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ECONOMIA BRASILEIRA RECENTE - ECNOMIA II

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ECONOMIA BRASILEIRA RECENTE
ECONOMIA II
JOÃO FELIX FREITAS DOS SANTOS
CARUARU
2022.1
•Finanças Públicas / Equilíbrio financeiro
O principal objetivo estatal através das finanças públicas é o fomento da plena ocupação e o controlo da demanda agregada. O Estado intervém, portanto, nas finanças através da variação da despesa pública e dos impostos. A despesa pública é o investimento que realiza o Estado em vários projetos de interesse social.
Considera-se ponto de equilíbrio financeiro a igualdade entre as receitas totais, despesas fixas e variáveis. Por meio dele, é possível conhecer o faturamento mínimo que deve ser alcançado para não haver prejuízo ou obter lucro. Portanto, tenha em mente que ele é a mínima meta que o seu negócio precisa alcançar.
Qual a situação atual da economia brasileira?
A economia do Brasil apresenta sinais de recuperação e o PIB deve crescer 5,3% ainda em 2021 segundo relatório do FMI. As exportações cresceram 36% respondendo positivamente ao novo cenário de retomada da economia mundial.
A recuperação da economia veio forte para a indústria de transformação, com nove altas seguidas nas horas trabalhadas na produção, o que levou o indicador ao maior nível desde o fim de 2015. Em fevereiro de 2021, contudo, essa sequência de altas foi interrompida com uma queda de 0,5%. O desaquecimento da atividade industrial também provocou retração do faturamento (-3,3%), da massa salarial (-1,1%), do rendimento médio (-1,8%) e da utilização da capacidade instalada (-0,4 ponto percentual).
O auxílio emergencial e a permissão do saque emergencial do FGTS ajudaram a recompor parte das perdas de renda da população com a pandemia.
Com isso, algumas famílias mais vulneráveis até observaram aumento da renda e puderam, inclusive, aumentar o consumo, sobretudo de bens de consumo não duráveis, como alimentos, material de limpeza e produtos de higiene pessoal.
As famílias de maior renda aumentaram a poupança, seja por precaução, seja pela impossibilidade de consumir em razão do fechamento do comércio.
A recuperação está em andamento, mas o crescimento econômico no terceiro e quartos trimestres não serão suficientes para salvar o ano de 2020.
Atualmente, a economia do Brasil está classificada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como a nona economia mundial, mas deve cair para a 12º posição no ranking de 2020. A última atualização anual do PIB (de 2019) foi de R$ 7,3 trilhões.
O PIB encerrou a primeira metade de 2020 com queda de 11,9% e variação de -3,4% no terceiro trimestre.
A indústria, como um todo, representa 21,4% do PIB do Brasil, mas responde por 70,1% das exportações de bens e serviços, por 69,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e por 33% dos tributos federais (exceto receitas previdenciárias).
Para cada R$ 1,00 produzido na Indústria, são gerados R$ 2,40 na economia como um todo. Nos demais setores, o valor gerado é menor: R$ 1,66 na agricultura e R$ 1,49 no comércio e serviços.
Além disso, a indústria é responsável por 20,4% do emprego formal, 70,1% nas exportações de bens e serviços, 33% na arrecadação de tributos federais e 69,2% em investimento empresarial em P&D.
A indústria de transformação, que transforma matéria-prima em produto final, responde 11,8% do PIB e por 14,4% do emprego formal. Na arrecadação de tributos federais, 24,9%.
No investimento empresarial em P&D o indicador está em 65,4%. Todos os números acima descritos são divulgados no perfil da Indústria Brasileira.
No acumulado do ano, a balança comercial brasileira, por sua vez, se mantém superavitária, ou seja: o país está exportando mais produtos do que importando. No entanto, o Brasil exportou 6,1% a menos em 2020 na comparação com 2019, e registrou importações 9,7% menores no período.
As exportações atingiram US$ 209,921 bilhões e as importações, US$ 158,926 bilhões.
Em todo o ano de 2020, houve um aumento de 6% na exportação de produtos agropecuários.
As vendas da indústria extrativa, no entanto, caíram 11,3% e as exportações de produtos da indústria de transformação diminuíram 2,7%. A China comprou mais de um terço de tudo o que o Brasil vendeu.
A economia do Brasil foi classificada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como a nona economia mundial e primeira da América Latina. A última atualização anual do PIB (de 2019) foi de R$ 7,3 trilhões. No 2º trimestre deste ano, o valor foi de R$ 1.653 bilhões.
Estudos do FMI divulgados em outubro preveem queda de 5,8% no PIB brasileiro em 2020. A expectativa anterior, mencionada em julho, era de 9,1%. Para 2021, a projeção é de um avanço de 2,8%.
•Mercado e Mercado de trabalho
Pode ser definido a partir da relação entre aqueles que procuram emprego e aqueles que oferecem emprego num sistema típico de mercado onde se negocia para determinar os preços e quantidades de um bem, o trabalho. O seu estudo procura perceber e prever os fenômenos de interação entre esses dois grupos, tendo em conta a situação econômica e social do país, região ou cidade. 
Assim como em todo mercado, o mercado de trabalho também possui compradores e vendedores, sendo que os compradores são os empregadores e os vendedores são os empregados. O mercado de trabalho é, assim, composto de todos os compradores e vendedores de trabalho. Alguns desses participantes podem não ser ativos num dado momento, no sentido de estar procurando novos trabalhadores ou novos empregos, mas, em qualquer dia dado, milhares de empregadores e trabalhadores encontram-se no mercado. 
Pode-se dizer que as circunstâncias sob as quais os empregadores e empregados alugam os serviços de mão de obra constituem claramente um mercado e por vários motivos. Alguns motivos são destacados por Ehrenberg e Smith (2000, p. 2). Em primeiro lugar, instituições foram desenvolvidas para facilitar o contato entre compradores e vendedores de serviços de trabalho. Em segundo lugar, uma vez que o contato seja atingido, informações sobre preço e qualidade são tocadas. Inscrições para emprego, entrevistas e mesmo informações verbais, a partir de amigos, ilustram esse tipo de intercâmbio no mercado pela mão de obra. Em terceiro lugar, quando um acordo é atingido, algum tipo de contrato é executado, abrangendo a compensação, as condições de trabalho, segurança no emprego e até a duração do emprego. Cabe ressaltar que os contratos trabalhistas requerem normalmente que os empregadores remunerem os empregados por seu tempo e não pelo que produzem.
Segundo Ehrenberg e Smith (2000), alguns mercados de trabalho, particularmente aqueles em que os vendedores de mão de obra são representados por um sindicato, operam sob uma série formal de regras que governam parcialmente as transações comprador-vendedor. Existem mercados sindicalizados onde, por exemplo, os empregadores devem fazer a contratação em uma sala específica do sindicato, escolhendo a partir de uma lista de trabalhadores sindicalizados. Em outros, o empregador tem a opção sobre quem contratar, mas está limitado por um acordo entre sindicato e empresa, em questões como a ordem em que os empregados podem ser demitidos, procedimentos concernentes a queixas do funcionário e cronograma de compensação, a carga ou ritmo de trabalho e promoções. Os mercados para empregos no governo e com grandes empregadores não sindicalizados também tendem a funcionar sob normas que restringem a autoridade da administração e asseguram tratamento justo aos funcionários. Em muitos casos, as transações do mercado de trabalho não são feitas dentro do contexto de normas ou procedimentos escritos. A maioria das transações em que um funcionário muda de empregador ou em que está acabando de ingressar no mercado incide nessa categoria. Normas ou procedimentos escritos geralmente não governam transações dentro da empresa como promoções e demissões para empregadores menores não sindicalizados. Embora os empregos nesse setor do mercado de trabalho possam ser estáveis e bem-remunerados, muitos não o são. Empregos mal remunerados e instáveis, às vezes, são considerados um mercado de trabalhosecundário. 
O resultado final das transações empregador-empregado no mercado de trabalho, naturalmente, constitui-se na colocação de pessoas em funções mediante certas taxas de pagamento. Essa alocação da mão de obra serve não apenas às necessidades individuais das pessoas, mas também às necessidades da sociedade em geral.
•Políticas públicas socioeconômicas
O desenvolvimento econômico, por mais indispensável e estratégico que seja, precisa estar vinculado a finalidades sociais as Nações Unidas e suas agências, trouxeram a problemática social para o centro das reflexões. No caso brasileiro, indicativos do questionamento aos paradigmas centrados na economia, são visualizados no processo de redemocratização e se afirmam com a promulgação da Constituição de 1988. Nesta, os direitos sociais e as políticas sociais adquirem status relevante, passando a figurar, ao lado das políticas da ordem econômica, como aspectos centrais da ação do Estado e como condição indispensável para o desenvolvimento. No conjunto das políticas públicas, entende-se as políticas sociais como um conjunto de programas e ações, caracterizadas pela garantia da oferta de bens e serviços, transferências de renda e regulação de elementos do mercado, que visam alcançar a proteção e a promoção social. A relação entre políticas sociais e desenvolvimento, no Brasil, tornou-se mais visível a partir da Constituição Federal de 1988 e da consolidação de concepções, políticas, programas e projetos que atribuem às questões sociais importância crescente nas dinâmicas de desenvolvimento das sociedades.
•Inflação, Selic, dívida pública.
Em seu mais recente Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF), a Instituição Fiscal Independente (IFI) avalia que a inflação e os juros em crescimento, somados ao aumento da dívida pública, são temas preocupantes para a economia e merecem mais atenção do poder público. Com esse cenário, aponta o órgão do Senado, o crescimento econômico deve girar em torno de apenas 0,5% em 2022.
“O custo médio da dívida pública emitida pelo Tesouro continuou a aumentar em fevereiro e em março. O movimento reflete a alta da Selic, mas também a dinâmica dos juros futuros”, diz o documento, mencionando a taxa básica fixada periodicamente pelo Banco Central para o custo do dinheiro, principal instrumento da autoridade monetária com vistas ao controle da inflação.
Segundo o relatório, as emissões da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) no mês passado foram de R$ 78,6 bilhões. Desse montante, R$ 65,2 bilhões são de títulos atrelados à taxa Selic, que é flutuante.
“As emissões líquidas de dívida feitas pelo Tesouro têm se concentrado em papéis remunerados por taxa flutuante, o que ajuda a entender o movimento de elevação do custo médio do estoque e das ofertas públicas da DPMFi. As incertezas presentes no ambiente econômico, potencializadas pelo conflito na Ucrânia, indicam que os títulos atrelados à Selic seguirão ganhando participação, ao mesmo tempo em que o custo médio da dívida continuará em elevação”.
Em relação ao mercado de trabalho, o RAF deste mês mostra que o ano começou com expansão das vagas de emprego, mas a renda média caiu.
“Observa-se, de um lado, uma queda dos rendimentos reais — 8,8% na comparação interanual — e, de outro, uma recuperação do emprego, embora ainda concentrada no mercado informal, com ocupações precárias, sem carteira assinada”.
Por outro lado, de acordo com o a análise do RAF, a arrecadação federal continua em crescimento, devido principalmente ao aumento da inflação e do preço internacional do petróleo. Mesmo assim, pelas atuais projeções da IFI, a expectativa é que o resultado primário de 2022 fique em cerca de R$ 100 bilhões negativos.
Além disso, a instituição avisa que o governo federal não terá espaço orçamentário para a criação de novos gastos este ano, "dada a forte restrição do teto de gastos”.
Fonte: Agência Senado
Taxa Selic
​A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom).
Origem do nome "Selic"
O nome da taxa Selic vem da sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Tal sistema é uma infraestrutura do mercado financeiro administrada pelo BC. Nele são transacionados títulos públicos federais. A taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados nesse sistema corresponde à taxa Selic.​
Fonte: Bbc.gov.br

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