Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doenças benignas da mama Mamografia ● maior incidência do câncer de mama: 45 - 55 anos ● recomendada a partir dos 40 anos → diagnóstico precoce + redução da mortalidade ● nunca é indicado antes dos 30 anos ● mulheres com mutação dos genes BRCA1 ou BRCA2, ou com parentes de 1° grau com mutação provada, devem realizar o rastreamento anual com mamografia a partir dos 30 anos de idade ● mulheres com risco ≥ 20% ao longo da vida, calculado por um dos modelos matemáticos baseados na história familiar, devem realizar o rastreamento anual com mamografia iniciando 10 anos antes da idade do diagnóstico do parente mais jovem ● mulheres com história de terem sido submetidas a irradiação do tórax entre 10 e 30 anos de idade devem realizar rastreamento anual com mamografia a partir do 8° ano após o tratamento radioterápico ● mulheres com diagnóstico de síndromes genéticas que aumentam o risco de câncer de mama (como Li-Fraumeni, Cowden e outras) ou parentes de 1° grau acometidos devem realizar o rastreamento anual com mamografia a partir do diagnóstico ● mulheres com história pessoal de hiperplasia lobular atípica, carcinoma lobular in situ, hiperplasia ductal atípica, carcinoma ductal in situ e carcinoma invasor de mama devem realizar rastreamento anual com mamografia a partir do diagnóstico BI-RADIS (Breast Imaging Reporting and Data System) ● 0 – Resultado inconclusivo. Necessita a realização de uma nova mamografia ou de outros exames, como o ultrassom ou a ressonância magnética ● 1 – Nenhuma alteração nas mamas foi encontrada. Próximo exame pode ser realizado em 1 ano ● 2 – Alteração de característica radiológica benigna foi encontrada. Próximo exame pode ser realizado em 1 ano ● 3 – Alteração provavelmente benigna. Necessário acompanhamento a cada 6 meses ● 4 – Suspeita de malignidade. Necessita de biópsia para confirmação. Subdivididos em: A (suspeita menor) | B (suspeita média) | C (suspeita maior) ● 5 – Maior suspeita de malignidade. Necessita de biópsia para confirmação ● 6 – Resultado comum em exames realizados durante o tratamento de um câncer de mama já diagnosticado. Necessário para acompanhamento da paciente Mastalgia cíclica ● sintoma mais comum ● 66 a 50% dos casos ● bilateral ● sensação de peso ● melhora após o ciclo menstrual: variações hormonais do ciclo → dor mamária ● 30-50 anos de idade: mais comum ● mais frequente no quadrante supero lateral já que tem mais tecido glandular (também área que tem mais câncer) ● duração 3-4 dias, depende do ciclo ● possíveis causas ○ aumento do estradiol → insuficiência lútea → aumento da sensibilidade ○ altos níveis de prolactina ○ anticoncepção e terapia hormonal: depende do tempo de uso e composição de estrógeno e progesterona esp. dose de progesterona (+ dose → + frequência de mastalgia); tibolona ○ menos mastalgia ● tabagismo → menos dor ● diagnóstico: anamnese + exame físico ● tratamento não farmacológico: atividade física, alimentação, uso de sutiã adequado, menor consumo de álcool, recomendação nutricional: linhaça 25g/dia → resolve 90% dos casos ● mastalgia x câncer de mama → não tem relação ● tratamento farmacológico: mastalgias mais resistentes ○ antiinflamatórios ○ não dopaminérgicos: alguns efeitos colaterais como cefaleia náuseas ○ moduladores seletivos (ex.: tamoxifeno; também usado em terapia para o câncer de mama com receptores progestagênicos positivos) ○ agonistas do GnRH ○ ácido gamactoleico ○ óleo de linhaça e prímula ○ mastectomia Mastalgia acíclica (referida, extramamária) ● musculoesquelética de origem torácica ● persistente ● unilateral ● piora com mobilização Tumores benignos da mama ● proliferações ou organização dessas estruturas de forma anormal, mas sem potencial de invasão ● mama = epitélio (árvores ductal) + estroma (vasos sanguíneos, vasos linfáticos e tecidos de sustentação) ● ligamento de cooper sustenta o tecido mamário Cistos ● dilatação ductal sacular, preenchida por secreção apócrina secundária a obstrução aferente do ducto ● incidência 40-50 ● acomete 50% das mulheres em idade reprodutiva ● sem relação com câncer de mama ● diagnóstico: clínico + exame de imagens ○ clínico: cistos grandes → lesões palpáves ○ radiológico ○ USG: método de escolha ○ mamografia: nódulo redondo isodenso ou hipodenso + detecta presença de calcificação ○ ressonância nuclear magnética ● isodenso ou hipodenso comparado ao tecido mamário ● pode estar associado a calcificações ● tratamento ○ até 2 cm: acompanhar ○ geralmente depois que punciona ele enche novamente ○ cirurgia: se a punção tiver líquido hemorrágico ou se ele for muito grande (> 20 cm) Fibroadenoma ● tumor benigno mais frequente da mama ● tumores fibroepiteliais ● mais frequente a partir dos 30 anos ● risco de malignidade 0,3% ● diagnóstico: clínico + radiológico (USG) ● conduta expectante ● indicação para retirada: (1) desconforto para paciente ou (2) crescimento progressivo ou (3) discordância entre a palpação e exame radiológico (anatomo radiológica) ○ punção aspirativa com agulha fina ou agulha grossa (p biópsia; preferível) ● juvenil: pode começar a partir da menarca ● complexo: pode apresentar áreas calcificadas ● gigante: 500 g ou 80% do volume mamário Tumor filoide ● maior incidência: 45-49 anos ● 2% dos tumores fibroepiteliais ● maior potencial de recidiva local e disseminação a distância ● possui um crescimento rápido ● estrutura foliácea ● classificação ○ benigno: recorrência local ○ borderline: recorrência local e pouco risco de metástase ○ maligno: risco maior de metástase ● não é classificado como câncer mas trata como câncer, mastectomia) ● diagnóstico: clínico + USG ● possui um crescimento rápido Hamartoma, lipofibroadenoma ou fibroadenolipoma ● pseudotumor ● etiologia não definida ● simula tecido glandular mamário ● completamento benigno ● única possível consequência é incômodo para a paciente → risco de malignidade praticamente inexistente ● diagnóstico ○ clínico: indistinguível de outros tumores ○ radiológico: ○ USG - lesão circunscrita heterogênea ○ mamografia - “Breast in Breast” ○ RM - presença de massa encapsulada Papiloma ● lesões benignas ● alguns autores: com o passar do tempo possui potencial de malignização ● tratamento: SEMPRE RETIRA, por menor que seja e também não importa onde esteja localizado ● aspectos gerais ○ localização intraductal ○ eixo vascular revestido por epitélio e fibras musculares pequenas ● classificação: benigna (papiloma centrais, papiloma periféricos), atípicas, maligna ● centrais ○ ductos principais ○ 75% das lesões ○ ductos subareolar ○ descarga espontânea ○ descarga ductal espontânea sanguinolenta ○ 50-60 anos ○ sinal de ponto de gatilho ○ diagnóstico: essencialmente clínico → mamografia raramente vê ● periféricos ○ ductos mais próximos do lobo causam obstrução ○ bilaterais ○ não apresentam descarga papilar ○ 40-50 anos ○ diagnóstico clínico ○ nódulos palpáveis ○ presença de calcificação na mamografia ○ ressonância magnética pode servir nesses casos ○ biópsia confirma Descarga papilar mamilar ● bilateral ou unilateral ● uni ou multiductal ● espontâneas → causa mais comum: papilomas ● causas fisiológicas: gravidez, lactação, pós abortamento, alterações fibrocísticas da mama, infecção, processos neoplásicas, prolactinomas, endocrinopatias, medicamentos (antihipertensivos, bloqueados H2 antihelticos antidepressivos tricíclicos) ● tipos de descargas → maioria bilaterais ● malignas → geralmente serosas, uniductal, espontânea ● masculino: tem q investigar ● diagnóstico: anamnese + citologia + USG ○ discografia → pouco utilizada ○ ductoscopia → pouco utilizada ● tratamento expectante se conseguir tranquilizar a paciente Mastites ● processo inflamatório, acompanhado ou não de infecção associado ou não com amamentação ● agudas: relacionadas à amamentação ● crônicas: não relacionadas a amamentação ● não lactacionais ○ específicas: tuberculose, micobactérias atípicas, fúngicas,lúpus, sarcoidose, parasitárias e virais ○ inespecíficas: mastite periareolar recidivante, mastite da ectasia ductal ○ formas especiais: doença de mondor (tromboflebite esclerosante das veias subcutâneas da mama e da parede torácica anterior) ● recidivas: geralmente em pacientes fumantes com inflamação da mama e formação de fístulas Lactacionais ● 3 meses primeiros do puerpério ● causas: ○ fissuras, estase láctea, higiene inadequada → contaminação da mama ○ ingurgitamento mamário: causa mais frequente ○ bloqueio parcial do ducto → mamadas infrequente, desmame precoce, técnica incorreta, desnutrição materna, estresse e fadiga ● manifestações clínicas: hiperemia, dor local, edema, área endurecida, mialgia, febre, cefaleia, náuseas ● diagnóstico: clínico + cultura do leite, hemocultura ● carcinoma simula mastite ● tratamento:antibiótico Alterações do desenvolvimento ● hipertrofia mamária do recém nascido → estímulo dos esteroides → não precisa fazer nada no max. 6 semanas se resolve ● hipomastia: uni ou bi ● mamas axilares ● assimetria ● hipertrofia ● mama tuberosa ● simastia
Compartilhar