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HIPOVOLEMIA
1. A morte em crianças no contexto de quadro de diarréia persistente tem a hipovolemia como
uma das principais causas. Detalhe como realizar de forma ideal a reidratação da criança.
Primeiramente, avalia-se o estado de hidratação da criança da seguinte forma:
- Grau A: Bem alerta, olhos normais, lágrimas presentes, boca e língua úmidas, bebe
água normalmente, sinal da prega desaparece rapidamente, pulso cheio,
enchimento capilar até 3 segundos;
- Grau B: Irritado, intranquilo, olhos fundos, lágrimas ausentes, boca e língua secas,
sedento, sinal da prega desaparece lentamente, pulso rápido/débil, enchimento
capilar de 3 a 5 segundos; (2 ou mais sinais desses, desidratação);
- Grau C: Comatoso, hipotônico, olhos muito fundos, lágrimas ausentes, boca e língua
muito secas, bebe mal ou não é capaz de beber, sinal da prega desaparece muito
lentamente, pulso muito débil ou ausente, enchimento capilar mais de 5 segundos (2
ou mais sinais desses, desidratação grave).
Baseado em cada grau, existem os tratamentos correspondentes: Plano A, Plano B e Plano C.
O primeiro é tratamento domiciliar; o segundo é terapia de reidratação oral no serviço de saúde; o
terceiro é terapia de reidratação parenteral.
Plano A
É obrigatório aumentar a oferta de líquidos, incluindo o soro de reidratação oral (reposição
para prevenir a desidratação) e a manutenção da alimentação com alimentos que não agravam
a diarreia. Deve-se dar mais líquidos do que o paciente ingere normalmente.
Além do soro de hidratação oral, são considerados líquidos adequados: sopa de frango com
hortaliças e verduras, água de coco e água. São inadequados: refrigerantes, líquidos açucarados,
chás, sucos comercializados, café.
Plano B
Administrar o soro de reidratação oral sob supervisão médica (reparação das perdas
vinculadas à desidratação). Manter o aleitamento materno e suspender os outros alimentos (jejum
apenas durante o período da terapia de reparação por via oral). Após o término desta fase,
retomar os procedimentos do Plano A.
A primeira regra nesta fase é administrar a solução de terapia de reidratação oral (SRO),
entre 50 a 100 mL/Kg, durante 2 a 4 horas. A SRO deve ser oferecida de forma frequente, em
quantidades pequenas com colher ou copo, após cada evacuação. A mamadeira não deve ser
utilizada.
Plano C
Corrigir a desidratação grave com terapia de reidratação por via parenteral (reparação ou
expansão). Em geral, o paciente deve ser mantido no serviço de saúde, em hidratação parenteral
de manutenção, até que tenha condições de se alimentar e receber líquidos por via oral na
quantidade adequada.
Idealmente deve-se conseguir a punção de veia calibrosa. Quando necessário, sobretudo
em casos de choque hipovolêmico, podem ser necessários dois acessos venosos. Caso não seja
possível infusão venosa, considerar infusão intra-óssea.
Na fase rápida, de expansão, em menores de 5 anos, administrar soro fisiológico 0,9%,
20mL/kg, durante meia hora. Em maiores de 5 anos, 30mL/kg por meia hora com o soro fisiológico,
e, em segundo, com ringer lactato, 70 mL/kg por 2 horas e 30 minutos.
Na fase de manutenção, administrar, em 24 horas, soro glicosado a 5% mais soro fisiológico a
0,9% na proporção de 4:1:
- Peso até 10kg: 100mL/kg;
- Peso de 10 a 20 kg: 1000 mL + 50 mL/kg de peso que exceder 10kg;
- Peso acima de 20kg: 1500mL + 20mL/kg de peso que exceder 20kg;
- KCI a 10%, 2 mL para cada 100mL de solução.
Na fase de reposição, administrar soro glicosado a 5% + soro fisiológico a 0,9% na proporção
de 1:1:
- Iniciar com 50mL/kg/dia. Reavaliar esta quantidade de acordo com as perdas do
paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Sociedade Brasileira de Pediatria. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Departamento
Científico de Gastroenterologia. N° 1, março de 2017;
2. Sociedade Brasileira de Pediatria. Tratado de pediatria. 4ª ed. Barueri, SP: Manole, 2017.

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