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INSTITUTO LATINO AMERICANO DE CIÊNCIAS DA VIDA E DA NATUREZA (ILACVN) Curso: Biotecnologia Disciplina: Biologia Celular Experimental – (BTC0006) Docente: Glenda Samara Dias Santos RELATÓRIO DA PRÁTICA VII “PAREDE BACTERIANA E COLORAÇÃO GRAM” Discente: Thaís Migliorini A. da Silva Foz do Iguaçu, 16 de março de 2022. 1. Introdução As bactérias são organismos unicelulares e procariontes pertencentes do reino Monera. São seres que podem causar enfermidades, mas que possuem uma grande importância ecológica, por atuarem na decomposição e no ciclo do nitrogênio. Por serem seres procariontes, não possuem núcleo definido, portanto seu material genético é encontrado em uma região denominada nucleoide, as bactérias possuem os plasmídeos, que são as moléculas de DNA na forma circular. A célula bacteriana possui parede celular formada por peptídoglicano, membrana plasmática estrutura por uma bicamada fosfolipídica, citosol, organelas celulares ausentes, apresentam apenas ribossomos. Podem viver isoladas ou em agrupamentos, são classificadas de acordo com a sua forma e arranjo, como: “cocos” são bactérias que possuem formato esférico, e podem ser encontrados em diplococos, estreptococos ou estafilococos; ou “bacilos” sendo bactérias em formato de bastão. A técnica de coloração de GRAM foi descoberta em 1884 pelo físico dinamarquês Chriatian Gram. É uma técnica importante para determinar se uma bactéria é gram positivo ou negativo afim de indicar qual o melhor tratamento adotado em caso de infecções bacterianas, em geral as bactérias gram negativas são mais resistentes aos antibióticos quando comparadas com as gram positivas. De acordo com uma técnica “coloração de GRAM” as bactérias podem ser classificadas em Gram positivas e Gram negativas, sendo diferenciadas pela estrutura da parede celular. As bactérias com GRAM + possuem coloração púrpura, sua parede celular é composta por ácido teicóicos e uma grande quantidade de peptidioglicano, promovendo maior rigidez e espessura, já nas bactéricas com GRAM – apresentam coloração rosa, a parede celular são formadas por uma camada delgada de peptideoglicano, e apresentam uma membrana externa à parede celular. 2. Objetivos • Compreender o processo de coloração de GRAM, como a função de cada reagente utilizado. 3. Materiais e métodos Nesta prática utilizou-se: • Microscópio de luz; • Placa de Petri contenco bactérias: Escherichia coli e Streptococcus aureus. • Lâminas limpas; • Alça de inoculação; • Lamparina; • Oil immersion; • Corantes para Gram: − Violeta Genciana – feita na UNILA em 03/07/2021 pela responsável Amanda. − Lugol – feito na UNILA em 03/07/2021 pela responsável Amanda. − Solução descorante – feito na UNILA em 03/07/2021. − Fucsina fenicada. - Procedimento Parte A A parte A refere-se à preparação do esfregaço. Para o desenvolvimento desta prática pegou-se uma lâmina limpa, e colocou-se sobre ela uma gotícula de água. Após feito isso, com a alça de inoculação, colheu-se uma pequena quantidade de crescimento bacteriano Escherichia coli da superfície, suspendeu-a e esfregou-a na gota de água da lâmina para obter um esfregaço fino, de forme que depositasse o crescimento bacteriano. Posteriormente, com outra alça de inoculação, colheu-se uma pequena quantidade de crescimento bacteriano Streptococcus aureus, depositou-a e esfregou-a na gota de água da mesma lâmina, afim de misturar dois tipos de crescimento bacteriano. Em seguida, com a lâmina preparada, deixou-se a lâmina secar à temperatura ambiente e posteriormente, fixou-a na chama da lamparina, passando a lâmina sobre a chama 5 vezes lentamente. Parte B A parte B refere-se à técnica de coloração de GRAM. Para o desenvolvimento desta prática foi necessário utilizar uma série de corantes para GRAM. Primeiramente, cobriu-se o esfregaço bacteriano com cristal violeta, deixando agir 1 minuto, removeu-se o excesso da solução de cristal violeta, lavando-a levemente em água corrente. Após feito isso, cobiu-se o esfregaço bacteriano com solução de lugol, deixando agir por 1 minuto, retirando a seguir com pouca quantidade de água. Posteriormente, descorou-se o esfregaço bacteriano utilizando solução descorante, deixou-se agir por 10 a 15 segundos, lavando com água corrente imediatamente. Em seguida, cobriu-se o esfregaço com a fucsina, deixando-a agir por 30 segundo, e retirando-a com água corrente. Após essa série de corante para GRAM, esperou-se a lâmina secar naturalmente, para que posteriormente, conseguíssemos observa-la no microscópio pelas objetivas de 4x, 10x, 40x e 100x. Na lente objetiva de 100x foi-se necessário utilizar oil immersion. Resultados e discussões No desenvolvimento desta prática, foi possível notar as diferenças das bactérias com a técnica de coloração de GRAM. As bactérias gram positivas possuíam uma coloração púrpura, já as bactérias gram negativas apresentaram uma coloração rosa. Discussão - Questionário 1. Quanto à forma, como você classificaria as bactérias observadas? As bactérias observadas predominantes foram os “cocos”, sendo bactérias com formato esférico, encontradas em diplococos, estreptococos e estafilococos. Foi encontrado, também poucas bactérias no formato de bacilos, possuindo forma de bastão. 2. Quanto à coloração de GRAM como você classificaria as bactérias observadas? A minha lâmina foi bem balanceada quanto à coloração de GRAM, porém houve uma predominação de bactérias gram +, observando uma coloração púrpura. 3. Cite pelo menos duas diferenças entre as bactérias (procariotos) e os eucariotos. As bactérias por serem seres procariontes, se diferem dos seres eucariontes, não apenas por não possuírem um núcleo bem definido, já que os eucariontes apresentam núcleo individualizado e delimitado, armazenando o material genético, mas também pelas bactérias possuírem seu plasmídeo, que se refere à uma molécula de DNA circular, em células eucariontes o material genético aparece em molécula de DNA longa e filamentar, formado por dupla cadeia de ácido desoxirribonucleico. 4. Conclusão A partir da observação da lâmina, foi notório a diferença entre bactérias gram postivas e gram negativas, devido à coloração. A técnica de coloração de GRAM permitiu a distinção das bactérias pela coloração a partir da composição da parede celular bacterianas, já que cada parede celular tem sua composição e estrutura. As células gram positivas são compostas por várias camadas de peptidoglicano ligando uns aos outros formando uma parede celular rígida. Já as células de gram negativo apresentam uma menor quantidade de peptidoglicano, formando uma rede mais delgada. 5. Anexos Anexo I – bactérias em técnica de coloração de GRAM, objetiva de 100x. Anexo II – bactérias em técnica de coloração de GRAM, objetiva de 100x. 6. Referências bibliográficas • InfoEscola: Bactérias gram positivas e negativas. Disponível em: <https://www.infoescola.com/microbiologia/bacterias-gram-positivas-e- gram-negativas/>. Acesso em 22 março 2022. • Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Sul: Bacteriologia – capitulo quatro. Disponível em: <https://www.microbiologybook.org/Portuguese/chapter_4_bp.htm>. Acesso em 22 março 2022. • UFRJ: Coloração de bactérias. Disponível em: < https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-rio-de- janeiro/biologia-de-microorganismos/relatorio-coloracao-de- gram/3405563>. Acesso em: 22 março 2022.
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