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CLÍNICA MÉDICA ABORDAGEM QUEIXAS TGI INFERIOR 1. Segmentar 2. Doenças funcionais x orgânicas 3. Intensidade 4. Alterações endoscópicas 5. Colonoscopia Muito indicada para pacientes >45 anos Sinais de alarme – hemorragia Falha no tratamento Hx familiar Funcional maior exemplo é sd intestino irritável. Sintomas não tem relação com a gravidade da doença Doença de funcionamento na prática SNC comunica-se com o TGI. SD INTESTINO IRRITÁVEL *Sd intestinal irritável comunicação vivida com o SNC, percepção da digestão causa dor. “Dor pelo processo normal da digestão”. Muito associado à ansiedade *Hipervigilância paciente fala “vai doer”, “vou ficar mal ao comer”. Pacientes possuem diferentes gatilhos. Muito associado à ansiedade. Critérios diagnósticos para intestino irritável 1. Dor abdominal de forma repetida 3x nos últimos 6 meses – relacionada à evacuação (dor passa) – mais importante 2. Alteração da frequência e consistência de evacuações Sintomas associados: tenesmo, passagem de muco, evacuações ocorrem durante o dia, urgência Escala de Bristol – avalia consistência das fezes Diagnósticos diferenciais de sd intestino irritável: 1. Infecção ativa e não tratada citomegalovírus em pacientes imunossuprimidos, Clostridium, infecções parasitárias (giardíase, cryptosporidium, esntrongiloides, enteroameeas – Anita trata todos) 2. Efeito colateral de remédio revisar lista de remédios do paciente. AINEs, antidepressivo, ATB, medicamentos reumatologia, IBP, metformina comumente podem alterar hábitos intestinais. Em caso de suspeita: tirar o remédio. 3. Intolerância alimentar 4. Doença celíaca 5. Câncer colorretal 6. Doença inflamatória intestinal 7. Colite microscópica 8. Diarreia por disabsorção de sais 9. Insuficiência exócrina do pâncreas 10. Supercrescimento bacteriano *biópsia com patologia para colite microscópica Sd intestino irritável pós-infeccioso 1) Paciente não tem sintomas 2) Início dos sintomas 3) Após primeira infecção, ocorrem momentos de melhora e piora (pode durar dias, meses, anos) Tratamento: 1) Dieta – existem gatilhos alimentares particulares do paciente. Pode ou não ser consistentes. Orientação: alimentação mais simples possível (reduzir gordura – carne vermelha, fast food; açúcar, sal, ultra processados, reduzir estimulantes cafeína, álcool, pimenta etc. – suplementação de fibras – ex: psilium – probióticos (?), fodmaps (dieta de resgate) 2) Corpo – atividade física, dormir bem, redução álcool, tabagismo 3) Mente – cuidar do estresse 4) Medicamento Imosec e vonau seguram muito o intestino Colestiramina tratamento de resgate, quando os anteriores não deram certo. Laxante em momentos de crise (preferência por polietilenoglicol) resolve o ritmo intestinal, mas não a dor Luriprostona melhora o ritmo intestinal e a dor utilizados sob demanda aumentam o limiar de tolerância à dor – maior parte das vezes são antidepressviso INTOLERÂNCIA À LACTOSE Lactase enzima que converte lactose em galactose e glicose. Nos humanos ele continua ativa mesmo após a infância. Em pessoas com intolerância à lactose, ocorre não persistência do gene que produz lactase. Lactose não é absorvida (dissacarídeo não é absorvido). Passa integra no intestino delgado, no cólon, é metabolizada de maneira diferente por bactérias, produzindo partículas osmoticamente ativas e gás DOR, DISTENSÃO ABDOMINAL E EVENTUALMENTE DIARREIA *muitas vezes ocorre sobreposição de intolerância à lactose e sd intestino irritável confirmação pela história clínica *dieta de prova tirar leite e derivados por duas semanas: sintomas 0 = intolerância a lactose; alguma melhora *não é tudo ou nada dose dependente. É bom tomar um POUCO de lactose – não necessariamente parar – espalhado ao longo do dia – estimula produção de bactérias que ajudam na digestão *sorvete, doces e leites são os que mais causam sintomas *queijos brancos, iogurte podem não causar sintomas *manter consumo mínimo, espalhar ao longo do dia, escolher alimentos 1° leite sem lactose; 2° leite vegetal; 3° escolher enzima (Lactosil – 1 ou 2 comprimidos logo antes da refeição) Lembrar sempre da relação entre quantidade de sintomas e quantidade de lactose ingerida Testes · Teste provocativo · Teste respiratório = H+ isolado · Teste sanguíneo – xarope com 50g lactose – dosagem 2h sequenciais de glicose (medida indireta) · Análise genética gene que favores intolerância à lactose (expressão genética CC, CT ou TT – quem expressa T é tolerante; C é intolerante, mas não necessariamente possui intolerância clínica) DOENÇA CELÍACA Conjunto de açúcar e proteínas do endosperma da semente. Quando a semente é triturada, amassada e sovada, ocorre mistura das proteínas, formando o glúten (gliadina + glutenina glúten – no caso do trigo). Em pessoas geneticamente suscetíveis, o glúten não é quebrado e os aminoácidos podem causar inflamação Problemas podem ser de caráter: · Imune doença celíaca, glúten ataxia (manifestações neurológicas), dermatite herpetiforme · Alérgica pouco comuns · Não autoimune/não alérgica sensibilidade ao glúten, testes negativos, mas sintomas. Se há predisposição genética, o glúten não é quebrado na borda em escova, aumenta a permeabilidade intestinal e entra. Ocorre a produção de anticorpos, que destroem a mucosa do duodeno e intestino delgado. Na prática, ocorre aumento da densidade de células no intestino delgado (linfócitos intraepiteliais; se> 25% linfocitose intraepitelial), hiperplasia das criptas, destruição das vilosidades, até que ocorre dano total do epitélio plano. O diagnóstico é sacramentado pela vista histológica Macroscopia perda das criptas, “duodeno careca” SINTOMAS Dermatite herpetiforme em regiões flexoras Em quem suspeitar? 1. Hx familiar – parentes de 1° grau 2. Manifestações digestivas clássicas SII com padrão diarreia 3. Deficiências nutricionais anemia ferropriva (ferro é absorvido no duodeno) 4. Condições concomitantes (Sd Down, osteoporose) 5. Doenças autoimune associadas DM tipo 1, tireoidite, HAI, Sjögren) Antitransglutaminas IgA + anti-endomíso (AEM) + dosagem IgA triagem pelo exame de sangue. Se positivo biópsia Critérios diagnósticos 1. Clínica 2. Endoscopia e biópsias 3. Sorologias 4. HLA DQ2 e DQ8 teste utilizado na dúvida. Maior valor é o seu resultado negativo. Não existe doença celíaca com HLA negativo fator de descarte. Resultado positivo não significa doenças celíaca 5. Resposta à dieta isenta de glúten Biópsia alterada não necessariamente significa doenças celíaca · A mínima exposição ao glúten desencadeia a inflamação e sintomas associados Alternativas de farinhas: 1. Amaranto 2. Arauta 3. Arroz 4. Batata 5. Castanhas 6. Coco 7. Feijão 8. Milho 9. Quinoa 10. Soja 11. Sorgo 12. Tapioca Outras fontes de contaminação cruzada 1. Medicamentos e suplementos 2. Cosméticos 3. Outros produtos giz de lousa, balões de látex, tintas faciais etc. Hoje não existe medicamento contra doença celíaca. O tratamento é controle da dieta e orientações adicionais Sintomas perda de peso, cólica abdominal, diarreia e flatulência excessiva Pode ocorrer anemia duodeno perde vilosidades – falta de absorção de ferro pode levar a fadiga Dematite herpetiforme rash pruriginoso pode ser visto TTO DIETA SEM GLUTEN, SUPLEMENTAÇAO DE NUTRIENTES DEFICIENTES, SCREENING POR OSTEOPOROSE Teste respiratório de hidrogênio analisa quanto H2 há: gás decorrente da digestão da lactose pelas bactérias
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