo.br/j/bioet/a/RBnKcZHRfZQRS8J4vnK9LRK/?lang=pt&format=pdf https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cem2019.pdf https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cem2019.pdf https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/11714/1/21483278.pdf https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/11714/1/21483278.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/abc_do_cancer_2ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/abc_do_cancer_2ed.pdf https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/33320/33320_2.PDF https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/33320/33320_2.PDF https://www.scielo.br/j/rbhh/a/5GdfhSzdz7sTWNBbrWsr8Mh/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/rbhh/a/5GdfhSzdz7sTWNBbrWsr8Mh/?format=pdf&lang=pt
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