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Artigo SESMT

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1 
 
O Papel do SESMT no Auxílio da Gestão de Empresas 
 
Angelica Regina BAPTISTA1 RGM 053052 
Fernanda Cristina da SILVA RGM 052317 
Marcio Roberto Pereira da LUZ RGM 043808 
Naiara VERONEZ RGM 052965 
 
Aparecido Francisco PALMIERI2 
Resumo 
A saúde e a segurança do trabalho são de fundamental importância para a garantia da 
dignidade da pessoa humana, sendo assim um parâmetro a ser conquistado, tendo no trabalho 
a melhor forma para se atingir tal objetivo. Todavia, torna-se impossível o alcance dessa 
dignidade sem que no meio ambiente do trabalho haja a plena valorização do direito à vida. O 
grande número de pessoas afastadas do trabalho, sejam por acidentes ou doenças, tem 
ocorrido em paralelo ao crescente desenvolvimento tecnológico do parque industrial 
brasileiro. Percebe-se que com as novas tecnologias, as novas atividades laborais 
desenvolvidas e as novas condições de trabalho, têm surgido novas causas de afastamentos do 
trabalho. Por esses fatores, torna-se explícita a importância da gestão de empresas nas 
atividades relacionadas ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho (SESMT). 
 
Palavras-chave: trabalho; saúde; medicina do trabalho; segurança do trabalho; SESMT 
 
Introdução 
O SESMT corresponde a Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e 
Medicina do Trabalho. No Brasil um país colônia, por mais de três séculos não houve 
preocupações com o trabalhador, por esta mão de obra ser facilmente conseguida através do 
tráfico de escravos negros e aprisionamento de índios. 
O Brasil, como o restante da América Latina, teve sua Revolução Industrial ocorrendo 
bem mais tarde do que nos países europeus e norte-americanos, por volta de 1930, e, embora 
tivéssemos em menor escala a experiência de outros países, passamos pelas mesmas fases, 
tanto que em 1970, se falava ser o Brasil o campeão mundial de acidentes do trabalho. 
Após muito tempo observando o aumento nos números de acidentes, viu-se a 
necessidade da criação de normas e sistemas com o objetivo de redução dos mesmos. Surgiu 
ao longo dos anos, conforme a evolução da gestão nas empresas uma tendência de 
 
1 graduandos de Administração do CEUNSP (ano de conclusão 2011) 
2 Professor do CEUNSP, mestrando em Educação pela UNISAL, orientador do trabalho de TCC 
2 
 
preocupação com a qualidade de vida no ambiente de trabalho. As primeiras iniciativas no 
Brasil para a prevenção de acidentes foram de empresas estrangeiras de geração e distribuição 
de energia elétrica “Light and Power” em São Paulo. 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de 1943 prescreveu a existência nas 
empresas de Serviços Especializados em Segurança, em seu artigo 164. No entanto, isso 
ocorreu somente através da portaria 3237, de 27/06/1972, do Ministério do Trabalho. 
 Esta portaria teve várias alterações, mas nenhuma substancial, quando em 1978 foi 
revogada, revisando o capítulo V da CLT – levada a efeito pela Lei 6514/77 – e a edição da 
portaria 3214/78, quando a matéria abordada pela 3237/72 passou a ser assunto específico da 
NR4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho 
(SESMT). 
 “O SESMT é um setor que faz parte do organograma interno das empresas, sendo que 
o mesmo está submetido às ordens da empresa contratante, bem como à constante fiscalização 
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pois a sua estrutura, os seus profissionais e as 
suas respectivas finalidades estão submetidos à legislação de segurança do trabalho. Ássim, 
não é possivel ter um SESMT constituido e estruturado fora das normas estabelecidas pelo 
MTE.”, de acordo com Marco Antonio de Sousa Souza. 
 “Cabe assim ao SESMT, com o apoio do empregador e através da ampla 
conscientização dos empregados, a implementação de uma política de segurança do trabalho 
que propicie aos trabalhadores o direito ao exercício de suas funções de forma segura e digna, 
evitando a exposição dos mesmos a “condições prejudiciais a sua integridade física, moral e 
psicológica” (Moraes, 2002). 
 A existência de um serviço especializado passou a ser obrigatoriedade nas empresas 
privadas e públicas, nos órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes 
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do 
Trabalho. Para que uma empresa seja obrigada a manter o SESMT, dependerá do grau de 
risco de sua atividade principal e do número de empregados registrados pela CLT. A NR-4 
tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, através do artigo 
162 da CLT que traz: 
 
 “Art. 162. A empresa, de acordo com as normas a serem expedidas pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em 
medicina do trabalho. 
Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo estabelecerão: 
3 
 
a) Classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de 
suas atividades; 
b) O número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o 
grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior; 
c) A qualificação exigida para profissionais em questão e seu regime de trabalho; 
d) As demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em 
medicina do trabalho, nas empresas.” 
 
“Dos principios de valorização do trabalho e dignidade da pessoa humana surge o 
direito ao meio ambiente do trabalho saúdavel que, por sua vez, decorre do próprio direito à 
proteção ao meio ambiente geral. (art. 225, caput, CF/88). Meio ambiente protegido é direito 
de todos, dentro de um sistema biológico equilibrado e sustentável, bem juridico protegido 
pela Lei Maior”. (www.jurisway.org.br) 
Segundo Marco Antonio de Sousa Souza, o direito à saúde a segurança não deve estar 
substanciado apenas no meio ambiente do trabalho, mas também, no meio ambiente como um 
todo e para que seja alcançado o sucesso na prevenção dos infortúnios do trabalho, é 
necessário que o Estado e as empresas se direcionem na busca da valorização do homem, 
tanto no aspecto social como profissional, pois é o homem o tema central da prevenção dos 
infortúnios do trabalho, seja ele operário, técnico, administrador, empresário ou servidor 
público. 
Hoje não se pode dizer que as empresas só têm os serviços especializados em 
segurança porque são obrigadas. Já existe uma preocupação com a segurança e saúde dos 
trabalhadores. O desenvolvimento econômico e a busca pelo aprimoramento dos sistemas 
produtivos estão conduzindo as empresas a terem maior planejamento, menor desperdício, e a 
valorizar mais os seus recursos humanos e o meio ambiente, sendo que os recursos da 
informática passaram a ser uma arma fundamental dentro dos SESMT’s. 
As perdas, decorrentes de acidentes, financeiras, materiais, dias de trabalho 
improdutivos, interrupção na produção, custo de serviço médico, custo de reabilitação 
profissional e custos de capacitação, equivalem a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) 
mundial. 
 Os objetivos do serviço especializado em segurança do trabalho tratam do interesse 
coletivo, visando a promoção da saúde e a proteção da integridade física do trabalhador em 
seu local de trabalho. Para isso, regulamenta procedimentos, medidas de precaução, apura e 
4 
 
mantém dados dos acontecimentos, atua para que as medidas sejam respeitadas, sempre 
atendendo a legislação e aplicando as melhores práticas. 
 
Os Profissionais que compõem o SESMT 
A composição dos profissionais especializados na área de segurança e medicina do 
trabalho dá-se da seguinte forma: técnico em segurança no trabalho, engenheiro de segurança 
no trabalho, médico do trabalho, enfermeiro e auxiliar de enfermagem do trabalho. 
 A grande maioria das empresas, conforme prevê a legislação e critérios definidos e 
citados anteriormente, acabamtendo a obrigatoriedade de ter um técnico de segurança do 
trabalho. Este é o profissional que cuida da prevenção de acidentes, na expectativa de reduzir 
os riscos profissionais, ou até mesmo eliminá-los. Desenvolve suas atividades e promove a 
adoção de meios e recursos técnico-administrativos, capazes de criar e desenvolver ações de 
prevenção aos acidentes de trabalho. 
 Em relação ao Engenheiro de Segurança do Trabalho, ele precisa ser graduado em 
engenharia, agronomia ou arquitetura e ser pós-graduado na especialização de engenharia de 
segurança do trabalho, suas atribuições são: assessorar empresas industriais e de outros 
gêneros, examinando locais e condições de trabalho, instalações em geral, métodos e 
processos de fabricação adotados pelo trabalhador. 
O Médico do Trabalho é o médico que possui pós-graduação, especialização em 
medicina do trabalho. Suas atribuições são executar exames admissional, periódicos e 
demissional em todos os empregados ou exames especiais em aqueles que estão expostos a 
fatores insalubres, coordenar o programa de controle médico de saúde ocupacional, fazer 
tratamentos de urgência em casos de acidentes do trabalho, avaliar juntamente com outros 
profissionais as condições de trabalho. 
 Enfermeiro do Trabalho é o portador de certificado de conclusão de curso de pós-
graduação, especialização em enfermagem do trabalho, sendo suas atribuições elaborar e 
executar planos e programas de proteção à saúde dos empregados, prestar primeiros socorros 
no local de trabalho, em caso de acidentes ou doença, proporcionar atendimento ambulatorial 
aos trabalhadores. 
Para o cargo de Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, devem ser portadores do 
certificado de conclusão de curso de qualificação de Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, 
sendo suas atribuições desempenhar tarefas similares às que realiza o auxiliar de enfermagem, 
em geral, porém atua em dependências de fabricas, indústrias ou outros estabelecimentos que 
justifiquem a sua presença. 
5 
 
 Novos profissionais começam a integrar a equipe de saúde ocupacional, como os 
psicólogos, terapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e dentistas. O incentivo a uma ação 
participativa dentro da empresa integra todos os atores que intervém nesta realidade. Muda 
também a própria forma de composição do SESMT, que antigamente procurava apenas 
cumprir a legislação. Percebe-se agora, pelos classificados dos jornais, que se exigem 
requisitos maiores para preencher a função, como o grau de especialização e experiência. 
 “As atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente prevencionistas, 
embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando tornar-se necessário. 
Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de 
meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste 
ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades.” (www.sso.com.br) 
 “Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e Medicina do Trabalho: 
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao 
ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de 
modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; 
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este 
persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção 
Individual - EPI; 
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e 
tecnológicas da empresa; 
d) responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas 
NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos; 
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas 
observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la; 
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos 
trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através 
de campanhas quanto de programas de duração permanente; 
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças 
ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção; 
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa 
ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo 
a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, 
6 
 
as características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença 
ocupacional ou acidentado(s); 
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais 
e agentes de insalubridade.” (www.cmt.com.br/nr4.htm). 
 
Como Implantar o SESMT 
A NR4 diz o que deve ser feito para a implantação do SESMT – seus requisitos – e não 
“como fazer”. Deverá ser modelado um processo para cada um dos requisitos que devem ser 
atendidos pelo SESMT, em relação à realidade do negócio. 
São competências do SESMT, em resumo: Aplicar conhecimentos de engenharia para 
reduzir até eliminar os riscos no ambiente de trabalho; Determinar o uso de EPIs 
(Equipamento de Proteção Individual), quando necessário; Atuar nos projetos físicos e 
tecnológicos; Responsabilidade técnica pela orientação ao cumprimento da devidas NRs; 
Interagir com a CIPA e dar todo suporte necessário: treinar, apoiar e atender; Desenvolver 
programas de educação e capacitação dos trabalhadores (prevenção de acidentes e doenças 
ocupacionais); Atuar como conscientizador do empregador, desenvolvendo a cultura da 
prevenção; Analisar e registrar todos acidentes em documentação específica; Consolidar e 
registrar mensalmente dados sobre acidente de trabalho. 
A verdade é que não há uma fórmula pronta para a implantação do SESMT. Pode-se 
utilizar como referências as melhores práticas de uma outra organização (benchmarking), 
adaptando-as para sua realidade empresarial e necessidades. 
 
Organização na Empresa 
As ações de segurança e saúde no trabalho no âmbito da empresa podem ser 
sistematizadas em um tripé formado pela NR5, CIPA – Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes, pela NR9, PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e pela NR7, 
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 
Um passo significativo em direção ao enraizamento da cultura de Segurança e Saúde no 
Trabalho junto aos trabalhadores foi dado com a criação da CIPA. 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é formada por funcionários da empresa, 
composta por representantes do empregador e dos empregados. Conforme Portaria 3214 de 08 
de junho de 1978, todas as empresas privadas e públicas são obrigadas a organizar e manter 
em funcionamento, por estabelecimento, uma CIPA. 
7 
 
Tem por objetivo prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar 
compatível permanentemente o trabalho com a presença da vida e a promoção da saúde do 
trabalhador. 
A missão do cipeiro é observar e relatar as condições inseguras no ambiente de trabalho; 
solicitar medidas para reduzir e até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos; 
discutir os acidentes ocorridos e solicitar medidas que previnam acidentes; orientar os demais 
trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. 
Essa prevenção de acidentes deve obedecer a um processo dinâmico e constante, que se 
caracteriza por ações efetivamente prevencionistas, devem ser tomadas no sentido de evitar, 
eliminar, controlar ou impedir a evolução/consolidação dos riscos no ambiente de trabalho. 
Assim, a ação prevencionista correta e ideal é aquela que procura eliminar ou minimizar 
ascausas dos acidentes, antes que os mesmos aconteçam, proporcionando aos trabalhadores 
condições eficazes de sobrevivência no exercício do trabalho. No entanto, mesmo dentro 
desse sistema, os acidentes poderão ocorrer e caberá a CIPA estudar suas causas, 
circunstâncias e conseqüências. 
A diferença básica entre o SESMT e a CIPA é que o primeiro é composto exclusivamente 
por profissionais especialistas em segurança e saúde no trabalho; enquanto o segundo é 
constituído por empregados que desempenham suas atividades normais e acumulam o serviço 
de segurança (geralmente leigos). 
“Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho 
deverão manter entrosamento permanente com a CIPA, dela valendo-se como agente 
multiplicador, e deverão estudar suas observações e solicitações, propondo soluções 
corretivas e preventivas”. (www.cmt.com.br/nr4.htm) 
 “A Semana Interna de Prevenção de Acidente do Trabalho - SIPAT - É obrigatória. 
Tem como finalidade básica divulgar, orientar e promover a prevenção de acidentes, 
segurança e saúde no trabalho. Tem o propósito de desenvolver a consciência da importância 
de se eliminar os acidentes do trabalho e de criar uma atitude vigilante permitindo reconhecer 
e corrigir condições e práticas nocivas ao ambiente de trabalho. 
 A maioria das empresas opta pela realização das SIPATs no segundo semestre pelo 
fato de se possuir um maior número de informações sobre as condições de segurança, como 
por exemplo, as estatísticas de acidentes do ano anterior. Pelo menos 30 dias antes da 
realização da Semana, uma comissão deve ser criada para elaborar a programação a ser 
desenvolvida. 
8 
 
 Simulações, competições esportivas e peças de teatro são algumas das práticas que 
vem sendo utilizadas nas empresas para realizar SIPATs criativas e realmente participativas.” 
(www.sso.com.br) 
Em relação ao PPRA e o PCMSO, devem ser elaborados e implementados por todas as 
empresas, independentemente do número de empregados ou do grau de risco da atividade, em 
conformidade com a Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3214/78. A elaboração e 
implementação do PPRA podem ser realizadas pelo SESMT da empresa, ou por pessoa, ou 
equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto na 
norma. Apesar de seu caráter multiprofissional, o PPRA é considerado um programa de 
higiene ocupacional que tem como objetivo o reconhecer e controlar os riscos ambientais 
existentes nos locais de trabalho. Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, 
químicos e biológicos. Entre os agentes físicos destacam-se o ruído, a vibração, o calor, o frio, 
as radiações. Os agentes químicos incluem os produtos e substâncias químicas que podem 
penetrar no organismo pela via respiratória, através da pele ou por ingestão. Os agentes 
biológicos são representados pelas bactérias, fungos, parasitas, vírus, entre outros. A estes 
riscos ambientais, devem ser acrescentados ainda os riscos mecânicos (ou de acidentes) e os 
denominados riscos ergonômicos, que incluem aspectos relacionados à organização do 
trabalho, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho, 
levantamento e transporte de materiais, que podem levar ao aparecimento das lesões por 
esforços repetitivos (as LER/DORT). 
O PCMSO deve ser elaborado por um médico do trabalho e deve ter caráter de prevenção 
e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. Na elaboração do 
PCMSO, o mínimo requerido é um estudo prévio para reconhecimento dos riscos 
ocupacionais existentes na empresa, através de visitas aos locais de trabalho, baseando-se nas 
informações contidas no programa ambiental (PPRA) e no Mapa de Riscos. A partir deste 
reconhecimento de riscos, deve ser estabelecido um conjunto de exames clínicos e 
complementares específicos para cada grupo de trabalhadores da empresa. É responsável pelo 
fornecimento de prontuários ASO (Atestado de Saúde Ocupacional). Entre as ações do 
PCMSO incluem-se, obrigatoriamente, a realização de cinco diferentes exames médicos: o 
admissional, o periódico, o de retorno ao trabalho, o de mudança de função e o demissional. 
Esses exames devem compreender a avaliação clínica (consulta médica) e os exames 
laboratoriais complementares (os indicadores biológicos). 
 
9 
 
 
 
Figura 1. Fluxograma de Atividades 
Fonte: www.gampmed.com.br 
 
Riscos no Ambiente de Trabalho 
Meio ambiente de trabalho é o local onde o homem realiza a prestação de serviço, 
desenvolvendo atividade profissional em favor de uma atividade econômica. 
Consideram-se riscos ambientais, tudo que tem potencial para gerar acidentes ou doenças 
no trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. Os 
riscos dividem-se em: 
• Riscos biológicos: são microorganismos presentes no ambiente de trabalho, tais 
como as bactérias, os fungos, os vírus, entre outros. 
• Riscos ergonômicos: são conhecimentos fundamentais ao planejamento de tarefas, 
postos e ambiente de trabalho, ferramentas, máquinas e sistema de produção, a fim 
de que sejam utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência. 
• Riscos físicos: são representados pelas condições físicas, tais como vibrações, 
radiações, ruído, calor e frio, que podem causar danos a saúde. 
• Riscos mecânicos: relacionados a máquinas inadequadas, maquinas e 
equipamentos mal dispostos, móveis sem boa localização, a ordem e a limpeza, 
entre outros. 
10 
 
• Riscos químicos: os agentes químicos são produtos que podem penetrar no 
organismo. Quando absorvidos, produzem na grande maioria dos casos, reações 
diversas, dependendo da natureza, da quantidade e da forma da exposição à 
substância. 
Apesar dessas classificações, o risco mais danoso atualmente é o comportamental, onde o 
indivíduo deixa de cumprir com as normas de segurança impostas pela empresa, alterando seu 
ambiente de trabalho de forma prejudicial, ou deixa de usar os equipamentos e sistemas 
implantados para sua proteção. 
 
 
Figura 2 - Mapa de Risco Simplificado de uma Instalação Industrial 
Fonte: www.bauru.unesp.br 
 
 
 
Figura 3 – Cores Usadas no Mapa de Risco 
Fonte: www.bauru.unesp.br 
 
 
11 
 
TIPO DE 
RISCO 
Químico Físico Biológico Ergonômico Mecânico 
COR Vermelho Verde Marrom Amarelo Azul 
Agentes 
Causadores 
Fumos 
metálicos 
e vapores 
Ruído e ou som 
muito alto 
Microrganismos 
(Vírus, bactérias, 
protozoários) 
Má postura do 
corpo 
em relação ao posto 
de trabalho 
Equipamentos 
inadequados, 
defeituosos ou 
inexistentes 
Gases 
asfixiantes 
H, He, N eCO2 
Oscilações e vibrações 
mecânicas 
Lixo hospitalar, doméstico e 
de animais 
Trabalho estafante 
e ou excessivo 
Máquinas e 
equipamento 
sem Proteção e ou 
manutenção 
Pinturas e 
névoas em geral 
Ar rarefeito 
e ou vácuo 
Esgoto, sujeira, 
dejetos 
Falta de Orientação 
e treinamento 
Risco de queda de 
nível, 
lesões por impacto de 
objetos 
Solventes 
(em especial os 
voláteis) 
Pressões elevadas Objetos contaminados 
Jornada dupla e ou 
trabalho sem pausas 
Mau planejamento 
do layout e ou 
do espaço físico 
Ácidos, bases, 
sais, álcoois, 
éter, etc 
Frio e ou calor e radiação 
Contágio pelo ar 
e ou insetos 
Movimentos 
repetitivos 
Cargas e transportes 
em geral 
Reações 
químicas 
Picadas de animais (cães, 
insetos, repteis, roedores, 
aracnídeos, etc.) 
Lixo em geral, fezes de 
animais, fezes e urina de 
animais, contaminação do 
solo e água 
Equipamentos 
inadequados e 
não ergonômicos 
Risco de fogo, 
detonação de 
explosivos, 
quedas de objetos 
Ingestão de 
produtos 
durante 
pipetagem 
Aerodispersóides 
no ambiente 
(poeiras de vegetais e 
minerais) 
Alergias, intoxicações e 
queimaduras causadas por 
vegetais 
Fatores 
psicológicos 
(não gosta do 
trabalho, pressão do 
chefe, etc.) 
Risco de choqueelétrico 
(correte contínua e 
alternada) 
 
 
Quadro 1 – Quadro Descritivo dos Riscos – Fonte: www.bauru.unesp.br 
 
 
Acidente de Trabalho 
“O conceito de acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada, 
que interfere ou interrompe o processo normal de uma atividade, trazendo como conseqüência 
perda de tempo, dano material ou lesões ao homem.” 
(www.apes.eng.br/engseg/02acidentes.htm) 
12 
 
Os acidentes de trabalho são aqueles ocorridos durante o horário de trabalho, em 
conseqüência de: Agressão física; Ato de sabotagem; Brincadeiras; Conflitos; Desabamento; 
Inundação; Incêndio; Ato de imprudência; Ato de imperícia; Ato de negligência. 
Os acidentes ocorridos fora do local de trabalho também são considerados acidentes de 
trabalho. Podemos citar como exemplos: Quando o empregado estiver executando ordem ou 
realizando serviço sob o mando do empregador; Quando o emprega estiver em viagem, a 
serviço da empresa; Durante o percurso da residência para o local de trabalho ou vice-versa. É 
mais conhecido como acidente de trajeto; Nos períodos de descanso, ou por ocasião da 
satisfação de necessidades fisiológicas no local de trabalho. 
 
Estatísticas de Acidentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 1 – Acidentes Registrados no Brasil 1970 – 2009 
Fonte: www.diesat.org.br 
 
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) 
“A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para 
reconhecer um acidente de trabalho ou uma doença ocupacional. Deve ser emitida pela 
empresa no prazo de 24 horas, ou, se ocorreu óbito, imediatamente. Pode também ser emitida 
- mesmo fora do prazo - pelo médico, pelo familiar, por um dependente do segurado, pelo 
sindicato ou por uma autoridade pública; nesse caso o INSS/ enviará uma carta à empresa 
para que emita sua CAT.” (http://pt.wikipedia.org) 
 Ocorrendo agravamento da lesão ou doença, a empresa deverá emitir uma CAT de 
reabertura. Se emitir uma CAT inicial (para negar continuidade de exposição a riscos), esta 
13 
 
poderá ser desqualificada pelo médico-perito, que tomará as medidas acima para o nexo 
técnico. A empresa fica sujeita a multa se o segurado continuou exposto aos agentes nocivos 
mesmo após o acidente ou a doença. 
 
EPI’S X EPC’S 
 Os EPI’s são os equipamentos de proteção individual, com a finalidade de proteger a 
integridade física do trabalhador durante a atividade de trabalho. Sua função é neutralizar ou 
atenuar um possível agente agressivo, contra o corpo do trabalhador que o usa. 
 Evitam lesões ou minimizam a sua gravidade, nos casos de acidentes ou exposições à 
riscos, podem também nos proteger contra efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas e/ou 
agressivas, que podem causar as chamadas doenças ocupacionais. 
 “A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao 
risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
Sempre que as medidas de ordem geral não forneçam completa proteção contra os riscos de 
acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais; Enquanto as medidas de proteção coletiva 
estiverem sendo implantadas; Para atender situações de emergência.” 
(www.fundacentro.gov.br) 
Os EPI's podem ser classificados em 4 grupos: Proteção para a cabeça; Proteção do 
tronco; Proteção das vias respiratórias e cintos de segurança; Proteção para os membros 
superiores e membros inferiores; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Equipamentos de Proteção Individual 
Fonte: www.fundacentro.gov.br 
 
EPC’s são todos dispositivos de uso coletivo, destinados a proteger as integridades 
física dos trabalhadores. “O EPC serve para neutralizar a ação dos agentes ambientais, 
14 
 
evitando acidentes, protegendo contra danos à saúde e a integridade física dos trabalhadores, 
uma vez que o ambiente de trabalho não deve oferecer riscos à saúde ou à a segurança do 
trabalhador” (http://pt.wikipedia.org) 
 Deve-se usá-los apenas para a finalidade que se destina; Responsabiliza-se por sua 
guarda e conservação; Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para o uso; 
Adquirir o tipo adequado a atividade do empregado; Treinar o trabalhador sobre seu uso 
adequado e tornar obrigatório seu uso; Substituí-lo quando danificado ou extraviado. São 
exemplos de EPC’s: extintores de incêndio, lava-olhos, capelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 – Equipamentos de Proteção Coletiva 
Fonte: www.fundacentro.gov.br 
 
Fatores de Fracasso do SESMT 
São alguns dos fatores de fracasso do SESMT: Selecionar mal a equipe do SESMT; 
Posicionar mal o SESMT no organograma; Remunerar mal a equipe; Isolar o SESMT; A 
organização promover o desvio de função; Não existir investimento na atualização 
profissional do SESMT; A organização desautorizar o SESMT; Designar pessoas sem 
expressão para a CIPA; Inibir ao máximo a atividade do cipeiro; A prevenção não ser vista de 
forma sistematizada. 
 
15 
 
Eficácia do SESMT 
Em relação à eficiência da NR-4, no seu modelo atual, e sua contribuição de maneira 
significativa, o principal ponto levado em consideração é referente à vontade que as empresas 
devem ter para que o SESMT realmente cumpra ao seu papel dentro delas, uma vez 
observado que para um bom funcionamento do mesmo devem partir ordens em nível de 
diretoria. Não há muito interesse por parte de algumas empresas para que se tenha uma 
atuação eficaz nesta área. 
Quando a empresa tem vontade política e leva a sério, o SESMT irá funcionar de 
maneira correta, pois profissionais qualificados serão contratados e farão parte do quadro 
funcional, o que irá contribuir de uma forma muito valiosa com aquilo que a norma propõe. 
Em alguns casos não há eficiência nenhuma, pois a empresa constitui o SESMT somente no 
papel, o que acaba fazendo com que este serviço fique totalmente sem valor. A maneira 
utilizada para ter um parâmetro de quem realmente leva a NR-4 a sério e quem somente 
cumpre a legislação no papel é fiscalizando as outras normas regulamentadoras que se 
encaixam no perfil das empresas e verificando se estão sendo cumpridas. Por este método 
pode-se ter uma visão certa de como o SESMT está atuando. 
Com a Segurança no Trabalho, soma-se o conhecimento necessário para fazer a empresa 
mais eficiente, segura, organizada e produtiva. 
 
 OHSAS 
 “A OHSAS 18001 consiste em um Sistema de Gestão, assim como a ISO 9000 e ISO 
14000, porém com o foco voltado para a saúde e segurança ocupacional. Em outras palavras, 
a OHSAS 18001 é uma ferramenta que permite uma empresa atingir e sistematicamente 
controlar e melhorar o nível do desempenho da Saúde e Segurança do Trabalho por ela 
mesma estabelecido. OHSAS é uma sigla em inglês para Occupational Health and Safety 
Assessment Services, cuja tradução é Serviços de Avaliação de Saúde e Segurança 
Ocupacional. Assim como os Sistemas de Gerenciamento Ambiental e de Qualidade, o 
Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional também possui objetivos, indicadores, 
metas e planos de ação.” (http://pt.wikipedia.org) 
 Entrou em vigor em 1999, após estudos de um grupo de organismos certificadores e de 
entidades de normalização da Irlanda, Austrália, África do Sul, Espanha e Malásia. A norma é 
voltada à saúde e segurança ocupacional. É passível de auditoria e certificação. 
 Visa auxiliar as empresas a controlar os riscos de acidentes no local de trabalho. É 
uma norma para sistemas de gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho (SST). A 
16 
 
certificação por essa norma garante o compromisso da empresa com a redução dos riscos 
ambientais e com a melhoria contínua de seu desempenho em saúde ocupacional e segurança 
de seus colaboradores. 
 A norma se baseia no conceito de que a companhia deve periodicamente analisar e 
avaliar seu sistema de gestão da SST, de maneira a sempre identificar melhoras e implementar 
as ações necessárias. Por isso, ela não estabelecerequisitos absolutos para o desempenho da 
Segurança e Saúde no Trabalho — mas exige que a empresa atenda integralmente à legislação 
e regulamentos aplicáveis e se comprometa com o aperfeiçoamento contínuo dos processos. 
 Por não estabelecer padrões rígidos, duas organizações que desenvolvam atividades 
similares, mas que apresentem níveis diferentes de desempenho da SST, podem, 
simultaneamente, atender aos requisitos da norma. 
 A norma OHSAS 18000 integra-se no mesmo modelo das normas ISO 9000 e ISO 
14000, apresentando uma abordagem por processo. Estas normas são baseadas na utilização 
do “ciclo de Deming”, que permitem uma melhoria contínua dos desempenhos. 
A OHSAS 18000 compõe-se de um sistema de gestão que integra: O compromisso de 
seguir uma política de gestão dos riscos; A identificação e a avaliação dos fatores e áreas de 
riscos; A identificação de objetivos e programas; A formação do pessoal; A implantação de 
processos de controle; A preparação a situações de emergência; O estabelecimento de 
procedimentos de medida de vigilância; A implantação de medidas de prevenção dos 
acidentes; A instauração de um procedimento regular de verificação. 
 O procedimento de certificação desenvolve-se em três etapas: A pré-avaliação 
efetuada pelo organismo responsável pela auditoria de certificação; O estudo dos documentos 
fornecidos pela empresa; A auditoria de certificação a fim de examinar e verificar a 
implantação efetiva dos procedimentos por parte da empresa. 
 
 
Figura 7. Espiral do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho 
 Fonte: OHSAS 2007 
17 
 
Considerações Finais 
Através da elaboração deste trabalho, pudemos observar a evolução do SESMT nas 
organizações. Iniciou-se apenas como uma idéia de proteção à integridade física do 
trabalhador, a qual as empresas não aderiram. Viu-se, então, a necessidade de forçar a 
implantação dos processos de segurança do trabalho, através da legislação. 
 Devido a obrigatoriedade, as empresas instalaram o SESMT, no entanto, ele não 
atingiu sua plena funcionalidade, já que as mesmas visavam apenas cumprir a lei, sem se 
importar com os benefícios que a atuação do mesmo traria. 
O que vemos hoje, por parte das empresas mais evoluídas, é uma consciência muito 
maior no que diz respeito ao recursos humanos, o que colaborou para o SESMT ser 
executado, visando o seu real objetivo, de assegurar o bem estar e a integridade dos 
trabalhadores. As próprias empresas criaram comissões internas, com o intuito de prevenir 
acidentes. Dentro dessas comissões, os colaboradores ficam responsáveis por fiscalizar uns 
aos outros, em relação ao uso de equipamentos de proteção e utilização consciente das 
ferramentas e máquinas de trabalho, evitando consideravelmente os números de acidentes. 
Algumas empresas ainda acreditam que o SESMT não funciona e precisa passar por 
reformas. No entanto, mesmo que isso aconteça e hajam mudanças na teoria, nada adianta se 
não for colocado em prática, não for monitorado e se não buscar uma melhoria contínua ideal 
à realidade daquela empresa. Essas organizações usam esse pensamento como uma desculpa, 
enquanto outras já se adaptaram a aplicação correta do programa de segurança do trabalho e 
estão saindo à frente da concorrência. 
Uma sugestão, para a redução dos acidentes de trabalho, seria contar com a 
contribuição do governo, para oferecer incentivos fiscais às empresas que atingissem metas 
relacionadas à prevenção dos mesmos. Seria necessário fiscalização contínua para assegurar 
um SESMT atuante. Assim, possivelmente, as empresas menos conscientes iriam, de alguma 
forma, aderir ao SESMT. 
A segurança dentro de uma organização não é prioridade, mas é necessário cuidar do 
seu maior bem, que é o recurso humano, que por sua vez, tem o SESMT que regulamenta os 
procedimentos dentro da empresa, visando a segurança na mesma e atualizando dados de 
acontecimentos para que novas medidas de precaução sejam tomadas, ajudando que todos os 
acontecimentos sejam respeitados, e apurados de fato, para o bem estar de todos. 
Estamos presenciando uma nova era no mundo empresarial, voltada à preocupação 
ambiental e humana, então entende-la e trabalhá-la com discernimento é com certeza o 
18 
 
melhor caminho para aqueles que desejam um futuro melhor para a prevenção de acidentes no 
Brasil. 
 
Referências Bibliográficas 
AMARAL, L.S.; CORRÊA, M.A.C.; RIANI, R.R; SALIBA. T.M., Higiene do trabalho e 
programa de prevenção de riscos ambientais. 2ª ed. São Paulo: LTr, 1998. 
ARAUJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras comentadas. 5ª ed. Vol. 1. Rio 
de Janeiro: Gerenciamento Verde, 2005. 
Manual de Legislação ATLAS. Segurança e Medicina do Trabalho. 55ª ed. São Paulo: Editora 
Atlas SA, 2004 
MORAES, Monica Maria Lauzid de. O Direito à Saúde e a Segurança no Meio Ambiente do 
Trabalho. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2002. 
SOUZA, Marco Antonio de Sousa. O Papel do SESMT nas Empresas Privadas e no Serviço 
Público. 1ª ed. Brasília, 2007. 
Acidente de Trabalho. Disponível em : 
< http://www.apes.eng.br/engseg/02acidentes.htm> Acesso em 23 set. 2011 
Assessoria em Segurança e Saúde Ocupacional. Disponível em: 
<http://www.sso.com.br> Acesso em 22 set. 2011. 
Equipamentos de Proteção Individual. Disponível em : 
<http://www.fundacentro.gov.br> Acesso em 05 out. 2011 
Grupo CIPA 2005. Disponível em: <http://www.cipanet.com.br>. Acesso em 26 ago. 2011 
Jurisway: Direito e Justtiça. Disponível em: <http://www.jurisway.org.br> Acesso em 12 set. 
2011. 
Mapa de Riscos. Disponível em <http://www.bauru.unesp.br> Acesso em 20 out. 2011 
Medicina e Segurança do Trabalho. Disponível em: <http://www.gampmed.com.br> Acesso 
em 14 nov. 2011 
MPAS. Acidente de Trabalho. Disponível em: 
<http://www.mpas.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/perfil_Empregador_10_04-A5.asp> 
Acesso em 07 set. 2011 
MPAS. CAT. Disponível em: 
<http://www.mpas.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/perfil_Empregador_10_04.asp> 
Acesso em 25 ago. 2011 
MTE. Lei no. 6.514/77. Portaria 3.214/78. Disponível em: 
<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp> Acesso em 20 set. 
2011. 
NR 04 - SESMT. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/13613> 
Acesso em 24 ago. 2011. 
OHSAS. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org> Acesso em 01 ago. 2011.

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