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Resumo - Doenças da Orelha Externa e Média

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Otorrinolaringologia Júlia Araújo Medicina 
 
OTITE EXTERNA DIFUSA 
→ DEFINIÇÃO: inflamação difusa do conduto auditivo externo, podendo 
atingir o pavilhão auricular e a membrana timpânica, geralmente de início 
agudo 
- Também conhecida como orelha do nadador -> comum em regiões 
tropicais e subtropicais onde o clima é quente e úmido e mais frequente 
no verão 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Geralmente começa a partir de prurido 
no CAE causado por trauma local 
(instrumentação por cotonetes e unhas) 
- Pode ser secundário à maceração da 
pele induzida por imersão, comumente em 
ambientes de altas temperaturas e 
umidade, que remove a camada lipídica 
de proteção e permite a entrada de 
bactérias na unidade apopilossebácea 
- Meio propício para proliferação bacteriana 
- Estágios 
Pré-inflamatório - Camada lipídica que cobre a pele é retirada 
pela umidade ou trauma local 
 
 
 
 
 
Inflamatório agudo 
- Leve: hiperemia e edema de pele no conduto 
auditivo externo com otorreia clara, indodora e 
discreta dor no trago 
- Moderado: dor e prurido mais intensos, além 
do lúmen do CAE diminuir pelo edema e 
retenção de otorreia seropurulenta 
- Grave: CAE fica completamente obstruído e 
drena secreção cinza-esverdeada e 
descamação de debris, a pele se torna 
edematosa, há edema periauricular 
pronunciado e adenopatia, otalgia intensa, 
especialmente após mastigação e 
manipulação do trago 
 
 
Inflamatório 
crônico 
- Prurido de maior duração associado a um CAE 
com pele atrófica e frequentemente sem 
cerume 
- Secura e espessamento leve do canal a 
completa obliteração do mesmo por pele 
hipertrófica cronicamente inflamada 
- Principais sintomas: dor, prurido, plenitude auricular e perda auditiva 
- Dor à palpação do trago, comumente bastante intensa e 
desproporcional ao quadro inflamatório observado pelo examinador 
→ DIAGNÓSTICO 
- Associado a banhos de mar, piscina ou à manipulação do CAE 
- Patógenos mais frequentes: Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus 
epidermidis e Staphylococcus aureus 
→ TRATAMENTO 
- Otalgia: paracetamol, dipirona, opiáceos ou AINES 
- Tratamento local (sem complicações): preparações tópicas de 
antibiótico de amplo espectro mais potente especialmente contra a P. 
aeruginosa 
- Antibioticoterapia oral: extensão da infecção além do CAE 
(disseminação para o pavilhão auricular e a pele do pescoço e face, 
osteíte, formação de abscesso e doença da orelha média), no diabetes 
mellitus ou na síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) 
- Adição de hidrocortisona ao ciprofloxacino e da hidrocortisona ao ácido 
acético diminui a duração média da otalgia 
- Limpeza do CAE em consultório é uma medida importante para que a 
medicação tópica entre em contato com os tecidos infeccionados 
- Durante o tratamento devem ser evitados banhos de imersão durante 
sete a dez dias e o CAE deve ser protegido e seco nos banhos de chuveiro 
- Medidas preventivas: remover o cerume obstrutivo, o uso de gotas 
auriculares ácidas antes de nadar, após nadar ou à noite, usar protetores 
auriculares ao nadar e evitar trauma ao CAE 
OTITE EXTERNA LOCALIZADA/ FURUNCULOSE 
→ DEFINIÇÃO: infecção dos pilos sebáceos encontrada no terço lateral 
do CAE, com a formação de uma foliculite, podendo evoluir para um 
abscesso ou furúnculo 
- Agente principal é o Staphylococcus aureus 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Varia desde uma pequena pústula superficial 
até abscessos que ocluem o CAE 
- Sintomas: forte otalgia, hipoacusia nos casos 
de oclusão do CAE e secreção quando ocorre 
drenagem do abscesso 
→ TRATAMENTO 
- Limpeza local e no uso de analgésicos e AINH para aliviar o desconforto 
- Antes da drenagem, o uso de antibióticos tópicos e/ou sistêmicos pode 
resolver o processo 
- Compressas quentes intermitentes podem levar à drenagem da lesão 
- Havendo um ponto de flutuação este deve ser incisado e drenando 
- Gravidade: utilização de antibióticos sistêmicos com atividade 
antiestafilocócica (penicilina penicilinase-resistente, cefalexina ou 
clindamicina) 
PERICONDRITE E CONDRITE AURICULAR 
→ DEFINIÇÃO: processos inflamatórios do pericôndrio e da cartilagem do 
pavilhão auricular 
- Causados por extensão de processos infecciosos ou por trauma 
(acidental, cirúrgico, uso de piercing) 
- Sangue (hematoma por trauma) pode ser coletado entre o pericôndrio 
e a cartilagem do pavilhão auricular e vir a se tornar infectado 
- Pseudomonas aeruginosa é o microrganismo mais encontrado em 
culturas iniciais 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Área afetada mostra uma hiperemia dolorosa, com 
enduração de parte ou todo o pavilhão 
- Pele pode estar descamativa, com crostas ou 
mesmo ulcerada 
- Processo de drenagem pode causar deformidade 
total e permanente da orelha (orelha de couve-flor 
ou de boxeador) 
→ TRATAMENTO 
- Estágios iniciais: antibioticoterapia oral -> Ceftazidime ou Ciprofloxacino 
- Coleções purulentas ou necrose: cirúrgico -> abscessos devem ser 
drenados e o material enviado para cultura -> drenos devem ser 
colocados nas lojas e removidos com a resolução do processo -> 
cicatrização se faz por segunda intenção, com frequentes curativos locais 
com pomadas antibióticas 
→ POLICONDRITE/ PERICONDRITE RECIDIVANTE 
- Caracterizada por inflamação intermitente e destruição das cartilagens 
Otorrinolaringologia Júlia Araújo Medicina 
- Causa desconhecida e associada a doenças autoimunes 
- Mais prevalente entre a quarta e a sexta década de vida 
- Quadro Clínico: dor súbita, com eritema e edema das áreas 
cartilaginosas, sem nenhuma história de trauma ou manipulação 
- Diagnóstico: clínico, se com pelo menos três das seguintes 
manifestações: condrite bilateral, poliartrite inflamatória, condrite nasal, 
inflamação ocular, condrite do trato respiratório ou disfunção vestibular/ 
auditiva 
- Tratamento: uso de corticoides, indometacina e salicilatos nas crises 
 . Imunossupressores em casos mais graves 
OTOMICOSE/ OTITE EXTERNA FÚNGICA 
→ DEFINIÇÃO: infecção causada por fungos da pele do conduto auditivo 
externo 
- Comum em regiões tropicais devido ao calor e a umidade 
- Diminuição das barreiras de defesa da orelha externa, como o uso 
constante de gotas otológicas, processos inflamatórios crônicos, estenoses 
do CAE e a perda da camada protetora de cerume 
- Agentes etiológicos: Aspergillus (mais frequente), Candida, Actinomyces, 
Phycomycetes, Rhizopus e Penicillium 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Prurido intenso, plenitude auricular pelo 
acúmulo de secreções e otorreia 
- Otoscopia: revela um conduto hiperemiado 
com pouco edema, sendo possível visualizar 
os micélios fúngicos, que apresentam 
diversas colorações 
 . Candida albicans: presença de massa 
esbranquiçada semelhante a fibras de algodão 
→ DIAGNÓSTICO 
- Achados característicos 
- Culturas NÃO são rotineiramente realizadas 
→ TRATAMENTO 
- Remoção completa dos fungos e do macerado epitelial 
- Evitar a entrada de água que manteria a umidade no local 
- Antifúngicos tópicos específicos: clotrimazol, nistatina, cetoconazol, 
miconazol e ciclopirox olamina 
- Deve ser mantido até que ocorra a eliminação completa do processo 
- Nos casos de perfuração da membrana timpânica ou cavidade 
mastóidea aberta devem ser utilizados medicamentos que não 
demonstraram ototoxicidade (miconazol, clotrimazol, tolnaftato e 
nistatina) 
HERPES ZOSTER 
→ DEFINIÇÃO: reativação do vírus varicela-zoster latente de uma infecção 
prévia (varicela) nos gânglios nervosos 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Dor intensa e a presença de vesículas seguindo a 
distribuição do nervo atingido 
- Lesões localizam-se com maior frequência na 
concha e na parede superior do CAE 
- Dor ou a sensação de queimação pode preceder 
em dias as vesículas 
 
- Síndrome de Ramsay-Hunt 
 . Paralisia facial transitória ou permanente -> 
decorrente do edema sofrido pelo nervo facial 
 . Vesículas no CAE 
 . Hipoacusia e/ou Vertigem-> devem-se à proximidade anatômica dos 
nervos facial e vestibulocolcear 
→ DIAGNÓSTICO 
- Provável em pacientes com forte otalgia, sem causa aparente e 
resistente ao tratamento tradicional (antibióticos e anti-inflamatórios) 
→ TRATAMENTO 
- Cuidados locais e a aplicação de antibióticos tópicos sem corticoides 
ajudam na prevenção de infecções secundárias 
- Uso de analgésicos potentes é prioritário 
- Utilização dos antivirais: valaciclovir, aciclovir ou famciclovir 
ERISIPELA 
→ DEFINIÇÃO: celulite (infecção da pele e do 
tecido subcutâneo) superficial causada pelo 
Streptococcus pyogenes (raramente outros) 
com envolvimento de vasos linfáticos 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Febre, calafrios e cefaleia 
- Lesão endurecida, avermelhada, dolorosa e 
caracteristicamente com bordos bem 
delimitados e irregulares 
→ TRATAMENTO 
- Antibioticoterapia sistêmica: penicilina (penincilina V oral ou benzatina 
intramuscular 
- Pode-se utilizar clindamicina ou cefalexina como alternativa e nos casos 
de suspeita de infecção por estafilococos 
OTITE EXTERNA MALIGNA/ NECROTIZANTE 
→ DEFINIÇÃO: infecção potencialmente letal que começa usualmente no 
CAE e se estende à base do crânio 
- Ocorre, principalmente, em pacientes diabéticos idosos e que a despeito 
de terapia antibiótica prolongada está associada à morbidade e 
mortalidade elevadas 
- Agente etiológico: Pseudomonas aeruginosa (bactéria gram – aeróbia 
obrigatória) -> cepas mais virulentas produzem enzimas líticas (colagenase 
e elastase) e neurotoxinas responsáveis, respectivamente, pela vasculite e 
neuropatias cranianas periféricas 
 . Raramente causa infecção em tecidos sadios, mas geralmente 
progride através de pequenas lesões 
- Outras bactérias (Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus, Klebsiella sp. 
e Staphylococcus epidermidis) e fungos (Candida albicans e Aspergillus 
fumigatus) também podem estar presentes 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Otalgia, usualmente lancinante, 
resistente ao uso de analgésicos e que se 
irradia para as regiões frontotemporais e 
parietais com piora à noite + 
Acompanhada frequentemente de uma 
otorreia fétida e purulenta, além de 
hipoacusia condutiva 
- Geralmente, não há sinais sistêmicos 
como febre ou taquicardia 
- Sensibilidade e edema periauricular são 
achados comuns, além de tecido degranulação que se localiza na 
porção posteroinferior do CAE ao nível da junção osteocartilaginosa 
- Deve ser feita biópsia de rotina para descartar a hipótese de carcinoma 
espinocelular 
- Edema e hiperemia do CAE podem ser localizados, mas com membrana 
timpânica usualmente intacta 
- Deve ser feita cultura de rotina do material do CAE 
- Infecção pode passar através das fissuras de Santorini do CAE para 
mastoide e parótida 
- Disseminação: pode ocorrer por canais venosos e planos faciais dentro 
do osso temporal e pelos seios durais das fossas média e posterior, 
podendo chegar ao ápex petroso e eventualmente afetar os nervos 
facial, vago e espinhal e até os nervos glossofaríngeo e hipoglosso 
- Complicações: abscesso cerebral, a sinusite esfenoidal, o aneurisma 
micótico, a parotidite, a trombose do seio lateral e sigmoide 
→ DIAGNÓSTICO 
1- Otalgia persistente por mais de um mês 
2- Otorreia purulenta persistente associada a tecido de granulação por 
várias semanas 
3- Diabetes mellitus, idade avançada ou outro estado de imunossupressão 
4. Envolvimento de pares cranianos 
- Monitoração clínica deve ser feita com a velocidade de 
eritrossedimentação, o leucograma e a proteína C reativa 
- Tomografia computadorizada (TC) do osso temporal com contraste: 
exame de imagem mais importante para avaliação da extensão da 
Otorrinolaringologia Júlia Araújo Medicina 
doença e pode mostrar erosão do osso timpânico, espessamento de 
tecidos moles, velamento da mastoide, sequestro no CAE e erosão da 
base de crânio 
- Ressonância nuclear magnética (RM): pode ser vantajosa para definir a 
extensão medial da infecção em direção à base do crânio, espaço 
parafaríngeo, forames e canais dos nervos cranianos, dura máter e 
cérebro 
- Cintilografia com tecnécio-99: útil para o diagnóstico da osteíte e tem 
alta sensibilidade 
- Cintilografia com gálio-67: mostra o foco de infecção aguda, mas não 
toda a extensão do processo osteomielítico 
- Recomenda-se o estudo inicial dos pacientes com tecnécio e gálio e 
para acompanhamento estudos sequenciais mensais com Gálio para 
monitorizar a resposta à terapia instituída 
→ TRATAMENTO 
- Instituição de terapia agressiva, com o paciente internado e recebendo 
antibióticos intravenosos, além de controle estrito do diabetes mellitus e 
limpeza frequente do CAE -> Ceftazidime -> isoladamente ou associado à 
amicacina, tobramicina ou gentamicina por um período de 4 a 6 semanas 
na dose de 2 g a cada 8 horas e tem boa penetração no sistema nervoso 
central 
- Casos leves: ciprofloxacino oral por um período de até 6 meses após o 
término da terapia intravenosa -> terapia ambulatorial primária ou 
seguindo-se aos esquemas de antibioticoterapia intravenosa 
- Critérios de Cura: cicatrização da pele do CAE, culturas negativas e a 
normalização da velocidade de eritrossedimentação 
OTITE EXTERNA BOLHOSA/ HEMORRÁGICA 
→ DEFINIÇÃO: bolhas são causadas por uma lesão capilar tóxica tanto na 
camada epitelial da MT quanto do CAE 
- História de infecção de vias aéreas superiores e melhora da dor após a 
drenagem 
- Mais frequente em crianças, adolescentes e adultos jovens 
- Agentes etiológicos: Mycoplasma pneumoniae e outras bactérias 
causadoras de otite média aguda (Streptococcus pneumoniae, 
Haemophilus influenzae e Estreptococos ß-hemolítico) e vírus (influenza, 
parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório) 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Otalgia muito intensa e súbita seguida pela otorreia sanguinolenta ou 
serossanguinolenta, normalmente escassa, pelo CAE 
- Pode haver hipoacusia pela ruptura medial de vesículas para dentro da 
orelha média com formação de hemotímpano e perda auditiva 
condutiva 
- Otoscopia: bolhas hemorrágicas vermelho-azuladas cobrindo a pele do 
CAE ósseo e a membrana timpânica 
- Orelha interna também pode ser afetada causando perda auditiva 
neurossensorial e vertigem 
- Vesículas desaparecem normalmente em torno de 2 a 3 semanas 
→ TRATAMENTO 
- Analgésicos, corticoides, antibióticos tópicos e eventualmente sistêmicos 
como a ampicilina, sulfa e eritromicina 
- Pode ser feita a paracentese das vesículas para descompressão e alívio 
da dor -> pode causar infecção secundária 
DERMATITE DE CONTATO 
→ DEFINIÇÃO: inflamação aguda ou crônica causada por uma ação 
irritante (ácidos, álcalis, fenol, sabão, detergentes) ou alérgica (reação de 
hipersensibilidade) 
- Paciente pode relatar o contato de longa data com a substância 
alergênica sem uma história anterior de dermatite 
- Brincos são uma causa frequente 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Hiperemia discreta até um edema intenso com formação de vesículas 
- Prurido é intenso na fase aguda 
- Casos crônicos podem ocorrer um espessamento da pele com 
liquenificação 
→ TRATAMENTO 
- Evitar o contato com o agente causador 
- Pode-se usar um corticoide tópico, reservando os sistêmicos para os 
quadros mais graves 
- Infecção secundária -> terapia antimicrobiana 
- Anti--histamínicos podem aliviar o prurido 
DERMATITE ATÓPICA 
→ DEFINIÇÃO: inflamação de curso crônico com períodos de 
exacerbação, associada à asma e à rinite alérgica 
- Inicia-se, geralmente, antes dos 5 anos de idade e a evolução é 
imprevisível, geralmente regredindo até a puberdade, mas exacerbações 
são frequentes 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Lesões apresentam-se em diferentes locais como a face, o couro 
cabeludo, a nuca e as dobras cutâneas 
- CAE é frequentemente acometido 
- Lesões são muito pruriginosas e podem se apresentar de formas variadas: 
de eritema discreto até pápulas eritematosas com escoriações e vesículas 
- Casoscrônicos existe liquenificação e a presença de pápulas fibrosas 
→ DIAGNÓSTICO 
- Clínico e relacionado com rinite alérgica e/ou asma. IgE elevados e 
eosinofilia são achados possíveis 
→ TRATAMENTO 
- Visa o controle e a prevenção, sendo os corticoides tópicos os mais 
eficazes 
- Anti-histamínicos também podem ajudar a melhorar o prurido 
- Corticoides orais devem ser usados apenas em casos graves 
DERMATITE SEBORREICA 
→ DEFINIÇÃO: afecção crônica em áreas com glândulas sebáceas 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Descamação seca e difusa do couro cabeludo (caspas) 
- Afeta frequentemente a orelha externa (concha, CAE e sulco 
retroauricular) 
- Erupção é acompanhada de prurido discreto 
 → TRATAMENTO 
- Controle da caspa, com xampus à base de sulfeto de selênio ou zinco 
- Lesões podem ser tratadas com corticoides tópicos, evitando-se 
corticoides fluorados 
 
OTITE MÉDIA AGUDA 
→ DEFINIÇÃO: surgimento rápido de sinais e sintomas de inflamação do 
mucoperiósteo da orelha média de etiologia viral ou bacteriana 
- Atribui-se a vacinação para pneumococo e influenza e campanhas de 
educação quanto à etiologia viral de IVAS 
- Pico de incidência ocorre entre 6 e 12 meses de idade, diminuindo com 
o crescimento da criança, tornando-se pouco frequente por volta dos 7 
anos 
→ FATORES DE RISCO 
- Ambientais 
 . IVAS 
Otorrinolaringologia Júlia Araújo Medicina 
 . Creche/ escola (aglomerados) 
 . Tabagismo passivo 
 . Uso de chupeta 
 . Aleitamento materno 
 . Outros fatores: ordem de nascimento, tamanho da família e condição 
socioeconômica 
- Fatores do hospedeiro 
 . Idade: episódio de OMA antes dos 6 meses de idade é um poderoso 
preditor de OMAR (Otite Média Aguda Recorrente) 
 . Anormalidades craniofaciais 
 . Predisposição genética 
 . Outros fatores: alergia, refluxo gastroesofágico, raça e sexo 
→ PATOGÊNESE 
- Mais prevalente no lactente e na criança pequena 
- Fatores anatômicos e imunológicos característicos nesta faixa etária 
- Tuba auditiva (TA) é o órgão responsável pela ventilação da orelha 
média -> durante o repouso, encontra-se fechada -> sua luz é virtual e 
abre-se de forma intermitente pela contração do músculo tensor do véu 
palatino durante a deglutição ou bocejo 
- TA da criança é mais curta e mais horizontalizada, o que facilita a 
progressão de vírus e bactérias da rinofaringe para a orelha média 
- OMA geralmente é desencadeada por um processo infeccioso, 
associado a um determinado grau de disfunção da TA e do sistema 
imunológico -> frequentemente é precedida em 3-4 dias por IVAS -> vírus 
age como copatógeno, predispondo à infecção bacteriana 
- Etiologias -> Streptococcus pneumoniae (20-40%), Haemophilus 
influenzae (15-30%), Moraxella catarrhalis (10-20%) e Streptococcus 
pyogens e aureus (2-3%) 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Otalgia é sintoma frequente e específico -> ausência não exclui a 
doença 
- Febre (presente em metade dos casos) 
- Irritabilidade, diminuição do apetite, vômitos, diarreia e fadiga 
→ DIAGNÓSTICO 
- Otoscopia: sinais de alteração da membrana 
timpânica -> mudanças de translucidez, forma, 
cor, vascularização e integridade 
 . Achado de maior poder prognóstico -> 
abaulamento da membrana timpânica 
- Fase inicial -> abaulamento pode ser provocado 
pela produção de gases das bactérias na orelha média -> acúmulo de 
secreção purulenta, levando à distensão da MT e mantendo o 
abaulamento 
- Nível hidroaéreo: sugere reabsorção da 
secreção e pode representar a resolução do 
quadro 
- Coloração avermelhada da MT pode ser 
consequência do reflexo da hiperemia da 
mucosa do promontório, visualizada através 
de uma MT normal que pode gerar confusão 
durante o exame e acentuar-se quando a 
criança estiver chorando 
 . Avermelhada -> indicar a fase inicial e viral 
 . Alteração de cor (esbranquiçada ou amarelada) -> presença de 
secreção purulenta na orelha média é mais sugestiva de OMA bacteriana 
- Presença de otorreia no conduto auditivo significa a drenagem 
espontânea do processo da orelha média -> exsudato pulsátil, associado 
a uma perfuração puntiforme da MT raramente visualizada, sendo 
característica a consistência mucoide da secreção 
- Ideal seria a realização de timpanocentese para cultura da efusão no 
momento do diagnóstico 
→ TRATAMENTO 
- Melhora independe da 
adesão ao tratamento ou ao 
tipo de medicação 
1- ATB 
2- AINE 
3- Lavagem nasal 
4- Corticoides tópicos nasais 
- Antibioticoterapia 
 . Crianças -> opção de observação inicial nos casos de OMA não 
complicada nas primeiras 72 horas, iniciando-se tratamento sintomático 
com analgésico -> uso de antibióticos é indicado quando os sintomas 
pioram ou permanecem após este período 
 . Crianças candidatas à observação inicial são aquelas sem sintomas 
de gravidade (toxemia, otalgia persistente por mais de 48 horas, ou febre 
acima de 39 ºC) e sem otorreia com OMA unilateral a partir dos 6 meses 
de idade 
 . Caso a OMA seja bilateral, a observação inicial estará indicada 
somente a partir dos 2 anos 
 . Não são candidatas para observação inicial: menores do que 6 meses 
de vida, presença de otorreia, OMA com sintomas de gravidade, OMA 
bilateral em menores de 2 anos, falhas no tratamento da OMA; recidiva 
de OMA (em menos de 30 dias), imunodeficiências, anormalidades 
craniofaciais, outra infecção bacteriana associada (tonsilite ou sinusite) 
 
 . Amoxicilina é recomendada como tratamento de primeira escolha na 
OMA na dose elevada de 80-90 mg/kg/dia 
 . Duração do tratamento é determinada pela idade e gravidade -> 
crianças menores de 2 anos e crianças com sintomas graves, 
recomendam-se 10 dias, em crianças entre 2 e 5 anos com OMA leve a 
moderada, sugerem-se 7 dias e, em crianças maiores de 6 anos com OMA 
leve a moderada, pode-se tratar por 5 a 7 dias 
- Cirúrgico 
 . Meringotomia: com ou sem tubo de ventilação + Adenoidectomia 
 . Timpanoplastia 
 . Timpanomastoidectomia 
→ PROFILAXIA 
- Objetivo: prevenir infecções pelos vírus e bactérias mais prevalentes 
- Influenza, pneumococo (PCV7) e H. influenzae não tipável (HIB) 
→ OTITE MÉDIA AGUDA RECORRENTE (OMAR) 
- Definição: presença de três ou mais episódios de OMA em um período 
de 6 meses, ou quatro ou mais episódios de OMA em um período de 12 
meses 
 . Episódios devem ocorrer em intervalos separados e bem 
documentados 
 . Entre os episódios deve haver melhora da orelha média, ficando livre 
de efusão 
- Fatores de risco associados: ocorrência do primeiro episódio de OMA 
antes de 6 meses de idade, frequentar creche, tabagismo passivo, 
ausência ou curta duração de aleitamento materno e história de outro 
filho com OMAR 
- Conduta 
 . Manejo inicial visa à educação familiar e ao controle de potenciais 
fatores de risco 
 . Timpanotomia para inserção de tubo de ventilação (TV) -> visa à 
entrada de ar na orelha média através de um artefato colocado 
cirurgicamente na membrana timpânica, substituindo artificialmente a 
função da TA 
 . Adenoidectomia -> pode ser indicada em crianças que colocaram TV 
e após a sua extrusão voltaram a ter OMA -> adenoide pode predispor à 
otite não pelo seu tamanho, mas por ter função de reservatório 
bacteriano 
OTITES MÉDIAS CRÔNICAS 
→ DEFINIÇÃO: condição inflamatória, infecciosa ou não, associada ou 
não a perfuração da membrana timpânica e otorreia 
- Cronológico: duração maior que 3 meses 
- Histológico: inflamação e alterações teciduais irreversíveis 
- Etiologias 
Otorrinolaringologia Júlia Araújo Medicina 
 . OMA supurativa 
 . OMA necrotizante 
 . Disfunção tubária isolada 
 . Trauma 
 . Tumores 
 . Doenças sistêmicas (Granulomatose de Wegener/ Histiocitose X) 
→ CLASSIFICAÇÃO 
1- Não específica 
- Não coleosteatomatosas: perfuração central, perfuração marginal, 
retração timpânica 
* Perfuração bonitinha, retração = “tímpano sugado”- Colesteatomatosas: colesteatoma primário, secundário e congênito 
- Otite média crônica silenciosa (não tem perfuração) 
2- Específica 
- TB 
- Actinomicose 
- Luética 
Otite Média Crônica Não 
Colesteatomatosa 
→ FATORES DE RISCO 
- Frequentar creches 
- Ter fumantes em casa 
- Ser filho de mãe com história de otorreia 
- Ter alta taxa de infecções de vias aéreas superiores 
- Ser inuíte 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Sinais e sintomas variam de 
acordo com a apresentação 
clínica da doença 
- Perfuração Timpânica 
 . Forma mais característica 
 . Inflamação crônica leva a 
ruptura das três camadas da 
membrana timpânica 
Perfurações centrais Há presença de bordos e anel timpânico 
ao redor dos 360º da perfuração 
Perfurações marginais Ausência de bordo em parte da 
perfuração 
 . Sintomas mais prevalentes: otorreia intermitente e hipoacusia 
condutiva 
- Retração Timpânica 
 . Manifestação mais comum: hipoacusia 
 . Pars flácida -> retração atical 
 . Pars tensa 
→ TRATAMENTO 
- Manter as orelhas secas 
1- MEDICAMENTOSO 
- Controle da otorreia medicações tópicas como gotas antibióticas -> 
Ciprofloxacino 
2- CIRÚRGICO 
- Objetivos: 
 . Erradicar o processo inflamatório da orelha média e mastoide 
 . Reconstruir a anatomia da orelha média 
 . Reabilitar a função auditiva 
- Timpanotomia com colocação de tubo de ventilação 
- Timpanoplastia, 
- Timpanomastoidectomia: exérese dos tecidos de granulação e pólipos 
Otite Média Crônica Não 
Colesteatomatosa 
→ DEFINIÇÃO 
- Crescimento progressivo, com 
destruição dos tecidos 
adjacentes, principalmente 
com erosão óssea, e possuem 
uma tendência a recorrência 
- Histologicamente: presença 
de células escamosas 
queratinizadas, 
 . Compostos de matriz 
(epitélio escamoso 
queratinizado propriamente 
dito), conteúdo cístico 
(queratina) e, mais 
perifericamente, perimatriz (tecido de granulação e tecido conectivo 
subepitelial inflamatório) 
- Os colesteatomas são classificados como congênitos e adquiridos, sendo 
esses últimos divididos em primários e secundários 
- Etiopatogenia: principais teorias são: congênita, metaplásica, migratória, 
hiperplásica, de invaginação e de implantação 
→ FATORES DE RISCO 
- Retrações moderadas e graves da membrana timpânica e as 
perfurações marginais 
- Anormalidades craniofaciais que se apresentam com alterações 
funcionais e/ou anatômicas da tuba auditiva 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Otorreia: costuma ter odor fétido característico 
- Perda de audição 
- Outros sintomas: sangramento, otalgia, vertigem e cefaleia 
- Contaminação bacteriana é secundária 
- Flora bacteriana: bactérias aeróbias mais comumente isoladas são 
Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus 
→ DIAGNÓSTICO 
- Clínico -> Anamnese + Otoscopia evidenciando acúmulo epitelial 
- Audiometria: mostrará uma perda auditiva condutiva de grau variável, 
dependendo do grau de comprometimento da orelha média 
- Exames de Imagem: tomografia computadorizada é o exame de 
escolha para definir a extensão da doença, o comprometimento da 
cadeia ossicular e o grau de pneumatização da mastoide 
→ TRATAMENTO 
- Cirúrgico -> objetivo primário a erradicação da doença 
 . Timpanomastoidectomia fechada (ou wall up) 
 . Timpanomastoidectomia aberta (ou wall down) 
 . Mastoidectomia radical 
OTITE MÉDIA SEROSA/ EFUSÃO 
→ DEFINIÇÃO: presença de fluido na orelha média na ausência de sinais 
ou sintomas de infecção otológica aguda 
- Efusão na orelha média reduz a mobilidade da membrana timpânica 
(MT), formando uma barreira na condução da onda sonora 
- Podem ocorrer pelo mau funcionamento da trompa de Eustáquio (TE) e, 
principalmente, após quadros de otite média aguda (OMA) e infecções 
de vias aéreas superiores (IVAS) 
- Classificação: aguda (menos de 3 semanas), subaguda (3 semanas a 3 
meses) ou crônica (mais de 3 meses) 
→ PATOGÊNESE 
- Pacientes com OME a tuba auditiva (TA) é incapaz de aliviar uma pressão 
negativa criada dentro da cavidade timpânica 
- Movimento de bombeamento muscular (pump like action) da TA, na 
tentativa de drenar líquido, aumentaria a pressão negativa -> na 
impossibilidade de a TA aliviar essa situação criada pela própria atividade 
de clearance, resultando na permanência do líquido dentro da fenda 
auditiva 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Fluido pode ser mucoide, seroso, sanguinolento, purulento ou uma 
combinação dos mesmos 
- Apesar da deficiência auditiva ser leve e transitória na maioria dos casos, 
a OME crônica gera apreensão por potenciais efeitos sobre o 
desenvolvimento da linguagem e da fala, e potenciais alterações 
irreversíveis na orelha média 
Colesteatoma: doença crônica 
de origem epitelial com 
características líticas e de 
migração, levando à erosão 
óssea, tanto da cadeia ossicular 
quanto das células da mastoide 
 
 
Acúmulo de queratina esfoliada 
dentro da orelha média ou dos 
espaços pneumatizados 
do osso temporal, sendo 
originado a partir de epitélio 
escamoso pneumatizado 
Otorrinolaringologia Júlia Araújo Medicina 
- Efusão produzida na orelha média pode ser mucoide, constituída por um 
exsudato gerado por glândulas secretoras, ou serosa, formada por um 
transudato, devido ao aumento da permeabilidade capilar 
- Otoscopia: visualização de bolhas ou nível hidroaéreo está associada a 
fase de resolução do processo, indicando que a TA está pérvia, 
recuperando sua função de equalização de pressão dos gases entre a 
OM e o ambiente externo 
 . Conteúdo na OM torna a visualização da MT opaca, contrastando 
com o cabo do martelo, que parece ficar mais branco, com um “aspecto 
gessado” 
 . Frequentemente ocorre um aumento da vascularização radial na pars 
tensa da MT, onde os vasos não são visíveis no tímpano normal 
- Membrana timpânica pode apresentar diminuição da transparência, e 
a efusão da OM, uma coloração âmbar, que pode variar de acordo com 
o tipo e a consistência do líquido, podendo atingir tonalidades escuras, do 
marrom até um azulado conhecido como blue ear drum 
- Outra forma de apresentação é a presença 
de secreção excessivamente viscosa, 
conhecida como glue ear 
 
→ DIAGNÓSTICO 
- Suspeita clínica 
- Importante valorizar: falta de atenção, 
alterações comportamentais, dificuldade 
em acompanhar uma conversação em volume normal ou uso de 
aparelhos com som excessivamente elevado, alteração do desempenho 
escolar, atraso no desenvolvimento de fala ou linguagem; dificuldade em 
entender adequadamente as frases, sensação de ‘’ouvido tapado’’ ou 
estalidos, problemas de equilíbrio, falta de coordenação ou atraso no 
desenvolvimento motor, episódios de reagudização de otite média aguda 
- Padrão ouro: timpanometria comparada à miringotomia 
- Teste auditivo: é recomendado quando a OME persistir por mais de três 
meses, ou em qualquer momento em que se suspeite de atraso de 
linguagem, problemas de aprendizado ou deficiência auditiva 
significativa 
 . Consequências da efusão sobre a audição são variáveis, podendo 
provocar perdas condutivas de até 55 dB 
→ TRATAMENTO 
- Resolução espontânea da OME é favorável -> 75-90% das crianças após 
3 meses 
- Resolução espontânea é menor nos casos bilaterais e com persistência 
de três meses ou mais 
- Crianças com OME sem fatores de risco para dificuldades de 
desenvolvimento devem ser inicialmente observadas por três meses a 
partir do início da efusão (se conhecido) ou da data do diagnóstico 
- Recomenda-se, nas crianças com OME crônica que realizaram 
avaliação auditiva, a seguinte abordagem, considerando-se o nível 
auditivo no melhor lado: 
1. Níveis ≤ 20 dB (normal): repetir teste auditivo em 3 a 6 meses na 
persistência de OME 
2. Níveis entre 21 e 39 dB (leve): abordagem individualizada de acordo 
com a duração da efusão, intensidade da perda auditiva e preferência 
dos pais 
3. Níveis ≥ 40 dB (moderado): recomenda-se cirurgia 
- Tratamentocirúrgico: OME crônica unilateral por período igual ou maior 
que 6 meses, com perda auditiva condutiva igual ou maior do que 20 Db 
-> timpanotomia para inserção de TV -> TV permanece em média 8 a 14 
meses 
 . Independentemente do nível de audição ou do tempo de evolução, 
deve-se colocar tubo de ventilação (TV) na presença de bolsa de 
retração posterossuperior, início de erosão ossicular, atelectasia adesiva 
ou bolsa de retração com acúmulo de debris de queratina 
 . Associar a adenoidectomia à miringotomia tem eficácia semelhante à 
inserção isolada do TV somente em crianças maiores de 4 anos, 
apresentando benefício limitado e de curta duração em crianças 
menores 
- Tratamento medicamentoso 
 . Corticoesteroides 
COMPLICAÇÕES OTITES MÉDIAS 
→ PERFURAÇÃO DA MEMBRANA TIMPÂNICA 
- Qualquer quebra na integridade da membrana timpânica 
- Podem ser: centrais ou marginais; benignas ou malignas 
 . Benigna: se restringe à doença tubotimpânica 
 . Maligno: patologia aticoantrais 
- Avaliação audiométrica completa é mandatória 
- Perda auditiva é do tipo condutiva 
- Tratamento: cirúrgico —> miringoplastia 
- Outros: Timpanoesclerose, atelectasia, erosão ossicular, perda auditiva 
condutiva ou neurossensorial 
→ EXTRACRANIANAS 
- Abscesso Retroauricular: abaulamento retroauricular, febre, toxemia e 
dor intensa. 
- Fístula Labiríntica: associada a colesteatoma 
→ INTRACRANIANAS 
- Mais frequente é a meningite, seguida de abscesso cerebral, 
tromboflebite do seio sigmoide, abscesso epidural, empiema subdural e 
hidrocefalia otogênica. 
- Com exceção da meningite, que geralmente é uma complicação de 
um quadro de otite média aguda, as complicações intracranianas são, 
normalmente, decorrentes de OMC colesteatomatosa ou não 
- As vias de disseminação das complicações intracranianas podem ser: 
contiguidade (disseminação hematogênica ou via tromboflebite) ou por 
continuidade (através da parede óssea por osteíte). 
- Sintomas predominantes nas complicações intracranianas são febre 
persistente, cefaleia e otorreia purulenta

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