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Otorrino -> 19/09/2022 e 26/09/2022 ORELHA EXTERNA • Pavilhão auditivo • Meato acústico externo • Membrana timpânica (camada externa) OT ITE EXTERNA AGUDA • Definição: infecção da pele da orelha externa causada pelo rompimento da barreira do MAE • Acomete adultos, porém não limitado BACTERIOLOGIA • Pseudomonas aeruginosa • Proteus mirabilis • Staphilococcus • Bacilos Gram negativos • Fungos: o Otite externa fúngica (Aspergillus niger, Candida albicans) QUADRO CLÍNICO • Dor à palpação • Prurido • Secreção (otorreia) • Perda auditiva (?) • Febre (?) • Acontece principalmente no verão DIAGNÓSTICO • Clínico! • História do paciente • Exame otológico o Sensibilidade dolorosa à palpação o Eritema e edema de MAE o Otorreia o Presença de hifas (OE Fúngica) TRATAMENTO • Limpeza e cuidados locais • Microaspiração se necessário • Antibiótico tópico (oral muito raramente) • Analgesia e antinflamatórios NE • Não utilizar tratamentos caseiros! OT ITE EXTERNA CRÔNICA QUADRO CLÍNICO • Prurido • Descamação • Pele seca • Obliteração MAE • Dor (?) • Otorreia (?) TRATAMENTO • Antibiótico tópico • Corticosteroides • Cuidados locais o Não coçar o Não manipular o Evitar contato com produtos químicos OT ITE EXTERNA MALIGNA • OEA que evolui de maneira desfavorável • Imunodeprimidos / Diabéticos • Agressiva: Pseudomonas aeruginosa • Emergência: tratamento complexo • Mortalidade 20-25% DIAGNÓSTICO • Clínico! • Sintomas e sinais: o Otalgia intensa o Otorreia purulenta o Obstrução do MAE o Paralisia dos pares cranianos (?) • TC orelhas: Osteomielite TRATAMENTO • Antibiótico EV • Debridamento local • Analgesia • Cuidados intensivos OTOHEMATOMA • Definição: hematoma traumático do pavilhão auditivo o Derrame sanguíneo se coleta entre pericôndrio e cartilagem o Comum em lutadores • Tratamento o Drenagem obrigatória para evitar pericondrite o Curativo compressivo o Antibiótico sistêmico PERICONDRITE • Definição: infecção do pericôndrio auricular como consequência de trauma na orelha QUADRO CLÍNICO • Dor • Prurido • Edema e eritema locais • Casos avançados: crosta e comprimento de tecidos moles TRATAMENTO • Leve: debridamento, antibiótico tópico e oral • Avançada: hospitalização e antibiótico EV • Crônico: cirurgia com remoção de tecido necrótico e enxertia de pele HERPES ZOSTER ÓTICO • Síndrome de Ramsay Hunt • Reativação do vírus Varicela zoster no gânglio geniculado • Tríade o Lesões vesiculares no pavilhão auricular o Otalgia o Paralisia facial QUADRO CLÍNICO • Queimação • Otalgia • Cefaleia e astenia • Febre • Vesículas • Paralisia facial periférica TRATAMENTO • Proteger olho (PF): evitar ceratite de exposição • Corticosteroides • Antivirais ORELHA MÉDIA • Funções o Equalização da impedância e amplificação sonora (27 a 35 dB ganho) ▪ Alavanca martelo-bigorna ▪ Forma cônica da MT o Proteção da orelha interna • Membrana timpânica (camada interna) o Estruturas importantes ▪ Cabo do martelo ▪ Umbo ▪ Cone de luz (triângulo luminoso ▪ Parte tensa ▪ Parte flácida • Cavidade da orelha média • Ossículos o Martelo o Bigorna o Estribo • Mastoide • Tuba auditiva o Tubo ósteo-cartilaginoso que conecta a orelha média à nasofaringe o Terço inicial ósseo e 2/3 finais cartilaginosos o Normalmente fechada o Abre com manobra de Valsalva, bocejo ou deglutição o Adulto x Criança -> OMA rara em adultos ▪ Criança: menor (18-20mm) e inclinação 10º ▪ Adulto: 38mm e inclinação 45º o Funções ▪ Drenagem e clearance de secreção da OM para a nasofaringe ▪ Equalizar pressão da OM com ambiente ▪ Proteção da OM contra secreções de nasofaringe • Nervo facial (a) • Músculos protetores da OI o Músculo tensor do tímpano (b) o Músculo estapédio (c) OT ITE MÉDIA AGUDA • Definição: inflamação súbita do mucoperiósteo da orelha média -> normalmente de curta duração e pode ter resolução espontânea ET IOLOGIA • Viral -> maioria • Bacteriana o Streptococos pneumoniae (principalmente) o Hameophilus influenza o Staphylococcus pyogenes EPIDEMIOLOGIA • Principal complicação do resfriado comum • Maior incidência no inverno -> resfriados • Pico incidência: o 6 a 12 meses queda da taxa de imunoglobulinas o 4 e 5 anos: contato com outras crianças. o 75% crianças até 12 meses: 1 quadro • 90% crianças até 7 anos: 1 quadro • 75% crianças: mais de 3 episódios F IS IOPATOLOGIA FATORES DE RISCO • IVAS • Creche (resfriado comum) • Tabagismo • Uso de chupeta • Anormalidades crânio faciais • Predisposição genética • DRGE • Posição de amamentação QUADRO CLÍNICO • Otalgia • Febre e irritabilidade • Otorreia -> melhora da dor DIAGNÓSTICO • Clínico • Principal achado: abaulamento de membrana timpânica • Hiperemia • Alteração da transparência -> sem brilho • Aumento da vascularização • Pode haver nível líquido TRATAMENTO • Observação com cuidados/analgesia ou antibiótico via oral • Crianças <2 anos: principalmente antibiótico • Crianças >2 anos: antibiótico ou observação (piora -> retorno) • Unilateral, sem otorreia: pode aguardar 48h • Se tiver otorreia: sempre antibiótico via oral • Primeira escolha: Amoxicilina OTITE MÉDIA AGUDA RECORRENTE • Definição o 3 ou + episódios de OMA em 6 meses o 4 ou + episódios de OMA em 12 meses • Tratamento o Controlar fatores de risco o Medicamentos estimulantes -> imunidade local OT ITE MÉDIA SEROSA • Otite média secretora/com efusão • Definição: presença de fluido na orelha média na ausência de sintomas de infecção o Existe secreção à otoscopia, mas sem febre, dor ou otorreia o Disfunção crônica ou obstrução da tuba auditiva o Secreção serosa, sanguinolenta ou purulenta EPIDEMIOLOGIA • 50% dos lactentes até 1º ano de vida • Pico de incidência no inverno • Mais prevalente em malformações craniofaciais • Fatores de risco o Mesmos das OMA F IS IOPATOLOGIA • Aguda: <3 semanas • Subaguda: entre 3 semanas e 3 meses • Crônica: >3 meses QUADRO CLÍNICO • Principal: queixa auditiva o Reversível o Secreção dificulta transmissão sonora do meio aéreo para meio líquido (disacusia condutiva) • Plenitude auricular • Deficit de atenção • Atraso no desenvolvimento da fala • Tende a ouvir aparelhos com som alto DIAGNÓSTICO • Clínico! • Perda da translucidez de MT • MT sem brilho e com aumento da trama vascular • Nível líquido na orelha média com redução da mobilidade • Quando muito espesso temos o “glue ear” AUDIOMETRIA • Audiometria tonal com disacusia tipo condutiva • Timpanometria tipo B TRATAMENTO • Observação o 90% aparecem após OMS e regridem em 3 meses o Watchful waiting: observação por 3 meses • Episódios frequentes: soma em 1 ano > 3 meses • Tonturas ou instabilidades • Alterações de MT (atelectasia ou retrações) CLÍNICO • Antibiótico: o Instalação recente da OMS o Paciente virgem de tratamento o Processo infeccioso em agudização • Antibiótico + Corticosteroide o Melhor resposta terapêutica Alterações de MT (atelectasia ou retrações) CIRÚRGICO • Pacientes com OMS bilateral por 3 meses sem melhora com tratamento clínico • Pacientes com OMS unilateral sem melhora com tratamento clínico • OMA recorrente acompanhada de OME entre os quadros • Procedimento: Miringotomia e colocação de tubo de ventilação com ou sem adenoidectomia (obstrução do óstio faríngeo da tuba auditiva) o Colocação de tubo de ventilação o Adenoidectomia OT ITE MÉDIA CRÔNICA S IMPLES • Definição: perfuração da MT que pode ou não estar associada a uma afecção da orelha média, com ou sem otorreia • Tipos de perfuração o Central o Marginal o Atical ET IOLOGIA • Trauma timpânico(cotonetes, agressão etc.) • Barotrauma (mergulho) • Infecção da orelha média que não cicatrizou • Disfunção tubária QUADRO CLÍNICO • Rebaixamento da audição • Otorreia recorrente normalmente: o Sem odor o Fluida ou mucosa o Associadas a IVAS ou entrada de água DIAGNÓSTICO • Otoscopia • Audiometria: avaliar a perda de audição pré-cirúrgica o Condutiva o Maiores quanto maior for o acometimento da MT • TC para avaliar comprometimento de orelha média TRATAMENTO CLÍNICO • Orientações ao paciente podem ser suficientes • Antibiótico nas reagudizações • Prevenção: o Evitar entrada de água o Não manipular CIRÚRGICO • Cirurgia: timpanoplastia • Colocação de enxerto no local da perfuração e reconstrução, quando necessário, da cadeia ossicular OTITE MÉDIA CRÔNICA SUPURATIVA • Definição: otite média com supuração persistente, por mais de 6 semanas • Dor é incomum • Alteração patológica da caixa timpânica com hiperatividade secretora da mucosa TRATAMENTO • Clínico: antibióticos tópicos e eventualmente sistêmicos • Cirúrgico: remover todo tecido doente o Timpanoplastia com mastoidectomia com cavidade fechada (timpanomastoidectomia) OT ITE MÉDIA CRÔNICA COLESTEATOMATOSA • Definição: Formação de epitélio escamoso estratificado, comumente em forma de saco que segue a arquitetura da caixa timpânica, ático e mastoide o Massa de queratina que infecta, o epitélio começa a se degradar gerando erosão óssea, mudando a arquitetura da OM ET IOLOGIA • Migratória: mais comum o Crescimento da pele do MAE em direção a OM através de uma perfuração • Congênita: inclusão embrionária de tecido escamoso na embriogênese • Metaplásica: metaplasia escamosa da OM decorrente de agressão (pólipos, otite atelectásica, fatores inflamatórios etc.) QUADRO CLÍNICO • Otorreia de difícil controle, amarelada, indolor, espessa e muito fétida • Hipoacusia não proporcional ao tamanho do colesteatoma • Tonturas: complicação, erosão do labirinto OTOSCOPIA • Otorreia com descamações perláceas e material queratínico • Retração atical (parte flácida) • Perfuração ampla (destruição subtotal do tímpano) ou póstero-marginal com supuração TRATAMENTO • Mastoidectomia o Retirada de toda a parte óssea acometida da mastoide. o Retirada do tumor e restauração do ouvido: sem otorreia o Recuperação funcional é objetivo secundário COMPLICAÇÕES DAS OTITES MÉDIAS Intratemporais Intracranianas Mastoidite Abscessos mastoídeos Labirintite Fístula labiríntica Fístula retroauricular Paralisia facial Meningite Tromboflebite do seio sigmoide Abscesso cerebral Abscesso subdural Abscesso cerebelar • Mastoidite • Fístula retroauricular • Paralisia facial • Abscesso cerebral • Abscesso cerebelar T IMPANOSCLEROSE/NEOT ÍMPANO • Placas calcificadas resultantes de infecções pregressas da OM que tornam rígido o sistema ossicular: o Pouca sintomatologia quando restrita a MT o Quando atingem OM e cadeia ossicular: perda de audição considerável
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