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Neoliberalismo e a Economia Política

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EDUCAÇÃO E ECONOMIA POLÍTICA
O PENSAMENTO POLÍTICO E ECONÔMICO 
SOB A ÓTICA DO CAPITAL: 
NEOLIBERALISMO
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Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Identificar e problematizar a implementação e consolidação do neoliberalismo como expressão atual do
sistema capitalista;
2. conhecer a implementação do neoliberalismo no Brasil.
1 Neoliberalismo
Nesta aula, analisaremos as transformações políticas e econômicas forjadas com a perspectiva neoliberal de
capitalismo.
O período logo após a II Guerra Mundial é denominado por Hobsbawm de Era de Ouro. Esse período foi marcado
por:
• êxodo rural;
• industrialização;
• crescimento urbano;
• ampliação de tecnologia.
Este momento, aproximadamente de 1945 a 1973, teve como base um conjunto de práticas de controle do
trabalho, tecnologias, hábitos de consumo e configurações de poder político-econômico específico, chamado de
fordista-keynesiano (modo de organização do trabalho fordista e política estatal keynesiana), como vimos na
aula anterior.
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Após esse primeiro momento do pós-guerra, o mais próspero e de maior expansão na história do capitalismo, o
sistema entra em um período de crise em que se acentuam:
O Acordo de Bretton Woods
Durante três semanas de julho de 1944, do dia 1º ao dia 22, 730 delegados de 44 países do mundo - então em
guerra - reuniram-se no Hotel Mount Washington, em Bretton Woods, New Hampshire, nos Estados Unidos, para
definirem uma Nova Ordem Econômica Mundial.
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Foi uma espécie de antecipação da ONU (fundada em São Francisco no ano seguinte, em 1945) para tratar das
coisas do dinheiro.
A reunião centrou-se ao redor de duas figuras chaves: Harry Dexter White, Secretário-assistente do
Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e de Lord Keynes, o mais famoso dos economistas, representando
os interesses da Grã-Bretanha, que juntos formavam o eixo do poder econômico da terra inteira.
Acertou-se que dali em diante, em documento firmado em 22 de julho de 1944, na era que surgiria das cinzas da
Segunda Guerra Mundial, haveria um fundo encarregado de dar estabilidade ao sistema financeiro internacional,
bem como um banco responsável pelo financiamento da reconstrução dos países atingidos pela destruição e pela
ocupação: o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Internacional para a Reconstrução e o
Desenvolvimento, ou simplesmente World Bank, Banco Mundial, apelidados então de “os Pilares da Paz”.
Adaptado de “Bretton Woods, de Vamireh Chacon”.
Torna-se evidente a incapacidade de serem contidas as contradições inerentes ao capitalismo.
O sistema entra em colapso, iniciando-se um período de rápidas mudanças e muitas incertezas. Esse novo
período é caracterizado por processos de trabalho e mercados cada vez mais flexíveis.
Na sequência, os anos 90, no bojo desse processo de crise do regime de acumulação fordista e do advento da
acumulação flexível, ocorrem profundas mudanças nas relações capitalistas, expressas, fundamentalmente, pela
globalização e por alterações profundas no processo produtivo.
Nas palavras de Harvey (1999, p. 117), seria “uma transição no regime de acumulação e no modo de
regulamentação social e política a ele associado”. Desse modo, a década de 1970 representou um momento
histórico central, quando consideramos as mudanças ocorridas no âmbito do sistema capitalista. A partir desta
década e, principalmente no período de 1970-1990, houve uma “nova configuração do sistema do capital”,
caracterizada, principalmente, por seu acentuado processo de mundialização.
O regime subsequente ao esgotamento do fordismo caracteriza-se pela:
Transferência das linhas de montagem dos países centrais para os periféricos, onde a mão de obra tem custo bem
menor.
Especialização flexível, com produtos menos padronizados e estímulo às pequenas empresas.
Automação flexível, possível pela introdução da informática na produção.
Nova segmentação da força de trabalho, no interior da empresa e fora dela.
Como decorrência desse processo, temos a expansão das novas tecnologias, que contribuiu para a difusão da
ideia da necessidade de um trabalhador flexível, sempre disposto a se adaptar diante das transformações e
incertezas do novo contexto, no mundo do emprego ou do desemprego.
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Na nova conjuntura criada, observa-se um aumento das taxas de exploração, acrescido do incremento do
processo de fragmentação e de insegurança do trabalho (trabalho temporário, terceirizado e em tempo parcial),
bem como de aprofundamento da desigualdade e da exclusão social.
A principal referência do padrão de acumulação flexível é o toyotismo (termo originário da experiência da
fábrica automobilística japonesa Toyota), cujas características centrais são:
• A diversidade e heterogeneidade da produção
• O direcionamento da heterogeneidade da produção a uma demanda prevista do consumo
• O estoque mínimo
• A terceirização de parte da produção
• A organização do trabalho em equipe
• A flexibilidade nas funções do trabalhador (ANTUNES, 2000)
O pode ser apontado, então, como a estratégia de gestão do capital frente a todas essasNeoliberalismo 
mudanças estruturais no capitalismo, a partir de uma nova divisão internacional do trabalho, onde a circulação
de mercadorias e a mundialização da produção se ampliam progressivamente a partir do acirramento do
processo de internacionalização do capital.
Destaca-se, também, nesse processo, a supremacia do capital financeiro sobre os outros setores da economia,
exigindo reformas estruturais que protejam a sua circulação mundial.
Junto com essa tendência econômica, a cultura é carregada em um bonde transnacional, com o mundo mais
interligado, através da apropriação, pelas diferentes nações, dos padrões econômicos e comportamentais de
ordem neoliberal.
O Neoliberalismo, como ideologia política e prática social, rapidamente se tornaram universal e hegemônico, nos
anos 80.
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Esse processo tem início com a conversão das economias centrais a esse padrão, destacando-se como marco
histórico dessa conversão. Destacam-se as eleições de Margareth Thatcher , em 1979, na Inglaterra e de Ronald
Reagan, em 1982, nos EUA.
Suas plataformas políticas apontavam a iminente necessidade de desmantelamento do Estado Social de Direito.
A partir do início do século XX, os países centrais passam a contar com a inserção mais significativa de interesses
interclasses no interior do Estado, que fica encarregado, a partir de então, de garantir de uma sistemática
político-social, como vimos na aula anterior.
Com o advento do ideário neoliberal, ocorre a crítica à ampliação dos direitos sociais, que implicava na
centralização da esfera executiva do poder.
A partir do argumento de que a excessiva ampliação dos direitos sociais aumentava consideravelmente à
atuação do Estado, gerando, com isso, sua ineficiência na execução de políticas públicas, ganha ressonância a
necessidade de Reforma do Estado, na perspectiva de implementação do Estado mínimo como estratégia e
condição fundamental para garantia de crescimento econômico.
Os governos centrais rapidamente se tornam modelos do “ajustamento econômico” indicados para os países
periféricos na ordem capitalista mundial. O atrelamento das economias periféricas aos ditames da globalização é
fruto direto da forte concentração de tecnologia e de capital nos polos dinâmicos do capitalismo. A supremacia
dos países centrais implica na redução da possibilidade de autonomia dos países periféricos frente à nova
estruturação produtiva capitalista.
O ajustamento econômico traduz-se, basicamente:
• na desregulamentação da economia;
• privatização das empresas estatais;
• reforma da aparelhagem estatal;
• redução com gastos sociais;
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• redução com gastos sociais;
• supremacia do mercado.
Apesar de todas essas mudanças, qualitativamente a conversão neoliberal não apontou inovações nos matizes
filosóficos do capitalismo, pois a necessidade da despolitização total dosmercados e a liberdade absoluta da
circulação dos indivíduos e dos capitais privados seguem os mesmos preceitos do liberalismo clássico do século
XIX e XX.
FIORI, J. O moedeiros falsos. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.
O novo padrão de desenvolvimento, porém, implicou na reestruturação do processo produtivo e, também, na
alteração das relações sociais gerais e nas relações de poder, com a implementação de reformas estruturais
necessárias para levar as economias mundiais ao ajuste e às exigências do capital globalizado.
Esse processo de atrelamento passivo da economia periférica aos ditames dos polos centrais do capitalismo
mundial se concretiza nas diretrizes dos planos econômicos, a níveis nacionais, e de renegociação da dívida
externa, a níveis internacionais.
Assim, se evidencia a intervenção direta das agências financiadoras internacionais (FMI e Banco Mundial) no
projeto de sociedade em sedimentação.
O processo de consolidação neoliberal, nos meados dos anos 90, estruturou-se a partir da proposta da Reforma
do Estado como elemento fundamental do processo de estabilização econômica, garantindo uma maior
flexibilização da administração pública, através do enxugamento da máquina burocrática. Dentro desse processo
de Reforma do Estado, ocorre um redirecionamento jurídico em relação às novas funções a serem
desempenhadas pelo Estado, constituindo-se em quatro atividades específicas:
Atividades
Exclusivas
Setor com funções exclusivas do Estado, como segurança, soberania e tributação.
N ú c l e o
estratégico
Setor de planejamento e execução das políticas públicas. Estado sctritu sensu.
Serviços para
o mercado
Nesse caso, o Estado atua em setores que a iniciativa privada não tem condições de
garantir, por se tratarem de setores de infra-estrutura para o desenvolvimento econômico;
a atuação do Estado é pertinente para o crescimento econômico do país.
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Serviços não
exclusivos
Setor que conta, na execução de políticas públicas, com a ação de entidades da sociedade
civil que, através de parcerias, passam a ser executoras de políticas públicas voltadas para
o campo social e o Estado, o gerenciador dessas políticas. As entidades executoras dessas
políticas são nomeadas de “organizações públicas não estatais”.
Esse quadro implementado pela reforma do Estado ocasiona o esvaziamento das funções públicas do Estado,
levando-a a se retrair de seu papel social. O Estado passa, paulatinamente, a desregulamentar as políticas sociais,
passando sua execução para o campo da sociedade civil.
Na lógica neoliberal e em seu projeto político “liberal-corporativo”, a auto-organização da sociedade civil é
estimulada, porém, busca-se reduzi-la à defesa de interesses regulados pela lógica capitalista e de natureza
específica, neutralizando discussões e reivindicações de caráter geral, deslocando o eixo do conflito de classe
para a defesa de interesses corporativos na sociedade.
Assim, o que ocorre, invariavelmente, é a fragmentação da luta social, cada vez mais setorizada e reprodutivista
dos padrões dominantes de sociedade.
O aumento do desemprego e da precariedade das relações de trabalho decorrente da reestruturação produtiva é
outra característica marcante nessa matriz. Essas novidades provocaram, mais uma vez, alterações na
composição e na organização da classe trabalhadora.
A mundialização do sistema capitalista provocou, nas palavras do professor , um movimentoRicardo Antunes
pendular. Diz o autor:
ANTUNES, Ricardo. Afinal, quem é a classe trabalhadora hoje? Estudos do Trabalho. Ano II – nº 3 – 2008. Revista
da RET – Rede de Estudos do Trabalho. < >.www.estudosdotrabalho.org
“Há, então, um movimento pendular que embala a classe trabalhadora: por um lado, cada vez menos homens e
mulheres trabalham muito, em ritmo e intensidade que se assemelham à fase pretérita do capitalismo, na gênese
da Revolução Industrial, configurando uma redução do trabalho estável, herança da fase industrial que
conformou o capitalismo do século XX. Como, entretanto, os capitais não podem eliminar completamente o
trabalho vivo, consegue reduzi-lo em várias áreas e ampliá-lo em outras, (...)”
“No outro lado do pêndulo, cada vez mais homens e mulheres trabalhadores encontram menos trabalho,
esparramando-se pelo mundo em busca qualquer labor, configurando uma crescente tendência de precarização
do trabalho em escala global, que vai dos EUA ao Japão, da Alemanha ao México, da Inglaterra ao Brasil, sendo
que a ampliação do desemprego estrutural é sua manifestação mais virulenta.”
file:///C:/Users/maria/Desktop/www.estudosdotrabalho.org
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A classe trabalhadora hoje, diante da precarização e da flexibilização das relações e dos postos do trabalho, e de
sua composição multifacetada, vai-se consolidando como aquela que foi/é despossuída dos meios de produção e,
cada vez mais, perde o controle sobre seu trabalho.
Se no passado recente, a presença física de grande número de trabalhadores era fundamental para o processo
produtivo industrial burguês, na atualidade, depois do fordismo, taylorismo, toyotismo e do ‘just in time’, a
presença de grandes contingentes nas unidades produtivas, está cada vez mais dispensável.
A situação fica assim: os donos do capital investem em pesquisas, sistemas e tecnologias para dispensar ao
máximo a presença do trabalhador. Dessa forma, à medida que o processo produtivo vai se sofisticando em
tempos neoliberais, principalmente com tecnologia, o desemprego de trabalho humano vai crescendo.
Diante da impossibilidade de dispensar completamente a figura do trabalhador, uma vez que ele é uma das
fontes de riqueza do sistema, o capitalismo vem empregando sistematicamente procedimentos para enfraquecer
a figura, as representações e a pessoa do trabalhador.
Nas palavras de (1992, p. 13):Carmo
“Em uma sociedade onde a participação na abundancia e o sucesso profissional são aspectos
essenciais para a integração social. O fato de encontrar-se sem trabalho constitui sentimento grave
de derrota. Trata-se das contradições de um sistema que traz a exaltação do trabalho, mas se
sustenta deixando à margem um sem-número de desempregados – um exército industrial de reserva
– de que ele lança mão quando necessita”
É neste momento que os responsáveis pelo processo produtivo justificam a dinâmica demissão/admissão como
de responsabilidade da sociedade. O desemprego passa a ser fruto da inaptidão do (ex-) empregado às novas
tecnologias ou de alguma crise inesperada. Nesse contexto, o emprego passa a ser, ao mesmo tempo, uma
conquista do desempregado e uma dádiva do empregador.
Ao assumir a responsabilidade pelo seu desemprego, o trabalhador, se desempregado, procurará se preparar de
acordo com as exigências do mercado (que exige escolarização, especialização, capacitação e atualização) e, se
ele estiver empregado, será impelido a fechar acordos, menos para garantir ganhos, mas para evitar perdas
(especialmente do posto de trabalho).
Ao flexibilizar direitos, abrem-se as portas para outro caminho: . o da precarização
A precarização, na atualidade e relacionada ao mundo do trabalho, abrange não só a questão da quantidade de
postos de trabalho, como também a qualidade nesses postos. Ao flexibilizar as relações de trabalho, precarizam-
se as condições de trabalho.
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2 Neoliberalismo no Brasil
O novo padrão de desenvolvimento neoliberal implicou na reestruturação do processo produtivo e, também, na
alteração das relações sociais gerais e nas relações de poder no Brasil, o que ocorre com a vitória dos grupos
conservadores nas eleições presidenciais de 1989 e 1994, com Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso,
respectivamente.
Esse novo padrão de desenvolvimento da sociedade brasileira vai se estruturar, basicamente, em duas etapas:
1º Momento: com a subordinação da economia brasileira, a partir da sua abertura ao mercado externo,
implementada pelo Governo Collor.
2º Momento: por um amplo programa de estabilização econômica, desencadeadopelo Governo Fernando
Henrique Cardoso; nesse caso, a retórica da reforma do aparelho de Estado se torna elemento fundante para a
retomada do crescimento econômico.
Historicamente, no caso brasileiro, como marco inicial desse processo tem a vitória de Fernando Collor nas
eleições diretas para presidente em 1989. Nesse governo ocorre o atrelamento de nossa economia aos ditames
do mercado financeiro.
Nesse governo, ocorre o atrelamento de nossa economia aos ditames do mercado financeiro. A crise dos anos 80,
que diminuiu de forma drástica os investimentos internacionais de longo prazo, trouxe a estagnação profunda da
economia.
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Para reverter tal situação, Collor viabilizou os mecanismos legais de entrada de investimentos de capital de curto
prazo.
Os investimentos a curto prazo, fruto, muitas vezes, da ciranda especulativa financeira, não contribuíram para a
expansão da produção e a geração de emprego. A marca da economia brasileira no período foi a do desemprego
e da especulação financeira de grupos internacionais.
Após o impechement de Fernando Collor, os governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso
consolidaram a nossa inserção nesse novo padrão de desenvolvimento.
O Governo Collor começa e os Governos Itamar e Cardoso implementam as reformas estruturais necessárias
para levar nossa economia ao ajuste às exigências do capital globalizado. Esse processo de atrelamento passivo
das economias periféricas se concretiza nas diretrizes dos planos econômicos, em âmbito nacional e de
renegociação da dívida externa, a nível internacional, evidenciando, assim, a intervenção direta das agências
financiadoras internacionais (FMI e Banco Mundial) no projeto de sociedade em sedimentação.
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Assim, identificamos que, nos países latino-americanos, a globalização se traduziu em planos de estabilização da
moeda.
No caso brasileiro, o Plano Real, implementado pelo Governo de Itamar Franco, se consubstanciou na mais
significativa dessas iniciativas.
O Plano, ao conseguir estabilizar e controlar a inflação, contribuiu de forma dramática na inculcação ideológica
sobre as vantagens do Neoliberalismo para a economia brasileira.
O controle da inflação implicou em um aumento imediato do poder de compra dos trabalhadores e os ideólogos
neoliberais rapidamente usaram esses elementos como determinantes na consolidação da hegemonia do bloco
no poder.
O processo de consolidação neoliberal nos meados dos anos 90, no Governo de Fernando Henrique Cardoso,
estruturou-se a partir da proposta da Reforma do Estado como elemento fundamental do processo de
estabilização econômica, garantindo, assim uma maior flexibilização da administração pública, através do
enxugamento da máquina burocrática.
Dentro desse processo de Reforma do Estado, ocorre um redirecionamento jurídico em relação às novas funções
a serem desempenhadas pelo Estado.
3 O que vem na próxima aula
• O pensamento político e econômico na ótica do trabalho: Marxismo.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu dobre as transformações políticas e econômicas forjadas com a perspectiva neoliberal de 
capitalismo;
• Estudou sobre a implementação do Estado Neoliberal no Brasil, a partir dos anos de 1990.
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	Olá!
	1 Neoliberalismo
	2 Neoliberalismo no Brasil
	3 O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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