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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 QUESTÕES PED – DESIDRATAÇÃO 1. Menino, 5a, é levado a Unidade Básica de Saúde com cinco a seis evacuações/dia, fezes liquidas sem sangue ou muco há dois dias. Exame físico: FC= 96 bpm, FR= 18 irpm, PA= 98x64 mmHg, T= 38,4oC, perfusão de dois segundos, mucosas úmidas. O TRATAMENTO DO QUADRO É: A) O uso de probióticos. B) A correção da alcalose metabólica. C) A reposição das perdas hidroeletrolíticas. D) O uso de antibióticos. 2. Lactente com quadro de diarreia aguda, seis a sete evacuações ao dia com início há 24 horas, é trazido ao atendimento médico. Apresenta-se em bom estado geral, mantendo aceitação do seio materno e com diurese presente. Ao exame, está eucárdico e eupneico, mucosas levemente secas, turgor da pele normal, bons pulsos e enchimento capilar. Com relação a esse quadro, segundo a OMS, tem-se um caso de A) desidratação moderada e o plano terapêutico recomendado é o plano C (realizar infusão rápida de soluções hidroeletrolíticas por via endovenosa). B) desidratação leve e o plano terapêutico recomendado é o plano A (iniciar SRO no local do atendimento médico até a criança apresentar sinais de melhora do estado de hidratação). C) desidratação moderada e o plano terapêutico recomendado é o plano A (deve-se estabelecer um volume de reposição com SRO para ser realizado nas próximas seis horas em domicílio, com orientação dos sinais de alerta). D) desidratação grave e o plano terapêutico recomendado é o plano B (deve- se estabelecer um volume de reposição com SRO para ser realizado nas próximas seis horas por gastróclise). E) desidratação leve e o plano terapêutico recomendado é o plano A (aumentar a oferta de líquidos, oferecer soro de hidratação oral - SRO, de acordo com aceitação do paciente). 3. Um escolar com seis anos, apresenta diarreia iniciada há 3 dias que piorou nas últimas horas com vômitos e aumento na frequência das fezes líquidas. Apresenta olhos fundos, bebe água avidamente; o sinal da prega desaparece lentamente e o pulso é rápido e fraco. Baseado nesses dados clínicos a conduta deverá ser A) soro fisiológico a 0,9%, 30 ml/kg EV em 30 minutos. B) sais de reidratação oral, 30 a 50 ml/kg em 1 a 2 horas. C) soro glicosado a 5%, 50 ml/kg EV em 60 minutos. D) sais de reidratação oral, 100 a 200 ml/kg em 6 a 7 horas. E) sais de hidratação oral, 50 a 100 ml/kg em 4 a 6 horas. 4. Criança de 15 meses chega à emergência do hospital com quadro de vômitos e diarreia intensa há 24 horas. Mãe relata oligúria, está irritado, tem o turgor da pele diminuído, pulsos finos, olhos fundos e lágrimas ausentes. Na avaliação da criança, segundo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), qual o grau de desidratação e respectiva terapêutica para o caso? A) Desidratação grave – criança com diarreia e desidratação grave (> 10% de perda) necessita de hospitalização e hidratação endovenosa para restabelecer rapidamente a perfusão aos órgãos vitais. B) Algum grau de desidratação – criança com diarreia aguda pode ser tratada no domicílio, com aumento da oferta de líquidos e após cada evacuação oferecer a SRO, de 50 a 100 mL para menores de 2 anos. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 C) Desidratação grave – criança com vômitos persistentes, deve-se tentar a administração da SRO por sonda nasogástrica (via eficaz), 20 mL/kg/h, durante 4 a 6 horas, oferecendo a SRO em pequenos volumes. D) Algum grau de desidratação – criança com diarreia e desidratação leve a moderada (5 a 10% de perda), realiza-se a reposição com 50 a 100 mL/kg em 3 a 4 horas, oferecendo a SRO em pequenos volumes. 5. riança de 3 anos, 15kg, é trazida ao pronto socorro por queixa de , há 2 dias, diarreia líquida cerca de 5-6x / dia e 4 vômitos. À admissão, a criança encontra-se em regular estado geral, pulsos finos e rápidos (FC 126 bpm), TEC 3 segundos, olhos bem fundos e sem lágrimas, boca bem seca. A mãe refere que última diurese foi há 10 horas: A) Essa criança encontra-se desidratada grave. Deve-se, então, iniciar o plano C de hidratação para essa criança com expansão com soro ao meio 1glicosado 5%: 1 fisiológico 0,9% endovenoso 20ml/kg e repetir se necessário. B) Esta criança encontra-se com desidratação moderada. Neste caso, deve- se prescrever terapia de hidratação oral para casa +/- 50- 100ml/kg 6 horas e depois 100ml após cada vômito ou diarreia. Além disso, orientar oferta aumentada de líquidos e alimentação leve apenas com sucos e sopas. Deve- se orientar sinais de alerta para retorno ao pronto-socorro. C) A criança encontra-se desidratada grave. Deve-se fazer expansão com soro fisiológico 20 ml/kg a cada 30 minutos e repetir até que os sinais de desidratação sejam revertidos ou surjam sinais de hipervolemia. Depois prescrever um soro de reposição para 24horas. Liberar dieta assim que tiver condições de se alimentar. D) Essa criança encontra-se com sinais de desidratação de algum grau ou moderada. Deve-se iniciar o plano B do ministério da saúde que consiste em oferecer soro de rehidratação oral na dose de 50- 100ml/kg em 4-6 horas, aos goles. Se houver sinais de sinais de piora clínica, como rebaixamento do nível de consciência, deve-se converter para hidratação endovenosa. E) Quanto à osmolaridade, a desidratação pode ser classificada em isotônica, hipotônica e hipertônica. Na desidratação hipertônica, observam-se sintomas de hipotensão mais precoces, já na hipotônica é mais frequente haver sintomas de sede e mucosas secas, com hipotensão mais tardia. 6. Uma menina (quatro anos, peso = 16 kg) chega ao pronto-socorro com relato de vômitos (três episódios) e fezes aquosas (quatro episódios) atribuídos à intoxicação alimentar. A família relata quadro semelhante em várias pessoas após almoço em um evento na igreja. Ao exame físico, observam-se sinais de desidratação moderada, sem outras alterações. A conduta imediata será: A) prescrição de solução de reidratação oral: volume de 1200 ml em 4 horas - a presença de vômitos não impede o uso de via oral. B) prescrição de soro de manutenção isotônico para suprir o gasto metabólico basal, sendo o volume total de 1.300 ml em 24 horas (velocidade: 18 mL/hora). C) prescrição de lavagem gástrica com soro fisiológico visando eliminar os agentes causadores da intoxicação alimentar e realização de exames laboratoriais. D) prescrição de soro glicosado a 5% e soro fisiológico a 0,9% (na proporção 1:1); volume total: 1600 ml e velocidade de 22 mL/hora. 7. Lactente com 8 meses de idade apresenta fezes líquidas 4 a 5 vezes/dia, sem muco ou sangue há 2 dias e 2 episódios de vômitos no primeiro dia. Ao exame físico: afebril, alerta, olhos normais, lágrimas presentes, boca e língua secas, pulso rápido, tempo de enchimento capilar entre 3-5 segundos. Qual é o diagnóstico e a conduta? NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 A) Há desidratação; administrar soro de reidratação oral sob supervisão médica. B) Há desidratação; administração de soro fisiológico 0,9% via parenteral, 20 mL/Kg de peso em 60 minutos. C) Não há desidratação; orientar observação em domicílio, com suspensão de dieta e manutenção de aleitamento materno. D) Não há desidratação; oferecer 20mL de soro de reidratação oral em cada evacuação diarreica ou vômitos. 8. Lactente com 9 meses é atendido na unidade básica de saúde, média de 9 evacuações ao dia, associado a quadro de febre e vômitos. Sintomas iniciados há 2 dias. Paciente ainda em aleitamento materno e aceitando apenas o leite. Ao exame físico, o médico observou choro intenso sem lágrimas, olhos fundos e boca seca. Considerando o caso descrito, assinale a alternativa que apresenta a MELHOR CONDUTA a ser adotada para esse paciente. A) Hidratação oral 100ml/Kg, em 4 horas e manutenção do aleitamento materno.B) Hidratação oral 70ml/kg, em até 4 horas e suspensão do aleitamento materno. C) Hidratação venosa 100ml/kg de ringer lactato em 2 horas e suspensão da amamentação. D) Hidratação venosa 100ml/Kg de soro glicofisiológico em 2 horas e suspensão da amamentação. 9. Criança de 1 ano vem apresentando há 2 dias quadro de diarreia líquida, sem sangue ou muco, acompanhada de alguns episódios de vômitos e febre baixa. Teve quadro semelhante há 4 meses, quando entrou na creche. Ao exame físico, está em bom estado geral, afebril, com desidratação leve. Além da terapia de reidratação oral, está indicado prescrever: A) dieta isenta de lactose. B) dieta pobre em gordura e fibras. C) zinco. D) metronidazol. E) sulfametoxazol-trimetoprim. 10. Lactente de 8 meses é atendido na emergência com história de febre baixa e diarreia há 1 dia, cerca de 8 episódios até o momento, fezes líquidas, sem muco ou sangue. A mãe relata que o bebê está ávido por água. Ao exame, REG, irritado, turgor pastoso, boca seca, olhos fundos, pulsos finos, enchimento capilar de 3 segundos. Nesse momento, a conduta é: A) Soro fisiológico 0,45% endovenoso, em bolus de 20 ml/kg. B) Soro fisiológico 0,9% endovenoso, em bolus de 20 ml/kg. C) Sais de reidratação oral em volume de 50 a 80 ml/kg em 1 hora. D) Sais de reidratação oral em volume de 50 a 100 ml/kg em 4 a 6 horas. E) Probióticos e reposição de zinco 11. Paciente feminina com 4 anos de idade deu entrada na UPA por diarreia e vômitos há 3 dias. As fezes eram líquidas, sem muco ou sangue, vários episódios ao dia. Febre baixa. Não foi indicado TRO, pois a criança apresentava-se apática, desidratada grave, hipotensa e oligúrica. Recebeu fase rápida com 20 mL/kg de soro fisiológico em 20 minutos. Após este período foi reavaliada: ainda desidratada, oligúrica, outra fase rápida semelhante foi indicada. A paciente hidratou e foi encaminhada para a NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 Unidade de Internação Hospitalar. Assinale abaixo a provável fase de manutenção instalada (peso ao hidratar: 16kg): A) Soro glicosado 5% 1600mL + NaCl 20% 52mL + KCl 19,1% 13 mL. B) Soro glicosado 5% 1300mL + NaCl 20% 11,4mL + KCl 19,1% 13mL. C) Soro glicosado 5% 1300mL + NaCl 20% 52mL + KCl 19,1% 13mL. D) Soro glicosado 5% 1600mL + NaCl 20% 11,4mL + KCl 19,1% 16mL 12. Lactente de 11 meses, iniciou com quadro diarréico há 3 dias, com cerca de 5 evacuações líquidas ao dia. Apresenta também 5 episódios de vômitos ao dia, há 2 dias. Não está aceitando alimentação, mas aceita o seio materno. Ao exame físico encontra-se chorosa, olhos fundos e sem lágrimas, taquicardica. Ao oferecer soro de reidratação oral, a criança apresenta-se ávida e toma com facilidade. Assinale a alternativa correta sobre a conduta médica no pronto-atendimento diante desta situação. A) Acesso venoso, hidratação com soro fisiológico 0,9% 20ml/kg EV em 15 minutos e depois iniciar soro de reidratação oral. B) Administrar soro de reidratação oral e observar no pronto-atendimento até desaparecerem os sinais de desidratação. C) Realizar aleitamento materno exclusivo por 4 horas e observar no pronto- atendimento. D) Acesso venoso, hidratação com soro fisiológico 0,9% 20ml/kg EV em 15 minutos associado a anti-emético e depois iniciar soro de reidratação oral em domicílio. E) Orientar os pais a administrarem anti-emético e soro de reidratação oral em domicílio 13. Pedro, 3 anos, esteve em consulta de rotina com você há 5 dias sem queixas ou alterações no exame físico; retorna hoje pois há 2 dias vem apresentando fezes líquidas 5 vezes ao dia acompanhada de dor abdominal e febre de 38ºC, sem vômitos ou outras queixas. Ao exame sem alterações no peso desde a última consulta, pele com elasticidade e turgor normais, mucosas úmidas e diurese preservada. Em relação a SRO deve-se orientar? A) SRO 100 a 200 ml após cada evacuação diarreica. B) SRO 10 a 20 ml após cada evacuação diarreica. C) SRO o quanto aceitar. D) SRO 50 ml após cada evacuação diarreica 14. Segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde adotadas pelo Ministério da Saúde do Brasil, no tratamento da diarreia aguda, a criança de 5 meses, em ""plano B"", com peso = 5kg, deverá submeter-se a: A) Terapia de reidratação oral no serviço de saúde (250 a 500mL de sais de reidratação oral), no período de 4 a 6 horas, recomendações posteriores para os cuidados domiciliares e acompanhamento ambulatorial. B) Fase rápida de expansão intravenosa, com Ringer lactato ou soro fisiológico a 0,9% (150mL na 1ª hora e 350mL nas 5 horas restantes), seguida por manutenção da hidratação venosa com necessidades normais e reposição das perdas. C) Terapia de reidratação oral no serviço de saúde (500 a 1.000mL de sais de reidratação oral), no período de 8 a 12 horas, recomendações posteriores para os cuidados domiciliares e acompanhamento ambulatorial. D) Fase rápida de expansão intravenosa, com ½ soro fisiológico a 0,9% e ½ soro glicosado a 5% (350mL na 1ª hora e 150mL nas 5 horas restantes), seguida por manutenção da hidratação venosa com necessidades normais e reposição das perdas. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 E) Terapia de reidratação oral no serviço de saúde (1.000 a 2.000 mL de sais de reidratação oral), no período de 4 horas, recomendações posteriores para os cuidados domiciliares e acompanhamento ambulatorial 15. Mãe chega com sua filha de três anos nos braços ao pronto-socorro. A criança está prostrada, com pele fria, pulsos quase imperceptíveis, com bradicardia e frequência respiratória aumentada. O pediatra avalia a criança e constata tratar-se de desidratação de grau A) leve. B) moderado. C) grave. D) gravíssimo. 16. Mãe chega com sua filha de três anos nos braços ao pronto-socorro. A criança está prostrada, com pele fria, pulsos quase imperceptíveis, com bradicardia e frequência respiratória aumentada. Depois de fazer o diagnóstico, o pediatra adota o plano terapêutico adequado para este tipo de desidratação, que é o plano A) de manutenção. B) A. C) B. D) C. GABARITO: 1. C O diagnóstico deste paciente é de diarreia aguda, sem sinais de desidratação - note que as mucosas estão úmidas, a FC está normal para a idade, a pressão arterial e a perfusão periférica estão adequadas. Nesses casos, devemos instituir o plano A de tratamento, que consiste na maior oferta de líquidos para repor as perdas hidroeletrolíticas, especialmente aqueles que contém sal em sua formulação (soro caseiro). A recomendação é de 50 a 100 ml de líquidos após cada evacuação em crianças menores de 1 ano e 100 a 200 ml para crianças com mais de 1 ano. A alimentação habitual da criança, assim como o aleitamento materno, devem ser mantidos. A única medicação recomendada para esses pacientes é o zinco, que reduz a duração e a gravidade do quadro. Antibióticos só são recomendados em casos de desinteria, na suspeita de shigelose ou de cólera. Na prática, os probióticos são muito usados, mas não há recomendação formal para seu uso. Não há necessidade de colher exames laboratoriais para crianças sem desidratação 2. E Temos um lactente com diarreia aguda (aumento do número de evacuações e redução da consistência das fezes) e com sinais leves de desidratação: mucosas secas, mas com turgor elástico, pulsos cheios e sem lentificação do enchimento capilar. Logo, a conduta a ser instituída é o plano A, que consiste em aumentar a oferta de líquidos, incluindo líquidos com sal na formulação (soro de reidratação oral ou soro caseiro), suplementação de zinco por 10 a 14 dias, manter a alimentação habitual e orientar retorno em caso de piora da diarreia ou se a criança apresentar sinais de desidratação 3. E Este paciente tem sinais de desidratação, mas não apresenta sinais de desidrataçãograve. Para esses pacientes, devemos instituir o plano B de tratamento do OMS, que consiste em iniciar a reidratação com soro de reidratação oral, na Unidade de Saúde, num volume médio de 75 ml/kg em 4 horas. A presença de vômitos não contraindica a TRO, devendo ser aguardado 10 minutos após o vômito e voltar a oferecer o soro mais lentamente. Se o vômito persistir, podemos administrar ondansetrona. A reidratação venosa só é recomendada para pacientes com desidratação grave ( criança torporosa, com olhos muito fundos, incapaz de aceitar líquidos, com sinal da prega que desaparece muito lentamente) devendo ser NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 feita com soro fisiológico ou ringer lactato num volume de 100 ml/kg, sendo 30 ml/kg em 30 minutos e os outros 70 ml/kg em 2 horas e 30 minutos. 4. D Estamos diante de uma criança de 15 meses com uma doença diarreica aguda. O primeiro passo e mais importante no manejo dessa criança é a avaliação do estado de hidratação. A OMS valoriza a avaliação de quatro pontos: o estado geral, a sede, o tempo de desaparecimento do sinal da prega e a profundidade dos olhos. Com essa avaliação, classificamos a criança em hidratada, desidratada ou com desidratação grave. A banca traz uma criança irritada, que é um sinal de desidratação. A criança desidratada grave encontra-se letárgia ou torporosa. O turgor da pele está diminuído - logo, o sinal da prega desaparece lentamente ou muito lentamente. Os olhos estão fundos, que é compatível com a criança desidratada. Na desidratação grave os olhos estão muito fundos. Logo, a criança apresentada tem sinal de desidratação, mas não desidratação grave. Sendo assim, ela será reidratada na Unidade de Saúde. Uma estimativa inicial do volume de solução de reidratação oral será 75 ml/kg nas primeiras quatro horas, ou de 50 a 100 ml/kg, em 3 a 4 horas 5. C Ao nos depararmos com uma questão que versa sobre a abordagem terapêutica de uma criança com diarreia aguda, devemos obrigatoriamente determinar o grau de desidratação. No caso clínico em tela, fica evidente que a criança está desidratada grave: pulsos finos, olhos muito fundos, ausência de lágrimas e oligúria. Desta forma, a conduta preconizada é o plano C e, pelo Ministério da Saúde, consiste em expansão volêmica com alíquotas de 20 mL/kg a cada 30 minutos de solução salina fisiológica ou ringer lactato. Repetir essa quantidade até que a criança esteja hidratada, reavaliando os sinais clínicos após cada fase de expansão administrada. Deverá ser suspensa caso surjam sinais de hipervolemia, como hepatomegalia e estertores pulmonares. Quando a criança tiver condições de se alimentar por via oral, a dieta deverá ser liberada. 6. A A criança com diarreia aguda com algum sinal de desidratação deve receber o plano B de tratamento, que consiste na prescrição de terapia de reidratação oral, num volume médio de 75 ml/kg em 4 horas - no caso em questão, o volume total será de 1200 ml. Em caso de vômito, deve-se aguardar 10 minutos e voltar a oferecer o SRO mais lentamente. Caso os vômitos persistam, pode ser prescrito ondansetrona. A reidratação endovenosa só é recomendada para crianças com desidratação grave. O diagnóstico é clínico, não sendo necessária a realização de exames laboratoriais 7. A Paciente com diarreia e que apresentou vômitos no início do quadro e que se encontra com sinais de desidratação não-grave: boca e língua secas, pulso rápido e perfusão periférica lentificada. Portanto, a criança deve ser enquadrada no plano B do Ministério da Saúde do tratamento. O plano B consiste na administração da solução de reidratação oral dentro da unidade de atendimento sob supervisão. Caso não houvesse desidratação, não haveria necessidade de permanecer em unidade de saúde e poderia ser manejado com orientações para domicílio. Se houvesse desidratação grave, estaria indicada a hidratação endovenosa 8. A O ponto mais importante no manejo de crianças com diarreia e vômitos é a avaliação correta do estado de hidratação. Atualmente, o Ministério da Saúde valoriza a avaliação de quatro características: sede, condição geral, tempo de desaparecimento do sinal da prega e os olhos. Nas presença de dois ou mais sinais de desidratação grave, a criança tem desidratação grave –plano C de tratamento (terapia de rehidratação venosa em ambiente hospitalar – 20ml/kg soro fisiológico 0,9% em 30 minutos, repetindo até hidratação da criança); na presença de dois ou mais sinais de desidratação, a criança tem apenas desidratação – sem sinais de gravidade – plano B de tratamento (tarapia de reidratação oral - Recomenda-se o uso de 100 ml/kg de solução de reidratação oral, que deve ser oferecida em quatro horas - sem dieta, exceto leite materno), Por fim, se não há sinais de desidratação – plano NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 A de tratamento ( Soro oral em casa e manter dieta). O caso em questão nos apresenta um lactente com sinais de desidratação mais sem gravidade (lembre-se: choque, alterações de sensório e íleo paralítico). Portanto, plano b de tratamento 9. C Estamos diante de uma criança com uma doença diarreica aguda e a questão pede informações sobre o tratamento. Sabemos que a conduta é ditada com base no grau de hidratação da criança e, na questão, temos um lactente desidratado não-grave. Assim, deve-se seguir com o Plano B, que consiste em terapia de reidratação oral na unidade de saúde. Não há indicação de dietas específicas (isenta de lactose ou pobre em gorduras e fibras), nem mesmo prescrição de antibióticos (a maioria dos casos é viral). A prescrição de zinco está indicada, uma vez que reduz a intensidade dos sintomas e a recorrência de diarreia. 10. D Será que estamos diante de um quadro de desidratação grave ou não- grave? Que há desidratação, não há dúvidas e, por isso, concluímos que esta criança será tratada na unidade de saúde. Vamos ver os sinais que a criança apresenta: irritabilidade, turgor da pele diminuído, pulsos finos, olhos fundos, boca seca. De acordo com a OMS, são características do paciente com desidratação grave: letargia ou perda da consciência, olhos fundos, paciente que bebe com dificuldade ou é incapaz de beber, sinal da prega que desaparece muito lentamente. Já o Ministério da Saúde diz ser aquele paciente comatoso/hipotônico, com olhos muito fundos, boca e língua muito secas, que bebe com dificuldade ou é incapaz de beber, sinal da prega que desaparece muito lentamente, pulso muito débil ou ausente, enchimento capilar muito prejudicado. Com essa descrição, podemos ver que os sinais de gravidade para desidratação são mais acentuados do que os descritos pelo enunciado. Assim, não está caracterizado um quadro de desidratação grave (mas, sim, há desidratação!) e, assim, está indicado tratamento de acordo com o Plano B. Existem pequenas variações na literatura na forma em que o plano B é descrito (75 ml/kg em 4 horas; 50-100 ml/kg em 3-4 horas ou 4-6 horas), mas sempre será feito com a solução de reidratação oral 11. C A questão apresenta uma pré-escolar com desidratação grave, que foi prontamente corrigida e, neste momento, deve-se instituir a hidratação de manutenção. O Ministério da Saúde utiliza o soro glicosado e o soro fisiológico, mas perceba que a questão não utilizou o NaCl a 0,9%, mas sim a 20%. Desta forma, vamos calcular pela regra de Holliday-Seggar. Lembrar que a quantidade de sódio recomendada atualmente é isotônica, 130 a 140 mEq/L de sódio. Sendo assim, vamos aos cálculos: • Volume de soro glicosado a 5% para crianças com peso entre 10 a 20 kg: 1.000 kcal + 50 × (peso – 10) = 1.000 + 50 × (16 – 10) = 1000 + 50 x 6 = 1300 mL. • Sódio: 13 a 14 mEq/100 mL de solução. Se utilizarmos a média (13,5 mEq), para uma solução de 1300 mL, temos: 13,5 x 13 = 175,5 mL. Como 1 mL de NaCl a 20% tem 3,4 mEq -> 175,5 / 3,4 =51,6 mL. • Potássio: 2,5 mEq/100 mL de solução. Para uma solução de 1300 mL, temos: 2,5 x 13 = 32,5 mL. Como 1 mL de KCl a 19,1% tem 2,5 mEq -> 32,5 / 2,5 = 13 mL. Logo, a solução de manutenção para a criança em tela será composta por: soro glicosado 5% 1300mL + NaCl 20% 52mL + KCl 19,1% 13mL. 12. B Temos um lactente com um quadro provável de gastroenterite viral e desidratação e agora só precisamos definir o estado de hidratação e o plano terapêutico que lhe cabe. Enquadramos no plano B da OMS quando a criança se apresenta irritada (chorosa), com olhos fundos, sem lágrimas, taquicárdica e aceitando a hidratação oral avidamente. No plano C, que corresponde à desidratação grave, a criança se apresenta comatosa, com olhos muito fundos, sem a capacidade de beber líquidos. No plano B a conduta é administrar a solução de reidratação oral dentro do ambiente hospitalar e observar a criança até desaparecerem os sinais de desidratação. Caso a criança evolua com sinais de desidratação grave, aí sim, devemos fazer hidratação endovenosa NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 13. A A questão apresentou um menino de três anos com diarreia aguda. O primeiro passo no tratamento é a avaliação do estado de hidratação. Não houve mudança do peso, a pele tem elasticidade e turgor normais, mucosas úmidas e diurese preservada. Logo, a criança não tem desidratação e seguirá o plano A em ambiente domiciliar. É obrigatório aumentar a oferta de líquidos, incluindo o soro de reidratação oral (reposição para prevenir a desidratação) e a manutenção da alimentação com alimentos que não agravem a diarreia. A quantidade de líquidos que devem ser administrados/ingeridos após cada evacuação diarreica varia de acordo com a faixa etária: < 1 ano - 50-100mL; de 1-10 anos - 100-200mL; > 10 anos é a quantidade que o paciente aceitar. 14. A O plano B está indicado para casos de doença diarreica aguda com sinais de desidratação que não seja desidratação grave. O plano B consiste em administrar a soro de reidratação oral em 4 horas (50-100mL/kg - 250 a 500mL para uma criança de 5kg). Ao final desse período a criança deve ser reavaliada e, se não mais apresentar sinais de desidratação, poderá ser liberada para seguir a hidratação em caráter ambulatorial 15. C A presença de prostração, pulsos muito finos, bradicardia e taquipneia caracterizam a desidratação como grave, indicando necessidade urgente de hidratação parenteral (PLANO C) 16. D Sabemos que o Ministério da Saúde e a OMS dividem a conduta frente a um caso de diarreia com desidratação em planos: A, para os casos de diarreia SEM desidratação (terapia de reidratação oral no domicílio); B, para os casos de diarreia com desidratação não grave (terapia de reidratação oral na unidade de saúde); e C, para casos como em questão: desidratação grave (hidratação venosa)
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