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Relatório Biologia Celular 2 - Coloração e célula mucosa oral

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Relatório Biologia Celular: “Coloração e Células da Mucosa Oral”
1. Introdução
	A mucosa oral é um revestimento de membrana que recobre cavidades úmidas, como o interior da boca, e é constituída por tecido epitelial e conjuntivo. Tem como função a manutenção da umidade local, revestimento e proteção. As células da mucosa oral são células do epitélio com uma configuração estratificada, portanto são arrumadas em camadas sobrepostas. Essas células apresentam formato irregular, um núcleo central arredondado, citoplasma granuloso, e sua membrana plasmática é evidenciada por um limite celular, já que a membrana não pode ser observada no microscópio de luz por ser muito fina.
	Para a coleta das células do epitélio oral é necessário a raspagem da parte interna da bochecha com auxílio de um palito de fósforo. As células coletadas, e observadas são pequenas e não apresentam contraste entre seus componentes, portanto é desprovido de coloração, por isso, para que seja possível observar as células e seus componentes, é preciso utilizar corantes nas amostras coletadas. 
	O uso de corantes para a prática de coloração em histologia, consiste em corar as estruturas celulares utilizando corantes específicos, permitindo auxiliar e analisar com maior clareza a organização celular básica: membrana, citoplasma e núcleo. Para que a prática de coloração seja desenvolvida com sucesso é necessário que o material a ser analisado, tenha na sua composição um grupo cromóforo, sendo um grupo de átomos que dá cor à substância absorvendo luz com um comprimento de onda específico no espectro do visível, portanto, deve-se utilizar o corante correto, de acordo com as propriedades constituintes da célula a se observar. Os corantes são especificados de acordo com seu caráter, podendo ser básico ou ácido, e para o uso correto desses dois tipos de corantes, é necessário lembrar que o macete de “os opostos se atraem” é válido, portanto: corante de carga positiva tem afinidade com substâncias de carga negativa, e vice-versa. 
	Os corantes ácidos são classificados como aniônicos, possuindo uma carga negativa, portanto, já que os opostos se atraem, o corante ácido reage com componentes catiônicos das células e tecidos, sendo considerada “acidófila” que significa ter afinidade com ácido, corando partes como o citosol e filamentos citoplasmáticos. E os corantes de caráter básico são classificados como catiônicos, pois apresentam carga positiva, reagindo com componentes celulares aniônicos, a habilidade de grupos aniônicos de reagirem com corantes básicos é chamada de “basófila”, corando as partes basófilas das células, como: nucléolo formando por RNA ribossômico e núcleo, onde apresentam ácidos nucleicos e grupos fosfatos.
	O corante utilizado nesta prática é o azul de metileno, sendo um corante de caráter básico que atua preferencialmente no núcleo da célula, corando-o de azul, pois apresentam os ácidos nucleicos de desoxirribose e ribose, DNA e RNA respectivamente, sendo componentes aniônicos, com sua habilidade basófila, por apresentarem afinidade com básico. É um corante supravital, pois é utilizado para corar células vivas retiradas do organismo sem alterar muito a sua estrutura celular.
		
2. Objetivos 
· Observar material biológico antes e após a coloração;
· Relacionar a constituição química da célula e a utilização de corantes ácido e básico;
· Justificar a importância do corante no microscópio de luz;
3. Materiais e métodos
	Nesta prática utilizou-se:
· Microscópio de luz;
· Lâmina;
· Lamínula;
· Solução salina 0,9%;
· Palito de fósforo;
· Pipeta Pasteur;
· Papel filtro;
· Material biológico: amostra da mucosa oral;
· Corante azul de metileno;
	Procedimento A
	Para o desenvolvimento desta prática utilizou-se um palito de fósforo para realizar a raspagem da parte interna da bochecha, não utilizando a parte com pólvora do palito, coletando as células do epitélio oral, em seguida, pegou-se a solução salina 0,9% com o auxílio de uma pipeta e expeliu-o em uma lâmina, após feito isso, passou o palito de fósforo na lâmina, depositando o material biológico coletado. Posteriormente, cobriu-se a lâmina preparada com uma lamínula, levando-a para o microscópio de luz. 
	Já no microscópio, ajustando-o corretamente com foco, foi observado a lâmina preparada nos aumentos das objetivas de 4x, 10x e 40x.
	Procedimento B
	Com a lâmina do procedimento anterior, foi retirada do microscópio e levada para a bancada de realização das práticas. Em seguida, com o auxílio de uma pipeta, foi recolhido corante azul de metileno, e colocado no limite da borda da lamínula, feito isso, inclinou-se a lâmina em sentido para baixo, fazendo com que o corante entrasse embaixo da lamínula e chegasse na amostra. Com o papel filtro foi retirado todo o excesso do azul de metileno que sobrou no exterior da lâmina. Esperou-se alguns minutos para corar bem o material, e posteriormente foi levado ao microscópio para observação. 
	Já no microscópio, ajustando-o corretamente com foco, foi observado a lâmina, dessa vez preparada com o corante de azul de metileno, nos aumentos das objetivas de 4x, 10x e 40x.
4. Resultados
No desenvolvimento desta prática, foi possível notar a importância do corante durante a análise das estruturas celulares, pois na amostra não corada, não apresentaram um bom contraste dificultando a visualização e diferenciação dos componentes celulares. Já nas células coradas com o corante azul de metileno de caráter básico, foi possível observar o núcleo corado de azul, com mais contraste, visto que o núcleo é uma estrutura aniônica, que possui afinidade com base. As células sendo coradas ou não, não foi possível a visualização da membrana plasmática, já que apresenta uma baixa espessura, e o microscópio de luz não é capaz de captar essa estrutura celular, apresentando apenas um limite celular. 
Com esta prática foi possível diferenciar as principais estruturas da célula, sendo elas: citoplasma e núcleo.
5. Conclusão e discussões
- Discussões
Na prática de coloração em células da mucosa oral, foi necessário a teoria prévia sobre corantes instruída pela docente, discutiu-se sobre o caráter ácido e básico dos corantes, e onde podiam ser usados corretamente. Foi apontado também, quais suas cargas, podendo ser classificados como aniônico e catiônico, e sobre as habilidades basófilas e acidófilas dos componentes celulares. Houve uma dificuldade no processo da primeira raspagem para a coleta do material biológico, já que não foi coletada tantas células, porém, na segunda tentativa, foi feita com êxito, podendo observar as células da mucosa oral. 
Observamos também durante a aula, lâminas já prontas com uso de corantes, foi possível observar neurônios e tecido conjuntivo. Na lâmina de neurônio, com o aumento de 40x da lente objetiva do microscópio de luz, foi possível a visualização do corpo celular, axônios e dendritos que compõem um neurônio. Já na lâmina de tecido conjuntivo, foi possível observar a forma e número de camadas das células, sendo pavimentosa e estratificada.
	- Conclusão 
A utilização de corantes nas células proporciona a diferenciação e identificação dos componentes celulares, porém, é necessário que o material a ser analisado possua um grupo de átomos cromofórico, responsável pela coloração da substância a partir da absorção da luz por um comprimento de onda no espectro visível. Os corantes podem ser de caráter ácido ou básico. Corante com natureza ácida são aniônicos, portanto, coram estruturas celulares básicas, chamadas de acidófilas. E o corante básico são classificados catiônico, logo, reagem com componentes celulares ácidas, chamados de basófilas, utilizam a regra dos “opostos se atraem”. 
Sem o uso do corante, foi notório a falta de contraste nos componentes da célula, não conseguindo observar certamente o formato celular e seu núcleo. Na lente objetiva de 10x foi difícil visualizar a célula do epitélio oral, não possuindo forma específica nem marcação de seus componentes. Já na lente objetiva de 40x, foi possível observar um aglomeradode células sobrepostas, porém sem contraste, e não foi capaz de ver seu núcleo. 
Foi usado o corante azul de metileno, sendo um corante de natureza básica, utilizado para componentes aniônicos, já que possui afinidade com caráter básico. Age no núcleo, corando-o de azul. Na objetiva de 10x, foi evidente visualizar o núcleo com contraste mais escuro e o citoplasma com um contraste bem claro. E com a lente objetiva de 40x, foi notório a praticidade para diferenciar seus componentes celulares, devido ao uso do corante, foi possível analisar a célula com o citoplasma cheio de pontinhos e seu núcleo, a membrana não foi possível observar por ser muito fina, porém observou-se o limite celular. 
6. Anexos

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