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TÓPICO 01: INTRODUÇÃO VERSÃO TEXTUAL DO FLASH Na aula passada conhecemos alguns aspectos de como os Direitos Humanos foram construídos. Aprendemos um pouco mais sobre sua história e refletimos sobre alguns conceitos gerais importantes para a prática como dignidade humana, igualdade, democracia e outros. Nesta aula, vamos aprofundar um pouco mais sobre como minorias sociais foram historicamente excluídas de alguns direitos e através de mobilizações, de lutas sociais específicas, passaram a conquistar o estatuto de sujeitos de direitos. REFLEXÃO Vamos pensar juntos. Você acha que as mulheres, no início do século XX, desfrutavam dos mesmos direitos que as mulheres do século XXI? O que teria mudado ao longo dessas décadas? O acesso à educação é o mesmo para todos os indivíduos? Que populações podemos hoje considerar que são excluídas do acesso à educação formal? Qual o papel da educação na "inclusão" de minorias sociais, na sociedade de um modo geral? Que privilégios sociais podemos considerar que homens detêm em relação às mulheres e que direitos elas ainda necessitam conquistar? Você, cursista, gosta de arte? Na música clássica, é mais comum encontrarmos mulheres compositoras e regentes de orquestra, ou homens? Quantas "compositoras" e "maestrinas" você conhece? Quantas pintoras? Nos museus, é mais comum encontrarmos quadros pintados por mulheres, ou retratos de nus femininos? "As mulheres precisam estar nuas para chegar ao Museu Metropolitan?" (menos de 5% dos artistas nas seções de arte moderna são mulheres, mas 85% dos nus são femininos)". Fonte (HTTP://WWW.GUERRILLAGIRLS.COM/POSTERS/GETNAKED.SHTML) MODULO II - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS AULA 02: EMBATES E CONQUISTAS NO CENÁRIO DA POLÍTICA: OS DIREITOS DA MULHER Poderíamos ir ainda mais longe com estas questões. De quais "mulheres" estamos falando? Mulheres "jovens", mulheres "lésbicas", "negras", "pobres", migrantes, idosas? Existem ainda aquelas que são ao mesmo tempo negras e lésbicas, as jovens que migram, as idosas mais pobres. Enfim, uma infinidade de combinações que dizem respeito ao lugar social que elas ocupam hoje e às exclusões que sofrem, em razão de sua condição feminina, historicamente construída como minoria, destituída de poder e status em relação ao mundo masculino. Como veremos, mulheres nem sempre tiveram direito ao voto e à educação formal. O acesso ao ensino superior já foi privilégio dos homens. Durante alguns séculos o mundo do trabalho era um espaço reservado ao masculino, ficando o feminino restrito à esfera da vida privada. Às mulheres, cabia cuidar da casa, do marido e das tarefas domésticas – atividades que, via de regra, não são percebidas como "trabalho". Contudo, são atividades que consomem tempo e energia das mulheres, proporcionando ao homem tempo livre para dedicar ao lazer e(ou) outras atividades socialmente valorizadas. (Incluindo maiores oportunidades para 'trabalhar fora' e trazer o 'sustento' para o lar.) Um homem que resida sozinho – e não tenha a seu dispor mulheres que desempenhem espontaneamente tarefas domésticas para ele – terá que executá-las por conta própria (Dispondo de menos tempo para estudar, jogar futebol ou mesmo exercer atividades remuneradas. ) Ou então, terá que pagar para que alguém faça essas tarefas por ele – alguém que, frequentemente, recebe um pagamento modesto e, por coincidência, também é mulher. PARADA OBRIGATÓRIA VOCÊ SABIA... Que as mulheres correspondem a 52% da população economicamente ativa, no Brasil? No entanto, segundo dados do IBGE, a renda delas é 28% inferior à dos homens. Embora existam mais mulheres do que homens em ocupações remuneradas, estas recebem salários inferiores, e a renda permanece concentrada na mão deles (maiores informações: Ainda desigual (http://www.clam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm? infoid=9278&sid=7) ). MULTIMÍDIA Se puder, assista no vídeo abaixo o depoimento da militante feminista Isabel Freitas, concedido por ocasião de um encontro no Senado Federal em 2010, que aborda o tema do trabalho doméstico das mulheres: Dia da Trabalhadora Doméstica – Isabel Freitas (http://vimeo.com/11310899) O fato é que em uma dada sociedade há lugares sociais reservados às minorias, e é sobre isso que estaremos pensando. Vamos refletir aqui sobre o modo como os direitos avançam e lutas políticas específicas colocam em discussão aspectos do reconhecimento e legitimidade dessas minorias. Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual
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